Manual - A Fascinante Profissão de Detetive - Det. Maxmiliano

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    DETETIVE

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    A Fascinante profisso de

    DETETIVE

    A origem

    Os direitos Campana

    Vida pregressa

    Tipos de Armas Drogas

    E muito mais

    Edio 2012

    MAXMILIANO CRISPIM VIEIRA

    Contato com o autor: [email protected]

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    Nota do Autor

    st edio tem como objetivo mostrar a rotina na vida

    de um DETETIVE, suas reas de atuaes e o

    desempenho de suas funes. O leitor ir conhecer

    como o DETETIVE desempenha sua funo e executa suas

    tarefas e ter a noo exata de ser um DETETIVE. Conhecer as

    regras, seus direitos e deveres e conhecer a intrigante profisso

    de DETETIVE.

    Vou mostrar a voc leitor a fascinante profisso do DETETIVE

    e todas as regras para se tornar um profissional do segmento e

    principalmente conhecer uma profisso de riscos dirios e

    princpios e normas a serem seguidas.

    Neste contesto iremos viajar nas diversas histrias de casos

    intrigantes e poderemos entender os tipos de investigaes.

    Nesta edio genial o leitor ir viajar na fascinante profisso do

    DETETIVE e poder conhecer o fantstico mundo da

    investigao.

    E

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    ndice:

    A PROFISSO.......................................................................5

    REQUISITOS E OS DIREITOS............................................... 8

    LEGISLAO BRASILEIRA.........................................13

    CAMPANA.............................................................................18

    A ELETRNICA NA INVESTIGAO................................25

    FOTOGRAFIA NA INVESTIGAO..............................30

    DOSSI E VIDA PREGRESSA..............................................34

    ARMAS DE FOGO...........................................................45

    CALIBRE................................................................................51

    MUNIO...........................................................................71

    A ESPIONAGEM.............................................................83

    PSICOLOGIA E CAMPO DE ATUAO.............................88

    FURTO E ROUBO DE VECULOS.....................................92

    INVESTIGAO CRIMINAL..........................................96

    VARREDURA E RASTREAMENTO DE GRAMPOS.........117

    COMO GRAMPEAR UM CELULAR................................125

    A CONTRA ESPIONAGEM............................................135

    CRIME DE ENTORPECENTES............................................143

    COMO MONTAR UM ESCRITRIO.................................153

    CONCLUSO.........................................................................164

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    etetive uma palavra de origem inglesa, que

    significa detectar um fato, investigar, pilhar,

    desmascarar. Profissionalmente falando detetive

    aquele que investiga um fato, suas circunstncias e pessoas nele

    envolvidos. Em todos os pases do mundo, o Detetive Particular

    s pode exercer a profisso em consonncia com as leis

    vigentes, isto , respeitando a vida privada do cidado.

    Na investigao particular, como em qualquer profisso, a tica

    deve sempre ser buscada pelo Detetive Particular ao realizar seu

    trabalho. A tica deve ser o pressuposto fundamental que norteia

    qualquer atividade humana (seja no trabalho, seja no mbito

    social). Um profissional com uma postura tica sempre ter a

    confiana de seus clientes, bem como o respeito da sociedade e

    das autoridades.

    O nosso comportamento reflete quem somos e o tipo de trabalho

    que realizamos. Logo, indispensvel adotarmos uma postura

    exemplar, uma vez que isso est estreitamente ligado nossa

    imagem e imagem dos nossos servios, alm de ser essencial

    para a formao de vnculos e a manuteno de boas relaes.

    D

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    Para o Detetive Particular, um dos requisitos bsicos para uma

    postura baseada na tica o respeito lei, ou seja, cada

    atividade realizada pelo investigador deve se limitar s regras de

    Direito.

    Alm disso, existem algumas dicas bsicas aplicveis a qualquer

    profissional que deseja pautar seu trabalho em atitudes ticas:

    seja sempre honesto, independente da situao; seja sempre

    pontual e assduo, pois isso sinal de responsabilidade e

    comprometimento e gera credibilidade; seja sempre humilde,

    tolerante, flexvel e aberto a sugestes e crticas; procure no

    criticar colegas ou concorrentes; s prometa o que voc pode

    cumprir e, se prometer, cumpra.

    Seguir um padro de comportamento baseado em posturas

    ticas, aliado realizao de um trabalho de boa qualidade, um

    requisito essencial e indcio de uma atividade profissional

    promissora e uma carreira de muito sucesso!

    Todos que fazem algum curso, realizam alguma atividade, ou

    mantm um relacionamento afetivo pretendem que essas

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    relaes (pessoais e profissionais) lhes tragam felicidade e

    satisfao.

    realmente difcil estabelecer um conceito de sucesso, mas, de

    forma simples, podemos dizer que alcanar essa felicidade e

    satisfao, seja com um casamento feliz, seja com um bom

    salrio, seja com a alegria em desempenhar o labor dirio. Mas

    como poderamos identificar um Detetive de sucesso?

    Tambm no uma pergunta fcil de ser respondida, pois a

    noo e o conceito de sucesso variam de pessoa para pessoa.

    Podemos dizer, por exemplo, que Detetives obtm sucesso

    profissional quando recebem valores considerveis por seus

    trabalhos e conseguem construir um grande patrimnio. Mas

    isso suficiente?

    Uma grande quantidade de Detetives vai alm das conquistas

    financeiras, considerando, tambm, como seu sucesso, o

    reconhecimento profissional pela sua conduta tica e pelo seu

    desempenho na atividade. Encontram grande satisfao na

    realizao de seu trabalho, fixando estratgias, analisando

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    provas e informes, enfim, sentem-se realizados com a distinta

    atividade de investigao.

    E voc, como caracterizaria um Detetive Particular de sucesso?

    Os Detetives Particulares so profissionais que atuam na seara

    privada e que prestam servios especficos, de acordo com as

    necessidades dos clientes. Trabalhando de forma autnoma ou

    atravs do registro de uma empresa, os investigadores privados

    so bastante requisitados para realizar investigaes sobre

    supostas traies conjugais, localizao de pessoas

    desaparecidas, uso de substncias entorpecentes por

    adolescentes e adultos, bem como para assessorar advogados e

    partes a encontrar provas (geralmente testemunhas) para a

    instruo de processos judiciais.

    Requisitos

    Estgio Profissional junto uma Agncia de Detetives ou a

    realizao de um curso de Detetive Particular em escola de

    formao desses profissionais, que poder ser distncia ou em

    salas de aula; b) Registro no CCM CADASTRO DO

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    CONTRIBUINTE MOBILIRIO da Prefeitura Municipal da

    localidade onde o Detetive estabelecido ou registro junto

    alguma empresa, no caso de no ser autnomo; c) Ter bons

    antecedentes, ser inteligente, educado e ter conhecimentos gerais

    sobre vrios assuntos; d) Obedecer ao Cdigo de tica

    PROFISSIONAL; e) Obedecer ao juramento do Detetive

    Profissional ;

    "JURO PERANTE MEU DEUS, MINHA PTRIA E MINHA

    PROFISSO QUE NO DESENVOLVIMENTO DE MINHAS

    ATIVIDADES PROFISSIONAIS COMO DETETIVE

    PARTICULAR TEREI CONHECIMENTO DE MUITAS

    PARTICULARIDADES E SEGREDOS DE MEUS

    CLIENTES, A MIM SERO CONFIADOS INMEROS

    PROLEMAS E MESMO SOB AMEAAS DE MORTE OU

    TORTURAS NO OS DIVULGAREI"

    Os direitos

    O campo de atuao dos investigadores bastante amplo, o que

    permite aos Detetives Particulares faturarem alto, j que a busca

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    pelos servios prestados pelos mesmos tem sido cada vez maior.

    No obstante, importante ressaltar que os Detetives

    Particulares no devem interferir em trabalhos de rgos

    pblicos, especialmente os realizados pela polcia.

    Isso porque a preservao da ordem pblica cabe ao Estado.

    Nenhum outro rgo que no os expressamente previstos em lei

    possui competncia para exercer as funes de segurana

    pblica, sob pena de incurso no crime de usurpao de funo

    pblica (artigo 328 do Cdigo Penal Brasileiro).

    Usurpar funo pblica quer dizer fazer-se passar por

    funcionrio pblico. A punio se d quando algum toma para

    si, indevidamente, uma funo pblica alheia, praticando algum

    ato correspondente.

    O art. 144 da Constituio Federal de 1988 traz expressamente

    os rgos responsveis pela preservao da segurana pblica.

    Art. 144. A segurana pblica, dever do Estado, direito e

    responsabilidade de todos, exercida para a preservao da

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    ordem pblica e da incolumidade das pessoas e do patrimnio,

    atravs dos seguintes rgos:

    I polcia federal;

    II polcia rodoviria federal;

    III polcia ferroviria federal;

    IV polcias civis;

    V polcias militares e corpos de bombeiros militares.

    Por outro lado, tomando cincia da prtica de qualquer delito, os

    Detetives Particulares devem levar essa informao ao

    conhecimento das autoridades policiais o mais breve possvel,

    lembrando que, de modo geral, as polcias militares dos Estados

    agem preventivamente, inibindo a ocorrncia de infraes

    penais, de modo a preservar a ordem pblica, ao passo que as

    polcias civil e federal atuam, em regra, aps a ocorrncia do

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    ilcito penal, a fim de apurar a autoria e materialidade da

    infrao.

    Dessa feita, antes de partir para qualquer tipo de investigao,

    importante ter em mos o nmero do telefone dos rgos

    policiais da regio ou, em caso de no possuir telefone, o

    endereo mais prximo.

    Alm disso, imprescindvel que os Detetives Particulares

    examinem bem o local em que vo trabalhar para que no

    coloquem sua integridade fsica em risco. Em locais

    considerados perigosos, onde o Estado (por meio da polcia) no

    tem controle, os Detetives no devem atuar, sob pena de severo

    risco.

    Em que pesem as restries quanto atuao dos investigadores

    privados nos trabalhos de rgos pblicos, importante salientar

    que a profisso de Detetive existe oficialmente, pois

    reconhecida pelo Ministrio do Trabalho e Emprego atravs do

    Cdigo Brasileiro de Ocupaes (3518-05), o que permite ao

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    profissional cadastrar-se como autnomo ou ter a carteira de

    trabalho assinada.

    O ordenamento jurdico brasileiro ainda possui a Lei n. 3.099,

    de 1957, e o Decreto n. 50.532, de 1961, que, ao falarem do

    funcionamento das agncias de investigao, inclusive

    disciplinando normas para o seu registro e funcionamento,

    autorizam e declaram lcita a atividade de investigao

    particular.

    LEGISLAO BRASILEIRA DETETIVE PROFISSIONAL

    1) CBO CLASSIFICAO BRASILEIRA DE

    OCUPAES MINISTRIO DO TRABALHO:

    Classifica o Detetive Particular no Cdigo 3518-05,

    Como ocupao licita em todo territrio nacional,

    publicado no Dirio oficial da Unio em 22 de Junho de

    1978, seo I, pgina 9370, 9381 e 9381. Aprovada pela

    portaria n 1334 de 21 de Dezembro de 1994 D.O.U

    23/12/1994, seo I, pgina 20388, Cdigo da atividade

    anterior : 5-82-40, alterado para o Cdigo atual em 2002.

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    2) MINISTRIO DO TRABALHO: Comisso de

    Enquadramento Sindical Seo ordinria de 12/03/1974,

    processo n 314.606/73, da Delegacia Regional do Rio

    de Janeiro Secretria de Emprego e Salrio, Artigo 5

    da portaria n 3654 de 29/11/1977 Dirio Oficial da

    Unio de 30/11/1977, anexo ao Decreto n 83.081, de

    24/01/1979, Implantao da CBO e portaria n 13, de

    16/06/1978, anexando a categoria profissional de

    Detetive Particular no grande grupo 5, sob o Cdigo 5-

    82-40, Como ocupao licita, parte I, pgina 9370, 9379

    e 9381;

    3) DECRETO: N 76.900 de 23/12/1975, Dirio Oficial da

    Unio 24/12/1975, que cria a RAIS e classifica o

    Detetive Particular sob n 57-80;

    4) CARTA MAGNA: Artigo 5 inciso XIV : assegurado o

    acesso s informaes e resguardado o sigilo da fonte,

    quando necessrio ao exerccio profissional;

    5) DECRETO: LEI 5452 de 01/05/1943, artigo 3 , pargrafo

    1: No haver distines relativas espcie de emprego

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    e s condies de trabalhador, nem entre trabalho

    intelectual e manual;

    6) PORTARIA SAF: 229/1981, Cdigo n 30, do Ministrio

    da Previdncia Social, classificando a profisso de

    Detetive Particular para efeito de contribuio para a

    Previdncia Social;

    7) CDIGO: 55-78 Servio de Vigilncia e Investigao,

    quadro I, com redao dada pela portaria n 04, de

    08/10/1991 (DIRIO OFICIAL DA UNIO de

    10/10/1991), anexo Portaria 3214 de 08/06/1978 do

    Ministrio do Trabalho;

    8) CARTA MAGNA: Artigo 5 - Inciso XIII: livre o

    exerccio de qualquer trabalho, oficio ou profisso,

    atendidas as qualificaes profissionais que a lei

    estabelecer;

    9) MINISTRIO DO TRABALHO: PORTARIA N 1334

    DE 21 DE DEZEMBRO DE 1994 (DIRIO OFICIAL

    DA UNIO 23/12/1994, SEO 1, pgina 20388).

    Aprovao da CBO Detetive Particular ocupao

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    licita em todo territrio nacional, cdigo 5.82-40 da

    CBO;

    10) REQUISITOS: a) Estgio Profissional junto uma

    Agncia de Detetives ou a realizao de um curso de

    Detetive Particular em escola de formao desses

    profissionais, que poder ser distncia ou em salas de

    aula; b) Registro no CCM CADASTRO DO

    CONTRIBUINTE MOBILIRIO da Prefeitura

    Municipal da localidade onde o Detetive estabelecido

    ou registro junto alguma empresa, no caso de no ser

    autnomo; c) Ter bons antecedentes, ser inteligente,

    educado e ter conhecimentos gerais sobre vrios

    assuntos; d) Obedecer ao Cdigo de tica

    PROFISSIONAL; e) Obedecer ao juramento do Detetive

    Profissional ; "JURO PERANTE MEU

    DEUS, MINHA PTRIA E MINHA PROFISSO QUE

    NO DESENVOLVIMENTO DE MINHAS

    ATIVIDADES PROFISSIONAIS COMO DETETIVE

    PARTICULAR TEREI CONHECIMENTO DE

    MUITAS PARTICULARIDADES E SEGREDOS DE

    MEUS CLIENTES, A MIM SERO CONFIADOS

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    INMEROS PROLEMAS E MESMO SOB AMEAAS

    DE MORTE OU TORTURAS NO OS

    DIVULGAREI"

    11) SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL: LIBERDADE DE

    PROFISSO. "Liberdade de profisso. Detetive

    Particular, Ilegitimidade de interdio imposta a tal

    atividade por autoridade policial, porque, arrimada em

    preceitos regulamentares (Decreto n 50.532/51) que

    exorbitaram dos limites da lei tida como aplicvel (LEI

    n 3.099/57), Segurana concedida. Recursos

    extraordinrios conhecido e provido. Votao Unnime.

    Publicao 16/06/1978 PP-04396 EMENT VOL-01100-

    02 PP-00593RTJ VOL 000862"

    12) ADIN SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL:

    Revogao da lei n 9649/98, e artigo 58 da mesma Lei.

    OBS: A profisso de Detetive Particular livre de

    qualquer embarao fiscalizador por parte de qualquer

    rgo, sejam conselhos, polcia, sindicatos, associaes

    etc.

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    No h dvidas de que h um mercado muito promissor e

    atraente abrindo-se para o Detetive Particular. Novas

    perspectivas esto sendo colocadas disposio desse

    profissional que por si s j um sucesso!

    CAMPANA

    ampana a expresso de gria que significa

    observao...discreta nas imediaes de algum lugar,

    para conhecer os movimentos de pessoa, ou pessoas,

    ou para fiscalizar a chegada, ou aparecimento de algum, de

    modo discreto, para conhecer seus movimentos e ligaes.

    A Campana empregada por criminosos, por policiais e

    Detetives.

    Os ladres lanam mo do primeiro tipo de campana-vigilncia

    de locais ou fixa para conhecer os hbitos e movimentos dos

    C

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    moradores dos locais onde pretendem operar e, ainda para evitar

    surpresas por parte de moradores ou policiais, durante a ao.

    to tpica esta ltima maneira de proceder, que o ladro que

    fica na vigilncia, recebe a designao de campana.

    Usam, tambm, os ladres, a do segundo tipo seguimento de

    algum ou mvel quando, escolhida a vtima, a seguem para

    abord-la no momento e em lugares oportunos. Est muito

    generalizada entre os amigos do alheio, especialmente entre os

    vigaristas e assaltantes de rua.

    O Emprego da Campana

    Os policiais e Detetives empregam, tambm, os dois tipos de

    campana e devem procurar empreg-los bem porque,

    inegavelmente, essa forma de trabalho traz, muitas vezes

    grandes benefcios nas investigaes podendo acontecer que em

    alguns casos, venha campana ser o ltimo ou nico recurso,

    para obteno de provas ou para localizao de pessoas.

  • A Fascinante profisso de

    DETETIVE

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    A campana pode servir para localizao de pessoas, para priso

    de criminosos, para se conhecer movimentao e ligao de

    pessoas, para se observar reunies de pessoas, para se evitar a

    prtica de crimes e, de modo geral, para obteno de provas em

    torno de infraes penais. Atualmente, de se lamentar que os

    nossos policiais e detetives em sua maioria, venham deixando de

    lado o hbito de campanar.

    de se lamentar, porque a pacincia e a persistncia necessria

    para esse tipo de ao, no s so, numerosas s vezes,

    largamente compensadas pelos resultados obtidos como tambm

    porque com a campana, muita violncia argumento de quem

    desconhece as melhores normas de trabalho evitada.

    A Campana Fixa

    Como na do segundo tipo, a maior dificuldade na Campana de

    vigilncia de local ou fixa, est em no se fazer o policial ou

    detetive notado, para o que o tem procurar esconderijos ou

    cuidar de se confundir com o ambiente, para esse ltimo fim

    deve lanar mo de recursos diversos, inclusive o de usar trajes

    que no lhe so habituais.

  • A Fascinante profisso de

    DETETIVE

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    As dificuldades para a campana fixa sero tanto maiores quanto

    mais deserta ou menos movimentada for rea, em que se achar

    do local a ser observado.

    Um dos meios para se obtiver resultados, em campanas fixas,

    o de realizar a observao, do interior de prdios fronteiros ou

    vizinhos ao que for objeto da ateno.

    Cuidados, naturalmente, devem ser tomados, pelos policiais e

    detetives para que no sejam descobertos ou para que

    indiscrio de terceiros no ponha o trabalho a perder.

    Quando a campana realizada do interior de prdios, binculos

    e mquinas fotogrficas para filmagem podero ser magnficos

    auxiliares.

    Outro recurso, para possibilitar a feitura de campana fixa, o da

    simulao de realizao de servios, especialmente dos

    relacionamentos com a utilidade pblica nas proximidades do

    local sob observao.

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    DETETIVE

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    O tipo de trajes no habituais, recursos para que policiais e

    detetives confundam com o ambiente, depender, naturalmente

    de peculiaridades locais e o tipo de populao predominante.

    Veculos disfarados constituem, ainda mais um recurso para a

    realizao de campanas fixas.

    A Campana Mvel

    A Campana de seguimento ou mvel pode ser feita a p, em

    veculos ou pelos dois meios, quando as circunstncias o

    exigirem.

    A Campana mvel exige dos policiais e detetives alguns

    cuidados especiais, como:

    1. Que se certifiquem bem das pessoas a serem acampa nadas, o

    que pode ser feito por indicao de quem s conhea ou

    recorrendo-se a documentos identificadores;

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    2. Que procurem conhecer os hbitos e locais de frequncia dos

    que devem ser seguidos;

    3. Uso de trajes que no chamem a ateno, evitando-se

    qualquer coisa que possa ser notada com mais facilidade;

    4. Possibilidades de pequenas modificaes na aparncia geral,

    tais como, a tirada de palet ou chapu e culos;

    5. Levarem dinheiro para as despesas mais comuns e, conforme

    a previso, tambm para outras que possam vir a ser necessrias,

    para evitarem a paralisao do servio.

    A Campana mvel pode ser feita por um s policial ou detetive

    em casos especiais e quando o servio no deva ter durao

    prolongada.

    A Campana mvel por dois policiais ou detetives oferece,

    geralmente, as melhores possibilidades de sucesso, por que:

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    DETETIVE

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    1. Sero dois observando o seguido, um prximo e outro mais

    atrs;

    2. Quando o trnsito no intenso, possibilita que um dos

    seguidores v pela mesma calada em que estiver o seguido e o

    companheiro, pela outra;

    3. Permite, para evitar surpresas, que quando o seguido dobra

    uma esquina, policial ou detetive da calada oposta, acelerando

    os passos veja se o observado para ou volta, procurando

    verificar se est sendo seguido;

    4. No caso do acampando entrar em algum edifcio, um dos

    policias ou detetives poder acompanh-lo enquanto o outro

    permanece na parte externa, para alguma eventualidade;

    5. Permite a modificao das posies dos seguidores,

    diminuindo, assim as possibilidades de serem observados;

    A campana por trs policiais ou detetives, alm das vantagens

    enumeradas com relao campana por dois, apresenta ainda de

  • A Fascinante profisso de

    DETETIVE

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    maiores possibilidades de modificaes de posio, dos policiais

    ou detetives.

    A ELETRNICA NAS INVESTIGAES

    De acordo com as leis vigentes do pas, o uso de aparelhos de

    espionagem e contraespionagem (principalmente escutas

    telefnicas) constitui crime. Mas de qualquer forma, vamos, no

    ensinar como se fabrica mas como, quando e onde normalmente

    so utilizados estes aparelhos.

    Apesar de a utilizao de tais aparelhos requerer um

    investimento vultoso e exigir tcnica para utiliz-los, existem

    vrias organizaes policiais, comerciais, industriais,

    embaixadas e Detetives Particulares que os utilizam, alguns com

    fins de espionar e outros com o fim de contraespionar.

    Imagine essa cena: Em uma sala de conferncias de uma grande

    empresa produtora de aparelhos eletrnicos, os diretores da

    firma esto discutindo os planos do mercado com vrios

    engenheiros chefes, sem saberem que em um ramo de flores

  • A Fascinante profisso de

    DETETIVE

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    colocados em uma mesa auxiliar, est ocultando um minsculo

    microfone e um transmissor de FM, os quais so ocultados

    engenhosamente no talo de umas as flores.

    Estacionado na rua, em frente ao edifcio, se encontra um

    veculo que parece pertencer uma oficina de consertos de

    televisores. Mas no veculo instalada uma antena telescpica

    que ligada a um receptor de FM muito sensvel, que se

    encontra na parte traseira do mesmo.

    Em seu posto de controle do receptor, pode-se ver um homem

    sentado usando avental igual dos reparadores de televisores.

    Sem dvida alguma este homem est praticando um dos

    passatempos mais populares da atualidade, a espionagem

    industrial.

    VARIEDADE DE USOS:

    Os maiores usurios de equipamentos de vigilncia so as

    agncias governamentais e corporaes policiais. As empresas

  • A Fascinante profisso de

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    Pgina | 27

    comerciais e os detetives particulares utilizam estes

    equipamentos em pequena escala. muito comum as empresas

    contratarem detetives particulares para obterem informaes

    valiosas para seus negcios, sem citar as empresas que compram

    tais equipamentos e realizam seus prprios servios de

    vigilncias.

    Felizmente, j existem maneiras de ganhar o jogo contra os

    espies industriais. Hoje j se encontram venda no mercado,

    dispositivos detectores de microfones ocultos, que tambm se

    utilizam de receptores para verificar se existem ondas de rdio

    originrias do local varrido.

    Tambm existem os emissores de sinal branco, que, quando

    instalados em um ambiente, impedem a escuta e a transmisso

    de sinais de rdio dentro daquele local.

    As escutas, de que tanto se falam, constam de um microfone

    ultra miniatura muito sensvel, um transmissor de FM de micro

    potncia e uma pilha. Quase sempre bem pequeno, para ser

    oculto com facilidade. O seu alcance varia desde alguns metros

  • A Fascinante profisso de

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    Pgina | 28

    a vrias centenas de metros. Os receptores para o conjunto so

    geralmente rdios portteis transistorizados de FM, modificados.

    Assim o receptor no chama a ateno, pois parece um rdio

    porttil comum.

    Tambm existem os aparelhos de escutas telefnicas, mais

    conhecidos como grampos utilizados ilegalmente inclusive

    por alguns Detetives e outras pessoas conhecidas como

    arapongas . Esses aparelhos normalmente so micro-

    gravadores (utilizam fitas microcassete) com um pequeno

    dispositivo ligado aos fios telefnicos que o acionam sempre

    que o telefone grampeado tirado do gancho. Hoje tambm j

    existem no mercado aparelhos anti-grampo que verificam se

    uma linha telefnica est grampeada.

    IMPORTANTE: Lembre-se que escuta telefnica clandestina

    CRIME. Voc s poder utilizar escuta telefnica quando o

    telefone a ser grampeado PERTENCER AO SEU CLIENTE ou

    outra pessoa que seja proprietria da linha AUTORIZE POR

    ESCRITO COM FIRMA RECONHECIDA EM CARTRIO, a

    acoplagem do equipamento na linha.

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    Outro caso seria atravs de ordem judicial, mas nesse caso os

    grampos so feitos por POLICIAIS CIVIS OU FEDERAIS

    responsveis pelo caso.

    No mercado de aparelhos eletrnicos para monitorao visual

    (micro-cmeras), existem muitos itens dos mais variados

    tamanhos e alcances, entretanto seus preos so inacessveis

    para a maioria dos detetives no Brasil, inclusive a importao ou

    a utilizao de muitos no permitida pelas leis vigentes, sendo

    a maioria dos equipamentos contrabandeada de outros pases,

    principalmente de Israel e Japo. Isso faz com que seus preos

    em dlar, sejam at cinco vezes maiores no Brasil, em relao

    com o pas fabricante.

    Existem at mesmo aparelhos de criptografia celular, que podem

    interceptar e gravar ligaes de celulares analgicos e at

    mesmo digitais. A simples posse de um aparelho como esse (que

    pode custar entre US$ 6,000 e US$ 10,000) j se constitui crime

    segundo nossas leis.

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    A FOTOGRAFIA NA INVESTIGAO

    ssencial na investigao de crimes, a fotografia

    investigativa registra vestgios que ajudam a

    reconstituir o que os olhos nunca conseguiriam

    desvendar.

    No h mistrio. A aplicao da fotografia na investigao de

    crimes simples. Na maioria dos casos, o fotgrafo da polcia

    cientfica no precisa utilizar nenhum equipamento ou tcnica

    especial para registrar a cena de um crime. A imagem fala por si

    mesma. As mquinas e os filmes analgicos so utilizados com

    frequncia nesse campo. E com toda eficincia. No Instituto de

    Criminalstica do Estado de So Paulo (IC-SP), onde se

    registram desde cenas de crimes contra o patrimnio pblico a

    acidentes de trnsito e homicdios, so revelados

    aproximadamente 100 filmes por dia, somente da cidade de So

    Paulo. O uso da fotografia digital ainda restrito na rea. O

    motivo seria a facilidade com que se consegue manipular a

    imagem. A fotografia tradicional tambm pode ser adulterada,

    E

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    s que o negativo arquivado e torna-se mais fcil perceber a

    manipulao. Hoje existem programas de computador que

    detectam se a fotografia foi adulterada ou no, lembra o diretor

    do IC, Jos Domingos Moreira das Eiras, que j realizou mais de

    10 mil percias em 30 anos de ofcio. A fotografia digital

    bastante utilizada na comparao de microindcios (pequenos

    rastros que podem comprovar um fato). Na investigao de

    DNA, por exemplo, a identificao visual da pessoa feita pela

    fotografia digital. A captura digital da imagem tambm

    realizada no confronto balstico (comparao de balas e armas

    de fogo usadas num crime). O equipamento, um sistema

    computadorizado integrado de comparao de projteis e

    estojos, possibilita reconhecer, em tempo mnimo, que arma foi

    usada num crime e chegar sua autoria. As imagens de dois

    projeteis so capturadas por um microscpio e ampliadas lado a

    lado num monitor colorido. Anlise da foto Este ano, o

    departamento de fotografia e recursos visuais do IC, que utiliza

    com frequncia mquinas analgicas (Pentax, Yashica e

    Mavica) e filmes de 100 e 400 asas, adquiriu 15 cmeras

    digitais. Elas tambm agilizam os casos que exigem laudos

    urgentes, como vistorias de veculos. A vantagem da fotografia

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    digital hoje a imediatez. O IML (Instituto Mdico Legal) de

    So Paulo fotografa, digitalmente, cadveres de pessoas

    desaparecidas (sem documentos) e envia a imagem por e-mail

    para a delegacia. A vantagem poder ampliar, retocar, tratar a

    imagem. Pode-se at realar uma mancha de sangue, diz Eiras.

    A fotografia se junta a outros tipos de levantamento, como a

    coleta de vestgios. comum que se fotografem impresses

    digitais, em preto-e-branco, e manchas de sangue quando se

    suspeita terem sido removidas do local do crime. Neste caso,

    usa-se um reagente para revelar luminescncia ultravioleta,

    destinada investigao de documentos falsificados. A

    fotografia representa 50% do laudo de um crime. Serve para

    constatar visualmente o que foi encontrado no local e pode ser

    usada para ilustrar um julgamento, diz Paulo Veras, chefe de

    fotografia e recursos visuais do IC. Na cidade de So Paulo,

    onde se fotografam mais crimes nas zonas Leste e Sul, so

    realizadas aproximadamente um milho de percias por ano: 48

    mil pelo IC e 520 pelo Instituto Mdico Legal. O total

    representa mais de 60% do volume do estado. Fundamental para

    o laudo pericial, a fotografia tem um custo elevado para a polcia

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    cientfica. Embora no dimensione os gastos em cifras, Eiras

    reconhece que a compra de filmes encarece o trabalho. H

    casos de percia que exigem at 100 fotografias, mas

    normalmente se gastam 12 poses num local. Anexada ao laudo

    pericial, a fotografia auxilia a descrio escrita do local,

    ilustrando o levantamento topogrfico. A foto colorida permite

    que se diferenciem contrastes na cena de um crime. A

    fotografia um documento de registro, mas no prova nada.

    s um vestgio. Indcio aquilo que j se tem certeza, explica o

    especialista Eiras. Introduzida na percia da polcia em 1929,

    hoje a fotografia serve de base para reconstituir a cena do crime

    em programas de simulao animada em 3D. No computador,

    tambm possvel contrastar manchas de sangue. Novo ngulo

    Um caso exemplar a morte do empresrio Paulo Csar

    Farias, o PC, supostamente assassinado em uma operao de

    queima de arquivo. Passados mais de quatro anos da morte do

    ex-caixa de Fernando Collor de Mello, uma nova investigao

    com base em fotografias reacendeu a polmica sobre o caso,

    segundo publicou o jornal O Estado de S.Paulo em setembro do

    ano passado. Ao analisar manchas de sangue registradas em 44

    fotografias e 33 fotocpias de fotografias e confront-las com

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    dados de diagramas e textos , trs mdicos legistas norte-

    americanos chegaram concluso de que as manchas de sangue

    indicam que Suzana Marcolino matou o empresrio e depois

    suicidou. Havia a suspeita de que o casal fra assassinado por

    empregados. A mancha de sangue no antebrao direito de

    Suzana foi considerada uma das informaes mais importantes

    na anlise dos peritos. A face interna do antebrao direito foi

    atingida por um jato arterial, nome tcnico para o sangue

    vindo de uma artria rompida por bala.

    DOSSIS E ESTUDO DA VIDA PREGRESSA

    uma palavra de origem francesa que significa documento ou

    documentao.

    Dossi uma coleo de documentos ou um pequeno arquivo

    que contm papis relativos a determinado assunto, processo,

    negcio, fato ou pessoa. muito usada no Brasil atualmente no

    sentido de "relatrio" sobre algum. Relatrio esse que pode

    conter informaes boas ou ms. O dossi sobre qualquer

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    investigado deve incluir alm dos dados fornecidos pelo Cliente,

    todas as informaes colhidas nas investigaes.

    A expresso pregressa, significa anterior. Estudo da vida

    pregressa a confeco de um DOSSI , portanto, o da vida do

    criminoso (ou o investigado), anterior ao crime ou atitude

    suspeita.

    Determina o nosso Cdigo Penal em seu art. 6o No. IX, que a

    autoridade policial dever: Averiguar a vida pregressa do

    indiciado, sob o ponto de vista individual, familiar e social, sua

    condio econmica, sua atitude e estado de nimo antes e

    depois do crime e durante ele, e quaisquer elementos que

    contriburem para apreciao de seu temperamento e carter.

    No caso da polcia, ao procurar dar cumprimento determinao

    transcrita, deve proceder com cuidados especiais e de maneira

    mais objetiva possvel, porque os dados que levantar e

    apresentar, sobre a personalidade de criminosos, podero ter

    influncia na aplicao dessas penas (art. 42, do Cdigo Penal),

    na imposio e execuo das penas de multa (art. 37, 38 e 43 do

    Cdigo Penal) no arbitramento de finanas ( nico dos arts.

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    325 e 326 do Cdigo de Processo Penal), e, ainda, podero dar

    margem aplicao de medidas de segurana.

    Recomendamos cuidados especiais no Estudo da Vida Pregressa

    dos investigados, no s em razo da influncia apontada, como

    tambm, porque a tarefa realmente difcil e delicada, tendo-se

    em vista que os Detetives, para lev-lo a cabo, tero que se valer

    quase que somente de elementos de natureza subjetiva, nem

    sempre de fcil apreciao.

    Procurando dar uma orientao, para o cumprimento da

    disposio legal, oferecemos uma espcie de roteiro, sem

    prejuzo, naturalmente, de outros elementos que possam ser

    recolhidos, para a elaborao de um DOSSI completo sobre

    uma pessoa:

    1. Atitude e estado de nimo antes e durante o ato a ser

    investigado (embriaguez voluntria ou involuntria, uso de

    drogas, exaltao, ausncia de controle, frieza e o estado

    emocional);

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    2. Atitude e estado de nimo aps o ato investigado (estado

    emocional, arrependimento, no arrependimento, autocontrole,

    agressividade, cinismo, depresso e indiferena);

    3. Famlia de origem (se de unio legal e se os pais so

    conhecidos ou no; se de recursos ou no);

    4. Ambiente de criao (se o da prpria famlia ou no; se a vida

    dos responsveis foi ou harmnica ou desajustada e, neste

    ltimo caso, quais os motivos);

    5. Constituio de famlia prpria (no caso de existir, esclarecer

    se legalmente constituda ou se s casamento religioso ou

    concubinato; se dissolvida, verificar se s separao, se por

    desquite, divrcio ou anulao de casamento; indicar o tempo de

    unio e o nmero de filhos, com as idades dos mesmos,

    esclarecendo, ainda, se vivem em sua companhia);

    6. Possui-se amantes (se ligaes passageiras ou duradouras e se

    as sustenta ou sustentado pelas mesmas);

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    7. Grau de instruo ( se nula, primria incompleta, primria

    completa, secundria incompleta, secundria completa, tcnico

    profissional, superior, esclarecendo ainda, se fala outras lnguas

    e quais);

    8. Situao econmica (se miservel, pobreza, pequenos

    recursos, regulares recursos e abastana. Procurar sempre

    precisar o rendimento mensal e se h propriedades, com a

    estimativa de valores, em caso positivo);

    9. Situao de crdito (se possui dvidas, cheques sem fundos,

    ttulos protestados, aes judiciais);

    10. Sanidade fsica e mental (se no for possvel

    pronunciamento mdico, indicar apenas as anomalias mentais e

    doenas sobre as quais no pairem dvidas);

    11. Temperamento (introvertido ou extrovertido, aptico, frio,

    emotivo, fanfarro, impulsivo ou exaltado);

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    12. Trabalho (se vagabundo ou vadio, com ocupao lcita, no

    definido ou normal, indicando, nesta ltima hiptese e atividade

    exercida, com a possvel preciso);

    13. Vcios (se os possui ou no, esclarecendo em caso positivo,

    quais).

    14. Servio militar (se prestou ou no e, em caso positivo, onde,

    quando e qual o seu comportamento);

    15. Habilitaes profissionais (indicar, aqui, atividades que

    podem ser exercidas, tais como motorista, serralheiro, barbeiro,

    cozinheiro, pedreiro, policial, detetive particular, etc.);

    16. Diverses e passatempos prediletos (indicar se cinema,

    futebol, briga de galos, caa, pesca, etc.);

    17. Desvios sexuais (ter em vista, pelo menos a possibilidade

    pederastia ativa ou passiva);

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    18. Lugares de onde procedeu (podem ser aqueles em que

    ocorreu o nascimento e criao ou outros por onde morou);

    19. Costuma-se viajar (para onde e como);

    20. Costuma-se reagir prises (se mediante fora fsica, com

    emprego de armas ou instrumentos ou promovendo escndalos);

    21. Costuma-se andar armado (em caso positivo, qual o tipo

    predileto de armas);

    22. Quais os companheiros habituais, ou tipos de amizades;

    23. Tem-se capacidade para chefiar companheiros de crimes,

    contravenes ou delitos (e se efetivamente os chefia);

    24. Lugares que costuma frequentar e onde pode ser

    encontrado;

    25. Registra-se antecedentes criminais (quais, aqui, em outros

    lugares do Estado, em outros estados e outros pases);

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    26. Se for conhecido por policiais de outros Estados e Pases;

    27. Se conhecido de policiais locais e quais;

    28. Se possui advogados criminais permanentes e quais.

    Para o estudo do estudo da vida pregressa de criminosos, a

    investigao policial contribui com sua parcela de trabalho,

    procurando obter informaes, tendo-se em vista que no de se

    confiar muito na palavra dos investigados. alis, o nico

    terreno das provas complementares em que permitido a

    entrada da Investigao propriamente dita. Nesse estudo, teis

    poderiam ser os laboratrios de Psicologia, cabendo a eles se

    pronunciar sobre a cessao de periculosidade, poderiam ,

    tambm, examinar os criminosos, logo aps a prtica dos

    crimes, quando menores so as possibilidades de simulao e

    quando as consequncias das aes delituosas esto mais vivas.

    As observaes, nessa fase, seriam subsdios para o exame de

    verificao de cessao de periculosidade.

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    Detetive uma palavra de origem inglesa, que significa detectar

    um fato, investigar, pilhar, desmascarar. Profissionalmente

    falando detetive aquele que investiga um fato, suas

    circunstncias e pessoas nele envolvidos. Em todos os pases do

    mundo, o Detetive Particular s pode exercer a profisso em

    consonncia com as leis vigentes, isto , respeitando a vida

    privada do cidado.

    Na investigao particular, como em qualquer profisso, a tica

    deve sempre ser buscada pelo Detetive Particular ao realizar seu

    trabalho. A tica deve ser o pressuposto fundamental que norteia

    qualquer atividade humana (seja no trabalho, seja no mbito

    social). Um profissional com uma postura tica sempre ter a

    confiana de seus clientes, bem como o respeito da sociedade e

    das autoridades.

    O nosso comportamento reflete quem somos e o tipo de trabalho

    que realizamos. Logo, indispensvel adotarmos uma postura

    exemplar, uma vez que isso est estreitamente ligado nossa

    imagem e imagem dos nossos servios, alm de ser essencial

    para a formao de vnculos e a manuteno de boas relaes.

  • A Fascinante profisso de

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    Para o Detetive Particular, um dos requisitos bsicos para uma

    postura baseada na tica o respeito lei, ou seja, cada

    atividade realizada pelo investigador deve se limitar s regras de

    Direito.

    Alm disso, existem algumas dicas bsicas aplicveis a qualquer

    profissional que deseja pautar seu trabalho em atitudes ticas:

    seja sempre honesto, independente da situao; seja sempre

    pontual e assduo, pois isso sinal de responsabilidade e

    comprometimento e gera credibilidade; seja sempre humilde,

    tolerante, flexvel e aberto a sugestes e crticas; procure no

    criticar colegas ou concorrentes; s prometa o que voc pode

    cumprir e, se prometer, cumpra.

    Seguir um padro de comportamento baseado em posturas

    ticas, aliado realizao de um trabalho de boa qualidade, um

    requisito essencial e indcio de uma atividade profissional

    promissora e uma carreira de muito sucesso!

    Todos que fazem algum curso, realizam alguma atividade, ou

    mantm um relacionamento afetivo pretendem que essas

  • A Fascinante profisso de

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    relaes (pessoais e profissionais) lhes tragam felicidade e

    satisfao.

    realmente difcil estabelecer um conceito de sucesso, mas, de

    forma simples, podemos dizer que alcanar essa felicidade e

    satisfao, seja com um casamento feliz, seja com um bom

    salrio, seja com a alegria em desempenhar o labor dirio. Mas

    como poderamos identificar um Detetive de sucesso?

    Tambm no uma pergunta fcil de ser respondida, pois a

    noo e o conceito de sucesso variam de pessoa para pessoa.

    Podemos dizer, por exemplo, que Detetives obtm sucesso

    profissional quando recebem valores considerveis por seus

    trabalhos e conseguem construir um grande patrimnio. Mas

    isso suficiente?

    Uma grande quantidade de Detetives vai alm das conquistas

    financeiras, considerando, tambm, como seu sucesso, o

    reconhecimento profissional pela sua conduta tica e pelo seu

    desempenho na atividade. Encontram grande satisfao na

    realizao de seu trabalho, fixando estratgias, analisando

  • A Fascinante profisso de

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    provas e informes, enfim, sentem-se realizados com a distinta

    atividade de investigao.

    E voc, como caracterizaria um Detetive Particular de sucesso?

    Os Detetives Particulares so profissionais que atuam na seara

    privada e que prestam servios especficos, de acordo com as

    necessidades dos clientes. Trabalhando de forma autnoma ou

    atravs do registro de uma empresa, os investigadores privados

    so bastante requisitados para realizar investigaes sobre

    supostas traies conjugais, localizao de pessoas

    desaparecidas, uso de substncias entorpecentes por

    adolescentes e adultos, bem como para assessorar advogados e

    partes a encontrar provas (geralmente testemunhas) para a

    instruo de processos judiciais.

    Armas de fogo

    Arma de fogo um artefato utilizado para propulso de projteis

    slidos, por meio de uma rpida expanso de gases obtidos pela

    queima controlada de um propelente, geralmente slido, que na

  • A Fascinante profisso de

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    maioria dos casos a plvora, contido em uma cmara fechada

    por todos os lados, exceto por aquele que conduz o projtil

    atravs de um orifcio cilndrico denominado cano ou tubo.

    imprescindvel para o funcionamento da arma de fogo tambm a

    munio.

    O tiro esportivo praticado com armas de fogo e uma

    modalidade olmpica.

    So partes de uma arma de fogo:

    cano ou tubo

    cmara de expanso dos gases

    culatra

    sistema de disparo ou percusso

    sistema de segurana

    sistema de mira

    cabo ou dispositivo de ancoragem

    municiador ou carregador

    As armas de fogo podem ser classificadas quanto (ao):

    tipo de fogo

  • A Fascinante profisso de

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    ao

    calibre

    munio

    Tipo de fogo e uma expresso que pode referir-se a disposio

    da mistura detonante no estojo, ou ao tipo de trajetria do

    projtil ao abandonar o cano.

    Tipo de fogo - referente a disposio da mistura detonante no

    cartucho

    FOGO CENTRAL - A mistura detonante est disposta

    em uma cpsula chamada de espoleta, fixada no centro

    da base do estojo.

    FOGO CIRCULAR - A mistura detonante disposta

    dentro de um aro circulando a base do estojo.

    Tipo de fogo - Referente trajetria do projtil aps abandonar

    a arma

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    DIRECTO ou TENSO : quando o arco parablico da

    trajetria do projtil muito achatado, tendendo a uma

    reta. Requer, normalmente, uma linha de visada

    desobstruda. Exemplos so os tiros de Pistola, Fuzil, e a

    maioria das armas de porte.

    INDIRECTO ou OBLQUO :Caracterizado pelo arco

    parablico da trajetria acentuado, com pice (pex ou

    vrtice) muito bem definido. No requer linha de visada

    direta. Exemplos so os fogos de artilharia, morteiro,

    artilharia naval e obuses.

    Ao nas armas de fogo o tipo de ao mecnica responsvel

    pela ativao do sistema de disparo e/ou ciclo de municiamento.

    As Armas de fogo dividem-se basicamente em armas de ao

    simples e ao dupla.

    Quando o atirador aciona o gatilho, uma arma de ao dupla

    necessita fazer o movimento de levantar o co e com a

    continuidade do acionamento o mesmo faz movimento contrrio

    que bater na espoleta provocando o disparo do projtil. Assim,

  • A Fascinante profisso de

    DETETIVE

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    na ao dupla o co faz dois movimentos, um de recuo e outro

    de aproximao da espoleta.

    A ao simples consiste na metade do movimento. O co j est

    na parte mais distante e somente far o movimento de

    aproximao at bater na espoleta e efetuar a combusto.

    Os revlveres, na sua maioria, efetuam os dois tipos de ao.

    Podendo disparar em ao dupla, fazendo todo o movimento do

    gatilho, ou disparar em ao simples, onde o co levantado com

    o dedo fica em posio de acionamento. Nessa posio, um leve

    toque no gatilho proporciona a liberao do co e consecutiva

    detonao.

    J as pistolas, no primeiro disparo, podem efetuar ao dupla ou

    ao simples. Entretanto, nos disparos consecutivos, uma nova

    munio automaticamente encaminhada para o cano da arma

    que fica acionada, para o disparo seguinte ser efetuado em ao

    simples. Essa caracterstica as classifica entre as semi-

    automtica.

  • A Fascinante profisso de

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    Existem algumas pistolas que s efetuam disparos em ao

    dupla. Bem como alguns revlveres, que tem co embutido.

    As carabinas funcionam sempre em ao simples. Ao ser posto a

    munio no cano por ao mecnica do atirador, o co, que

    nesse caso embutido, fica acionado e acumulado energia para

    bater na espoleta. Um leve toque no gatilho provoca a liberao

    do co que detonar o projtil, e nova munio ser

    encaminhada para o cano da arma para novo disparo em ao

    simples.

    As metralhadoras e algumas pistolas ainda podem ter tiros

    intercalados um a um projtil por vez, podem disparar rajadas de

    trs disparos por cada toque no gatilho, ou descarregar toda a

    munio enquanto o gatilho no for liberado pelo dedo do

    atirador. Em todos esses casos, o movimento do atirador

    efetuado por ao simples, mas a arma, no caso da rajada, far

    mais de um movimento completo para cada disparo,

    aproveitando a liberao dos gases em expanso, tornando-as

    automticas.

  • A Fascinante profisso de

    DETETIVE

    Pgina | 51

    CALIBRE

    O calibre de uma munio a medida padro do seu projtil.

    Hoje em dia, essa medida corresponde bitola ou dimetro do

    projtil, o qual, coincinde, normalmente com o dimetro interno

    da alma da arma de fogo que o utiliza.

    Na maioria dos casos atuais o dimetro expresso em

    milmetros. Por exemplo, uma pistola "sete sessenta e cinco"

    significa que seu projtil possui um calibre 7,65 mm e uma

    pistola "seis trinta e cinco" possui um projtil de 6,35 mm. At

    ao final da Segunda Guerra Mundial, o centmetro era usado

    como unidade de medida das munies de calibre superior a 70

    mm.

    Outra unidade utilizada para exprimir o calibre a polegada (em

    munies de arma pesada) e os centsimos de polegadas (em

    munies de arma ligeira). Ento quando dizemos "calibre 38",

    estamos informando que o projtil desta munio possui 0,38

    (na verdade .358 , o pescoo do estojo que tem .379)

    polegadas de dimetro ou seja, aproximadamente 9,6 mm.

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    Pgina | 52

    O calibre do cano raiado dado pelo dimetro entre os baixos

    relevos das estrias, isto o maior dimetro interno desse cano.

    Isto devido ao fato de que o projtil deve adentrar no cano,

    sendo provido o giro do mesmo, atravs dos altos relevos,

    ocorrendo com isto, as impresses mecnicas, utilizadas, por

    exemplo, para fins de percia forense.

    Estes conceitos so vlidos para a maioria das munies/armas

    de fogo, porm para as espingardas (armas de cano longo e alma

    lisa), o conceito de calibre diferente. Para estas armas, o

    calibre corresponde ao nmero de esferas de chumbo,

    conseguidas, com uma libra de peso, sendo de dimetro igual ao

    do dimetro interno cano. Por exemplo: com 453,8 gramas (1

    libra) de chumbo, faz-se esferas com o dimetro do cano,

    obtendo com isto, 12 esferas, no caso. Neste, ento, o calibre o

    12 gauge, ou seja calibre 12.

    Artigo I. Definio de dicionrio

    s. m. dimetro interior das bocas-de-fogo, etc; capacidade de um

    tubo; volume; tamanho.

  • A Fascinante profisso de

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    Pgina | 53

    Artigo II. Nomenclatura dos calibres de armas ligeiras

    Cartuchos de chumbos e de bala de calibre 12 para espingardas

    de caa

    Calibres de armas de cano de alma lisa

    O calibre das espingardas (de cano de alma lisa) expressa-se, de

    forma indireta, pelo nmero de balas esfricas de chumbo que se

    obtinham de uma libra inglesa (453,8 g). Assim, para o famoso

    calibre 12, significaria que 12 esferas de chumbo do calibre da

    arma em questo (com um dimetro de 18,5 mm) pesariam

    453,8 gramas.

  • A Fascinante profisso de

    DETETIVE

    Pgina | 54

    No entanto, para as munies de espingarda de calibre reduzido,

    deixa-se de utilizar este sistema de nomenclatura, passando a

    adaptar-se o sistema mtrico decimal (ex.: 12 mm) ou as fraes

    de polegadas (ex.: .410).

    Calibres de armas longas de cano estriado

    Quando as armas longas de cano de alma estriada (ou raiada)

    apareceram, o calibre das suas munies foi medido pelo

    sistema das armas de cano de alma lisa. Posteriormente, quando

    os calibres destas armas foram sendo reduzidos passou-se a

    utilizar o sistema de medida da rea geogrfica de provenincia.

    Passaram ento a haver trs sistemas principais de

    nomenclatura: o central europeu (medido no sistema mtrico

    decimal), o ingls (medido em dcimas e milsimas de

    polegadas) e o norte-americano (misto).

    Sistema de nomenclatura central europeu

    Este sistema de nomenclatura comeou primeiro, por ser

    utilizado pela indstria de armamento da Alemanha, passando

  • A Fascinante profisso de

    DETETIVE

    Pgina | 55

    posteriormente a ser tambm utilizado pelos restantes pases que

    adotaram o sistema mtrico decimal de medidas.

    Este sistema consiste em definir a munio por dois nmeros,

    separados pelo sinal " x ". O primeiro nmero indica o calibre da

    bala e o segundo o comprimento do invlucro, representando,

    ambos, valores em milmetros. Por exemplo, a munio 7,62 x

    51 mm, significa que o seu projtil tem um calibre de 7,62 mm e

    o seu invlucro um comprimento de 51 mm.

    Na denominao de certas munies com caractersticas

    especiais, podem ser acrescentadas as seguintes letras para

    indicar essas caractersticas:

    R: significa que o invlucro tem um rebordo para ser

    usada em armas de cano mvel. A sua ausncia significa

    que a munio tem um invlucro com ranhura,

    geralmente para uso em armas de repetio por ao de

    ferrolho (ex.: 6,5 x 27 R);

    P: significa que a bala termina em ponta;

  • A Fascinante profisso de

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    Pgina | 56

    PP: significa que a bala termina em ponta e dispe de um

    peso superior ao normal.

    Este sistema de nomenclatura pode ter vrias variaes, tais

    como a substituio das vrgulas de separao decimal por

    pontos, a ausncia da designao da unidade medida utilizada ("

    mm "), a ausncia de espaos (entre os nmeros, o " x " e os "

    mm "), a incluso no final do nome do fabricante, inventor,

    sistema, pas ou arma que primeiro utilizou o calibre, etc.. Um

    bom exemplo o caso da antiga munio portuguesa de 6,5 x 58

    mm, inicialmente utilizada na arma Mauser-Vergueiro,

    inventada pelo capito Jos Vergueiro que identificada, entre

    outras, das seguintes formas alternativas:

    6,5 x 58 mm

    6,5 x 58 mm Mauser-Vergueiro

    6,5 mm Mauser-Vergueiro

    6,5 mm Vergueiro

    6,5 mm Portugus

    6.5x58mm

    6.5 x 58 Mauser-Vergueiro

    etc.

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    Pgina | 57

    Munies de calibre 7,62 mm NATO para armas estriadas

    militares

    Sistema de nomenclatura ingls

    O sistema ingls (tambm mantido por outros pases anglo-

    saxnicos) baseia-se no sistema de medidas imperial, com base

    na polegada. Nos calibres de armas ligeiras, so normalmente

    utilizadas as centsimas e as milsimas de polegada. Neste

    sistema as fraes de polegada so representadas por um ponto

    seguido do respetivo valor (ex.: .50, significando cinquenta

    centsimas de polegada e .303, significando trezentas e trs

    milsimas de polegada).

  • A Fascinante profisso de

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    Pgina | 58

    As munies britnicas so identificadas pelo seu calibre

    seguido da denominao do seu fabricante ou inventor (ex.: .505

    Gibbs).

    Nas munies com caractersticas especiais, estas podem ser

    indicadas no final da denominao, como no seguintes casos:

    BP (Black Powder): munio com plvora negra;

    NE (Nitro Express): munio com plvora nitrocelulosa,

    sem fumo;

    Magnum: munio com projtil que ultrapassa os 762

    m/s de velocidade;

    Flanged: munies com rebordo;

    Belted: munies com invlucro reforado na parte

    posterior.

    Sistema de nomenclatura norte-americano

    um sistema semelhante ao ingls, mas com caractersticas

    especiais.

    Inicialmente, as munies dos EUA eram identificadas por trs

    nmeros, separados por traos (ex.: 45-70-405). O primeiro

  • A Fascinante profisso de

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    Pgina | 59

    nmero indicava o calibre em dcimas de polegada, o segundo o

    peso em grains da carga de plvora negra e o terceiro o peso,

    tambm em grains, do projtil. A indicao do valor do peso do

    projtil era opcional, raramente sendo includa.

    Quando as munies passaram a conter plvora sem fumo, o seu

    peso deixou de ser to importante, sendo suprimida a sua

    indicao na maioria das denominaes. No entanto, algumas

    munies, como a .30-06 Winchester mantiveram-na.

    Algumas munies tambm incluem dois nmeros nas suas

    denominaes, mas por outras razes. Assim, na identificao

    da munio .30-06 Springfield, o segundo nmero refere-se ao

    ano da sua adoo (1906) como forma de diferenci-la da

    munio .30-03 Springfield, de calibre igual mas adotada em

    1903. Outro exemplo a munio .30-338, significando que

    resulta da adaptao de um invlucro da munio de calibre .338

    a uma bala de calibre .30.

    Calibres de pistolas e revolveres

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    Pgina | 60

    Munies de vrios calibres para pistolas e revolveres

    O sistema de nomenclatura dos calibres de munies para

    pistola semelhante ao dos das armas longas.

    No caso da nomenclatura central europeia, nas pistolas mais

    comum a indicao do calibre seguida do nome do inventor,

    fabricante ou arma (ex.: 9 mm Parabellum) do que na

    designao dos calibres das armas longas.

    Em relao aos revolveres curiosa predominncia do uso do

    sistema de nomenclatura de calibres norte-americano, mesmo

    em pases que, para as outras armas, utilizam o sistema central

    europeu.

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    Pgina | 61

    Artigo III. Exemplos de calibres de armas ligeiras

    Calibres de armas de cano de alma raiada

    em

    milmetros

    em

    milsimas

    de

    polegada

    Exemplos de

    Munies Notas

    5,56 .223

    .223

    Remington/

    5,56 mm

    NATO

    desenvolvido em 1957

    pela Remington para a

    carabina AR-15 e foi

    oficialmente adotado pelo

    exrcito norte-americano

    em 1964 no M16 e em

    1980 foi adotado tambm

    como calibre oficial da

    OTAN/NATO).

    7,7 .308

    .308

    Winchester/

    7,62 mm

    NATO

    desenvolvido pelo

    exrcito norte-americano

    entre 1940/1950 e em

    1952 a Winchester o

    lanou no mercado civil

  • A Fascinante profisso de

    DETETIVE

    Pgina | 62

    com o nome de .308

    Winchester. Em 1954 foi

    adotado pela

    NATO/OTAN.

    7,8 .311

    .303

    Britnico,

    7,62 mm

    Russo

    calibre padro das armas

    de infantaria do Reino

    Unido entre 1890 e a

    dcada de 1950 e da

    Rssia, desde 1891.

    7,92 .316 7,92 mm

    Mauser

    calibre desenvolvido pela

    Alemanha em 1888 e

    usado pelas armas de

    infantaria deste pas at

    sua entrada na NATO. Foi

    utilizado por armas como

    a Mauser 98 e a Kar98k.

    Nalguns pases era

    denominado 8 mm.

    12,7 .500 .50 BMG/

    12,7 mm

    calibre desenvolvido em

    1910 nos EUA para as

  • A Fascinante profisso de

    DETETIVE

    Pgina | 63

    NATO metralhadoras pesadas

    Browning. Mais tarde

    tambm adoptado

    ofialmente pela NATO

    como calibre

    multipropsito, usado

    sobretudo em armas

    automticas pesadas.

    Calibres de armas de cano de alma lisa

    em

    "calibres"

    em

    milmetros

    em milsimas

    de polegada Notas

    _ 9 .360 calibre reduzido, sem

    medida em "calibres"

    _ 14,5 .580 calibre reduzido, sem

    medida em "calibres"

    20 15,6 .624 _

    12 18,5 .740 _

    10 19,7 .788 _

    Calibres de pistolas e revolveres

  • A Fascinante profisso de

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    Pgina | 64

    em

    milmetros

    em

    milsimas

    de

    polegada

    Exemplos de

    munies Notas

    6,35 .254

    .25 ACP/

    6,35 mm

    Browning

    calibre mais comum para

    uso nas pistolas de

    pequena dimenso, de

    uso civil.

    7,65 .320

    .32 S&W, .32

    ACP/

    7.65mm

    Browning

    Produzido pela Smith &

    Wesson, desde 1878 para

    uso nos seus revolveres.

    Introduzido em 1889

    pela FN para as suas

    pistolas automticas

    Browning, fabricadas sob

    licena.

    8,9 .357 .357

    Magnum

    calibre desenvolvido pela

    Smith & Wesson para

    revolveres.

    9 .360 9 mm desenvolvido na

  • A Fascinante profisso de

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    Pgina | 65

    Parabellum,

    .38 Special

    Alemanha para a Pistola

    Parabellum. Tornou-se o

    calibre padro da OTAN

    para pistolas.

    9,5 .380 .38 ACP

    calibre desenvolvido em

    1900 para uso nas

    pistolas semi-

    automticas Browning

    10 .400 .40 S&W

    calibre desenvolvido pela

    Smith & Wesson

    especialmente para as

    armas do FBI. Tambm

    adoptado pela polcia

    brasileira e de outros

    pases.

    11,25 .450 .45 ACP

    calibre desenvolvido em

    1905 para as Pistolas

    Browning.

    11,87 .475 .480 Ruger calibre desenvolvido pela

    Ruger para uso nos seus

  • A Fascinante profisso de

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    Pgina | 66

    revolveres de grande

    potncia.

    Artigo IV. Calibres de armas pesadas

    Inicialmente, as armas pesadas eram classificadas pelo valor do

    peso padro das suas munies, expresso em libras. As armas

    eram designadas pelo peso de uma esfera de chumbo do mesmo

    dimetro da boca do seu cano. Era utilizado o peso do chumbo

    como padro, pois era o material mais usado nos projteis.

    Assim, uma determinada pea de artilharia poderia ser referida

    como de 6 libras, de 25 libras, etc.

    Com a introduo dos projteis estriados cilndricos, as armas

    pesadas continuaram a ser classificadas pelo peso dos seus

    projeteis. Neste caso, passou a ser utilizado o peso real do

    projtil efetivamente disparado pela arma. Por isso pelo formato

    dos projteis, deixou de haver uma relao direta entre o calibre

    da arma e o peso da munio. Este sistema de classificao de

  • A Fascinante profisso de

    DETETIVE

    Pgina | 67

    armas manteve-se no Reino Unido at depois da Segunda

    Guerra Mundial.

    A partir de finais do sculo XIX, os pases que adotaram o

    sistema mtrico decimal, comearam a classificar as suas armas,

    pelo calibre expresso em centmetros ou milmetros. Para esta

    classificao era utilizada a medida do dimetro mximo da

    munio disparada pela arma. Depois do final da Segunda

    Guerra Mundial, o uso do centmetro como unidade de medida

    de calibre caiu em desuso, passando a utilizar-se s o milmetro.

    Assim, armas classificadas at a, por exemplo, como de 10,5

    cm e 8 cm, passaram a ser classificadas como de 105 mm e 80

    mm respectivamente.

    Os EUA adotaram um sistema semelhante, mas utilizando a

    polegada como unidade de medida do dimetro. Depois da

    Segunda Guerra Mundial, os EUA passaram tambm a utilizar

    os milmetros para mediar os calibres das suas armas, com

    exceo das mais antigas.

  • A Fascinante profisso de

    DETETIVE

    Pgina | 68

    Nas armas pesadas, o calibre , muitas vezes, tambm usado

    como unidade de medida do comprimento dos seus canos. O

    comprimento do cano, da culatra boca, dividido pelo

    dimetro da sua alma, o que resulta no seu valor em calibres.

    Assim, as peas principais dos couraados da classe Iowa so

    classificadas como de 16"/50, ou seja o seu cano tem um

    dimetro interno de 16 polegadas e um comprimento de 800

    polegadas (16 x 50 = 800). O comprimento dos canos tambm ,

    frequentemente, indicado pelo uso do prefixo "L/", como, por

    exemplo na arma principal dos carros de combate Panzer V, que

    designada como de 75 mm L/70, significando que tem 75 mm

    de dimetro interno e 5 250 mm (70 x 75 = 5 250) de

    comprimento.

    Exemplos de calibres de armas pesadas expressos em libras

    Calibre em libras Peso da munio Dimetro da arma

    1 0,489 kg 50 mm

    2 0,978 kg 60 mm

    4 1,956 kg 75 mm

    6 2,934 kg 96 mm

  • A Fascinante profisso de

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    Pgina | 69

    8 3,912 kg 106 mm

    12 5,868 kg 121 mm

    16 7,824 kg 134 mm

    18 8,165 kg 127 mm

    24 11,736 kg 140 mm

    32 14,515 kg 155 mm

    36 16,329 kg 162 mm

    42 19,051 kg 170 mm

    48 23,472 kg 195 mm

    64 35,208 kg 200 mm

    68 30,844 kg 203 mm

    Exemplos de calibres actuais de armas pesadas

    Calibre em

    milmetros Usos mais comuns

    20 canhes automticos de avies e antiareos

    30 canhes automticos de avies

  • A Fascinante profisso de

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    Pgina | 70

    37 canhes automticos de blindados

    40 canhes automticos antiareos

    60 morteiros ligeiros

    75 antigos canhes ligeiros de campanha e

    anticarro

    80 morteiros mdios

    88 canhes anticarro e antiareo pesados alemes

    da Segunda Guerra Mundial

    90 peas de carros de combate e

    autometralhadoras

    100 peas dos navios de guerra

    105 calibre padro dos obuses ligeiros da NATO

    120 morteiros pesados

    150 .

    155 calibre padro dos obuses mdios da NATO

    170 .

    200 .

  • A Fascinante profisso de

    DETETIVE

    Pgina | 71

    MUNIO

    Munio o conjunto de cartuchos necessrios ou disponveis

    para uma arma ou uma ao qualquer em que sero usadas

    armas de fogo.

    Cartucho o conjunto do projtil e os componentes necessrios

    para lan-lo, no disparo.

    O cartucho para arma de defesa contm um tubo oco,

    geralmente de metal, com um propelente no seu interior; em sua

    parte aberta fica preso o projtil e na sua base encontra-se o

    elemento de iniciao. Este tubo, chamado estojo, alm de unir

    mecanicamente as outras partes do cartucho, tem formato

    externo apropriado para que a arma possa realizar suas diversas

    operaes, como carregamento e disparo.

    O projtil uma massa, em geral de liga de chumbo, que

    arremessada frente quando da detonao da espoleta e

    consequente queima do propelente. a nica parte do cartucho

    que passa pelo cano da arma e atinge o alvo.

  • A Fascinante profisso de

    DETETIVE

    Pgina | 72

    Para arremessar o projtil necessria uma grande quantidade

    de energia, que obtida pelo propelente, durante sua queima. O

    propelente utilizado nos cartuchos a plvora, que, ao queimar,

    produz um grande volume de gases, gerando um aumento de

    presso no interior do estojo, suficiente para expelir o projtil.

    Como a plvora relativamente estvel, isto , sua queima s

    ocorre quando sujeita a certa quantidade de calor; o cartucho

    dispe de um elemento iniciador, que sensvel ao atrito e gera

    energia suficiente para dar incio queima do propelente. O

    elemento iniciador geralmente est contido dentro da espoleta.

    Artigo V. Partes de um cartucho

    Um cartucho completo composto de:

    Projtil

    Estojo

    Propelente

    Espoleta

    Projtil

  • A Fascinante profisso de

    DETETIVE

    Pgina | 73

    Projtil qualquer slido que pode ser ou foi arremessado,

    lanado. No universo das armas de defesa, o projtil a parte do

    cartucho que ser lanada atravs do cano.

    O projtil pode ser dividido em trs partes:

    Ponta: parte superior do projtil, fica quase sempre

    exposta, fora do estojo;

    Base: parte inferior do projtil, fica presa no estojo e est

    sujeita ao dos gases resultantes da queima da

    plvora.

    Corpo: cilndrico, geralmente contm canaletas

    destinadas a receber graxa ou para aumentar a fixao do

    projtil ao estojo.

    Projteis de chumbo

  • A Fascinante profisso de

    DETETIVE

    Pgina | 74

    Como o nome indica, so projteis construdos exclusivamente

    com ligas desse metal. Podem ser encontrados diversos tipos de

    projteis, destinados aos mais diversos usos, os quais podemos

    classificar de acordo com o tipo de ponta e tipo de base.

    Tipos de pontas:

    Ogival: uso geral, muito comum;

    Canto-vivo: uso exclusivo para tiro ao alvo; tem carga

    reduzida e perfura o papel de forma mais ntida;

    Semi canto-vivo: uso geral;

    Ogival ponta plana: uso geral; muito usado no tiro

    prtico (IPSC) por provocar menor nmero de

    "engasgos" com a pistola;

    Cone truncado: mesmo uso acima.

    Semi-ogival: tambm muito usado em tiro prtico;

    Ponta oca: capaz de aumentar de dimetro ao atingir um

    alvo humano (expansivo), produzindo assim maior

    destruio de tecidos.

    Projteis encamisados

  • A Fascinante profisso de

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    Pgina | 75

    So projteis construdos por um ncleo recoberto por uma capa

    externa chamada camisa ou jaqueta. A camisa normalmente

    fabricada com ligas metlicas como: cobre e nquel; cobre,

    nquel e zinco; cobre e zinco; cobre, zinco e estanho ou ao. O

    ncleo constitudo geralmente de chumbo praticamente puro,

    conferindo o peso necessrio e um bom desempenho balstico.

    Os projteis encamisados podem ter sua capa externa aberta na

    base e fechada na ponta (projteis slidos) ou fechada na base e

    aberta na ponta (projteis expansivos). Os projteis slidos tm

    destinao militar, para defesa pessoal ou para competies

    esportivas. Destaca-se sua maior capacidade de penetrao e

    alcance.

    Os projteis expansivos destinam-se defesa pessoal, pois ao

    atingir um alvo humano capaz de amassar-se e aumentar seu

    dimetro, obtendo maior capacidade lesiva. Esse tipo de projtil

    teve seu uso proibido para fins militares pela Conveno de

    Genebra. Os projteis expansivos podem ser classificados em

    totalmente encamisados (a camisa recobre todo o corpo do

    projtil) e semi-encamisados (a camisa recobre parcialmente o

    corpo, deixando sua parte posterior exposta. Os tipos de pontas e

  • A Fascinante profisso de

    DETETIVE

    Pgina | 76

    tipos de bases so os mesmos que os anteriormente citados para

    os projteis de chumbo.

    Artigo VI. Projteis expansivos

    So projteis que tem a expanso maior, como um projtel de

    um fuzil ou rifle.

    Os projteis expansveis tambm so conhecidos com projeteis

    "dum-dum", Existe o mito popular de que o nome "DumDum"

    siginifica que:O 1 "Dum" do disparo e o 2 "Dum" da

    expanso do projetil, mas a origem do nome "DumDum" est

    associado a este tipo de projtil devido os primeiros estudos e

    desenvolvimento deste tipo de projtil ocorrerem na cidade de

    DumDum na ndia, pela Inglaterra.

    Cpsula, estojo ou invlucro

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    O estojo o componente de unio mecnica do cartucho, apesar

    de no ser essencial ao disparo, j que algumas armas de fogo

    mais antigas dispensavam seu uso, trata-se de um componente

    indispensvel s armas modernas. O estojo possibilita que todos

    os componentes necessrios ao disparo fiquem unidos em uma

    pea, facilitando o manejo da arma e acelera o intervalo em cada

    disparo.

    Atualmente, a maioria dos estojos so construdos em metais

    no-ferrosos, principalmente o lato (liga de cobre e zinco), mas

    tambm so encontrados estojos construdos com diversos tipos

    de materiais como plsticos (munio de treinamento e de

    espingardas), papelo (espingardas) e outros.

    A forma do estojo muito importante, pois as armas modernas

    so construdas de forma a aproveitar as suas caractersticas

    fsicas.

    Para fins didticos, o estojo ser classificado nos seguintes tipos:

    Quanto forma do corpo:

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    o Cilndrico: o estojo mantm seu dimetro por

    toda sua extenso;

    o Cnico: o estojo tem dimetro menor na boca,

    pouco comum; e

    o Garrafa: o estojo tem um estrangulamento

    (gargalo).

    Cabe ressaltar que, na prtica, no existe estojo totalmente

    cilndrico, sempre haver uma pequena conicidade para facilitar

    o processo de extrao. Os estojos tipo garrafa foram criados

    com o fim de conter grande quantidade de plvora, sem ser

    excessivamente longo ou ter um dimetro grande. Esta forma

    comumente encontrada em cartuchos de fuzis, que geram grande

    quantidade de energia e, muitas vezes, tm projteis de pequeno

    calibre.

    Quanto aos tipos de base:

    o Com aro: com ressalto na base (aro ou gola);

    o Com semi-aro: com ressalto de pequenas

    propores e uma ranhura(virola);

    o Sem aro: tem apenas a virola; e

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    o Rebatido: A base tem dimetro menor que o

    corpo do estojo.

    A base do estojo importante para o processo de carregamento e

    extrao, sua forma determina o ponto de apoio do cartucho na

    cmara ou tambor (headspace), alm de possibilitar a ao do

    extrator sobre o estojo.

    Quanto ao tipo de iniciao:

    o Fogo Circular(anelar): A mistura detonante

    colocada no interior do estojo, dentro do aro, e

    detona quando este amassado pelo percursor;

    o Fogo Central: A mistura detonante est disposta

    em uma espoleta, fixada no centro da base do

    estojo.

    Cabe lembrar que alguns tipos de estojos nos diversos itens da

    classificao dos estojos no foram citados por serem pouco

    comuns.

    Propelente

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    Propelente ou carga de projeo a fonte de energia qumica

    capaz de arremessar o projtil a frente, imprimindo-lhe grande

    velocidade. A energia produzida pelos gases resultantes da

    queima do propelente, que possuem volume muito maior que o

    slido original. O rpido aumento de volume de matria no

    interior do estojo gera grande presso para impulsionar o

    projtil.

    A queima do propelente no interior do estojo, apesar de mais

    lenta que a velocidade dos explosivos, gera presso suficiente

    para causar danos na arma, isso no ocorre porque o projtil se

    destaca e avana pelo cano, consumindo grande parte da energia

    produzida.

    Atualmente, o propelente usado nos cartuchos de armas de

    defesa a plvora qumica ou plvora sem fumaa.

    Desenvolvida no final do sculo passado, substituiu com grande

    eficincia a plvora negra, que hoje usada apenas em velhas

    armas de caa e rplicas para tiro esportivo. A plvora qumica

    produz pouca fumaa e muito menos resduos que a plvora

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    negra, alm de ser capaz de gerar muito mais presso, com

    pequenas quantidades.

    Dois tipos de plvoras sem fumaa so utilizadas

    actualmente em armas de defesa:

    o Plvora de base simples: fabricada a base de

    nitrocelulose, gera menos calor durante a queima,

    aumentando a durabilidade da arma; e

    o Plvora de base dupla: fabricada com

    nitrocelulose e nitroglicerina, tem maior

    contedo energtico.

    O uso de ambos tipos de plvora muito difundido e a munio

    de um mesmo calibre pode ser fabricada com um ou outro tipo.

    Espoleta ou cpsula

    A espoleta um recipiente que contm a mistura detonante e

    uma bigorna, utilizado em cartuchos de fogo central.

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    A mistura detonante, um composto que queima com

    facilidade, bastando o atrito gerado pelo amassamento da

    espoleta contra a bigorna, provocada pelo percursor. A queima

    dessa mistura gera calor, que passa para o propelente, atravs de

    pequenos furos no estojo, chamados eventos.

    Os tipos mais comuns de espoletas so:

    o Boxer: muito usada atualmente, tem a bigorna

    presa espoleta e se utiliza de apenas um evento

    central, facilitando o desespoletamento do estojo,

    na recarga;

    o Berdan: utilizada principalmente em armas de

    uso militar, a bigorna um pequeno ressalto no

    centro da base do estojo estando a sua volta dois

    ou mais eventos; e

    o Bateria: utilizada em cartuchos de caa, tem a

    bateria incorporada na espoleta de forma a ser

    impossvel cair, facilitando o processo de recarga

    do estojo.

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    A Espionagem

    A espionagem a prtica de obter informaes de carcter

    secreto ou confidencial dos rivais ou inimigos, sem autorizao

    destes, para se alcanar certa vantagem militar, poltica, ou

    econmica. A prtica manifesta-se geralmente como parte de um

    esforo organizado (ou seja, como ao de um grupo

    governamental ou empresarial). Um espio um agente

    empregado para obter tais segredos. A definio vem sendo

    restringida a um Estado que espia inimigos potenciais ou reais,

    primeiramente para finalidades militares, mas ela abrange

    tambm a espionagem envolvendo empresas, conhecida como

    espionagem industrial.

    Nenhum servio secreto de um Estado usa a palavra

    "espionagem" no seu nome ou para descrever sua actividade de

    colheita de informaes ou inteligncia, embora todos declarem

    fazer contra-espionagem. Muitas naes espiam rotineiramente

    seus inimigos, mas tambm seus aliados, embora geralmente o

    neguem. A duplicidade que envolve a utilizao do termo

    espionagem deve-se ao facto de essa actividade ser

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    frequentemente ditada por objectivos secretos e interesses

    inconfessveis publicamente, enquanto que nos rivais ou

    inimigos ela sempre denunciada e condenada.

    H incidentes envolvendo espionagem bem documentados ao

    longo de toda a Histria. A Arte da Guerra, escrito por Sun-Tzu

    contm informaes sobre tcnicas de dissimulao e subverso.

    Os antigos egpcios possuam um sistema completamente

    desenvolvido para a aquisio de informaes, e os hebreus

    tambm o usaram. Mais recentemente, a espionagem teve

    participao significativa na histria da Inglaterra no perodo

    Elizabetano. No entanto o primeiro servio secreto oficial foi

    organizado sob ordens do rei Lus XIV.

    Em muitos pases a espionagem crime punvel com priso

    perptua ou pena de morte. Nos EUA, por exemplo, a

    espionagem ainda um crime capital, embora a pena de morte

    seja raramente aplicada nesses casos, pois em geral o governo

    oferece ao acusado um abrandamento da pena, em troca de

    informaes.

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    A espionagem quando praticada por um cidado do prprio

    estado-alvo, geralmente considerada como uma forma de

    traio. Foi o caso do cidado austraco Franz Josef Messner,

    naturalizado brasileiro em 1931, com o nome de Francisco Jos

    Messner. Messner espionou para o Office of Strategic Services-

    OSS, enviando informaes para Allen Welsh Dulles, em Berna,

    Sua. Em contato com a resistncia antinazista na ustria,

    Messner fez parte do grupo de espionagem Maier-Messner-

    Caldonazzi, descoberto pela Gestapo em 1944. Julgado traidor,

    terminou por ser morto em abril de 1945, no campo de

    concentrao de Mauthausen-Gusen.

    No Reino Unido um espio estrangeiro tem pena mnima de 14

    anos de priso, de acordo com o Official Secrets Act[1],

    enquanto que um britnico que espionasse para um pas

    estrangeiro enfrentaria uma sentena mxima de priso perptua

    por traio, caso fosse provada a sua colaborao com inimigos

    do pas. Espionar para organizaes descritas como terroristas

    viola o Terrorism Act 2000[2]. Durante a Segunda Guerra

    Mundial os espies alemes no Reino Unido foram executados

    por "treachery", um crime especial que exclua qualquer

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    aplicao dos direitos que os soldados inimigos geralmente tm,

    mesmo que o espio fosse um estrangeiro naturalizado.

    A guerra fria envolveu intensa atividade de espionagem entre os

    Estados Unidos e seus aliados e a Unio Sovitica, China e seus

    aliados, relacionados particularmente com segredos de armas

    nucleares. Neste perodo, a CIA estadunidense e o MI6

    britnico, de um lado, e a KGB, de outro, foram os principais

    servios de inteligncia ativos.

    Os espies tambm se envolveram em atividades de sequestro e

    assassinato de pessoas consideradas como ameaa para o seu

    pas. Tambm no raro que servios de informaes trabalhem

    acobertando atividade paramilitar (incluindo assassinato,

    seqestro, sabotagem, guerra de guerrilha e golpes de estado).

    Desde o fim da guerra fria, os servios de informaes e

    espionagem esto sobretudo preocupados com as actividades de

    organizaes terroristas e com o trfico de drogas.

    Princpios bsicos de uma investigao

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    O que se deve observar em uma pessoa com fins de uma futura

    identificao?

    O ideal uma completa descrio do investigado a comear

    pelos aspectos gerais: compleio fsica, altura, vesturio, raa,

    idade etc.

    Dando continuidade as observaes evidenciais de

    reconhecimento os aspectos pormenorizados como: tipo, cabelo,

    cor de olhos, tipo de nariz, bigode, barba, boca etc.

    Finalizando as observaes evidenciais os sinais particulares

    como: uso de culos, defeitos, sinal particular, existncia de

    cicatrizes ou mancha.

    Com tudo uma investigao est repleta de surpresas e

    descobertas. Nem sempre o investigado uma pessoa, podemos

    descrever vrias situaes envolvendo investigao.

    Vamos citar tipos de investigaes que no envolve pessoa(s):

    localizao de veculo, localizao e/ou recuperao de carga,

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    Localizao de local (Casa, Empresa etc.) Registro de um

    determinado fato etc.

    Em alguns casos o profissional contratado para registrar um

    determinado fato, por exemplo:

    Uma empresa est movendo um processo referente determinado

    ocorrido (venda de produtos pirata) constante e necessrio

    registrar o fato atravs da fotografia, sendo assim a investigao

    no esta baseada nas pessoas envolvidas e sim na ocorrncia do

    fato em questo.Ser registrado o local e a ocorrncia da venda

    dos produtos piratas.

    Perceba que os princpios de uma investigao pode ter vrios

    rumos.

    Psicologia e Campo de atuao

    Mtodo: um procedimento que o investigador utiliza para

    explicar a relao entre uma causa e um efeito. O mtodo

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    consiste em uma srie de passos que o investigador d desde a

    formulao de uma hiptese at a anlise dos resultados.

    Tcnica: um tipo de anlise que o investigador realiza como

    parte do mtodo de investigao, e que at certo ponto

    independente dele. Uma tcnica serve para analisar algum

    aspecto da conduta do usurio ou das caractersticas de um

    sistema. Uma mesma tcnica pode ser usada com vrios

    mtodos de investigao.

    O objetivo da ergonomia cognitiva aplicar os conhecimentos

    da psicologia cognitiva, psicologia social e outras disciplinas

    afins de design.

    Um aspecto importante dos mtodos utilizados pela ergonomia

    cognitiva que eles podem ser aplicados antes ou depois da

    introduo da troca de um design do sistema de trabalho. Se

    aplicado antes tem o objetivo de explicar as conseqncias da

    troca. Se aplicado depois o objetivo explicar e avaliar essas

    consequncias em termos da eficcia dessa troca.

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    O mtodo etnogrfico implica vrios passos:

    1. Ganhar a confiana entre as pessoas que est se observando

    2. Tomar parte em suas atividades dirias por um longo perodo

    de tempo.

    3. Fazer observaes, com o maior detalhe possvel, mas sem

    distrair as pessoas observadas de suas atividades.

    4. Participar da elaborao dos materiais escritos.

    5. Falar e entrevistar as pessoas participantes das tarefas.

    6. Descobrir os temas importantes.