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Flores de corte, folhagens e plantas ornamentais
ARTE FLORAL
FLORISTA
MÓDULO – 0182
NORMALIZAÇÃO DE FLORES E FOLHAGENS DE CORTE
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Flores de corte, folhagens e plantas ornamentais
INDICE
Pág.
NORMALIZAÇÃO DE FLORES E FOLHAGENS DE CORTE 1
INDÍCE 2
ARTE FLORAL – NORMALIZAÇÃO DE PLANTAS 3
1. - Normalização – definição 3
2. – Selecção de flores e folhagens de corte, segundo normas de qualidade 4
2.1. – Comprimento da haste 4
2.2. – Número de flores por haste 4
2.3. – Diâmetro da flor 4
2.4. – Rigidez ou dureza 4
2.5. – Tipos de molhos 5
3. – Definição de categorias de classificação e respectiva rotulagem 6
3.1. – Unidades de comercialização 7
4. – Legislação em vigor 7
ARTE FLORAL – ARRANJOS FLORAIS 7
5. – Manuseio das flores e folhagens – recapitulação 7
6. – Técnicas de execução 10
7. – Precauções no manuseamento de ferramentas 18
ARTE FLORAL – EMBALAGENS SIMPLES 19
8. – Tipos de embalagens 19
9. – Matérias e materiais aplicados em embalagens 19
10. – Ferramentas e utensílios utilizados 20
11. – Técnicas para a execução de embalagens 21
12. – Criatividade na execução de embalagens 21
13. - Efeitos da embalagem (decoração) 21
14. - Precauções na execução de embalagens 21
15. - Desenho à mão livre 22
16. - Unidades de massa 22
17. - Unidades monetárias 23
Bibliografia citada 25
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1. NORMALIZAÇÃO – Definição
Normalização:
É o estabelecimento de soluções, por consenso das partes
interessadas, para assuntos que têm carácter repetitivo, tornando-se uma
ferramenta poderosa na auto-disciplina dos agentes activos dos mercados,
ao simplificar os assuntos e evidenciando ao legislador se é necessário
regulamentação específica em matérias não cobertas por normas.
Qualquer norma é considerada uma referência idónea do mercado a
que se destina, sendo por isso usada em processos: de legislação, de
acreditação, de certificação, de metrologia, de informação técnica, e até por
vezes nas relações comerciais Cliente – Fornecedor.
Existem vários tipos de normas, em função do nível de abrangência do
Organismo de Normalização responsável pela sua publicação:
Abrangência Sigla Organismo de Normalização
Normas Internacionais ISO ISO- International Organization
for Standardization
Normas Europeias EN CEN – Comité Européen de
Normalization
Normas Portuguesas NP IPQ – Instituto Português da
Qualidade
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2– Selecção de flores e folhagens de corte, segundo normas de
qualidade.
2.1 – Comprimento da haste
As flores de corte e folhagens são embaladas para
comercialização, sendo um dos critérios o comprimento da haste.
Como regra geral, quanto mais alta é a haste da flor ou da folhagem,
maior valor comercial terá. As flores e as folhagens de corte serão
colocadas na mesma embalagem tendo que ter exactamente o mesmo
comprimento de haste.
2.2 – Número de flores por haste
Neste caso e para flores em que por haste existem mais do que
uma flor, será um factor de calibragem o número de flores por haste,
devendo na mesma embalagem apresentar hastes com o mesmo
número de flores. As mais valorizadas comercialmente são as que
apresentarem maior número de flores/haste.
2.3 – Diâmetro da flor
Outros dos critérios e para flores em que o tamanho da flor
possa ser apreciado pelo diâmetro, serão embaladas na mesma
unidade as flores com diâmetros iguais ou muito idênticos. Serão mais
valorizadas comercialmente as flores que apresentarem um maior
diâmetro.
2.4.– Rigidez ou dureza
Esta poderá ser uma das qualidades na qual não pensaríamos,
mas é de extrema importância, pois é reveladora do estado sanitário,
qualidade e durabilidade da flor ou folhagem, sendo muito diferente de
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espécie para espécie, não sendo possível comparar entre espécies
diferentes. Mesmo dentro de uma espécie varia de variedade para
variedade, sendo isto válido para os anteriores parâmetros.
Neste caso maior rigidez, será, em geral, sinónimo de uma maior
qualidade e consequentemente maior durabilidade. Assim terão de ser
embalados na mesma unidade flores ou folhagens com idênticas
características, sendo as mais rígidas as mais valorizadas comercialmente.
2.5. – Tipos de molhos
FLORES (ex:) Tipos de molhos Observações
Bolbosas 10 unidades Manga plástica
Rosa 20 ou 25 unidades Manga plástica ou cartão
Cravo/cravina 20 unidades Manga plástica
Gerbera 10/20 unidades/50
unid.
Raquete, manga pl. ou caixa
cartão
Lilium 10 unidades Manga plástica
Antúrio 6/8/10/12/15/16/20
unid.
Caixa de cartão com água no
pé ou em vácuo
Tropicais Regra geral à
unidade
Pode ser caixa ou molhos de
3
Margaridas 5 unidades Manga plástica
Vivaz/limónio/solidago Pacotão = 25 unid. Manga plástica
Girassol 10 unidades Manga plástica
Eustoma 10 unidades Manga plástica
Amarilys Unidade/ caixa
Alstroméria 10 unidades Manga plástica
Leucadendro 10 unidades Manga plástica
Molucela 10 unidades Manga plástica
Orquídea 6/8/12 Caixa de cartão
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FOLHAGENS(ex:) Tipos de molhos Observações
Feto 20 unidades Manga plástica
Monstera 10 unidades
Aspidistra 10 unidades
Tropical 100 = 10x10 10 espécies diferentes
Filodendro 10 unidades
Eucalipto 10 unidades
Ruscus 10 unidades
Antúrio 10 unidades
Hera 10 unidades
Existem vários tipos de embalagens e várias maneiras de acondicionar
flores e folhagens. No entanto há uma uniformização neste procedimento,
variando por vezes de mercado para mercado, sendo esta diferença maior
quando as transacções comerciais são intercontinentais ou fora da União
Europeia, pois não estão sujeitas às normas comunitárias. Verifica-se, regra
geral, mais ou menos os mesmos procedimentos, tanto nos materiais
utilizados nas embalagens como no cuidado de acondicionamento das flores
e folhagens. Contudo e devido à evolução dos materiais é bem provável que
seja uma realidade que possa aqui ou ali apresentar novas formas de
apresentação do produto, tendo como fim a baixa do custo da embalagem e
a melhoria do acondicionamento do produto.
3. – Definição de categorias de classificação e respectiva rotulagem
O que verificamos é que na questão da definição de categorias e
rotulagem, ainda não existe um procedimento transversal a todo o mercado
Europeu, por falta de legislação. No entanto e porque muita da flor
comercializada vem via mercado holandês, alguma já aparece com rótulo,
mas ainda de uma forma muito incipiente.
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De qualquer forma seria desejável que fosse regulamentada para toda
a Comunidade Europeia, para que haja uma base de entendimento, como já
acontece para os produtos hortícolas e frutícolas. Seria, então, desejável
sabermos a origem, categoria da flor/folhagem, espécie e variedade. Assim
deveria ser também obrigatória esta informação ao consumidor final nos
locais de comercialização de flores a retalho.
3.1. – Unidades de comercialização
Ver ponto 2.5.
4.– Legislação em vigor
ARTE FLORAL – ARRANJOS FLORAIS
5. – Manuseio das flores e folhagens – recapitulação
As flores adquiridas devem ser frescas e estar nas melhores condições
possíveis merecendo para isso a nossa atenção tanto a nível das flores, a cor
da folhagem e o estado do caule. Assim garantiremos que durem o maior
tempo possível no arranjo ou na jarra do cliente.
Flores de bolbo: como tulipas, gladíolo, narcisos, íris, etc., devem ser
adquiridas ainda meio fechadas.
Caules lenhosos: devem ser cortados na horizontal, fazendo depois uma cruz na base do caule.
Caules carnudos: devem ser cortados na diagonal e colocados
imediatamente em água. Não misturar com outros materiais, por causa da seiva que libertam ao serem cortados. Colocá-los em água durante uma ou
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duas horas e depois mudá-los de recipiente, com água mais limpa. Forrar
com „tape‟ a base.
Caule lácteo: queimar a parte cortada para que o látex não saia. Ex: Proteas, Orquídeas, Poinsetias e algumas folhas de plantas.
Regras gerais com flores e folhagens:
Usar recipientes fundos e bem limpos.
Deixar as flores beberem bem antes de fazer o arranjo.
Colocar as flores num local fresco.
Cortar os caules na diagonal, tendo em conta as
excepções.
Evitar colocar o material numa corrente de ar.
Limpar a folhagem que esteja suja, emergindo-a por completo em água, excepto para a folhagem aveludada.
Colocar, sempre que possível, um produto químico que
ajude a conservar o bom estado da água, não permitindo a proliferação de fungos e ou bactérias. Pode ser utilizar
desde sempre utilizados, como a aspirina, a lixívia, sumo de limão, moeda de cobre, etc..
Retirar o excesso de folhagem de maneira que não fiquem
folhas debaixo de água.
Cuidados específicos de algumas flores
Anémonas: cortar a haste na diagonal. Deixá-las em água
até ao cálice, mais ou menos uma hora, após a qual as pétalas estarão mais firmes. Colocar uma colher de vinagre à
água da jarra.
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Azevinho: utilizado nos arranjos de natal, dura mesmo sem
estar em água.
Bolbo (de flores): cortar toda a extremidade branca da
haste e passar por água quente a correr, limpando a substância viscosa que impede a subida da água pelo caule.
Depois colocá-las em água funda durante um bocado. Arranjá-las e colocá-las num recipiente que não precisa de ter
muita água.
Cravos e cravinas: Comprar já abertos. Cortar os caules entre os nós, na diagonal. Deixar que descansem em água
funda antes de serem arranjados.
Dálias: Comprar já abertas e colocar os pés em 4 cm de água a ferver durante um minuto. Depois deixar ficar em água
funda e fria. Mudar a água diariamente e colocar uma colher de álcool puro na jarra.
Gladíolos: comprar quando as primeiras flores estiverem abertas. Colocar uma colher de vinagre na água.
Hortênsia: prefira as flores bem desenvolvidas e firmes.
Deixá-las inteiramente submersas em água durante um bocado. Colocar as extremidades em água a ferver durante
meio minuto e depois em água fria.
Íris: Comprar quando começam a abrir. Cortar os caules debaixo de água para não entrar ar. Colocar em água funda
durante uma hora e depois mudar para uma jarra mas já não necessita de muita água.
Margaridas: Comprar antes do pólen aparecer. Junte um
apitada de sal à agua da jarra.
Peonia: Colocar a extremidade das hastes em água a ferver
durante 30 segundos. Colocar depois em água funda e fria e acrescentar uma colher de açúcar.
Rosas: Cortar o pé na diagonal raspe-o e introduza-o durante
um minuto em água a ferver, retirar o excesso de folhagem e os espinhos, colocando-os numa jarra com água morna e uma
colher de sal ou sumo de limão.
Tulipas: Comprar em botão ou meio abertas. Não as dispa demasiado da sua folhagem. Corte os caules acima da porção
esbranquiçada. Embrulhe-as em papel para que permaneçam
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erectas deixando-as em água funda toda a noite. Na jarra
coloque uma pitada de açúcar.
6. – Técnicas de execução
Breve reflexão
O que entendemos por gosto? Estamos todos de acordo que o gosto é
uma questão estritamente pessoal que varia segundo a sensibilidade, a
experiência de vida, os valores, etc., de cada indivíduo e forma-se, acrescenta-se e aperfeiçoa-se ao longo da vida. Somos também
influenciados mais ou menos pela publicidade, moda, decoração, etc..
Ao realizarmos uma composição devemos seguir as regras gerais na
sua construção para que assim possamos discutir os valores da arte floral e não caímos na tentação de tomarmos como medida o gosto pessoal. Este
não é universal e cria uma mira bastante estreita e se quisermos analisar uma composição baseada no gosto, deparar-nos-emos com dificuldades,
pois faltar-nos-ão os pontos de referência universais.
As regras gerais da arte floral foram e são aceites por todos os artistas, muito antes de existir a arte floral como tal.
Algumas das regras mais importantes:
Conhecimento dos princípios da Natureza.
As formas na Natureza. Simetria e assimetria.
Conhecimento das cores.
Equilíbrio e proporções.
TÉCNICA DA ESPIRAL – Ramos de mão
Técnica mais perfeita para fazer um ramo. Realizada com a mão esquerda e colocam-se as flores
com a mão direita.
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TÉCNICAS PARA ESTILOS OCIDENTAIS
Regras gerais:
Deixar algum espaço livre entre cada flor, para não se taparem
umas às outras. Para cada elemento – flor, folhas – possa „brilhar‟ o mais possível,
cortar os caules em tamanhos diferentes. O estilo triangular é o mais simples, pois começa-se por colocar três
elementos, formando os 3 vértices, preenchendo-se depois os espaços vazios com o resto do material.
Seguir o estudo da cor. Um arranjo fica mais interessante se tiver flores nos três estados de
desenvolvimento – botão, meio abertas e abertas.
Verificar que o recipiente está colocado correctamente. Fazer o arranjo à mesma altura a que ele vai ficar depois de pronto.
As flores com tamanho e colorido mais destacado, devem ficar no centro – ponto focal.
As hastes devem dar a ilusão que emergem de um ponto, evitando cruzá-las.
Apesar dos arranjos ocidentais se basearem em figuras geométricas, pode-se suavizar esta rigidez com linhas curvas que
amenizam as linhas direitas. O arranjo deverá ter equilíbrio visual. Colocar algumas folhagens e
flores viradas também para a frente (a tendência é colocá-las só para o lado). Assim dará profundidade ao arranjo – tridimensional –
e poderá ser visto de perfil. A linha mais alta do arranjo deverá ser apoiada por outra haste, um
pouco mais abaixo e um pouco inclinada para trás, para evitar a
ilusão que o arranjo está a cair para a frente. Quando temos poucas flores de uma variedade, colocá-las juntas
para causarem mais impacto. O arranjo da parte de trás deve estar bem acabado e sem
acessórios à vista.
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PROPORÇÃO, EQUILÍBRIO E HARMONIA
PROPORÇÃO – A haste mais comprida deverá ter uma vez e meia ou o dobro
do recipiente.
EQUILÍBRIO – Podemos ter equilíbrio simétrico e assimétrico.
HARMONIA – Temos de considerar a cor e a harmonia entre o arranjo, o local onde vamos colocá-lo e a harmonia de texturas.
ESTILO ORIENTAL
IKEBANA – Tem formas delicadas e exóticas e utiliza muito poucas flores ao contrário do estilo ocidental. Nunca são
utilizados materiais supérfluos o que dá muita sobriedade ao
arranjo.
ESTILOS LIVRES
Resulta da fusão do estilo ocidental com o oriental
ESTILO ABSTRACTO
Neste estilo é possível cruzar linhas e criar desenhos muito
ousados, inaceitáveis anteriormente.
A arte floral está em constante evolução. Dos estilos clássicos
– formais – passou-se aos menos rígidos tanto no Ocidente como no Oriente. Depois apareceram os estilos livres por
influência de ambos e agora temos a terceira geração, mas temos de ter noção que para chegar até aqui temos sempre
que passar pela base. São esses arranjos que indicam regras, como proporção, harmonia da cor, contrastes de textura, o
movimento, que os permitem chegar às formas actuais.
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Diferentes formas de ramos:
Ponto Vegetativo
É o ponto óptico de onde imaginariamente se juntam todos os caules
do arranjo, dando a impressão que todos as flores são do mesmo ponto.
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Simetria e Assimetria
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Arranjos feitos em taça
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Início do arranjo
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Com estes esquemas ficamos com imagens e apontamentos gerais dos vários tipos de arranjos regras gerais na sua execução.
7. – Precauções no manuseamento de ferramentas
Em todas as profissões à necessidade de recorrer ao manuseamento de vários materiais e utensílios de ajuda à execução das variadas tarefas. Nem
todos têm preocupações acrescidas no seu manuseamento, mas para alguns teremos de ter normas de conduta para que a nossa segurança e a das
pessoas à nossa volta não seja posta em causa. Dos materiais mais comuns em arte floral com necessidades de preocupações no manuseamento,
destacaria os seguintes:
FERRAMENTAS Precauções no manuseamento Faca de florista Trabalhar no sentido contrário ao nosso corpo
Tesoura poda Trabalhar no sentido contrário ao nosso corpo –
cuidado dedos
Alicate Atenção ao manusear arames
Pistola de silicone Atenção à temperatura elevada
Abrilhantadores Uso de máscara e luvas
Tintas Deveremos usar só as próprias para flores
Pulverizadores Se contém insecticida ou fungicida – luvas e máscara
Rede metálica Cuidado com as pontas
Sprays Uso de máscara e luvas
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8. – Tipos de embalagens
Com o tempo, a embalagem foi incorporando novas funções e, além de
conservar, passou a expor, vender os produtos e atrair o consumidor por meio do visual. Neste caso, além de transmitir informações, a embalagem
deve despertar o desejo de compra e vencer a barreira do preço. No entanto, a consciência ambiental tem levado a indústria de
embalagens a estudar métodos de reciclagem das embalagens a fim de reutilizá-las. A reciclagem tem-se tornando uma preocupação mundial e
criou uma nova actividade económica. A preocupação com a reciclagem, reutilização, biodegradabilidade deve ser constante. No entanto a
embalagem ainda é muito utilizada em arte floral:
Embalagem para ramos – oferta.
Embalagem para flores individuais. Embalagens para ramos funerários.
Embalagens para prendas de decoração. Embalagens para plantas ornamentais.
9. – Matérias e materiais aplicados em embalagens
Hoje em dia apercebemo-nos da grande variedade de embalagens
existentes e a aposta tem sido forte nos últimos anos em novos materiais e tanto a nível de papéis, sacos, caixas, celofanes, telas, materiais naturais e
plásticos. Podemos dizer que os materiais naturais estão na moda, seguindo
uma tendência no uso de produtos mais ecológicos. No entanto, cada vez mais se oferecem flores sem qualquer tipo de
embalagem, permitindo realçar toda a beleza das flores e folhagens, não as encobrindo. Esta concepção também obriga à venda de flores em muito boas
condições por parte dos profissionais o que ainda não acontece. Quantas vezes se encobrem defeitos com a embalagem? O consumidor nem sempre
atento, por vezes não repara nesses pequenos artefactos feitos por „profissionais‟ menos sérios. Acontece muito em trabalho funerário, mas não
só! Alguns materiais mais utilizados:
Celofane liso
Celofane com motivos
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Embalagens de celofane
Caixas plásticas Cones plásticos
Papel Kraft
Papel crepe Embalagens de cartão
Sacos de papel Sisal
Telas Etc.
Fitas de papel Fitas plásticas
Fitas decorativas Ráfia
Laços pré-comprados
Alfinetes Molas
Conchas Seixos
Pot-pourri Flores secas e artificiais
Arame decorativo Etc.
10. – Ferramentas e utensílios utilizados
A nível de ferramentas e utensílios para a execução de embalagens a Arte Floral não é muito exigente, sendo que há materiais que fazem parte do
„kit‟ de qualquer pessoa que trabalhe nesta área, sendo os mais comuns:
Uma boa tesoura Tesoura de recortes
Faca bem afiada Ripador de fitas
Agrafador Suporte grande de fita-cola
Pistola de silicone Enrolador de papel crepe
Alicate de arame Alfinetes de decoração
Etc.
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11. – Técnicas para a execução de embalagens
Reporto para as aulas práticas, as várias técnicas de execução de embalagens para os vários produtos comercializáveis num comércio de Arte
Floral.
12. – Criatividade na execução de embalagens
Na execução de embalagens a imaginação é o nosso limite e depende
do objectivo que temos ao fazê-lo. Depende também muito de país para país, pois nomeadamente na embalagem de ramos cada país tem o seu
costume. No entanto e como já referi, a tendência é menos embalagem, mais flor!
Iremos no entanto, na aulas práticas, ver muitas possibilidades e
experimentar vários materiais (muitos deles não directamente associados a esta arte) para assim podermos ver as potencialidades desses mesmos
materiais na aplicação à Arte Floral.
13. - Efeitos da embalagem (decoração)
No ponto anterior já referi a utilização de vários materiais que não são
associados à Arte Floral e que entram já no campo da decoração, mas que com a evolução dos materiais, com a experimentação, fazem, hoje em dia,
parte dela e são por vezes um acrescento. Têm no entanto de ser bem utilizados, nunca nos esquecendo das regras da Arte Floral. Iremos então
ver a aplicação de alguns desses materiais em Arte floral como por exemplo:
Luzes
Tecidos Arames
Vidros Cachepôs
Estruturas Etc
14. - Precauções na execução de embalagens
Como também já referi, deveremos ter sempre em atenção quando
comercializamos um produto de Arte Floral é ele que tem de „brilhar‟ e não o
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deveremos ocultar com produtos de outras áreas. Só fará sentido utilizar
esses produtos se nos ajudarem a valorizar os nossos produtos. A embalagem deverá ser „limpa‟, ou seja, não deverá ofuscar a nossa
obra de arte, não deverá ter materiais a mais, pois criará muita confusão e
deve ser executada tendo sempre em conta os princípios básicos da Arte Floral, tanto na proporção, como no equilíbrio e como na harmonia.
15. - Desenho à mão livre
É útil ter em mente os desenhos que poderemos fazer, pois facilita-nos
a tarefa quando vamos encetar um arranjo.
O TRIÂNGULO: pode ser usado tanto para arranjo alto como para arranjo baixo. Deve começar por delineá-lo com
três hastes de flores, folhagens ou material lenhoso. A LINHA EM L: é uma variação do triângulo rectângulo e
pode ser virado para um lado ou para o outro.
A LINHA VERTICAL: é também um triângulo, mas alongado e é um desenho por vezes muito útil, para sítios com
pouco espaço. A LINHA CIRCULAR: é um arranjo arredondado – círculo,
oval ou em forma de leque QUARTO CRESCENTE: desenho de grande efeito e é fácil
de executar se temos folhagem ou ramos naturalmente curvos. Tal como o L pode ser inclinado para um lado ou
para o outro. A LINHA EM S: é um desenho com muito ritmo e elegância
16. - Unidades de massa
O quilograma – kg – é uma unidade de medida de massa do Sistema Internacional de Unidades (SI).
O quilograma é a massa equivalente a um padrão composto por irídio e platina que está localizado no Museu Internacional de Pesos e Medidas na
cidade de Sèvres, França desde 1889. Ele é um cilindro equilátero de 39 mm
de altura por 39 mm de diâmetro.
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Tonelada – t – é uma unidade de medida de massa que não pertence mas é aceite pelo Sistema Internacional de Unidades, onde é simbolizada pela letra t. Cada tonelada equivale a 1 000 kg.
Múltiplo Nome Símbolo Múltiplo Nome Símbolo
100 grama g
101 decagrama Dag 10–1 Decigrama dg
102 hectograma Hg 10–2 Centigrama cg
103 Quilograma Kg 10–3 Miligrama- mg
17. - Unidades monetárias
Moeda é o meio através do qual são efectuadas as transacções
comerciais. No entanto teremos de entender que a “moeda” tem diferentes definições, podendo ser o dinheiro – notas, moedas, „moeda bancária‟ e a
moeda no sentido do dinheiro em circulação – a moeda nacional – emitido e controlado por cada país.
Actualmente, o Euro é a moeda oficial de Portugal. Anteriormente foi o
escudo mas como Portugal foi dos países que aderiu ao Euro, agora esta é a
nossa moeda e de mais 13 países dos 27 da União Europeia.
Cada moeda em circulação tem uma face comum e uma face que depende do país para que foi cunhada.
Em 1 de Janeiro de 2002, as notas e moedas de euro foram
introduzidas em 12 dos então 15 Estados-Membros da União Europeia (UE).
Em 1 de Maio de 2004, aderiram à UE mais dez países, que se espera que participem na União Económica e Monetária (UEM) e adoptem o euro
logo que cumpram os critérios de convergência. Até ao momento, dos dez
novos membros apenas a Eslovénia cumpre esses critérios. No dia 1 de
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Janeiro de 2007, a Eslovénia substituiu a respectiva moeda nacional pelo
euro. Países da União Europeia que utilizam o euro: Alemanha, Áustria,
Bélgica, Chipre, Eslovénia, Espanha, Finlândia, França, Grécia, Irlanda,
Itália, Luxemburgo, Malta, Países Baixos e Portugal. São aproximadamente 2/3 da população a utilizar a moeda única na
União Europeia esperando-se que cresça à medida que as economias desses países estejam preparados para tal.
Países da UE que não utilizam o euro: Bulgária, República Checa, Dinamarca, Estónia, Letónia, Lituânia, Hungria, Polónia, Roménia,
Eslováquia, Suécia e Reino Unido.
Moedas dos países não aderentes:
Bulgária – Leva
República Checa – coroa Checa Dinamarca – coroa Dinamarquesa
Estónia - Coroa Estónia Letónia - Lats
Lituânia – Litas Hungria – Florim Húngaro
Polónia – Zloty Roménia - Leu da Roménia
Eslováquia – Coroa Eslovaca Suécia – Coroa Sueca
Reino Unido - Libra esterlina
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BIBLIOGRAFIA CITADA
Arte floral
Phillips, Edite Vieira: Manual de arranjos florais, 1ª edição, Lisboa
1990, Editorial Presença, 129 páginas.
Escola espanhola de Arte Floral: 1º Curso, 2º Curso, 3º e 4º Curso do
Curso de Técnicas Básicas de Arte Floral.