Mais Superior | Abril '12

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ABRIL 2012 Nº 3 - Mensal - Distribuição gratuita - Não pode ser vendida Valorizamos o teu futuro! Nascem no meio académico, mas rapidamente saltam essa barreira: as rádios universitárias vieram para nunca mais irem embora. Celebremos com elas o Dia Mundial dos que um dia se apaixonaram pela Voz. sintonizadas UNIVERSIDADES www.maissuperior.com Pdf disponível em O DJ Ride explica-te o que vem a ser isso do Scratch/Turntablism Não, afinal os carros a GPL não explodem... Manicure caseira de pintar e chorar por mais Já preencheste a tua declaração de IRS? Playlist Limite de velocidade Look at me Manual de instruções No interior grátis em redoute.pt 15€ PUB

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UNIVERSIDADES SINTONIZADAS: Nascem no meio académico, mas rapidamente saltam essa barreira: as rádios universitárias vieram para nunca mais irem embora. Celebremos com elas o Dia Mundial dos que um dia se apaixonaram pela Voz.

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ABRIL 2012Nº 3 - Mensal - Distribuição gratuita - Não pode ser vendida

Valorizamos o teu futuro!

Nascem no meio académico, mas rapidamente saltam essa barreira:

as rádios universitárias vieram para nunca mais irem embora. Celebremos

com elas o Dia Mundial dos que um dia se apaixonaram pela Voz.

sintonizadasUNIVERSIDADES

www.maissuperior.comPdf disponível em

O DJ Ride explica-te o que vem a ser isso do Scratch/Turntablism

Não, afinal os carros a GPL não explodem...

Manicure caseira de pintar e chorar por mais

Já preencheste a tua declaração de IRS?

Playlist

Limite de velocidade

Look at me

Manual de instruções

No interior grátis

em redoute.pt15€

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//ÍNDICE

Ficha TécnicaProprietário/Editor: Young Direct Media, Lda . Empresa jornalistica inscrita com o nº: 223852 . NIPC nº 510080723 . Diretora: Bruna Pereira, [email protected] . Sede de redação: Rua Ester Bettencourt Duarte, Lote 76, 2625 - 095 Póvoa de Santa Iria . Tlf. 21 155 47 91 . Fax. 21 155 47 92 . Email geral: [email protected] . Tiragem: 50,000 exemplares . Peridiocidade: Mensal . Registo na ERC nº 126168 Depósito legal: 339820/12 . Tipografia e Morada: Lisgráfica - Rua Consiglieri Pedroso, nº 90, Casal de Santa Leopoldina, Barcarena . COLABORADORES: Administração: Graça Santos, [email protected] . Diretora Geral da Empresa: Graça Santos, [email protected] Diretor Adjunto da Empresa: Paulo Fortunato, [email protected] . Diretor Comercial: Duarte Fortunato, [email protected] . Redação: Bruna Pereira, [email protected] e João Diogo Correia, [email protected] . Colaboradores editoriais: Susana Albuquerque, Guilherme Ferreira da Costa . Designer gráfico: Mónica Santos, [email protected] . Internet: André Rebelo, [email protected] . Comunicação e Distri-buição: Samuel Alves, [email protected] Fotografia: Samuel Alves, [email protected] Esta publicação já se encontra escrita ao abrigo no novo Acordo Ortográfico.

//BINGO

//Notícias em curso

ABRIL2012

//EM FORMA

//night & day

//ler para crer

//PLAYLIST

//look at me

//take1

//limite de velocidade

//dá-te ao trabalho

//manual de instruções

Temos passatempos tão fresquinhos como os ares da primavera.

Descobrimos um seguro inovador na Universidade Portucalense, conhecemos o presidente do ISCE e ficámos a saber que a “Química” da Universidade de Aveiro já está na TV!

“O segredo é fruto de uma vida saudável”. A frase é apresentada no vídeo promocional do evento “comSUMOS Académicos”, que decorreu nos dias 9, 10 e 11 de março e tem uma mensagem para ti.

Vivem muito do voluntariado, boa vontade e ideias dos que por lá passam. No Dia Mundial da Voz, é preciso lembrar os apaixonados que dão vida às rádios universitárias. A emissão passa agora para o Minho, Lisboa e Algarve.

Para ver e sentir Fernando Pessoa, o homem que não cabia em si mesmo, tens até ao dia 29 de abril patente a exposição “Fernando Pessoa, Plural como o Universo”.

DJ Ride é um nome incontornável da eletrónica nacional e internacional e aterrou em dezembro na Polónia para se tornar campeão mundial de Scratch/Turntablism.

São mais do que muitas as opções de manicure ca-seira que tu própria poderás executar no conforto do teu quarto, sabias?

Até ao final do ano deixará de ser proibido o esta-cionamento de veículos GPL em parques subterrâ-neos, sendo também intenção do parlamento aca-bar com o dístico de identificação nas viaturas. Será uma boa medida?

A Medbone ajuda a reconstruir ossos de forma ino-vadora. De tal maneira que Cláudia Ranito, funda-dora e CEO da empresa, ganhou o prémio Jovem Empreendedor da Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE).

Entre os festivais de cinema e as estreias que te aguardam, vais ter muito poucos motivos para ficar em casa. Ah! A saga “American Pie” está de volta.

Se ainda não pensaste em preencher a tua declara-ção de IRS referente a 2011, se calhar está na altura de o fazeres... E nós ajudamos.

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já podes esticar o ‘pernil’ ao sol... Mas não te esqueças de estudar, claro!

Em abril

CONTA-NOS TuDO!O que andas a fazer na universidade? Qual foi a matéria mais in-teressante que aprendeste este mês? Para onde gostas de sair à noite? Quem é que faz melhores sobremesas lá em casa? A que festivais de verão vais? Há quanto tempo não aspiras o quarto?...Há toda uma série de coisas que gostávamos de saber de ti. Man-da-nos um pombo correio, escreve-nos uma carta, dá-nos uma apitadela ou simplifica e envia-nos um e-mail com novidades, dicas ou com apenas um olá. Nós respondemos sempre e vamos ter contigo e tudo, porque o que queremos é saber notícias tuas.

Aproveita o mês!

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//BINGO

Condições gerais dos passatempos da Mais Superior

1. Os passatempos da Mais Superior têm uma data de início e de fim (que corresponde à duração do mês da publicação da revista) fora das quais todas as participações recebidas serão recusadas.

2. Das respostas recebidas, apenas serão consideradas válidas as que preencherem devida-mente os campos solicitados no formulário de resposta.

3. Só é aceite uma resposta válida por endereço de e-mail e por concorrente.

4. Do conjunto de respostas válidas recebidas, os premiados serão selecionados de acordo com o método de seleção e o número de prémios comunicados no respetivo passatempo.

5. No caso do número de participações ser inferior ao número de prémios disponíveis, serão contemplados todos os participantes que responderem acertadamente.

6. A lista dos premiados será publicada online, na área de Passatempos, sendo os vencedores ainda notificados via e-mail ou telefone, pelo que os participantes deverão facultar sempre os seus contactos corretos e atuais.

7. Todas as demais dúvidas e questões podem ser endereçadas para o e-mail [email protected].

PASSATEMPOS

Esta informação foi facultada pelo departamento comercial.

PVP: 14,99 euros

Há filmes que nunca morremO Titã Hiperião (Mickey Rourke) declara guerra à humanidade e procura de-senfreadamente o Arco de Épiro para libertar o resto dos Titãs do Tártaro e vingar-se dos Deuses que provocaram sua queda! É então que entra em cena Teseu (Henry Cavill), o camponês escolhido por Zeus (Luke Evans), acompa-nhado pela sacerdotisa Fedra (Freida Pinto), para juntos vencerem esta ba-talha.

Desperta o teu fascínio pela mitologia grega e mergulha no enredo de “Imor-tais”. Para te habilitares a um dos 10 DVD que a Mais Superior e a Pris Audio-visuais têm para te oferecer, apenas terás de responder à seguinte pergunta:

Há um mundo para além das pizzas e da Esparguete à Bolonhesa que é igualmente italiano, prazenteiro e de chorar por mais: o cinema. A pensar no teu paladar cinema-tográfico, a Mais Superior e a Festa do Cinema Italiano querem presentear-te com 20 espetaculares convites individuais para três das mais significativas sessões da Festa do Cinema Italiano, que está de regresso a Lisboa, de 12 a 19 de abril.

QuE papEl intErprEta StEphEn Dorff no filmE?

De 5 em 5 respostas certas, atribuímos um DVD. Participa no formulário que temos disponível em www.maissuperior.com e que os Deuses estejam do teu lado!

Em QuE ano naScEu paolo SorrEntino, rEalizaDorEm DEStaQuE na fESta Do cinEma italiano?

Queremos que vás ao Cinema Italiano, capice?

Sessão 1 (20 convites individuais)“FLATFORM” - Masterclass e projeçãoData: 18 de abril, quarta-feiraHora: 21h45Local: Espaço Nimas (Avenida 5 de Outubro)

Sessão 2 (20 convites individuais)“LA BOCCA DEL LUPO” + “IL PASSAGGIO DELLA LINEA” - com a presença do realizador Pietro MarcelloData: 17 de abril, terça-feiraHora: 21:15hLocal: Espaço Nimas (Avenida 5 de Outubro)

Sessão 3 (20 convites individuais)Curtas-Metragens - exibição de 5 curtas italianasData: 17 de abril (terça-feira)Hora: 19:30hLocal: Cinema Monumental

De 5 em 5 respostas certas, atribuí-mos um bilhete. Atenção e não te esqueças de selecionar a sessão que pretendes no formulário disponível em www.maissuperior.com.

Para te habilitares a uma ida ao cinema grátis e à boa moda de Itália, vais ter de responder à seguinte questão:

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//Notícias em curso

Há químicaentre nós

Pede-se a atenção dos mais céticos que vem aí notícia que pre-cisa ser lida duas vezes até dar para acreditar: a química está em quase tudo o que fazes no dia-a-dia. Achas que não está presente no teu sono? Enganas-te. Achas que não te aparece à frente enquanto tomas o pequeno-almoço? Errado outra vez. E no amor, não há química (a ciência, esquece agora aquela outra "química" de que falam)? É claro que há. E é de todos esses segredos, da química que se esconde por trás da bana-lidade do quotidiano, que o programa "A Química das Coisas" vai falar, na RTP2, com 26 exemplos que tanto podem fazer rir, como fazer pensar, mas sempre de olhos bem arregalados. Texto: João Diogo CorreiaFotos: scienceoffice.org

"Era um descafeinado, se faz favor". Esta frase é capaz de ser repetida centenas de vezes, todos os dias, e uma das últimas coisas que passa pela cabeça de quem a diz é "onde está a química no meu pedido?" Pois bem, para fazer descafeinado é preciso primeiro lavar os grãos de café de forma a retirar-lhe a cafeína. Acontece que, antigamente, essa lavagem era feita com um solvente orgânico que resultava mui-to bem, mas retirava aroma e sabor ao café, para além de que podia ser altamente prejudicial à saúde caso deixasse alguns resíduos (a gasolina, por exemplo, é um solvente orgânico, dá para imaginar o que isso fazia às pessoas que achavam que,ao beber descafeinado, estavam a ser mais saudáveis). Hoje, graças ao desenvolvimento da química, a lavagem é feita através de dióxido de carbono supercríti-co, que se obtém através do aumento da temperatura e da pressão do dióxido. Ou seja, se agora bebes um descafeinado mais saboroso e menos corrosivo, bem que podes agradecer aos químicos.Este é só um dos exemplos que poderás ver na televisão, ouvir na

rádio, ler no jornal, consultar na página da internet, no youtube ou no teu iPad. "A Química das Coisas" está mesmo em todo o lado e Pedro Ribeiro Claro, representante do Departamento de Química da Universidade de Aveiro e autor da ideia, explica como tudo co-meçou: "em 2011 celebrou-se o Ano Internacional da Química e a Ciência Viva abriu um concurso para produção de conteúdos para a comunicação social, eu lancei a ideia e foi muito bem recebida". Com o apoio financeiro que o concurso lhe trouxe, Pedro Ribeiro Claro contratou duas empresas, uma de comunicação de ciência, a ScienceOffice, e outra de vídeo, a Duvideo, que chegaram a um con-senso quanto ao rosto que deveria apresentar o programa na RTP2: Cláudia Semedo foi a escolhida. "Fizeram-me a proposta e eu aceitei, apesar de na altura não a conhecer. Devo dizer que estou bastante impressionado com o trabalho dela, é muito expressiva e, como já tinha experiência de apresentação de programas de ciência, trans-mite conhecimento, sente-se que sabe do que fala".

Apresentação na Futurália“A Química das Coisas” foi apresentada a 16 de março, na Futurália

(feira de formação e emprego que decorreu na FIL), no mesmo dia

em que se deu a estreia na RTP2. Os presentes, entre os quais a Mais

Superior, tiveram oportunidade de privar com o responsável, bem

como de assistir aos primeiros episódios.

Com uma linguagem simples e facilmente entendida (não, não pre-

cisas de ser um génio da química para perceber onde ela anda nas

nossas ações), “A Química das Coisas” pode ser uma forma de cati-

var espíritos mais adormecidos, através de meios de comunicação

privilegiados, como a televisão ou as plataformas online. Manuel

António Assunção, reitor da UA, confirma que “a divulgação da ciên-

cia contribui para criar sonhos e despertar vocações, estimulando a

vontade de descobrir e de utilizar o conhecimento em benefício de

todos: é assim que se renovam as gerações de cientistas”. A química

dos impermeáveis, a dos post-its, a dos cereais ao pequeno-almoço

ou a química que há entre dormir e estar acordado vai pôr-te a estu-

dar, mesmo sem dares por isso!

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Alunos da Portucalensebem seguros

A entrada no ensino superior é sempre um momento – além de emocionante, mui-to sério, já que decide o teu futuro. E embora sejam muitos os que conseguem pa-gar os estudos recorrendo a part-times ou a alguma bolsa de estudo, muito outros dependem dos pais para que as propinas estejam sempre em dia. E se um dos pais cair em situação de desemprego? Ou ficar de baixa médica por algum motivo de saúde ou acidente? Na Universidade Portucalense (UPT) existe um seguro que ga-rante a continuação do aluno no curso, quando os recursos económicos da família escassearem – porque o desemprego pode tocar a qualquer um e aqui a formação académica está em primeiro lugar.Texto: Bruna PereiraFotos: Universidade Portucalense

Em qualquer uma outra universidade, a situação de desemprego do pai ou da mãe poderia ser suficiente para que o aluno não visse ou-tra saída que não a de abandonar os seus estudos. Não há dinheiro, e depois? Depois, na Universidade Portucalense (UPT) há uma luz ao fundo do túnel, ou antes um seguro inovador para propinas. Ini-ciativa da própria UPT e bem acolhida no mercado segurador, esta apólice está associada à do seguro escolar. O aluno tem apenas de pagar o seguro normalmente, no início do ano letivo, e indicar um encarregado pelas suas propinas (podendo ser o próprio). Em caso de desemprego, incapacidade temporária para o trabalho e hospi-talização do encarregado do pagamento das propinas do aluno, a Universidade cobre a anuidade e impede que o aluno abandone os estudos por falta de pagamento das propinas.“A pessoa encarregue do pagamento tem incluído no valor da propi-na um seguro que lhe cobrirá toda a anualidade, caso esta entre em desemprego de longa duração ou possua qualquer outro problema de incapacidade temporária absoluta devidamente comprovado. Tentamos que os nossos alunos não sejam afetados por infelicida-des que possam ocorrer na sua estrutura familiar e, por outro lado, protegemos a instituição”, explica Armando Jorge Carvalho, Presi-dente da Direção da UPT, empenhado em contrariar a tendência de abandono dos estudos superiores por parte dos alunos a que se tem assistido nos últimos tempos, devido à conjuntura económica (e por sua vez social) pouco favorável vivida em Portugal.Nascido no ano lectivo 2010/2011, este seguro inovador da Univer-sidade Portucalense já ajudou 12 dos seus alunos a não desistir do seu sonho: acabar um curso superior numa universidade de pres-tígio. Em declarações à Mais Superior, uma das alunas que benefi-cia deste seguro em tempos menos favoráveis no que às receitas

familiares repeita, diz que se não fosse esta iniciativa da UPT havia fortes probabilidades de desistir do curso. “Como está complicado arranjar um novo emprego, provavelmente teria de adiar o prosse-guimento dos estudos.”Visto que um curso superior implica algumas despesas, mas é um valioso investimento para toda a vida, a aluna, que preferiu manter a identificação no anonimato, deixa à Universidade Portucalense uma mensagem de agradecimento. “Gostaria só de realçar o empenho que a Universidade demonstra ao facilitar aos alunos esta possibi-lidade e de lhes proporcionar alcançar o objetivo a que se propu-seram.”

//NOTÍCIAS EM CURSO

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Sabias que até ser eleito Primeiro Ministro, Passos Coelho foi professor no Instituto Superior de Ciências Educativas (ISCE)? Com 40 anos de existên-cia, esta instituição de renome é a escolha ideal de quem procura “o rigor, mas também a inovação no conhecimento” e “o ambiente familiar”. Em en-trevista à Mais Superior, o presidente Luís Picado fala-nos dos cursos com mais empregabilidade, das vantagens da dupla titulação e do que vem a ser, afinal, a metodologia de aprendizagem B-Learning, na qual o ISCE é pioneiro em Portugal.Texto: Bruna PereiraFotos: ISCE

A dupla titulação é uma das mais recentes apostas do ISCE. Quais as suas principais vantagens?A dupla titulação foi uma aposta formativa que iniciámos formalmente este ano letivo e que permite aos estudantes ficarem mais preparados e mais capacitados para o mer-

cado de trabalho, pois passam a ter uma am-plitude profissional maior: ficam com dois cursos. Inscrevem-se primeiro num curso principal e depois, através de um sistema de unidades curriculares isoladas, vão fazendo unidades curriculares do curso complemen-tar, finalizando a formação num período de tempo mais reduzido do que seria se soma-das as duas licenciaturas. Os cursos de dupla titulação são obtidos através de três anos e meio de titulação (Animação Sociocul-tural mais Educação Social) ou em período de formação de quatro anos (Turismo mais Animação Sociocultural e Educação Musical mais Animação Sociocultural).

Afinal o que vem a ser o B-Learning, do qual o ISCE é uma instituição pioneira?O ISCE foi efetivamente a primeira institui-ção portuguesa a funcionar com B-Learning desde 2006. B-Learning significa Blended Learning, que por sua vez significa Ensino Misto. Quando trabalhamos o Ensino Mis-to, isto significa que utilizamos uma trilo-gia no nosso modelo pedagógico: salas de aula convencionais + uma plataforma, neste momento uma das maiores plataformas de ensino à distância do mundo (Blackboard Learn) + contexto de trabalho. Todas as uni-dades curriculares do ISCE implicam uma

conjugação destas três dimensões. O B-Learning ultrapassa aquela ideia con-vencional da junção do ensino presencial com o ensino à distância, sendo mais do que isso: é ensino presencial, é ensino à distância e é contexto de trabalho. (...)

Até dia 30 de abril estão abertas as inscri-ções para o Acesso + 23. Quais os cursos disponíveis nestes moldes?(...) Apesar de por vezes considerarem que, do ponto de vista escolar não estão tão ca-pacitados, trazem algo que Bolonha veio considerar algo verdadeiramente funda-mental que é uma experiência de profissio-nal e de vida que não pode ser descorada. Não haja dúvida de que os + 23 acabam por ser como qualquer estudante do ISCE, com a mesma oportunidade em tirar as suas for-mações. As turmas tornam-se heterogéneas, têm uma diversidade grande, o que permite que as diferentes experiências de vida e as diferentes visões das pessoas possam ser partilhadas e isso pode ser verdadeiramente enriquecedor. Cria uma universidade para todos, que é o que se pretende.

A nível de empregabilidade, quais os cur-sos de maior sucesso aqui no ISCE?Destaco, por exemplo, e sem nenhuma or-dem de prioridades, o Departamento de Ciências do Desporto, cuja licenciatura tem uma adesão massiva por parte dos nossos candidatos, esgotando as vagas que nos são dadas pelo Ministério da Educação e Ciência. É uma formação com muita adesão, porque tem uma empregabilidade muito grande, em termos de Health Clubs, Gestão Desportiva, com um mestrado profissionali-zante permite docência de Educação Física e Desporto... Por outro lado, destaco outras duas áreas: a Educação Social e da Anima-ção Sociocultural – nunca como hoje o país precisou tanto de educadores sociais. Os problemas sociais são emergentes e para alguns é efetivamente um problema, mas para os educadores sociais acaba por ser uma oportunidade, porque são cada vez mais necessários por parte das Câmaras Mu-nicipais, Juntas de Freguesias... É também um curso extremamente empreendedor, muitas pessoas têm aberto empresas na área ligadas à gestão de eventos sociocultu-rais, por exemplo. Destaco ainda o Departamento do Turismo

– uma área de negócio por excelência no nosso país, enquanto país exportador de mais-valias. O curso de Turismo é um curso que tem uma grande adesão e tem muitas saídas profissionais. (...)

O que é que existe aqui no ISCTE que não existe em mais lado nenhum?(...)Quem vem para o ISCE acaba por esco-lher também o rigor, mas também a ino-vação no conhecimento, porque isso é um aspeto importante: apesar de sermos uma instituição que tem um historial, é também inovadora do porto de vista da metodologia de aprendizagem, através do B-Learning, mas conservamos simultaneamente o am-biente familiar e orgulhamo-nos disso. Acho que esse é o ambiente diferenciador. Todos os cursos têm professores, professores esses que têm uma cara, um rosto: há um coor-denador de curso, alguém que responde pedagogicamente pelo curso e que está sempre disponível para os estudantes e privilegiamos, sobretudo, as relações inter-pessoais. Existem ainda diversas atividades académicas, científicas, naturalmente, mas também muitas atividades de convívio que aproximam as pessoas umas das outras – a Associação de Estudantes é extremamente dinâmica na criação de eventos lúdicos e culturais... No fundo, somos uma instituição para com e as pessoas.

“Uma instituiçãopara e com as pessoas”

Ficaste curioso? Queres saber mais sobre o ISCE? E talvez vir a estudar lá? Continua a ler esta entrevista em www.maissuperior.com!

//NOTÍCIAS EM CURSO

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//NOTÍCIAS EM CURSO

“Uma instituição

da tua vidaChama-se “Intervenção em Psicologia Clínica e da Saúde: Modelos e Práticas”, falará de palavrões como glicose e dopamina, de abordagens sistémicas e cognitivo-comportamentais, de intervenções psicológicas e de bases científicas. No entanto, todos estão convidados e percebe-se porquê: a Psicologia aplicada a temas como o desporto, a sexualidade, a família ou a saúde inte-ressa a qualquer um. Ao pai, à mãe e aos avós, ao estudante de psicologia e ao de direito, ao ativo e ao desempregado.Texto: João Diogo CorreiaFoto: ISPA

O principal alvo são naturalmente os estu-dantes de psicologia, para além dos profis-sionais da área, mas há muito que te pode interessar, mesmo que as questões mentais não sejam a tua prioridade. A Unidade de Investigação I&D em Psicologia e Saúde (UI-PES) do ISPA – Instituto Universitário realiza entre 4 e 5 de maio um colóquio que preten-de, segundo Marta Marques, investigadora da UIPES e membro da comissão organiza-dora presidida pela Professora Isabel Leal, coordenadora da UIPES e docente do ISPA, “apresentar novos contributos que podem enriquecer a nossa área e contribuir para o bem-estar da própria sociedade”. E onde é que a psicologia clínica e da saúde entram no bem-estar da nossa sociedade, pergun-tam alguns?Pois bem, o colóquio divide-se em dois dias, onde haverá tempo e espaço para debater dez temas, cinco por dia. Comecemos pelo segundo, “Desporto e Atividade Física”. De que forma pode a psicologia intervir no quo-tidiano das pessoas e torná-las mais aptas a praticar desporto? Se preferires, numa lin-guagem mais técnica, o que se quer é mos-trar “modelos psicológicos, principalmente motivacionais, que nos podem ajudar a pro-mover comportamentos saudáveis, como é o caso da atividade física”, completa Marta Marques. E para que o debate não se esgote nas palavras, poderás conhecer exemplos concretos de como aplicar conhecimentos

A Psicologia

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e ter resultados - neste caso, um programa de caminhada para maiores de 65 anos, um programa de caminhada para maiores de 65 anos, de promoção de atividade física para pessoas com fadiga crónica, entre outras aplicações.Saltemos para o último tema do dia 4 de maio, “Sexualidade e Género”. A quem não interessa perceber a comunidade LGBT (Lés-bicas, Gays, Bissexuais e Transsexuais) e os segredos que ainda estão por desvendar? É neste painel que poderás conhecer um es-tudo sobre as experiências da homoparen-talidade em casais homossexuais e discutir o desejo sexual, diferente no masculino e no feminino, e o sem-fim de mitos que ainda se espalham por aí. Admite que tens tema de conversa para muito mais do que uma hora e meia.“Psicologia Comunitária” e “Psicologia da Saúde” são duas vertentes que terão vida própria durante o colóquio, mas que se cru-zam facilmente: “será apresentado um pro-jeto de intervenção comunitária no âmbito da saúde mental”, afirma Marta Marques. Es-tas intervenções pressupõem a participação de organizações inseridas na comunidade, num ramo da psicologia que, garante a or-

ganizadora, tem crescido consideravelmen-te.E se a comissão organizadora do ISPA queria mostrar “novos contributos”, que melhor do que juntar áreas diferentes do conhecimen-to, que se apoiam e desenvolvem em mútua colaboração? É para isso que servirá o deba-te sobre “Psicobiologia”, uma área que une a psicologia à biologia e que terá como uma das oradoras a especialista na área do sono, Teresa Paiva. A forma como as interações so-ciais e o meio onde vives vão influenciar o teu cérebro e o teu comportamento futuro ou as bases biológicas da insónia são ape-nas um cheirinho do que se vai passar. A apresentação dos temas fica completa com “Perspetivas Psicanalíticas” e “Perspetivas Existenciais” no dia 4 de maio e “Psicocrimi-nologia” e “Abordagens Comportamentais Cognitivas” no dia 5.Marta Marques convida todos os interessa-dos a participar no debate, destacando que o painel de oradores foi escolhido segundo o critério de comunhão entre a base científi-ca e a aplicação prática, com nomes concei-tuados oriundos do ISPA e não só.

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//PLAYLIST

Tás surdo ou quê?“Você parece que é surdo!” Já lá vão mais de quatro anos, mas as palavras ainda soam na cabeça de DJ Ride. O seu primeiro álbum, de nome “Turntable Food”, tinha acabado de ser lançado e era preciso inovar. Já em 2007 se sentia o cheiro a depressão e uma boa ideia valia mais do que o dinheiro que nunca chega. Com MC Sagas, que colaborou no disco, pegou no equipamento e foi para as ruas de Lisboa mostrar serviço. Montou um palco na Praça da Figueira e fez abanar os ossos a quem passava. Como não levava autorização, dez minutos depois estava lá a polícia, “é circular!”. DJ Ride obedece e faz o mesmo no Chiado. Polícia outra vez, a perguntar se ouve bem. Ele afasta-se e, de pratos e bagagens, chega ao Miradouro do Adamas-tor. É o toca-e-foge que certamente aprendeu, ainda criança, nas Caldas da Rainha. “Com um evento que nos custou zero, chegámos a muita gente, tivemos montes de views no youtube e conseguimos furar a imprensa o que, com uma apresentação normal, nunca seria possível”.Foi assim, a inventar, que Oliveiros Tomás se fez DJ Ride. É do ex-perimental que mais gosta e, para ele, ser DJ não é só pôr o disco,

carregar no play e acertar batidas: “hoje em dia, toda a gente quer ser DJ, ir a discotecas e pôr as pessoas a dançar, mas para te desta-cares precisas de fazer diferente”. Nunca teve um clique que o em-purrasse para a música, o gira-discos dos pais no centro da sala foi quanto bastou. “Era um bocado aquela cena do fruto proibido, eles não me deixavam mexer no gira-discos e eu ficava sempre à espera que saíssem de casa”. Agulhas partidas à parte, aos 17 anos conse-guiu juntar dinheiro para uma mesa de mistura e um computador. Do quarto para o palco, foram poucos dias de distância: “comecei a tocar na escola, com uma banda, uma coisa muito má. Era uma sala-da russa de hip-hop, rap e mais qualquer coisa”. Do hip-hop, DJ Ride guarda a cultura, especialmente “aquela cena das batalhas de MC's, os improvisos, a competição saudável”. E foram os campeonatos de Scratch/Turntablism que o atiraram para o mundo dos convites. Foi campeão nacional com 18 anos (agora, que tem 26, já foi mais três vezes) e, em dezembro do ano passado, chegou ao título mundial, com aquele a que gosta de chamar o “irmão mais velho”, Stereossau-ro (juntos formam os Beatbombers).

Não ao DJ em versão popFoi numa conversa informal com alunos da Escola Técnica de Comunicação e Imagem (ETIC) que a Mais Superior o encontrou e quis saber da sua relação com o público, espe-cialmente o universitário. “Te-nho um tipo de público muito crossover, desde os muito no-vos até àqueles mais velhos que percebem melhor o lado nerd da música eletrónica. Como ainda cheguei a estu-dar na ESAD [Escola Superior de Artes e Desing] nas Caldas,

também tenho muito contacto com pessoal do vídeo, das artes plás-ticas, designers... na ETIC, especificamente, dou o módulo de Téc-nicas de Criação de Música Eletrónica, onde aparecem pessoas de backgrounds musicais completamente distintos, desde trance, rock, pop, dubstep, hip-hop e por aí fora”. No ensino superior, nunca foi propriamente aplicado, “às vezes até me arrependo um bocadinho de me ter baldado às aulas”, porque o chateava o lado convencional do estudo de música. “Só queria era samplar discos, pegar num som e fazer uma música”. Quer continuar a fundir estilos e a apostar na

Diz que precisou de “sair da toca” (pode ler-se Caldas da Rainha), para na cidade se fazer músico. DJ Ride é um nome incontornável da eletrónica nacional e in-ternacional e aterrou em dezembro na Polónia para se tornar campeão mundial de Scratch/Turntablism. Quer fazer música intemporal e que resista, mesmo que lhe tirem DJ de trás do nome.Texto: João Diogo Correia

musicalidade do scratch, mesmo sabendo que a média de 100 con-certos por ano o obriga a ir a espaços com os quais não se identifica: “tive, por exemplo, uma música, em colaboração com os Coldfinger, que passou nos Morangos com Açúcar, que é algo que não me diz muito”. O mesmo se passa com clubs e discotecas: “se calhar se vi-vesse nos Estados Unidos, em França ou Inglaterra podia selecionar melhor porque há um público e um circuito muito maior para este tipo de artistas”.Por agora, DJ Ride prepara novo trabalho, que promete voltar a ser mais funkie e mais alegre. “O último álbum [Psychadelic Sound Wa-ves] foi o que vendeu menos, porque era um bocado denso, mas gostei bastante de o fazer. A questão é que nem toda a gente tem paciência para ouvir coisas muito experimentais”.

“O gira-discos é o meu instrumento musical”Afinal, o que vem a ser isso do scratch e do turntablism? Arra-nhar em português, scratch refere-se ao movimento, feito na ponta dos dedos, com o disco, para trás e para a frente, contro-lando os cortes de som na mesa de mistura. Quanto ao segun-do palavrão, DJ Ride é claro: “às vezes as pessoas riem-se, mas turntablism é essa arte de ver o gira-discos como instrumento”.

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Foto de: www.djride.com

Foto de: flashhead.com

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//TAKE 1

Abril também é mês de festivaisde cinema!Para que tem servido o documentário

português? Quem o vê e o que faz com a informação? Qual tem sido a evolução do estilo em Portugal? Acompanha as mudanças no mundo do cinema ou es-tagnou? Decorre de 13 a 21 de abril o fes-tival “PANORAMA, 6ª Mostra do Documen-tário Português”, com programação prevista para o Cinema São Jorge e para a Cinemateca – Museu do Cinema. Uma oportunidade para refletires sobre um estilo cinematográfico que nem sempre é bem entendido.

E se é de festivais que se fala, abril está muito bem servido já que, durante um mês, o cinema italiano vai andar pelas salas portuguesas (e pe-las estradas, porque não?), através da 5ª edição da 8 ½ Festa do Cinema Italiano. Prepara-se para o arranque em Lisboa no dia 12 de abril até cortar a emissão no Porto a 13 de maio. Pelo meio, Funchal, Coimbra e Guimarães ajeitam as cadeiras para dar o “benvenuto” ao país da bota.

Textos: João Diogo Correia

Foto

de:

Pan

oram

a.or

g.pt

Foto de: www.filmofilia.com

Foto de: c7nema.net

Foto de: www.filmofilia.com Foto de: www.filmofilia.com

Foto de: www.horror-movies.ca

Foto de: a7.sphotos.ak.fbcdn.net

Foto

de:

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k.fb

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Os crimes que estAvAm escritOs

O AmOr em pOrtuguês

As sAudAdes que tu já tinhAs

Não é o primeiro caso de alguém que vai aos li-vros buscar inspiração. Para o bem ou para o mal, já muitos o fizeram. Neste filme, o ídolo é Edgar Allan Poe e o seu seguidor um assassino. O escritor deixou um legado importante, sendo considerado um dos pioneiros na literatura de ficção científica e policial. Aqui, Edgar transforma-se em persona-gem de cinema, que tenta perceber porque é que um jovem está disposto a cometer os crimes que ele próprio criou nas suas obras. O escritor, jun-tamente com um detetive de Baltimore (cidade onde o verdadeiro Edgar morreu), são os respon-sáveis por evitar que os livros se tornem reais.

“Assim Assim” é um filme que junta cinco persona-gens numa esplanada e que nos vai levando pelos caminhos das histórias de cada uma. O amor é o tema central e as relações são a gasolina que faz andar a película. As que correm bem, as que cor-rem mal, as que deixam de correr, os amores e as complicações. Esta produção nacional conta com um elenco de luxo e promete uma pergunta: será que ainda vale a pena acreditar no amor? Espere-mos que a resposta não seja assim-assim.

Jim, Michelle, Finch, Kevin e Stifler são nomes que bem conheces e que estão preparados para continuar a saga American Pie com o quarto filme prestes a chegar às salas. Chama-se “O Reencon-tro”, percebe-se bem porquê, e vem mostrar que há pessoas por quem os anos não passam. Diz-se por aí que este quarto filme não vai desiludir os fãs de uma das sagas mais hilariantes dos últimos tempos.

Título: O Corvo (II)/The Raven (II)País de Origem: EUAAno: 2012Género: ThrillerEstreia: 25 de abril de 2012Site oficial: www.theravenmovie.com

FichA TécnicARealização: James McTeigueArgumento: Ben LivingstonElenco: Alice Eve, Brendan Coyle, Brendan Gleeson, John Cusack, Luke Evans

Título: Assim AssimPaís de Origem: PortugalAno: 2012Género: ComédiaEstreia: 12 de abril de 2012Site oficial: www.facebook.com/assimassim.ofilme

FichA TécnicARealização: Sérgio GracianoElenco: Albano Jerónimo, Ana Bran-dão, Rita Blanco, Dinarte Branco, Eva Barros, Gonçalo Waddington, Joaqum Horta, Inês Rosado, Ivo Canelas, Cleia Almeida

Título: American Pie: O Reencontro/American ReunionPaís de Origem: EUAAno: 2012Género: ComédiaEstreia: 5 de abril de 2012Site oficial: www.americanreunion-movie.com

FichA TécnicARealização: Hayden Schlossberg e Jon HurwitzArgumento: Jon HurwitzElenco: Alyson Hannigan, John Cho, Seann William Scott, Tara Reid

Abril 2012 . MaisSuperior | 11

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12 | MaisSuperior . Abril 2012

//EM FORMA

e mais comSUMOSMenos álcool

“O segredo é fruto de uma vida saudável”. A frase é apresentada no vídeo pro-mocional do evento “comSUMOS Académicos”, que decorreu nos dias 9, 10 e 11 de março, para te mostrar que não deves ter vergonha de dizer que o copo na mão é uma excelente companhia para uma noite universitária. Só tens de saber onde parar. O Secretário de Estado Adjunto da Saúde, Fernando Leal da Costa, esteve lá o confirmar: “há um papel importante do álcool no nosso prazer diário, que não deve passar disso para mesmo: um prazer controlado”.Texto: João Diogo CorreiaFotos: Consumos.org

E se agora os arraiais estudantis vendessem mais batidos naturais que bebidas brancas? E se a coca-cola substituísse a cerveja nas se-manas académicas? Imagina um cartaz num festival a dizer “vende--se chá”, em vez do habitual “há sangria”. O que é que dirias? A ideia de aumentar a oferta de bebidas não alcoólicas nas festas universi-tárias partiu do Conselho Nacional da Juventude (CNJ) e foi apre-sentada na cerimónia “comSUMOS Académicos”. Mais de 70 jovens de organizações estudantis de todo o país fizeram questão de ir até à Pousada da Juventude de Almada discutir os hábitos de consumo de álcool dos universitários, porque “os jovens não são o futuro, são o presente”, garante Fernando Leal da Costa. E qual será o futuro daqueles que abusam do presente? “Em saúde pública, o problema maior são os anos de vida potencialmente perdida”, responde. É aqui que entra o álcool outra vez, na alarmante capacidade de destruir. Ivo Santos, presidente do CNJ (responsável pelo evento), considera que é com iniciativas destas que se alteram comportamentos, por-que “quando os jovens se associam e acreditam num projeto conse-guem levá-lo a bom porto”. O aplauso surge por Alexandre Mestre, Secretário de Estado do Desporto e da Juventude: “a promoção de estilos de vida saudáveis nos jovens tem que ser feita pelo Estado, em articulação com plataformas como o CNJ”. E como quem fala de hábitos de vida saudáveis tem, normalmente, de falar de desporto, acrescenta: “é uma obrigação do Estado promover o direito ao des-porto”. Para ligar os conceitos em debate, 12 atletas estudantes, en-tre eles Nélson Évora, Sónia Tavares, Tiago Marto ou a dupla olímpica de remo Pedro Fraga/Nuno Mendes, associaram-se à campanha, sa-tisfeitos por dar um contributo. Muitos deles estiveram presentes na cerimónia, confirmando a dificuldade em gerir o tempo disponível entre estudos e atividade desportiva. “O segredo é fruto de uma vida saudável”, não se cansam de repetir.O repto é lançado aos estudantes universitários, mas os mais novos não são esquecidos, porque de pequenino se começa a construir o percurso que há-de vir. Por isso, Fernando Leal da Costa garante que “é intenção do governo adaptar a legislação para proibir a venda de álcool a menores de 18 anos”, concluindo que aquilo que de melhor fizermos pela nossa saúde “será claramente um ganho ao longo da vida”.

Para além da Secretaria de Estado do Desporto e da Juventude e da Saúde e do CNJ, estiveram presentes no evento a Federação Aca-démica de Desporto Universitário (FADU), a Alcoholic Policy Youth Network (o presidente Jan Peloza falou via skype), João Goulão, do Instituto da Droga e Toxicodependência (IDT), bem como outros embaixadores do projeto. Agora é tempo de esperar pela próxima festa para perceber se desce a percentagem de álcool que vai nos copos. A CNJ quer enchê-los de alegria... Mas só da tua.

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Pub

Pub

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14 | MaisSuperior . Abril 2012

//LER PARA CRER

Falas tuComeçam normalmente por ser feitas por universitários e para universitários, mas rapidamente ultrapassam essa barreira. Vivem muito do voluntariado, boa vontade e ideias dos que por lá passam. Umas preocupam-se com publicidade, outras com serviço público, outras nem com uma coisa nem com outra. As Rádios Universitárias nasce-ram para nunca mais irem embora. Celebremos com elas o Dia Mundial dos que um dia se apaixonaram pela voz.Texto: João Diogo Correia

“Acontece-nos muitas vezes o oposto [de

ter um amador a fazer rádio], que é ter um

profissional que quer trabalhar connosco

porque aqui, ao contrário do que se passa

nas rádios convencionais, não tem limita-

ções nenhumas”. Experimentalismo e liber-

dade criativa nos estúdios da Rádio Zero, no

Instituto Superior Técnico (IST), em Lisboa.

Foi lá que nasceu e é lá que deixa a porta

aberta para todos os que se queiram ex-

pressar através do meio rádio. Apesar de

estar dentro do mundo universitário, prefe-

re ir para lá dessa etiqueta. João Bacalhau,

diretor do departamento de programação,

explica que “é possível ligar a emissão na

Zero, gostar muito, e ligar na hora a seguir

e achar completamente insuportável”. É o

preço da democracia. E de nenhuma ideia

ser rejeitada, mesmo as mais estapafúrdias.

Isto se considerarmos que fazer entrevistas

a compositores mortos, ter personagens

como um pato sem bico chamado “Labreca”

e um repórter hiperativo de nome “Cláudio

Arbusto”, é ser estapafúrdio. Provavelmente,

os autores do já extinto “Classicamente” não

eram dessa opinião.Na Rádio Universitária do Algarve, daqui

para a frente RUA, nem tudo pode funcionar

assim. Ao contrário da Zero, que é uma sec-

ção autónoma da Associação de Estudan-

tes do IST, a RUA é parceira da Associação

Académica da Universidade do Algarve (AA

UAlg) e da própria UAlg, o que significa mais

responsabilidades com o serviço a prestar

aos estudantes. Pedro Duarte, diretor de an-

tena da RUA, explica: “tentamos encontrar

esse equilíbrio, entre os nossos conteúdos

e um certo serviço público, nomeadamente

na divulgação do que se passa na universi-

dade. Fazemos emissões em direto no dia

da UAlg e durante a semana académica, por

exemplo”. Para João Rebelo, da direção téc-

nica e de programas da Rádio Universitária

do Minho (RUM), essa é uma das caraterís-

ticas a manter: “devido à forte ligação com a

Universidade do Minho e com a Associação

Académica, a RUM é um meio privilegiado

de promoção de todas as actividades peda-

gógicas, culturais ou recreativas destas insti-

tuições. É por isso um instrumento que deve

continuar a merecer todo o apoio”.

E do que precisa uma rádio deste género

para funcionar? Equipamento, dinheiro para

despesas fixas e voluntários, muitos volun-

tários. Na RUA funciona assim: para além dos

dois sócios principais, AA e UAlg, o financia-

mento vem de parcerias com um portal e

“com projetos europeus que precisam de

divulgação, e nós fazemo-la, para além de

alguma publicidade institucional”. De outra

forma, garante Pedro Duarte, era impossível

sobreviver, “e mesmo assim este ano vai ser

muito complicado”. Na do Minho, a publici-

dade é também uma importante fonte de

rendimento, ao contrário do que acontece

na Rádio Zero, que prova novamente que

nem todas têm de seguir o mesmo padrão.

“Nós não temos vários problemas que as

outras rádios têm, que são os custos fixos.

Como estamos dentro do IST não pagamos

renda, eletricidade ou internet”. O dinheiro

para equipamento e manutenção chega de

projetos com outras entidades culturais (a

Fundação Calouste Gulbenkian é um bom

exemplo) e é nos colaboradores que está

o ganho. Se em todas estas rádios é preci-

so haver alguém que trabalhe só por gosto,

na Zero não há outra forma de o fazer: “au-

tores, parte técnica, marketing, administra-

ção, todos os que pertencem ou alguma vez

pertenceram à Zero são voluntários. E neste

momento estamos a falar de 80 pessoas,

mas já chegámos a ser mais de 100”.

O que não é difícil adivinhar é que, na Zero

ou em qualquer outra delas, todos estão

convidados a participar. Velhos ou novos,

profissionais ou amadores, com ou sem ex-

periência, a rádio é um segredo que merece

ser partilhado.

Foto de: Rádio Zero

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Abril 2012 . MaisSuperior | 15

//LER PARA CRER

Tal como o resto do corpo, a voz vai mudando com o avançar da idade e não há grande coisa que possamos fazer quanto a isso (os rapazes que durante a puberdade só conseguiam falar em falsete, intercalado por um silêncio absur-do, que se acusem). No entanto, há comportamentos que te ajudam a melho-rar a voz, para além dos que ajudam a estragá-la, e alguns bastante óbvios, pelo que não servem desculpas. A saber: fumar faz mal (olha a novidade), falar muito tempo ao telemóvel em locais ruidosos também (experimenta explicar alguma coisa quando as portas do metro se estão a fechar), abusar das be-bidas com gás idem (provoca refluxo, isto é, a “subida” do suco gástrico até à garganta), ataques de tosse ou tentativas de limpar a garganta são de evitar (normalmente usamos muito os vocábulos “pigarrear” e “catarro”) e mudan-ças bruscas de temperatura também não ajudam. Por fim, para os humoristas de serviço, em casa, na faculdade ou na internet, imitar vozes de desenhos animados, cantores ou figuras conhecidas puxa um bocadinho pelas cordas vocais, provoca rouquidão e não é a melhor forma de aclarar a voz. Beber água, muita água, ter aulas de colocação de voz ou fazer desporto estão no pólo oposto.

ou falo eu?

Fotos de: RUM

Fotos de: RUM

“É muito complicado uma rádio local ter essa noção. Já é um or-

gulho quando alguém diz que gostou de determinado programa

da RUA”, afirma Pedro Duarte. “Vamos tendo feedback nas redes

sociais e especialmente no boca a boca”, conta João Bacalhau.

“Na RUM usamos ferramentas estatísticas para perceber a rece-

tividade dos projetos e a opinião dos ouvintes”, o que faz com

que um programa possa durar mais ou menos tempo consoante

a qualidade e o número de fiéis. O facebook continua a ser um

bom meio para o perceber (quem não gosta de um like?), mas os

acessos ao site e aos podcasts são importantes porque, confirma

Pedro Duarte, “dão um número, mesmo que seja uma amostra pe-

quena, conseguimos um número”.

Objetivo principal ou não, todos querem crescer e chegar a mais

pessoas. E quando o tema é ter uma frequência FM o consenso

aparece. “Continua a justificar-se não estar só na net. Na rua há

até quem nos peça ajuda para montar uma rádio FM. A Zero, por

exemplo”. Passemos a palavra: “a Zero tem esse objetivo porque,

por mais presente que a internet esteja na nossa sociedade, é

difícil ultrapassar a barreira do auto-rádio. Ouvir rádio no carro

permite que uma pessoa tropece numa estação, ao contrário das

rádios online, em que é preciso ir à procura”. João Rebelo, da RUM,

acha que o problema é “existir uma série infindável de rádios web

para públicos alvo específicos e que nos retiram alguma visibili-

dade”.E afinal parece que o vídeo ainda não matou a radio star: “a rá-

dio continua com muita força porque soube adaptar-se. Se a sua

morte algum dia chegar, que eu não acredito, será daqui a muito

tempo”, vaticina João Bacalhau. "Ela chega aos locais mais remo-

tos sem grandes requisitos técnicos", acrescenta João Rebelo.

Para eles, é na voz e nas palavras que vive a solução, "são um

guião para criarmos imagens mentais”, acrescenta o locutor da

Zero. Pedro Duarte conclui que aprender a trabalhar a voz, a ex-

primir emoções através dela, é uma formação que devia ser trans-

versal a todas as áreas. “Imagina que tens de vender uma ideia

em cinco minutos. Se não souberes comunicar não te adianta ter

boas imagens”. É preciso atitude, “e a atitude está na forma como

falas. E a forma como falas está na voz”.

Mas afinal quem é que vos ouve?

Quando a cabeça não tem juízo a voz é que paga

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Com o arCo-íris,Vermelho Ferrari para uma noite especial, preto para realçar o lápis dos olhos, rosa choque para o um look mais alegre e pin up ou até o tradicional transparente para quem estiver orgulhosa das suas unhas ao natural e as quiser luzir assim mesmo no dia-a-dia. São mais do que muitas as opções de manicure caseira que tu própria poderás executar no con-forto do teu quarto. O objetivo desta página? Que reparem mais nas pontas dos teus dedos do que no dinheiro, quando fores a pagar alguma coisa no supermercado, bar, farmácia ou restaurante!Texto: Bruna Pereira

Ficas a saber que não há desculpa nenhuma para unhas des-mazeladas e sem cor. Há sempre uma meia hora que podes aproveitar para dar cor às mãos, tratar das cutículas e hidratar a pele – até mesmo enquanto estás a ver TV no sofá, em dias de estudo ou sempre que estiveres à espera que a esparguete do jantar esteja cozida. Além de poderes ser tu a escolher a hora e o sítio mais confortável para a manicure, poupas uns trocos que poderás aplicar noutras coisas e ainda podes convidar ami-gas lá para casa, para que o serão seja ainda mais divertido e inclua pôr a conversa em dia.

Todo o profissional precisa de ter o material bem guardado. As-sim sendo, recomendamos o uso de uma caixa onde caibam todas as cores de vernizes que usas, purpurinas, limas, cremes, corta-unhas, tesouras, acetonas, lixas, algodões, alicates e afins necessários para uma completa sessão de manicure. Para este feito, são ideais as caixas de ferramentas em plástico com várias divisões ou até os kits de primeiros socorros à venda em super-mercados ou nas antigas ‘lojas dos 300’.Por falar em primeiros socorros, e no meio de tantos vernizes, não te esqueças de ter contigo e sempre à mão álcool etílico para desinfetar as cutículas antes de as começares a arranjar ou para possíveis ferimentos – que esperamos nunca aconteçam.

As cutículas não são para cortar a pente zero ou para destruir com os pauzinhos de madeira dos kits de manicure. Visto que fazem parte da proteção natural dos nossos dedos, o mais aconselhável é retirar apenas – e se existir mesmo – o excesso de pele com muito cuidado (para não propiciar o aparecimento de infeções ou micoses na unha). Podes ainda apenas empurrá--las um pouco com a espátula, caso estejam a cobrir grande parte da superfície da unha que é supostamente para pintar com verniz.

A cor final é o que mais salta à vista do olho, temos que admi-tir. No entanto, presta muita atenção! Antes de pintares com o verniz escolhido, não te esqueças de aplicar uma capa base de verniz – em último caso, aplica primeiro uma camada de verniz transparente, para evitar quebras e danificação da coloração natural da unha (sobretudo quando os vernizes comprados não apresentam muita qualidade). Não queres ficar com as unhas amareladas como se fosses uma fumadora compulsiva, pois não?

Quando a base do verniz secar, começa a pincelar as unhas, uma por uma, com a cor escolhida. Não tenhas medo de ul-trapassar os contornos naturais da unha, porque no final um cotonete embebido em acetona faz autênticos milagres, acre-dita! Seja qual for a cor escolhida, clara ou escura, aconselha-mos sempre passar o verniz uma segunda vez para eliminar possíveis imperfeições e realçar a cor. Depois, é só esperar que sequem todas muito bem – deixa atividades como falar ao te-lemóvel, coçar a cabeça e lavar a loiça para depois, de modo a que nenhuma unha fique logo borratada e se vá a manicure caseira pela água abaixo!

Poupa dinheiro e diverte-te

Caixa de ferramentas para vernizes?

Nada de destruir as cutículas!

Não esquecer a base do verniz

À segunda é de vez

nas unhas

16 | MaisSuperior . Abril 2012

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18 | MaisSuperior . Abril 2012

//LIMITE DE VELOCIDADE

Guilherme Ferreira Costa, estudante de Mestrado no

Instituto Superior de Gestão e editor do site Razão Automó-

vel, colabora mensalmente com a Mais Superior na rubri-

ca "Limite de Velocidade".

factos e mitos sobre os carros a gásO entendimento dos partidos no parlamento é generalizado, a discrimina-ção legislativa dos veículos movidos a Gás Petrolífero Liquefeito (GPL) tem os dias contados. Tudo indica que até ao final do ano deixará de ser proibido o estacionamento de veículos GPL em parques subterrâneos, sendo também intenção do parlamento acabar com a obrigatoriedade do uso de dístico de identificação nas viaturas. Será uma boa medida? Foi isso que a Mais Superior e o RazãoAutomóvel.com foram tentar descobrir.Texto: Guilherme Ferreira da Costa

Há uma série de mitos urbanos que ao longo dos anos têm feito os condutores fugirem dos veículos a GPL, como o diabo foge da cruz. Um dos mitos mais comuns é de que os carros a GPL podem explo-dir. Felizmente isso não é verdade, portanto escusam de chamar a brigada de minas e armadilhas da GNR, na eventualidade de verem um carro a GPL parado à porta de vossa casa… Descansem, é segu-ro. Sabiam que em toda a Europa, apenas em Portugal e na Hungria, existem restrições à circulação deste tipo de veículos?Para além de ser um combustível tão seguro quanto a gasolina, a opção do GPL face aos combustíveis convencionais acarreta uma vantagem que nos dias de hoje não é, de todo, de desperdiçar. Essa vantagem tem um nome: poupança.Embora seja verdade que os veículos movidos a GPL têm um con-sumo marginalmente superior aos movidos a combustível conven-cional, também é verdade que o preço do litro de GPL, comparati-vamente à gasolina, é manifestamente inferior. Atualmente o GPL é vendido a metade do preço da gasolina 95. Ou seja, com pratica-mente metade do que gastas atualmente em combustível podes an-dar o dobro de carro. Ou em alternativa, poupar para aquele projeto que tanto queres realizar. Nada mau ah?Depois há ainda um conjunto de outras vantagens que não pode-mos ignorar. Nomeadamente a nível ambiental - os veículos mo-vidos a GPL emitem menos gases poluentes – e a nível da própria durabilidade do automóvel. O GPL, por ser um combustível mais re-finado, liberta menos impurezas para os órgãos mecânicos do mo-tor, aumentando a sua longevidade.Não penses no entanto que a alternativa GPL não tem desvanta-gens, porque tem, felizmente são cada vez menos. A rede de postos de abastecimento GPL são em menor quantidade do que a rede de postos de abastecimento para gasolina, no entanto já cobrem a to-talidade do território nacional. A segunda grande desvantagem - as restrições ao estacionamento e obrigatoriedade de dístico - parece que têm os dias contados. Por último, há ainda o problema dos cus-tos da montagem do kit GPL, que são elevados e que obrigam à imo-bilização do veículo durante o período de instalação. É no entanto um custo que a médio longo prazo compensa através da poupança no combustível. Em alternativa, há já algumas marcas que têm na sua gama carros que podem ser adquiridos já com o kit GPL instala-do. E agora, ainda receias o GPL?

Quatro mitos sobre o gPL1. Reservatórios de GPL explodem - FALSO

Muitos condutores mantêm reservas sobre o GPL. E um dos princi-pais argumentos é o receio de que o reservatório expluda em caso de acidente.

2. Estraga o motor dos carros - FALSO

O GPL é um combustível com menos impurezas que a gasolina, pelo que a utilização do GPL poderá inclusivamente aumentar a durabi-lidade de alguns componentes. Em determinados automóveis, é no entanto necessário juntar um aditivo à mistura.

3. Consumos disparam – Parcialmente FALSO

O aumento exponencial dos consumos, após a mudança para GPL, é um mito. De fato, um carro a GPL gasta mais, mas não muito mais. Mas também é preciso ter em conta que o custo deste combustível é muito mais baixo e acaba por compensar.

4. GPL retira a potência – VERDADEIRO

Em tempos, quando a eficiência dos motores era menor e os siste-mas GPL ainda não estava plenamente desenvolvidos, havia de fac-to uma perda de rendimento dos motores. Hoje em dia, com a ges-tão eletrónica dos motores essas perdas são marginais e raramente detetáveis pelo utilizador. Mas essa perda de potência existe.

Sabias que…Sabias que os carros a GPL podem funcionar a gasolina ou vice-versa? E que todos os veículos a gasolina podem ser convertidos para GPL?

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©Depositphotos/ Kzenon

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20 | MaisSuperior . Abril 2012

esperança de vencer, penso que todos os candidatos o tinham, pois foi para isso mes-mo que concorremos. No entanto, deixo os meus parabéns e reconhecimento a todos que participaram.

Para os mais distraídos, o core business da Medbone pode parecer saído de um filme de ficção científica, mas a verdade é que a empresa consegue desenvolver ossos sin-téticos que apresentam soluções inovado-ras em várias áreas...A Medbone é uma empresa de desen-volvimento de tecnologia, o que envolve investigação, caraterização de materiais, testes clínicos e depois temos know-how na certificação de produtos médicos, para implementação da produção e embalagem (tudo feito internamente) até à fase de co-mercialização, sendo que nesta última eta-pa estabelecemos parcerias com empresas distribuidoras. Até agora os nossos produ-tos são substitutos/enxertos ósseos sinté-ticos, essencialmente duas grandes gamas

de produtos que atingem já cerca de 200 referências, bem como temos a tecno-logia que nos permite fabri-car implantes à medida de cada paciente. Como o osso faz parte de todo o nosso corpo, abrangemos muitas áreas, destacando-se a or-topedia, dentária, maxilo--facial e veterinária: pode ser desde a reconstrução de um acidente de trabalho, desportivo, bem como para preenchimento de osso ori-ginado por um tumor ou outro problema.

Além de muito jovem para o trabalho que apresenta já no seu currículo, a Cláudia

Ranito surpreende pela vivacidade com fala sempre da Medbone. Como é que foi parar ao negócio da regeneração óssea? Sou apaixonada pelo que faço, acordo todos os dias com um sorriso e termino o dia ainda mais contente pelo que conseguimos atin-gir. Até chegar a esta área foi um caminho que agora me parece natural: gosto pela Ma-temática e Química, entrada em Engenharia de Materiais, nos últimos anos começando--me a especializar na área dos produtos mé-dicos, bem como um Mestrado Nacional rea-lizado no desenvolvimento e caraterização deste tipo de produtos, que conheço desde as origens, às diferentes formas e até termos desenvolvido os nossos produtos. Sempre

//DÁ-TE AO TRABALHO

Ossos do ofícioNascem connosco, mas nem sempre morrem connosco – os ossos. No entanto, para todos os que sofrerem a infelicidade de algum acidente ou tumor que exija a sua re-construção óssea, a Medbone – Medical Devices Ltd. pode vir a ser a melhor empre-sa a que recorrer, já que desde 2008 desenvolve dispositivos médicos para a cirurgia ortopédica e dentária, recorrendo a tecnologias inovadoras... Tão inovadoras que mereceram à fundadora e CEO Cláudia Ranito o recente Prémio Jovem Empreende-dor da Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE).Texto: Bruna PereiraFotos: Medbone

A Medbone foi, mais uma vez, reconheci-da, desta vez pela ANJE. Estava à espera de sair vencedora, tendo em conta que estava inicialmente entre 186 projetos também empreendedores?Mais uma vez, superou as nossas expetati-vas. Temos tido muito sucesso nos prémios recebidos e neste em particular. Os restantes participantes eram extraordinariamente for-tes, como potenciais vencedores ao mesmo nível da Medbone. Fomos nós, mas podia ter sido qualquer um dos finalistas a ganhar - quem sabe se daqui a uns anos algum pro-jeto que, mesmo não tendo sido finalista, vai ter um grande sucesso? Seria muito bom. No fundo, admitimos que tínhamos alguma

Sabias que os produtos desenvolvidos pela Medbone – Medical Devices Ltd. são bioma-teriais reabsorvíveis baseados em fosfatos de cálcio, nomeadamente hidroxiapatite (HAp) e trifostato de cálcio (TCP)? Estes pro-dutos estão disponíveis em forma de grâ-nulos, blocos, cilindros, cunhas e em forma injetável. Os produtos fabricados possuem propriedades semelhantes ao osso natural, possibilitando uma melhor qualidade de vida às pessoas.

O bem-estar dos pacientes em primeiro lugar

acreditei que fosse possível implementar os projetos de investigação e desenvolvimento e torná-los num produto real e comerciali-zável, pelo que tomei a decisão de avançar por mim para este projeto, tornando-o uma realidade.

Tem algum conselho para quem está a ler esta entrevista e tem já uma ideia de negó-cio, mas está um pouco perdido e não sabe por onde começar?Por muito difícil que isto seja de explicar, sin-to que é importante dizer que uma ideia por si só não é nada, nós temos semanalmente dezenas de ideias de pessoal novo, profissio-nais, etc. a baterem à nossa porta, mas quase a totalidade fica apenas pela ideia e não tem a mínima noção de como implementar essa ideia e fica à espera que sejam outros a pe-gar no assunto - este é o principal problema que identifico. Temos de passar da ideia à prática definir muito bem o caminho, testar, arriscar, errar, voltar a tentar e quando já ti-vermos conhecimento adquirido de como é possível materializar a ideia, aí sim estamos prontos. Se possível, devem proteger-se antes, recorrendo à propriedade industrial, com por exemplo pedidos de patentes pro-visórios para exporem algo concreto a even-tuais parceiros futuros e a investidores. O mais importante é cada um de nós acreditar e ir para a frente com ou sem apoio inicial, pois se nós acreditamos e avançarmos os apoios vão naturalmente surgir. Acreditem, trabalhem muito e bem e mantenham o so-nho com os pés bem assentes na terra para atingirem o sucesso.

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Abril 2012 . MaisSuperior | 21

Mais informações:

Pessoas, ide todasver PessoaQue homem foi este que nasceu a 13 de junho de 1888? Tra-

dutor de profissão em casas comerciais? Jornalista boémio que tinha por hábito sentar-se à mesas dos cafés lisboetas A Brasileira e Martinho da Arcada? Visionário autor da “Mensa-gem”? Maçónico fanático com o hobby do ocultismo? Poeta esquizofrénico que desabafava as mágoas das personalida-des múltiplas sob a forma de heterónimos? Para ver e sentir Fernando Pessoa, o homem que não cabia em si mesmo, tens até ao dia 29 de abril patente a exposição “Fer-nando Pessoa, Plural como o Universo”, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa.Texto: Bruna PereiraFotos: Márcia Lessa, Fundação Calouste Gulbenkian

Pela boca de Alberto Caeiro, disse um dia Pessoa que “Se depois de eu morrer, quiserem escrever a minha biografia, / Não há nada mais simples./ Tem só duas datas - a da minha nascença e a da minha morte./ Entre uma e outra todos os dias são meus.” Já sob a assinatu-ra de Bernado Soares, a certeza foi bem mais sentimental, ao afirmar que "a minha pátria é a língua portuguesa", mesmo sendo exímio escritor e tradutor em mais dois idiomas, o francês e o inglês.Para conhecer um pouco mais deste misterioso homem que consi-derava todas as cartas de amor ridículas, nada melhor do que apro-veitar o último mês desta exposição dedicada a Fernando Pessoa or-tónimo e aos seus heterónimos, de forma a mostrar a multiplicidade da obra do poeta, conduzindo o visitante numa viagem sensorial pelo seu universo, para que leia, veja, sinta e ouça a materialidade das suas palavras. Patente no edifício sede da Fundação Calouste Gulbenkian, esta ex-posição reúne poemas, textos, documentos, fotografias e pintura, onde se incluem raridades como a primeira edição do livro “Mensa-gem”, com uma dedicatória escrita pelo poeta.“Fernando Pessoa, Plural como o Universo” é uma colaboração entre a Fundação Roberto Marinho e o Museu da Língua Portuguesa de São Paulo (Brasil), com o apoio da Fundação Gulbenkian.

Fernando PessoaPlural como o UniversoFundação Calouste Gulbenkian

Avenida de Berna, 45A 1067-001 LisboaTelefone: 217823000E-mail: [email protected]: De 10 de fevereiro até 29 de abril

Encerra na segunda-feira e no Domingo de Páscoa

Horário: 10h -18hPreço de entrada: 4 euros

Ricardo Reis ainda vive?

Fernando Pessoa na escadaria do Hall dos Congressos

Sabias que dos três heterónimos mais conhecidos de Fernando Pessoa (Álvaro de Campos, Alberto Caeiro e Ricardo Reis) só Ri-cardo Reis não possui data de falecimento? Por essa razão, José Saramago, Prémio Nobel da Literatura de 1998, escreveu o livro “O ano da morte de Ricardo Reis”.

Não percas esta 4ª Sessão, subordinada ao tema “Pessoa em pes-soa": família, relações amorosas, sexualidade, morte. Ironia, deses-pero. A experiência de “Orpheu – amizades e cumplicidades”, que decorre no domingo, dia 22 de abril, entre as 14:30h e as 18h. O evento conta com a presença do Professor Gonçalo M. Tavares, do Encenador Marco Martins, do Ator Vítor Roriz e do Designer de Som PZ Pimenta.

//NIGHT & DAY

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//MANUAL DE INSTRUÇÕES

Já ouviste falar do IRS? O IRS – Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares é a percentagem dos rendimentos que as pessoas recebem, por exemplo o seu salário, que é entregue ao Estado para comparticipação das despesas públicas – por exemplo a construção e manutenção de hospitais, estradas, escolas, etc. Assim, todos os anos os contribuintes estão obri-gados a entregar a sua declaração de IRS. Para quem trabalha por conta de outrem, abril é o mês de entrega da declaração de IRS através da internet. Para quem é trabalhador indepen-dente, maio é o mês para apresentar contas ao Fisco.Texto: Susana Albuquerque

Susana Albuquerque é Secretária-Geral e coordenadora do programa de edu-cação financeira da ASFAC – Associa-ção de Instituições de Crédito Espe-cializado. A também autora do livro “Independência Financeira para Mu-lheres” colabora mensalmente na re-vista Mais Superior para te dar dicas práticas que poderás aplicar no teu dia-a-dia.

está na altura!

Se esta é a primeira vez que tens de fazer a declaração de IRS, co-meça por pedir a tua senha de acesso no site das finanças (www.portaldasfinancas.gov.pt). Mas atenção, não deves deixar para o fi-nal, já que os serviços demoram até cinco dias a enviar os códigos de acesso havendo penalizações, no montante mínimo de 50 euros, pela entrega fora do prazo.No que diz respeito ao tipo de despesas a considerar, podes dedu-zir 30% das despesas com educação, até um limite máximo de 760 euros. São aceites despesas com inscrições e propinas, quer de es-colas públicas, quer de privadas, tanto para licenciaturas, como pós--graduações, mestrados ou doutoramentos. Também as faturas de material escolar, livros, explicações, alojamento caso estejas fora da tua área de residência e ensino de línguas são aceites.Na área da saúde, não há um limite máximo, sendo possível deduzir 30% de todas as despesas efetuadas. No entanto, é preciso ter em conta que as despesas isentas de IVA ou com taxa de 6% serão todas consideradas. Já as despesas taxadas a 23% de IVA só serão conside-radas quando há uma prescrição médica. Mas atenção, porque para este tipo de despesas o limite é de 65 euros ou 2,5% do montante total das despesas de saúde. As faturas, para serem consideradas, devem conter obrigatoriamen-te o nome do contribuinte ou o seu número fiscal.Se tiveres direito a reembolso, 20 dias é quanto tempo terás de es-perar para receber o teu dinheiro. Além da rapidez no tratamento dos dados, e da facilidade de todo o processo, fazer o IRS através da internet também permite simular o valor a pagar ou a receber. Este é um ponto muito importante para gerires o teu orçamento. Se a simulação indicar que vais receber, sugiro que definas um objetivo para este dinheiro, para que não se gaste sem dares conta. Podes investi-lo, de forma a fazeres ou complementares um pé-de-meia. Se houver lugar ao pagamento, deves começar de imediato a pou-par dinheiro para efetuar o pagamento.Para começar, sugiro que juntes todas as faturas de 2011 e as se-

pares por tipos de despesa (educação, saúde com IVA a 6% e com IVA a 23%, para as quais necessitas de juntar uma cópia da receita médica). De seguida, pega numa calculadora e faz os somatórios. E pronto, agora é só ires ao Portal das Finanças, à secção Cidadão, preencher a declaração e posteriormente entregar na secção de IRS.

Sabias que é possível, sem qualquer custo para ti, doa-res 0,5% do teu IRS? Além das campanhas das diversas instituições, no portal das finanças está disponível uma listagem com todas as entidades beneficiárias. Elege uma, a que consideras que deve receber o teu contri-buto pelo trabalho desenvolvido em prol da comuni-dade, e identifica-a no espaço existente para o efeito na declaração. Esta é uma forma de contribuíres para uma causa social, sem teres de despender de dinheiro.

IRS Solidário

IRS:

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