Manual Condutas GO Original 2002 2
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Manual de Condutas Hospitalares de
Enfermagem em Ginecologia e
Obstetrícia.
2ª Edição Revisada.
2 2003. Hospital Universitário Júlio Müller - UFMT
É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte. Série A. Protocolos de Atendimento Especializado e Manual de Condutas Paulo Speller Reitor da Universidade Federal de Mato Grosso José Eduardo de Aguilar Nascimento Vice Reitor da Universidade Federal de Mato Grosso. Jonas Correa da Costa Superintendente do Hospital Universitário Júlio Müller Carlos Eduardo Miranda de Barros Diretor Clínico do Hospital Universitário Júlio Müller. Suely Reimão de Arruda Diretora da Faculdade de Enfermagem e Nutrição Elizete Aparecida Rubira do Espirito Santo Chefe do Departamento de Enfermagem Médico-Cirúrgica Eleonor Raimundo da Silva Gerente de Enfermagem do Hospital Universitário Júlio Müller Marlet Feitosa Serviço de Enfermagem Médico Cirúrgica Francisca Mercedes Teixeira Serviço de Enfermagem Materno Infantil Catalogação na Fonte Bibliotecária ................................................................. - CRB ......Região nº ..........
Ficha Catalográfica
Brasil. Hospital Universitário Júlio Müller, Departamento de Departamento de Enfermagem Médico Cirúrgica. Área de Saúde do Adulto. MESQUITA, Luciana Fonseca da Victória (Org.).
Manual de condutas de enfermagem da Clínica Médica do Hospital Universitário Júlio Müller./ Luciana Fonseca da Victória Mesquita (Org.). – 1ª. Edição. – Faculdade de Enfermagem e Nutrição, Fundação Universidade Federal de Mato Grosso Cuiabá, 2003. – 116 p. 1. Manual de condutas 2. Enfermagem 3. Clínica Médica 4. Hospital Universitário ISBN Condutas em Clínica Médica. I. Brasil. Universidade Federal de Mato Grosso. II. Brasil. Hospital Universitário Júlio Müller. Área de Saúde do Adulto. III. Título. III. Série A. Protocolos de Atendimento Especializado e Manual de Condutas; n.2)
CAPA: Luciana Fonseca da Victória Mesquita Titulo: Técnica: Dimensão: Ano: 2003 - Acervo do Artista.
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“Olhar é uma coisa. Ver o que se olha é outra coisa Compreender o que se vê é uma terceira coisa. Aprender do que se compreende é algo diferente... Porém, agir de acordo com o que se aprende é o que realmente interessa.” (Benjamim Pucket)
4 AUTORES Luciana Fonseca da Victória Mesquita, acadêmico (a) do Curso de Graduação em Enfermagem da UFMT Disciplina Estágio Curricular I Semestre Letivo 2002/02 responsávelpela Org. do Manual em 2003/01. Jolvair Batista de Melo, acadêmico (a) do Curso de Graduação em Enfermagem da UFMT Disciplina Estágio Curricular I Semestre Letivo 2002/02. Christiane Oliveira Ferreira, acadêmico (a) do Curso de Graduação em Enfermagem da UFMT Disciplina Estágio Curricular I Semestre Letivo 2002/02 Franciele Marques Franco Seabra, acadêmico (a) do Curso de Graduação em Enfermagem da UFMT Disciplina Estágio Curricular I Semestre Letivo 2002/02 Michele Giroldo Schwingel, acadêmico (a) do Curso de Graduação em Enfermagem da UFMT Disciplina Estágio Curricular I Semestre Letivo 2002/02 Maria de Fátima Rodrigues da Cunha Campos, acadêmico (a) do Curso de
Graduação em Enfermagem da UFMT Disciplina Estágio Curricular I Semestre Letivo 2002/02 Mariana Isabel Gonçalves Salvador, acadêmico (a) do Curso de Graduação em Enfermagem da UFMT Disciplina Estágio Curricular I Semestre Letivo 2002/02 André Luís da Silva Campos, acadêmico (a) do Curso de Graduação em Enfermagem da UFMT Disciplina Estágio Curricular I Semestre Letivo 2002/02 Rosangela dos Santos, acadêmico (a) do Curso de Graduação em Enfermagem da UFMT Disciplina Estágio Curricular I Semestre Letivo 2002/02 Fabiane Cristina Lourenço, acadêmico (a) do Curso de Graduação em Enfermagem da UFMT Disciplina Estágio Curricular I Semestre Letivo 2002/02 Rosângela Natalina Ojeda Leite, acadêmico (a) do Curso de Graduação em Enfermagem da UFMT Disciplina Estágio Curricular I Semestre Letivo 2002/02
ORIENTAÇÃO: Professora Especialista Closeny Maria Modesto Soares
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SUMÁRIO Página
INTRODUÇÃO................................................................................................................... 06 PARTE 1: CONDUTAS DE ENFERMAGEM PARA CONDIÇÕES CLÍNICAS
CONDUTAS DE ENFERMAGEM EM ALOJAMENTO CONJUNTO 08 CONDUTAS DE ENFERMAGEM PARA CLIENTE COM HIPERTENSÃO ARTERIAL 16 CONDUTAS DE ENFERMAGEM PARA CLIENTE COM CARDIOPATIA E GRAVIDEZ 20 CONDUTAS DE ENFERMAGEM PARA CLIENTE COM GRAVIDEZ ECTÓPICA 31 CONDUTAS DE ENFERMAGEM PARA CLIENTE COM HEMORRAGIA NA GRAVIDEZ 37 CONDUTAS DE ENFERMAGEM PARA CLIENTE NO PARTO NORMAL 51 CONDUTAS DE ENFERMAGEM PARA CLIENTE NO PARTO CESAREO 54 CONDUTAS DE ENFERMAGEM PARA CLIENTE NO PUERPERIO 56 CONDUTAS DE ENFERMAGEM PARA O BINOMIO MÃE - FILHO 61
CONDUTAS DE ENFERMAGEM PARA CLIENTE NO PUERPERIO PARTO CESAREO 64 CONDUTAS DE ENFERMAGEM PARA CLIENTE COM CONDUTAS DE ENFERMAGEM PARA CUIDADOS DE PREVENÇÃO E TRATAMENTO DA ÚLCERA DE PRESSÃO
CONDUTAS DE ENFERMAGEM PARA CLIENTE COM ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL
CONDUTAS DE ENFERMAGEM PARA CLIENTE COM CONDUTAS DE ENFERMAGEM PARA CLIENTE COM DIABETES MELLITUS CONDUTAS DE ENFERMAGEM PARA CLIENTE COM CONDUTAS DE ENFERMAGEM PARA CLIENTE COM INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA (ICC)
CONDUTAS DE ENFERMAGEM PARA CLIENTE COM CONDUTAS DE ENFERMAGEM PARA CLIENTE COM CONDUTAS DE ENFERMAGEM PARA CLIENTE COM CONDUTAS DE ENFERMAGEM PARA CLIENTE COM
PARTE 2: CONDUTAS DE ENFERMAGEM PARA PROCEDIMENTOS TERAPÊUTICOS
CONDUTAS DE ENFERMAGEM PARA CLIENTE EM NUTRIÇÃO ENTERAL CONDUTAS DE ENFERMAGEM PARA CLIENTE EM NUTRIÇÃO PARENTERAL TOTAL
CONDUTAS DE ENFERMAGEM PARA CLIENTE COM CONDUTAS DE ENFERMAGEM PARA CLIENTE COM
CONDUTAS DE ENFERMAGEM PARA CLIENTE EM VENTILAÇÃO MECÂNICA
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INTRODUÇÃO
A proposta para a elaboração do Manual de Condutas de Enfermagem da Clínica Médica do Hospital Universitário Júlio Müller surgiu durante o desenvolvimento das atividades de estágio da Disciplina Estágio Curricular I - Bloco VIII do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Federal de Mato Grosso.
O Manual de Condutas de Enfermagem é destinado aos profissionais de enfermagem que atuam na Clínica Médica do Hospital Universitário Júlio Müller, bem como aos acadêmicos de enfermagem que desenvolvem atividades práticas nesta instituição hospitalar. Pois, entendemos que as condutas fazem parte das atividades desenvolvidas pela equipe de enfermagem, que devem ser compreendidas, e assim incorporadas nas ações desses profissionais.
Entendemos ainda que este manual está apenas na fase de “embrião”, pois muitas propostas de condutas ainda podem ser desenvolvidas e acrescidas ao mesmo.
Assim, acreditamos que a elaboração deste Manual de Condutas contribuiu para desenvolvermos o saber-fazer da enfermagem, e enfim, sermos enfermeiros.
Luciana Fonseca da Victória Mesquita (Organizadora)
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PARTE 1: CONDUTAS DE ENFERMAGEM PARA CONDIÇÕES CLÍNICAS
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CONDUTAS DE ENFERMAGEM NA ASSISTÊNCIA AO RECÉM-NASCIDO NORMAL
EM ALOJAMENTO CONJUNTO
Inserir :
Definição de AC segundo o MS
Problemas colaborativos e ou complicações potenciais
a) Hipotermia
b) hipertermia
c) hipoglicemia
INTERVENÇÕES JUSTIFICATIVAS
Atentar, anotar e comunicar se:
Temperatura menor que 36 C;
Temperatura superior a 37,5 C;
FR menor que 40 irpm;
FR superior a 60 irmp;
FC menor que 100 bcpm.
FC superior a 160 bcpm;
DE passiveis de serem encontrados no RN durante a permanência em AC
Documentação
CRITÉRIOS PARA ALTA:
Antes da alta a mãe e ou família irá:
1. Realizar limpeza do coto umbilical, banho do bebê e cuidados com RN.
2. verbalizar os procedimentos para proceder o registro de nascimento da criança,
3. Reproduzir as orientações a acerca de prazo para o registro civil de nascimento.
4. Orientar quanto a consulta de retorno mãe-filho ao hospital.
5. Descrever a importância das vacinações e quais as vacinas obrigatórias .
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DEFINIÇÃO:
A avaliação ao recém-nascido que se encontra em alojamento conjunto é de grande
importância pois as primeiras 24 horas de vida extra-uterina constituem um período de grandes
mudanças fisiológicas para o neonato.
Na assistência ao recém-nascido o enfermeiro estabelece um plano de cuidados para o bebê
e para a família até a alta hospitalar.
A avaliação do recém-nascido pela equipe inclui observação e registro dos sinais vitais,
ganho ou perda diária de peso, funções intestinais e vesicais, padrões de atividade e sono, e
termorregulação.
O enfermeiro deve proporcionar educação em saúde aos pais, de modo a possibilitar que
estes ganhem confiança e satisfação no lidar com o bebê em casa.
PLANO ASSISTENCIAL PARA ALTA:
6. Ensinar a mãe a realizar limpeza do coto umbilical, banho do bebê e cuidados com RN.
7. Orientar os pais para proceder o registro de nascimento da criança, orienta-los acerca de
prazo para o registro civil de nascimento.
8. Orientar quanto a consulta de retorno mãe-filho ao hospital.
9. Encaminhar para fazer as vacinações.
DIAGNOSTICO DE ENFERMAGEM:
RESULTADOSESPERADOS
INTERVENÇÕES JUSTIFICATIVAS
DOCUMENTAÇÃO/EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM
Anotações de Controles: - ...... - .......
Anotações de Evolução: - ...... - .......
Sumário de Alta - ...... - .......
10
Plano Assistencial na Recepção do RN
1. Verificar e anotar sinais vitais.
2. Fazer higiene corporal total, se a temperatura for igual ou maior que 36 C.
3. Verificar e anotar medidas antropométricas (perímetros cefálico, toráxico e abdominal,
comprimento e peso).
4. Fazer curativo umbilical com álcool 70%.
5. Agasalhar de acordo com temperatura do RN e ambiente.
6. Colocar o RN para mamar.
7. Colocar o RN em decúbito lateral direito ou decúbito ventral.
8. Verificar e anotar eliminações.
9. Oferecer materiais e roupas para cuidados com RN.
DIAGNOSTICO DE ENFERMAGEM:
RESULTADOSESPERADOS
INTERVENÇÕES JUSTIFICATIVAS
DOCUMENTAÇÃO/EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM
Anotações de Controles: - ...... - .......
Anotações de Evolução: - ...... - .......
Sumário de Alta - ...... - .......
DIAGNOSTICO DE ENFERMAGEM:
RESULTADOSESPERADOS
INTERVENÇÕES JUSTIFICATIVAS
DOCUMENTAÇÃO/EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM
11
Anotações de Controles:
- ...... - .......
Anotações de Evolução: - ...... - .......
Sumário de Alta - ...... - .......
Plano Assistencial durante a Internação:
1. Verificar e anotar sinais vitais de 6/6 horas.
2. Verificar e anotar nos períodos (manhã, tarde e noite):
- atividade;
- aceitação do seio materno;
- eliminações vesicais e intestinais.
3. Pesar uma vez ao dia (pela manhã).
4. Fazer higiene corporal completa uma vez ao dia (pela manhã).
5. Fazer curativo umbilical com álcool 70% duas vezes por dia (manhã e tarde).
6. Auxiliar e supervisionar higienização parcial do RN nos períodos da manhã tarde e noite.
7. Oferecer material e roupa para cuidados com RN nos períodos manhã, tarde e noite.
8. Supervisionar decúbito lateral direito ou ventral nos períodos manhã, tarde e noite.
9. Manter RN com roupa adequada com temperatura corporal e ambiente.
10. Orientar paciente e familiares quanto programa de Alojamento Conjunto e prescrição de
enfermagem.
11. OBSERVAR E ANOTAR
- Náuseas e vômitos;
- Hipoatividade;
- Tremores;
- Cianose;
- Sucção débil ou não aceitação do seio materno;
- Hiperemia e/ou secreção no coto umbilical;
- Ausência de eliminações no período;
- Rejeição/dificuldades materna com RN.
DIAGNOSTICO DE ENFERMAGEM:
RESULTADOSESPERADOS
12
INTERVENÇÕES JUSTIFICATIVAS
DOCUMENTAÇÃO/EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM
Anotações de Controles: - ...... - .......
Anotações de Evolução: - ...... - .......
Sumário de Alta - ...... - .......
DIAGNOSTICO DE ENFERMAGEM:
RESULTADOSESPERADOS
INTERVENÇÕES JUSTIFICATIVAS
DOCUMENTAÇÃO/EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM
Anotações de Controles: - ...... - .......
Anotações de Evolução: - ...... - .......
Sumário de Alta - ...... - .......
DIAGNOSTICO DE ENFERMAGEM:
RESULTADOSESPERADOS
INTERVENÇÕES JUSTIFICATIVAS
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DOCUMENTAÇÃO/EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM
Anotações de Controles: - ...... - .......
Anotações de Evolução: - ...... - .......
Sumário de Alta - ...... - .......
DIAGNOSTICO DE ENFERMAGEM:
RESULTADOSESPERADOS
INTERVENÇÕES JUSTIFICATIVAS
DOCUMENTAÇÃO/EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM
Anotações de Controles: - ...... - .......
Anotações de Evolução: - ...... - .......
Sumário de Alta - ...... - .......
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
NETTINA, Sandra M. Prática de enfermagem. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. Ed. 6 ; 1998. p.877-883.
MELSON, Ketryne A. et al. Enfermagem materno infantil – plano de cuidados. Rio de Janeiro: Reichman & Affonso. Ed. 2002. p.150-155.
Texto de aula: Padrões de assistência de enfermagem ao binômio mãe-filho em alojamento conjunto. Cuiabá – 2002.
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A avaliação ao recém-nascido que se encontra em alojamento conjunto é de
grande importância pois as primeiras 24 horas de vida extra-uterina constituem um
período de grandes mudanças fisiológicas para o neonato.
Na assistência ao recém-nascido o enfermeiro estabelece um plano de cuidados
para o bebê e para a família até a alta hospitalar.
A avaliação do recém-nascido pela equipe inclui observação e registro dos sinais
vitais, ganho ou perda diária de peso, funções intestinais e vesicais, padrões de atividade
e sono, e termorregulação.
O enfermeiro deve proporcionar educação em saúde aos pais, de modo a
possibilitar que estes ganhem confiança e satisfação no lidar com o bebê em casa.
PLANO ASSISTENCIAL NA RECEPÇÃO DO RN
10. Verificar e anotar sinais vitais.
11. Fazer higiene corporal total, se a temperatura for igual ou maior que 36 C.
12. Verificar e anotar medidas antropométricas (perímetros cefálico, toráxico e
abdominal, comprimento e peso).
13. Fazer curativo umbilical com álcool 70%.
14. Agasalhar de acordo com temperatura do RN e ambiente.
15. Colocar o RN para mamar.
16. Colocar o RN em decúbito lateral direito ou decúbito ventral.
17. Verificar e anotar eliminações.
18. Oferecer materiais e roupas para cuidados com RN.
PLANO ASSISTENCIAL DURANTE A INTERNAÇÃO:
12. Verificar e anotar sinais vitais de 6/6 horas.
13. Verificar e anotar nos períodos (manhã, tarde e noite):
- atividade;
- aceitação do seio materno;
- eliminações vesicais e intestinais.
14. Pesar uma vez ao dia (pela manhã).
15. Fazer higiene corporal completa uma vez ao dia (pela manhã).
16. Fazer curativo umbilical com álcool 70% duas vezes por dia (manhã e tarde).
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17. Auxiliar e supervisionar higienização parcial do RN nos períodos da manhã tarde e
noite.
18. Oferecer material e roupa para cuidados com RN nos períodos manhã, tarde e
noite.
19. Supervisionar decúbito lateral direito ou ventral nos períodos manhã, tarde e noite.
20. Manter RN com roupa adequada com temperatura corporal e ambiente.
21. Orientar paciente e familiares quanto programa de Alojamento Conjunto e
prescrição de enfermagem.
22. Atentar, anotar e comunicar se:
- Temperatura menor que 36 C;
- Temperatura superior a 37,5 C;
- FR menor que 40 irpm;
- FR superior a 60 irmp;
- FC menor que 100 bcpm.
- FC superior a 160 bcpm;
- Náuseas e vômitos;
- Hipoatividade;
- Tremores;
- Cianose;
- Sucção débil ou não aceitação do seio materno;
- Hiperemia e/ou secreção no coto umbilical;
- Ausência de eliminações no período;
- Rejeição/dificuldades materna com RN.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
NETTINA, Sandra M. Prática de enfermagem. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. Ed.
6 ; 1998. p.877-883.
MELSON, Ketryne A. et al. Enfermagem materno infantil – plano de cuidados. Rio de Janeiro: Reichman & Affonso. Ed. 2002. p.150-155.
Texto de aula: Padrões de assistência de enfermagem ao binômio mãe-filho em alojamento conjunto. Cuiabá – 2002.
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CONDUTAS DE ENFERMAGEM PARA CLIENTES COM HIPERTENSÃO ARTERIAL EM GO.
DEFINIÇÃO A hipertensão arterial pode ser definida como um nível persistente de PA em que a pressão sistólica se encontra acima de 140mmhg e a pressão diastólica acima de 90mmhg. Na população idosa a hipertensão é definida como pressão sistólica acima de 160mmhg e pressão diastólica acima de 90mmhg. A elevação prolongada da PA eventualmente lesa os vasos sanguíneos em todo o corpo, sobretudo os olhos, coração, rins e cérebro, levando ao quadro de insuficiência visual, oclusão coronária, insuficiência renal e AVC. A hipertensão geralmente tem início sob a forma de um processo labil (intermitente) nos indivíduos entre 30 e 50 anos de idade, e costuma ser fixa. Ocasionalmente ela surge de modo abrupto e grave, assumindo uma evolução acelerada ou maligna que faz com as condições do paciente se deteriorize rapidamente. FATORES DE RISCO Obesidade, diabetes, colesterol alto, álcool, fumo, sal em excesso, estresse, sedentarismo e hereditariedade. SINTOMAS Dor de cabeça, tontura, zumbido no ouvido, dor no peito e fraqueza, alterações na retina (hemorragia), e exsuldato (acúmulo liquido), arteríola estreitadas e ate edema de papila. FISIOPATOLOGIA Estimulação centro vasomotor que controla constrição e relaxamento dos vasos sanguíneos Poe em movimento impulsos motores que libera acetilcolina, liberando norepinefrina nos vasos sanguíneos resultando constrição dos vasos. A glândula adrenal que secreta cortisol e outros esteróides também é estimulada, resultando atividade vasoconstritiva adicional. Essa vasoconstrição resulta em menor fluxo de sangue ao rim, causando liberação de renina a qual leva a formação de angiotensiana I que se converte em angiotensina II, um vasoconstritor que estimula secreção de aldosterona pelo córtex adrenal, a qual retêm água e sódio pelos túbulos renais, levando a um aumento de volume intravascular. CRITÉRIOS DE ALTA Antes da alta o (a)cliente irá:
.....
.....
.....
......
17
COMPLICAÇÃO POTENCIAL E OU PROBLEMAS COLABORATIVOS Insuficiência vascular Hemorragia retiniana Insuficiência renal Acidente vascular cerebral METAS Controlar e minimizar as complicações vasculares. Compreender o processo da doença e seu tratamento, colaborando com o programa de autocuidado.
INTERVENÇÕES JUSTIFICATIVAS
DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM: Déficit de conhecimento sobre a relação entre o programa de tratamento e o controle da doença. RESULTADOS ESPERADOS:
INTERVENÇÕES JUSTIFICATIVAS
1. Identificar qualquer fator de
comprometimento do paciente.
2. Enfatizar a sobre a potencialidade das
conseqüências previstas.
3. Esclarecer que normalmente a elevação
de pressão sanguínea típica não produz
sintomas.
4. Expor sobre a possibilidade futura de
ocorrer: derrame, falência renal e doença
coronariana sobre os familiares. Se
possível incluir nas sessões de
ensinamento.
5. Enfatizar que a escolha final sobre
comprometer-se ou não com o plano de
tratamento é sua.
1. Sua identificação permite um
planejamento de intervenção para
eliminar e melhorar ocomprometimento.
2. Serve como uma advertência da
seriedade do tratamento, encorajando-o
a segui-lo.
3. A ausência de sintoma desencoraja,
muitas vezes, o comprometimento.
4. Encoraja o comprometimento
enfatizando o impacto potencial da
hipertensão sobre seus familiares.
5. Auxilia a compreensão da
responsabilidade pelo seu
comprometimento na terapêutica.
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6. Instruir quanto verificar regularmente a
pressão sanguínea(ao menos 1 vez por
semana).
7. Explicar sobre os efeitos colaterais da
medicação, salientando para a procura
de profissional caso os efeitos colaterais
ocorram.
8. Instruir a procura o serviço social caso
ano tenha condições de custear os
medicamentos.
6. Serve para avaliar as resposta ao
tratamento e as mudanças no estilo de
vida.
7. O paciente fica alerta para a interrupção
da terapia caso apresente os efeitos
colaterais.
8. Talvez o paciente exija assistência
financeira para a não interrupção da
terapia medicamentosa
DOCUMENTAÇÃO/EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM
Anotações de Controles: - ...... - .......
Anotações de Evolução: - ...... - .......
Sumário de Alta - ...... - ....... DIAGNOSTICO DE ENFERMAGEM: Alto risco para controle ineficaz do regime terapêutico relacionado à falta de conhecimento sobre a condição,as restrições dietéticas,a medicação,os fatores de risco e o atendimento de acompanhamento. RESULTADOS ESPERADOS:
INTERVENÇÕES JUSTIFICATIVAS
1. Explicar os conceitos de pressão
sanguínea com terminologias de
compreensão acessível (valores
normais, seus efeitos sobre cérebro,
coração, rins e olhos)
2. Discutir as modificações no estilo de vida
que podem reduzir a hipertensão, tais
1. O declínio comunicado coincide com o
tratamento agressivo e o controle efetivo
da hipertensão.
2. A obesidade aumenta a resistência
periférica e a sobrecarga cardíaca, a
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como: perda de peso de 10% do peso
ideal, limitação da ingesta diária de
álcool, pratica de exercícios regulares,
diminuir a ingesta de sal, parar de fumar,
reduzir gorduras saturadas e colesterol e
aumentar quantidade de cálcio, potássio,
magnésio na dieta.
3. Explicar sobre a dosagem, ação, afeitos
colaterais e precauções sobre a
medicação.
4. Alertar sobre as medicações contra-
indicada: medicamentos ricos em sódio,
descongestionantes nasais e laxantes.
5. Ensinar o paciente sobre os sintomas
que requerem intervenção, tais como:
cefaléia, dor no peito, ganho de peso ou
edema, modificações na visão,
sangramento nasal freqüente e efeitos
colaterais da medicação.
dieta rica em gorduras contribui para a
formação de placas e estreitamento dos
vasos. O álcool é um vasodilatador que
causa vasoconstrição de rebote. O
exercício regular aumenta o fluxo
sanguíneo periférico e a eficiência
muscular e cardíaca. O sódio controla a
distribuição de água aumentando o
volume circulante. O tabaco age como
vasoconstritor. O cálcio, potássio e
magnésio são essenciais para o sistema
cardiovascular e muscular.
3. O ensinamento dos efeitos colaterais
transmite as precauções que devem ser
tomadas.
4. Os medicamentos ricos em sódio
promovem retenção hídrica. O
descongestionante nasal age com
vasoconstritor. Alguns laxantes contem
altos níveis de sódio.
5. Estes sinais e sintomas podem indicar
elevação da pressão sanguínea ou
outras complicações cardiovasculares.
DOCUMENTAÇÃO/EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM
Anotações de Controles: - ...... - .......
Anotações de Evolução: - ...... - .......
Sumário de Alta - ......
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CONDUTAS DE ENFERMAGEMPARA CLIENTES COM CARDIOPATIA E GRAVIDEZ
José Ricardo Chagas de Lima.
Wilza Rocha Pereira
DEFINIÇÃO:
A associação de cardiopatia e gravidez, foi durante muito tempo considerada como
uma das causas importantes de mortalidade materna, viu modificar-se profundamente o
seu prognóstico nos últimos quinze anos.
Muitas das antigas complicações tornaram-se raras; cm contrapartida nos os
problemas surgiram levantados pelas cardiopatias cirúrgicas. Para esquematizar, pode
afirmar-se que, para a maioria das cardíacas, a gravidez se passa sem acidentes; para
um número reduzido, constitui um agravamento considerável e um risco vital
A possibilidade de complicações numa cardíaca durante a gravidez explica-se
facilmente pelas profundas modificações hemodinâmicas que se operam durante a
gestação:
aumento do leito vascular, ligado ao crescimento do útero e de ovo, que
exige um fluxo sanguíneo uteroplacentário considerável;
aumento do volume sanguíneo, ligado á hiperidratação fisiológica:
diminuição da circulação de retorno na zona cava inferior.
Estas modificações provocam um aumento do débito cardíaco e do trabalho do
coração da ordem dos 30 %; um coração lesionado não pode suportar esta exigência
aumentada, como um coração normal. (Seguy, 1986)
ETIOLOGIA E FATORES DESENCADEANTES:
A cardiopatia reumática e os defeitos congênitos são as complicações mais
comuns na gravidez.
1) As cardiopatias reumáticas:
Em primeiro plano, o aperto mitral, acerca do qual foram magistralmente descritos
por Peter em “os acidentes gravidocardíacos” clássicos.
As outras cardiopatias reumáticas estão mais raramente em causa.
2) As cardiopatias congênitas:
Assumem uma importância cada vez maior, dado que um número cada vez maior
destas mulheres atinge, graças ao tratamento médico e cirúrgico, em condições
suficientemente boas, a idade do casamento e da maternidade (Seguy, 1986).
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ACHADOS FÍSICOS:
As cardiopatias reumáticas:
Os acidentes gravidocardíacos do aparelho mitral permitem uma revisão da quase
totalidade das complicações cardíacas observadas nas mulheres grávidas.
a) Acidentes menores:
dispnéia de esforço;
palpitações;
que podem dificultar a subida de escadas ou a marcha.
b) O edema pulmonar é o mais freqüente e típico das complicações
gravidocardíacas do R. M.; pode manifestar-se por:
algumas vezes, a grande crise paroxística de edema agudo;
com mais freqüência, o edema subagudo mais prolongado, menos
espetacular mas de significado tão grave quanto o da crise aguda;
outras vezes, o edema de esforço, muito característico, traduzindo-se
por um ((grito)) laríngeo e acessos de tosse que se repetem sempre
que há esforço.
c) A hemoptise, cujo significado é variável.
d) As perturbações do ritmo, em primeiro lugar com a entrada em taquiarritmia
completa, o que constitui uma grande urgência médica pelo seu risco de insuficiência
cardíaca e de embolias arteriais.
e) A insuficiência cardíaca, que é no R. M. uma insuficiência ventricular direita,
efetivamente muito rara (estenose acentuada).
f) Complicações a recear especialmente durante o puerpério:
a multiplicação bacteriana, que dá lugar à endocardite de Osler;
o reumatismo cardíaco evolutivo;
as complicações tromboembólicas: flebite, embolia pulmonar
secundária a uma trombose periférica ou por vezes primitiva.
Estas complicações devem ser detectadas e sobretudo prevenidas, as primeiras
através de uma antibioterapia de rotina e as outras pela mobilização e tratamento
anticoagulante.
g) De fato, muitas grávidas com aperto mitral podem conseguir levar a termo em
condições satisfatórias de segurança uma ou mais gravidezes, tomando as precauções
de vigilância, de repouso e de dieta sem sal.
Se for necessário (estenose acentuada, previamente bem estudada), a
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comissurotomia é perfeitamente realizável durante a gravidez; o momento ideal para a
realizar situa-se entre o quarto e o sexto mês.
As outras cardiopatias reumáticas:
Provocam nitidamente menos acidentes que a estenose mitral
a insuficiência mitral é geralmente bem tolerada;
a doença mitral predispõe mais à insuficiência cardíaca;
a insuficiência aórtica é bem suportada;
o aperto aórtico é-o bastante menos e pôde levar à insuficiência ventricular esquerda.
Cardiopatias Congênitas:
Assumem, como indicamos, uma importância cada vez maior. Por ordem de
freqüência, encontramos:
a comunicação interauricular;
o canal arterial;
a comunicação interventricular;
a coartação da aorta;
as cardiopatias complexas (Fallot).
Os problemas levantados variam consoante:
a cardiopatia tenha podido ser operada com êxito durante a lescência: são poucos os
acidentes a recear;
a cardiopatia não tenha podido ser operada, ou foi-o com resultado desfavorável: o
prognóstico é grave.
A vigilância e a conduta a adaptar requerem, ainda mais do o habitual, a
colaboração entre o obstetra e o cardiologista.
Os elementos de gravidade, logo de mau prognóstico, são:
a gravidade da própria cardiopatia (Fallot);
o aparecimento ou o aumento da cianose;
a existência de uma hipertensão arterial pulmonar, sempre muito desfavorável;
a necessidade, em certas mulheres, de um tratamento anticoagulante permanente,
particularmente depois de determinadas intervenções: as antivitaminas K são contra-
indicadas durante a gravidez dados os riscos fetais; o tratamento heparinizante
prolongado é muito incomodo: é sempre de recear o risco hemorrágico materno na
altura do parto e da dequitadura.
Quanto ao tratamento cirúrgico de algumas malformações, pode por vezes ser
encarado no inicio da gravidez, em cardiopatias mal suportadas; se este tratamento
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implicar uma circulação extracorporal, pode provocar a interrupção da gravidez (Seguy,
1986).
PROPEDÊUTICA DIAGNÓSTICA:
A maior parte das vezes, a cardiopatia é conhecida.
Pode acontecer, no entanto, que os acidentes que se desenvolvem durante a
gravidez revelem uma cardiopatia desconhecida.
A taquicardia e o sopro sistólico, freqüentes durante a gravidez mais normal, não
devem constituir prova de diagnóstico.
1) Durante a gravidez:
A colaboração entre o obstetra e o cardiologista deve ser permanente, a um de se
conseguir que sejam respeitadas as seguintes precauções:
repouso, fundamental acima de tudo;
dieta sem sal, igualmente essencial, controlada e- prolongada;
cardiotónicos em curas continuas ou descontinuas, segundo a situação
cardíaca;
hospitalização em unidade cardiológica se. necessário.
2) Durante o parto:
Na maior parte dos casos, o parto normal, de termo, pelas vias naturais (desde
que as condições obstétricas o proporcionem) parece ser o de menor perigo. A indicação
para cesariana é, pois, muito limitada.
O período de dilatação geralmente não é alterado na sua progressão; faz-se
administração considerável de oxigênio.
A expulsão é, clara está, um período de esforço importante que é conveniente
evitar-se à mulher: a extração do feto por fórceps ou por ventosa, com episiotomia é, pois,
freqüente (sob simples anestesia local, se necessário, quando a situação cardíaca é
grave). Contudo, a expulsão espontânea é por vezes extraordinariamente fácil numa
multípara com cardiopatia bem tolerada.
3) No puerpério:
a) Em primeiro plano, a prevenção e o rastreio de complicações tromboembólicas:
levante e mobilização precoces;
anticoagulantes a titulo preventivo, sobretudo no R. M.;
24
exame dos membros inferiores e da pelve duas vezes por dia.
b) Institui-se igualmente uma antibioterapia de rotina, para prevenir o reumatismo
cardíaco secundariamente evolutivo e sobretudo a endocardite de Osler (Seguy, 1986).
PROGNÓSTICO
1) Prognóstico fetal
A cardiopatia materna tem repercussões freqüentes sobre a gravidez: abortos
espontâneos e mortalidade perinatal atingem perto de 20% das gravidezes de cardíacas.
Por ordem crescente de gravidade, é necessário insistir na repercussão da arritmia
completa (duplica a mortalidade fetal), da insuficiência cardíaca (quadruplica a
mortalidade) e sobretudo das cardiopatias cianógenas (mais de 50 % de mortes fetais;
sinais importantes de imaturidade nas crianças sobreviventes).
2) Prognóstico materno:
Ê muito variável consoante a natureza da cardiopatia a sua gravidade e o seu grau
de tolerância.
a) Ê certo que, tomando as precauções de repouso e de dieta, muitas cardíacas
podem ter um filho e mesmo muitos.
b) Contudo, mesmo que uma gravidez tenha podido ser bem suportada, a
repetição de gravidezes constitui sempre um fator agravante, logo limitativo do número de
nascimentos.
De registrar que os contraceptivos orais são, neste caio, contra-indicados, dado o
risco tromboembólico.
c) O aborto terapêutico continua a ser indicado num número de casos
limitado, quando a vida da mãe é diretamente posta em perigo pela gravidez.
A esterilização por laqueação das trompas é de admitir, se não existir qualquer
esperança de melhoria da situação cardíaca pelos meios médicos ou cirúrgicos (Seguy,
1986).
CRITÉRIOS DE ALTA
Antes da alta a (o) cliente irá:
..
...
...
...
25
PROBLEMAS COLABORATIVOS:
Debito Cardíaco Diminuído, descreve a pessoa apresentando, ou em alto risco
para apresentar, suprimento sanguíneo inadequado às necessidades tissulares, devido ao
bombeamento insuficiente de sangue pelo coração.
Disritmia, descrevem a pessoa apresentando, ou em alto risco para
apresentar, um distúrbio do sistema de condução do coração que resulta em freqüência
cardíaca anormal, ritmo anormal ou em uma combinação de ambos.
Trombose de veias profundas, descreve a pessoa apresentando formação de
coágulos venosos devido à estase do sangue, lesão à parede do vaso ou a alteração na
coagulação (Carpenito, 1997).
PLANO ASSISTENCIAL:
DIAGNOSTICO DE ENFERMAGEM: Debito Cardíaco Diminuído (?)
RESULTADOS ESPERADOS:
INTERVENÇÕES JUSTIFICATIVAS
1. Monitorar os sinais e os sintomas de diminuição do débito/índice cardíaco:
Freqüência do pulso aumentada ou irregular
Freqüência respiratória aumentada Pressão sangüínea diminuída Ruídos cardíacos/pulmonares anormais Diminuição na eliminação de urina
(menos do que 30 mL/hora) Modificações na atividade mental Pele fria, Úmida, cianótica, moteada Tempo de enchimento capilar diminuído Distensão da veia do pescoço Pulsos periféricos fracos Pressão anornal das artérias pulmonares Pulso alternante Modificações no ECG Disritmias Sa02 diminuído SVO, diminuído
2. Iniciar as condutas apropriadas ou as
1. O débito/índice cardíaco diminuído leva ao suprimento insuficiente de sangue oxigenado para satisfazer as necessidades metabólicas dos tecidos. A diminuição do volume circulante pode resultar em hipoperflisão dos rins e diminuição da perfusão do tecido, com uma resposta compensatória de menor circulação para as extremidades, e aumento da freqüência do pulso e respiratória. As modificações na atividade mental podem resultar da hipoperfusão cerebral. A vasoconstrição e a congestão venosa em áreas independentes por exemplo, membros produzem modificações na pele e nos pulsos. 2. O controle de enfermagem será
26
ordens estabelecidas, dependendo da etiologia subjacente ao problema que afeta o funcionamento dos ventrículos. 3. Posicionar o cliente com as pernas elevadas, exceto se houver função ventricular prejudicada. 4..Durante os episódios agudos, manter repouso absoluto no leito e minimizar todos os estretores controláveis. Administrar morfina EV, sempre que necessário, de acordo com a conduta. Usar com cuidado, se houver hipotensão. 5. Auxiliar o cliente com medidas para conservar a força, como o repouso antes e depois das atividades (por exemplo, refeições, banho). 6. Em um cliente com função ventricular
prejudicada, administrar cuidadosamente os
líquidos EV. Consultar o médico se a
velocidade ordenada exceder 125 mLlhora.
Assegurar a inclusão de qualquer fluido EV
adicional (por exemplo, antibióticos) ao
calcular o fornecimento horário.
diferente com base na etiologia, por exemplo, as medidas para ajudar a aumentar a pré-carga em caso de hipovolemia, e diminuir a pré-carga em caso de contratilidade ventricular prejudicada. 3. Esta posição pode ajudar a aumentar a pré-carga e favorecer o débito cardíaco. 4. Estas medidas diminuem as exigências metabólicas. 5. O repouso adequado reduz o consumo de oxigênio e diminui o risco de hipóxia. 6. O cliente com ventrículos com o funcionamento prejudicado pode não tolerar o volume de sangue aumentado.
DOCUMENTAÇÃO/EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM
Anotações de Controles: - ...... - .......
Anotações de Evolução: - ...... - .......
Sumário de Alta - ...... - .......
DIAGNOSTICO DE ENFERMAGEM: Disritmia
RESULTADOS ESPERADOS:
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INTERVENÇÕES JUSTIFICATIVAS
1- Monitorar os sinais e os sintomas de disritmia. a. Ritmo e freqüência anormais b. Palpitações, dor no peito, síncope c. SaO2 diminuído d. Modificações no ECO e. Hipotensão 2- Iniciar as condutas apropriadas, dependendo do tipo de disritmia; isto pode incluir: a) Taquicardia paroxística auricular. b) Fibrilação auricular: c) Contrações ventriculares prematuras, taquicardia ventricular: d) Taquicardia ventricular: e) Bradicardia ou bloqueio cardíaco: f) Fibrilação ventricular: g) Dissociação eletromecânica: h) Assistolia: 3. Administrar oxigênio suplementar, se indicado.
1- O tecido isquêmico é eletricamente instável, causando as disritmias. Certas condições cardíacas congênitas, os desequilíbrios eletrolíticos, e as medicações também podem causar distúrbios na condução cardíaca. 2- Condutas : a) Estimulação vagal (direta ou indireta), bloqueadores EV do canal de cálcio, digoxina (EV), cardioversão sincronizada b) Digitalização, cardioversão elétrica c) lidocaína EV, procainamida EV, bretílio EV, oxigênio d) oxigênio, lidocaína, procainamida, bretílio, cardioversão sincronizada, soluço précardial se testemunhado e) atropina f) Desfibrilação, ressuscitação cardiopulmonar, epinefrina, lidocaína,bretílio g) Ressuscitação cardiopulmonar, epinefrina, descartar a causa h) Ressuscitação cardiopulmonar, epinefrina, atropina. 3) A terapia com suplementação de oxigênio aumenta os níveis de oxigênio circulante.
DOCUMENTAÇÃO/EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM
Anotações de Controles: - ...... - .......
Anotações de Evolução: - ...... - .......
Sumário de Alta - ...... - .......
DIAGNOSTICO DE ENFERMAGEM: Trombose de veias profundas(?) isto não seria CP(?)
28
RESULTADOS ESPERADOS:
INTERVENÇÕES JUSTIFICATIVAS
1. Monitorar o estado da trombose venosa, observando: a) Pulsos periféricos diminuídos ou ausentes b) Calor e vermelhidão incomuns ou frio e cianose c) Dor aumentada na perna d) Dor no peito repentina e severa, dispnéia aumentada, taquipnéia e) Sinal de Homan positivo. 2. Consultar o médico sobre o uso de meias antiembólicas ou equipamentos de pressão seqüencial, doses baixas de dextran, ou terapia anticoagulante para os clientes de alto risco. 3. Avaliar o estado e hidratação baseado na densidade específica da urina, no balanço da ingesta/eliminação e na osmolaridade sérica. Tomar providências para assegurar a hidratação adequada. 4. Encorajar o cliente a realizar exercícios isotônicos nas pernas. 5. Deambular logo que possível com um mínimo de 5 minutos de caminhada a cada hora acordada. Evitar sentar por um tempo longo com as pernas pendentes. 6. Elevar a extremidade afetada acima do nível do coração. 7. Desencorajar a pessoa quanto ao fumo. 8. Administrar a terapia anticoagulante conforme a prescrição médica e monitorar os resultados da coagulação sangüínea diariamente. 9. Para o cliente submetido à terapia anticoagulante, monitorar os sinais precoces de sangramento anormal (por exemplo, hematúria, sangramento nas gengivas, equimoses, petéquias, epistaxe)
1. a) A circulação insuficiente provoca a dor e a diminuição dos pulsos periféricos. b) O calor e a vermelhidão incomuns apontam para a inflamação; o frio e a cianose indicam obstrução vascular. c) A dor na perna resulta da hipóxia do tecido. d) A circulação pulmonar obstruída provoca a dor repentina no peito e a dispnéia. e) No sinal de Homan positivo, a dorsiflexão do pé causa dor devido à insuficiência respiratória 2.As pessoas de alto risco são as acima de 40 anos, obesas com múltiplos traumatismos ou história de déficit circulatório; sob terapia estrogênica; com infecção sistêmica e fimantes. 3. A viscosidade e a coagulabilidade aumentadas do sangue e a diminuição do débito cardíaco contribuem para a formação de trombos 4. Os exercícios isotômicos promovem o retorno venoso. 5. O caminhar contrai os músculos das pernas, estimula o bombeamento venoso e reduz a estase 6. Este posicionamento pode ajudar a reduzir o edema intersticial promovendo o retomo venoso. 7. A nicotina pode causar vasoespasmos. 8. A terapia anticoagulante previne a extensão da trombose, retardando o tempo de coagulação do sangue.
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10. Explicar a importância das meias
antiembolia.
9. O tempo prolongado de coagulação pode aumentar o risco de sangramento. 10. Estas meias reduzem a estase venosa
aplicando um grau moderado de
compressão ao tornozelo e a panturilha
DOCUMENTAÇÃO/EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM
Anotações de Controles: - ...... - .......
Anotações de Evolução: - ...... - .......
Sumário de Alta - ...... - .......
DOCUMENTAÇÃO/EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM:
1. Monitorar pulso apical, observando:
a. Freqüência (normal, acima de 100 batimentos/min, abaixo de 60
batimentos/mm)
b. Ritmo (regular, irregular, déficit de pulsação)
c. Déficit da pulsação apical-radíal
d. Sons cardíacos (normal, galopante, murmúrio, atrito de fricção)
2. Veias jugulares, em um ângulo de 450 (não-distendidas ou distendidas)
3. Pressão sangüínea e pressão do pulso, qualquer modificação postural (comparar as
leituras dos dois braços)
4. Pulsos bilaterais (radial, tibial posterior, dorsal do pé, braquial, poplíteo)
a.Freqüência e ritmo
b.Volume
O = Ausente, não-palpável
+ 1 = Filiforme, fraco, aparece e desaparece
+2= Presente mas diminuído
+3 = Normal, facilmente palpável
30
+4 = Limítrofe
5 . Pele
a.Temperatura (fria, quente)
b.Cor (pálida, ruborizada, cianótica, moteada, pigmentação marrom)
c.Ulcerações (tamanho, localização, descrição do tecido circundante)
d.Edema (localização, depressível ou não-depressível)
6. Tempo de enchimento capilar (normal, menos do que 3 segundos)
7. Capacidade motora (normal ou comprometida)
8. Eliminação de urina
9. Nível de orientação, ansiedade, confusão
10. Analisar mucosas quanto à hidratação e a coloração
11. ECG (modificações nos segmentos SI, modificações nos intervalos PR, QR, ou QI,
modificações na freqüência ou no ritmo)
12. Parâmetros da monitoração hemodinâmica
13. Saturação de oxigênio obtida via oximetria de pulso
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
CARPENITO, Lynda Juall. Diagnósticos de enfermagem : aplicação à pratica clínica /
Lynda Juall Carpenito; trad. Ana Thorell. 6.ed.Porto Alegre : Artes Médicas. p. 663 –
668. 1997.
SEGUY, Bernad. Manual de enfermagem obstetrícia. Trad. Maria Manuela Martins. 3
ed. São Paulo : Lidel. P. 267-271. 1986.
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CONDUTAS DE ENFERMAGEM PARA CLIENTES COM GRAVIDEZ ECTÓPICA
Luciana Fonseca da Victória Mesquita. Wilza Rocha Pereira.
DEFINIÇÃO:
Gravidez ectópica é a implantação do ovo fertilizado fora da cavidade uterina. A localização mais comum dessa implantação é na trompa de Falópio, em geral do lado direito. Outros locais possíveis são interstícios, ligamento tubovariano, ovário, cavidade abdominal e orifício cervical externo (MELSON, 2002).
ETIOLOGIA E FATORES DESENCADEANTES:
Qualquer condição que impeça ou evite a passagem do ovo fertilizado do ovário pelas trompas de Falópio até chegar ao útero pode causar gravidez ectópica. Essas condições são endosalpingite, doença inflamatória pélvica (DIP), divertículos, aderências (principalmente por endometriose ou infecção puerperal), tumores, cirurgia tubária, fatores hormonais. infecção das trompas e fibrose resultante do uso de dispositivos intra-uterinos (DIU), doença sexualmente transmissível (DST) ou abortamento induzido.
ACHADOS FÍSICOS:
Cardiovasculares: Taquicardia em alguns casos; Hipotensão; Vertigem; Síncope; Sudorese; Palidez;
Gastrintestinais:
Diarréia; Pode haver náuseas e vômitos; Sinal de Cullen (equimoses periumbilicais).
Geniturinários:
Amenorréia ou ausência da menstruação, seguida de manchas de sangue nas roupas íntimas ou cólicas; o sangramento pode ser confundido com menstruação;
Sangramento vaginal marrom-escuro e escasso; Aumento do tamanho uterino: durante os primeiros três meses, o crescimento é
praticamente igual ao que seria esperado pela idade gestacional; Hiperestesia ou dor pélvica unilateral ou bilateral, principalmente durante a
mobilização da cérvice uterina por ocasião do exame pélvico (“efeito candelabro”); Massa palpável na trompa de Falópio ou no fundo-de-saco ao exame pélvico; Útero assimétrico na gravidez intersticial Distensão pélvica ou sensação de plenitude; Dor abdominal ou pélvica súbita e aguda; dor referida ao ombro ou ao pescoço;
hiperestesia de rebote e defesa. PROPEDÊUTICA DIAGNÓSTICA:
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A história e o exame físico detalhados e completo fornecem dados suficientes para firmar um diagnóstico presuntivo;
A dosagem da subunidade beta da HCG produz níveis baixos ou decrescentes; A contagem de leucócitos (leucometria) pode aumentar; A contagem de células vermelhas (hematometria) pode diminuir; O nível da hemoglobina (Hb) e do hematócrito (Ht) diminuem; A velocidade de hemossedimentação (VHS) pode aumentar; A ultra-sonografia pode mostrar gravidez extra-uterina ou inexistência de uma
gestação intra-uterina; A culdocentese (aspiração do líquido do fundo-de-saco vaginal) obtém sangue
incoagulável; A laparoscopia mostra a gestação extra-uterina e a trompa de Falópio dilatada ou
rompida. CRITÉRIOS DE ALTA Antes da alta o paciente e ou família irá:
..... ...... ...... ......
PROBLEMAS COLABORATIVOS: Déficit de volume de líquidos relacionado com o sangramento.(?) PLANO ASSISTENCIAL: DIAGNOSTICO DE ENFERMAGEM: Déficit de volume de líquidos relacionado com o sangramento. RESULTADOS ESPERADOS:
INTERVENÇÕES JUSTIFICATIVAS
Avalie o sangramento a cada 30 minutos, ou de acordo com a gravidade das condições da paciente:
Monitore os sinais vitais;
Avalie o sangramento vaginal, incluindo-se a cor do sangue e o número de absorventes perineais usados, o grau de saturação e o odor do absorvente;
A perda de sangue altera o equilíbrio hídrico.
Os sinais vitais podem permanecer
dentro dos limites normais nos estágios iniciais. A avaliação cuidadosa dos sinais vitais e da função cardiopulmonar é fundamental, porque o sangramento é interno e não se pode estimar com precisão o volume de sangue perdido. Taquicardia, hipotensão, taquipnéia e inquietude indicam sangramento maciço e choque secundário.
Sangramento vaginal vermelho-escuro e escasso em uma paciente com
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confirme a data da última menstruação.
Administre infusão IV da solução prescrita, usando uma agulha calibrosa; colete sangue para classificação e prova cruzada e determinação do Rh.
Prepare a paciente para uma cirurgia: Ajude a preencher os formulários de
consentimento informado. Administre os produtos sanguíneos
quando indicados (Hemoderivados).
Monitore os parâmetros dos sinais vitais e os resultados exames laboratoriais e comunique-os ao médico quando necessário.
Ajude na preparação física.
gravidez em fase inicial (suspeita ou confirmada), acompanhado de dor abdominal ou pélvica e massa palpável na trompa de Falópio ou no fundo-de-saco, é compatível com o diagnóstico de gravidez ectópica. (Nota: um absorvente saturado corresponde à cerca de 100 ml de sangue perdidos.)
A paciente deve receber líquidos
enquanto estiver esperando pelos resultados da classificação sanguínea e da prova cruzada para os produtos sanguíneos. Antes da cirurgia, a paciente não deve receber alimentos sólidos nem líquidos orais. A mãe de Rh negativo e não-sensibilizada que estiver gerando um feto de Rh positivo (ou cujo estado Rh seja desconhecido) deve receber injeção de imunoglobulina Rh0 (D), nas primeiras 72 horas após o abortamento, para evitar isoimunização.
Podem ser necessários volumes
significativos de derivados sanguíneos para repor a perda.
A monitoração contínua detecta e
exclui outros problemas que provocam sinais e sintomas semelhantes, tais como apendicite. salpingite, torção do ovário, ruptura do corpo láteo, cisto ovariano e abortamento uterino. A laparotomia pode ser necessária para confirmar o diagnóstico da gravidez ectópica. A intervenção cirúrgica varia com a localização do saco gestacional; a salpingectomia – remoção da trompa afetada – pode ser realizada durante a laparotomia. O cirurgião deve envidar todos os esforços para preservar os ovários. Os produtos da concepção são retirados e o sangue é controlado.
DOCUMENTAÇÃO/EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM
Anotações de Controles: - ...... - .......
34
Anotações de Evolução: - ...... - .......
Sumário de Alta - ...... - ....... DIAGNOSTICO DE ENFERMAGEM: Risco para infecção relacionado com o traumatismo da ruptura tubária e a inflamação peritoneal. RESULTADOS ESPERADOS:
INTERVENÇÕES JUSTIFICATIVAS
Monitore os sinais vitais da paciente.
A temperatura da paciente pode estar baixa, normal ou elevada a 38°C. Pirexia é compatível com infecção generalizada e temperatura acima de 38°C pode diferenciar entre salpingite e gravidez ectópica rompida. A paciente deve receber tratamento antibiótico profilático antes e depois da cirurgia e antibióticos apropriados para qualquer infecção existente.
DOCUMENTAÇÃO/EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM
Anotações de Controles: - ...... - .......
Anotações de Evolução: - ...... - .......
Sumário de Alta - ...... - .......
DIAGNOSTICO DE ENFERMAGEM: Dor relacionada com a ruptura dos tecidos pélvicos. RESULTADOS ESPERADOS:
INTERVENÇÕES JUSTIFICATIVAS
Avalie a tendência da dor e suas características. Administre analgésicos com cautela, mas não deixe de usá-los.
Avalie a dor, incluindo a qualidade, a freqüência, a localização e a intensidade do sintoma.
Estabeleça uma relação inicial com a
paciente e seu companheiro. Chame-a
Os analgésicos podem obscurecer ou atenuar a dor da ruptura intraperitoneal seguida de peritonite. A enfermeira deve ficar muito atenta ao tamanho e à tensão do abdome e aos sinais de defesa. O sinal de Cullen pode ser detectado.
As características da dor podem ajudar a
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pelo nome preferido e não a deixe sem o atendimento da enfermagem por períodos longos.
Reduza os estímulos ambientais
perturbadores.
firmar o diagnóstico médico.
Uma relação positiva transmite confiança e reduz a ansiedade que, por sua vez, pode atenuar os comportamentos regressivos, a raiva, a resistência e a falta de adesão às recomendações.
Os estímulos externos tendem a
acentuar a percepção da dor e as interrupções dos períodos de repouso esgotam as reservas emocionais da paciente.
DOCUMENTAÇÃO/EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM
Anotações de Controles: - ...... - .......
Anotações de Evolução: - ...... - .......
Sumário de Alta - ...... - ....... DIAGNOSTICO DE ENFERMAGEM: Medo relacionado com a perda da gravidez e com a ameaça à fertilidade. RESULTADOS ESPERADOS:
INTERVENÇÕES JUSTIFICATIVAS
Forneça informações de maneira clara e direta e certifique-se de que a paciente compreendeu as informações.
Mantenha uma atitude confortadora e
imparcial. Aceite a resposta emocional da paciente e permita-lhe lidar com o problema da maneira que lhe pareça melhor.
A comunicação franca transmite à paciente uma sensação de controle e ajuda a atenuar seus temores. Saber que a ruptura da gravidez ectópica provoca a morte do feto pode ajudar a paciente a iniciar o processo de lamentação pela perda.
Como a gravidez ectópica pode ser
devida a uma DST seguida de DPI, a paciente pode entender isso como uma punição pelas relações impróprias ou pelos deslizes sexuais.
DOCUMENTAÇÃO/EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM
Anotações de Controles: - ......
36
- .......
Anotações de Evolução: - ...... - .......
Sumário de Alta - ...... - ....... Documentação/evolução de enfermagem:
SSVV de 6/6h mais P 4/4h; CT; Aspecto de perdas vaginais: cor, odor e quantidade; Características da dor: local, intensidade e freqüência.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS MELSON, K. A. et al. Enfermagem materno-infantil: plano de cuidados. 3. ed. Rio de
Janeiro: Reichmann & Affonso, 2002. p.38 – 42.
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CONDUTAS DE ENFERMAGEM PARA HEMORRAGIA EM OBSTETRICIA
Silvia Regina (?) DEFINIÇÃO:
Hemorragia é a perda 500 ml ou mais de sangue após o parto. Na maioria dos
casos, o sangramento excessivo ocorre nas primeiras horas de puerpério, em geral dentro das primeiras 24 horas. Embora também possa ocorrer entre a quarta e sexta semana depois o nascimento do bebê.
Em condições ideais a abordagem é profilática e inclui o reconhecimento e o
controle das condições predisponentes e a monitoração rigorosa do trabalho de parto e do nascimento. O diagnóstico e a correção da hipovolemia são fundamentais.
A perda sanguínea esperada é de aproximadamente 500 ml após o parto vaginal
e 1000 ml na cesárea, volumes tolerados sem modificações significativas na pressão arterial ou no débito, mediante mecanismos compensadores fisiológicos, intrínsecos ao ciclo gravídico e puerperal.
HEMORRAGIAS EM GINECOLOGIA
Em Ginecologia as urgências hemorrágicas são menos freqüentes, ocorrem em
episódios subseqüentes e progressivos, permitindo adaptação hemodinâmica, exceto quando ocorre agravo súbito em paciente debilitada.
As perdas de sangue caracterizam situações com relativo baixo risco de vida,
mas com mobilidade significativa, caso o diagnostico e tratamento seja inadequado ou protelado individualmente, agravando o quadro clínico por sangramento profuso, e em paciente sem reserva hemodinâmica. (Quadro)
Quadro 1. Urgências Hemorrágicas em Ginecologia Hemorragia uterina disfuncional Hemorragia uterina orgânica: mioma, carcinomas e sarcomas. Rotura de cistos anexiais Perfuração uterina: curetagem e histeroscopia Hemorragia no intra ou pós-operatório: lesão vascular, ligadura inadequada.
ETIOLOGIA E FATORES DESENCADEANTES
A hemorragia precoce pode ser causada hiper-distensão e atonia uterinas, lacerações
(com ou sem formação de hematoma), retenção de fragmentos placentários hipofibrinogenemia. A hemorragia tardia pode ser devida a subinvolução, retenção dos produtos da concepção, miomas e infecção.
As pacientes que se encontram sob risco são as que referem história de atonia uterina
ou hemorragia no pós-parto, hiperdistenção uterina devida a hidrâmnio, gestação múltipla ou lactente grande para a idade gestacional, multiparidade, placenta prévia, deslocamento prematuro da placenta as placenta ou gravidez complicada por intercorrências médicas: além disso, estão sob risco as gestantes que tiveram trabalho de parto e nascimento prolongados ou acelerados, ou indução ou aceleração do trabalho do parto pela ocitocina; as mulheres que recebem anestesia co relaxantes
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musculares: e as gestantes que retiverem um feto morto por período prolongado após a morte intra-uterina.
Antecedentes de coagulopatia, doenças hepáticas ou renais; perda sanguínea
espontânea pelas mucosas (gengivorragia, epistaxe), tecido subcutâneo (petíquias, púrpuras, equimoses e hematomas) e a utilização de medicamentos que interferem na hemostasia devem ser considerados, avaliando-se criteriosamente o mecanismo da coagulação.
Os distúrbios adquiridos ou hereditários propiciam e agravam a perda sanguínea
espontânea, fisiológica ou traumática, dificultando o tratamento clínico e controle cirúrgico do sangramento entra e pós-operatório.
A utilização de fármacos, as infecções virais ou doenças imunológicas podem
alterar a função ou a quantidade de plaquetas, tornando eficaz o mecanismo de coagulação, caracterizando distúrbios qualitativos e quantitativos.
Principais causas de hemorragias obstétricas e seus respectivos fatores
predisponentes:
Origem de sangramento Fatores predisponentes Condições agravantes
Gravidez ectópica DIP, gravidez ectópica prévia, cirurgias prévias endometriose
Localização evurical ou pélvicas cornual
Atonia uterina Multiparidade, hidrâmnio, gravidez múltipla, parto taquitócito, atonia puéria.
Haestano, ocitocina, sulfato de magnésio, restos placentários corioamníonite
Placenta prévia Etiologia desconhecida, endométrio deficiente pode ser o fator etiológico e eventos que danifiquem o revestimento do útero podem levar a alterações deciduais. São fatores predisponentes cicatriz uterina, sinéquias endometrite, curetagem uterina leiomioma submucoso, multiparidade e adenomiose enfim qualquer patologia que leve a defeito na vascularização da decídua, alterações inflamatórios ou atróficas demora na nidada decídua, alterações inflamatórias ou atróficas, demora na nidação trauma endometrial parecem influenciar o local de implantação.
Ruptura uterina Cesárea anterior, principalmente se for incisão corporal mediana;
Choque neurogênico
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miomectomia, versão interna e extração pélvica, fórceps; apresentações anômalas, multiparidade, manobra de Kristeller principalmente em grandes multíparas, macrossomia fetal hiperestimulação uterina com obstrução. A distensão uterina exagerada do segmento inferior constitui-se em fator desencadente da ruptura. As causas de hiperdistensão são:
Emprego de dose exagerada de ocitocina
Negligência frebte ao parto obstruído, situação fetal anômala, gemelaridade polidrâmnio.
Deslocamento prematuro de placenta
1. causas traumáticas ou mecânicas: a) externas - traumas - versão externa b) internas - cordão curto - polidrâmnio - retração uterina após a expulsão do primeiro feto, em gestação gemelar; - movimentação excessiva do feto; - hipertensão venosa materna regional (posição supina, hipertonia primária, uso indevido de ocitócito. 2. Causas não-traumáticas a) fatores predisponentes - socioeconômicos - multiparidade - idade (35 anos) - mau passado obstétrico - DPP em gestações anteriores - Tabagismo e alcoolismo b) estados hipertensivos: - hipertensão arterial crônica - DHPP(doença hipertensiva específica de gestação
CIVD, útero de Couvelaire
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c) outras causas: munológicas, placentárias hormonais.
Acretismo placentário Como causa podem ser considerados dois grupos de fatores desencadeantes
Excessiva penetração do trofloblasto;
Anomalias de decídua que condiciona, normal o poder invasor do ovo, penetração demasiada.
Hipoplasia congênita da mucosa, associada ou não à malformação da matriz, infecções e destruições traumáticas para curetagens, secundamento artificial; efeito de cáusticos anticoncepcionais; deficiente regeneração no pós-parto ou no pós abortamento; nidificação na mucosa que circunda os óstios tubários ou na do segmento inferior, habitualmente impróprias à perfeita nutrição do ovo; zonas cicatriciais de histerectomas e cesáreas, miomas subcumosos etc. O acretismo é notado em 9% das inserções baixas de placenta e em 17% dos cornuais.
Inversão uterina Pode ser espontânea ou em decorrência de erro de assistência (compressão do fundo uterino com útero flácido, tração do cordão). O útero bem contraído não origina inversão. Outras cousas: hipotonia uterina, esvaziamento súbito do útero, aumento da pressão intra-abdominal (esforços expulsivos), acretismo placentário.
Choque neurogênico
Atonia uterina retenção de coágulos
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ACHADOS FÍSICOS
Cardiovasculares
Classe I Classe II Classe III Classe IV
Perda (%) 15% 20-25 30-35 40
Pulso Normal 100 120 140
PA Sistólica Normal Normal 70-80 60
PA média 80-90 80-90 50-70 50
Problema Colaborativo (?)
Hematócrito na dependência da fase observada, glicemia e lactato elevados
Taquicardia Hipotensão Taquipnéia Palidez, cianose e pele fria e úmida. Geniturinários Atonia uterina; Geralmente é acompanhada por hemorragia imediata ou tardia,
(CANAVAGH, et all 1980). - Útero macio e pastoso, que não se contrai por muito tempo. - Sangramento vaginal vermelho vivo; o volume varia de um filete de sangue
escorrendo continuamente até o sangramento profuso. - Emissão de expulsão de coágulos múltiplos ou grandes - Oligúria osmalaridade ou densidade elevada - Distensão da bexiga
Laceração perineal: 1) 1º grau se estende à pele e tecidos da superfície muscular 2º Grau se estende aos músculos períneo. 3º Grau se estende aos músculos do períneo e ao esfíncter anal 4º Grau se estende até o esfíncter e compromete a parede anterior do canal anal
e do reto. - Sangramento vaginal vermelho-vivo contínuo, apesar do útero bem
contraído e da ausência de coágulos expulsos, - Pode haver lacerações invisíveis na cérvice, na genitália externa e no ânus,
é mais comum em mulheres nas quais foram realizadas manobras de rotação por fórcipe médio.
- Colocando-se a palma e uma das mãos vagina como afastador pode-se expor o colo uterino, permitindo visualização para constatação da laceração.
Hematoma - sensação de pressão perineal, vaginal, uretral, vesical ou retal - protusão vaginal tema e extremamente dolorosa - períneo equimático: foloração purpúrea da mucosa vaginal - pode haver incapacidade de urinar - dor
Hipofibrinogenemia - sangramento por vários orifícios anatômicos ou nos locais de acesso dos
procedimentos invasivos. - Sangramento vaginal volumoso sem coagulação
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Retenção da placenta - tônus uterino variando de firme e contraído ou até certo ponto pastoso,
dependendo da quantidade rertida. - Catilídones ou membranas fragmentadas ou incompletas, logo depois do
nascimento. - Dificuldade de contração miometrial devido a retenção de restos placentáis.
Subinvolução (hemorragia tardia, na maioria dos casos dentro de quatro a seis semanas depois do parto).
- altura do fundo uterino maior do q o estágio puerperal justificaria; hipotonia uterina.
- lógruos persistente ou recidivanets; fluxo loquial persistente . - pode haver leucorréia. Subjetivos - apreensão, inquietude e ansiedade causadas por hipovolemina
Osmolaridade ou densidade elevada
Renais Respiratórios Acidose metabólica, hiperventilação compensatória.
ESTUDOS DIAGNÓSTICOS
A história e o exame físico detalhados e completos podem fornecer dados suficientes para diagnóstico definitivo de hipovolemia e, assim, os exames diagnósticos tornam-se desnecessários.
A ultra-sonografia pode detectar os fragmentos placentários maiores retidos. O nível da hemoglobina e do hematócrito diminuem. Fatores da coagulação – o fibrinogênio diminui e o tempo da tromboplastina parcial
ativada aumenta. Teste de função renal. Basicamente, queremos saber se há diminuição de duirese
(volume abaixo de 20 ml/h) e, em caso afirmativo, se isto se deve a má perfusão do rim hipofluxo renal? Ou se isto se deve à má fusão do rim. (insuficiência renal de causa renal). Os molaridade ou densidade elevada e baixa concentração de sódio na urina apontam para o primeiro caso. Isosmolaridade elevada concentração do sódio na urina apontam para o segundo caso.
Determinação do conjunto de elementos que permitem avaliar o equilíbrio acido – básico do doente, através de PH, PCO2 PO2 e cálculo de diferenças de bases. Isto nos permitirá avaliar e corrigir acidose metabólica, bem como conhecer a provável a hiperventilação compensatória.
ESTUDOS DIAGNÓSTICOS
A história e o exame físico detalhados e completos podem fornecer dados suficientes
para o diagnóstico definitivo de hipovolemia e, assim, os exames diagnósticos tornam-se necessários.
A ultra-sonografia pode detectar os fragmentos placentários maiores retidos. O nível da hemoglobina e do hematócrito diminuem. Fatores da coagulação – o fibrinogênio diminui e o tempo da tromboplastina parcial
ativada aumenta.
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CRITÉRIOS PARA ALTA: Antes da alta a cliente irá:
....... ....... ....... .......
PROBLEMA COLABORATIVO (?)
....... ....... ....... .......
METAS:
.... .... ..... ....
DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM (?): Déficit de volume de líquidos relacionado com a perda de sangue secundária à atonia uterina, à retenção de fragmentos placentários ou às lacerações (dois resultados esperados).
PRIMEIRO RESULTADO ESPERADO
A paciente dará sinais de atonia uterina precoce e a hemorragia será detectada.
INTERVENÇÕES JUSTIFICATIVAS
1. Verifique junto à equipe que acompanhou o nascimento:
dados principais das histórias e obstétricas
duração e característica de trabalho de parto
tipo de nascimento
evolução e resultado da eliminação placentária
avaliação puerperal, incluindo –se perda sanguínea estimada
1. Essas informações ajudam a identificar as pacientes de alto risco. Com o parto vaginal, a perda sanguínea esperada é de 300 a 500 m: com o parto cesáreo, essa perda varia de 900 a 1.100 m.
2. Faça uma avaliação puerperal a cada 30 minutos durante a primeira hora e, em seguida, a cada quatro horas ou de acordo com a necessidade imposta pelas condições da paciente. Anote o seguinte:
2. A avaliação do pós-parto fornece dados iniciais e facilitam a detecção precoce de quaisquer anormalidades. A bexiga distendida evita a contração uterina eficaz. A monitoração do número e do peso dos
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A altura do fundo do útero e o tônus uterino
O volume e as características da secreção vaginal e do sangramento
Sinais de hematoma perineal
Presença e quantidade de coágulos
Existência de distensão da bexiga
Número e peso dos absorventes usados.
absorventes usados ajuda a estimular a perda sanguínea e as necessidades de reposição. (nota: 1 mililitro de sangue pesa 1 g.)
3. Ao mesmo tempo, monitore o tempo de enchimento capilar da paciente (deve ser inferior a três segundos) e os sinais vitais; correlacione esses resultados com o exame físico que você realizou.
3. O prolongamento do tempo de enchimento capilar e sinais de inquietude indicam choque em estágio inicial. Pode haver sangramento volumoso, antes que ocorram sinais clássicos de hemorragia (hipertensão, taquicardia, taquipnéia e palidez).
4. Fique atenta às tendências observadas no nível de hemoglobina e de hematócrito, compare esses resultados com os valores pré-atais e intraparto e correlacione-os com o volume sanguíneo estimado.
4. Em geral, a perda de 500 ml de sangue reflete em uma redução de 4 pontos percentuais no hematócrito.
5. Monitore a ingestão de líquidos e o debito urinário da paciente a cada oito horas; se houver sangramento maciço e sinais físicos de complicações. Faça a monitoração de hora em hora.
5. O débito urinário reflete a função renal: os níveis mínimos devem variar de 30 a 50 ml/hora.
6. Outras intervenções individualizadas. 6. Justificativas
DOCUMENTAÇÃO/EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM
Anotações de Controles: - ...... - .......
Anotações de Evolução: - ...... - .......
Sumário de Alta - ...... - ....... SEGUNDO RESULTADO ESPERADO
A paciente terá sangramento disfuncional adicional mínimo e voltará ao estado
normovolêmico.
INTERVENÇÕES JUSTIFICATIVAS
1. Examine a bexiga para ver se está distendida,: em cão afirmativo, caracterize a
1. A bexiga distendida desloca o útero para cima e impede que se contraia.
45
paciente.
2. Massageie suavemente o fundo do útero pastoso e, ao mesmo tempo, sustente seu segmento inferior.
2. As massagens suaves estimulam a contração uterina, ajudam a expelir os fragmentos placentários retidos e normalizados o tônus uterino. A manipulação agressiva ou vigorosa pode esgotar as reservas contratáveis do miométrio e agravar a atonia. A sustentação do segmento inferior diminui o risco de inversão uterina.
3. Inicie a infusão IV com solução balanceada usando uma agulha calibrosa. Determine o tipo sanguíneo e faça prova cruzada com os produtos sanguíneos.
3. O cateter IV possibilita acesso venoso para infusão e reposição imediatas dos produtos sanguíneos, antes que haja vasoconstrição periférica associada ao choque.
4. Caso o paciente com pressão artéria normal desenvolva atonia e hemorragia, administre 0.2 mg de metilergonovina IM. 10 a 40 unidades de ocitocina IV em 1.000 ml de soro fisiológico, ou 250 mg/l de trometamina de carboprost IM. Verifique o tônus uterino da paciente e monitore cuidadosamente a pressão arterial.
4. Os agentes ocitócicos estimulam as contrações do útero e, portanto, controlam o sangramento puerperal. Doses excessivas podem causar hiperatividade uterina.
5. Depois das primeiras doses IM ou IV, administre um dos seguintes agentes ocitócicos orais à paciente com níveis pressóricos normais:
ergonovina, 0.2 ou 0.4 mg duas a quatro vezes ao dia, durante dois dias.
Metilergonovina, 0.2 mg duas a quatro vezes ao dia por até sete dias.
5. Os agentes ocitócicos controlam a atonia e a hemorragia: se a paciente tiver apresentado hipertensão durante a gravidez, esses fármacos podem estar contra-indicados.
6. Administre sangue total, plasma ou plaquetas.
6. Os agentes ocitócicos controlam a atonia e a hemorragia: se a paciente tiver apresentado hipertensão durante a gravidez, esses fármacos podem estar contra-indicados.
7. Prepare a paciente para cirurgia de correção das lacerações, dos hematomas ou da retenção placentária.
7. As lacerações devem ser reparadas cirurgicamente e os hematomas mais volumosos devem ser drenados. A placenta retida mas não aderente pode exigir dilatação e curetagem. A placenta acreta retida e aderente associada a sangramento profuso Pode exigir histerectomia.
8. Outras intervenções individualizadas
8. Justificativas.
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DOCUMENTAÇÃO/EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM
Anotações de Controles: - ...... - .......
Anotações de Evolução: - ...... - .......
Sumário de Alta - ...... - .......
DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM: Risco para infecção genital relacionada
com a contaminação por bactéria secundária ao traumatismo e à hemorragia.
RESULTADO ESPERADO A paciente com sinais precoces de infecção será diagnosticada e receberá as
intervenções de enfermagem apropriadas.
INTERVENÇÕES JUSTIFICATIVA
1. Monitore os sinais de infecção, incluindo-se:
Útero hipersensível
Calafrios e febre
Alterações dos lóquios, secreção purulenta ou fétida
Desconforto pélvico ou perineal desproporcional ao tipo e à evolução do nascimento. Correlacione os resultados com as avaliações realizadas durante o parto e no período puerperal imediato.
1. Essa avaliação ajuda a identificar as pacientes de alto risco e a origem de infecção.
2. Colha um espécime dos lóquios ou de qualquer secreção e envie para cultura e testes de sensibilidade a antibióticos; inicie o tratamento antibiótico.
2. As culturas e os testes de sensibilidade determina o agente etiológico e sua sensibilidade aos diversos antibióticos. Os espécimes enviados para a cultura devem ser escolhidos antes de começar o tratamento antibiótico, porque esses fármacos podem mascarar o diagnóstico do processo infeccioso.
3. Outras intervenções individualizadas.
3. Justificativas
DOCUMENTAÇÃO/EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM
47
Anotações de Controles: - ...... - .......
Anotações de Evolução: - ...... - .......
Sumário de Alta - ...... - .......
DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM: Perfusão tissular prejudicada (periférica) associada a hipoxia secundária ao sangramento. RESULTADOSESPERADOS
INTERVENÇÕES JUSTIFICATIVA
DOCUMENTAÇÃO/EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM
Anotações de Controles: - ...... - .......
Anotações de Evolução: - ...... - .......
Sumário de Alta - ...... - ....... DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM: Medo relacionado com a perda sanguínea. RESULTADOS ESPERADOS
INTERVENÇÕES JUSTIFICATIVA
DOCUMENTAÇÃO/EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM
Anotações de Controles: - ...... - .......
Anotações de Evolução: - ...... - .......
Sumário de Alta - ......
48
- ....... DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM: Integridade tissular alterada relacionada com as lacerações perineais ou genitais. RESULTADOS ESPERADOS
INTERVENÇÕES JUSTIFICATIVA
DOCUMENTAÇÃO/EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM
Anotações de Controles: - ...... - .......
Anotações de Evolução: - ...... - .......
Sumário de Alta - ...... - ....... DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM: Medo relacionado aos efeitos do sangramento sobre a gestação e o bebê. RESULTADOS ESPERADOS
INTERVENÇÕES JUSTIFICATIVA
DOCUMENTAÇÃO/EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM
Anotações de Controles: - ...... - .......
Anotações de Evolução: - ...... - .......
Sumário de Alta - ...... - ....... DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM: Pesar relacionado à antecipação da possível perda da gestação e da criança esperada. RESULTADOS ESPERADOS
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INTERVENÇÕES JUSTIFICATIVA
DOCUMENTAÇÃO/EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM
Anotações de Controles: - ...... - .......
Anotações de Evolução: - ...... - .......
Sumário de Alta - ...... - ....... DOCUMENTAÇÃO
Durante a internação hospitalar, documente o seguinte: O estado da paciente e os resultados da avaliação Alterações no estado do paciente Os resultados dos exames laboratoriais e os diagnósticos pertinentes a altura do fundo do útero e o tônus uterino o aspecto das lacerações ou as linhas de sutura perineais ou genitais o volume do sangue perdido o estado de hidratação – ingestão e débito sinais de infecção dor- tipo, localização, freqüência e intensidade a resposta da paciente ao tratamento reações da paciente e dos familiares à hemorragia instruções transmitidas à paciente e aos familiares recomendações para o planejamento da alta
PLANOS E APÊNDICES RELACIONADOS deslocamento prematuro da placenta tamanho ou peso inadequado: grande para a idade gestacional gestação múltipla Placenta prévia Gravidez complicada por diabetes melito Infecção puerperal Puerpério Aspectos da assistência psicológica à mãe (apêndice d)
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CORBETT, Charles Edward. Farmacodinâmica. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1977. GOODMAN, Alfred Gilmar. As bases farmacológicas da terapêuticas. 8. ed. Supervisão da Tradução Penildor Silva. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1985.
50
ROMÁN, Alyde Vieira de. Aspectos de enfermagem na administração de medicamentos. 2. ed. Curitiba: Florence, 1983.
PEIXOTO, S; MARQUES, J. A.; REZENDE, W.W.; Classificação e propedêutica das
Urgências em Ginecologia in Tratado de Ginecologia, 3ª Edição, 2000.
RIPLEY, D.L. Emergências Uterinas; atonia, inversão e rotura. Clin Obstet. Ginecol Am
Norte 1999, 26 (3), 419-431.
SILVER, L.E.; HOBEL, C.J.; LAGASSE, L; LUTTRULL, J.W.; PLATT, LD.
Enfermagem Básica: teoria & prática/direção do projeto clínico Patrícia Dwyer
Schull/Tradução Geraldo Costa Filho e Renato Lamounier Barbieri. São Paulo: Rideel,
1996.
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CONDUTAS DE ENFERMAGEM PARA CLIENTES EM TRABALHO DE PARTO
NORMAL.
Leodiana O PARTO
DEFINIÇÃO
O parto é a combinação de fenômenos pelos quais o feto, a placenta e as membranas se
desprendem e são expulsos do corpo da gestante. O feto pode ser expulso pelas vias
genitais (parto espontâneo) ou extraído por meios cirúrgicos (cesariana). ( GONZALEZ,
2001)
CLASSIFICAÇÃO DO PARTO – (GONZALEZ, 2001)
Segundo a idade gestacional (IG).
Parto a termo ou normal :ocorre entre a 37a e 42a semana a partir da última
menstruação.
Parto prematuro: ocorre antes da 37a semana de gestação;
Abortamento: anterior a 24a semana e o produto é inviável;
Parto serotino ou prenhez prolongada: ultrapassa a 42a semana (feto hipermaturo).
SEGUNDO O PROCEDIMENTO – (GONZALEZ,2001)
Espontâneo: ocorre sem qualquer interferência;
Dirigido: acompanhadas por ações ativas do parteiro durante o seu desenvolver
(ex:amneotomia, episiotomia );
Induzido: provocado por medicamentos ou manobras ;
Cirúrgicos: ação operatória: cesariana.
EPISIOTOMIA
Incisão no períneo para ampliar o canal do parto, com o objetivo de evitar dilaceração do
períneo e lesão do feto. (GONZALEZ,2001)
52
Segundo BURROGHS,1995 a epsiotomia é um corte feito na vagina para evitar
lacerações, encurtar os segundo período, diminuir a pressão sobre a cabeça do feto e
facilitar as manobras do parto. Existem dois tipos de episiotomia: (a) a mediana (linha
média), que se estende da comissura posterior da vagina para baixo, evitando o esfíncter
retal, e (b) a médio-lateral, que é um corte formando um ângulo com o lado esquerdo ou
direito da mulher. A episiotomia cicatriza melhor do que a laceração. É feito um bloqueio
regional ou local antes da realização da episiotomia. Ela deve ser realizada
imediatamente antes do nascimento da criança, para reduzir a perda sangüínea.
FÓRCEPS
Segundo BURROUGHS, 1995, fórceps é um instrumento utilizado pelo médico para
tracionar a cabeça da criança, rota-la ou ambos. Ele pode ser usado no parto de pré-
termos, para evitar a pressão indevida das contrações sobre o frágil crânio fetal. É
também usado para encurtar o segundo período do trabalho de parto, quando a mãe está
exausta e não consegue auxiliar o nascimento. Às vezes, a anestesia regional ou geral
afeta a enervação motora, inpedindo a mulher de empurrar eficazmente. O fórceps é
empregado para apressar o nascimento da ocorrência de sofremento fetal, estando a
cérvix toda dilatada, com a cabeça fetal na parte iferior do períneo ou visível (isto é
chamado parto com fórceps baixo). O fórceps só deve ser aplicado por um médico
habilitado. Existe sempre o risco de marcar o rosto do recém-nascido e de possíveis
traumatismos.
As complicações maternas podem incluir as lacerações do canal do parto e do períneo,
com a perda sangüínea aumentada. As implicações fetais consistem do edema e de
lesões na cabeça da criança. Em uma aplicação difícil de fórceps, pode ocorrer uma
paralizia do nervo facial, temporária ou permanente. Por isso, em geral refere-se uma
cesariana a uma aplicação média do fórceps, quando a cabeça está acima do períneo. A
enfermeira deve explicar o procedimento para a parturiente, se ela estiver acordada
durante a aplicação do fórceps. Após o nascimento, o recém nascido deve ser avaliado
em relação ao edema, lesões e possível paralisia. (BURROUGS, 1995).
Extração artificial através de instrumental que faz a pressão da cabeça do feto para
desprendê-lo das vias genitais. (GONZALES,2001)
INDICAÇÕES (GOZALEZ,2001)
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Parto prolongado com piora das condições fetais ou maternas;
Prolapso do cordão; Fetal.
Requisitos
Parturiente anestesiada;
Colo completamente dilatado;
Bolsa rota;
Cabeça fetal insinuada;
Bexiga esvaziada.
RISCOS (GONZALEZ,2001)
Lesões fetais;
Lacerações maternas.
TIPOS (GONZALEZ,2001)
Fórceps alto ( contra-indicado );
Fórceps médio;
Fórceps baixo ( a cabeça deve estar no assoalho pélvico ).
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CONDUTAS DE ENFERMAGEM PARA CLIENTES EM TRABALHO DE PARTO
CESAREO.
CESARIANA
Segundo BURROUGHS,1995, cesariana é o nascimento da criança através de uma
incisão cirúrgica na parede abdominal e no útero. O índice de cesarianas tem aumentado
muito na última década. Uma das razões para isto é a disponibilidade de antibióticos e de
sangue total, que tornaram-na menos perigosa, sendo realizada por razões maternas ou
fetais.
Para GONZALEZ, 2001, trata-se de intervenção cirúrgica que possibilita a retirada do
feto após a abertura do útero.
INDICAÇÕES (GONZALEZ, 2001)
bacias estreitas ( antes do início ou após o insucesso do trabalho de parto);
apresentações anômalas: pélvica de espádua;
distocia dinâmica: a dilatação não progride;
sofrimento fetal ( observado pela arritimia do foco e pela cor do líquido amniótico );
patologias maternas: diabetes, cardiopatia , incompatibilidades sanguineas.
Indicações para cesariana, segundo BURROUGHS,1995: cesariana prévia,
sofrimento fetal, sangramento incontrolável no terceiro trimestre, placenta prévia,
descolamento pré-termo de placenta, desproporção feto pélvica , apresentação anormal
do feto, prolapso de cordão, complicações medicas da gestação, como o problema
cardíaco materno, falta de evolução do trabalho de parto, história de infecção por vírus
simples, pós maturidade (com fracasso da indução).
Existem três tipos básicos de cesariana. Na cesariana clássica, a incisão é feita no
fundo uterino, na linha média. A vantagem é a rapidez com que pode ser realizada, As
desvantagens incluem o maior risco de hemorragia, a infecção e a ruptura uterina
subseqüente, no próximo trabalho de parto. No segundo e mais comum tipo de
cesariana,, uma incisão transversa é feita no segmento inferior do útero. As vantagens
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são uma recuperação mais rápida, menor perda sanguínea, menor incidência de infecção
e menor risco de ruptura subseqüente. As desvantagens são que ela requer mais tempo
para ser realizada e exige maior habilidade cirúrgica. O terceiro tipo de cesariana, o
extraperitoneal, é visto com menos freqüência. Nesse tipo, o obstetra expõe o peritônio,
através da dissecção da face posterior da bexiga. É exigida grande habilidade cirúrgica,
para evitar perfurar a bexiga.(BURROUGHS,1995)
ETAPAS (GONZALEZ, 2001)
incisão abdominal;
incisão uterina;
extração do feto;
dequitação manual;
sutura.
CONTRA-INDICAÇÕES (GONZALEZ, 2001)
– As contra-indicações são vinculadas ao risco de infecção e peritonite:
quando o feto está morto;
quando há infecção no canal do parto.
Os tipos de anestesia usados durante a cesariana são a anestesia geral, para os
procedimentos de emergência, e o bloqueio raquidiano ou peridural, para a parturiente
que deseja estar acordada e participar do nascimento.(BURROUGHS,1995)
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CONDUTAS DE ENFERMAGEM PARA CLIENTES NO PURPÉRIO
Leodiana
PUERPÉRIO
CONCEITOS ESSENCIAIS (STRIGHT & HARRISON, 1998)
1.A assistência pós-parto refere-se aos cuidados médicos e de enfermagem prestados à
cliente desde o momento do parto até o retorno de ser corpo ao seu estado anterior à
gravidez.
2. O puerpério corresponde ao período de 6 semanas após o parto, começando com o
término do processo de parturição e finalizando com o retorno dos órgãos reprodutivos ao
estado anterior à gravidez. Constitui-se de um ajuste físico e psicológico ao processo de
maternidade.
3. A involução refere-se às alterações progressivas no útero após o parto, conduzindo o
seu retorno próximo a condição e ao tamanho anteriores à gravidez.
4. Este período é algumas vezes chamado de quarto trimestre de gravidez.
5. Um aspecto da assistência pós-parto que comumente é afetado pela tendência de dar
a alta o mais cedo possível é o suporte à amamentação.
ALTERAÇÕES BIOFÍSICAS PÓS-PARTO (STRIGHT & HARRISON, 1998)
A. Alterações do sistema reprodutivo
1.O útero contrai-se firmemente, reduzindo ser tamanho para menos da metade; ele
permanece neste tamanho por cerca de 2 dias, depois disso, diminui (evoluí) e
desce cerca de um dedo por dia.
2.De 10 a 14 dias pós-parto, o útero não pode ser palpado na região abdominal. Ele
retorna próximo ao seu tamanho anterior à gravidez por volta de 4 a 6 semanas
para cicatrizar-se; a regeneração endometrial requer 6 semanas.
3.Os lóquios, secreção uterina durante as primeiras 3 semanas após o parto, são de
três tipos:
a. Lóquios rubros: secreção vermelho-escura que aparece nos primeiros 2 a 3
dias; contém células epiteliais, hemácias, leucócitos e decídua; tem um
odor característico.
57
b.Lóquios seroso: secreção rósea a amarronzada que aparece de 3 a 10 dias
após o parto; secreção serossangüínea que contém decídua, hemácia,
leucócitos, muco cervical e microrganismos; tem um odor forte.
c.Lóquios claros (Alba): praticamente incolor a uma secreção cremosa
amarelada, aparece de 10 dias a 3 semanas após o parto e contém
leucócitos, decídua, células epiteliais, gordura, muco cervical, cristais de
colesterol e bactérias; deve ser inodora.
4.O cérvix fica espesso e mais consistente; ao final da primeira semana pós-parto,
ainda está dilatado cerca de 1cm. A involução cervical completa pode levar de 3 a
4 meses; a gestação resulta em alteração permanente do óstio cervical variando
de arredondado a alongado.
5.A vagina é lisa e intumescida, com um tônus deficiente após o parto. As rugosidades
reaparecem por volta de 3 a 4 semanas pós-parto, e o índice de estrogênio retorna
em 6 a 10 semanas.
6.O períneo parece edemaciado e com equimoses após o parto: episiotomia ou
lacerações podem estar presentes.
7.O abdômen permanece mole e flácido por algum tempo após o parto; as estrias
permanecem mas são de coloração prateada clara. A diástase do reto (separação
dos músculos abdominais retos) pode ocorrer na mulher com tônus muscular
deficiente.
8.Alterações das mamas incluem:
a.Queda rápida dos níveis de estrogênio e progesterona com um aumento na
secreção de prolactina após o parto.
b.Colostro na hora do parto; o leite pode ser produzido em torno do terceiro ao
quarto dia pós-parto.
c.Mamas grandes e mais firmes com lactação (ingurgitamento mamário
primário), congestão subsistindo por 1 a 2 dias.
9.Na mama, a prolactina estimula as células alveolares a produzir leite. A sucção do
bebê desencadeia a liberação da ocitocina e a contratilidade das células
mioepiteliais, que estimulam a saída do leite; isto é conhecido como reflexo da
descida do leite. Em média, a quantidade de leite produzida em 24h aumenta com
o tempo:
a.Primeira semana: 177ml a 260 ml.
58
b.De uma a quatro semanas: 591 ml.
c.Depois de quatro semanas: 887 ml.
B. Alterações do sistema endócrino
1. Os níveis de estrogênio e progesterona diminuem rapidamente após o parto.
2. A ovulação e o reinício da menstruação são influenciados pelo fato de a mulher
amamentar ou não.
3. Lactantes: o reinício da menstruação em 45% das mulheres ocorre por volta de 12
semanas; 80% têm um ou mais ciclos anovulatórios antes da primeira ovulação.
4. Não-lactantes: a menstruação reinicia em 40% das mulheres por volta de 6
semanas após o parto, 65% por volta de 12 semanas e 90% em torno de 24
semanas; 50% ovulam durante o primeiro ciclo.
5. A rápida queda de estrogênio e progesterona após a expulsão da placenta é
responsável por muitas das alterações anatômicas e fisiológicas no puepério.
6. As necessidades de sono e repouso aumentam significativamente.
C. Alterações do sistema cardiovascular
1.A bradicardia transitória (50 a 70) batimentos por minuto ocorre de 24 a 48 horas
após o parto e pode persistir por 6 a 8 dias.
2.A pressão arterial retorna aos níveis anteriores à gravidez por volta de 4 semanas
após o parto.
3.O hematócrito aumenta em torno do terceiro ao sétimo dia pós-parto. Nas 1as 48h
estão baixos (Gonzalez,2001).
4.A leucocitose (20.000-30.000 células brancas/mm3) continua por vários dias após o
paro.
5.A pressão arterial permanece estável: o pulso retorna à freqüência anterior à
gravidez em torno de três meses.
D.Alterações do sistema imune
1.Um aumento discreto de temperatura corporal sem uma causa aparente pode ocorrer
após o parto. Contudo, a temperatura da mãe deve permanecer dentro dos limites de
anormalidade.
2.Qualquer mãe cuja temperatura chegue a 38ºCem dois períodos de 24 horas
consecutivos durante os primeiros 10 dias pós-parto, excluido as primeiras 24 horas, é
considerada febril.
59
E.Alterações do sistema respiratório: As funções pulmonares retornam ao estado
anterior à gravidez em torno de 6 meses após o parto.
F. Alterações do sistema urinário
1. A super distensão vesical é comum devido a aumento da capacidade da bexiga,
intumescimento, equimoses de tecidos circunjacentes à uretra, e diminuição da
sensibilidade ao aumento de pressão.
2. Uma bexiga cheia deslocará o útero e poderá causar hemorragia pós-parto; a distensão
vesical pode provocar retenção urinária.
3. O esvaziamento adequado da bexiga geralmente reinicia-se em 5 a 7 dias após a
regressão do tecido edemaciado e com equimoses
4. A taxa de filtração glomerular permanece elevada por volta de 7 dias após o parto.
5.Ureters e pélves renal dilatados retornam ao seu estado anterior à gravidez em torno de
6 a 10 semanas após o parto.
6.Ocorrem diaforese puerperal e diurese nas primeiras 24 horas após o parto.
G. Alterações do sistema gastrintestinal
1.Fome e sede são comuns após o parto.
2.A mobilidade e o tonus gastrintestinal retornam ao estado anterior a gravidez dentro de
duas semanas após o parto.
3.Comumente ocorre constipaçao durante o periodo pos-parto inicial devida a reduçao do
tonuz muscular intestinal, ao desconforto perineal e a ansiedade.
4.A cliente pode retornar ao seu peso anterior a gravidez em 6 a 8 semanas se o ganho
de peso durante a gravidez esteve dentro da variaçao normal.
5.As hemorroidas são um problema comum no periodo inicial pos-parto, devido a pressao
no assoalho pelvico e ao esforço durante o trabalho de parto.
H.Alterações do sistema musculoesquelético
1.Muitas mulheres deambulam em 4 a 8 horas após o parto; a deambulaçao precoce e
encorajada para evitar complicaçoes, promover a involuçao e melhorar o estado
emocional.
2.O relaxamento e o aumento da mobilidade das articulaçoes pelvicas ocorrem de 6 a 8
semanas após o parto.
I.Alterações do sistema tegumentar
60
1.A melanina diminui gradualmente após o parto, causando reduçao na
hiperpigmentaçao. ( A coloraçao, entretanto, não pode retornar ao estado anterior a
gravidez. )
2.Alteraçoes vasculares visiveis na gravidez desaparecem com a reduçao dos niveis de
estrogenio.
PROPEDÊUTICA DIAGNÓSTICA / EXAMES:
2 a 6 horas após o parto vaginal (KATHYN,2002)- #Avaliação da necessidade
de administrar imunoglobulina Rh(D)(RhoGAM) às mães de Rh negativo
(obtenha os resultados logo que for possível);
1° dia do pós-operatório-parto cesáreo (KATHYN,2002)- #HC (perfil celular); #
Fator Rh; # Administração de imunoglobulina Rh (D), se necessária; #
Imunidade para a rubéola; # Vacinação contra a rubéola, se necessária;
2º dia do pós-operatório-parto cesáreo (KATHYN,2002)- # Imunidade para
rubéola; # Vacinação contra rubéola, se necessária.
PROBLEMAS COLABORATIVOS:
Período Pós-Parto Geral (CARPENITO,2001): Hemorragia, atonia uterina,
fragmentos placentários retidos, lacerações, hematomas, retenção urinária;
Período pós cesariana (CARPENITO,2001): Hipovolemia/choque, insuficiência renal,
pneumonia (estase), peritonite, trombofeblite, íleo paralítico, evisceração,
deiscência, hemorragia, atonia uterina, fragmentos placentários retidos,
lacerações, hematomas, retenção urinária;
61
CONDUTAS DE ENFERMAGEM AO BINÔMIO MÃE-FILHO EM ALOJAMENTO
CONJUNTO
I-ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A PUÉRPERA DE PARTO NORMAL
INTERVENÇÕES JUSTIFICATIVAS
1.Verificar e anotar Sinais Vitais de 6/6
horas (10 16 22 05);
2.Manter repouso no leito nas primeiras 04
horas pós-parto;
3.Orientar e supervisionar deambulação
appós repouso (M/T/N);
4.Solicitar alimentação/hidratação ao
Serviço de Nutrição e Dietética, se
dieta liberada;
5.Estimular a amamentação colocando o
bebê para mamar tão logo esteja
sugando, e após, supervisionar
1.Além das adaptações fisiológicas, devem
ocorrer apenas variações sutis. Elevação da
temperatura pode indicar infecção (na maioria
dos casos, infecção do trato G.U. ou
tromboflebite). Aceleração da freqüência do
pulso pode ser causada pela perda sanguínea.
Aumento da PA pode sugerir hipertensão
induzida pela gravidez, ou estado hipertensivo
crônico (KATHYN, etal, 2002).
2. A fadiga compromete a capacidade de
enfrentamento da paciente (KATHYN, etal,
2002).
3. Segundo GONZALEZ, 2001, a deambulação
precoce melhora a circulação, fazendo diminuir
gradualmente as hemorróidas, e evita edema e
risco de trombose nos MMII. Fortalece
musculatura uterina e abdominal; evita
constipação, acúmulo de gases e acúmulo de
secreção pulmonar; auxilia a drenagem de
lóquios.
4. Segundo GONZALEZ, 2001, a dieta no
puérperio deve ser balanceada; rica em
proteínas, vitaminas, minerais e calorias, com
ingestão de l´quidos, inicialmente líquida,
mudando gradativamente, sem restrição
alimentar.
5. Essas medidas atenuam a ingurgitação
adicional e aumentam a secreção de prolactina
(KATHYN, etal, 2002).
62
(M/T/N);
6.Verificar e anotar altura e consistência
uterina (M/T/N);
7.Verificar e anotar cor, odor e volume da
loquiação (M/T/N);
8.Verificar e anotar cor e freqüência das
eliminações vesicais e freqüência e
consistência das eliminações intestinais
(M/T/N);
9.Orientar e supervisionar higiene oral
(M/T/N) e se necessário oferecer
material e solução a paciente;
10.Orientar e supervisionar higiene
corporal(M/T e sempre que a paciente
desejar) e oferecer material e roupas;
6. O útero firme e contraído em regressão
progressiva está sofrendo as alterações
involutivas normais. A distenção da bexiga,
pode distorcer essa avaliação, deslocando o
útero para cima. O útero deslocado pela bexiga
distendida pode tornar-se atônico (KATHYN,
etal, 2002).
7. Hemorragia volumosa exige intervenção
imediata. Alçguns coágulos pequenos são
devidos ao sangue vaginal acumulado na
posição de decúbito, coágulos grandes e
numerosos, principalmente quando estiverem
associados a hemorragia maciça, exigem
intervenção imediata. Normamente, os lóquios
contêm hemácias, fragmentos da decídua,
células epiteliais, vários microorganismos e, por
fim, leucócitos. A alteração de fluxo esperado
de rubro para branco pode indicar subinvolução
placentária, retenção de fragmentos da
placenta ou infecção (KATHYN, etal, 2002).
8. Em condições ideais, a paciente deve urinar
a cada três a quatro horas. Os sintomas
causados pelo esvaziamento parcial e pela
retenção com hiperfluxo (emissão freqüente de
volumes pequenos) indicam tônus uterino
inadequado e predispõem a paciente a infecção
gu e atonia uterina.
9.
10.Edema mínimo, hiperestesia e algumas
equimoses são achados esperados. Dor
intensa acompanhada de equimose e edema
63
11.Supervisionar a troca do forro perineal
(M/T/N);
12.Trocar as roupas do leito da paciente
uma vez ao dia (M) e sempre que
necessário (se sujas);
13.Atentar e comunicar se:
-temperatura superior 37°C;
-PAD menor que 60mmhg;
-PAS igual ou maio que 90mmhg;
-útero acima da C.U., acompanhado de
amolecimento do corpo uterino;
-sangramento vaginal aumentado;
-sangramento vaginal com odor fétido;
-dificuldades na amamentação;
-incisão cirúrgica com secreção e sinais
inflamatórios e dificuldades no
esvaziamento vesical e intestinal.
indicam hematoma ou traumatismo perineal.
Secreção ou tensão ao longo da linha da
epesiotomia pode sugerir infecção (KATHYN,
etal, 2002).
11.
12.
13.
64
CONDUTAS DE E ENFERMAGEM A PUERPERA DE PARTO CESAREA
Leodiana
Primeiras 24 horas:
1. Verificar e anotar Sinais Vitais conforme prescriçao de enfermagem;
2. Manter paciente em repouso em decubito horizontal por 6 ou 12 horas, se anestesia
peridural ou raqui respectivamente;
3.Orientar e auxiliar a deambulaçao após repouso (M/T/N);
4. Solicitar alimentaçao /hidrataçao ao serviço de Nutriçao e Dietetica, quando dieta
liberada;
5. Estimular a amamentaçao colocando o bebe para mamar tao logo este esteja sugndo;
6. Axiliar a mãe nos cuidados com o RN (amamentaçao, higienizaçao, etc);
7. Verificar e anotar cor, odor e volume da loquiaçao, uma vez em cada periodo (M/T/N);
8. Observar e manter curativo cirurgico oclusivo e seco, se necessario a troca, usar
soluçao fisiologica;
9. Verificar e anotar cor, odor e volume da loquiaçao, uma vez em cada periodo (M/T/N);
10. Atentar para a primeira eliminaçao vesical (nas primeiras 6 horas) e anotar cor e
freqüência desta nos periodos (M/T/N);
11. Fazer higiene oral e perineal no leito se a paciente permanecer em repouso absoluto
nas primeiras 24 horas, após 6 horas de repouso ou antes de acordar com as
condiçoes higiênicas;
12. Orientar e auxiliar na higiene oral/ corporal após repouso, oferecendo material e
roupas;
13. Oferecer/ supervisionar troca de forro perineal (M/T/N/N);
14. Trocar roupas do leito da paciente uma vez ao dia (M) e sempre que necessario ( se
sujas );
15. Orientar e paciente e familiares conforme programa de Alojamento Conjunto;
16. Atentar e comunicar-se:
-temperatura superior 37°C;
-PAD menor que 60mmhg;
-PAS igual ou maio que 90mmhg;
65
-útero acima da C.U., acompanhado de amolecimento do corpo uterino;
-sangramento vaginal aumentado;
-sangramento vaginal com odor fétido;
-dificuldades na amamentação;
-incisão cirúrgica com secreção e sinais inflamatórios e dificuldades no
esvaziamento vesical e intestinal.
Após 24 horas
1.Verificar e anotar Sinais Vitais 6/6horas;
2.Orientar e supervisionar deambulação (M/T/N);
3.Supervisionar amamentação (M/T/N);
4.Verificar e anotar altura e consistência uterina (M/T/N);
5.Observar condição da ferida cirúrgica e fazer curativo aberto com álcool iodado (M/T);
6.Verificar e anotar cor,odor e volume da loquiação (M/T/N);
7.Verificar e anotar cor e freqüência das eliminações vesicais e intestinais (M/T/N);
8.Orientar e supervisionar higiene oral (M/T/N) e se necessário ofrecer material e solução
à paciente;
9.Orientar e supervisionar higiene corporal (M/T e quando paciente desejar) oferecer
material e roupas;
10.Supervisionar a troca de forro perineal (M/T/N);
11.Trocar roupas do leito da paciente uma vez ao dia (M) e sempre que necessário (se
sujas);
12.Orientar paciente e familiares conforme programa de Alojamento Conjunto e prescrição
de enfermagem;
13.Atentar-se e comunicar se:
-temperatura superior 37°c;
-PAD menor que 60mmhg;
-PAS igual ou maio que 90mmhg;
-útero acima da C.U., acompanhado de amolecimento do corpo uterino;
-sangramento vaginal aumentado;
-sangramento vaginal com odor fétido;
-dificuldades na amamentação;
incisão cirúrgica com secreção e sinais inflamatórios e dificuldades no esvaziamento
vesical e intestinal.
Evolução / Avaliação:
66
#2 a 6 horas após o parto vaginal (KATYIN,2002)-
Avalie os lóquios e o fundo do útero.
Verifique se a paciente está urinando.
Verifique os SV por ocasião da internação na unidade de pós-parto e a cada 2 horas; em
seguida, a cada 6 horas, por 4 vezes.
#6 a 24horas após o parto vaginal (KATYIN,2002)-
Avalie os SV, os lóquios e o fundo do útero a cada 6 horas por 4 vezes; em seguida a
cada troca de turno, caso a paciente esteja estável.
#Alta após o parto vaginal (KATYIN,2002)-
Avalie os SV, os lóquios e o fundo do útero a cada troca de turno, caso a paciente esteja
estável e por ocasião da alta.
#1º dia do pós-operatório de parto cesáreo (KATYIN,2002)-
Ingestão e débito (incluindo-se pedaços de gelo).
Exame físico e avaliação.
Inspeção da incisão.
Sinais vitais a cada 6 horas nas primeiras 24 horas, em seguida a cada troca de plantão
(8 horas)
Avaliação das mamas e dos mamilos e do índice de lactação (caso esteja
amamentando).
#2º dia do pós-operatório de parto cesáreo (KATYIN,2002)-
Sinais vitais a cada troca de plantão.
Exame físico e avaliação.
Avaliação das mamas e dos mamilos e do índice de lactação (caso esteja
amamentando).
67
CONDUTAS DE ENFERMAGEM PARA CLIENTES LACTENTES COM
HIPERBILIRRUBINEMIA.
AUTORIA?
DEFINIÇÃO
Segundo Melson, hiperbilirrubinemia significa quantidades acima do normal de
bilirrubina no sangue; quando esse nível estiver suficientemente alto (5 mg/dl no lactente
de termo), essa condição produz icterícia – uma coloração amarelada visível na pele, na
mucosa, nas escleróticas e na urina. Ela é causada por uma alteração nos processos
normais do metabolismo e excreção da bilirrubina.
Os lactentes apresentam uma capacidade de excreção da bilirrubina inferior aos
adultos, por isso durante os primeiros dias de vida todos os lactentes têm níveis elevados
de bilirrubina: 25% a 50% dos bebês termo e mais de 50% dos lactentes prematuros
desenvolverem icterícia.(MELSON, 2002).
TIPOS DE ICTERÍCIA
Há dois tipos de icterícia, uma delas é a Icterícia fisiológica onde ocorre a elevação
seguida de redução dos níveis séricos de bilirrubina, aparece dentro de 24 a 48 horas
depois do nascimento devido a destruição dos eritrócitos que tem meia-vida menos nos
lactentes que nos adultos, aumentando a quantidade de bilirrubina no fígado. A outra é a
Icterícia fisiológica causada pelos distúrbios que aumentam a produção ou reduzem a
excreção da bilirrubina, em geral ocorre dentro das primeiras 24 horas depois do
nascimento ou depois do quarto dia de vida.
ETIOLOGIA E FATORES DESENCADEANTES:
Icterícia fisiológica
Os fatores relacionados a seguir parecem contribuir para a icterícia fisiológica, porque
aumentam a quantidade de bilirrubina trazida pelo fígado.
Sobrevida mais curta dos eritrócitos
Destruição das formas de eritrocitárias prematuras
Atividade deficiente ou reduzida da glicuroniltransferase
Reabsorção êntero-hepática da bilirrubina indireta, devido à interrupção dos
alimentos e dos líquidos ou atraso das mamadas, provocando estase intestinal
Hiperalimentação ou administração de lipídios intravenosos
68
Icterícia patológica
Os fatores relacionados a seguir parecem contribuir para a icterícia patológica.
Doenças hemolíticas como incompatibilidade ABO e Rh e eritroblastose grave, ou
uso de alguns fármacos (como vitamina K3)
Distúrbios genéticos como galactosemia, deficiências enzimáticas,
hemoglobinopatias e esferocitose
Sangue extravascular, como por exemplo, sangue deglutido durante o parto,
hematomas, petéquias e hemorragia cerebral
Policitemia devia a transfusões ou hipóxia fetal
Anormalidade grave da circulação êntero-hepática, devida a obstrução intestinal
ou redução da peristalse
Redução da captação de bilirrubina pelo fígado
Redução da conjugação da bilirrubina causada por fármacos como sulfonamidas,
salicilatos, corticóides e clorafenicol, ou doenças congênitas da atividade
enzimática
Obstrução biliar por tumor, doença hepática ou atresia biliar
Infecção pré-natal, perinatal ou pós-natal: toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus,
herpes simples, sífilis, hepatite
Lactente prematuro com ou sem doença grave
Lactente nascido de mãe diabética
ACHADOS FÍSICOS
História materna familiar
Pais ou irmão com icterícia neonatal ou doença hepática
Assistência pré-natal precária
Diabetes melito materna
Infecções como toxoplasmose, sífilis, hepatite, rubéola, citomegalovírus e herpes,
que podem ser transmitidas pela placenta durante a gravidez
Uso de substâncias químicas IV pelo pai ou mãe
Mãe Rh-negativo e pai Rh-positivo
Transfusões pregressas de sangue Rh-positivo, se a mãe tiver Rh-negativo,
levando à produção de anti-corpos anti-Rh pelo sistema imune da mãe
69
Abortamentos ou partos pregressos de lactentes ou fetos com Rh-positivo, que
não foram seguidos de tratamento com imunoglobulina Rh0 (D) (Rh0GAM) dentro
das primeiras 72 horas depois do nascimento
Tratamento durante a gravidez com imunoglobulina Rh0 (D), se a mãe tiver Rh-
negativo e o pai Rh-positivo
Fármacos como sulfonamidas, nitrofurantoína e antimaláricos usados durante a
gravidez
Parto induzido por ocitocina
Parto com extração a vácuo
Possibilidade de que a mãe tenha usado fenobarbital 1 a 2 semanas antes do
parto, para estimular a síntese protéica, ampliar os locais de ligação e aumentar a
atividade da glicuroniltransferase
Estado do lactente ao nascer
Prematuridade ou lactente pequeno ou grande para idade gestacional (PIG OU
GIG, respectivamente).
Índice de Apgar indicando asfixia
Clampeamento tardio do cordão
Parto traumático com hematoma ou lesão
Sepse neonatal, secreções féticas
Hepatosplenomegalia
Cardiovasculares
Edema generalizado ou redução do volume sanguíneo, causando insuficiência
cardíaca e hidropisia fetal
Gastrintestinais
Dificuldade de tolerar alimentação oral (recusa de alimentar-se ou vômito, à
medida que a bilirrubina aumenta).
Perda de 5% do peso em 24 horas, causada por ingestão calórica baixa devida à
demora de conjugação da bilirrubina
Retardo de eliminação de mecônio ou evacuações infrequentes, aumentando a
circulação êntero-hepática da bilirrubina
Hepatosplenomegalia nos lactentes graves com anemia ou infecção
70
Tegumentares
Icterícia (coloração amarelo-vivo ou brilhante), que aparece nas primeiras 24
horas depois do nascimento (tipo patológico), depois das primeiras 24 horas (tipo
fisiológico), ou depois de 1 semana quando o bebê estiver sendo amamentado
ao seio
Palidez devida à anemia (ocorre apenas na hemólise grave dos eritrócitos)
Neurológicos
Hipotonia
Tremores, ausência dos reflexos de Moro e sucção, redução dos reflexos
tendinosos profundos quando houver encefalopatia
Olhar dirigido para baixo, irritabilidade, cotovelos flexionados com punhos
apertados, musculatura rígida, postura de opistótono à medida que o
comprometimento do sistema nervoso central avança
Convulsões
Pulmonares
Apnéia, cianose e dispnéia nas fases avançadas do Kernicterus
Renais
Urina escura, que se torna mais concentrada à medida que os níveis de bilirrubina
aumentam
CRITERIOS PARA ALTA
PROBLEMAS COLABORATIVOS
Aumento do nível de bilirrubina relacionado com as condições fisiológicas do recém-
nascido, colocando o lactente sob risco de desenvolver complicações de longo prazo
(dois resultados esperados).
RESULTADOS ESPERADOS
No lactente sob risco de hiperbilirrubinemia o diagnóstico deve ser precoce para
evitar complicações de longo prazo.
71
O lactente não apresentará sinais das complicações causadas pela
hiperbilirrubinemia ou pelo tratamento desta.
INTERVENÇÕES JUSTIFICATIVA
1.Avalie o risco de hiperbilirrubinemia do lactente,incluindo-se:
tipos sanguíneos e fatores Rh da mãe e do lactente, resultados dos testes de Coombs, prematuridade, tamanho do lactente (PIG ou GIG), doenças ou tratamentos maternos que poderiam afetar o bebê, parto traumático, doenças graves do lactente (p. ex., sepse ou asfixia), histórias familiar e materna e o estado do bebê ao nascer
raça ou e etnicidade -cor do líquido amniótico quando as membranas se romperam -níveis de bilirrubina no sangue do cordão, contagem dos reticulócitos, nível de Hb e Ht 2.Verifique se o bebê tem sinas físicos de hiperbilirrubinemia, incluindo-se:
icterícia (pele, escleróticas e mucosas amareladas); examine à luz natural ou sob lâmina fluorescente branca, empalidecendo primeiramente a pele sobre uma proeminência óssea para afastar a coloração do sangue capilar; observe as mucosas e o saco conjuntival dos lactentes de pele escura
evacuação tardia.
1.A avaliação inicial do lactente sob risco detecta anormalidades.
O diagnóstico precoce do risco de desenvolver hiperbilirrubinemia possibilita intervenções e monitoração profiláticas para garantir a segurança do lactente.
Os lactentes dos índios americanos e os bebês de descendência asiática têm níveis médios de bilirrubina mais altos.
Líquido amniótico amarelo indica doença hemolítica significativa.
Aumentos dos níveis de bilirrubina antes de 24 horas indicam hiperbilirrubinemia patológica; depois de 48 horas, sugere hiperbilirrubinemia fisiológica. O aumento do nível sérico de bilirrubina em 5mg/dl/dia ou a elevação do nível de bilirrubina no sangue do cordão para 4mg/dl, indica hemólise ou um processo patológico grave. O aumento dos reticulócitos e a redução dos níveis de Hb e de Ht também são significativos e colocam o bebê em risco. 2.O reconhecimento dos sinais físicos de hiperbilirrubinemia possibilita intervenções oportunas evitando-se complicações.
Quase todos os lactentes desenvolvem algum grau de icterícia devida à hemólise acelerada dos eritrócitos.
A bilirrubina que não foi excretada pelas fezes é reabsorvida e enviada de
72
urina escura e concentrada
dificuldade de alimentar-se, letargia, tremores, choro agudo e ausência do reflexo de Moro
vômitos, irritabilidade, musculatura rígida, opistótono, cotovelos flexionados com os punhos cerrados, convulsões 3.Avalie os sinais físicos, os resultados dos testes laboratoriais para dosagem dos níveis de bilirrubina e outras alterações; anote se o lactente é prematuro ou a termo. 4.Aplique fototerapia de acordo com os níveis de bilirrubina, a idade do bebê (menos ou mais de 24 horas de vida).
Anote o tempo de exposição à fototerapia prescrita pelo médico, assim como a idade do lactente.
Coloque o lactente despido (com exceção das fraldas) sob as lâmpadas fluorescentes azuis especiais, usando uma tampa de acrílico para proteger o bebê dois raios ultravioletas.
Cubra os lhos do lactente enquanto estiver sob luz; tire a cobertura quando não tiver sob luz. Use tampão para os lhos; não coloque a máscara muito apertada.
volta para o fígado sob a forma não-conjugada, sobrecarregando ainda mais o fígado.
Urina escura e concentrada pode ser observada nos lactentes a termo com função renal mais desenvolvida, à medida que os níveis de bilirrubina aumentam.
Esses são os principais sinais da encefalopatia causada pela hiperbilirrubinemia (kernicterus).
Esses são sinais tardios de encefalopatia, indicando a possibilidade de haver lesão irreversível 3.Os resultados laboratoriais e os sinais físicos avaliados levando-se em consideração levando-se em consideração a maturidade do bebê determinam o tratamento indicado; por exemplo, os lactentes a termo com nível de bilirrubina no sangue do cordão de 7mg/dl ao nascer poderiam ser tratados diferentemente de um bebê a termo com nível de bilirrubina no sangue do cordão de 7 mg/dl após 24 horas . 4.A fototerapia reduz a bilirrubina da pele e uma forma que pode ser excretada na urina e nas fezes, graças a fotoxidação da bilirrubina em biliverdina, depois em pigmentos amarelados e, por fim, em compostos atóxicos e incolores.
Depois da elevação inicial, os níveis de bilirrubina em geral começam a diminuir depois de 2 a 3 dias de tratamento e sofrem declínio contínuo.
Esse equipamento emite os comprimentos de onda mais eficazes (420 a 460 nm), ao mesmo tempo em que reduz a exposição aos outros comprimentos que não tratam de icterícia.
A luz muito forte pode causar lesão da retina e queimaduras nas córneas. A irritação causada pelos protetores pode provocar abrasões na córnea e conjuntivite.
DOCUMENTAÇÃO/EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM
Anotações de Controles:
73
- ...... - .......
Anotações de Evolução: - ...... - .......
Sumário de Alta - ...... - ....... Referência Bibliográfica MELSON, Ketryne A. et al. Enfermagem materno infantil – plano de cuidados. Rio de Janeiro: Reichman & Affonso. Ed. 2002. p.228-235.
74
CONDUTAS DE ENFERMAGEM PARA CLIENTES COM ANEMIA
Maria de Fátima Rodrigues da Cunha Campos Julha Sbardeloto
Closeny Maria Soares Modesto
DEFINIÇÃO: A anemia caracteriza-se pela quantidade reduzida de eritrócitos e pelos níveis de hernoglobina (Hb) abaixo do normal (MELSON, 2002). ETIOLOGIA E FATORES DESENCADEANTES:
Deficiência de ferro; Deficiência de vitamina B12 ou de outras vitaminas; Perda de sangue; Destruição da medula óssea o que impede a formação de hemácias; Formação de células anormais que não conseguem resistir aos traumatismos de
passar por capilares estreitos, de modo que as células rompem com grande facilidade e desaparecem no sangue (GUYTON, 1988).
ACHADOS FÍSICOS:
Esplenomegalia; Fadiga; Deficiência de ferro, nutrição inadequada; Taquicardia; Pulsos fracos ou impalpáveis; Hipotensão; Fígado aumentado e palpável; Distensão abdominal alta; Incapacidade de ganhar peso e alimentação insatisfatória; Cianose apesar da administração de oxigênio; Petéquias e cianose com trombocitopenia; Taquipnéia e dispnéia; Pele e mucosas hipocoradas (MELSON, 2002).
PROPEDÊUTICA DIAGNÓSTICA:
Hemograma completo (HC) – mostra reduções na contagem de hemácias, no nível da Hb e do hematócrito; indica volume corpuscular médio com hemácias recém-formadas menores e hemoglobina corpuscular média com hemáeias menos saturadas pela Hb.
Contagens de reticulócitos – aumentam em resposta às reduções das hemácias (é uma tentativa de repor os eritrócitos)
Níveis de bilirrubina – aumentam à medida que as hemácias são destruídas (MELSON, 2002).
CRITÉRIOS DE ALTA PROBLEMAS COLABORATIVOS:
Sangramento;
75
Insuficiência cardíaca; Sobrecarga de ferro (transfusão repetida) (CARPENITO, 2001). Prestesia Confusao hipoxia
PLANO ASSISTENCIAL DIAGNOSTICO DE ENFERMAGEM: Perfusào tecidual alterada, menos do que o corpo requer, relacionada a uma ingesta inadequada de nutrientes essenciaias RESULTADOS ESPERADOS:
INTERVENÇÕES JUSTIFICATIVAS
1- Estimular uma dieta bem balanceada, explicar que o alcool interfere na absorçao dos nutrientes. 2- Explicar a causa exata da anemia
1- A ingesta adequada dos nutrientes essenciais, como o ferro, vitamina B12 e o acido fólico, pode causar algumas anemias. Os sintomas associados, como a fadiga e a anorexia, podem interferir com a manutençao de uma nutriçao adequada. Evitar bebidas alcoolicas ou limitar o seu uso pois ele interfere com a utilizaçao dos nutrientes essenciais. 2- É importante que a familia e o cliente entendam o papel dos suplementos nutricionais no seu exato contexto, porque muitas formas de anemia não se devem a deficiencia nutricional. Nesses casos, os suplementos nutricionais em excesso não irão melhorar a anemia. O problema em potencial nas pessoas com necessidade transfusional cronica ocorre com uso indiscriminado de ferro. A nao ser que um programa agressivo de terapia de quelaçao seja implementado, essas pessoas estão em risco de uma sobrecarga de ferro causada somente por suas transfusoes. Adicionar um suplemento de ferro só exarceba o problema.
DOCUMENTAÇÃO/EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM
Anotações de Controles: - ...... - .......
Anotações de Evolução: - ......
76
- ....... Sumário de Alta
- ...... - ....... DIAGNOSTICO DE ENFERMAGEM: Déficit de volume de líquidos relacionada com a perda sangüínea. RESULTADOS ESPERADOS:
INTERVENÇÕES JUSTIFICATIVAS
Avalie o risco de anemia, levando em consideração: o nível de bilirrubina; a contagem de hemácias, do Ht e o nível da Hb; níveis reduzidos de ferro livre e de ferro sérico ligado às proteínas.
Avalie se há sinais de anemia causada por sangramento, incluindo-se: Palidez; taquipnéia ; taquicardia; hipotensão arterial.
Avalie se há sinais de anemia indicativos de hemorragia, incluindo-se: distensão abdominal; equimoses; apnéia; atividade convulsiva.
Avalie se há sinais de anemia por deficiência de ferro incluindo-se: palidez; níveis reduzidos de Hb, de Ht e de ferro.
Avalie se há sinais de anemia devida a um distúrbio coagulação, incluindo-se: palidez; sangramentos, hematúria níveis reduzidos de Hb, de Ht.
Administre oxigênio aquecido e umidificado, de acordo com a necessidade.
Caso esse risco seja confirmado, podem ser tomadas medidas para controlar a condição potencialmente fatal: o nível de hiperbilirrubinemia indica a quantidade de hemácias destruídas; níveis Ht, Hb e ferro livre e sérico ligado à proteínas baixos indicam anemia.
Esses sinais indicam hemorragia causada por um acidente ou por sangramento maciço, que pode levar ao choque e reduzir a capacidade de transportar oxigênio pelo sangue.
Esses sinais podem indicar hemorragia interna ou sangramento no sistema nervoso central.
Esses sinais indicam anemia por deficiência de ferro.
Esses sinais indicam anemia causada por resposta insatisfatória à vitamina K; ou por níveis reduzidos dos fatores da coagulação (em geral fatores I e V).
Essa medida corrige a taquipnéia e a dispnéia e evita a hipoxia causada pela redução da capacidade de o sangue transportar oxigênio.
O ambiente termicamente neutro reduz as demandas metabólicas de mais oxigênio.
77
Mantenha um ambiente termicamente neutro.
Monitore a pressão sanguínea arterial e a pressão venosa central por um cateter instalado na artéria; verifique continuamente os demais sinais vitais.
Prepare-se para a transfusão de papa de hemácias; se o paciente apresentar sintomas, infunda sangue total.
Prepare e administre vitamina K por via IM ou IV, caso o paciente tenha sangramentos.
Prepare e administre ferro por via oral como suplemento.
A monitoração permite uma avaliação contínua das condições do paciente e dos efeitos do tratamento.
A transfusão pode ser necessária para corrigir a hipoxia aumentando a quantidade de hemácias e o nível de Hb.
A vitamina K evita o prolongamento do tempo da protrombina.
Essa medida corrige a deficiência de ferro e evita a anemia baseada no nível dos reticulócitos.
DOCUMENTAÇÃO/EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM
Anotações de Controles: - ...... - .......
Anotações de Evolução: - ...... - .......
Sumário de Alta - ...... - ....... DIAGNOSTICO DE ENFERMAGEM: Déficit de conhecimento relacionado com depois da alta à necessidade de transfusão ou administração de fármacos. RESULTADOS ESPERADOS:
INTERVENÇÕES JUSTIFICATIVAS
Orienta o paciente quanto a: sua condição; razão da transfusão; triagem dos produtos sanguíneos e seleção dos doadores, de acordo com as normas do banco de sangue;
Essas instruções ajudam a aliviar o medo do paciente de que o sangue transfundido possa transmitir-lhe a síndrome da imunodeficiência adquirida, hepatite ou outras doenças.
78
oportunidade de escolher um doador, caso preencha os pré-requisitos do banco de sangue; melhora das suas condições depois da transfusão.
Ensine ao paciente como administrar os suplementos orais de ferro, incluindo-se: volume da administração; o horário em que o suplemento deve ser administrado; como armazenar o suplemento; qual é a ação do ferro e seus efeitos colaterais possíveis. Explique que o tratamento pode ser mantido por três meses ou mais, visando à manutenção do nível normal de ferro.
Orientar o paciente quanto às fontes nutricionais apropriadas de ferro, tais como fórmulas e cereais enriquecidos com ferro.
Estimule o paciente a fazer perguntas e esclareça as informações quando solicitadas. Deixe que o paciente faça uma demonstração do que aprende, no que se refere à preparação e administração do fármaco.
Encaminhe o paciente para acompanhamento se possível na comunidade e no sistema de atenção à saúde domiciliar.
As instruções detalhadas asseguram a adesão.
A nutrição adequada fornece calorias suficientes e quantidades adicionais de ferro para tratar a anemia.
Explicações e demonstrações reforçam a aprendizagem. Os encaminhamentos aos recursos da comunidade e à assistência à saúde domiciliar ajudam a apoiar o paciente e asseguram a adesão ao esquema médico.
DOCUMENTAÇÃO/EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM
Anotações de Controles: - ...... - .......
Anotações de Evolução: - ...... - .......
Sumário de Alta - ...... - ....... DIAGNOSTICO DE ENFERMAGEM: Intolerancia a atividade relacionada a diminuiçao das celulas vermelhas evidenciada por fraqueza, fadiga e mal-estar. RESULTADOS ESPERADOS:
79
INTERVENÇÕES JUSTIFICATIVAS
Ajudar o cliente a estabelecer um regime regular de exercícios utilizando deambulação ou outros exercícios apropriados. a- Avaliar o nível atual de funcionamento do
cliente e desenvolver um plano de exercícios a partir dele.
Sugerir a consulta a um fisioterapeuta para determinar um programa específico de exercício para a capacidade do cliente. Ter unidades portáteis de oxigênio disponíveis, no caso de ser necessário o uso do oxigênio durante os exercícios.
1- Os músculos não-condicionados consomem mais oxigênio e impõem uma carga adicional sobre os pulmões. Através dos exercícios regulares e graduados, estes grupos musculares tornam-se mais condicionados, podendo o cliente executar mais exercícios sem se tornar dispnéico. O exercício graduado quebra este ciclo de debilitação.
DOCUMENTAÇÃO/EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM
Anotações de Controles: - ...... - .......
Anotações de Evolução: - ...... - .......
Sumário de Alta - ...... - ....... Documentação/evolução de enfermagem:
SSVV durante transfusão;
SSVV 6/6h;
Hematomas: local e tamanho;
Equimoses: local;
Aceitação da dieta;
Características de eliminações vesicais e intestinais. REFERÊNCIA BIBLIGRÁFICA CARPENITO, L.J. Planos de cuidados de enfermagem e documentação: diagnósticos de enfermagem e problemas colaborativos. 2.ed. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1999.
80
CONDUTAS DE ENFERMAGEM PARA CLIENTES COM INFECÇÃO PUERPERAL
Mariana Isabel Gonçalves Salvador.
Wilza Rocha Pereira.
DEFINIÇÃO:
Infecção puerperal é um processo infeccioso que se desenvolve no trato genital depois do
parto. Embora possa ocorrer em qualquer fase do puerpério, isso cm geral acontece nos
primeiros dez dias após o nascimento. A infecção pode ser localizada e envolver as
mamas, assim como as estruturas do canal de parto, incluindo-se a genitália externa, a
vagina, o útero e os paramétrios: ou pode espalhar-se pelo sistema circulatório ou linfático
e causar celulite pélvica, tromboflebite séptica, peritonite ou choque bacteriano.
ETIOLOGIA E FATORES DESENCADEANTES:
A infecção se deve à invasão polimicrobiana por um ou mais dos seguintes
microrganismos: bactérias anaeróbias (incluindo-se Bacteroides,
Peptostreptococcus, Peptococcus e Clostridium) e aeróbias (inclusive Escherichia
coli, estreptococos beta-hemolíticos, Klebsiella, Proteus mirabilis, Pscudomonas,
Staphylococcus e Neisseria gonorrhoeae).
O risco é maior nas pacientes com anemia e desnutrição; relações sexuais antes
do parto, quando a bolsa se rompe ou depois que já se rompeu; técnicas invasivas
durante o trabalho de parto, falhas da técnica asséptica e cuidados perineais
inadequados; trabalho de parto prolongado, principalmente quando a bolsa
amniótica se tiver rompido: ruptura prolongada da bolsa; hemorragia
especialmente se a perda sanguínea for superior a 1.000ml; parto cesáreo;
manipulação e traumatismo obstétrico.
ACHADOS FÍSICOS:
Infecção localizada da genitália externa (laceração ou episiotomia suturada; traumatismo
infectado do períneo, da vulva e da vagina, da cérvice ou ferida cirúrgica abdominal):
Febre baixa (temperatura abaixo de 38,3°C); pode haver calafrios e início rápido
de febre;
Dor localizada: dor na ferida desproporcional à extensão da reparação;
edema, eritema, necrose das bordas das feridas; bordas que se afastaram;
secreção sanguineopurulenta ou purulenta;
Disúria com ou sem retenção urinária.
Mastite
81
Ingurgitação mamária grave;
Calafrios, elevação rápida da temperatura para 38,3°C ou mais; sintomas físicos;
Mamas duras, vermelhas e doloridas; pode haver secreção purulenta pelos
mamilos;
Endometrite ou metrite:
Febre oscilante com temperaturas variando de 38,3° a 39,4°C; taquicardia
proporcional ao nível da febre;
Útero macio e hipersensível, maior do que seria previsto pelo estágio da involução;
dores no pós-parto prolongadas;
Lóquios profusos, fétidos, sanguinolentos e espumosos em alguns casos; lóquios
escassos e inodoros nas infecções por estreptococos beta-hemolíticos.
Salpingite e ooforite:
Febre de 39,4° a 40°C
Dor abdominal baixa, unilateral ou bilateral;
Parametrite ou celulite pélvica:
febre persistente (38,8° a 40°C), calafrios e sintomas físicos;
Hiperestesia abdominal freqüente, unilateral ou bilateral; dor ao exame pélvico
associada à mobilização do útero, possivelmente precedida de sinais e sintomas
de endometrite;
Pode haver fixação do útero e massa pélvica detectada ao exame físico;
Pode haver abscesso palpável por via vaginal, retal ou abdominal, dependendo da
localização; ponto focal inguinal sob a pele, que pode causar edema, eritema e
hiperestesia.
Tromboflebite:
Febre dentro de quatro a 10 dias depois do parto;
Dor, eritema e edema do membro inferior acometido;
Dor pélvica, abdominal baixa ou no flanco; calafrios e picos febris na trombofiebite
pélviea; o pico febril pode atingir 40,5ºC e, em seguida, cair subitamente;
Redução da função respiratória se houver embolia pulmonar de pequena monta.
Peritonite:
Em geral precedida de sinais e sintomas de endometrite;
Febre alta, taquicardia, respiração rápida e superficial; sintomas constitucionais;
Dor abdominal grave com rigidez;
Distensão abdominal com redução dos ruídos peristáltieo; náuseas e vômitos (em
82
geral em jato e, por fim, contendo fezes) e diarréia;
Sede excessiva ou língua acastanhada e hálito fétido
Expressão ansiosa e inquietude.
PROPEDÊUTICA DIAGNÓSTICA:
Elevação da contagem de leucócitos (leucometria) com tendência crescente ou
contagem entre 15.000 e 30.000/mm3, em geral dentro de 36 a 48 horas;
Culturas de sangue, urina e material retirado do útero revelam o agente etiológico
e confirmam o diagnóstico;
A ultra-sonografia pode mostrar sinais de tromboflebite pélvica ou femoral.
PROBLEMAS COLABORATIVOS:
Risco para infecção puerperal relacionado com o traumatismo do trabalho de parto, com o
nascimento e com a auto-inoculação, além da introdução iatrogênica dos patógenos.(?) é
DE
PLANO ASSISTENCIAL:
DIAGNOSTICO DE ENFERMAGEM: Risco para infecção puerperal relacionado com o traumatismo do trabalho de parto, com o nascimento e com a auto-inoculação, além da introdução iatrogênica dos patógenos. RESULTADOS ESPERADOS:
INTERVENÇÕES JUSTIFICATIVAS
- Verifique junto à equipe que assistiu a
paciente durante o parto:
- Dados relevantes das histórias médica e
obstétrica;
- Evolução do trabalho de parto e
nascimento, e tempo de recuperação;
- Perda sanguínea estimada;
- Anestésicos, fármacos e líquidos
parenterais administrados;
- Examine o períneo usando um foco de luz
- Essa avaliação identifica as pacientes de
alto risco. Todas as puérperas correm
risco de desenvolver infecções por causa
das áreas expostas da implantação
placentária e da decídua fina e altamente
vascularizada.
83
adequado. Observe a cor e a integridade do
períneo e avalie a episiotomia para dor,
rubor, edema, equimose, drenagem e
aproximação das bordas da ferida.
- Avalie a altura do fundo do útero e o tônus
uterino. Massageie o útero pastoso.
- Avalie os lóquios quanto ao tipo, ao
volume, ao odor e às características.
Correlacione seus achados com os
dados obtidos depois do parto.
- Examine as mamas da paciente para
eritema, dor, ingurgitação e secreção
mamilar. Correlacione seus achados com
as alterações do pucrpério normal e
verifique se a paciente está
amamentando ao seio.
- Monitore os sinais vitais da paciente
(principalmente temperatura) a cada
quatro horas, ou de acordo com a
necessidade imposta por suas
condições. Fique atenta a tendências à
pirexia (temperaturas acima de 38°C)
nos dois primeiros dias do puerpério
imediato (10 dias), excluindo-se as
primeiras 24 horas; a temperatura deve
ser aferida preferencialmente por via
oral, pelo menos quatro vezes ao dia por
técnica padronizada.
- Implemente as medidas de higiene e os
cuidados perineais. Certifique-se de que os
- A inspeção cuidadosa fornece dados
iniciais e ajuda no diagnóstico precoce
de um hematoma ou de inflamação e
infecção.
- Essa avaliação confirma que o processo
involutivo está normal. As massagens
estimulam a contratibilidade e a expulsão
dos fragmentos placentários. A infecção
está associada, em geral, à
subinvolução.
- Esse exame confirma que o processo
involutivo está normal e ajuda a detectar
sinais de infecção.
- Essa avaliação ajuda a diferenciar entre
as alterações puerperais normais e os
sinais de infecção das mamas.
- Em conjunto com o exame físico, as
tendências da temperatura ajudam a
formular um diagnóstico clínico.
84
cuidadores e a paciente estão lavando as
mãos. Limpe o períneo e troque
freqüentemente os absorventes, ofereça
banhos de assento e aplique cremes
antibióticos.
- Monitore a ingestão de líquidos e o débito
urinário da paciente e estimule a ingestão de
oito a 10 copos de 250ml por dia.
- Ajude a paciente a escolher uma dieta
balanceada; estimule a ingestão de
proteínas, vitamina C e ferro.
- Avalie os sons pulmonares, a freqüência e o
esforço respiratórios. Ajude a paciente a
realizar a higiene pulmonar, incluindo-se
tossir e respirar fundo a cada quatro horas.
- Examine as duas panturrilhas da paciente
quanto à cor, circunferência, temperatura,
sinal de Homans, pulsos e parcstcsias.
Ajude a paciente a caminhar aos poucos.
Recomende a mudança freqüente de
posição no leito.
- Estimule o repouso e o sono ininterrupto.
Programe as avaliações e os
procedimentos para a mesma hora, para
facilitar o repouso.
- Ensine à paciente a técnica correta de
lavagem das mãos para evitar infecção,
oriente-a quanto aos sinais e sintomas de
infecção e explique-lhe quando deve ligar
para o médico.
- Acompanhe as tendências da temperatura.
Monitore os sinais e sintomas de infecção.
- Monitore cuidadosamente a ingestão de
- Essas medidas limitam a exposição aos
contaminantes e promovem a
cicatrização.
- As elevações da temperatura podem ser
devidas a desidratação: o débito urinário
reflete a função renal.
- Proteínas e vitamina C facilitam a
cicatrização. O ferro ingerido com os
alimentos ou com os suplementos pode
ajudar a corrigir a anemia.
- Os exercícios respiratórios melhoram a
oxigenação e impedem a acumulação de
secreções, reduzindo risco de atelectasia
e pneumonia.
- Essa avaliação fornece dados iniciais que
podem ajudar a diagnosticar tromboflebite.
- O repouso diminui a taxa metabólica.
ampliando as reservas fisiológicas e
emocionais necessárias à cicatrização.
- A paciente que recebe alta precoce pode
estar em casa quando a infecção se
manifesta.
85
líquidos e o débito urinário; administre
líquidos IV com eletrólitos; suspenda a
ingestão de alimentos e líquidos orais, caso
a paciente tenha vômitos persistentes ou
íleo paralítico.
- Instale uma sonda nasogástrica, monitore a
aspiração nasogástrica contínua e ausculte
os ruídos peristálticos.
.
- A compilação desses dados ajuda no
diagnóstico e tratamento precoces da
infecção.
- A desidratação causada pela febre, pelos
vômitos e pela diarréia, assim como pela
retenção de líquidos associada a peritonite,
exaure os líquidos e os eletrólitos da
paciente.
- O íleo paralítico associado a peritonite
exige descompressão mecânica. A
recuperação da função intestinal é
indicada pelo desaparecimento dos
sintomas e pela capacidade de a
paciente expelir flatos.
- Uma relação positiva aumenta a confiança
e atenua a ansiedade. Por sua vez, isso
pode reduzir a comportamentos
regressivos, a raiva, a resistência e a
falta de complacência.
DOCUMENTAÇÃO/EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM
Anotações de Controles: - ...... - .......
Anotações de Evolução: - ...... - .......
Sumário de Alta - ...... - .......
86 DIAGNOSTICO DE ENFERMAGEM: Dor relacionada com os processos inflamatórios e com a retenção de exsudato. RESULTADOS ESPERADOS:
INTERVENÇÕES JUSTIFICATIVAS
- Estabeleça uma relação inicial com a
paciente e outras pessoas que lhe forem
significativas. Chame-a por seu nome
preferido.
- Avalie as características da dor, incluindo-se
o tipo, a frequência, a localização e a
intensidade.
- Reduza os estímulos ambientais que
possam distrair a paciente
- As características da dor podem ajudar na
formulação do diagnóstco médico.
- Os estímulos externos podem acentuar a
percepção da dor. As interrupções
indesejáveis dos períodos de repouso
esgotam as reservas emocionais da
paciente.
DOCUMENTAÇÃO/EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM
Anotações de Controles: - ...... - .......
Anotações de Evolução: - ...... - .......
Sumário de Alta - ...... - .......
Documentação/evolução de enfermagem:
Aspecto do períneo: dor, rubor, edema, drenagem, equimose e aproximação das
bordas;
Características do útero: altura e tônus;
Características do lóquio: odor, quantidade e cor;
SSVV de 6/6h;
CT;
Características da dor: local, intensidade e freqüência.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
MELSON, K. A. et al. Enfermagem materno-infantil: plano de cuidados. 3. ed. Rio de Janeiro: Reichmann & Affonso Ed. p. 85 – 87, 2002.
87
CONDUTAS DE ENFERMAGEM PARA CLIENTES COM GESTAÇÃO MÚLTIPLA
Maria de Fátima Rodrigues da Cunha Campos.
Wilza Rocha Pereira.
DEFINIÇÃO:
Gestação múltipla é o desenvolvimento simultâneo de dois ou mais embriões no útero. A
fertilização de dois óvulos separados resulta na formação de gêmeos dizigóticos ou
fraternos; a fertilização de um único óvulo, que se divide e dá origem a dois embriões,
resulta em gêmeos monozigóticos ou idênticos (MELSON, 2002).
ETIOLOGIA E FATORES DESENCADEANTES:
A germinação monozigótica é um processo aleatório, praticamente sem qualquer
relação com hereditariedade, idade, raça, paridade ou tratamento para fertilidade.
A germinação dizigótica é afetada por esses fatores, evidenciados por um perfil de
freqüência: raça (índices maiores nos negros e menores nos asiáticos); mulheres
que foram gêmeas dizigóticas têm um genótipo autossômico recessivo; idade e
paridade maternas aumentadas (idade acima de 35 anos; mais do que quatro
filhos); nível alto do hormônio foliculoestimulante endógeno foi implicado; o uso de
fármacos para tratar infertilidade, tais como gonadotropina ou citrato de clomifeno,
costuma levar à ovulação de óvulos múltiplos (MELSON, 2002).
ACHADOS FÍSICOS:
Tamanho uterino maior do que seria esperado pela idade gestacional; palpação de
grande número de partes fetais em todos os lados do abdome;
batimentos cardíacos fetais (BCF) diferentes e assincrônicos;
detectados na 20º semana de gestação ou mais tarde (MELSON, 2002).
PROPEDÊUTICA DIAGNÓSTICA:
A ultra-sonografia mostra dois sacos gestacionais independentes (MELSON, 2002).
CRITÉRIOS DE ALTA
Antes da alta a cliente e familia irá:
...
....
.....
88 PROBLEMA COLABORATIVO:
Desconforto relacionado com o aumento do tamanho uterino (MELSON, 2002).(?)
METAS:
INTERVENÇÕES JUSTIFICATIVAS
PLANO ASSISTENCIAL DE ACORDO COM OS PROBLEMAS IDENTIFICADOS:
DIAGNOSTICO DE ENFERMAGEM: Risco para lesão maternofetal
RESULTADOS ESPERADOS:
INTERVENÇÕES JUSTIFICATIVAS
Anote a DUM e a história materna.
Monitore o peso, a altura do fundo do
útero, os BCF e as áreas múltiplas de
atividade fetal.
Orienta a paciente quanto à necessidade
maior de repouso.
Este acompanhamento reduz a morbidade
e a mortalidade perinatais.
Alguns estudos mostram que o repouso ao
leito favorece o crescimento fetal,
aumentando o peso ao nascer e evitando
prematuridade.
DOCUMENTAÇÃO/EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM
Anotações de Controles: - ...... - .......
Anotações de Evolução: - ...... - .......
Sumário de Alta - ...... - .......
DIAGNOSTICO DE ENFERMAGEM: Desconforto.
RESULTADOS ESPERADOS:
INTERVENÇÕES JUSTIFICATIVAS
Orientar a paciente a permanecer em DLE.
Deitar-se em DLE aumenta a perfusão do
útero e dos rins, reduzindo a hipertensão
que essas pacientes tendem a
89
desenvolver.
DOCUMENTAÇÃO/EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM
Anotações de Controles: - ...... - .......
Anotações de Evolução: - ...... - .......
Sumário de Alta - ...... - .......
DIAGNOSTICO DE ENFERMAGEM: Risco para lesão relacionado ao trabalho de parto e
nascimento prematuros.
RESULTADOS ESPERADOS:
INTERVENÇÕES JUSTIFICATIVAS
Prepare a paciente para parto vaginal ou
cesáreo.
O parto vaginal pode ser tentado se o
segmento de apresentação dos gêmeos
for cefálico. O parto cesáreo está
indicado quando houver sofrimento fetal,
disfunção hipotônica do útero, anomalias
placentárias, hipertenção grave ou
diferença acentuada entre os tamanhos
dos fetos.
DOCUMENTAÇÃO/EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM
Anotações de Controles: - ...... - .......
Anotações de Evolução: - ...... - .......
Sumário de Alta - ...... - .......
DIAGNOSTICO DE ENFERMAGEM: Enfretamento individual ineficaz.
90 RESULTADOS ESPERADOS:
INTERVENÇÕES JUSTIFICATIVAS
Responda honesta e diretamente a
quaisquer perguntas que a paciente fizer.
Inclua o companheiro da paciente
nessas interações.
Tão logo seja possível, dê oportunidade para que a mãe cuide dos seus bebês.
O esclarecimento de suas dúvidas e a
inclusão do companheiro ampliam sua
capacidade de aceitação da gestação.
O manuseio dos bebês fortalece a ligação
materno-infantil.
DOCUMENTAÇÃO/EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM
Anotações de Controles: - ...... - .......
Anotações de Evolução: - ...... - .......
Sumário de Alta - ...... - .......
DOCUMENTAÇÃO/EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM:
Sinais de edema (1, 2, 3 ou 4 cruzes);
Se em trabalho de parto, duração, intensidade e intervalos de uma contração para
outra;
Peso e altura uterina diariamente;
SSVV e BCF de 6/6h.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MELSON, K. A. et al. Enfermagem materno-infantil: plano de cuidados. 3. ed. Rio de Janeiro: Reichmann & Affonso Ed. p. 49 – 52, 2002.
91 CONDUTAS DE ENFERMAGEM PARA CLIENTES COM RUPTURA PREMATURA DAS MEMBRANAS (AMINOREX)
Alexsander Pippus Ferreira. Wilza da Rocha Pereira
DEFINIÇÃO Em geral, a ruptura prematura das membranas (RPM) é o rompimento espontâneo da bolsa amniocoriônica antes do inicio do trabalho de parto. A ruptura prematura das membranas dom o feto prematuro (RPMFP) ocorre quando a gestante tiver menosde37 semanas de gravidez. Em geral, o trabalho de parto começa dentro de 24ª48 horas e o nascimento deve ser induzido em alguns dias, independente das tentativas de suprimir o trabalho de parto. As complicações podem ser infecção materna ou fetal, prolapso do cordão causado por uma apresentação fetal anormal ou segmento da apresentação pequeno, e nascimento de um bebê prematuro. ETIOLOGIA E FATORES DESENCADEANTES Em geral, a etiologia esta relacionada com infecção. Possivelmente com uma doença sexualmente transmissível. Os fatores de risco são historias de infecções sexualmente transmissíveis, habito de fumar e uso abusivo de fármacos pela mãe, nutrição inadequada, gestação gemelar, hidrâmnio, historia de insuficiência cervical ou manipulação de cérvice antes da gravidez, apresentação anormal do feto, descolamento prematuro da placenta e placenta previa. ACHADOS FÍSICOS Geniturinários .Liquido amniótico na vagina. Subjetivos .Sensação de golfada de liquido ou vazamento pela vagina. ESTUDOS DIAGNÓSTICOS
O teste da samambaia é positivo, demonstrando de cristalização semelhante à folha de samambaia ou palmeira, que indica a presença de liquido amniótico; urina, sangue ou secreções vaginais não formam essa configuração.
O pH das secreções vaginais (teste de nitrazina) varia 7.0 a 7.5: sangue, muco cervical e algumas infecções vaginais também têm pH alcalino e podem invalidar esse teste.
(veja também teste de pH para membranas infectadas). Exame simples de urina – para detectar sinais de infecção. Contagem dos leucócitos (leucometria) com diferencial: pesquisa de proteínas C
reativa – para detectar sinais de infecção. Culturas do sangue e das secreções vaginais – para comprovar sinais de infecção. Teste de pH para membranas infectadas
PH COR
Membranas 5.0 Amarelo Provavelmente 5.5 Amarelo – oliva Intactas 6.0 Verde – oliva Membranas 6.5 Azul – esverdeado Provavelmente 7.0 Azul – acinzentado Rotas 7.5 Azul – escuro
92 PROBLEMA COLABORATIVO Risco para infecção intra – uterina relacionada com a ruptura da barreira amniocoriônica (dois resultados esperados) (DE?) PRIMEIRO RESULTADO ESPERADO A paciente não terá sinais de RPM, conforme se evidencia pela ausência de vazamento de líquidos amniótico
INTERVENÇÕES JUSTIFICATIVAS
1- Investigue e documente a hora da ruptura, a cor do liquido, o volume estimado, o dor e as sensações subjetivas da paciente.
2- Investigue a historia menstrual da paciente: a regularidade, a duração, as características de casa menstruação e a data do ultimo período menstrual.
3- Meça a altura do fundo do útero. 4- Ajude o medico, a enfermeira –
obstetra ou a enfermeira clinica a realizar o exame vaginal especular, tomando as seguintes medidas:
Use água esterilizada
como liquido lubrificante. Confirme a presença de
liquido amniótico e observe suas características, principalmente o pH.
1- Um conjunto de informações precisa ajudar a formular o diagnostico e planejar o tratamento subseqüente.
2- A historia detalhada ajuda a determinar a idade gestacional e a maturidade fetal.
3- A altura do fundo do útero é usada para estimar a idade gestacional; contudo, as dimensões fetais não correspondem necessariamente à idade do feto.
4- A inspeção da vagina deve limitar-se ao mínimo necessário., caso haja ocorrido RPMFP, o exame vaginal poderá ser descartado. O exame especular por técnica asséptica reduz a introdução ou disseminação de microrganismos.
A água não altera o pH
das secreções. Urina e secreções vaginais
são acidas. O liquido amniótico é neutro ou ligeiramente alcalino (pode-se evidenciar isso no papel de nitrazina, que se cora de azul). A configuração microscópica da cristalização com padrão de samambaia confirma que o liquido é amniótico. As secreções sanguinolentas podem resultar em uma leitura positiva falsa, porque o sangue é alcalino.
DOCUMENTAÇÃO/EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM
Anotações de Controles: - ...... - .......
Anotações de Evolução:
93 - ...... - .......
Sumário de Alta - ...... - ....... SEGUNDO RESULTADO ESPERADO A paciente receberá atendimento domiciliar, caso não aparente sinais de infecção, o que se evidencia pela temperatura normal e ausência de secreção vaginal purulenta.
INTERVENÇÕES JUSTIFICATIVAS
1- Avalie se a paciente é candidata ao atendimento domiciliar. A gestante não pode ter febre e a contagem de leucócitos deve ser normal; não pode estar em trabalho de parto; a idade gestacional deve estar abaixo de 37 semanas; e não pode haver disfunção, nem doença materna ou fetal, que justifique o nascimento imediato.
2- Inicie o tratamento domiciliar conservador. Diga à paciente para:
Evitar relações sexuais e
aplicação de duchas. Referir imediatamente os
sinais e sintomas de infecção, incluindo-se temperatura acima de 38ºC e secreção vaginal espessa e de odor fétido.
Usar antibióticos profiláticos de acordo com a prescrição, caso seu medico tenha prescrito esse tratamento.
3- Se a idade gestacional for maior que 33 semanas, prepare-se para o parto. Pode ser necessário realizar o trabalho de parto introduzido ou parto Cesário.
1- Caso não haja infecção, o tratamento conservador pode dar tempo para que o feto se desenvolva e amadureça no útero.
2- A paciente que será tratada em casa deve receber recomendações especificas.
A penetração vaginal de
qualquer tipo pode causar infecção.
Febre ou secreção espessa e fétida indica infecção em atividade.
Embora a eficácia dos antibióticos profiláticos seja questionável, o medico pode prescrevê-lo por precaução.
3- Idade gestacional mais avançada
e maturidade fetal associada são fatores relacionados com mortalidade neonatal mais baixa. Caso o trabalho de parto espontâneo neo não comece dentro de seis horas após a RPM, paciente pode necessitar de ocitocina para induzi-la. Quando as membranas estiverem rotas, o nascimento devera ocorrer no intervalo ideal de 18 a 20 horas. Nascimento por parto Cesário está indicado quando não for possível induzir o trabalho de parto, ou se o feto estiver em apresentação de nádegas ou transversa.
DOCUMENTAÇÃO/EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM
Anotações de Controles: - ...... - .......
Anotações de Evolução:
94 - ...... - .......
Sumário de Alta - ...... - ....... DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM: Medo relacionamento coma RPM e com a ameaça ao bem-estar do feto. RESULTADO ESPERADO A paciente sentira menos medo.
INTERVENÇÕES JUSTIFICATIVAS
1- Fale tranqüila e pausadamente. Explique os procedimentos e os exames antes que sejam realizados; mantenha a paciente e seu companheiro informados acerca da sua evolução.
1- O medo da ameaça ao bem-estar fetal é real eo prognóstico do feto pode ser comprometido. Uma avaliação realista das condições maternas e das implicações para o feto pode transmitir à gestante certas sensações de controle, atenuar seus medos e possibilitar a lamentação antecipada pelo nascimento de um bebê prematuro.
DOCUMENTAÇÃO/EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM
Anotações de Controles: - ...... - .......
Anotações de Evolução: - ...... - .......
Sumário de Alta - ...... - ....... Documentação Durante a internação hospitalar, documente o seguinte:
O estado da paciente e os resultados da avaliação, principalmente o aspecto das
secreções vaginais, a hora em que as membranas romperam e a idade gestacional.
Quaisquer alterações do estado da paciente, principalmente sinais de que o trabalho de parto está começando.
Resultados dos exames laboratoriais e diagnósticos pertinente a, teste do pH para membranas intactas, resultados do teste da samambaia, leucometria com contagem diferencial e resultados das culturas.
Quaisquer alterações do estado fetal, incluindo-se atividade, batimento cardíaco e alterações ultrasonográficas.
Resposta da paciente ao tratamento, em especial aos antibióticos profiláticos. Recomendações e instruções transmitidas à paciente e aos familiares.
95 Recomendações para o planejamento da alta ou do acompanhamento. Planos e a apêndices relacionados Parto cesáreo Tamanho ou peso inadequado: pequeno para a idade gestacional. Trabalho de parto e nascimento por via vaginal. Pré-natal normal. Trabalho de parto induzido ou intensificado pela ocitocina. Lactente prematuro. Trabalho de parto prematuro. Sepse e doenças infecciosas do recém nascido. Aspectos da assistência psicológica à mãe (apêndice D)
Outros diagnósticos de enfermagem Padrões de sexualidade alterados, relacionados com a abstinência sexual
prescrita por motivos médicos. Risco para traumatismo fetal relacionado com a compressão pelo cordão. Distúrbio da auto-estima relacionado com a impossibilidade de dar à luz um feto a
termo. MELSON, K. A et al. Enfermagem materno-infantil: plano de cuidados. 3 ed. Rio de Janeiro: Reichmann 7 Affonso Ed. P 77 – 79, 2002.
96 CONDUTAS DE ENFERMAGEM PARA CLIENTES COM HIPEREMESE GRAVÍDICA
Eliane Vicentina do Rosário Wilza da Rocha Pereira
DEFINICAO A hiperemese gravídica consiste em vomito persistente após a 12º semana de gestação e em especial da 16º semana (Nina, 1997), levando a alteração do balanço hidroeletrolítico, perda de peso de 5% ou mais, cetose ou cetonúria, lesão hepática, lesão renal, hemorragia retiniana que acarretam risco de mortalidade materna elevado, por isso segundo, esses problemas devem ser tratados antes que ocorram lesões fetais ou maternas significativas. Com tratamento apropriado, o prognostico em geral é bom. Segundo Benzecry (2000), o prognostico tem melhorado a situação de descompensação grave é cada vez mais rara. Isto se deve a melhora do atendimento obstétrico, intuição precoce das medidas terapêuticas e melhores conhecimento da fisiologia da gravidez. ETIOLOGIA E FATORES DESENCADEANTES Coincide com os níveis elevados da gonadotropina coriônica humana da gravidez e também com as concentrações ainda maiores desse hormônio que ocorrem na gestação gemelar ou de mola hidatiforme;
Hipoglicemia resultante dos distúrbios do metabolismo dos carboidratos no inicio da gravidez;
Hipertireidismo; Fatores psicológicos: segundo Tedesco (1997), a rejeição da gravidez deve ser
considerada como um fator importante na origem da hiperemese gravidica. Observa-se rotineiramente que as gravidezes indesejadas são mais frequentemente acompanhadas de vômitos. A hiperemese gravidica pode ainda ocorrer devido à rejeição ao marido e ao coito, auto-punição, imaturidade psicológica generalizada.
ACHADOS FISICOS Os achados físicos mais comuns concernentes a hiperemese gravidica são:
CARDIOVASCULARES: taquicardia, hipotensão, vertigem, sincope; GASTRINTESTINAIS: náuseas intensas, vômitos copiosos, sangramento pelas
mucosas, salivação excessiva; GENITURINÁRIOS: oligúria, cetonúria; TEGUMENTARES: pele seca e pálida; redução do turgor, mucosas e lábios
secos, globos oculares encovados, icterícia; METABÓLICOS: febre baixa, anormalidades do peso (impossibilidade de ganhar
peso, ou emagrecimento real), hálito cetótico; NEUROLÓGICOS: letargia, confusão, sonolência, polineurite ou neuropatia
periférica; SUBJETIVOS: gosto amargo na boca, sensação de sede.
PROBLEMAS COLABORATIVOS
Balanço negativo de nitrogênio (carpenito, 2001). Volume de liquido diminuído, devido aos vômitos prolongados.
ALTERAÇÕES MAIS COMUNS NOS EXAMES CLÍNICOS E LABORATORIAIS EXAME CLÍNICO:
97
Desidratação, Presente
Pulso Rápido e fino (>100 bpm),
Pele e mucosas Ressecadas
Face e olhos Encovados
EXAMES LABORATORIAIS:
EXAME LABORATORIAL
RESULTADO ENCONTRADO NA HIPERÊMESE GRAVIDICA
Hemoglobina e hematócrito. Aumentados
Densidade urinária Aumentada
Uréia, acido úrico e nitrogênio não – protéico. Aumentados
Potássio, sódio, cloreto e proteínas. Diminuídos
Vitaminas Diminuídos
Hormônios estimuladores da tiróide, da tiroxina e da tiriodotironina.
Aumentados
EAS Presença de cetonas e possivelmente proteína.
PLANO ASSISTENCIAL DE ENFERMAGEM PARA A HIPEREMESE GRAVÍDICA DIAGNOSTICO DE ENFERMAGEM: Queixa de vômitos persistentes e prolongados
RESULTADOSESPERADOS
INTERVENÇÕES JUSTIFICATIVAS * Avaliar os vômitos, anotando as características como inicio e duração; hora do dia em que ocorrem; sua relação com a ingestão alimentar, e fatores desencadeantes e atenuantes. Para cada episodio, anotar a cor, o volume e a consistência dos vômitos e a presença de alimentos não-digeridos, muco, sangue ou bile. ** examine o abdome da paciente a cada 2 horas, ou de acordo com a gravidade do estado da paciente, incluindo; dimensões, contorno e ruídos peristálticos; dor, hiperestesia e defesa. Alem disso, verifique os sinais vitais.
* Os vômitos podem levar à perda das secreções gástricas acidas, ou dos produtos alcalinos do trato gastrintestinal inferior; a avaliação adequada á fundamental para se evitar o desenvolvimento distúrbios acidobásicos e eletrolíticos. ** a avaliação cuidadosa pode ajudar a diagnosticar vários distúrbios que provocam vômitos, incluindo-se doenças hepáticas, infecção renal, pancreatite, obstrução ou lesões do trato gastrintestinal, efeitos tóxicos dos fármacos e lesões intracranianas.
DOCUMENTAÇÃO/EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM
Anotações de Controles: - ...... - .......
Anotações de Evolução: - ...... - .......
Sumário de Alta
98 - ...... - ....... DIAGNOSTICO DE ENFERMAGEM: Emagrecimento (?)
RESULTADOSESPERADOS
INTERVENÇÕES JUSTIFICATIVAS Pesar a paciente diariamente às 6 horas. Anotar os padrões de ganho ponderal.
A uniformidade assegura determinações precisas e reduz as variações diurnas. Ganhos ponderais totais na faixa de 11 a 16 kg são ideais para o crescimento fetal e para a adaptação materna. A paciente deve ganhar 1 a 2 kg no primeiro trimestre e 0.4kg por semana, ate o final da gravidez.
DOCUMENTAÇÃO/EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM
Anotações de Controles: - ...... - .......
Anotações de Evolução: - ...... - .......
Sumário de Alta - ...... - ....... DIAGNOSTICO DE ENFERMAGEM: Pele e mucosas desidratadas
RESULTADOSESPERADOS
INTERVENÇÕES JUSTIFICATIVAS Monitorar a paciente para sinais de pele seca com turgor reduzido e mucosas ressecadas.
O déficit de volume de líquidos interfere nos mecanismos homeostáticos e ameaça o bem – estar materno – fetal.
DOCUMENTAÇÃO/EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM
Anotações de Controles: - ...... - .......
Anotações de Evolução: - ...... - .......
Sumário de Alta - ...... - .......
99
DIAGNOSTICO DE ENFERMAGEM: Déficit de volume de líquidos.
RESULTADOSESPERADOS
INTERVENÇÕES JUSTIFICATIVAS Idem anterior. Idem anterior.
DOCUMENTAÇÃO/EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM
Anotações de Controles: - ...... - .......
Anotações de Evolução: - ...... - .......
Sumário de Alta - ...... - .......
DIAGNOSTICO DE ENFERMAGEM: Medo devido a hospitalização e/ou resultado da
gravidez.
RESULTADOSESPERADOS
INTERVENÇÕES JUSTIFICATIVAS Aceite as respostas verbais e não – verbais da paciente à sua doença.
A aceitação favorece a comunicação e a confiança.
DOCUMENTAÇÃO/EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM
Anotações de Controles: - ...... - .......
Anotações de Evolução: - ...... - .......
Sumário de Alta - ...... - .......
DIAGNOSTICO DE ENFERMAGEM: Dor abdominal devido aos episódios repetidos de
vômitos.
RESULTADOSESPERADOS
INTERVENÇÕES JUSTIFICATIVAS * Assegure um ambiente limpo e livre de * Alguns odores podem provocar vômitos.
100
odores. Mantenha uma bacia para vômitos e uma comadre fora do campo de visão, mas ao alcance da paciente. Mantenha o carrinho de alimentos longe do quarto da paciente. Tire a bandeja do quarto da paciente logo que possível depois que ela terminar a refeição. ** Faça a higiene oral antes de cada refeição e o lanche e após cada episodio de vômitos. *** coloque a paciente na posição de Fowler elevada ou sentada em posição ereta, por 30 minutos após cada refeição.
** A higiene oral cuidadosa contribui para o conforto e o bem – estar da paciente. A higiene oral após o vomito reduz o contato das secreções ácidas com os dentes. *** A posição Fowler diminui o refluxo gástrico.
DOCUMENTAÇÃO/EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM
Anotações de Controles: - ...... - .......
Anotações de Evolução: - ...... - .......
Sumário de Alta - ...... - ....... BIBLIOGRAFIA CONSULTADA CARPENITO, Lynda Juall. Planos de cuidados de enfermagem e documentação: Diagnósticos de enfermagem e problemas colaborativos. Tradução de Ana Maria Vasconcellos. Porto Alegre: Atheneu, 1999. P. 145 – 146. Titulo original: Nursing care plans and documentation: nursing diagnoses and colaborative problems. DUNCAN, Bruce B. Et al. Medicina ambulatorial: condutas clinicas atenção primaria. Porto Alegre: Artmed, 1996. 2º ed.p. 476 – 479.
101 CONDUTAS DE ENFERMAGEM PARA CLIENTES COM ISOIMUNIZAÇÃO Rh
Eliane Vicentina do Rosário Wilza da Rocha Pereira
DEFINIÇÃO É uma resposta de sensibilização medica por antígenos e por anticorpos, que leva ao desenvolvimento de anticorpos da mãe dirigidos contra as hemáceas do feto. A transferência desses antígenos ao feto pela placenta destrói suas hemáceas e causa anemia hemilitica e hiperbilirrubinrmia. Vários antígenos podem provocar essa resposta de incompatibilidade (grupo ABO; Rh D, C, ce; outros grupos sanguíneos), mas o genótipo Rh D esta associado ao potencial antigênico mais grave. Caso não seja tratada, os efeitos para o feto são eritroblastose fetal, coreoatetose, déficits neurológicos e sensoriais, e morte. O prognostico fetal ou neonatal costuma ser sombrio, mas o reconhecimento das pacientes que ainda não foram sensibilizadas e a profilaxia farmacológica tem reduzido drasticamente essa evolução desfavorável. ETIOLOGIA E FATORES DESENCADEANTES
A produção de anticorpos anti-rh pela gestante de Rh negativo é estimulada pela exposição ao antígeno Rh durante a gravidez de um feto de Rh positivo, transfusão de sangue incompatível e sangramento matenofetal associado a deslocamento prematuro da placenta ou a placenta previa. A primeira gravidez, seja a termo, de feto natimorto, abortado, ectópico ou molar, em geral não traz problemas. O risco de sensibilização aumentada a cada gestação subseqüente.
A paciente sob risco e seu cônjuge tem Rh positivo; a descendência basca aumenta esse risco.
ACHADOS FISICOS Nenhum – materno. ESTUDOS DIAGNÓSTICOS
A triagem materna para grupo sanguíneo ABO e fator Rh identifica as gestantes de risco.
Títulos dos anticorpos maternos: teste de Coombs indireto positivo indica que a gestante já tem anticorpos ant - Rh.
PLANO ASSISTENCIAL DE ENFERMAGEM PARA ISOIMUNIZACAO Rh DIAGNOSTICO DE ENFERMAGEM: Risco de desenvolver incompatibilidade sanguínea
materno-fetal, reconhecida pela triagem do grupo sanguíneo ABO ou fator pelo Rh
negativo.
RESULTADOSESPERADOS
INTERVENÇÕES JUSTIFICATIVAS * Revisar: grupo sanguíneo ABO e fator Rh da paciente e do seu parceiro sexual;
* A comprovação de que a paciente esta sob risco possibilita seu tratamento
102
historia materna, incluindo historia de transfusão de sangue ou produtos sanguíneos, plasmaferese ou amniocentese e injeções de imunoglobulinas Rh aplicadas após parto ou abortamento anteriores. ** Encaminhar a mãe com Rh positivo e o pai com Rh positivo para estudos do grupo sanguíneo, do fator Rh e da zigotagem.
precoce. A transferência de eritrócitos fetais para a circulação materna pode ocorrer durante o parto, em geral por ocasião do desprendimento da placenta; transfusões sanguíneas incompatíveis podem transferir o antígeno, condição em que o sangue da circulação materna. ** Os resultados laboratoriais confirmam a historia.
DOCUMENTAÇÃO/EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM
Anotações de Controles: - ...... - .......
Anotações de Evolução: - ...... - .......
Sumário de Alta - ...... - .......
DIAGNOSTICO DE ENFERMAGEM:
RESULTADOSESPERADOS
INTERVENÇÕES JUSTIFICATIVAS Paciente Rh D
* Administração IM de imunoglobulina provoca as seguintes conseqüências: sua administração a uma paciente com Rh positivo provoca lise das hemáceas; uma dose de 300 mcg suprime a resposta imune materna a 15 ml de hemáceas de Rh positivo. Após um abortamento, são necessárias apenas 50 mcg; a administração pré-natal pode reduzir a incidência de isoimunização associada ao sangramento materno-fetal imperceptível.
DOCUMENTAÇÃO/EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM
Anotações de Controles: - ...... - .......
Anotações de Evolução: - ...... - .......
Sumário de Alta - ...... - .......
103
DOCUMENTAÇÃO/EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM
Anotações de Controles: - ...... - .......
Anotações de Evolução: - ...... - .......
Sumário de Alta - ...... - ....... DIAGNOSTICO DE ENFERMAGEM:
RESULTADOSESPERADOS
INTERVENÇÕES JUSTIFICATIVAS * Administração IM de imunoglobulina
provoca as seguintes conseqüências: sua administração a uma paciente com Rh positivo provoca lise das hemáceas; uma dose de 300 mcg suprime a resposta imune materna a 15 ml de hemáceas de Rh positivo. Após um abortamento, são necessárias apenas 50 mcg; a administração pré-natal pode reduzir a incidência de isoimunização associada ao sangramento materno-fetal imperceptível.
DOCUMENTAÇÃO/EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM
Anotações de Controles: - ...... - .......
Anotações de Evolução: - ...... - .......
Sumário de Alta - ...... - .......
DIAGNOSTICO DE ENFERMAGEM: Paciente Rh D negativo, foi sensibilizada e esta
gerando um feto sob risco.
RESULTADOSESPERADOS
INTERVENÇÕES JUSTIFICATIVAS * Monitorar repetidamente os títulos dos * Os diagnósticos da isoimunização é
104
anticorpos, para determinar o grau da sensibilização materna: mensalmente ate as 24º semana, a cada 15 dias entre a 25º e 40° semanas e semanalmente antes da data provável do parto.
fundamental; caso não seja, essa condição acarreta taxa de mortalidade perinatal de 30%.
DOCUMENTAÇÃO/EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM
Anotações de Controles: - ...... - .......
Anotações de Evolução: - ...... - .......
Sumário de Alta - ...... - ....... DOCUMENTACAO: durante a consulta na clinica ou a internação hospitalar.
O estado da paciente e os resultados da avaliação; Quaisquer alterações no estado da paciente; Os resultados dos exames laboratoriais e os diagnósticos pertinentes; Condições do feto – atividade, batimentos cardíacos e maturidade; Respostas da paciente e do feto ao tratamento. Respostas da paciente e sua família frente à possibilidade de um prognostico fetal
desfavorável; Recomendações e instruções transmitidas à paciente e sua família; Recomendações para o planejamento da alta.
105
CONDUTAS DE ENFERMAGEM PARA CLIENTES COM DOENÇA TROMBOEMBÓLICA
Maria de Fátima Rodrigues da Cunha Campos.
Wilza Rocha Pereira.
DEFINIÇÃO:
Doença tromboembólica é urna complicação do puerpério, que inclui dois tipos de trombose venosa
profunda (TVP) – tromboflebite e flebotrombose. Tromboflebite é a formação de um trombo ou
coágulo depois da inflamação da veia. O processo inflamatório pode fazer com que o trombo fique
fixado mais firmemente à veia, reduzindo as chances de desprendimento e embolia. Flebotrombose
é a formação de um coágulo sem inflamação, provavelmente associada a um risco maior de
desprendimento e embolia pulmonar subseqüente. Todos os trombos podem se desprender e
causar embolia (MELSON, 2002).
ETIOLOGIA E FATORES DESENCADEANTES:
Os fatores de risco são história de uso de anticoncepcionais orais e de trombose venosa, obesidade
e inatividade ou ficar sentada por períodos longos durante a gravidez (MELSON, 2002).
ACHADOS FÍSICOS:
CARDIOVASCULARES:
TVP:
Febre baixa inicialmente, seguida de pirexia e calafrios: taquicardia;
Dor e edema acentuados da extremidade afetada, mais comumente na perna esquerda:
início súbito;
Pode haver aumento da temperatura da extremidade ou sinal de Homans positivo.
TROMBOFLEBITE SUPERFICIAL:
Elevação discreta da temperatura, que pode ser normal;
Aumento ligeiro da freqüência do pulso;
Calor, rubor e hiperestesia na região afetada.
SUBJETIVO:
Dor na panturrilha (MELSON, 2002).
106
PROPEDÊUTICA DIAGNÓSTICA:
A história e o exame físico detalhados e completos podem proporcionar dados suficientes
para firmar o diagnóstico definitivo e, talvez, tornar desnecessária a realização de outros
exames diagnósticos;
A ultro-sonografia com Doppler detecta redução ou obstrução do fluxo sangüíneo venoso;
A pletimografia ( ? Citar o que significa) de impedância mostra o volume de sangue que está
passando pela veia afetada;
A flebografia confirma o trombo e a obstrução do fluxo venoso (MELSON, 2002).
CRITÉRIOS DE ALTA
PROBLEMAS COLABORATIVOS: INSERIR
PLANO ASSISTENCIAL
DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM: Perfusão tissular prejudicada (periférica) relacionada com a
estase venosa (MELSON, 2002) .
RESULTADOS ESPERADOS:
INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM JUSTIFICATIVA
Verifique junto à equipe que assistiu ao parto os
dados relevantes das histórias médica e
obstétrica, o tipo e a hora do nascimento, a
duração do trabalho de parto, os anestésicos
ou analgésicos administrados e as
complicações observadas depois do parto.
Examine as duas coxas e panturrilhas
quanto a circunferência, cor, temperatura,
Essas informações ajudam a identificar as pacientes
de alto risco: mulheres com história de varizes ou
tromboses, imobilidade prolongada associada ao
parto cirúrgico ou à posição de litotomia e
complicações do pós-parto.
Essa avaliação fornece dados iniciais e facilita o
diagnóstico precoce da disfunção.
107
pulsos periféricos, dor, parestesia,
paralisia e sinal de Homans.
Monitore os sinais vitais, principalmente a
temperatura.
Monitore e notifique sinais de trombose
venosa superficial.
Monitore e notifique imediatamente sinais de
TVP incluindo-se: início súbito de dor
intensa na perna ou na coxa,
acompanhada de edema; pode haver
sinal de Homans positivo; aumentos da
temperatura e da freqüência do pulso com
calafrios.
Mantenha a paciente em repouso ao leito.
Eleve toda a perna afetada com um
travesseiro. Evite comprimir a região
poplítea.
Não posicione a paciente com os joelhos
fletidos ou com as pernas para cima.
Aplique compressas mornas na perna
afetada; coloque-as por 10 minutos a
cada hora.
Depois que o processo inflamatório agudo
regredir, ajude a paciente a andar
progressivamente. Aplique calças elásticas bem
Febre baixa e persistente pode indicar inflamação.
Embora a trombose venosa superficial seja
considerada menos grave, porque o risco de
embolia é menor, esses sinais ainda assim devem
ser notificados.
Flegmasia alba dolens, ou “perna leitosa”, é uma
complicação grave do período puerperal, que
em geral envolve o sistema venoso profundo
desde a virilha até o pé e pode gerar êmbolos
potencialmente fatais.
O repouso ao leito reduz a pressão do sistema venoso
periférico. A elevação do membro facilita o retorno
venoso ao coração.
Essas posições podem impedir o fluxo periférico
ou levar à acumulação do sangue na pclve,
desse modo comprometendo um sistema já
enfraquecido.
As compressas mornas causam vasodilatação.
aumenta o fluxo sanguíneo e atenua a dor, mas
a paciente ainda assim pode necessitar de
analgésicos.
As calças ou meias elásticas de sustentação
comprimem as veias superficiais e facilitam o fluxo
venoso profundo.
108
adaptadas ou meias compressivas
pneumáticas.
DOCUMENTAÇÃO/EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM
Anotações de Controles: - ...... - .......
Anotações de Evolução: - ...... - .......
Sumário de Alta - ...... - .......
DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM: Perfusão tissular prejudicada (cardiopulmonar) relacionada
com embolia secundária ao desprendimento de um trombo das veias profundas.
RESULTADOS ESPERADOS:
INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM JUSTIFICATIVA
Monitore e notifique imediatamente sinais de
depressão da função cardiopulmonar,
incluindo-se: qualquer alteração
inespecífica depois de uma evolução
puperperal sem complicações, tais como
dor torácica vaga, ansiedade ou
apreensão; freqüência respiratória acima
de 20movimentoss/minuto; dor torácia,
falta de ar, taquipnéia, inquietude, palidez
ou sudorese; pode haver estertores, atrito
pleural ou aumenta da pressão jugular.
O tratamento com agentes anticoagulantes deve ser
iniciado quando houver suspeita ou embolia
confirmada, visando à redução do risco de
formação acidental de trombos potencialmente
fetais. Os sintomas clássicos como dor pleurítica,
hemoptise e dispinéia não ocorrem frequentemete;
a aceleração da freqüência respiratória é o sinal
mais comum e confiável de embolia.
DOCUMENTAÇÃO/EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM
Anotações de Controles: - ...... - .......
Anotações de Evolução: - ...... - .......
109 Sumário de Alta
- ...... - .......
DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM: Risco para déficit de volume de líquidos relacionados com
perda sangüínea secundária a dosagem excessiva de heparina (MELSON, 2002).
RESULTADOS ESPERADOS:
INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM JUSTIFICATIVA
Monitore os sinais de sangramento,
incluindo-se epistaxe, hematemese, fezes
escuras e semelhantes ao alcatrão
hematúria, equimoses, petéquias,
sangramento prolongado nos locais
submetidos a procedimentos invasivos e
exsudação sanguinolenta ou sangramento
por qualquer oriticio.
Disponha de sulfato de protamina a 1 % para
uso imediato.
Esses sinais de sangramento em geral precedem uma
hemorragia profusa.
O sulfato de protamina inativa a heparina.
DOCUMENTAÇÃO/EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM
Anotações de Controles: - ...... - .......
Anotações de Evolução: - ...... - .......
Sumário de Alta - ...... - .......
DIAGNOSTICO DE ENFERMAGEM:
INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM JUSTIFICATIVA
110
DOCUMENTAÇÃO/EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM
Anotações de Controles: - ...... - .......
Anotações de Evolução: - ...... - .......
Sumário de Alta - ...... - .......
DOCUMENTAÇÃO/EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM
Anotar e comunicar o estado da paciente e dados de BH;
Anotar e comunicar dor: tipo, localização, freqüência e intensidade;
Anotar e comunicar o progresso da paciente em relação a deambulação;
Anotar SSVV de 6/6h mais FR de 4/4h e comunicar se FR maior que 20 irpm;
Anotar e comunicar sinais de sangramento.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
MELSON, K. A. et al. Enfermagem materno-infantil: plano de cuidados. 3. ed. Rio de Janeiro: Reichmann & Affonso Ed. p. 145 – 147, 2002.
111
CONDUTAS DE ENFERMAGEM PARA CLIENTES COM CÂNCER DE MAMA
Geraldo Menezes Mendes
Wilza Rocha DEFINIÇÃO
Os tumores benignos tem como característica limites perfeitamente
circunscritos, mobilidade e deslocamento nos tecidos que os rodeiam; não comprometem e não existe lesão dos gânglios linfáticos da cadeia a axilar ou das cadeias laterais do pescoço. Uma vez extirpados não voltam a reproduzir-se. Este tumores ocorrem em qualquer idade. Suas dimensões são muito variáveis, mas sempre encontram-se delimitados ao resto do tecido, sendo sua evolução lenta e pouco dolorosa.
Os tumores malignos são de limites difusos, com uma invasão dos tecidos que os rodeiam; extensivo aos gânglios linfáticos e possibilidade de reaparecer depois de sua extirpação aparentemente definitiva. O câncer mamário costuma ser observado principalmente no quadrante súpero-lateral da mama, ou seja, aquele situado perto da axila.
Normalmente a mulher apalpa uma massa de consistência dura, de limites pouco definidos, com dimensões que variam do tamanho de uma noz ao de uma laranja. A apalpação não provoca dor. Um dos sintomas mais típicos dos tumores de mamas malignos é a retração do mamilo que, comparativamente ao da outra mama sadia produz assimetria e às vezes apresenta sangramento.
ETIOLOGIA E FATORES DESENCADEANTE
Não há uma causa única e específica de câncer de mama, mas sim
uma série de eventos genéticos, hormonais e, possivelmente, ambientais que podem contribuir para seu desenvolvimento. Crescente evidências indicam que as alterações genéticas estão associadas ao câncer de mama, embora não se saiba o que causa as alterações genéticas. Estas alterações genéticas incluem mudanças ou mutações em gentes normais, e a influência de proteínas que ou suprimem ou promovem o desenvolvimento do câncer de mama. Os hormônios esteróides produzidos pelos ovários têm um papel importante no câncer de mama. Dois hormônios ovarianos importantes, o estradiol e a progesterona, estão alterados no ambiente celular, podendo afetar os fatores de crescimento para o câncer de mama. (Brunner & Suddarth, 1999). Os fatores de risco segundo Brunner e Suddarth inclui:
Uma história pessoal de CA Mama;
As filhas ou irmã (parentes de primeiro grau) de mulheres com câncer de
mama;
Menarca precoce;
Nuliparidade;
Menopausa tardia;
História de uma doença mamária benigna;
112
A exposição a radiação ionizante;
Obesidade;
Contraceptivos orais;
Terapia de reposição hormonal;
Ingestão de álcool.
ACHADOS FÍSICO MAIS COMUNS CONCERNENTES
Os cânceres de mama podem ocorrer em qualquer parte da mama, mas a maioria surge
no quadrante superior externo, onde a maior parte do tecido mamário está situada. Os cânceres de
mama são mais comuns na mama esquerda. Em geral, as lesões são insensíveis, ao invés de
dolorosas: fixas, ao invés de móveis: e rijas com bordas irregulares, ao invés de encapsuladas e
lisas. As queixas de dor difusa na mama e sensibilidade ocorrendo na época d~ menstruação em
geral estão associadas a doença mamária benigna. Entretanto, uma acentuada dor na
apresentação pode estar associada a câncer de mama em estágios posteriores.
Com o crescente uso da mamografia, mais mulheres estão procurando tratamento
nos estágios iniciais da doença. Estas mulheres podem não ter sintomas e nenhuma massa
palpável, mas lesões anormais foram detectadas na mamografia. Infelizmente, muitas mulheres
com doença avançada só procuram o tratamento inicial após ignorarem os sintomas. Por exemplo,
elas podem procurar a assistência devido às depressões ou peau d’orange (pele em casca de
laranja), unia condição causada pela tumefação resultante da circulação linfática obstruída na
camada da derme. A retração de mamilo e as lesões fixas à parede torácica também podem ser
evidentes. As metástases para a pele são manifestadas por lesões ulcerativas e fúngicas.
Certamente, estes sinais e sintomas clássicos caracterizam o câncer de mama nos estágios
posteriores. Entretanto, um alto índice de suspeita deve ser mantido para qualquer anomalia
mamária, uma imediata avaliação. (Brunner & Suddarth, 1999).
Geralmente relatado como um “caroço” pelas pacientes. Deve-se dar
grande atenção ao seu relato, uma vez que esta é a principal forma de
apresentação do câncer mamário e das demais neoplasias da mama. Geralmente
no quadrante superior externo por ser a região mais rica em tecido glandular.
(Oliveira, 2000).
PROCEDÊNCIA DIAGNÓSTICA
A Identificação de fatores de risco e sinais iniciais das doenças
mamárias, o que pode ser facilmente atingido com uma investigação clínica
cuidadosa. Esta investigação compreende uma anamnese e exame clínico
adequados, os quais, mesmo com os avanços tecnológicos nos métodos
113
propedêuticos em mastologia, ainda correspondem aos principais métodos de
identificação das patologias mamárias em nosso meio. (Oliveira, 2000).
As técnicas para determinar o diagnóstico histológico e tissular do
câncer de mama incluem a aspiração com agulha fina. biópsia excisional (ou
aberta), biópsia do cerne c a localização com agulha (descrita antes).
PROBLEMAS COLABORATIVOS OU QUE AGRAVA A PATOLOGIA DE
BASE(?)
DOR
A dor mamária é uma das queixas mais freqüentes no consultório e
uma das que mais preocupam as pacientes. Apesar da subjetividade do sintoma,
merece uma adequada investigação.
Processos neoplásicos raramente são acompanhados de dor,
independente do seu caráter benigno ou maligno. Exceção aos casos mais
avançados com acometimento da inervação da glândula mamária.
MASTITES
Aguda: acomete a mulher principalmente no período
puerperal. Associada a sinais flogísticos locais bem característicos (dor, eritema,
calor, além do abaulamento da mama acometida e de fissuras mamárias) e de
manifestações gerais como febre, calafrios, cefaléia, anorexia e mal-estar.
Crônica: abscessos subareolares recidivantes, os quais têm
freqüentes reagutizações e maior incidência entre as tabagistas.
PROCESSOS INFLAMATÓRIOS DE ESTRUTURAS ADJACENTES
1. Osteocondrite external (síndrome Tietze);
2. Tromboflebite das veias subcutâneas da parede torácica (de
síndrome Mondor). Caracteriza-se pela presença de um
cordão fibroso doloroso que acompanha o trajeto de uma
dessas veias.
3. Herpes-zoster.
4. Mialgias.
DERRAMES PAPILARES
114
Os derrames papilares são caracterizados pela eliminação de
secreção pelo mamilo e/ou pela aréola (pseudoderrames). Podem ser de origem
funcional ou patológica e devem ser caracterizados em relação:
1. Origem.
2. Espontâneo/provocado.
3. Uni/bilateral.
4. Único ducto/Vários ductos.
5. Contínuo/intermitente/cíclico.
6. Características da secreção (serosa, serossanguinolenta,
purulenta, Láctea, outras). (Oliveira, 2000).
115
CONDUTAS DE ENFERMAGEM PARA CLIENTES COM GRAVIDEZ E
CÂNCER DE MAMA
De 2 a 5% dos cânceres de mama ocorrem em mulheres grávidas. A
detecção de massas, mudanças no tecido mamário e grumos é mais difícil durante
a gravidez. devido às alterações fisiológicas normais que ocorrem neste período.
Como muitas mulheres descontinuam o auto-exame das mamas por estarem
grávidas, um aspecto importante de promoção de saúde é estimular este exame
durante a gestação.
Se for encontrada uma massa na mulher grávida, são indicadas a
mamografia com a proteção apropriada, a aspiração com agulha e a biópsia. O
tratamento é basicamente o mesmo que em outras mulheres. embora a radiação
esteja contra-indicada na gestação. Alguns oncologistas começam a quimioterapia
logo na 16. semana de gestação. pois os órgãos fetais já estão formados nesta
época. Se for necessário tratamento sistêmico, é feita uma cesariana tão logo a
segurança do feto o permita. Se for encontrada uma massa enquanto a mulher
está amamentando. ela é aconselhada a parar de amamentar para permitir que a
mania involua (retorne a seu estado basal) antes da cirurgia. Se for detectada uma
doença agressiva logo no início da gravidez e for aconselhada uma quimioterapia,
o término da gravidez é uma escolha que algumas pacientes devem considerar.
(Brunner & Suddarth, 1999).
Lista de Problemas mais comuns: Relativos as patologias e listado de acordo com as necessidade humanas básicas afetada.
DIAGNOSTICO DE ENFERMAGEM: Medo e estratégia ineficaz de enfrentamento do estresse relacionados ao diagnóstico de câncer de mama, seu tratamento e prognóstico.
,RESULTADOS ESPERADOS
INTERVENÇÕES JUSTIFICATIVAS
1. Comece a preparação emocional da
paciente (e companheiro) tão logo ela
seja informada da hipótese
diagnóstica.
2. Avalie:
1. Isto possibilita que a paciente inicia as
respostas de adaptação.
2. Estes fatores afetam fortemente o
comportamento da paciente e sua habilidade
em lidar com o diagnóstico, cirurgia e
116 a. Experiência pessoal com o câncer de
mama e conhecimentos sobre a
doença
b. Mecanismos de adaptação na crise
c. Sistemas de apoio
d. Estado afetivo em relação ao
diagnóstico
3. Informe a paciente sobre pesquisas
recentes e novas modalidades de
tratamento para câncer de mama.
4. Descreva as experiências que a
paciente irá enfrentar e estimule suas
perguntas.
5. Coloque à disposição dela os recursos
existentes para facilitar a recuperação.
6. Confirmar com o médico a natureza do
tratamento previsto.
7. Explicar que é normal sofrer com a
perda de uma parte do corpo.
8. Estimular as visitas pelo entes
queridos e amigos próximos.
9. Explicar que é normal ela ou seu
parceiro não querer ver a incisão (não
se refira a isto como “cicatriz”), reforce
mais o fato de que a cada dia o local
parecer
10. Discuta o uso de prótese, possibilidade
de reconstrução e ajuste de roupas às
expectativas realistas e atingíveis.
11. Avalie a intensidade, natureza e local
da dor.
12. Administrar analgésicos via IM, oral ou
IV, como prescrito.
13. Colaborar com o médico quanto ao
uso de analgesia controlada pela
paciente (ACP).
14. Explicar que os analgésicos estão
disponíveis para alivio da dor.
15. O posicionamento adequado do -corpo
promoverá conforto, tal como a
tratamento de acompanhamento. Se uma
paciente perdeu parentes próximas ou
amigas por câncer de mama, ela
provavelmente reagirá diferentemente de
uma paciente que tenha amigas
sobrevivendo com uma excelente qualidade
de vida.
3. Aumentar as opções e melhorar os
resultados, tanto estatística quanto
esteticamente, reduz muito o medo e
promove a aceitação do plano de tratamento.
4. Diminui o medo do desconhecido.
5. A informação quanto às novas próteses,
especialistas em reconstituição e outros
recursos confirma que uma grande atenção
está sendo dada a novos métodos de
tratamento para o câncer de mama.
6. Isto estabelece a base para um plano
terapêutico cooperativo que irá evitar
informações conflitantes no ensino da
paciente.
7. Com esta compreensão, a paciente pode se
liberar para o próximo nível de adaptação.
8. Os sistemas de apoio que significativos para
a paciente são mais estáveis do que aqueles
com pessoas estranhas.
9. Isto reduz a sensação de que ela nunca será
capaz de aceitar seu corpo alterado.
10. A ênfase no aspecto positivo e a
disponibilidade de adaptações aumentará o
autoconceito e promoverá uma aceitação
positiva do plano de tratamento.
11. Fornece uma base de avaliação efetiva das
medidas de alívio da dor.
12. Promove o alívio da dor.
13. A analgesia controlada pela paciente resulta
em alívio da dor, aumento do conforto e
mantém a sensação de controle da paciente.
14. Os analgésicos e narcóticos podem
interromper as vias nervosas para o cérebro
117 posição semi-Fowler e a elevação do
braço do lado afetado.
16. Promover exercícios passivos e, então,
ativos da mão, braço e ombro do lado
afetado.
17. Estimulara proteção e evitar tudo que
possa romper a barreira da pele e que
impõe estresse no braço e ombro
(cortes, queimaduras, detergentes
fortes,infecções, carregar um saco ou
bolsa pesada).
18. Sugerir aplicações de sim creme
efetivo várias vezes ao dia.
19. Instruir a paciente a contactar o -
médico se o braço ou o local da
incisão ficar doloroso, inchado ou
vermelho.
20. Sugerir o uso de um bracelete de
identificação médica se houver
potencial de dano ou edema.
21. Estimular a participação ativa da
paciente nos cuidados pósoperatórios.
22. Estimular a socialização da paciente,
particularmente com outras que se
recuperaram bem em circunstâncias
similares.
23. Fazer modificações progressivas no
programa de exercícios da paciente
conforme ditado pelo conforto e níveis
de tolerância.
24. Estimule a paciente quando a
ingenuidade e criatividade estIverem
em evidencia, tal como um estilo de
penteado atraente ou aplicação de
maquiagem.
25. Discutir sobre sexualidade, caso se
sinta confortável; tenha uma atitude
carinhosa, não-julgadora, de apoio.
26. Estimular, no momento apropriado,
ambos os parceiros a discutirem suas
e medula.
15. Reduz o estresse no local da incisão; a
gravidade reduz o acúmulo de líquido no
braço. (Apertar uma bola e as flexões do
punho começam nas primeiras 24 h).
16. Isto estimulará a circulação, promoverá a
competência neurovascular e prevenirá a
estase e subseqüente enrijecimento da
cintura escapular.
17. A circulação prejudicada e os nervos
enfraquecidos são vulneráveis a um súbito
ou prolongado estresse.
18. Esta prática manterá a pele saudável,
intacta, pliável e resistente a rompimentos.
19. O tratamento imediato de uma possível
infecção ou dano evitará um posterior
desconforto e complicações.
20. Um bracelete de identificação médica servirá
como precaução contra dano ao braço
afetado.
21. O envolvimento da paciente acentua e facilita
o processo de recuperação.
22. Os seres humanos se desenvolvem mais
efetivamente e com alegria quando não
capazes de se relacionar socialmente com
outros.
23. Há menos esforço nos tecidos; a melhora é
consistente.
24. O bem-estar psicológico complementa os
efeitos de uma ótima saúde física.
25. A paciente facilmente sente a falta de
sinceridade, insegurança, desconhecimento
e inexperiência. As enfermeiras novatas
nesta área podem obter ajuda de
enfermeiras especialistas em oncologia
clínica.
26. A paciente não se sentirá só em enfrentar os
problemas que podem interessar a ambos os
parceiros.
27. Os problemas pessoais delicados não são
118 preocupações; isto pode ser feito
antes e depois do tratamento principal.
27. Cuidar para que haja privacidade
quando discutir problemas pessoais
com a paciente.
28. Descreva o local da incisão e seu
aspecto para o, parceiro antes que ele
o veja.
29. Destacar que as mudanças de
comportamento levam tempo e não
devem ser interpretadas como
rejeição.
30. Estimular a elevação do braço, se não
for contra-indicada, com cada, com
cada articulação posicional mais alta
em relação à mais proximal.
31. Informar à paciente que ela deve evitar
danos. atividades cansativas ou
infecção.
32. Descreva e demonstre os exercícios
de modo gradativo, dos mais simples
para os mais elaborados.
33. Recomendar terapia física e um
programa de redução de peso, se
indicado.
revelados na presença de pessoas não-
íntimas da paciente.
28. O parceiro saberá o que esperar e,
provavelmente, não demonstrará choque
frente à paciente.
29. O próprio fato de sofrer uma cirurgia leva
tempo para ser aceito, para se recuperar e,
talvez, uma mudança no estilo de vida.
30. O edema é reduzido e há menos pressão
nos nervos e vasos sangUíneos; a dor e o
desconforto são reduzidos.
31. Podem estimular o acúmulo de liquido a
comprometer a neurovascularização do
braço.
32. Um programa gradativo de exercícios
melhorará o tônus muscular e acentuará toda
a amplitude das atividades, evitando
limitações tais como ombro imóvel.
33. As atividades e os exercícios
apropriadamente prescritos, mais ás
modificações da dieta, são medidas gerais
de saúde que acentuam o bem-estar e
evitam complicações. (Brunner & Suddarth,
1999).
DOCUMENTAÇÃO/EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM
Responde transmitindo confiança e desejo de obter ajuda; faz\ pergunta
apropriada.
Preocupa-se com sua aparência e aceita sugestão do grupo de apoio para
reabilitação.
Participa no auto-cuidado.
Verbaliza antecipação e alegria com as visitas do parceiro e relata seu
progresso.
Como a paciente está respondendo ao diagnóstico.
Anotações de Controles:
- ......
119
- .......
Anotações de Evolução: - ...... - .......
Sumário de Alta - ...... - ....... DIAGNOSTICO DE ENFERMAGEM: Distúrbio no auto-conceito relacionado à natureza da cirurgia e aos efeitos colaterais da radiação e/ou quimioterapia. RESULTADOS ESPERADOS
INTERVENÇÕES JUSTIFICATIVAS
DOCUMENTAÇÃO/EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM
Anotações de Controles: - ...... - .......
Anotações de Evolução: - ...... - .......
Sumário de Alta - ...... - .......
DIAGNOSTICO DE ENFERMAGEM: Dor relacionada ao trauma tissular pela(s) incisão(ões). RESULTADOS ESPERADOS
INTERVENÇÕES JUATIFICATIVAS
DOCUMENTAÇÃO/EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM
Anotações de Controles: - ...... - .......
Anotações de Evolução: - ...... - .......
Sumário de Alta - ...... - .......
120
DIAGNOSTICO DE ENFERMAGEM: Déficit de auto-cuidado à imobilidade parcial da extremidade superior no lado da cirurgia mamária RESULTADOS ESPERADOS
INTERVENÇÕES JUSTIFICATIVAS
DOCUMENTAÇÃO/EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM
Anotações de Controles: - ...... - .......
Anotações de Evolução: - ...... - .......
Sumário de Alta - ...... - ....... DIAGNOSTICO DE ENFERMAGEM: Possível disfunção sexual relacionada à perda da parte do corpo e medo da reação do parceiro quanto à esta perda. RESULTADOS ESPERADOS
INTERVENÇÕES JUSTIFICATIVAS
DOCUMENTAÇÃO/EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM
Anotações de Controles: - ...... - .......
Anotações de Evolução: - ...... - .......
Sumário de Alta - ...... - .......
DIAGNOSTICO DE ENFERMAGEM: Infecção, dano, linfedema, déficito neurovasculares. RESULTADOS ESPERADOS
INTERVENÇÕES JUSTIFICATIVAS
121
DOCUMENTAÇÃO/EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM
Anotações de Controles: - ...... - .......
Anotações de Evolução: - ...... - .......
Sumário de Alta - ...... - .......
REFERENCIAS BIBLIOGRAFIAS
Brunner, Lillians Sholtis; SUDDARTH, Doris Smith. Tratado de enfermagem médica cirúrgica. 8ª ed., traduzido por: Ivone Evangelista Cabral, Rio de Janeiro: Guanabara Koogan S.A, 1999. OLIVEIRA, H. C.; LEMGRUBER, I.; COSTA, O.T. Tratado de ginecologia, Rio de Janeiro: Revinter, 2000, VII. P. 926-927.
122 CONDUTAS DE ENFERMAGEM PARA CLIENTES COM SÍNDROME DA
IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA – MATERNA
José Ricardo Chagas de Lima.
Wilza
DEFINIÇÃO:
A síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS) é o estágio terminal da infecção
pelo vírus da imunodeficiência adquirida (HIV). Essa condição caracteriza-se pela
imunodeficiência dependente dos linfócitos T, que não pode ser explicada por doença
congênita nem por supressão farmacológica. Devido à imunossupressão grave, os
pacientes com AIDS desenvolvem infecções oportunistas causadas por bactérias, fungos,
protozoários e vírus (MELSON, 2002).
ETIOLOGIA E FATORES DESENCADEANTES:
O agente etiológico e o HIV – 1 um retrovirus de ácido ribonucléico (ARN) de
cordão único, esférico e com envoltório. O ARN viral é convertido em ácido
desoxirribonucléico pela enzima transcriptase reversa e incorporado às células do
hospedeiro.
As pacientes sob risco são: usuárias de drogas IV; mulheres heterossexuais,
homossexuais ou bissexuais que têm ou tiveram vários parceiros sexuais; prostitutas;
pacientes que receberam sangue ou produtos sanguíneos; mulheres com história atual ou
pregressa de doenças sexualmente transmissíveis (DST) ou relacionadas com o HIV; e
mulheres de parceiros que:
- usam drogas IV
- têm hemofilia e receberam sangue ou produtos sanguíneos antes de 1985
- são soropositivos e assintomáticos
- têm AIDS
- são bissexuais
- têm vários parceiros sexuais
- praticam atividades heterossexuais ou homossexuais de alto risco, incluindo-se
coito anal ou vaginal sem proteção, felação, cunilíngua, introdução da mão fechada ou do
punho no reto ou contato oro-retal (MELSON, 2002).
ACHADOS FÍSICOS:
Síndrome da soroconversão aguda: febre, mal-estar, exantema avermelhado e
elevado no tronco dor de garganta, artralgia, linfadenopatia.
123
Complexo relacionado com a AIDS: mal-estar, fadiga, emagrecimento,
febre intermitente, diarréia crônica linfadenopatia generalizada.
Primeiras manifestações da infecção pelo HIV: linfadenopatia generalizada e
persistente há mais de três meses; gânglios indolores medindo 2 cm ou mais de diâmetro,
localizados em duas ou mais cadeias fora da virilha, monilíase, candidíase; herpes
simples.
Manifestações tardias da AIDS: as anormalidades variam muito e dependem
da infecção oportunistas (MELSON, 2002).
PROPEDÊUTICA DIAGNÓSTICA:
Detecção do anticorpo HIV
- Ensaio imunossorvente ligado à enzima (ELISA) para detectar anticorpos contra
o HIV. A sensibilidade. e a especificidade desse teste tomam-se reativos dentro de 6 a 12
semanas após a infecção. A conversão sorológica pode demorar 6 a 18 meses. Em geral,
esse teste deve ser repetido se os resultados iniciais forem positivos.
- Teste Western blot: um resultado positivo confirma os resultado repetidamente
positivos no ELISA.
Detecção do antígeno do HIV
- Isolamento direto do HIV nos tecidos do hospedeiro pela cultura do vírus (usado
principalmente com fins experimentais)
- Resultados positivos em qualquer outro teste altamente específico e aprovado
para o HIV
- Detecção do antígeno p24 (ajuda no diagnóstico dos pacientes com resultados
indeterminados no teste Western blot)
- Detecção do antígeno do HIV pela reação em cadeia da polimerase (esse teste é
mais rápido e mais acessível do que o outro teste para o antígeno p24) (MELSON, 2002).
PROBLEMAS COLABORATIVOS:
Risco de infecção materna pelo HIV, relacionado com práticas sexuais, uso de drogas
ilícitas ou exposição aos produtos sanguíneos infectados ou a um paciente infectado. (?)
Déficit de conhecimento acerca dos mecanismos de transmissão do HIV (?)
Medo relacionado com a morte por infecção pelo HIV (MELSON, 2002) (?).
PLANO ASSISTENCIAL
DIAGNOSTICO DE ENFERMAGEM: Déficit de conhecimento acerca dos mecanismos de transmissão do HIV RESULTADOS ESPERADOS
124
INTERVENÇÕES JUSTIFICATIVAS
1. Revise a história clinica da paciente sua orientação e suas praticas sexuais. uso de drogas. formação intelectual e influências culturais. 2. Ajude a paciente a desenvolver avaliação de risco personalizada. 3. Forneça informações de modo imparcial e claro. Use linguagem familiar e satisfatória para a paciente. Ofereça-lhe tempo para perguntas. esclareça o material escrito e repita as instruções. tantas vezes quanto forem necessárias. 4. Forneça as seguintes irformações sexuais: • Abstinência sexual ou relação monogâmica estável com um único parceiro confiável a melhor proteção contra a AIDS. Enfatize que nenhum dos parceiros pode ter história de uso de drorgas EV e que ambos devem renunciar ao uso subsequente de drogas EV. • As práticas sexuais mais seguras são beijos, toques extragenitais e masturbação. • As práticas sexuais possivelmente mais seguras são uso correto e invariável de camisinha durante as relações vaginais e anais e durante o sexo oral. • As práticas sexuais perigosas são beijo molhado (boca aberta), sexo oral nas mulheres, sexo oral nos homens sem preservativo e uso de álcool, maconha, nitrato de amilo, anfetaminas ou outras substâncias que alterem o estado mental durante as relações sexuais. • As práticas de alto risco são relações vaginais ou anais sem preservativo; sexo anal receptivo; contato oro-fecal e introdução da mão fechada no reto; uso compartilhado de brinquedos sexuais; qualquer prática na qual os líquidos corporais entrem em contato com o parceiro. ou com a pele exposta ou lesada; e uso compartilhado de agulhas e seringas IV.
1 Essas informações ajudam a estabelecer um perfil fisiológico e a obter informações essenciais ao ensino da paciente. Uma abordagem centrada na paciente aumenta a receptividade à aprendizagem. 2 A paciente que participa ativamente do desenvolvimento da própria avaliação de risco tem mais tendência a aderir aos comportamentos visando à redução dos riscos. 3 As implicações devastadoras do diagnóstico da AIDS podem impedir a receptividade da paciente às informações de saúde. Forneça informações completas e cuidadosamente explicadas sobre o avanço e o controle da doença causada pelo HIV, sobre modificação do comportamento e sobre sexualidade humana, levando em consideração as influências culturais e normas locais. que podem ajudar a paciente a começar a entender e lidar com a doença. 4. Essas informações definem com clareza as diversas práticas sexuais e suas conseqüências. A modificação do comportamento sexual é fundamental para a redução do risco de transmissão do HIV. 5. 0 HIV foi isolado do leite de pc to~poã~er implicade na transmissIo~da doença.
125
5. Desaconselhe as mulheres HIV-positivas ou de alto risco a amamentarem. 6. Desaconselhe as mulheres de alto risco a doarem sangue ou órgãos para transplante. 7. Explique paciente HIV-positiva a importância tornar a zidovudina conforme prescrita, durante a gravidez e no trabalho de parto, para reduzir as chances de transmitir o HIV ao filho.
6. Sangue e tecidos podem abrigar oHIV. Sangue e produtos sangufxmossSo os agentes mais eficientes para a transmisslo do vfrus.
7. O reconhecimento de que o uso de zidovudina pode reduzir significamente as chanves de transmissão de HIV pode facilitar a adesão ao tratamento.
DOCUMENTAÇÃO/EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM
Anotações de Controles: - ...... - .......
Anotações de Evolução: - ...... - .......
Sumário de Alta - ...... - ....... DIAGNOSTICO DE ENFERMAGEM: Risco para infecção relacionado com a imunossupressão e a transmissão RESULTADOS ESPERADOS
INTERVENÇÕES JUSTIFICATIVAS
1. Contra-indicar a amamentação no seio pelas mães HIV-positivas. 2. Avaliar a paciente para detectar sinais que possam indicar infecção pelo HIV: hipertermia; diarréia (mais de 3 vezes por dia); gânglios linfáticos enfartados; hepatomegalia ou esplenomegalia; exantema. 3. Fazer triagem dos visitantes para infecções causadas por vírus ou outros agentes. 4. Usar luvas quando estiver examinando a paciente, quando coletar sangue e antes de qualquer contato possível com líquidos corporais, exantemas ou lesões cutâneas. 5- Lavar as mãos com solução anti-séptica
1- O leite de peito pode transmitir o HIV. 2- Nas gestantes portadores de HIV, os sinais e sintomas em geral envolvem vários sistemas do organismo e raramente ocorrem de modo isolado. 3- Devido à imunossupressão, a gestante fica predisposta a infecções transmitidas por outras pessoas. 4- As luvas impedem que os líquidos corporais da paciente entrem em contato com as lacerações da pele, que possibilitariam a transmissão do vírus.
126
antes e depois de cuidar da paciente e antes e depois de tocar em objetos contaminados. 6- Transferir a paciente para o isolamento, caso ele tenha enterite, feridas com secreção, sífilis congênita ou uma infecção por vírus como citomegalovírus ou herpes.
5- As mãos são consideradas contaminadas, a menos que tenham sido lavadas adequadamente. 6- O isolamento do paciente com cultura positiva evita a transmissão de microorganismos patógenos para outros pacientes.
DOCUMENTAÇÃO/EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM
Anotações de Controles: - ...... - .......
Anotações de Evolução: - ...... - .......
Sumário de Alta - ...... - ....... DIAGNOSTICO DE ENFERMAGEM: Medo relacionado com a morte por infecção pelo HIV RESULTADOS ESPERADOS
INTERVENÇÕES JUSTIFICATIVAS
1- Avaliar o nível e a causa do medo: ouvindo as expressões de medo; determinando o que a paciente sabe sobre a AIDS; observando expressões não-verbais de medo.
2- Fornecer informações sobre AIDS de acordo com o que se conhece hoje em dia, incluindo-se: a causa da doença; presença do HIV; as possíveis implicações de um teste positivo para HIV; a possibilidade de descobertas e tratamentos adicionais, à medida que as pesquisas avançam; a possibilidade de melhora no futuro, porque a doença pode demorar seis meses ou mais para se desenvolver, ou até mesmo nunca progredir; a importância de se manter a esperança. 3- Manter uma atitude calma e positiva quando estiver interagindo com a paciente.
1- O nível de medo pode aumentar com a falta de informações e as percepções distorcidas.
2- A ampliação dos conhecimentos atenua
a ansiedade e o medo e transmite alguma confiança de que a doença pode não se desenvolver. Embora hoje em dia a AIDS leve à morte, a cada dia que passa são intensificadas as pesquisas para desenvolver métodos eficazes de diagnóstico, profilaxia e tratamento.
3- Uma atitude calma e positiva transmite cuidado e interesse.
127
DOCUMENTAÇÃO/EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM
Anotações de Controles: - ...... - .......
Anotações de Evolução: - ...... - .......
Sumário de Alta - ...... - .......
Documentação/evolução de enfermagem:
1) SSVV de 6/6h;
2) Curva Térmica;
3) Anotar e comunicar picos febris;
4) Pesar diariamente;
5) Anotar características das eliminações;
6) Anotar e comunicar episódios de diarréia;
Descrever como é a interação da paciente com o bebê.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS:
MELSON, K. A. et al. Enfermagem materno-infantil: plano de cuidados. 3. ed. Rio de
Janeiro: Reichmann & Affonso Ed. p. 31 – 37, 2002.
128 PROPOSTA DE INDICADORES PARA CLASSIFICAÇÃO DOS PACIENTES SEGUNDO AS NECESSIDADES DE CUIDADOS DE ENFERMAGEM NO HUJM – Disciplina: Estágio Curricular I – DEMC/FEN, Cuiabá Julho a Outubro/2002
GINECOLOGIA - de 15 a 90 anos ou mais (ADOLESCENTE, ADULTO JOVEM, ADULTO, IDOSA)
Indicadores Críticos do cuidado de enfermagem
Mínimos Grau 1
Nível dependência Supervisão
Intermediários Grau 2
Nível de dependência parcial da equipe de enfermagem - Auxílio
Semi-intensivos Grau 3
Nível de dependência por parte da equipe de enfermagem - Ajuda
Intensivos Grau 4
Nível de dependência total da equipe - Fazer
1. Nível de Consciência e Comunicação
Consciente, lúcida, comunicativa.
Períodos de confusão. Necessita de mediação do processo de comunicação (intérprete). Portadora de doença genética que demande maiores cuidados para o processo de comunicação.
Confusa e/ou portadora de doença mental dificultando o processo de comunicação.
Inconsciente
2. Oxigenação Respiração normal sem auxílio Necessita de O2 e/ou nebulização
Respiração através de traqueostomia recente, necessitando aspiração e nebulização.
Tubo oro traqueal. Necessitando de cuidados específicos.
3. Alimentação (sólida/líquida)
Mulher, mãe e RN. Conseguem se alimentar e beber líquidos sozinha, capaz de avaliar sua alimentação e a do RN.
Mulher, mãe e RN necessitam de estímulo para alimentação e ingesta hídrica. Orientação quanto ao jejum para cirurgias e exames além de orientações para dar de mamar e avaliar a dieta do RN
Mulher, mãe e RN necessitam de ajuda para se alimentar e beber. Dificuldades para segurar copos e talheres. Enfermagem precisa orientar acompanhante nesta atividade.
Mulher ou mãe alimentam-se através de sondas nasoenteral, nasogástrica e/ou gastrostomia. Enfermagem precisa fazer todas as atividades para que a mãe amamente RN.
4. Eliminações (mulher ou mãe)
Mulher, mãe e RN apresentam eliminações normais. Diurese e evacuações no vaso sanitário sem ajuda.
Mulher ou mãe precisa de auxílio para ir ao banheiro. Com necessidades de cuidados para troca de bolsas de colostomia e/ou cistostomias. Necessidade de avaliar as eliminações do RN.
Mulher ou mãe necessita de ajuda para usar comadre e/ou papagaio. Eliminações precisam ser monitorizadas (volume urinário ou perdas)
Mulher ou mãe com controle geral das eliminações para avaliação dos distúrbios hidroeletrolíticos (BH).
5. Terapêuticas (medicações/ soroterapia)
Mulher e/ou mãe sem medicação ou somente por via oral não necessitando de monitoramento pré e pós-administração.
Mulher e/ou mãe com medicações por via EV ou IM que não necessite de monitoramento pré e pós-administração Com scalp heparinizado. Sem soroterapia.
Mulher ou mãe com medicações VO, EV, IM e soroterapia, com necessidade de monitoramento rigoroso dos efeitos colaterais e/ou cuidados em relação ao preparo e administração.
Mulher ou mãe com medicações VO, EV, IM e soroterapia que requer controle rigoroso pré e pós-administração.
6. Mobilidade (Corporal) Mulher e/ou mãe com movimentação do corpo sem alterações
Mulher e/ou mãe necessita de auxílio para se movimentar-se e/ou levantar-se do leito e/ou vestir-se.
Mulher e/ou mãe com restrições de movimentos necessitando de ajuda para movimentar-se, sentar-se e vestir-se. Acompanhante precisa de orientação para ajudar na mobilidade.
Mulher ou mãe com ausência de movimentos necessitando que façam estímulos corporais freqüentes.
7. Locomoção (mulher e/ou mãe)
Mulher e/ou mãe deambulante Mulher e/ou mãe necessita de auxílio para deambular (apoio de outra pessoa).
Mulher e/ou mãe necessita de ajuda de pessoas e equipamentos para locomoção (cadeira de rodas, muletas).
Mulher e/ou mãe incapaz de deambular.
8. Higienização (Corporal, oral, intima). Mulher e/ou mãe e RN.
Mulher e/ou mãe capaz de realizar seus autocuidados de higiene
Mulher e/ou mãe necessita de auxílio para realização dos cuidados de higiene como: ir ao banheiro, colocar pasta de dentes na escova. Acompanhante necessita de orientações para auxiliar o paciente nos cuidados de higiene. Enfermagem precisa de até
Mulher e/ou mãe necessita de ajuda e equipamentos para a realização dos cuidados de higiene tais como: contar com uma cadeira no chuveiro. Acompanhante precisa ser treinado para ajudar o paciente. Enfermagem precisa de
Mulher e/ou mãe é incapaz de realizar seus cuidados de higiene. Acompanhante precisa ser treinado para dar continuidade aos cuidados de higiene após a alta. Enfermagem precisa realizar os cuidados com RN.
129 60min para orientar a mãe nos cuidados com RN.
mais de 120minutos para orientar a mãe nos cuidados com RN.
9. Integridade de Pele e Mucosas (mulher e/ou mãe)
Apresenta pele e mucosas sem alterações. Sem fatores de riscos para desenvolvimento de Ulceras de Pressão.
Pele e mucosas com presença de pequenas lesões e/ou cicatriz cirúrgica de primeira intenção necessitando de até 60minutos de cuidado de enfermagem. Apresenta pequeno risco para desenvolvimento de UP (maior que 16 pontos), segundo escala BRADEN.
Presença de médias lesões com secreções e/ou feridas cirúrgicas de segunda e terceira intenção. Com drenos de tórax, penrouse e/ou keer. E/ou com escabiose e pediculose, necessitando de 60 a 120minutos de cuidados de enfermagem. Apresenta médio risco para desenvolvimento de UP (entre 11 e 16 pontos) segundo escala BRADEN.
Presença de grandes feridas com secreções e tecido necrosado necessitando de mais de 120minutos de cuidados de enfermagem. Apresenta alto risco para desenvolvimento de UP (menor que 16 pontos) segundo escala BRADEN.
10. Comportamento (estado emocional)
Normal para a faixa etária e sem doenças associadas. Calmo e participativo.
Ansioso ou apático. E/ou portador de doenças genéticas que necessite de estímulos, orientações e supervisão mais freqüentes.
Adulto/idoso normal ou portador de doença genética em estado agitado ou agressivo necessitando de supervisão. Acompanhante necessita de orientação.
Apatia total ou agitada ou agressiva com ou sem doença mental associada e em fase descompensada, necessitando de medicação específica e vigilância constante da equipe.
11. Educação em Saúde (mulher e/ou mãe, família e acompanhantes).
Acompanhante e/ou próprio adulto/idoso são capazes de compreenderem as orientações sobre os cuidados de saúde, exigindo até 30minutos da equipe de enfermagem.
Acompanhante e/ou próprio adulto/idoso apresentam dificuldade parcial para aprenderem, necessitando de 60 a 120 minutos de orientações e até demonstrações sobre os cuidados de saúde.
Acompanhante e/ou próprio adulto/idoso exigem constante orientações necessitando de mais de 120minutos de orientações e de treinamento.
Acompanhante e/ou próprio adulto/idoso são incapazes de compreender as orientações de saúde. Necessita de convocação de outro elemento da família.
12. Tecnologia de Apoio (uso de equipamentos para assistência: Pressão Venosa Central, Pressão Arterial Média, Monitor Cardíaco, oxímetros, etc.).
Uso somente de estetoscópio, esfigmomanômetro e termômetro para verificação de SSVV de rotina e balança para peso e altura somente na internação. Bacias para cuidados com RN.
Uso de aparelhos para SSVV com maior freqüência. Balança para monitoramento de peso. Uma bomba de infusão para medicamentos, sonar para ausculta.
Requer o uso de mais de uma bomba de infusão, PVC e PAM, oxímetro, necessitando somente de manter material de urgência de prontidão.
Requer o uso e/ou manutenção de materiais de emergência em prontidão (ambú, laringoscópio, medicamentos), ventilador mecânico, oxímetro e outros.
ORIENTAÇÕES PARA APLICAÇÃO DA TABELA. 1- Avaliar cada item da tabela todos os dias na mesma hora. 2- Considerar as necessidades de horas/trabalho da equipe de enfermagem não só no momento da avaliação, mas, incluir também
as possíveis horas/necessidades que demandarão no intervalo( Nº horas entre uma avaliação e outra) até nova classificação. 3- EM CADA ITEM, COLOCAR O GRAU ATINGIDO E, NO FINAL, CLASSIFICAR O PACIENTE CONFORME O GRAU QUE MAIS
PREDOMINOU. SE DER EMPATE ENTRE AS CATEGORIAS (MÍNIMO, INTERMEDIÁRIO, SEMI-INTENSIVO E INTENSIVO0 optar pela classificação de maior grau.
Atenção: estamos tentando fazer uma tabela para classificação através de pontos. Tente aplica-la e dê sugestões. Itens Mínimos ( 1 ponto ) Intermediários ( 2 pontos ) Semi – Intensivos ( 3 pontos0 Intensivo ( 4 pontos )
01 – 02 .......até 12 1 2 3 4
TOTAL DE PONTOS 12 – pontuação MÍNIMA 48 – pontuação MÁXIMA
Somar os pontos de cada item E CLASSIFICAR O PACIENTE CONFORME A TABELA ABAIXO.
CLASSIFICAÇÃO PONTUAÇÃO INTERVALO Cuidados Mínimos 12 a 17 pontos 6
Cuidados Intermediários 18 a 25 pontos 8
Cuidados Semi-intensivos 16 a 35 pontos 10
Cuidados Intensivos 35 a 48 pontos 13
130 CONDUTAS DE ENFERMAGEM PARA PROLAPSO DE CORDÃO UMBILICAL
Mariana Isabel Gonçalves Salvador.
Wilza Rocha Pereira.
DEFINIÇÃO:
Prolapso do cordão umbilical é uma emergência na qual o cordão se encontra
imprensado entre o segmento fetal de apresentação e a pelve óssea da mãe, a vagina,
ou ambas. Isso provoca a compressão do cordão umbilical, que acarreta hipoxia fetal.
Caso não seja corrigido imediatamente, o feto pode morrer (MELSON, 2002).
ETIOLOGIA E FATORES DESENCADEANTES:
Qualquer condição que impeça que o segmento de apresentação fetal encaixe
firmemente dentro da pelve pode provocar prolapso do cordão umbilical;
Os fatores de risco são apresentação fetal anormal, cabeça do feto desencaixada,
estreito materno contraído, ruptura prematura das membranas, placenta prévia,
feto pequeno, fetos múltiplos (e, por essa razão, rnenores) cordão umbilical mais
longo (MELSON, 2002).
ACHADOS FÍSICOS:
Geniturinários:
Bradicardia ou batimentos cardíacos fetais (BCF) ausentes;
Membranas rotas;
Cordão palpável ao exame vaginal;
Protrusão do cordão pela vagina.
Subjetivos:
Sensação de que o cordão está saindo (MELSON, 2002).
PROPEDÊUTICA DIAGNÓSTICA:
A ultra-sonografia pode mostrar as condições que predispõem a gestante ao prolapso
do cordão umbilical (MELSON, 2002).
CRITÉRIOS PARA ALTA
Antes da alta a mãe e ou familia irá:
PLANO ASSISTENCIAL:
DIAGNOSTICO DE ENFERMAGEM: Risco para lesão fetal (hipoxia) relacionada com a
131 compressão do cordão;
RESULTADOS ESPERADOS
INTERVENÇÕES JUSTIFICATIVAS
Monitore a apresentação e a posição do
feto.
Monitore os BCF e os traçados
eletrônicos durante trabalho de parto,
principalmente quando as membranas
romperem e logo após a amniotomia.
Monitore a ocorrência de bradicardia
basal e desacelerações variáveis
prolongadas.
Peça ajuda.
Faça um toque vaginal por técnica
asséptica. Caso sinta o cordão
umbilical, posicione os dedos para
desprender o cordão do segmento de
apresentação do feto. Não toque no
próprio cordão. Mantenha essa posição
até que seja possível realizar um parto
de emergência.
Coloque a paciente na posição ou
de Trendelenburg. Sustente seu corpo
com travesseiros.
Administre oxigênio por máscara a uma
taxa de 8 a 10 l/minuto.
Não reintroduza o cordão umbilical
prolapsado.
Apresentação de nádegas ou de
ombros, ou posição transversal, pode
causar prolapso do cordão.
A ruptura das membranas em geral é
seguida do prolapso, quando o
segmento de apresentação não for
complementar à estrutura materna.
Desaceleração variável pode indicar
compressão do cordão.
Nos casos de compressão do cordão,
são necessárias pelo menos duas
pessoas.
O afastamento do cordão do segmento
de apresentação fetal reduz a
compressão e melhora a circulação do
cordão. O manuseio do cordão pode
provocar vasospasmo.
A liberação da força gravitacional
imposta pelo segmento de
apresentação fetal reduz a compressão
do cordão.
Isso melhora a oxigenação, que pode
ficar comprometida quando as
alterações da posição do feto
comprimirem ainda mais o útero contra
as estruturas do aparelho respiratório.
A reintrodução pode torcer ou dobrar o
cordão e agravar a compressão.
Essas compressas podem ajudar a
132
Aplique compressas embebidas em soro
fisiológico estéril e morno no cordão
umbilical, caso esteja exteriorizado.
Se o cordão não estiver na vagina,
prepare-se para uma infusão amniótica,
caso seja prescrita.
Monitore a paciente para verificar se
houve ruptura das membranas, se a
cérvice está madura (dilatação
espontânea, progressiva e total), se há
compatibilidade cefalopélvica se a
apresentação fetal é o occipúcio e se a
irrigação uteroplacentária é adequada.
Não administre ocitocina.
Prepare-se para um parto cesáreo.
manter as pulsações do cordão, a
menos que esteja totalmente
comprimido.
Na infusão amniótica, os líquidos
infundidos sustentam o segmento de
apresentação afastado do cordão, até
que seja possível realizar um parto
cesáreo.
A avaliação dessas complicações ajuda
a determinar o risco de prolapso do
cordão.
As contrações uterinas vigorosas
podem encravar a cabeça do feto contra
a pelve óssea materna, trazendo
conseqüências nefastas para a mãe e
para o feto.
O parto deve ser realizado
rapidamente para evitar hipoxia fetal,
lesão do sistema nervoso central e
morte.
DOCUMENTAÇÃO/EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM
Anotações de Controles: - ...... - .......
Anotações de Evolução: - ...... - .......
Sumário de Alta - ...... - .......
DIAGNOSTICO DE ENFERMAGEM: Risco para infecção intra-uterina relacionada com
133 a exposição do cordão proplapsado aos tecidos perineais;
RESULTADOS ESPERADOS
INTERVENÇÕES JUSTIFICATIVAS
Não reintroduza o cordão umbilical.
Cubra inteiramente o cordão prolapsado com uma compressa ou absorvente perineal embebido em soro fisiológico estéril e morno.
O cordão pode ser contaminado
maciçamente por microrganismos ou
por patógenos presentes na vulva no
ânus, na pele ou nas roupas de cama.
Esse curativo funciona como barreira,
reduzindo risco de contaminação
subseqüente; o soro fisiológico estéril e
morno reduz o risco de atrofia ou
resfriamento dos vasos do cordão.
DOCUMENTAÇÃO/EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM
Anotações de Controles: - ...... - .......
Anotações de Evolução: - ...... - .......
Sumário de Alta - ...... - .......
DIAGNOSTICO DE ENFERMAGEM: Medo relacionado com o prognóstico fetal
(MELSON, 2002).
RESULTADOS ESPERADOS
INTERVENÇÕES JUSTIFICATIVAS
Explique calmamente os procedimentos e suas razões. Repita, se necessário. Mantenha a paciente a par do estado do feto.
O medo é real e as explicações podem transmitir uma sensação de controle à paciente, atenuar seus medos e facilitar a adesão às recomendações.
DOCUMENTAÇÃO/EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM
Anotações de Controles: - ...... - .......
Anotações de Evolução:
134 - ...... - .......
Sumário de Alta - ...... - .......
Documentação/evolução de enfermagem:
SSVV de 6/6h;
BCF de 15/15 minutos;
Movimentos e reatividade fetais;
Características das perdas vaginais.
Livro de referência:
MELSON, K. A. et al. Enfermagem materno-infantil: plano de cuidados. 3. ed. Rio de Janeiro: Reichmann & Affonso Ed. p. 85 – 87, 2002.
135 CONDUTAS DE ENFERMAGEM PARA CLIENTES COM ESCLEROSE MÚLTIPLA
Leodiana da Silva Medeiros
DEFINIÇÃO:
A esclerose múltipla (EM) é uma doença degenerativa crônica do sistema nervoso
central (SNC) envolvendo a destruição de mielina (material gorduroso e protéico da bainha
nervosa). Esta desmielinização diminui ou bloqueia as transmissões dos impulsos nervosos,
provocando déficits neuromusculares. A etiologia da EM não é clara; no entanto, ela é geralmente
considerada uma “doença auto-imune, em que o próprio sistema imunológico do organismo,
normalmente responsável pela defesa do corpo contra as doenças virais e bacterianas, começa
por razões desconhecidas a atacar o tecido orgânico normal, neste caso as células que formam a
mielina” (SHSAPIRO, 1987;In:CARPENITO,1999). Caracterizada por remissões e exacerbações
periódicas, a EM provoca vários sinais e sintomas dependendo da localização das lesões, em geral
denominadas placas (CARPENITO,1999).
Avaliar essa formatação,pois me parece LEGAL !!!
Problemas Colaborativos (CARPENITO,1999)
Complicação Potencial: Infecção do Trato Urinário Complicação Potencial: Insuficiência Renal
INTERVENÇÕES JUSTIFICATIVA
1. Monitorar os sinais e s sintomas de infecção
do trato urinário: a. Calafrios, febre b. Dor no ângulo costovertobral (dor surda e
constantes nas costas, abaixo da décima segunda costela)
c. Leucocitose d. Mau-cheiro ou pus na urina e. Disuria, aumento de freqüência 2. Monitorar os sinais e os sintomas precoces
de insuficiência renal: a. Densidade específica da urina elevada e
sustentada b. Níveis elevados de sódio na urina c. Eliminação urinaria insuficiente e sustentada
(30ml/hora) d. Pressão sanguínea elevada e. Nitrogênio da uréia sanguínea,
1. A exacerbação da esclerose múltipla pode
ser precipitada por ualquer infecção. A EM pode causar retenção urinaria devido a lesão das vias aferentes a bexiga. A estase urinaria resultante contribui para o crescimento de microorganismos. Alem disso, a terapia corticosteróide reduz a eficiência dos glóbulos brancos contra a infecção.
a. as bactérias podem agir como pirogenios, elevando o termostato hipotalâmico através das prostaglandinas. Os calafrios podem ocorrer quando há uma mudança rápida da temperatura do hipotálamo.
b. a dor no ângulo costovertebral resulta da distensão da cápsula renal.
c. a leucocitose reflete um aumento nos
glóbulos brancos para combater a infecção através da fagocitose.
d. as bactérias modificam o odor e o pH da urina.
e. as bactérias irritam o tecido da bexiga, causando espamos e aumento da freqüência 2. as infecções repetidas podem alterar a
função renal. a-b. a capacidade diminuída dos túbulos renais
para a reabsorção de eletrólitos causa o aumento dos níveis de sódio na urina e da densidade especifica.
c-d. o tempo diminuído de filtração glomerular causa, eventualmente, a eliminação insuficiente de urina e estimula a produção
136 creatinina,potássio, fósforo e amônia aumentados, e depuração de creatinina diminuída.
3. Instruir o cliente a: a. Beber um mínimo de 6 a 8 copos de liquido
por dia b. Esvaziar completamente e bexiga usando a
técnica de Crede de auto caracterização (ver técnicas de Crede e de auto caracterização intermitente limpa, em bexiga neurogênica).
c. Fazer a higiene esfregando da frente para trás, especialmente após a evacuação.
d. Evitar a roupa intima feita de material sintético.
e. Esvaziar a bexiga antes e após as relações sexuais.
f. Trocar a roupa intima molhada ou suja com freqüência, em situações de gotejamento ou incontinência.
g. Identificar e notificar o medico sobre os sinais e os sintomas de infecção do trato urinário.
Urina com mau-cheiro
Aumento da freqüência e da urgência para urinar
Mudança da cor – amarelo-escura
Mudança na consistência – opaca, sedimentada ou com manchas de sangue
de renina, que eleva a pressão sanguínea. e. a excreção diminuída de potássio uréico e
creatinina na urina resulta em níveis elevados de creatinina e de potássio do nitrogênio da uréia sangüínea
3. a. a urina diluída reduz a incidência do
crescimento de bactérias que leva a infecção.
b. reduz a incidência de estase urinaria. c. reduz a introdução de bactérias
inapropriadas ao trato urinário. d. os materiais sintéticos captam a umidade. e-f. reduz a incidência da estase urinaria. g. o cliente pode receber o tratamento
imediatamente e reduzir ainda mais as complicações ou potenciais exacerbações de EM.
Documentação Fichas de controle Ingesta e eliminação Densidade especifica da urina
Complicação Potencial: Pneumonia (CARPENITO,1999)
INTERVENÇÕES JUSTIFICATIVAS
1. Investigar as irregularidade respiratórias:
diminuição da freqüência com períodos aumentados de apnéia
2. Monitorar os sinais e os sintomas de
pneumonia: a. Freqüência respiratória aumentada b. Febre, calafrios (súbitos ou insidiosos)
1. Os padrões respiratórios variam com as
deficiências nos diversos lugares. A respiração Cheyne-Stokes (aumento gradual seguido de diminuição gradual, e então um período de apnéia) aponta para dano a ambos os hemisférios cerebrais, ao mesencéfalo e à ponte superior. A respiração atáxica (irregular com seqüência aleatória de movimentos respiratórios profundos e rasos) indica disfunção medular.
2. O dano aos centros respiratórios no cérebro ou a inatividade provocam a respiração curta, que pode causar o depósito de secreções (Leahy, 1991).
a. A freqüência respiratória aumentada é um mecanismo compensador da hipoxia.
b. As bactérias podem agir como pirogênios, elevando o termostato hipotalâmico através
137 c. Tosse produtiva d. Ruídos respiratórios diminuídos ou ausentes e. Dor pleurítica 3. Monitorar os clientes de alto risco de modificações no estado respiratório. Comunicar as mudanças imediatamente.
da produção de pirogênios endógenos, que podem mediar através das prostaglandinas. Os calafrios podem ocorrer quando a temperatura do hipotálamo muda rapidamente.
c. A tosse produtiva indica o aumento da produção de muco em resposta às bactérias irritantes.
d. O fluxo de ar através da árvore traqueobrônquica é afetado ou obstruído pela presença d elíquido ou muco.
e. A dor pleurítica resulta da fricção conjunta das supérfícies pleurais inflamadas durante a respiração.
3. Os clientes com ângulo costovertebral que desenvolvem pneumonia, sepse, pressão intracraniana aumentada ou aspiração gástrica estão em risco de síndrome do sofrimento respiratório adulto (Phipps, 1991). Os índices de mortalidade na síndrome do sofrimento respiratório adulto são de 50% a 60% (Thelan, 1990).
Documentação
DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM:
1-Alto Risco para Pertubação no Autoconceito relacionado com os efeitos da condição de debilitação prolongada sobre o estilo de vida e as etapas de desenvolvimento (CARPENITO,1999)
INTERVENÇÕES JUSTIFICATIVA
1. Contatar o cliente freqüentemente e tratá-lo de forma positiva calorosa.
2. Encorajar o cliente a expressar os sentimentos e
os pensamentos sobre o seguinte: a. Condição b. Progresso c. Prognostico d. efeitos sobre estilo de vida e. sistema de apoio f. tratamentos 3. proporcionar informações confiáveis e esclarecer
os conceitos errados. 4. auxiliar o cliente a identificar os atributos
positivos e as possíveis novas oportunidades. 5. auxiliar na higiene e na arrumação, conforme
necessário. 6. encorajar as visitas
1. o contato freqüente com a pessoa que presta atendimento indica aceitação e pode facilitar a confiança. O cliente pode hesinar em aproximar-se da equipe devido ao autoconceito negativo.
2. encorajar o cliente a compartilhar os sentimentos pode proporcionar uma saída segura para os medos e as frustrações, aumentando a autoconscientização.
3. os conceitos errados podem aumentar,
desnecessariamente, a ansiedade e prejudicar o autoconceio.
4. o cliente talvez tenda a enfocar apenas a mudança na auto-imagem, não as características positivas que contribuem para o conceito atual do ser. A enfermeira deve fortalecer os aspectos positivos e encorajar o cliente a reincorporá-lo ao seu novo autoconceito.
5. a participação nos autocuidados e o planejamento podem auxiliar o enfrentamento positivo
6. as visitas freqüentes das pessoas de apoio
138 7. auxiliar o cliente a identificar as estratégias para
aumentar a independência e manter as responsabilidades de papel, como as seguintes:
a. priorização de atividades. b. procurar auxilio para as atividades menos
valorizadas e mais fatigantes. c. usar as técnicas de conservação de energia. d. usar os auxiliares de mobilidade e os
equipamentos de assistência, conforme necessários.
8. discutir as formas pelas quais o cliente pode proporcionar apoio as pessoas de apoio.
a. escutando atentamente aos seus problemas. b. tentando diminuir o enfoque sobre as
incapacidades. 9. permitir que as pessoas de apoio do cliente
compartilhem seus sentimentos relativos aos diagnósticos e aos efeitos reais ou antecipados.
10. investigar os sinais de resposta negativa as modificações na aparência.
a. recusa em discutir a perda b. negação das modificações c. diminuição na capacidade de autocuidado d. isolamento social e. recusa em discutir o futuro 11. encaminhar o cliente em risco ao
aconselhamento profissional.
podem ajudar o cliente a sentir-se ainde valorizada, aceitável, o que proporciona um autoconceito positivo.
7. um componente forte do autoconceito é a capacidade de desempenhar as funções previstas para o papel, diminuindo desta forma a dependência e reduzindo a necessidade de envolvimento de outros.
8. a enfermeira pode ajudar o cliente a aprender
como equilibrar os relacionamentos e preservar o sistema familiar.
9. a doença degenerativa crônica pode afetar as
pessoas de apoio, negativamente, do ponto de vista financeiro, social e emocional.
10. estes sinais podem indicar que o cliente esta em alto risco de inadaptação.
11. a terapia de acompanhamento talvez seja
indicada para auxiliar a adaptação.
Documentação Anotações de progresso Estado emocional atual Intervenções Resposta as intervenções
DIAGNOSTICO DE ENFERMAGEM
2-Conforto Alterado relacionado às áreas desmielinizadas do trato sensorial (CARPENITO,1999)
INTERVENÇÕES JUSTIFICATIVA
1. reconhecer a existência de dor. 2. Identificar a localização, a natureza, a
intensidade e a duração da dor. 3. auxiliar o cliente a identificar os padrões de
dor. 4. Colaborar como os especialistas no controle
da dor e no desenvolvimento de modalidades de tratamento cutâneo, afetivo e cognitivo.
5. Colaborar com outros profissionais no estabelecimento do plano de controle
6. revisar as opções de controle da dor com cliente
7. ensinar o individuo, a família e as pessoas significativas sobre a natureza da dor.
8. Proporcionar orientação relativa as modificações antecipadas no etilo de vida.
9. Proporcionar oportunidades para o cliente
estabelecer um relacionamento de confiança. 2-3. as lesões da EM podem ocorrer em
qualquer lugar ao longo das vias sensoriais ou motoras, e a descrição e a padronização apropriadas da dor auxiliarão no desenvolvimento de um plano de controle mais completo e mais eficiente.
4-5. a colaboração da equipe estabelecera um plano de controle da dor individualizado e compreensível.
6-9. a compreensão do plano de controle de dor
e das opções permitira ao cliente fazer as suas próprias escolhas, melhorando aceitação.
139 verbalizar os sentimentos relacionados com a cronicidade da dor.
Documentação Anotações de progresso Descrição atual dos padrões de dor do cliente Intervenções Respostas do cliente à intervenção Registro do resumo da alta Instrução ao cliente/família Obtenção de resultados e estado Encaminhamentos, se indicados.
DIAGNOSTICO DE ENFERMAGEM
3-Alto Risco para Traumatismo relacionado às pertubações visuais(CARPENITO,1999)
INTERVENÇÕES JUSTIFICATIVA
1. Identificar o tipo de pertubação visual que o
cliente está apresentando (diplopia, nistagmo, neurite ótica ou visão enuviada)
2. Explicar as opções disponíveis (por exemplo, o tapa-olho para a diplopia, o repouso para os distúrbios relacionados com a fadiga, ou as precauções ambientais para os visualmente deficientes.)
3. Garantir ao cliente que a cegueira raramente ocorre e que muitos destes distúrbios freqüentemente desaparecem.
4. Encaminhar o cliente à Associação de Cegos.
1-4. A identificação dos tipos de distúrbios
visuais e das opções disponíveis permitirá que o cliente tome as precauções necessárias.
Documentação Anotações de progresso Distúrbios visuais atuais Intervenções Resposta do cliente à intervenção Registro do resumo da alta Instrução ao cliente Obtenção de resultados e estado Encaminhamentos, se indicados
DIAGNOSTICO DE ENFERMAGEM
4-Processos Familiares Alterados relacionados à natureza do distúrbio, às pertubações de papel e à incerteza do futuro(CARPENITO,1999)
INTERVENÇÕES JUSTIFICATIVA
1. transmitir a compreensão sobre a situação e
o seu impacto sobre a família. 2. Explorar as percepções dos membros da
família sobre a situação, encorajar a verbalização de sentimentos como a culpa, a raiva e o remorso
1. a comunicação da compreensão, o interesse
e a preocupação facilitam a confiança e fortalecem o relacionamento da enfermeira com a família e com o cliente.
2. a verbalização pode proporcionar oportunidades de esclerecimento e de comprovação de sentimentos e preocupações, contribuindo para a união familiar.
140 3. determinar os mecanismos de
enfrentamento atuais são eficientes. 4. Dar passos na remoção dos pontos fortes
da família: a. reconhecer a assistência dos membros das
famílias. b. Envolver a família no atendimento ao
cliente. c. Encorajar as folgas na prestação de
atendimento, para evitar o desgaste. d. Encorajar o humor. 5. Auxiliar a reorganizar os papeis domésticos,
estabelecer novas prioridades e redistribuir as responsabilidades.
6. Preparar a família para os sinais de depressão, ansiedade, raiva e dependência no cliente e nos outros membros.
7. Encorajar a família a contatar a sua rede
social para o apoio emocional e outros. 8. Identificar os mecanismos de enfrentamento
disfuncionais: a. abuso de substancias b. negação continua c. exploração de um ou mais membros da
família. d. Separação ou anulação 9. Orientar sobre os serviços comunitários e as
outras fontes de assistência conforme necessário.
3. a doença de um membro da família pode causar grandes modificações, colocando a família em alto risco de inadaptação.
4. isto pode ajudar a manter a estrutura familiar existente e a sua função como unidade de apoio.
5. o planejamento e a priorização podem
ajudar a manter a unidade familiar e reduzir o estresse.
6. a orientação antecipada pode alertar os
membros sobre problemas potenciais antes que ocorram, permitindo a intervenção imediata aos primeiros sinais.
7. a assistência externa pode auxiliar a reduzir a percepção de que a família deve “enfrentar sozinha”
8. a família com uma historia de enfrentamento malsucedido talvez necessite de recursos adicionais. A família com conflitos não-resolvidos anteriores ao diagnostico esta em alto risco.
9. a família talvez necessite de assistência
para auxiliar no controle domestico.
Documentação Anotações de progresso Funcionamento atual da família Registro do resumo da alta Encaminhamentos, se indicados Intervenções Resposta da família às intervenções
5-Alto Risco para Controle Ineficaz do Regime Terapêutico relacionado à falta de conhecimento sobre a condição, os tratamentos, a prevenção da infecção, o controle do estresse, os fatores agravantes, os sinais e os sintomas de complicações e os recursos comunitários(CARPENITO,1999)
INTERVENÇÕES JUSTIFICATIVA
1. Auxiliar a formulação e a aceitação de
metas realistas de curto e longo prazo. 2. Ensinar sobre o diágnóstico e as técnicas de
controle. 3. Discutir a importância do fortalecimento e
dos exercícios de alongamento para os braços, as pernas, e para a musculatura facial e respiratória. Consultar o fisioterapeuta
4. Discutir os fatores desencadeantes
1. O estabelecimento de metas comuns
reforça o papel do cliente na melhoria de sua qualidade de vida.
2. A compreenção pode ajudar a melhorar o comprometimento e reduzir as exacerbações.
3. O exercício pode evitar que a musculatura sub-utilizada se torne fraca. Os exercícios da musculatura sub-utilizada se torne fraca. Os exercícios da musculatura facial e respiratória podem melhorar os déficits da fala.
141 conhecidos da exacerbação:
a) Fadiga indevida ou esforço excessivo b) Calor ou frio excessivos, ou exposição ao
frio c) Infecções d) Banhos quentes e) Febre f) Estresse emocioanl g) Gestação 5. Ensinar as técnicas de conservação de
energia. 6. Instruir a cliente gestante ou a futura
gestante a consultar o médico sobre os problemas associados à gestação.
7. Explicar os perigos de infecção e as formas de reduzir o risco:
a) Evitar o contato com as pessoas infectadas. b) Receber imunização contra a influenza e a
pneumonia estrepitocosica , se recomendada.
c) Limpar bem todos os equipamentos e utensílios.
d) Comer uma dieta bem equilibrada e obter
repouso suficiente e) Beber 2000 ml de liquido diariamente,
exceto se houver contra-indicação por insuficiência renal.
8. Ensinar a importância do controle construtivo do estresse e de sua redução; explicar as medidas como as seguintes:
a) Técnicas de relaxamento progressivo b) Auto-instrução c) Interrupção de pensamentos d) Técnicas de afirmação e) Mentalização de imagens
Se possível, encaminhar aos recursos comunitários para cursos e assistência especifica.
9. Ensinar os efeitos da EM sobre a função intestinal e as técnicas para prevenir a constipação ou a incontinência.
10. Explorar com o cliente e o parceiro os padrões sexuais atuais e anteriores e os problemas que podem interferir na atividade sexual:
a) Auto-estima baixa b) Fadiga c) Distúrbios ejaculatórios d) Espasmos dos músculos das coxas e) Medo de incontinência intestinal ou urinaria 11. Discutir as opções disponíveis para o prazer
sexual: a) Controle da medicação b) Prótese peniana ou injeções de papaverina c) Posicionamento
4. Esta informação dá ao cliente uma visão dos aspectos da condição que podem ser controlados, promovendo a sensação de domínio e encorajando o comprometimento.
5. A conservação de energia pode previnir a
fadiga. 6. A gestação está associada ao surgimento e
á exacerbação da EM> 7. As infecções simples podem causar sérios
problemas no cliente com EM. a) Esta precaução reduz o risco de infecção
cruzada. b) A imunização confere proteção contra as
infecções. c) A limpeza apropriada remove
microorganismos e secreções que são o meio para o crescimento dos microorganismos.
d) A nutrição adequada e o repouso promovem a boa saúde e aumentam a resistência à infecção.
e) A hidratação adequada evita a urina concentrada com altos níveis de bactéris.
8. O controle do estresse minimiza as exigências e os conflitos externos e internos, liberando energia para um funcionamento mais positivo.
9. A constipação resulta da diminuição do
peristautismo devido á imobilidade e à menor ingesta de líquidos e fibras. A incontin~encia intestinal é causada pelas lesões das vias aferentes do trato corticoespinhal, resultando na perda do controle esfincteriano.
10. Alibido é influenciada, negativamente, pelo estresse, a fadiga e a auto-estima baixa. Os distúrbios ejaculatórios resultam de lesões nos tratos piramidais da medula espinhal.
11. a) O cliente pode estar sob medicação que
interfira na resposta sexual normal (isto é, alguns anti-hipertensivos, antidepressivos ou tranqüilizantes), ou pode necessitar de medicação apropriada relativa ao problema
142 12. Encaminhar ao profissional de saúde
apropriado (neurologista, urologista ou conselheiro).
13. Encaminhar ao aconselhamento para a continuação da terapia.
14. Explicar os sinais e os sintomas que devem ser comunicados ao profissional de saúde:
a) Agravamento dos sintomas (por exemplo, fraqueza, espasticidade, pertubações visuais)
b) Elevação da temperatura c) Mudança nos padrões urinários
específico de EM (isto é, podem ser reduzidas a espasticidade e os espasmos das pernas programando-se a eficácia máxima da medicação anti-espástica para a ocasião da atividade sexual)
b) O cliente pode estar apresentando erções insuficientes secundáriasas lesões da EM.
c) As posições apropriadas podem reduzir os problemas de espasticidade.
12. O cliente talvez necessite de acompanhamento.
13. O cliente talvez necessite a terapia de
acompanhamento. 14. A detecção precoce permite a intervenção
imediata para minimizar as complicações a) O agravamento dos sintomas pode provocar
uma exacerbação. b-d) Estes sintomas talvez indiquem infecção
(trato urinário ou pulmonar). e) A interrupção da menstruação pode indicar
a gestação, podendo exacerbar a EM. 15. O cliente que se sente bem apoiado
consegue enfrentar mais efetivamente os múltiplos estressores associados à doença crônica debilitante.
Documentação Registro do resumo da alta Instrução ao cliente Obtenção de resultados ou estado Encaminhamentos, se indicados.
6-Degltição Prejudicada relacionada com as lesões cerebelares(CARPENITO,1999)
INTERVENÇÕES JUSTIFICATIVAS
1. Consultar o fonoaudiológolo para a avaliação e um plano específico.
2. Estabelecer um método visual, próximo ao leito, para comunicar à equipe que o cliente é disfágico.
3. Planejar as refeições para quando o cliente estiver repousado; garantir que o equipamento de aspiração confiável esteja ao alcance durante as refeições. Interromper a alimentação se o cliente cansar.
4. Se indicado, usar a técnica de deglutição supraglótica modificada (Emick-Herring, 1990):
a. Colocar a cabeceira da cama na posição semi-Fowler, com o pescoço flexionado ligeiramente para a frente e o queixo para baixo.
b. Usar um copo recortado (remover 1/3 da borda de um copo de isopor).
c. Colocar o bolo de alimento emantê-lo no lado mais forte da boca por 1 a 2 segundos. Flexionar, então, imediatamente o pescoço, com o queixo pressionado contra o tórax.
d. Sem respirar, deglutir tantas vezes quantas
1. O fonoaudiólogo é o especialista necessário para realizar a avaliação da disfagia.
2. O risco de aspiração pode ser reduzida se toda a equipe estiver alerta.
3. A fadiga pode aumentar o risco de
aspiração. 4. a. Esta posição usa a força da gravidade para
ajudar o movimento para baixo do alimento e diminui o risco de aspiração.
b. Isto previne a extensão do pescoço que, abrindo as vias aéreas causa o risco de aspiração (Emick-Herringer, 1990).
c-e. Esta manobra desencadeia os mecanismos de proteção do movimento da epiglote, a elevação laringeal e a adução (fechamento) das cordas vocais (Emick-Herring, 1990).
143 necessário.
e. Quando a boca estiver vazia, levantar o queixo e limpar a garganta.
f. Evitar os canudos. 5. Oferecer alimentos bem viscosos no início
da refeição (por exemplo, banana esmagada, purê de batatas, gelatina).
6. Oferecer líquidos espessos (por exemplo,
milk-shake, sopas cremosas, vitaminas de frutas).
7. Estabelecer uma meta para a ingesta de
líquidos. 8. Se houver salivação, usar uma estimulação
rápida imediatamente antes de cada refeição e próxima ao seu final (Emick-Herring, 1990).
a. Digitalmente, aplicar pancadas curtas e rápidas ao lábio inferior, principalmente sobre o lado afetado.
b. Usar um esfregão frio sobre o dedo da mão para estimulação adicional.
9. Se uma porção de alimento ficar acumulada no lado afetado, ensinar o cliente a usar a língua para transferir o alimento ou aplicar pressão digital externa à bochecha para ajudar a remover o bolo preso (Emick-Herring).
10. Para o cliente com déficit cognitivo, fazer o seguinte:
a. Dividir as tarefas alimentares nos menores passos possíveis.
b. Descrever e apontar o alimento. c. Providenciar um comando verbal para cada
passo. d. Progredir lentamente. Limitar a conversa. e. Continuar a assistência verbal em cada
refeição, como necessário. f. Proporcinar diversas refeições pequenas
para adequ-alas ao tempo de atenção limitado.
g. Providenciar uma lista impressa para a outra equipe.
f. Os canudos apressam o tempo de trânsito e
aumentam o risco de aspiração (Emick-Herring, 1990).
5. Os clientes pós-AVC podem Ter o peristaltismo mais lento. Os alimentos viscosos aumentam a ação de bombeamento peristáltico (Emick-Herring, 1990).
6. Os líquidos mais espessos têm um trânsito mais lento e permitem mais tempo para o desencadear do reflexo de deglutição (Emick-Herring, 1990).
7. Estes clientes estão em risco de desidratação devido às restrições de líquidos auto-impostas relacionadas com o medo de engasgar-se (Emick-Herring, 1990).
8. Esta manobra estimula o músculo orbicular da boca para facilitar a adução labial. O dano aos nervos cranianos VII causa esta deficiência motora (Emick-Herring, 1990).
9. O controle deficiente da língua com a
sensibilidade
Documentação
7-Comunicação Verbal Prejudicada relacionada à disartria secundária à ataxia dos músculos da fala(CARPENITO,1999)
144 INTERVENÇÕES JUSTIFICATIVAS
1. Explicar os efeitos do distúrbio sobre a fala. 2. Explicar o benefício dos exercícios diários
para a melhoria da fala. 3. Ensinar o cliente: a. Treinar em frente ao espelho b. Fazer exercícios para melhorar a altura da
voz:
Colocar as mãos sobre o abdômen, inspirar lentamente e expirar lentamente. Repetir diversas vezes.
Inspirar e pronunciar tons à medida que expira. Manter o som enquanto a voz estiver forte, como a seguir:
Inspirar, dizer “Ah”, e descansar. Inspirar, dizer “Oh”, e descansar. Inspirar, dizer “Au”, e descansar. Inspirar, dizer “Uu”, e descansar.
Contar de um a dez e tomar um fôlego entre cada número. Empurrar cada número fortemente para fora. Evoluir para dois ou três conjuntos de números, como a seguir:
Inspirar, dizer “Um”. Inspirar, dizer “Dois, três”. c. Fazer exercícios para melhorar a variação da
voz:
Praticar a regulagem da voz d ebaixa à alta. Inspirar cada vez que é iniciado um exercício e parar quando a voz desaparecer:
“Eu vou” (baixo) “Eu vou” (um pouco mais alto) “Eu vou” (bastante mais alto)
Dizer uma frase várias vezes e destacar uma palavra. Mudar a palvra destacada em cada uma das vezes. Por exemplo, usar a seguinte sentença:
Eu não quero aquele chapéu azul. Eu não quero aquele chapéu azul. Eu não quero aquele chapéu azul. Eu não quero aquele chapéu azul. Eu não quero aquele chapéu azul. Eu não quero aquele chapéu azul.
Praticar fazendo perguntas e fornecendo as respostas. Elevar a voz após a pergunta, baixa-la na resposta, como a segiur
“Você esta com frio?” (levantar a voz) “Não, não estou.” (baixar a voz) “Posso Ajudá-la?” (levantar a voz) “Sim, você pode.” (Baixar a voz) d. Praticar diversas vezes os exercícios com a
1. A compreensão pode promover o
comprometimento com os exercícios para a melhoria da fala.
2. Os exercícios diários ajudam a melhorar a eficiêbncia da musculatura da fala e aumentam a freqüência, o volume e a articulação.
3. Estes exercícios melhoram o tono e o controle musculares e a clareza da fala.
a. Praticar em frente ao espelho permite que o cliente veja e avalie os movimentos dos lábios e da língua.
b. Estes exercícios aumentam a entrada de ar e melhoram o controle sobre ela e a expiração durante a fala.
c. Estes exercícios favorecem a inteligibilidade
da fala. d. estes exercícios fortalecem a lngua e aumentam o seu âmbito de movimentação, malhorando a articulação
145 língua;
Colocar a língua para fora tanto quanto possível, mantê-la, e relaxar.
Colocar a língua para fora e movê-la lentamente, de um canto para outro.
Esticar a língua em direção ao queixo, e em direção ao nariz.
Colocar a língua em círculos em torno dos lábios, tão rapidamente quanto possível.
Praticar as palavras com sons de consoante “que” ou “ge” no final:
Parque jegue Bosque ligue Quiosque grogue Craque vingue
Praticar as palavras que terminam com os seguintes sons de consoantes:
T d s e z
Praticar as palavras que terminam com estes sons de consoantes:
N l x g e. praticar exercícios com os lábios a os maxilares; repetir diversas vezes:
Abrir e fechar a boca lentamente, cerrar os lábios completamente. Repetir a seqüência, mas tão rapidamente quanto possível.
Fechar s lábios e pressioná-los fortemente por alguns segundos.
Abrir os lábios em um sorriso amplo – mantê-lo - relaxar.
Franzir os lábios – mantê-los – relaxar.
Dizer “ma-ma-ma”, tão rapidamente quanto possível.
Inspirar e falar, exagerando a pronuncia destas palavras: carro, calo, caso. Vera, fera, bela.
f. fazer exercícios para diminuir a velocidade da fala:
Dizer as palavras em silabas: Pos-si-bi-li-da-de Pa-ci-fi-co Hor-ri-vel
Dizer as frases em silabas Sem-pre que pos-si-vel Ne-go-ci-os fa-mi-lia-res g. praticar a variação da expressão facial: usar um espelho, fazer caretas (pó exemplo, sorrir, rir, assobiar, soprar, franzir o cenho). h.ler o jornal em voz alta. Determinar quantas palavras consegue falar em um só fôlego antes que o volume diminua. 4. encaminhar o cliente para um fonoaudiólogo.
e. estes exercícios fortalecem e aumentam a âmbito dos movimentos dos lábios para a formação dos sons da fala. f. estes exercícios ajudam a melhorar a pronuncia palavra por palavra deliberada. g. a EM causa o movimento limitado dos músculos da face, produzindo uma expressão semelhante `a mascara; estes exercícios ajudam a ultrapassar estes efeitos. h. isto ajuda o cliente a aprender a manter o volume em cada silaba e o som final de consoante. 4. o cliente exige instrução adicional e monitoramento de acompanhamento.
146 Documentação registro do consumo da alta investigação da fala. Exercícios ensinados Obtenção de resultados ou estado Encaminhamentos, se indicado
8-Fadiga relacionada à fraqueza das extremidades, a espasticidade, ao medo de traumatismo e aos estressores(CARPENITO,1999)
INTERVENÇÕES JUSTIFICATIVAS
1. discutir as causas da fadiga a. dor articular b. diminuição do sono eficaz c. esforça aumentado exigido pelas atividades da vida diária. 2. permitir a expressão dos sentimentos relativos a fadiga sobre a sua vida a. identificar as atividades que são difíceis b. interferir com as responsabilidades c. frustrações 3.auxiliar o cliente a programar e coordenar os procedimentos e as atividades para adequarem aos padrões de energia. 4. explicar a finalidade de compassar e priorizar a. auxiliar o individuo a identificar as prioridades e eliminar as atividades não-assenciais. b. planejar cada dia para evitar a tomada de decissões não-essenciais que cosomem tempo e nergia. c. organizar o trabalho com os objetos ao alcance. d. distribuir as tarefas difíceis ao logo da semana. e. repousar antes das tarefas difíceis e parar antes que a fadiga tenha inicio.
1. as pessoas com artrite reumatoide que a sua fadiga esta relacionada com a dor articular. Alem disso, os achados demonstram que os clientes com rudor acordam com maior freqüência e demoram mais para caminhar e realizar atividades do que os sem rudor e o grupo de controle. 2. em muitas doenças crônicas, a fadiga é o sintoma mais comum perturbador e prejudicial apresentado, pois interfere nas atividades de autocuidado. A exploração dos efeitos da fadiga sobre a vida do cliente auxiliara tanto a enfermeira quantos ele a planejarem as intervenções 3-4. o cliente necessita períodos de repouso antes e depois de algumas atividades. O plenejamento pode proporcionar o repouso adequado e reduzir o gasto desnecessário de energia.
Documentação Anotações de progresso Avaliação do padrão de fadiga Registro do sumario de alta Instrução ao cliente
9-Retenção Urinária relacionada aos déficts sensoriomotores(CARPENITO,1999)
INTERVENÇÕES JUSTIFICATIVAS
1. instruir o cliente sobre as medidas apropriadas para minimizar o gotejamento de urina. a. parar de fumar b. reduzir o peso c. comer uma dieta rica em fibras d. praticar os exercícios de Kegel 2. ensinar medidas para ajudar a reduzir a atividade do detrusor: a. resistir a urinar por tanto tempo quanto possível
1. o gotejamento de urina, muitas vezes, ser reduzido através da redução da pressão sobre a bexiga e o abdomem e do fortalecimento do tecido peruretral. a. a tosse associada ao cigarro aumenta a pressão intra-abdominal. b. a obesidade aumenta a pressão sobre o assoalho pélvico e o esfíncter. c. a dieta rica em fibras pode auxiliar a prevenir a constipação com o esforço associado, o que diminui o ton do esfíncter. d. os exercícios de Kegel fortalecem e tonificam a musculatura do assoalho pélvico. 2.para aumentar o conforto associado com a micção, o cliente deve condicionar o reflexo de micção ingerindo os líquidos adequados e inibindo
147 b. beber liquido suficiente para distender a bexiga c. programar a ingesta de liquidos de forma que a atividade do detrusor fique resrita às horas de vigília. 3. reduzir os impedimentos à rotinade urinar providencialmente o seguinte. a. fechamento com velcro nas roupas, se necessário b. barras de apoio ou auxiliares de mobilidade para o banheiro, se necessários. c. urinol próximo à cama, se necessário. 4.ensinar ao cliente os matados para esvaziar a bexiga. a. manobra de Crede:
Colocar as mãos imediatamente abaixo da área umbilical, uma mão em cima da outra
Pressionar firmemente para baixo em direção ao arco pélvico.
Repetir seis ou sete vezes ate que não seja expelida mais urina.
Esperar vários minutos, e então repetir novamente para garantir o esvaziamento completo.
b. desencadeamento cutâneo pelos golpes leves suprapubicos:
Assumir uma posição meio-sentada.
Usando os dedos de uma mão, dirigir os golpes diretamente a parede da bexiga; golpear 7 a 8 vezes a cada 5 segundos, totalizando 50 pancadas.
Trocar o local dos golpes na bexiga para encontrar o mais efetivo.
Continuar a estimulação ate que tenha inicio um bom jato.
Esperar aproximadamente 1 minuto, repetindo então a estimulação ate que a bexiga esteja vazia.
Se os golpes não forem eficientes, realizar o seguinte, durante 2 a 3 minutos cada:
Golpear a glande peniana Beliscar levemente o abdomem acima dos ligamentos inguinais Golpear a parte interna da coxa.
c. manobra de valsalva:
inclinar-se para frente sobre as coxas
contrair os músculos abdominais, se possível, e froçar para baixo, segurando o fôlego enquanto faz isto.
Manter ate que o fluxo urinário pare; esparar 1 minuto e então repetir.
Continuar ate que seja expedida mais urina.
as contrações da bexiga. O urinar freqüente causa a micção crônica de baixo volume e aumenta a atividade do detrusor. Resistir á urgência de urinar pode aumentar os intervalos entre as micções e reduzir a atividade do músculo detrusor. 3.estas medidas asseguram a capacidade de urinar antes que a incontinência ocorra. Muitas vezes, há pouco tempo entre o surgimento da sensação de urinar e a concentração da bexiga. 4. a. em muitos clientes, a manobra de Crede pode ajudar a esvaziar a bexiga. Esta manobra é inapropriada, no entanto, se os esfíncter urinário estiverem cronicamente contraídos. Neste caso, pressionar a bexiga pode forçar a urina para cima nos ureteres, assim como através da ureta. O refluxo de urina para a pelve renal talvez em infecção renal. b. a estimulação cutânea externa pode estimular o reflexo de micção. c.A manobra de Valsalva contrai os músculos abdominais que comprimem a bexiga.
148 d. manobra de dilatação anal:
Sentar no urinol ou no vaso sanitário, inclinando-se para frente sobre as coxas.
Inserir um ou dois dedos lubrificados no anus ate o esfíncter anal.
Separar os dedos ou empurrar para dentro na direção posterior para dilatar o esfíncter anal.
Forçar para baixo e urinar, realizando a manobra de Valsalva.
Relaxar, e então repetir o procedimento ate que a baxiga esteja vazia.
e. autocateterização intermitente limpa, usada isoladamente ou em combinação com os métodos acima. 5. consultar o medico sobre a restrição de certos medicamentos para reduzir a incontinência iatrogênica. 6. se as outras medidas falharem, planejar o controle da incontinência: a. os homens podem controlar com certa facilidade, usando um sistema de drenagem pelo condom e a bolsa presa à pena, ou urinol de pressão pudica. b. as mulheres incontinentes tem um problema mais difícil. Os absorventes são usados com freqüência; novos equipamentos externos de coleta estão sendo comercializados, mas ainda não estão aperfeiçoados.
d. a estimulação de isfincter anal pode estimular o reflexo de micção. e.A autocateterização interminente limpa previne a distenção excessiva, ajuda a manter o tono do músculo detrusor e assegura o esvaziamento completo da bexiga. Ela pode ser usada, inicialmente, para determinar a urina residual posterior a manobra de Crede ou ao golpeamento. A medida que a urina residual diminui, a cateterização pode ser diminuída. Este tipo de cateterização pode recondicionar o reflexo de micção em alguns clientes. 5.estas drogas induzem à incontinência – principalmente nos clientes idosos -, aumentando a eliminação urinaria, causando sedação, alterando a inibição consciente e prejudicando o reconhecimento das indicações da bexiga. 6. se as técnicas de esvaziamento da bexiga não forem bem-sucedidas, outros métodos de controle da incontinência são necessários.
Documentação Fichas de controle Ingesta de líquidos Padrões de micção Registro do resumo da lata Instrução ao cliente Obtenção de resultados ou estado.
10-Incontinência (especificar) relacionada com o mau controle do esfícter e a bexiga espástica(CARPENITO,1999)
INTERVENÇÕES JUSTIFICATIVAS
1. assegurar a ingesta adequada de líquidos.
1. a ingesta de líquidos previne a concentração de urina, que pode irritar a bexiga e causar a sua maior
149 2. consultar o medico sobre a prescrição de medicamentos para relaxar a bexiga. 3. ensinar técnicas para desencadear o reflexo de micção. 4. encorajar o cliente a urinar ou desencadear ao menos a cada 3 horas. 5. controlar a incontinência com autocateterização interminente limpa, com equipamentos externos de coleta de urina, ou com produtos para a incontinência, aquele que for o mais apropriado para o cliente e a pessoa que presta atendimento.
instabilidade. 2. os medicamentos anticolinergicos podem eliminar as contrações hiperirritaveis ou desinibidas da bexiga, permitindo o seu retreinamento bem-sucedido. 3. a-b. a estimulação do arco reflexo relaxa o esfíncter interno, permitindo a micção. O arco reflexo pode ser desencadeado pela estimulação da parede da bexiga ou dos locais cutâneos. c. a micção regular previne a distensão, a estase e a infecção. d. a contração dos músculos abdominais comprime a bexiga para esvaziá-la. 4. o padrão regular de micção pode prevenir os episódios de incontinência. 5.a perda, tanto da sensação de urinar quanto da capacidade de inibir as contrações, torna impossível o retreinamento da bexiga. A autocateterização interminente limpa, frequentimente acompanhada de medicação, é, então, o procedimento de escolha parao controle da incontinência.
Documentação Fichas de controle Ingesta de líquidos Padrões de micção Registro do resumo da alta Instrução ao cliente Obtenção de resultados ou estado
11-Impotência relacionada com a natureza imprevisível da condição (remissões/exacerbação)(CARPENITO,1999)
INTERVENÇÕES
JUSTIFICATIVAS
1. explorar os efeitos da condução sobre o seguinte: a. ocupação do cliente b. atividades de lazer e recreacionais c. responsabilidade de papel d. relacionamento 2. determinar a resposta habitual do cliente aos problemas. 3. permitir que compartilhem as suas perdas a. estilo de vida b. independência c. participação 4. ajudar o cliente a identificar os pontos fortes e fracos pessoais 5. auxiliar a identificação dos padrões de energia e o planejamento de atividades em torno desses padrões.
1. a doença ode afetar, negativamente, o auconceito do cliente e sua capacidade para atingir as metas. Especificamente na DPOC, a dispnéia pode interferir na capacidade de trabalhar e de divertir-se do cliente. 2. para planejar intervenções efetivas, a enfermeira deve determinar se o cliente geralmente procura modificar seus próprios comportamentos para controlar os problemas, ou se espera que os outros ou os fatores externos os controlem. 3. os clientes com DPOC severa apresentam a perda formal de si mesmo. A auto-imagem anterior modifica-se negativamente devido ao estilo de vida restrito, ao isolamento social, às expectativas não-preenchidas e à dependência dos outros. 4. os indivíduos com doença crônica necessitam ser assistidos para não verem a si próprio com vitimas indefesas. As pessoas com esperanças, auto-controle, direção, objetivo e identidade são mais capazes de encarar os desafios da doença. 5. uma revisão do horário diário do cliente pode ajudar a enfermeira e o cliente a planejarem atividades que promovem sentimentos de
150 6. discutir a necessidade de aceitar ajuda dos outros e de delegar algumas tarefas. 7.auxiliar o cliente a buscar apoio em outras fontes, por exemplo, os grupos de auto-ajuda, os grupos de apoio. 8. encorajar o cliente a tomar decisões que podem aumentar a capacidade de enfrentamento. 9. ajudar o cliente a estabelecer uma meta, determinar alternativas, e escolher a melhor ação para si mesmo. 10. nos clientes com doença severa, evitar enfatizar a causa da sua doença.
autovalorização de dignidade e programarem os períodos apropriados de repouso para evitar a exaustão. 6. o cliente pode necessitar auxilio na prevenção da exaustão e da hipoxia 7.o cliente pode-se beneficiar-se das oportunidades de compartilhar experiências similares e a solução de problemas com outros na mesma solução.~ 8.o autoconceito pode fortalecer-se quando o cliente engajar-se, ativamente nas decisões relativas à saúde e ao estilo de vida. 9. o estabelecimento de metas realistas pode aumentar a motivação e a esperança. 10.a pesquisa demostra que 75% dos clientes com DPOC não pensam na causa da sua doença. As pessoas que não se engajam no pensamento causal podem estar negando o problema. Esta nagação talvez produza uma sensação de controle, permitindo que sejam mais funcionais. A contemplação das causas pode provocar sentimentos de impotência, depressão e a diminuição do estado funcional.
Documentação
INTERVENÇÕES RELACIONADAS COM A PRESCRIÇÃO MEDICA Medicamentos vitamina B Relaxantes imunossupressores Coricosteroides Vitamina C: 1,000 mg 4 vezes por dia ( Shapiro, 1987) Espamoliticos (Urispas ou Ditropan) Antissepticos do trato urinário (macrodantina ou Hyprex) Terapia endovenosa Hormônio adrenocorticotropico (ACTH) Estudos laboratoriais EEG resonancia magnética Tomografia computadorizada do cérebro punção lombar Estudo de retenção urinaria
Terapias Dependendo dos déficits, por exemplo, urinaria e motora Dependendo dos problemas de esvaziação da bexiga (técnica de Crede, auto cateterização interminente limpa, cateter de demora Foley e suprapubico)
151 CONDUTAS DE ENFERMAGEM PARA CLIENTES COM SÍNDROME DE GUILLAIN-BARRÉ
Leodiana
DEFINIÇÃO A síndrome de Guillain-Barré é um distúrbio de generativo complicado que pode ser de natureza aguda ou crônica. Sua etiologia não é clara, apesar de ter sido associada tanto com os mecanismos auto-imunes mediados por células quanto os humorais, de alguns dias até 3 semanas após infecções respiratórias superiores leves. A sídrome afeta todas as faixas etárias, raças e ambos os sexos; apresenta-se em todos os países, e é considerada uma síndrome não-sazonal. As estatísticas mostram que 5% dos pacientes morreram de complicações respiratórias-cardiovasculares, 20% sofrem parestesia distal irreversível (anestesia de luva e de meia), e 75% recuperam-se sem déficits residuais. Os achados fisiopatológicos são múltiplos e variados, inclindo a inlamação, a desmielinização dos nervos periféricos, a perda dos corpos granulares, e a degeneração da membrana basal da célula de Schwann, resultando em paralisia ascendente simétrica flácida e perda da função dos nervos cranianos(MURRAY,1993;in:CARPENITO,1999). FATORES DESENCADEANTES E ETIOLOGIA MANIFESTAÇÕESCLINICAS ACHADOS FISICOS PROPEDEUTICA DIAGNOSTICA CRITÉRIOS PARA ALTA
Problemas Colaborativos (CARPENITO,1999)
Complicação Potencial: Falência Respiratória Aguda (FRA) Complicação Potencial: Sistema Nervoso Autônomo (SNA) Complicação Potencial: Sistema Nervoso Periférico (SNP)
INTERVENÇÕES JUSTIFICATIVA
1. Monitorizar os sinais e os sintomas de FRA:
a)Investigar as capacidades vitais: Capacidade vital forçada normal=5,72L Capacidade expirada forçada normal =
80-120cm H2O
b)Auscutar os ruídos respiratórios. c)Investigar as secreções: Encorajar o paciente a respirar fundo e
tossir. Posicionar de lado para auxiliar o
movimento das secreções. Aspirar se o paciente for incapaz de
controlar a secreção. Tranqüilizar o paciente mantendo um
ambiente calmo. d)Investigar os gases sanguíneos: Monitorar os sinais de diminuição da
função respiratória, pH, PaCO2,
1. A ventilação pode tornar-se necessária à medida que a Guillain-Barré avança, devido ao maior dano aos nervos frênicos e intercostais.
a)Se a pessoa apresenta dispnéia (30 ou mais respirações/mim), as capacidades vitais já diminuiram em 50%. b)A ausculta dos sons respiratórios investiga a adequação do fluxo de ar e detecta a presença de sons adventícios c)Quanto aos músculos respiratórios estão fadigados, a tosse torna-se ineficaz, levando ao acúmulo de muco e à formação das placas de muco nas vias aéreas. Este acúmulo de secreção causa o colapso alveolar, levando à falência respiratória aguda (Pfister,1990;in:CARPENITO,1999) d)O aumento nos níveis de PaCO
2indica a
ipoventilação e exige a intubação do
152 saturação de O
2 e HCO
3.
e)Explicar ao paciente e à família a necessidade de intubação. f)Proporcionar tranqüilidade e ancorajamento ao paciente. g)Comunicar ao médico as modificações nas condições relativas a:
Estado respiratório, capacidade vital e gases sanguíneos arteriais reduzidos
Estado neurológico Estado gastrointestinal 2. Monitorizar os sinais e os sintomas de
disfunção do sistema nervoso autônomo: a)Variações na pressão sanguínea e disritmias cardíacas b)Monitoramento cardíaco para avaliar o
estado cardíaco c)Retenção Urinária, rubor. O cateter de
Foley reduzirá as complicações urinárias.
3. Monitorar os sinais e os sintomas do sistema nervoso periférico:
a)Investigar o seguinte: Nervo craniano VII Nervo craniano XI Nervo craniano V Nervo cranianos III, IV e VI Nervo cranianos IX, X e XII
paciente para evitar a falência respiratória aguda. e)Aintubação é iniciada para aliviar a falta de ar e evitar a falência respiratória aguda, a aspiração e a pneumonia (Pfister,1990: in: CARPENITO,1999) f)Isto reduzira o medo do processo da doença. A maioria dos pacientes de Guillain-Barré é de indivíduos ativos e saudáveis que, repentinamente, se tornam vítimas da dependência (Morgan,1991;in:CARPENITO,1999). g)O reconhecimento precoce permite a intervenção imediata, previnindo as complicações mais sérias. 2. a)O envolvimento do nervo vago causa a hipotensão postural, a bradicardia, a taquicardia dos seios e a diaforese. b) O paciente pode apresentar desconforto toráxico. c) A retenção urinária está associada com a disfunção do sistema nervoso autônomo. 3.Desmielinização das fibras eferentes dos nervos cranianos e espinhais provoca um atraso na condução, resultando em fraqueza muscular ou falta de condução, resultando em fraqueza muscular ou falta de condução, e ocasionando a paralisia(Murray,1993;in:CARPENITO,1999).
O envolvimento deste nervo craniano diminuirá a capacidade do paciente de enrugar a testa, fechar os olhos e apresentar tono emocional (Murray,1993;in:CARPENITO,1999).
Com o envolvimento deste nervo craniano, o paciente perderá a capacidade de virar a cabeça e terá os ombros caídos (Murray,1993;in:CARPENITO,1999).
O envolvimento deste nervo craniano provocará a perda de sensibilidade na face do paciente, na testa, nas têmporas, e problemas com a mastigação (Murray,1993;in:CARPENITO,1999).
O envolvimento destes nervos cranianos causará problemas visuais no paciente: pilose, diplopia, desvios nos movimentos interno e externo do globo ocular (Murray,1993;in:CARPENITO,1999).
O envolvimento destes nervos cranianos provocará problemas de tosse, deglutição e dos mecanismos de regurgitação do paciente (Murray,1993;in:CARPENITO,1999).
153 Documentação Fichas de controle Sinais vitais Ingesta e eliminação Achados da investigação neurológica Anotações de progresso Modificações no estado respiratóri Resposta às intervençõe Modificações neurológicas
3. Alto Risco de Integridade da Pele Prejudicada, relacionado à imobilidade, à incontinência aos déficits sensoriomotores.
1-Alto Risco para Alteração na Função Respiratória resultante do dano ao nervo fênico e intercostal (CARPENITO,1999)
INTERVENÇÕES JUSTIFICATIVAS
1. Investigar o alívio ideal da dor com o mínimo período de fadiga ou depressão respiratória.
2. Encorajar a deambulação tão logo seja compatível com o plano de cuidados médicos.
3. Se incapaz de andar, estabelecer um regime para a permanência fora do leito, em uma cadeira, várias vezes por dia (isto é, 1 hora após as refeições e 1hora antes do horário de dormir).
4. Aumentar, gradualmente, a atividade explicando que a função respiratória melhorará e a dispnéia diminuirá com a prática.
5. Auxiliar a reposicionar, virando freqüentemente de um lado para o outro (de hora em hora, se possível).
6. Encorajar os exercícios de respiração profunda e de tosse controlada,5vezes por hora.
7. Ensinar o indivíduo a soprar ou incentivar o espirômetro de hora em hora, quando acordado (com deficiência neuromuscular severa, a pessoa talvez tenha que ser acordada também durante a noite).
8. Auscultar a área pulmonar a cada 8 horas; aumentar a freqüência se houver a presença de alteração nos ruídos respiratórios.
Documentação:
2-Alto Risco para Desobstrução Ineficiente das Vias Aéreas relacionado à capacidade prejudicada de tossir (CARPENTO,1999)
154 INTERVENÇÕES JUSTIFICATIVAS
1. Ensinar a pessoa sobre o método apropriado de tosse controlada.
a) Respirar profunda e lentamente, sentando tão ereta quanto possível. b) Usar a respiração diafragmática. c) Segurar o fôlego por 3 a 5 segundos e então lentamente expirar tanto quanto possível o ar pela boca (a cadeia inferior de costelas e o abdômen devem afundar). d) Tomar um segundo fôlego, segurar e tossir forçosamente a partir do tórax (não do fundo da boca ou da garganta),dando duas tossidas curtas e potentes. 2. Investigar o regime de analgésicos
atual. a) Investigar a sua eficácia: O indivíduo está letárgico demais? O indivíduo ainda está com dor? 3. Iniciar a tosse quando a pessoa
aparentar o melhor alívio da dor, o nível ideal de alerta e de desempenho físico.
4. Manter a hidratação adequada. 5.
6. Manter a umidade adequada do ar inspirado.
7. Planejar os períodos de repouso (após tossir, antes das refeições).
8. Ensinar vigorosamente e encorajar a tossir, usando o reforço positivo.
9. prosseguir com a orientação de saúde e com o constante reforço nos princípios de cuidado. Reconhecer e incentivar o bom esforço individual e o progresso.
10. Auxiliar a pessoa, lentamente, a ficar na posição sentado.
11. Permitir que a pessoa balance as pernas ao lado da cama por alguns minutos antes de levantar
12. Se incapaz de caminhar, auxiliar a pessoa a sair do leito p/ a cadeira de rodas a mudar para a poltrona.
13. Ensinar o individuo confinado à cadeira de rodas a mudar de posição e levantar as nádegas a cada 15 minutos p/ aliviar a pressão; manobrar no meio-fio, nas rampas e em torno de obstáculos e travar a cadeira de rodas antes de transferir-se.
14.
1.Ensinar a Realizar a seqüência de movimentos ativos nos membros não afetados, no mínimo 4 vezes por dia. A. Realizar a seqüência de Movimentos
passivos no membro afetado.
Realizar lentamente.
Apoiar a extremidade acima e abaixo da articulação.
155 B. Gradualmente, progredir do movimento
ativo para as atividades funcionais. 2.Posicionar em alinhamento para prevenir complicações. A. Usar um apoio para os pés B. Evitar períodos prolongados sentado ou
deitado na mesma posição. C. Mudar a posição dá articulação do
ombro a cada 2 a 4 horas. D. Usar um travesseiro pequeno ou
nenhum na posição de Flouver. E. Apoiar a mão e o pulso em alinhamento
natural. 1. Providenciar a mobilização progressiva 15.
Documentação:
4. Deglutição Prejudicada relacionada aos problemas de mastigação / deglutição secundários à deficiência do nervo raniano
Intervenção: Obs: Ver em Escler Múltipla
5. Intolerância à Atividade relacionada à fadiga e às dificuldades para realizar as atividades da vida diária.
INTERVENÇÕES JUSTIFICATIVA
1. Explicar as atividades e os fatores que aumentam a demanda de oxigênio a. Fumar b. Temperaturas externas c. Peso excessivo d. Estresse
2. Proporcionar ao cliente idéias para a conservação de energia.
a. Sentar, sempre que possível, para realizar as atividades da vida diária, por exemplo, sentar em banco ao usar o chuveiro.
b. Distribuir as atividades ao longo do dia.
c. Programar períodos de repouso adequados.
d. Alternar as tarefas fáceis e as difíceis durante o dia.
3. Aumentar gradualmente, as atividades diárias do cliente á media que aumenta a sua tolerância.
4. Ensinar ao cliente as técnicas respiratórias eficientes, como a diafragmática e com os lábios compridos.
5. Ensinar a Importância do apoio ao peso do braço
6. Ensinar a aumentar a resistência do braço sem apoio, exercícios da extremidade inferior realizados
1. O fumo, as temperaturas extremas e o estresse causam a vasoconstrição, que provoca a sobrecarga cardíaca e a maior exigência de oxigênio. O excesso de 3 peso agrava a resistência periférica, aumentando também a sobrecarga cardíaca. 2. O gasto excessivo de energia pode ser evitado pela distribuição das atividades, permitindo tempo para a recuperação entre elas. 3. A Falta moderada de ar, persistindo durante os exercícios supervisionados melhora a força da musculatura acessória e da função respiratória. 4. A respiração com os lábios compridos diminui a expiração, mantém os alvéolos inflados por mais tempo e proporciona algum controle sobre a dispnéia. 5. Quando os braços não estão estendidos não estão apoiados, os músculos respiratórios são obrigados a desempenhar dois papeis : aumentar a respiração e estabilizar a parede torácica suportando o peso do braço e as atividades ( Beslin, 1992) 6. A maior resistência melhora a função metabólica da extremidade treinada, os músculos respiratórios e reduz a dispnéia com limites de
156 exalatória da respiração.
7. Manter a terapia suplementar de oxigênio, conforme necessária.
8. Proporcionar apoio emocional e encorajamento.
9. Após atividades, investigar as repostas anormais ao aumento da atividade.
a. Diminuição da freqüência do pulso b. Diminuição ou ausência de
modificação na pressão sanguínea sistólica
c. Freqüência respiratória excessiva aumentada ou diminuída.
d. Fracasso do pulso em retornar à proximidade da freqüência de repouso após 3 minutos da atividade.
e. Confusão, vertigem, movimentos descoordenados.
10. Planejar períodos de repouso adequados, de acordo com o horário diário ao cliente.
11. Avaliar o estado nutricional do cliente
12. Explicar os efeitos da desnutrição a. Mortalidade mais alta b. Depressão do sistema imunológico c. Diminuição da força muscular do diagrama e da parede torácica d. Diminuição da produção de surfactante 13. Investigar os problemas associados
com a alimentação a. A respiração competindo com a
alimentação b. Gás abdominal c. Compras de Alimentos d. Preparação da refeição 14. Ensinar estratégias para melhorar o
estado nutricional (DeLetter, 1991). a. Comer uma dieta rica em lipídios /
proteínas e pobre em carboidratos. b. Evitar alimentos ricos em gorduras e
calorias. c. Preparar as refeições
antecipadamente d. Sentar à mesa ao preparar o
alimento e. Manter uma grande ingesta de
líquidos (200 – 250 ml) diariamente. f. Evitar leite, chocolates e outros
alimentos que aumentam a viscosidade da saliva.
g. Evitar a cafeína e o álcool. h. Reduzir a quantidade de líquidos nas
refeições. i. Evitar os alimentos secos e quentes. j. Comer quatro a cinco refeições
pequenas.
resistência mais longos (Beslin, 1992). 7. O oxigênio suplementar melhora os níveis de oxigênio circulantes e a tolerância à atividade. 8. O medo da falta de ar pode prejudicar o aumento da atividade. 9. A intolerância à atividade pode ser investigada através da avaliação do estado cardíaco, circulatório e respiratório. 10. Os períodos de repouso permitem ao organismo um período de baixo gasto de energia, aumentando a tolerância à atividade. 11.-12. a. Os clientes com perca de peso significativo têm maiores taxas de mortalidades do que os com peso normal (DeLetter, 1991) b. O sistema imunológico deprimido reduz a capacidade de combater a infecção . c. Esses efeitos reduzem a capacidade de tossir efetivamente e os volumes inspiratório e expiratório. d. O surfactante inadequado aumenta a tensão superficial ao alvéolo. 13. A identificação de barreiras à nutrição apropriada pode prevenir ou reduzir a desnutrição 14 a. A digestão de carboidratos produz mais dióxido de carbono. A proteína é essencial para cicatrização. b. São poucos benefícios ao cliente. c. O cliente pode repousar enquanto aquece a refeição. d. Sentar reduz o gasto de energia. e. Isto reduz a viscosidade das secreções e a sensação de engasgo. f. As secreções que podem ser expectoradas diminuem a anorexia. g. Estes agem como diuréticos. h. Isto reduz o volume de material no estomago e a inchação. i. Esses irritam a garganta e estimula a tosse. j. Facilita a aceitação dos alimentos e diminuem o gasto de energia com a digestão 15. a-c.Essas estratégias reduzem o gasto de energia (DeLetter, 1991). d. Isto permite que alguns itens sejam refrigerados imediatamente , enquanto os outros podem esperar que o cliente repouse (DeLetter, 1991).
157
15. Ensina como conservar a energia ao comprar alimentos
a. Usar o carrinho de compras. b. Escolher os estabelecimentos
menores c. Solicitar poucos itens em uma
embalagem d. Solicitar que os alimentos
congelados e resfriados sejam colocados na mesma embalagem.
Documentação:
6. Impotência relacionada à natureza imprevisível da condição. Obs: ver em Escler Múltipla.
7. Alto risco para Déficit de atividades
INTERVENÇÕES JUSTIFICATIVA
1. Identificar os medos dos clientes: a. Proporcionar um ambiente indutor da
verbalização dos medos. b. Pode ser um bom ouvinte c. Proporcionar informações exatas para
as perguntas. 2. Identificar as habilidades vocacionais e
profissionais do cliente: a. Estudante b. Religioso c. Operário d. Profissional e. Aposentado 3. Encorajar as visitas. 4. Discutir os interesses e os hobbies 5. Usar variações no ambiente físico e nas
rotinas diárias para aumentar a estimulação mental:
a. Escolher um quarto com vista para o cliente.
b. Providenciar material de leitura variado. c. Proporcionar um estante para a leitura,
se necessário. d. Obter livros gravados. e. Encorajar a participação em jogos de
mesa com os visitantes. f. Usar vídeos e jogos. g. Incentivar a família e os amigos a
trazerem fotos e pequenas lembranças. Permitir que o cliente participe na organização desses objetos.
h. Mudar a rotina da higiene duas a três vezes por semana.
i. Permitir e encorajar o cliente a usar roupas comuns.
j. Permitir passeios até a lancheria do hospital com a família e os amigos, e voluntários, quando as condições forem
1. Devido ao surgimento rápido desta doença, ela afeta igualmente a mente e o espírito. Há um medo constante da paralisia ou incapacidade permanentes e sentimentos de dependência. 2. O uso do ambiente de trabalho anterior do cliente como fonte de estimulação no desempenho das atividades de autocuidado promove uma atitude saída e reduz a ansiedade pela dependência. 3. As vistas proporcionam a socialização. Selecionar visitas com condições de fornecer apoio emocional. 4. A discussão auxiliará a identificar as atividades recreocionais. 5. As mudanças reduzem o aborrecimento. 6. As discussões darão a todos os clientes a oportunidade de envolvimento com vários tópicos além das próprias preocupações (Anderson, 1992; Penrose, 1993).
158 seguras para essas atividades.
k. Encorajar a família e os amigos a trazerem os alimentos preferidos do cliente.
l. Quando o cliente for capaz de realizar qualquer habilidade vocacional, encorajar o uso de computador e a preparação de trabalhos. Continuar os estudos sobre a tolerância física e as necessidades mentais do cliente.
6. Encorajar o cliente a participar nas discussões abertas com a equipe de enfermagem e os visitantes sobre as experiências, as atividades e os eventos.
Documentação
8. Alto Risco Para Processos Familiares
INTERVENÇÕES JUSTIFICATIVA
1. Proporcionar à família informações exatas, fornecidas com simplicidade, relativas à condição. 2. Identificar a percepção da família sobre as condições do cliente. 3. Observar a dinâmica das interações cliente – família: a. Necessidades de visitas. b. Efeitos de visitas sobre o cliente c. Interações familiares d. Contato físico 4. Observar e determinar as habilidades de enfrentamento da família: a. Auxiliar a família a repensar as participações nas responsabilidades domésticas, na redistribuição de tarefas e no estabelecimento de propriedades. 5. Investigar as reações emocionais aos estressores da hospitalização: a. Explicar os procedimentos. b. Explicar as terapias. 6. Encorajar os membros da família a reorganizarem seus horários para o preenchimento de suas próprias necessidades físicas e psicológicas: a. Encorajar as ligações para a unidade de enfermagem ou para o cliente solicitando informações sobre a condição b. Encorajar a visita de amigos selecionados. c. Adaptar o horário de visitas aos compromissos da família d. Proporcionar informações sobre as acomodações próximas ao hospital. 7. Observar e promover os pontos fortes da família: a. Envolver, gradualmente, os membros da família nos cuidados físicos do cliente: b: Mostrar a sua apreciação pelo envolvimento
1. A ansiedade e os estados de estresses provocados pela hospitalização prejudicam a capacidade de processar, efetivamente, as informações. As explicações simples, breves podem transmitir melhor as informações valiosas (Murray, 1993) 2. Avaliar a nível de conhecimento de cada membros da família, e proporcionar a instrução neste nível de compreensão. 3. Estas observações proporcionam informações vitais relativas aos papeis, aos inter-relacionamentos e a qualidade e o volume de apoio que os membros da família são capazes de fornecer. Os familiares talvez necessitem de permissão da enfermagem para terem contato físico, com o cliente pois podem temer “ Machucá-lo” ( Murray, 1993). 4. O rápido surgimento de uma doença pode criar a necessidade de modificações nos papeis colocando a família em uma situação altamente estressante. 5.A compreensão dos múltiplos procedimentos e terapias envolvidos no diagnostico da condição aliviará o temor da família e fortalecerá a cooperação ( Anderson, 1192). 6. Os membros da família que ignoram suas próprias exigências de saúde estão propensos a doenças que reduzem a sua eficiência como pessoas de apoio. Um membro da família que fica enfermo pode provocar sentimentos de culpa (Anderson, 1992). 7. Permitir o envolvimento da família no atendimento mantem a estrutura sustentadora da família e reforça a unidade familiar. 8. A súbita falta de renda pode ser avassaladora, causando angústia mental excessiva e diminuindo o avanço no estabelecimento de metas.
159 da família. 8. Abordar as preocupações financeiras e as responsabilidades do cliente. a. proporcionar um ambiente para o cliente verbalizar as suas preocupações. b. Iniciar o encaminhamento a assistência do serviço social
Documentação:
9. Alto Risco para o Controle Ineficaz
Intervenções 1. Ensinar ao cliente – família a patologia básica sobre a condição. 2. Auxiliar na identificação de metas realistas a de curto prazo. 3. Ensinar o valor da continuidade do programa de exercícios para o fortalecimento alongamento. Consultar o fisioterapeuta. 4. Ensinar as técnicas de conservação de energia: a. Programar os períodos de repouso planejados. b. Exercícios consistentes com nível de tolerância. 5. Ensinar os cuidados com as alterações nas funções do corpo: a. Funções intestinal e urinária: Encorajar a ingesta diária de 2000 ml de líquidos, exceto se houver contra indicação. b. Exigências nutricionais: Proporcionar uma dieta rica em calorias, proteínas. c.Déficits de autocuidado, se necessárias áreas de preocupação
Vestuário
Arrumação
Deambulação segura 6. Iniciar o encaminhamento para os serviços de reabilitação. 7. Explicação dos sinais e os sintomas que devem ser comunicados ao profissional de saúde: a. Tosse produtiva b. Dificuldade para urinar ou odor na urina c. Constipação prolongada d. Aumento da fraqueza ou fadiga e. Perda de peso 8. Proporcionar informações e literatura para o aúxilio e do cliente e da família no controle domestico. Encaminhar para os seguintes recursos: a. Guilain- Barre Syndrome Foundation – Proporciona apoio emocional e educacional para o cliente e a família b. Serviço de atendimento domiciliar c. Gerenciador de casos
Justificativa 1. A compreensão pode melhorar o comprometimento e reduzir as frustrações da unidade familiar. 2. A preparação do cliente para o estabelecimento de metas realistas de recuperação reduzirá os sentimentos de depressão, caso elas não sejam atingidas. 3. O exercício recondicionará todos os grupos musculares. 4. A conservação de energia pode reduzir a fadiga (Morgan, 1991; Penrose 1993). 5. Esta é exigida para a prevenção da constipação resultante da redução do peristaltismo e da atividade (Morgan, 1991; Penrose, 1993). a. As proteínas e as colorias são exigidas para a reconstrução da massa muscular b. Encorajar o autocuidado máximo nas atividades da vida diária com a finalidade de fortalecer os músculos e aumentar a independência 6. O cliente exigira atendimento ambulatorial para as terapias pós- alta 7. As intervenções precoces minimizarão as complicações da condição 8. Quando o cliente e a família recebem apoio comunitário são capazes de enfrentar mais efetivamente o controle domestico.
Documetação:
160
Intervenções Relacionadas com a Prescrição Médica Medicamentos Esteróides Estudos Diagnósticos Estudos eletrofisiológicos Punção espinhal Terapias Terapias corticóide Plasmaferase Ventilação mecânica REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
161
PARTE 2: CONDUTAS DE ENFERMAGEM PARA PROCEDIMENTOS TERAPÊUTICOS
162 CONDUTAS DE ENFERMAGEM PARA CLIENTES EM NUTRIÇÃO ENTERAL
Luciana Fonseca da Victória Mesquita1 Closeny Maria Soares Modesto2
DEFINIÇÃO
Administração de uma dieta líquida elementar (calorias, minerais e vitaminas) ao trato gastrointestinal, através de uma sonda de alimentação, a nutrição enteral é indicada quando a ingesta oral é impossível ou inadequada. A alimentação enteral por sonda pode realizar-se por várias vias, incluindo a nasoduodenal, a esofagostomia, a gastrostomia e a jejunostomia de agulha (Carpenito, 1999). COMPLICAÇÕES POTENCIAIS
Hipoglicemia ou hiperglicemia
Hipervolemia;
Desidratação hipertônica;
Desequilíbrio eletrolítico e de minerais;
Erosão da mucosa; PLANO ASSISTENCIAL PARA CONTROLE DAS COMPLICAÇÕES DA TERAPIA ENTERAL
Intervenções Justificativas
1. Monitorar os sintomas de hipoglicemia após o término da alimentação por sonda.
a. Taquicardia b. Diaforse c. Confusão d. Tontura e. Fraqueza generalizada 2. Monitorar os sintomas de
hiperglicemia durante a administração da fórmula.
a. Sede b. Micção aumentada c. Fadiga d. Fraqueza generalizada e. Aumento da respiração f. Pulso aumentado g. Náusea 3. Monitorar os sinais e sintomas de
super-hidratação durante a administração da fórmula.
a. Taquicardia b. Pressão sangüínea elevada c. Edema pulmonar d. Falta de ar e. Edema periférico.
1. A interrupção repentina da alimentação enteral, em um cliente fisiologicamente estressado, pode desencadear uma reação hipoglicêmica.
2. A hiperglicemia ocorre mais
comumente, em clientes com reservas inadequadas de insulina. As fórmulas enterais com maior porcentagem de gordura têm menos probabilidade de constribuir para a reação hiperglicêmica.
3. A hipervolemia está geralmente
associada ao conteúdo elevado de água e de sódio da fórmula enteral. Esta complicação ocorre com maior freqüência à medida que a alimentação é indicada ou reintroduzida em um cliente com comprometimento da função cardíaca, renal ou hepática (Carpenito,1999).
4. A desidratação hipertônica ocorre mais freqüente quando uma fórmula de alta osmolaridade e de alto conteúdo protéico é
1 Acadêmica do Curso de Graduação em Enfermagem da Unidade Curricular IX da Universidade Federal de Mato Grosso.
2 Docente Auxiliar de Ensino III especialista do Departamento de Enfermagem Médico Cirúrgica da FEN/UFMT(orientadora)
163
4. Monitorar os sinais e sintomas de
desidratação hipertônica durante a administração da fórmula.
a. Mucosas secas b. Sede c. Eletrólitos sérios em elevação d. Eliminação de urina diminuída e. Urina concentrada. 5. Monitorar os locais de entrada e
saída da sonda quanto ao seguinte: a. Erosão da mucosa b. Dor e sensibilidade c. Sangramento d. Ulceração. 6. Tomar medidas para reduzir a
irritação pela sonda. a. Fixar o tubo firmemente, sem causar
pressão ou tensão b. Preparar a pele antes de utilizar o
adesivo protetor c. Usar sondas de silicone de pequeno
calibre para alimentação enteral administrada por via nasogástrica
administrada a um cliente incapaz de reconhecer ou reagir à sede.
5 e 6. A pressão ou tensão externa
sobre as estruturas delicadas pode provocar a erosão da mucosa. O uso prolongado de cateteres de PVC, de calibre grosso, tem sido vinculado à destruição da cartilagem nasal (Carpenito, 1999).
PLANO ASSISTENCIAL
DIAGNOSTICO DE ENFERMAGEM: Conforto alterado: cólicas, distensão, náusea, vômito, relacionados ao tipo de fórmula, velocidade da administração, via ou temperatura da fórmula RESULTADOS ESPERADOS
INTERVENÇÕES JUSTIFICATIVAS
1.Revisar as informações do produto enteral quanto às características da fórmula (isto é, lactose, osmolaridade, calorias e fibras)
2. Iniciar a alimentação lentamente e aumentar a velocidade, gradualmente, com base na tolerância. Iniciar com uma fórmula isotônica, isenta de lactose ou, alternadamente, diluindo outros tipos de alimentação na água para diminuir a osmolaridade. 3. Instalar a fórmula em temperatura ambiente diretamente da embalagem (lata,frasco), sempre que possível. 4. Descartar as porções não utilizadas ou uarda-
1. Muitos produtos enterais atuais têm uma osmolaridade significativamente menor e são insentos de lactose. As fórmulas especiais (isto é, específicas para condições renais ou hepáticas) tendem a ter maior osmolaridade devido a uma relação maior de calorias por mililitro (Carpenito, 1999). 2 e 3. O regime alimentar em si mesmo pode causar problemas. Por exemplo, uma alimentação em bolo de alta osmolaridade e em temperatura baixa pode provocar problemas gástricos e digestivos. A alimentação descontrolada por via jejunal é particularmente propensa a essas complicações, pois o alimento não é processado no estômago antes de chegar ao intestino.
4 e 5. A exposição prolongada da
164
las em um recipiente perfeitamente lacrado. 5. Para a alimentação contínua, encher o recipiente com fórmula suficiente para 4 horas de alimentação. Não encher demasiadamente ou permitir que a fórmula permaneça parada por um tempo maior. 6. Para a alimentação intermitente, instilar a fórmula gradualmente em um período de 15 a 45 minutos. Não administrar em bolo ou rapidamente.
alimentação à temperatura ambiental promove o crescimento de microorganismo.
6. A administração lenta pode reduzir as cólicas, a náusea e o vômito.
DOCUMENTAÇÃO/EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM
Anotações de Controles: - ...... - .......
Anotações de Evolução: - ...... - .......
Sumário de Alta - ...... - .......
DIAGNOSTICO DE ENFERMAGEM: Diarréia relacionada à reação adversa ao conteúdo da fórmula, à velocidade de administração ou à temperatura da fórmula RESULTADOS ESPERADOS
INTERVENÇÕES JUSTIFICATIVAS
1. Iniciar a alimentação lentamente, progredindo, gradualmente, conforme a tolerância. Começar com suplemento isotônico, insento de lactose, enriquecido com fibras. 2. Instilar a fórmula em temperatura ambiente diretamente do frasco se possível.
3. Descartar as porções não utilizadas ou uarda-las em um recipiente completamente lacrado.
4. Para a alimentação contínua colocar no recipiente fórmula suficiente para 4 horas de alimentação. Não encher em excesso ou permitir que a fórmula permaneça parada por um período mais longo.
5.Regular a alimentação gástrica intermitente para permitir o esvaziamento gástrico entre as sessões.
1. A absorção intestinal diminuída deve ser compensada através da introdução gradual e progressiva de suplementos enterais.
2. Administração da fórmula fria pode causar cólica, levando possivelmente a problemas de eliminação. 1. Estas precauções podem minimizar o
crescimento de microorganismos. 4. Cada fórmula tem um tipo de duração individual após a abertura. A fórmula deve ser protegida dos contaminantes ambientais para prevenir o crescimento bacteriano e a possível diarréia conseqüente. A alimentação intestinal jejunal é particularmente sensível à diarréia devido à falta de ácido clorídrico (Carpenito, 1999). 5. A alimentação intermitente simula um regime de alimentação normal e permite a digestão e o esvaziamento estomacal. A alimentação intermitente estomacal permite também o cuidado físico sem impedimento
165
6. Consultar o médico sobre a medicação antidiarréica, conforme necessário.
entre as sessões (Carpenito, 1999). 6. Podem ser necessários medicamentos para controlar a diarréia severa.
DOCUMENTAÇÃO/EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM
Anotações de Controles: - ...... - .......
Anotações de Evolução: - ...... - .......
Sumário de Alta - ...... - .......
DIAGNOSTICO DE ENFERMAGEM: Alto risco para aspiração relacionada à posição da sonda e do indivíduo RESULTADOS ESPERADOS
INTERVENÇÕES JUSTIFICATIVAS
1. Elevar a cabeceira da cama a 30 a 45 graus durante a alimentação e por 1 hora após.
2. Para a sonda nasogástrica ou
nasojejunal, verificar a colocação apropriada da sonda através da auscultação do ar.
3. Para uma sonda posicionada gastricamente, verificar a colocação através da aspiração dos conteúdos residuais.
4. Administrar a alimentação intermitente por sonda programada, apenas se os conteúdos residuais forem < 150 mL. Quando for identificado um resíduo elevado, retorná-lo ao estômago. Administrar a alimentação contínua, apenas se o conteúdo residual não for > 20% do administrado por hora. Adiar a alimentação se for intermitente, e interrompê-la por 1 hora, se for contínua. Verificar novamente o resíduo em uma hora; se ainda for alto, notificar o médico. Talvez seja indicada outra velocidade, método, via ou fórmula.
5. Regular a alimentação gástrica intermitente para permitir o esvaziamento gástrico entre as sessões.
6. Regular a alimentação contnua para permitir períodos de repouso, de forma que o cliente possa deambular sem ser impedindo pelo equipamento.
1. A elevação da parte superior do corpo pode prevenir o refluxo através do uso da gravidade reversa.
2 e 3. A posição apropriada da sonda deve ser verificada antes da alimentação para prevenir a introdução no trato respiratório.
4. A administração de alimentos na
presença de conteúdo residual excessivo aumenta o risco de refluxo e de aspiração (Rombeal & Calwell apud Carpenito, 1999).
5 e 6. Tal regulagem é necessária para
prevenir a alimentação em excesso e o risco
166
7. Ao verificar a aspiração, para
distinguir as secreções gástricas no conteúdo traqueal, testar o aspirado quanto à glicose. Se a concentração for > 150 ml/dl, o paciente provavelmente aspirou a alimentação enteral.
8. Lavar a sonda alimentar com água, após o término da alimentação.
aumentado de refluxo e aspiração. Alimentação gástrica deve ser administrada intermitente quando o potencial para a aspiração for alto. A alimentação contínua aumenta o risco de aspiração porque o estômago contém um suprimento constante de fórmula.
7. As secreções traqueais normais não contêm glicose, exceto se o suplemento alimentar penetrar no trato respiratório (Metheny apud Carpenito, 1999)
8. A lavagem é necessária para
remover a fórmula, que pode proporcionar um meio para o crescimento de microorganismo.
DOCUMENTAÇÃO/EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM
Anotações de Controles: - ...... - .......
Anotações de Evolução: - ...... - .......
Sumário de Alta - ...... - ....... DOCUMENTAÇÃO
Durante a internação hospitalar, o seguinte deve ser documentado:
Sinais vitais;
Aceitação da dieta;
Padrão intestinal;
Ruídos intestinais;
Glicose sérica;
Condição do local da sonda;
Secreção gástrica (características, quantidade);
Ruídos respiratórios;
Queixas habituais;
Instrução ao cliente e à família;
Encaminhamentos, se indicados;
Registro do resumo de alta. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA CARPENITO, L. J. Planos de cuidados de enfermagem e documentação: diagnósticos de enfermagem e problemas colaborativos. 2. ed. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1999. p. 638-44.
167 CONDUTAS DE ENFERMAGEM PARA CLIENTE EM NUTRIÇÃO PARENTERAL TOTAL
Luciana Fonseca da Victória Mesquita1
Closeny Maria Soares Modesto2 DEFINIÇÃO
A nutrição parenteral total (NPT) envolve a administração endovenosa de uma dieta elementar (dextrose, aminoácidos e lipídios) em uma solução hipertônica, para o cliente que é incapaz de ingerir ou assimilar calorias suficientes ou para o que tem necessidades metabólicas aumentadas que não podem ser preenchidas pela ingesta oral. O sistema de nutrição total combina lipídios EV com a solução básica de NPT.Esta nutrição é muitas vezes denominada uma solução três-em-um porque contém dextrose, aminoácidos e lipídios. As indicações para a NPT incluem o câncer, a náusea crônica e o vômito de qualquer etiologia, a anorexia nervosa, as queimaduras massivas e os distúrbios gastrointestinais, como a doença intestinal inflamatória e a obstrução intestinal. (Carpenito, 1999). COMPLICAÇÕES POTENCIAIS
Pneumotórax, hemotórax ou hidrotórax
Embolia aérea
Sepse
Hiperglicemia PLANO ASSISTENCIAL PARA CONTROLE DAS COMPLICAÇÕES DA NUTRIÇÃO PARENTERAL TOTAL
Intervenções Justificativas
1. Monitorar os sinais e os sintomas de pneumotórax, hemotórax e hidrotórax:
a. Dor aguda no peito b. Dispnéia 2. Durante o procedimento de
canulação, manter o cliente na posição de Trendelenburg, com a cabeça virada para o lado.
3. Auxiliar com a radiografia após a
colocação da cânula. 4. Monitorar os sinais e os sintomas de
embolia área durante as trocas de curativos e das sondas EV, e na separação acidental das conexões endovenosas.
a. Dor aguda e profunda no peito
1. A complicação mais comum da colocação do cateter subclávio, o pneumotórax pode resultar da punção ou da laceração da pleura ou do pulmão. Na maioria dos casos o vazamento de ar é autolimitado, e o pneumotórax soluciona-se espontaneamente; alguns casos exigem intervenção agressiva. As complicações menos comuns – o hemotórax e o hidrotórax – podem ocorrer pela perfuração do grande vaso durante a inserção do cateter(Carpenito, 1999).
2. Á posição de trendelemburg, antes e durante a inserção do cateter subclávio, proporciona a distensão máxima da veia e minimiza o risco de complicações.
3. A radiografia confirma a colocação do cateter e ajuda a eliminar o risco de complicação.
4. A embolia aérea pode ocorrer nas trocas das sondas, nas separações acidentais das sondas e durante a inserção e
1 Acadêmica do Curso de Graduação em Enfermagem da Unidade Curricular IX da Universidade Federal de Mato Grosso.
2 Docente Auxiliar de Ensino III especialista do Departamento de Enfermagem Médico Cirúrgica da FEN/UFMT(orientadora)
168
b. Dispnéia c. Cianose d. Taquicardia e. Distensão da veia do pescoço f. Hipotensão. 5. Fixar a conexão do cateter proximal
com uma tampa de Luer, aderindo todas as conexões.
6. Instruir o cliente a realizar a manobra de Valsalva durante a desconexão das sondas EV.
7. Explicar os problemas potenciais da
separação das sondas, e instruir a dobrar a sonda próxima ao local de entrada, caso ela ocorra.
8. Monitorar os sinais e os sintomas de sepse ou de infecção relacionada com o cateter.
a. Febre b. Calafrios c. Alteração no estado mental d. Contagem aumentada de leucócitos e. Súbita intolerância à glicose f. Sinais locais de infecção no lugar da
inserção g. Cultura de sangue positiva. 9. Monitorar os sinais e sintomas de
hiperglicemia a. Respiração de Kussmaul b. Poliúria c. Densidade específica da urina baixa d. Glicosúria e. Modificações no estado mental (por
exemplo, letargia ou desorientação). f. Glicose sérica elevada g. Modificação no peso.
a desconexão do cateter.(por exemplo, o cliente pode aspirar até 200 ml de ar, através de uma respiração profunda, durante a desconexão da via subclávia). A entrada de ar no sistema circulatório pode bloquear o fluxo sanguíneo e causar a parada cardíaca (Carpenito, 1999).
5. Estas precauções podem ajudar a
prevenir a desconexão acidental. 6. A manobra de Valsalva, mantendo o
fôlego, minimiza a aspiração de ar e reduz o risco de embolia.
7. A ação imediata pode prevenir a embolia área.
8. A alta concentração de glicose da
solução da NPT e a manipulação freqüente do cateter colocam o cliente em alto risco de infecção.
9. A diurese osmótica pode resultar da
incapacidade de compensar a rápida instalação da solução de glicose elevada. A subseqüente elevação da glicose sérica causa a transferência de líquidos para o compartimento vascular em uma tentativa de diluir a concentração hiperosmolar de glicose. O volume líquido aumentado, juntamente com a fonte exógena, é perdido rapidamente na urina. Se não reconhecida ou tratada, esta condição pode evoluir, rapidamente, para o coma hiperglicêmico não-cetônico.
DOCUMENTAÇÃO/EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM
Anotações de Controles: - ...... - .......
Anotações de Evolução: - ...... - .......
Sumário de Alta - ...... - ....... PLANO ASSISTENCIAL
169 DIAGNOSTICO DE ENFERMAGEM: Alto risco para infecção relacionado com o acesso direto do cateter à corrente sangüínea RESULTADOS ESPERADOS:
INTERVENÇÕES JUSTIFICATIVAS
1. Usar a técnica asséptica e seguir os protocolos apropriados ao trocar os curativos dos cateteres, as sondas endovenosas e as soluções. Trocar o curativo do local de inserção quando molhado, sujo ou não oclusivo.
2. Evitar a administração de outras soluções EV na via de NPT/NTA, exceto havendo ordem em contrário.
3. Interromper as emulsões de lipídios e
trocar, imediatamente, a sonda de infusão. 4. Fixar as conexões EV proximais com
um conjunto de Luer, se possível. 5. Aderir firmemente todas as conexões
EV. 6. Ensinar o seguinte ao cliente: a. A importância do cuidado do cateter. b. A necessidade de notificar a
enfermeira quando o curativo estiver sujo ou não-aderente
c. Como dobrar a sonda para interromper o fluxo, caso ela seja desconectada acidentalmente.
1. A técnica asséptica pode prevenir a contaminação.
2. O risco de contaminação bacteriana
aumenta com as junções endovenosas adicionais, as cânulas e as entradas. Para minimizar o risco, a via de NPT/NTA deve ser utilizada exclusivamente para essa finalidade, se não houver indicação em contrário.
3. As emulsões de lipídios e as sondas EV devem ser interrompidas imediatamente devido à contaminação microbiana (Warshawsky apud Carpenito, 1999).
4. Esta precaução pode ajudar a
prevenir a desconexão e a contaminação subseqüente.
5. A fixação com adesivo ajuda a evitar o traumatismo resultante da manipulação do cateter.
6. A compreensão do cliente sobre o cuidado e as precauções pode melhorar o seu comprometimento e reduzir o risco de complicações.
DOCUMENTAÇÃO/EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM
Anotações de Controles: - ...... - .......
Anotações de Evolução: - ...... - .......
Sumário de Alta - ...... - .......
170 DIAGNOSTICO DE ENFERMAGEM: Alto risco para intolerância relacionado com descondicionamento RESULTADOS ESPERADOS:
INTERVENÇÕES JUSTIFICATIVAS
1. Iniciar um regime de atividades e exercícios apropriado, que pode incluir o seguinte:
a. Variação de momentos ativos ou passivos
b. Exercício isométricos c. Sentar na cadeira d.Deambulação progressiva
2. Avançar nas atividades de acordo
com o aumento da tolerância. 3. Enfatizar a importância da atividade
durante a terapia NPT/NTA. e discutir os exercícios que o cliente pode realizar sem assistência (por exemplo, caminhar).
1. A atividade e o exercício progressivo promovem o metabolismo da solução nutricional, ao invés da gordura, para músculos, promovendo o seu fortalecimento.
2. A atividade excessiva além dos
limites da tolerância pode causar intolerância à atividade e hipoxia.
3. A compreensão do cliente pode promover o comprometimento com o programa de atividades e exercícios.
DOCUMENTAÇÃO/EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM
Anotações de Controles: - ...... - .......
Anotações de Evolução: - ...... - .......
Sumário de Alta - ...... - ....... DOCUMENTAÇÃO
Durante a internação hospitalar, o seguinte deve ser documentado:
Sinais vitais;
Ingesta e eliminação;
Peso;
Glicose sérica;
Queixas incomuns;
Local do cateter;
Troca de curativos de sondas;
Condição do local de inserção;
Exercícios realizados;
Nível de atividades;
Instrução ao cliente e à família;
Registro do resumo da alta.
171 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA CARPENITO, L.J. Planos de cuidados de enfermagem e documentação: diagnósticos de enfermagem e problemas colaborativos. 2. ed. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1999. p. 645-49.
172 CONDUTAS DE ENFERMAGEM PARA CLIENTE EM VENTILAÇÃO MECÂNICA
Luciana Fonseca da Victória Mesquita1 Closeny Maria Soares Modesto2
DEFINIÇÃO A ventilação mecânica é indicada para uma série de condições clínicas que levam à
ventilação ou à oxigenação inadequadas na atualidade. Os ventiladores de pressão positiva são programados por pressão, tempo ou volume. Esses ventiladores forçam o ar para os pulmões durante a inspiração, gerando a pressão alveolar positiva. A exalação é passiva. Para o uso contínuo, é exigida a intubação endotraquel ou a traqueostomia. As condições que necessitam de ventilação mecânica contínua incluem os distúrbios do sistema nervoso central que comprometem o centro respiratório na medula, as condições musculoesqueléticas que limitam a expansão do tórax, os distúrbios neuromusculares, a falência cardíaca, os distúrbios respiratórios e a obstrução das vias aéreas superiores (Carpenito, 1999).
COMPLICAÇÕES POTENCIAIS
Insuficiência respiratória
Atelectasia
Toxicidade do oxigênio
Débito cardíaco diminuído
Sangramento gastrintestinal PLANO ASSISTENCIAL PARA CONTROLE DAS COMPLICAÇÕES DA VENTILAÇÃO MECÂNICA
Intervenções Justificativas
1 – Investigar o estado respiratório: auscultar os sons respiratórios e observar a simetria dos movimentos do tórax. 2 – Monitorar os sinais de insuficiência respiratória.
a. Freqüência respiratória aumentada. b. Respirações laboriosas c. Inquietação, agitação, confusão. d. Sinais vitais instáveis e. Valores anormais da gasometria f. Saturação de oxigênio diminuindo
3 – Monitorar os sinais de atelectasia. a. Dispnéia notável b. Ansiedade c. Cianose d. Taquicardia
4 – Manter uma via aérea desobstruída; aspirar quando necessário.
1 – A ausculta dos ruídos investiga a adequação do fluxo de ar e detecta a presença de sons adventícios. Os movimentos assimétricos do tórax podem indicar a colocação inapropriada do tubo. 2 – A insuficiência respiratória pode resultar da obstrução das vias aéreas, dos problemas ventilatórios, da atelectasia, do broncospasmo ou do pneumotórax. 3 – A atelectasia pode resultar da obstrução brônquica devido ao tampão mucoso, ou do deslocamento diafragmático devido ao aumento da pressão infra-abdominal. Os sinais e os sintomas resultantes refletem a diminuição da troca alveolar e do oxigênio circulante. 4 – A obstrução das vias aéreas causa a
1 Acadêmica do Curso de Graduação em Enfermagem da Unidade Curricular IX da Universidade Federal de Mato Grosso. 2 Docente Auxiliar de Ensino III especialista do Departamento de Enfermagem Médico Cirúrgica da FEN/UFMT(orientadora)
173
5 – Manter a inflação apropriada do manguito. 6 – Monitorar os sinais e os sintomas de toxidade do oxigênio.
a. Sofrimento subesternal b. Parestesias nas extremidades c. Dispnéia progressiva d. Inquietação
7 – Monitorar os sinais de débito cardíaco diminuído.
a. Disritmias b. Pulsos periféricos diminuídos c. Sinais vitais alterados d. Pele fria, pegajosa e. Dispnéia
8 – Monitorar o sangramento gastrintestinal; avaliar as fezes quanto ao sangue oculto e o pH gástrico (se o cliente estiver NPO).
insuficiência respiratória. O cliente intubado depende da aspiração para a remoção das secreções, devido à ineficiência do reflexo da tosse ou à fadiga. 5 – A inflação insuficiente permite a aspiração das secreções gástricas ou respiratórias. A inflação excessiva pode causar a compressão do tecido traqueal, resultando em ulceração. 6 – A toxicidade do oxigênio, resultante da administração prolongada de concentrações excessivas de oxigênio, leva à diminuição do comprometimento pulmonar e à degeneração colóide, provocando a formação da membrana hialina no revestimento pulmonar e o desenvolvimento de edema pulmonar. 7 – A ventilação com pressão positiva aumenta a pressão intratorácica, o que pode reduzir o retorno venoso e o débito cardíaco. Os sinais resultantes refletem a diminuição do retorno venoso e a hipoxemia. 8 – A estimulação profunda do nervo vago causa a hipersecreção gástrica e a possível formação de úlceras (Carpenito, 1999).
DOCUMENTAÇÃO/EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM
Anotações de Controles: - ...... - .......
Anotações de Evolução: - ...... - .......
Sumário de Alta - ...... - ....... PLANO ASSISTENCIAL DIAGNOSTICO DE ENFERMAGEM: Alto risco para Resposta Disfuncional ao Desmame relacionado às tentativas de desmame, à fadiga da musculatura respiratória, secundária à ventilação mecânica, ao maior esforço para respirar, à posição supina, à desnutrição protéica calórica, à inatividade e à fadiga RESULTADOS ESPERADOS:
INTERVENÇÕES JUSTIFICATIVAS
1-Remover as secreções, como 1 – O tubo parcialmente obstruído com
174
necessário. 2 – Promover a expansão do tórax. 3 – Investigar as causas de resistência
ao fluxo relacionadas ao tubo a. Tubo endotraqueal demasiado
pequeno b. Tubo endotraqueal demasiado longo c. Manguito inflado d.Desmame em ayre 4 – Investigar a dispnéia. 5 – Posicionar o cliente verticalmente
sentado, ou na cama com as pernas pendentes.
6 – Planejar período de repouso
adequado antes e depois das atividades e durante os esforços para o desmame.
7 – Tomar precauções para prevenir a
infecção. a. Trocar o tubo a cada 24 a 48 horas b. Remover as vias cedo. c. Reduzir os organismos endógenos
através da lavagem freqüente das mãos, manutenção cuidadosa da enfermaria e outras medidas.
8 – Promover a nutrição ideal. a. Consultar o nutricionista para calcular
secreção aumenta a resistência ao fluxo, aumentando o esforço para respirar.
2 -Qualquer impedimento à expansão do tórax aumenta o esforço para respirar.
3 – O calibre e o comprimento do tubo endotraqueal influenciam a resistência ao fluxo. Se o risco de aspiração for mínimo, o manguito desinflado reduz a resistência. A pressão positiva contínua das vias aéreas diminui o esforço para respirar, se comparado com o desmame em ayre. Para cada 1 mm de diminuição no diâmetro do tubo endotraqueal, o esforço para respirar aumenta de 34% a 152% (Carpenito, 1999).
4 – A dispnéia interfere no sucesso do desmame.É recomendado um desmame programado que reduza o volume de corrente, lentamente, e aumente a resistência.
5 – Uma posição vertical maximiza a excursão do diafragma, aumentando o volume do pulmão e a troca de gás.
6 – A fadiga da musculatura respiratória pode resultar da ventilação artificial prolongada, do aumento do esforço para respirar e da redução nas reservas de energia.
a. Os períodos de repouso ajudam a repor as energias despendidas na atividade.
b. Alternar o desmame com períodos de repouso, sob ventilação mecânica, descansa a musculatura fatigada.
7 – O cliente sob ventilação prolongada está em maior risco de infecção devido à presença de microrganismo no equipamento e no ambiente, e à alteração nos mecanismos de defesa.
8 – A desnutrição tem um efeito
negativo sobre a função respiratória, que depende do funcionamento muscular adequado e utiliza, continuamente, a energia. O cliente desnutrido tem uma reação diminuída à hipoxia, fraqueza da musculatura expiratória, resistência muscular diminuída, diminuição do surfactante, reações imunológicas prejudicadas e desequilíbrios hídricos pelas trocas de eletrólitos.
a. A enfermeira talvez necessite de auxílio para calcular as exigências nutricionais específicas do cliente de acordo com as demandas metabólicas. A ingesta calórica
175
as necessidades específicas de proteína e calorias.
b. Pesar o cliente diariamente. c. monitorar os resultados dos estudos
laboratoriais
Albumina e transferrina sérica
Total de leucócitos
Taxa de creatinina. d.Manter a hidratação adequada. 9 – Consultar o médico em relação à
nutrição enteral ou parenteal, conforme apropriado.
deve ser de 1,4 a 1,6 vezes o correspondente gasto de energia. A subalimentação pode aumentar o risco de complicações pulmonares; o excesso alimentar pode aumentar o metabolismo e a produção de dióxido de carbono (Carpenito, 1999).
b. O peso real em uma balança apropriadamente regulada pode refletir todo o estado nutricional. A perda de peso semanal de 1% a 2% do peso total do corpo é significativa.
c. Os dados laboratorias podem proporcionar informações sobre o estado nutricional, especialmente quando o peso flutua com a retenção e a perda de líquidos.
d. Isto reduz a viscosidade da secreção, diminuindo a resistência das vias aéreas.
9 – Na maioria dos casos, o cliente com uma via aérea artificial é incapaz de preencher suas necessidades nutricionais unicamente através da ingesta oral. Quando é exigida a alimentação suplementar, a via enteral é preferida em comparação com a parenteral, devido ao maior risco de sepse relacionada ao cateter que a última apresenta. A alimentação enteral diminui as chances de sangramento gastrintestinal (Carpenito, 1999).
10- A distensão abdominal pelos gases, íleo, ou constipação impede o funcionamento adequado do diafragma.
11. a,b - A inatividade diminui o tamanho
e a força da musculatura respiratória, interferindo com esforço respiratório ideal.
c. O exercício promove o fortalecimento
da musculatura respiratória, a mobilidade do tórax e tono muscular.
d. O cliente deve participar, tanto quanto possível, nas necessidades de autocuidados.
12 – A privação do sono REM ocorre
freqüentemente, no hospital. O sono REM
176
10 – Tomar medidas para prevenção da constipação.
a. Assegurar a ingesta adequada de líquido e fibras.
b. estabelecer um horário regular para a defecação e proporcionar uma posição próxima à normal (semicócoras) na comadre, urinol ou no vaso sanitário.
11 – Promover a atividade ideal. a. Encorajar a realização de exercícios
ROM passivos ou ativos, conforme permitidos ao cliente.
b. Providenciar uma cadeira de rodas para o cliente com um ventilador portátil.
c. Consultar o fisioterapeuta. d.Consultar o terapeuta ocupacional. 12 – Instituir medidas para assegurar o
sono REM sem interrupções (4 a 5 ciclos de 70 a 100 minutos).
a. Reduzir os ruídos. b. Ensinar técnicas de relaxamento. c. Consultar o médico quanto a um
agente hipnótico de curta ação, se necessário. 13 – Tomar medidas para redução da
dor a níveis toleráveis (por exemplo, analgésicos ou medidas não farmacológicas de alívio da dor como o relaxamento, a distração e a mentalização de imagens).
14 – Consultar o médico sobre o adiamento do desmame caso ocorra algum desses fatores:
a. Doença subjacente irreversível. b. Alcalose ou acidose metabólica. c. Falência multissistêmicas d. Instabilidade clínica e. Desnutrição protéico-calórica f. Diminuição da pressão inspiratória
máxima durante o desmame. g. Respiração rápida e curta durante o
desmame. 15 – Antes do desmame, discutir o
inadequado prolongado resulta em desgaste dos processos de pensamento e em ansiedade (Carpenito, 1999).
13 – A dor pode contribuir para a
ansiedade, inibir a excursão do tórax na respiração e restringir a tosse.
14 – a-d. O cliente que não está melhorando
ou não esta clinicamente estável não possui reservas para aceitar o desmame bem-sucedido.
e. O cliente desnutrido é incapaz de
produzir suprimentos suficientes de energia para permitir o desmame.
f-g. A diminuição na pressão inspiratória máxima e a respiração curta, em resposta ao desmame, indicam pouca força da musculatura respiratória.
15 – A preparação adequada é necessária para reduzir os medos. Enfatizar que o cliente está melhorando, explicar o procedimento e proporcionar supervisão constante pode aumentar a motivação e diminuir a ansiedade.
16 - A capacidade e perfusão da ventilação do cliente servem como critérios para a avaliar a continuação ou não do desmame.
177
processo com o cliente e a família. 16 – Antes, durante e após as tentativas
de desmame, investigar os seguintes fatores: a. Capacidade vital b. Força inspiratória c. Sinais vitais d. Valores da gasometria arterial
DOCUMENTAÇÃO/EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM
Anotações de Controles: - ...... - .......
Anotações de Evolução: - ...... - .......
Sumário de Alta - ...... - ....... DOCUMENTAÇÃO
Durante a internação hospitalar, o seguinte deve ser documentado:
Sinais vitais;
Instalação do ventilador;
Investigação respiratória;
Pressão do manguito;
Tipo de tubo (inflação);
Ingesta e eliminação;
Ruídos intestinais;
Padrões de repouso e de atividade;
Aspiração proporcionada;
Investigação pré-desmame, intradesmame e pós-desmame;
Instrução ao cliente;
Registro do resumo da alta. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA CARPENITO, L. J. Planos de cuidados de enfermagem e documentação: diagnósticos de enfermagem e problemas colaborativos. 2. ed. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1999. p.686-90.