Maneirismo

34
Maneirismo História da Arte e da Arquitetura III Viviane Marques

description

Aula de História da Arte sobre Maneirismo elaborada pela arquiteta e professora Viviane Marques

Transcript of Maneirismo

Page 1: Maneirismo

Maneirismo

História da Arte e da Arquitetura IIIViviane Marques

Page 2: Maneirismo

Introdução

• Desenvolve-se em Roma, do ano de 1520 até por volta de 1610,.• Movimento artístico afastado conscientemente do modelo da antiguidade

clássica. • Alguns historiadores o consideram uma transição entre o renascimento e

o barroco, enquanto outros preferem vê-lo como um estilo propriamente dito.

• Maneirismo (maniera, em italiano, significa maneira). • Tendência para a estilização exagerada e um capricho nos detalhes.• Extrapolar as rígidas linhas dos cânones clássicos.• Maneirismo é uma conseqüência de um renascimento clássico que entra

em decadência. • Os artistas em busca de elementos que lhes permitam renovar e

desenvolver todas as habilidades e técnicas adquiridas durante o renascimento.

• Valendo-se dos mesmos elementos do renascimento, mas agora com um espírito totalmente diferente, criam uma arte de labirintos, espirais e proporções estranhas, que são, sem dúvida, a marca inconfundível do estilo maneirista.

• Uma de suas fontes principais de inspiração é o espírito religioso reinante na Europa nesse momento.

Page 3: Maneirismo

História

• Não só a Igreja, mas toda a Europa estava dividida após a Reforma de Lutero.

• Carlos V, depois de derrotar as tropas do sumo pontífice, saqueia e destrói Roma.

• Reinam a desolação e a incerteza. • Os grandes impérios começam a se formar.• O homem já não é a principal e única medida do universo.• Pintores, arquitetos e escultores são impelidos a deixar Roma com destino

a outras cidades. • O Maneirismo acabaria cultivada em todas as grandes cidades européias.

Page 4: Maneirismo

Pintura

• É na pintura que o espírito maneirista se manifesta em primeiro lugar. • Pintores : afastados dos cânones renascentistas,

– Deformar uma realidade ;– Valorizar a arte pela própria arte.

• O resultado:– Formação de planos paralelos, completamente irreais, e– Atmosfera de tensão permanente,– Composição em que uma multidão de figuras se comprime em espaços

arquitetônicos reduzidos,– Os corpos, as formas esguias e alongadas substituem os membros bem-torneados

do renascimento, – Os músculos fazem agora contorções absolutamente impróprias para os seres

humanos,– Rostos melancólicos e misteriosos surgem entre as vestes, de um drapeado

minucioso e cores brilhantes,– A luz se detém sobre objetos e figuras, produzindo sombras inadmissíveis, – Os verdadeiros protagonistas do quadro já não se posicionam no centro

da perspectiva, mas em algum ponto da arquitetura, onde o olho atento deve, não sem certa dificuldade, encontrá-lo.

• Em sua última fase, a pintura maneirista, que começou como a expressão de uma crise artística e religiosa, chega a seu verdadeiro apogeu, pelas mãos dos grandes gênios da pintura veneziana do século XVI.

• A obra de El Greco merece destaque, já que, partindo de certos princípios maneiristas, ele acaba desenvolvendo um dos caminhos mais pessoais e únicos, que o transformam num curioso precursor da arte moderna.

Page 5: Maneirismo

GIULIO ROMANO, Nsa Sra com São João menino (I), XVIGaleria Borghese, Roma, Itália

Page 6: Maneirismo

PARMIGIANINO, A Sagrada Família, Descanso na fuga para o Egito, XVIMuseu do Prado, Madri

Page 7: Maneirismo

PARMIGIANINO, Madona com Longo Pescoço, 1535-1540, óleo sobre tábua, 214 x 133 cm, Galeria degli Uffizi, Florença, Itália

Page 8: Maneirismo

PONTORMO, A Virgem e o Menino com São José e São João Batista, XVIMuseu Hermitage, São Petersburgo, Rússia

Page 9: Maneirismo

BASSANO, Entrada dos Animais na Arca de Noé, XVIMuseu do Prado, Madri, Espanha

Page 10: Maneirismo

TINTORETTO, Leda, XVIGaleria degli Uffizi, Florença, Itália

Page 11: Maneirismo

TINTORETTO, José com a Esposa de Putifar, XVIMuseu do Prado, Madri

Page 12: Maneirismo

TINTORETTO, Martírio de São Marcos, XVIReais Museus de Bruxelas, Bélgica

Page 13: Maneirismo

TINTORETTO, Milagre de São Marcos, XVIPinacoteca de Brera, Milão, Espanha

Page 14: Maneirismo

GIUSEPPE ARCIMBOLDO, A Primavera, XVIMuseu do Louvre, Paris, França

Page 15: Maneirismo

GIUSEPPE ARCIMBOLDO, O Verão, XVIMuseu do Louvre, Paris, França

Page 16: Maneirismo

GIUSEPPE ARCIMBOLDO, O Outono, XVIMuseu do Louvre, Paris, França

Page 17: Maneirismo

GIUSEPPE ARCIMBOLDO, O Inverno, XVIMuseu do Louvre, Paris, França

Page 18: Maneirismo

EL GRECO, O enterro do Conde de Orgaz, XVI, Igreja de São ToméToledo, Espanha

Page 19: Maneirismo

EL GRECO, Adoração dos Pastores, XVIMuseu do Prado, Madri, Espanha

Page 20: Maneirismo

EL GRECO, EL GRECO, Laooconte, XVIGaleria Nacional de Arte, Washington, EUA

Page 21: Maneirismo

Arquitetura

• Construção de igrejas de plano longitudinal, • Espaços mais longos do que largos, • Cúpula principal sobre o transepto, • Abandona plano centralizado, típicas do renascimento clássico. • As verdadeiras - distribuição da luz e na decoração.

– Naves escuras, iluminadas apenas de ângulos diferentes, – Coros com escadas em espiral, que na maior parte das vezes não levam a lugar nenhum,– Atmosfera de rara singularidade. – Guirlandas de frutas e flores, – Balaustradas povoadas de figuras caprichosas;– Caracóis, conchas e volutas cobrem muros e altares, lembrando uma exuberante selva

de pedra que confunde a vista.• Nos ricos palácios e casas de campo:

– Formas convexas que permitem o contraste entre luz e sombra prevalecem sobre o quadrado disciplinado do renascimento.

– A decoração de interiores ricamente adornada e os afrescos das abóbadas coroam esse caprichoso e refinado estilo, que, mais do que marcar a transição entre duas épocas, expressa a necessidade de renovação.

Page 22: Maneirismo

Arquitetos

• PALLADIO - Andrea di Pietro della Gondola - arquiteto 1508-1580• GIORGIO VASARI - Pintor - 1511-1574C• BARTOLOMEO AMMANATI - Escultor – arquiteto - 1511-1592• ROBERT SMYTHSON - Arquiteto - c.1536-1614

Page 23: Maneirismo

PALLADIO, A Basílica, XVI, Vincenza, Itália

Page 24: Maneirismo

PALLADIO, Igreja de San Giorgio Maggiore, XVI, Veneza

Page 25: Maneirismo

PALLADIO, Igreja do Redentor, XVI, Ilha da Giudecca, Veneza, Itália

Page 26: Maneirismo

PALLADIO, Teatro Olímpico, XVI, Vicenza, Itália

Page 27: Maneirismo

PALLADIO, Villa Barbaro, XVI, Veneto, Itália

Page 28: Maneirismo

PALLADIO, Villa Foscari ou Da Descontente, XVI, Veneto, Itália

Page 29: Maneirismo

PALLADIO, Villa Capra ou la Rotunda, XVI, Vicenza, Itália

Page 30: Maneirismo

Escultura

• As formas clássicas soma-se o novo conceito intelectual da arte pela arte e o distanciamento da realidade.

• Repetem-se as características da arquitetura e da pintura. • Criam atmosfera de tensão tão característica do espírito maneirista.• Formas caprichosas, • Proporções estranhas, • Superposições de planos, • Exagero nos detalhes, elementos que• A composição típica é mais dinâmica:

– Grupo de figuras dispostas umas sobre as outras, num equilíbrio aparentemente frágil, unidas por contorções extremadas e exagerado alongamento dos músculos.

– As proporções da antiguidade já não são a única referência.– Modo de enlaçar as figuras =uma infinidade de posturas impossíveis,

permite que elas compartilhem a reduzida base que têm como cenário.

• Grande gênio da escultura, Giambologna :– Representa, numa só cena, elementos iconográficos tão complicados como a de sua

famosa obra O Rapto das Sabinas.

Page 31: Maneirismo

GIAMBOLOGNA, O rapto das Sabinas, XVI, Loggia dei Lanzi, Florença, Itália

Page 32: Maneirismo

GIAMBOLOGNA, A Vitória ou a Virtude domina o Vício, XVI, Bargello, Florença, Itália

Page 33: Maneirismo

GIAMBOLOGNA, Mércurio alado, XVI, Bargello, Florença

Page 34: Maneirismo

GIAMBOLOGNA, Fonte de Netuno, XVI, Piazza de Netuno, Bologna, Itália