Magalhães & Ferreira 2006

download Magalhães & Ferreira 2006

of 4

Transcript of Magalhães & Ferreira 2006

  • 5/25/2018 Magalh es & Ferreira 2006

    1/4

    481Hortic. bras., v. 24, n. 4, out.-dez. 2006

    Otomate um produto de grande im-portncia econmica, sendo que asua produo mundial em 2004 foi deaproximadamente 116 milhes de tone-ladas. O Brasil ficou em oitavo lugarcom uma produo de 3.394.677 tone-ladas, cultivada em aproximadamente57.500 ha (FAO, 2005). Apesar das

    mudanas tecnolgicas ocorridas duran-te o processo de beneficiamento e clas-

    MAGALHES AM; FERREIRA MD. 2006. Qualidade dos frutos de tomate de mesa quando submetidos a impacto por ocasio do beneficiamento.HorticulturaBrasileira24: 481-484.

    Qualidade dos frutos de tomate de mesa quando submetidos a impactopor ocasio do beneficiamentoAna Maria de Magalhes; Marcos David FerreiraUnicamp-FEA, C. Postal 6011, 13083-875 Campinas-SP; E-mail: [email protected]

    sificao para o tomate de mesa, as per-das ps-colheita ainda continuam altas.Uma das principais razes para isto re-laciona-se incidncia de danos fsicosque ocorrem quando os frutos so sub-metidos a quedas em superfcies prote-gidas ou no e com outros frutos. A se-veridade dos danos causados por impac-

    tos em uma linha de classificao podeser reduzida diminuindo a altura de ele-

    vao de queda entre as etapas ou atra-vs da utilizao de protetores, os quaispodem dissipar a fora de impacto(Hyde & Zhang, 1992). Os impactos emuma linha de classificao podem sermensurados atravs da esferainstrumentada, que um equipamentoplstico dotado de um registrador de

    acelerao. Os nveis de impactos somedidos na acelerao mxima (G=

    RESUMOA tomaticultura de mesa vem se modernizando nos ltimos anos,

    com a implantao de unidades de beneficiamento e classificaoque limpam, selecionam e classificam os produtos. Apesar destasmudanas, as perdas ps-colheitas ainda so altas, principalmentepela incidncia de danos fsicos, que ocorrem em pontos de transfe-rncia nos equipamentos e durante o processo de embalagem. Estetrabalho teve como objetivo avaliar a qualidade dos frutos de toma-te de mesa, cv Dbora, quando submetidos queda aps a etapa

    de limpeza em prottipo desenvolvido em laboratrio para simulareste sistema, relacionando alteraes na qualidade com a magnitudede impacto encontrada (G, m/s2). Para tanto tomates foram benefi-ciados em rotaes de 100 rpm e submetidos queda em trs dife-rentes alturas (10, 20 e 30 cm) e trs diferentes superfcies receptoras(espuma, caixa plstica e metlica). A magnitude dos impactos (G,m/s2) foi mensurada atravs da utilizao da esfera instrumentadade 70 mm (Techmark, Inc., Lansing, EUA). A qualidade dos frutosaps serem submetidos ao impacto foi avaliada por meio da perdade massa (%), injria interna e de anlises qumicas. Os resultadosobtidos com a esfera instrumentada mostraram que a superfcie deespuma reduziu a acelerao mxima (G, m/s2) em aproximadamente70%, para as alturas de queda de 10 e 20 cm e de 47% para a quedade 30 cm, quando comparada superfcie metlica. Nos ensaios com

    os tomates, observou-se que frutos submetidos queda de 30 cm emsuperfcie metlica apresentaram um aumento de 31% nos danosinternos quando comparados aos frutos submetidos queda destamesma altura em superfcie de espuma. A perda de massa foi maior(3,46%) nos frutos submetidos queda de 30 cm na superfcie caixaplstica. Para as anlises qumicas no foi observada diferena esta-tstica entre as trs superfcies receptoras e as trs alturas de queda.Por meio dos resultados obtidos, conclui-se que o uso de superfciesprotetoras diminui significativamente os danos internos nos frutos eque tomates submetidos queda em caixas plsticas demonstraramsignificativa incidncia em danos fsicos, portanto, modificaesdevem ser realizadas na etapa de embalagem.

    Palavras-chave: Lycopersicon escu lentum, galpes de

    beneficiamento, danos fsicos.

    ABSTRACTFresh market tomatoes quality when submitted to impact

    The cultivation of fresh market tomatoes has been modernizedwith the introduction of packing lines for cleaning, sorting andclassifying. Despite of those technological changes, post harvest lossesare still high, mainly due to the incidence of the mechanical damagesthat occurr in the transfer points and during packing. The main goal ofthis research was to evaluate tomato quality of cv. Debora, subject todropping after being subjected to the cleaning step on a prototype

    developed in laboratory to simulate a commercial system, relatingquality changes to impact magnitude (G, m/s2). Therefore, fruits weresubject to a 100 rpm rotation and submitted to a fall from three differentheights (10, 20 e 30 cm) and three different surfaces (foam, plasticbox and metallic sheet). The impact magnitude (G, m/s2) was measuredusing an instrumented sphere, 70 mm Techmark, Inc., Lansing, EUA).Fruit quality after impact was evaluated by weight loss (%), internalbruising, and chemical analyses. The use of an instrumented sphereshowed that a foam surface decreases maximum acceleration (G, m/s2) by about 70% for 10 and 20 cm high drops and 47% for 30 cmdrop, compared to a metallic surface. Tomatoes submitted to dropsfrom 30 cm high over metal surface showed increase on 31% oninternal bruising when compared to fruits submitted to drops at thesame height on the covered surface (foam). The highest weight loss(3,46%) was found in fruits submitted to a drop from 30 cm on plasticboxes. No statistical differences were observed between the differenttreatments. Based on the results, it could be concluded that the use ofprotective surfaces significantly decrease internal bruising and weightloss and tomatoes submitted to drops in plastic boxes showed asignificant increase in physical damage, therefore, changes have to bemade at the packaging stage.

    Keywords:Lycopersicon esculentum, packing line, mechanical

    damages.

    (Recebido para publicao em 13 de janeiro de 2006; aceito em 31 de outubro de 2006)

  • 5/25/2018 Magalh es & Ferreira 2006

    2/4

    482 Hortic. bras., v. 24, n. 4, out.-dez. 2006

    9,81 m/s2) e mudanas na velocidade(Av) (m/s). O Av pode ser um indicativoda superfcie de impacto, por exemplo,quanto mais baixa a velocidade mais r-gida e dura a superfcie de impacto.Todavia, velocidade tambm positiva-mente correlacionada com a aceleraomxima: medida que se aumenta a al-tura de queda maior ser a aceleraomxima e a velocidade (Sargent et al.,1992). Nos frutos, os danos fsicos cau-sam deformaes plsticas, rupturassuperficiais chegando at a destruiodos tecidos vegetais. Alm dos danosdiretos, a incidncia de ferimentos emfrutas e hortalias pode levar a um au-mento de doenas ps-colheita e altera-

    es fisiolgicas e qumicas (Honrio& Moretti, 2002). Em tomates a inci-dncia e a severidade de danos so cu-mulativas nas prticas de manuseio ps-colheita. A ocorrncia destes danos podecausar o aparecimento de desordem fi-siolgica que alteram o curso normal deamadurecimento (Halsey, 1955). Os fru-tos de tomate com esta desordem apre-sentam o tecido locular em colapso, de-sorganizado, com colorao verde ama-relada, de aspecto turvo e, em casos maisseveros, grande perda de gua (Hatton

    & Reeder, 1963). Vrios trabalhos tmdemonstrado que tomates com desor-dem fisiolgica causada por impactoapresentam alteraes significativas emacidez titulvel, vitamina C total, ativi-dade enzimtica, carotenides totais efirmeza (Moretti et al., 1998). Este tra-balho teve o objetivo de mensurar amagnitude de impacto (G, m/s2) e ava-liar a incidncia de danos fsicos e alte-raes na qualidade dos frutos aps se-rem submetidos a diferentes alturas de

    queda e superfcies receptoras na etapade limpeza, em prottipo desenvolvidopara simular esta fase em laboratrio.

    MATERIAL E MTODOS

    Os ensaios foram realizados no pro-

    ttipo desenvolvido na Faculdade deEngenharia Agrcola/UNICAMP para osistema UNIMAC-Unidade Mvel deAuxlio Colheita, na etapa de limpeza(Figura 1). O equipamento dispe degrupos de escovas com diferentes fun-es, como est esquematizado na Fi-gura 1. O primeiro grupo formado porescovas sintticas que, associados como sistema de asperso de gua, tem afuno de remover as impurezas super-ficiais dos frutos. O segundo grupo dis-pe de escovas especficas para a elimi-nao do excesso de gua. Em seguidavm dois grupos formados por escovasde plo de animal, responsveis pelopolimento.

    Em uma primeira etapa para medi-o da magnitude de impacto, realizou-se ensaio utilizando a esferainstrumentada de dimetro 70 mm(Techmark, Inc., Lansing, EUA), queconsiste em um equipamento plsticocom registrador de acelerao para aavaliao da magnitude de impactos (G,

    m/s2). A esfera foi colocada juntamen-te com tomates com semelhante dime-tro na rotao de 100 rpm, e submetida queda em trs diferentes alturas (10,20 e 30 cm) e em trs superfciesreceptoras, (espuma: espuma cobertacom courvim 8 mm, caixa plstica(52x32x28 cm): utilizada comercial-mente no transporte de tomate de mesa,metlica: ao carbono 5 mm). A rota-o de 100 rpm a recomendada para obeneficiamento de frutas e hortalias

    (Miller et al., 2001). O tempo de per-manncia da esfera no prottipo foimonitorado com um cronmetro de pre-

    ciso e cada ensaio de queda repetidocinco vezes. Aps o ensaio, os dadosforam transferidos para omicrocomputador e atravs dos dadosmdios da acelerao mxima determi-nou-se a magnitude do impacto. Os da-dos coletados para a esferainstrumentada foram apresentados naforma de grficos, relacionando a ace-lerao mdia (G, m/s2) aos diferentestratamentos.

    Na segunda etapa, o ensaio foi rea-lizado utilizando tomates de mesa, cul-tivar Dbora, colhidos diretamente daplanta no estdio de maturao salada(CEAGESP, 2000), e transportados cui-dadosamente at o laboratrio da Facul-dade de Engenharia Agrcola/

    UNICAMP, evitando que os frutos so-fressem danos fsicos durante o trans-porte. O ensaio foi realizado utilizan-do-se os mesmos tratamentos aplicadoscom as esferas.

    Aps 08 dias de armazenamento emtemperatura ambiente (23 C) para ava-liar a qualidade dos frutos submetidos aimpacto, foi realizada a avaliao dainjria interna de impacto, anlises qu-micas (acidez titulvel, pH, slidos so-lveis e vitamina C) e perda de massa

    (%). A avaliao da injria interna deimpacto Internal Bruising foi realiza-da segundo a metodologia descrita porSargent et al. (1992). Cada tomate foicortado na altura do equador e avaliadousando a seguinte escala: 1= nenhumdano fsico; 2= mnima descolorao dotecido locular; 3= observada descolora-o do pericarpo e deformao do teci-do locular; 4= tecido locular separadodos demais. A perda de massa (%) foiavaliada utilizando a relao entre a di-

    ferena entre massa inicial e final. Paraas anlises qumicas acidez titlavel to-tal, pH, concentrao de slidos sol-veis totais foram utilizados os mtodosdescritos por Carvalho et al. (1990).Para a anlise de vitamina C, a determi-nao foi feita atravs de titulao com2,6-Diclorofenol-Indofenol (Benassi &Antunes, 1988).

    Os ensaios foram planejados a par-tir de Delineamento InteiramenteCasualizado (DIC) em esquema fatorial.

    Os fatores considerados nos ensaios fo-ram trs alturas de queda e trs superf-cies receptoras, com cinco repeties

    Figura 1.Prottipo desenvolvido para o sistema UNIMAC. H= altura de queda; s= superf-cie de queda.

    AM Magalhes & MD Ferreira

  • 5/25/2018 Magalh es & Ferreira 2006

    3/4

    483Hortic. bras., v. 24, n. 4, out.-dez. 2006

    para a esfera e vinte repeties para otomate de mesa. Os resultados foramavaliados com anlise de varincia eencontrando diferena significativa foiaplicado como teste de mdia, o Tukeya 5% de probabilidade.

    RESULTADOS E DISCUSSO

    Nos ensaios com a esferainstrumentada, a superfcie metlicaapresentou os maiores valores de acele-rao mxima (G, m/s2), seguidos dasuperfcie caixa plstica e por fim dasuperfcie de espuma para as trs altu-ras de queda (Figura 2; p< 0,05). Sargentet al.(1992), tambm observaram maiorvalor de acelerao mxima para que-das em superfcies metlicas.

    A reduo apresentada na acelera-o (G, m/s2) pela superfcie de espu-ma foi de aproximadamente 70% paraas alturas de queda de 10 e 20 cm e 47%para a altura de 30 cm quando compa-rada superfcie metlica. Timm &Brown (1991) tambm relatam uma di-minuio no impacto em linhas de clas-sificao de abacate, mamo e abacaxi,quando da utilizao de protetores desuperfcie.

    Os tomates que foram submetidos queda de 30 cm na superfcie de espu-ma apresentaram uma reduo de 26%nos danos internos quando comparadass outras duas superfcies (caixa plsti-ca e metlica). Para a queda de 20 cm, asuperfcie de espuma apresentou umareduo de 13% com relao superf-cie metlica e 6% com relao a caixaplstica (Tabela 1). Portanto, frutos sub-metidos quedas em pontos de transfe-rncia em superfcies metlicas e em

    caixas plsticas esto sujeitos ao aumen-to significativo da incidncia de danosfsicos internos. Neste caso, a magnitu-de de impacto (Figura 2) pode ser rela-cionada incidncia de danos fsicos,pois, com exceo da queda na superf-cie de espuma, observou-se um aumen-to crescente, em alguns casos no sig-nificativos, da injria interna, com oaumento da acelerao mxima (G, m/s2). Todavia, a superfcie protetora mos-trou maior influencia na absoro de

    impactos do que comparativamente nadiminuio da incidncia em danos f-sicos internos. Neste ensaio, para a

    maior altura (30 cm), a reduo na mag-nitude de impacto pela superfcie com

    espuma em relao metlica apresen-tou um decrscimo em 47% e em danosfsicos internos de 26%, apresentandouma relao prxima a 2:1, a qual nofoi observada nas demais alturas de que-da. Nestas observou-se uma relao ain-da superior, demonstrando a importn-cia da utilizao de superfcies de pro-teo em linhas de beneficiamento, emespecial para maiores alturas. Porm, osdados obtidos indicam, para uma me-lhor conservao do produto e menoresriscos de perdas, que melhor associarmenores alturas com superfcies prote-toras. Para Sargent et al.(1992), modi-

    ficaes em alguns pontos da linha declassificao de tomates de mesa, atra-

    vs da utilizao de menores pontos dequeda e de protetores de superfcie, pro-porcionaram reduo em at 50% napresso de impacto, com conseqentediminuio nos danos fsicos.

    No final do armazenamento, a maiorperda de massa (3,46%) foi obtida pe-los frutos que foram submetidos que-da de 30 cm na superfcie caixa plsti-ca. De um modo geral, a perda de mas-sa dos frutos foi alta (2,82 a 3,46%), noapresentando uma diferena acentuada

    entre os tratamentos (Tabela 1). A pro-poro de reduo encontrada na mag-nitude do impacto (G, m/s2) no foi ob-

    Figura 2.Acelerao mxima encontrada aps a queda, utilizando-se a esfera instrumentada,para as trs alturas de queda e as trs superfcies receptoras.

    Tabela 1.Injria interna e perda de massa (%), obtidos para os tomates Dbora submetidosa diferentes alturas de queda e superfcies, Campinas, 2006.

    *Mdias com mesma letra no diferem entre si pelo teste de Tukey (p= 0,05). H= altura dequeda; s= superfcie de recepo. ** Mdia da escala de nota: 1= nenhum dano fsico; 2=mnima descolorao do tecido locular; 3= observada descolorao do pericarpo e deforma-o do tecido locular; 4= tecido locular separado dos demais.

    Qualidade dos frutos de tomate de mesa quando submetidos a impacto por ocasio do beneficiamento

  • 5/25/2018 Magalh es & Ferreira 2006

    4/4

    484 Hortic. bras., v. 24, n. 4, out.-dez. 2006

    servada neste caso para perda de mas-sa. Uma das possveis explicaes deve-se que a queda dos frutos, mesmo embaixas alturas, proporciona danos fsi-cos que j influenciam o metabolismodo produto e conseqentemente a perdade massa. Camargo et al. (2004), emteste realizado em laboratrio, observa-ram uma perda de massa de 2,49% paratomates submetidos a queda de 40 cmem superfcie metlica. Segundo Miller(2002), o dano fsico provoca o rompi-mento da casca e este local se torna oprincipal responsvel pela perda de guae por isso frutos com danos apresentamgrandes perdas de gua.

    As anlises qumicas acideztitulvel, pH e vitamina C no apresen-taram diferena estatstica (p> 0,05). Naanlise de teor de slidos solveis, amenor mdia foi apresentada pela tes-temunha e entre os outros tratamentos

    no houve diferena significativa. Kaderet al. (1978) e MacLeod et al. (1976)tambm observaram que tomates sub-metidos a impacto apresentaram o maiorvalor de acar quando comparado testemunha, mas estas diferenas noeram estatisticamente significativas.

    Atravs dos resultados obtidos peloensaio da esfera instrumentada e comos tomates de mesa, foi observado quesuperfcies mais rgidas e maiores altu-ras de queda causam impactos de alta

    magnitude (G, m/s2) e, conseqente-mente, maior incidncia de danos fsi-cos nos frutos, e o uso de superfcies

    AM Magalhes & MD Ferreira

    Tabela 2: Acidez titulvel, pH, slidos solveis e vitamina C, obtidos para os tomates D-bora submetidos a diferentes alturas de queda e superfcies, Campinas, 2006.

    *Mdias com mesma letra no diferem entre si, pelo teste de Tukey (p=0,05). H= altura de

    queda; s= superfcie de recepo.

    protetoras de espuma reduzem conside-ravelmente a acelerao mxima (G) ea injria interna nos frutos. Os resulta-dos obtidos so indicativos que uma re-duo significativa na incidncia emdanos fsicos pode ocorrer em linhas debeneficiamento e classificao atravsda adequao e/ou eliminao das altu-ras de queda conjugando com a utiliza-o de superfcies protetoras. A etapa deembalagem em uma linha debeneficiamento, com quedas dos frutosdiretamente na caixa plstica, em mui-tos casos superiores a 30 cm, pode serconsiderada um ponto crtico a ser mo-dificado. Deve-se observar que esta pes-quisa foi realizada somente para quedaem um ponto crtico. Estudos futurosdevem ser realizados para avaliar a re-lao entre a magnitude de impacto (G,m/s2) e a incidncia de danos fsicos emquedas seqenciais semelhantes en-

    contradas em linhas de beneficiamento.

    AGRADECIMENTOS

    FAPESP pelo financiamento doprojeto UNIMAC e a CAPES pela con-cesso da bolsa de mestrado.

    REFERNCIAS

    BENASSI MT; ANTUNES AJ. 1988. Acomparison of meta-phosphoric and oxalic

    acids as extractant solutions for thedetermination of vitamin C in selectedvegetables. Arq. Biol. Tech31: 507-513.

    CAMARGO GGR; FERREIRA MD;ANDREUCETTI C. 2004. Testes de impactoem laboratrio para tomate de mesa(Lycopersicon esculentum mill.), cultivar D-bora.Horticultura Brasileira 22: 2.

    CARVALHO CRL; MANTOVANI DM; CARVA-LHO PRN; MORAES RM. 1990. Anlises

    Qumicas de Alimentos (Manual Tcnico).Campinas: Instituto de Tecnologia de Alimen-tosITAL. 121p.

    CEAGESP. 2000. Classificao de Tomate.Pro-grama Horti&Fruti. 3p.

    FAO-FOOD AND AGRICULTUREORGANIZATION OF THE UNITEDNATIONS. 2005, 11 de maro. Produo agr-cola, 2004. Disponvel em http://apps.fao.org.

    HALSEY LH. 1955. Preliminary studies ofbruising of turning and pink tomatoescaused by handling practices. Proceedings ofthe Florida State Horticultural Society68: 240-243.

    HATTON TT; REEDER WF. 1963. Effect of fieldand packinghouse handling on bruising of Flo-

    rida tomatoes. Proceedings of the Florida StateHorticultural Society76: 301-304.HONRIO SL; MORETTI CL. 2002. Fisiologia

    ps-colheita de frutas e hortalias. In:CORTEZ LAB; HONRIO SL; MORETTICL. Resf riamento de frutas e hortal ias.Braslia: Embrapa Hortalias. 428p.

    HYDE GM; ZHANG W. 1992. Apple bruisingresearch update: packingline impact evaluations.Tree Fruit Postharvest Journal3: 12-15.

    KADER AA; MORRIS LL; STEVENS MA;ALBRIGHT-HOLTON M. 1978. Compositionand flavor Quality of Fresh Market Tomatoesas Influenced by some postharvest handlingprocedures. J.Amer. Soc. Hort. Sci103: 6-13.

    MacLEOD RF; KADER AA. 1976. MORRIS LL.

    Stimulation of ethylene and CO2 productionof mature green tomatoes by impact bruising.HortScience 11: 604-606.

    MILLER WM; WARDOWSKI WF; GRIERSONW. 2001. Packingline Machinery for FloridaCitrus Packinghouses.Extension Bulletin 239.Florida Cooperative Extension Service.Institute of Food and Agricultural Sciences,University of Florida. 26p. Disponvel emhttp://edis.ifas.ufl.edu/BODY_AE184.

    MILLER AR. 2002. Harvest and handling injury:physiology, boichemistry, and detection. In:BARTZ JA. Postharvest physiology andpathology of vegetables: Second edition,revised and expanded. New York: MarcelDekker Incorporated. 177p.

    MORETTI CL; SARGENT SA; HUBER DJ;CALBO AG; PUSCHMANN R. 1998.Chemical composition and physical propertiesof pericarp, locule and placental tissues oftomatoes with internal bruising.Journal of theAmerican Society for Horticultural Science123: 656-660.

    SARGENT SA; BRECHT JK; ZOELLNER JJ.1992. Sensitivity of tomatoes at mature-greenand breaker ripeness stages to internal bruising.Journa l of the Amer ican Society forHorticultural Science117: 119-123.

    TIMM EJ; BROWN GK. 1991. Impacts recordedon avocado, papaya, and pineapple packinglines. Applied engineering in Agriculture 7:418-422.(Footnotes)

    1Este trabalho faz parte do Projeto UNIMAC-Uni-dade Mvel de Auxlio Colheita, financiadopela FAPESP.