Manual de Instrução do 2º Grau Companheiro - REAA

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GRANDE SECRETARIA GERAL DE ORIENTAÇÃO RITUALÍSTICA GRANDE SECRETARIA GERAL DE ORIENTAÇÃO RITUALÍSTICA ADJUNTA PARA O REAAMANUAL DE INSTRUÇÃO DO GRAU 2 COMPANHEIRO RITO ESCOCÊS ANTIGO E ACEITO REAAÁlvaro Gomes dos Santos Ex- GrSecrGerde Orientação Ritualística GOBFuad Haddad Ex- GrSecrGerAdjde OrientRitualística para o REAAGOBNilson Alves Garcia Adjda GrSecrEstde Orientação Ritualística para o REAAGOEGGrande Oriente do Estado de Goiás Grão Mestre: Eminente IrOCLÉCIO PEREIRA DE FREITAS

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GRANDE SECRETARIA GERAL DE ORIENTAÇÃO RITUALÍSTICA

GRANDE SECRETARIA GERAL DE ORIENTAÇÃO

RITUALÍSTICA ADJUNTA PARA O R∴E∴A∴A∴

MANUAL DE INSTRUÇÃO

DO GRAU 2 COMPANHEIRO

RITO ESCOCÊS ANTIGO E ACEITO

R∴E∴A∴A∴

Álvaro Gomes dos Santos Ex- Gr∴ Secr∴ Ger∴ de Orientação Ritualística

G∴ O∴ B∴

Fuad Haddad Ex- Gr∴ Secr∴ Ger∴ Adj∴ de Orient∴ Ritualística para o R∴E∴ A∴ A∴

G∴ O∴ B∴

Nilson Alves Garcia Adj∴ da Gr∴Secr∴Est∴de Orientação Ritualística para o R∴E∴ A∴ A∴

G∴ O∴ E∴ G∴

Grande Oriente do Estado de Goiás Grão Mestre: Eminente Ir∴ OCLÉCIO PEREIRA DE FREITAS

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INTRODUÇÃO

O Grau de Companheiro é o segundo grau na Maçonaria Simbólica e representa mais um degrau na Escada Mística de Jacó. Simbolicamente, ao Companheiro incumbe polir a Pedra Bruta, desbastada por ele no Grau de Aprendiz, e levá-la à perfeição. É um grau intei-ramente dedicado ao trabalho, seja ele intelectual, manual ou técnico. O Companheiro a-prenderá, utilizando-se de seus novos instrumentos ou ferramentas, a obter a abundância, cujo símbolo é uma espiga de trigo. O Companheiro aprenderá a subir a Escada em Caracol do aprimoramento, por 3, 5 e 7. Conhecerá a Estrela Flamígera, com a letra “G” no centro, que é o maior símbolo do grau. Como a tônica do grau é o número 5, tudo nesse grau se relacionará com esse núme-ro: 5 sentidos, Estrela de 5 pontas, 5 passos, 5 Ordens de Arquitetura, 5 viagens, idade, ba-teria de 5 golpes ou pancadas, etc. O “5” é o símbolo do mental, quando vê o que os olhos e os sentidos não captam. Enquanto o quaternário reduz a visão cósmica dentro dos ciclos evolutivos, o 5 é o romper desse equilíbrio imanente, e é por isso símbolo de um transcender do físico. É essa uma de suas mais importantes significações, embora, pela suas muitas interpretações possa ter ou-tro significado. O “5” composto do binário, símbolo de tudo o que é duplo, dos contrastes, da imper-feição e do ternário que em Maçonaria, temos sua representação no triângulo, no qual a nossa busca não está nem na direita nem na esquerda e sim no terceiro lado ou na verda-deira conciliação ou síntese. Lembramos que o triângulo representa para nós, Maçons, o Grande Arquiteto do Universo e a Suprema Perfeição. Para sintetizar, podemos dizer que o número “5” é o símbolo da forma e dos esque-mas que escapam aos olhos do corpo e são vistos pelos olhos da inteligência. Os três primeiros graus da Maçonaria Especulativa, do ponto de vista esotérico signi-ficam os três estágios do pensamento humano, que são: intuição, análise e síntese. Eles se aplicam ao Aprendiz que luta, ao Comp∴ que trabalha e ao Mestre que cria. O Aprendiz com sua arma que é a intuição, ajudado pelo Companheiro, trabalha dissecando tudo o que observa, também ajudado pelo Mestre e este “ajunta tudo o que está disperso” realizando assim a síntese necessária desejada. O Aprendiz tem como meta a disciplina; o Companheiro, a perseverança; e o Mes-tre a união. O que é para o Aprendiz um fim, para o Companheiro é apenas o começo. As três viagens do Aprendiz indicam claramente o sentido da fatalidade desse ciclo, ou seja, a luta que o Aprendiz trava para vencer as imperfeições da personalidade profana. Da mesma forma, as 5 viagens do Companheiro e as numerosas ferramentas postas à sua disposição na elevação (sendo que cada uma dessas ferramentas está destinada a aperfeiçoar uma após outra as muitas facetas do seu método de trabalho) demonstram, mercê dessa varia-ção e de modo flagrante que o período mais duro, mais penoso de sua vida maçônica, mais laborioso, como também mais fecundo, é o lote daquele que sabe realizar integralmente a sua Obra Prima.

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Costuma-se dizer que o Grau de Companheiro é o mais genuíno de todos os graus maçônicos, por ser uma síntese histórica e doutrinária na qual se basearam todas as fases de ascensão do obreiro ao mais alto grau de qualquer rito. Não é um grau intermediário. O Grau de Companheiro se definiu anos depois da fun-dação da Grande Loja de Londres e o Grau de Mestre muito tempo após ter sido instituído o Grau de Companheiro. Historicamente, o Grau de Companheiro correspondia no início da Maçonaria Especu-lativa ao Grau 3, o qual foi posteriormente criado. Temos ainda que mencionar que o Grau de Companheiro, o qual já sabemos ser in-teiramente dedicado ao trabalho, é exatamente aquele que nos ensina o sentido ou o se-gredo do método. Sem o método no trabalho, não conseguiremos nada. O caminho do companheiro é sinuoso e difícil. O Companheiro passa das asperezas terrenas para as belezas astrais, isto é, para o transcendental (Cosmo, Universo). Diz-se também que o Grau de Companheiro também é dedicado à direção da moci-dade, a felicidade possível, por meio do trabalho, da virtude, e das ciências que lhe são re-comendadas. Um dos principais objetivos do Companheiro é saber semear a dúvida em sua mente, não admitindo senão aquilo que possa ser provado e satisfaça sua razão. O Companheiro deve deixar-se guiar pelo Valor, pela Energia e pela Inteligência, as três forças que poderão salvá-lo da Ignorância, do Fanatismo e da Superstição fazendo-lhe abandonar o ilusório pela realidade. Não vos inquieteis Irmão, se uma lei moral desaparece, pois ela dará lugar a ou-tra melhor e mais ampla. (L. Ubert dos Santos).

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ESTRELA FLAMÍGERA

Não é um símbolo derivado exclusivamente da Maçonaria. Ela veio à Maçonaria pelo Barão de Tschoudy, fundador do Rito Adonhiramita. Já, há muitos anos antes de Tschoudy, o Cavaleiro Miguel André Rança, nascido em 1696, acreditava que os maçons derivassem dos Cruzados e Templários. Acredita-se que Tschoudy foi buscá-la numa Ordem antiga, chamada Ordem da Estrela Flamígera, ramo dos Templários, que espalhou por toda Europa. Todavia, hoje sabemos que os maçons atuais não derivaram dos Templários ou Cruzados e que também Tschoudy não trouxe a Estrela Flamígera buscada na Pentalfa de Pitágoras e sim, nos trouxe um símbolo polêmico que era o distintivo dos comandantes das Cruzadas desde o tempo de Godofredo de Bulhões (1058 a 1100). Este distintivo era uma estrela de cinco pontas com a letra “G” no centro, sendo que, segundo ao que se afirma que a letra “G” seria apenas a inicial da palavra General. Segundo Plantangenet, este símbolo não era conhecido antes de 1737. Todavia, ele estava equivocado pois, pentagrama ou estrela de cinco pontas era conhecido dos pedrei-ros-livres, os nossos antepassados maçônicos, como se poderá observar em muitas obras de arquitetura da época, ainda existentes em muitos países da Europa, e que constituía um de seus segredos importantes. Segundo Boucher se “quisermos voltar às fontes do simbolismo verdadeiro e univer-sal, devemos desembaraçá-lo de tudo o que contribui para afogá-lo num moralismo decep-cionante”. O pentagrama era o símbolo preferido de Pitágoras. Era também chamado de Penta-gramon ou Pentalfa. Para Pitágoras este símbolo era um sinal de reconhecimento. Era um símbolo de boas-vindas que equivalia a dizer “Passe Bem”. Com um dos vértices dirigido para cima é um símbolo benéfico e ativo. Com dois vér-tices virados para cima, portanto ao contrário, é um símbolo maléfico ou passivo. Para os Companheiros Maçons, a Estrela Flamígera, com a letra “G” no centro é o símbolo da Divindade Cósmica. Além de seus efeitos iniciáticos, ela deve representar um símbolo de boas vindas e um voto de perfeita saúde.

POR QUE SOMOS CHAMADOS DE SOCIEDADE DO BODE PRETO

Baseando-se na interpretação dada pelos antigos ao Pentagrama invertido, ou seja, a Estrela Flamígera, ou ainda melhor, a estrela de cinco pontas com dois vértices virados para cima, os escritores anti-maçons despejaram sua maldade, sua ironia, sua infâmia contra a Maçonaria. A Estrela de Cinco Pontas com um só vértice virado para cima, poderemos inscrever dentro dela, um homem com os braços estendidos horizontalmente e as pernas abertas. Já, com duas pontas viradas para cima, os antigos inscreviam a cabeça de um bode, que atu-almente é o símbolo de animalidade ou satanismo. Não resta a menor dúvida que o bode preto corresponde ao BAPHOMET que era um ídolo dos templários. Era de origem desconhecida. Usava barba branca e em vez de olhos, dois carbúnculos. Baphomet também representava o Demônio na Magia Negra e em certas áreas do ocultismo. Era carregado em procissão sob um dossel pelos templários da Ilha de

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Malta, onde viveram os últimos remanescentes dessa Ordem, após sua destruição. Simboli-zava também para eles, boa colheita. Para os gnósticos, o Baphomet era um símbolo de Deus. É sabido que os orientais concederam à barba um sinal de majestade, paternidade e força criadora. Davam a esta cabeça o nome de Baphomeus que queria dizer batismo de sabedoria. Como pudemos observar, havia várias interpretações a respeito deste símbolo. Atu-almente, sem que faça parte da Maçonaria, sem que signifique alguma coisa para os ma-çons, acabamos aceitando como “piada”, fazendo o bode preto parte do anedotário ou”folclore” maçônico, situação esta que foi criada pelos inimigos da Ordem, que continuam a nos atacar como se a Maçonaria fosse “uma seita do demônio”. Ainda, para alguns autores maçônicos, a palavra Baphomet constitui uma sigla inver-tida da expressão “Templi omnium Hominum Pacis Abbas”, isto é, “Pai do Templo, “Paz Universal dos Homens”. – TEMOHPAB.

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PEDRA CÚBICA

Se a tarefa do Aprendiz foi desbastar a Pedra Bruta com o malho e o cinzel (Malho também chamado Maço e o Cinzel chamado Escopro) e com ajuda da régua, a incumbên-cia do Companheiro será de polir esta Pedra Bruta com auxílio do esquadro, do nível, do prumo e da alavanca para torná-la cúbica. O Aprendiz disciplinou o descontrolado corpo físico com a energia de sua vontade. O Companheiro disciplinará suas emoções, o veículo emocional, através do conhecimento bem medido, equilibrado e correto, aprendendo a imprimir curvas e nuances, aprendendo a “geometrizar” sua “psiquê” em sua natureza emocional. Assim fará seu cubo perfeito, apto a ser empregado na Ereção do Templo/constituído por uma humanidade, o mais possível perfeita. O Companheiro é também chamado o escul-tor da Pedra Cúbica, sendo esta a obra-prima do Companheiro. O cubo é o único sólido que juntando a si mesmo indefinidamente preenche todo o espaço. Suas faces são paralelas, duas a duas. Possui três eixos de simetria e não se pode ver dele mais que três faces ao mesmo tempo e isso em qualquer posição em que se o co-loque. Platão dá o elemento Terra como correspondente ao cubo. Os altares da Antigüidade geralmente eram em forma de cubo. Em alguns painéis maçônicos a Pedra Cúbica aparece com uma ponta de machado em cima. Alguns autores consideram a forma de nosso Templo como a união de três cubos perfeitos. A Pedra Cúbica simboliza tudo aquilo que o Companheiro realizou, a fase final do tra-balho neste grau. Quanto às interpretações da Pedra Cúbica, a primeira constitui uma das representa-ções da estabilidade, A segunda é a perfectibilidade, que cada maçom deve chegar na construção de seu Templo Pessoal. A terceira é que ela constitui elemento simbólico no Templo Social, tanto como pedra angular como as demais pedras/como se ergue um edifí-cio.

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DIFERENÇAS ENTRE UMA LOJA DE APRENDIZ E UMA DE COMPANHEIRO

a) O tríplice candelabro é todo aceso no Oriente, ou seja, as três velas ou ainda como são

chamadas as três estrelas. Nos altares dos 1º e 2º Vigilantes permanece como em Loja de Aprendiz, ou seja, uma vela acesa.

b) A abeta do avental do Companheiro deverá estar abaixada, significando que a matéria já

esta sendo penetrada pelo espírito. c) A alavanca e a régua, que não eram conhecidas do Aprendiz passam agora a ser co-

nhecidas no Grau de Companheiro. d) No Altar dos Juramentos, o compasso e o esquadro têm disposição diferente do Grau de

Aprendiz. O Compasso, com uma perna livre apontada para o lado dos Companheiros é cruzado com o esquadro, ambos sobre o Livro da Lei, aberto em Amós, Capítulo 7, Ver-sículo 7-8. Também os instrumentos do Companheiro devem estar sobre o Altar dos Ju-ramentos. O compasso ainda permanece aberto em 45º.

e) Em cima dos capitéis das Colunas “J” e “B”, as três romãs foram substituídas por uma

esfera terrestre na Coluna “B” e por uma esfera celeste na Coluna “J”. As duas esferas também significam a universalidade e a própria Maçonaria. As duas esferas, terrestre e celeste mais a Estrela Flamígera significam o conjunto de boas regras de todo o Univer-so.

f) No Grau de Companheiro já tem a Palavra de Passe que não existia no Grau de Apren-

diz. A Palavra Sagrada é outra e sinais e toques são mais complexos. Também costu-mamos dizer que o Companheiro passa do nível a perpendicular.

g) Os Companheiros ficam agora com o aumento de salário na Coluna do Sul. h) Também os painéis alegórico e simbólico são diferentes neste grau.

SIGNIFICAÇÃO DA PALAVRA DE PASSE ABUNDÂNCIA – Está representada por uma Espiga de Trigo. ORIGEM BÍBLICA – Segundo a narração bíblica, um exército dos efrainitas atraves-sou o Rio Jordão para combater Jetfé, famoso general gleadita. O pretexto dessa desavença foi não terem os efrainitas sido convidados a participarem da honra de guerra amonita. Jetfé deu combate pondo em fuga os efrainitas. Para tornar decisiva a vitória, Jetfé enviou desta-camentos para guardar as passagens do Rio Jordão, por onde deveriam forçosamente pas-sar os insurretos para fugirem para seu país. Deu ordem severa para que fosse executado qualquer fugitivo que por aí passasse, se se confessasse efrainita. Aqueles que negassem ou usassem de qualquer subterfúgio seriam obrigados a pronunciar a palavra Sc∴ Os efrai-nitas por um defeito vocal próprio de seu dialeto, não pronunciavam Sc∴(com som de CH) mas sim, SI. Desta forma a ligeira diferença de pronúncia fazia com que fossem descobertos, e isso lhes custava a vida. Dizem as escrituras que 42.000 efrainitas foram mortos, e Sc∴ foi então a palavra que serviria para distinguir amigos de inimigos.

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PAINEL SIMBÓLICO DO GRAU DE COMPANHEIRO É de forma retangular, podendo ser pintado em um quadro ou em um tapete. No caso do tapete, este seria desenrolado e estendido no pavimento mosaico, no local onde deve estar o painel do Quadro da Loja. - No Rito de Schroeder ou Rito Alemão que tem lojas no Brasil, em São Paulo e Join-vile usa-se este tapete. - Antigamente, no início da Maçonaria Especulativa, quando ainda não tinham sido criados os templos maçônicos, o Primeiro Experto desenhava no chão, no local onde se rea-lizaria a reunião, com carvão ou giz, o painel tal qual ele é hoje. O local onde o painel era desenhado era tido como sagrado e ninguém podia pisá-lo. Após o fechamento da lo-ja(término da sessão), este painel era então apagado.

O PAINEL DE COMPANHEIRO DEVE CONSTAR DO SEGUINTE (Figura 1)

1) Uma orla dentada protegendo todo o retângulo do painel, tendo em cada canto uma

borla (ou trolha?). Nessa orla estão marcados os quatro pontos cardeais. 2) Na parte inferior do Painel deverão estar cinco degraus. 3) O cordão de nós, ou corda de nós, deveria ter cinco nós, e terminar por uma borla.

(Todavia, em nossos rituais constam somente três)(?) 4) O Sol à direita e a Lua à esquerda. 5) Sete Estrelas, representando as sete Ciências Liberais. 6) As Colunas “J” e “B”. Nos seus capitéis estão na Coluna “B”, uma esfera terrestre e na

Coluna “J” uma esfera celeste. 7) O esquadro e o compasso entrelaçados, estando este último aberto em 45º. No centro

da figura formada por estes dois instrumentos, está a Estrela Flamígera com a letra “G”.

8) Desenho da Prancheta de Traçar ou Prancheta da Loja que é a Jóia Fixa da Loja, mas

que pertence ao Grau de Mestre, constando, porém, dos painéis de Companheiro e Aprendiz.

9) Três janelas: uma no Oriente, uma na Coluna do Sul e outra no Ocidente. Explicação: a

luz vem do Oriente, é mais fraca na Coluna do Sul e brilha pouco no Ocidente. Na Co-luna do Norte, onde estão os Aprendizes, a escuridão é total.

10) A Pedra Cúbica, própria do Grau de Companheiro, fica ao lado da Coluna “J”. 11) A Pedra Bruta, própria do Grau de Aprendiz, ao lado da Coluna “B”. 12) O Nível Maçônico e o Prumo(perpendicular). 13) O Maço (ou Malho) e o Cinzel (ou escopro).

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14) Uma Alavanca entrecruzada com uma Régua. 15) Uma Trolha que está abolida no Rito Escocês Antigo e Aceito, porém, é conservada no

painel pelo alto significado simbólico. É símbolo da Inteligência e do Perdão. 16) Uma Espada, simbolizando a 5ª Viagem. 17) O chão da Loja está representado no painel por um Pavimento Mosaico, como em ta-

buleiro de xadrez. Deveria ser em diagonal, porque no Rito Escocês Antigo e Aceito é em diagonal.

18) Ao fundo, vê-se o pórtico do Templo.

PAINEL ALEGÓRICO DO GRAU DE COMPANHEIRO (Figura 2)

Harris pintou os painéis em 1815. Eles sofreram desde então muitas reproduções, bem como alterações, às vezes até para melhor, pois foram acrescentados detalhes que expressam a evolução dos símbolos. Nós sabemos que símbolo estático é símbolo supera-do em Maçonaria. Todavia, o painel original (fig. 2) é o primeiro e nós temos que conciliar a tradição com a evolução. Mas, de qualquer forma, o painel de Harris é mais rico em deta-lhes, os quais passaremos a descrever, para só depois descrever o outro painel. 1. Queda d´agua ou fonte da vida, ou Manancial da Vida; 2. Espiga de trigo, próxima à entrada do Templo, rente à Coluna “B”; 3. Colunas “J” com a esfera celeste e “B” com a esfera terrestre; 4. Pavimento Mosaico, um tanto diferente daquele que conhecemos, mas, mesmo assim

em forma diagonal; 5. A imagem de um Companheiro acabando de descer a Escada em Caracol. Obs.: O

Companheiro deveria esta subindo e não descendo. 6. Na parede, desenhados, o Esq∴, o Niv∴ e a Pr∴; 7. Escada em Caracol em três lances simbólicos, chegando logo depois da Câmara do

Meio (3º Grau) a vislumbrar o Sancto Sanctorum, o qual o Companheiro verá apenas de longe(este símbolo somente será conhecido no 4º Grau);

8. Pomba representando a Espiritualidade; 9. Tetragrama hebraico IOD-HE-VAU-HE (que se visto de “cabeça para baixo” lembra em

português a expressão LULU); 10. Duas colunas, sem ordem definida, e também sem expressão na Maçonaria, apenas

fazendo parte, juntamente com um arco e moldura, da entrada do átrio, que antecede o Sancto Sanctorum;

11. Em cima, uma Estrela de Seis pontas que deveria ser de Cinco pontas, também conhe-

cida como “Blazing Star” dos ingleses.

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PAINEL DA LOJA DE COMPANHEIRO (Figura 3)

(Painel pintado após o de Harris. Por quem? Quando? Não sabemos) 1. Pavimento Mosaico em diagonal, tal como o conhecemos e bem como manda o

R∴E∴A∴A∴; 2. Escada em Caracol em três lances de ascensão. Vemos que no primeiro lance estão

escritas as palavras ouvir, ver, apalpar, cheirar e provar. Ao lado, agindo como se fosse um “corrimão”, apenas destes cinco degraus, as cinco colunas do grau, assim e-numeradas de baixo para cima: Toscana, Dórica, Jônica, Coríntia e Compósita. No último lance da Escada em Caracol, composto de sete degraus, estão escritas as se-guintes palavras: Grammática, Retórica, Lógica, Arithmética, Música e Astronomia.

3. A Escada em Caracol se abre para um exterior onde vislumbramos o Sol e a Árvore da

Vida. O Sol, o Deus-Sol dos egípcios, o símbolo do Orador na Loja, uma das Sublimes Luzes da Maçonaria, Luz que ilumina a Terra, Sabedoria para todos, enfim, símbolo muito nosso conhecido no Grau de Aprendiz. ÁRVORE DA VIDA: forças evolutivas que emergem da Terra. Representa também o Inconsciente.

Achamos que tanto um painel quanto outro se completam em simbolismo. Ainda queremos mencionar as folhas de uma planta que estão pintadas no painel nº 3

(nas paredes) que só será conhecidas no 3º Grau.

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PERGUNTAS E RESPOSTAS QUE O COMPANHEIRO

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“DEVE TER NA PONTA DA LÍNGUA”

1 Sois Maçom? MM∴ IIR∴ C∴ T∴ M∴ R∴ 2 Sois Comp∴ Maçom? Sim Ven∴ Mestre. Podeis examinar-me. E∴ V∴ A∴ E∴ F∴ 3 Dai-me a Pal∴ Sag∴ do Grau de Aprendiz. N∴V∴P∴D∴S∴S∴D∴A∴P∴L∴E∴V∴D∴A∴S∴ 4 Porque a Pal∴ Sag∴ é dada dessa maneira? Porque o Apr∴ não sabe ler. 5 Como se dá a Pal∴ Sag∴ do Grau de Comp∴? Dá-se Sil∴ (ao ouvido, como no Grau de Apr∴). 6 O que quer dizer a palavra da Coluna “J”? Estabilidade e Firmeza 7 O que quer dizer a palavra da Coluna “B”? Força e Alegria. 8 Pode-se dizer o nome das Colunas “J” e “B”? Sim. O que é Sag∴ é a maneira de pronunciá-las. 9 Que altura tinha essas Colunas, no Templo de Salomão? A citação de II Cron, 3:15 diz que as Colunas tinham a altura de 35 côvados,

com capitéis de cinco côvados, perfazendo um total de 45 côvados. Entretan-to, em outras passagem da Bíblia, aquela altura é dada como sendo de 18 cô-vados. (I, Reis 7:15, II Reis 25:17)

10 Quais são os ornatos dos capitéis da Loja de Aprendiz? Três romãs. 11 E em Loja de Companheiro? As romãs foram substituídas, na Coluna “J” por uma esfera celeste e na Colu-

na “B” por uma esfera terrestre. A esfera terrestre simboliza as forças materi-ais do mundo que o Apr∴ deve tentar dominar. A esfera celeste representa o Universo e a Ciência. Todavia, estas esferas só aparecem no Grau de Compa-nheiro.

12 As Colunas eram ocas? Sim. 13 Porque? Porque nelas eram guardadas as ferramentas e tesouros dos AAp∴ e

CComp∴ 14 O que representa o tesouro oculto nas Colunas?

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A Doutrina Iniciática, cujo conhecimento está reservado aos que não se detêm na superfície, mas sabem aprofundar-se nos estudos.

15 Onde foram fundidas as Colunas do Templo de Salomão? Na planície do Rio Jordão, onde foram fundidos os vasos sagrados daquele

Templo. 16 Quem as fundiu? Hiram Abif. 17 Qual era a espessura das Colunas? Quatro dedos nas paredes. 18 Segundo a narração bíblica, o que aconteceu com as colunas do Tempo de Salomão,

bem como aos vasos sagrados? Nabucodonosor viria a incendiar e a saquear o Templo, levando os vasos sa-

grados e utensílios de metal precioso, inclusive as duas colunas de bronze, as quais teriam sido partidas pelos invasores. (2º Reis, cap. 25; 2º CrônIcas, Cap. 36; Jeremias, Cap. 52).

19 Quais os outros significados das colunas, além dos já conhecidos? Segundo Otaviano Menezes Bastos em sua “Enciclopédia Maçônica”, “B” se-

ria o fogo, “J” seria o vento, isto no Grau de Apr∴ Já no Grau de Comp∴, “B” seria o Amor e “J” seria A Ciência. Existe ainda a interpretação “sexual” das colunas: “J” seria o pênis e “B” a vagina; a Loja Maçônica seria pois, herma-frodita, constituindo-se em um útero social destinado a fecundar e a parir a sociedade humana perfeita. Todavia, a melhor interpretação se resume na fra-se: “Na minha força (poder) apoiarei esta casa para todo o sempre”.

20 A que é consagrado o Grau de Comp∴? A exaltação do trabalho seja ele de qualquer espécie. Pelo trabalho, o

Comp∴ transformará a P∴ B∴ em P∴ C∴ 21 Como sobe o Comp∴ a Escada do Aprimoramento? Por 3, 5 e 7, seguindo um caminho em Caracol ou espiral. 22 Qual é a decoração de uma Loja de Comp∴? Azul. 23 Quantas luzes (ou estrelas) devem estar acesas no altar do Ven∴ e dos VVig∴? Três luzes(estrelas) no altar do Ven∴ e uma luz (estrela) em cada um dos alta-

res dos VVig∴ (Em Loja de Comp∴). 24 Em Loja de Apr∴ o que deverá estar em cima do Altar dos Juramentos? O Livro da Lei, o Compasso, o Esquadro e a Espada Flamígera. 25 E em Loja de Comp∴? Além do citado na resposta anterior, deve ha- ver: uma Alavanca, um Maço,

um Cinzel, uma Régua, outro Compasso e outro Esquadro. Atualmente, por comodidade, colocam-se estes instrumentos ao lado do Altar dos Jura-mentos ou nos degraus frontais ao Altar do Ven∴

26 O que é “lugar seguro”?

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Da tradição maçônica: Os antigos pedreiros livres e canteiros guardavam seus instrumentos e projetos das catedrais num determinado local sob a guarda de um zelador ou vigilante. Daí surgiu o simbolismo do “lugar seguro”. Por via de regra, o “lugar seguro” deve ficar sob a responsabilidade do 1º Vig∴, num armário próximo, ou numa gaveta especial no respectivo altar, ou na base da coluna correspondente. Uma boa regra seria guardar as jóias e instrumentos da Loja neste lugar.

27 Onde é aberto o L∴ L∴ nos graus de Apr∴ e Comp∴? Apr∴: Salmo 133, vs. 1, 2 e 3. Comp∴: Amós, Cp. 7, vs. 7 e 8. 28 Como é o Avental de Comp∴? Igual ao de Apr∴, porém, com a abeta abaixada. 29 Porque? A abeta é um triângulo que caída sobre o quadrado do avental significa que,

no Grau de Comp∴ o espírito já conseguiu penetrar, pelo menos em parte na matéria. O Comp∴ conseguiu parcialmente vencer suas paixões, seus vícios, suas fraquezas. A abeta baixada sobre o quadrado do avental tem o seu cor-respondente no Altar dos Juramentos onde o Compasso e o Esquadro estão entrelaçados, significando a mesma coisa.

30 Qual o maior símbolo do Grau de Apr∴? O triângulo. 31 Qual o maior símbolo do Grau de Comp∴? A Estrela Flamígera (estrela que é de cinco pontas com um vértice virado para

cima) com a letra “G” no centro. 32 O que quer dizer “com um só vértice virado para cima”? A Estrela Flamigera com um só vértice virado para cima significa benéfico, ati-

vo. Já, com dois vértices virados para cima significa maléfico, passivo. 33 Porque a Estrela Flamígera é o símbolo do Comp∴? Porque o Comp∴ é chamado a tornar-se foco ardente de Luz e Calor. A gene-

rosidade de seus sentimentos deve incitá-lo ao devotamento sem reservas, mas com discernimento, porque está aberto a todas as compreensões.

34 Qual a origem da letra “G” de que falamos? Nas Lojas co-maçônicas ou Maçonaria Mista (Leadbeter), seria uma serpente

recurvada sobre si mesma, mordendo a própria cauda. Com o tempo este sím-bolo teria adquirido a forma de “G”. Para Ragon é a primeira letra da palavra Geometria. Para os maçons de origem anglo-saxônica seria a primeira letra da palavra Deus: GOTT na Alemanha, GOD na Inglaterra, GUD nos países es-candinavos. Outros afirmam ainda que é a primeira letra da palavra GNOSE. Todavia, para a maioria dos autores, o significado desta letra é um mistério.

35 Que é gnosticismo? É um sistema filosófico-religioso, cujos adeptos supunham possuir o conhe-

cimento completo, absoluto e transcendente da natureza de atributos e Deus. 36 Como seria a pronúncia correta da letra “G”?

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Seria como ‘GUE’ e não com som de “J”. 37 Como os maçons aceitam atualmente o significado da letra “G”? Geometria, Geração, Gravidade, Gênio e Gnose. Geometria: porque o maçom tem que ocupar um lugar polido no edifício soci-

al; Geração: porque o maçom faz a Obra da Vida; Gravidade: porque há uma força irresistível que une os IIrm∴ entre si: Gênio: porque o maçom pesquisa sempre e aspira sempre a subir; Gnose: porque inquire as verdades eternas, ou seja, a pesquisa das causas. 38 O que é uma Ordem de Arquitetura? Numa construção onde haja colunas sustentando parte ou o todo da mesma, é

a forma e disposição das partes salientes e, sobretudo, dos pilares e do enta-blamento. Cada uma dessas duas partes divide-se em três:

O Pilar da Coluna: divide-se em base, fuste e capitel; O Entablamento: divide-se em arquitrave, friso e cornija; Arquitrave: parte do entablamento sobre o capitel; Friso: é o espaço entre a cornija e a arquitrave; Cornija: ornato arquitetônico que se assenta sobre o friso. Ornamento que

se compõe de molduras salientes. 39 Quais são as cinco Ordens de Arquitetura que interessam no Grau de Comp∴? Compósita, Toscana, Jônica, Dórica e Corintia. 40 Qual é a característica da Coluna Toscana? É uma coluna tão singela quanto a Dórica e não possui qualquer ornato. O fus-

te é cilíndrico e liso e o capitel é parecido com o Dórico. 41 Qual a principal característica da Coluna Compósita? È uma mistura de ornamentos das colunas Jônica e Corintia, isto é, tem no seu

capitel as volutas da Ordem Jônica e as filhas de acanto da Ordem Corintia. 42 Em Loja de Apr∴, onde ficam o Maço (Malho) e o Cinzel(escopro)? Junto à P∴ B∴, próximo ao 1º Vig∴ 43 Onde deveriam ficar? Dentro das colunas que são ocas justamente para guardarem estas ferra-

mentas. 44 Quais são os instrumentos do Comp∴? Régua, Alavanca, Esquadro, Compasso, Maço (malho), Cinzel(escopro), além

do Nível e o Prumo (perpendicular). Deveria constar também a Trolha(colher de pedreiro). Porém, esta foi abolida no R∴ E∴ A∴A∴(não sabemos por- que).

45 Como o Apr∴ como Irm∴ usa o Maço (malho)? Segurando o mesmo com a mão direita. 46 Porque? Para aperfeiçoar-se na prática de lavrar a P∴B∴ 47 O Maço(malho) é ativo ou passivo em relação ao Cinzel(escopro)?

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É ativo. 48 Porque? Porque o Maço é móvel, executa. Já o Cinzel é inerte, imóvel e tem que ser

comandado pelo Maço. 49 O que simboliza do Maço? Vontade na aplicação. 50 O que significa o Cinzel ou Escopro? Discernimento na investigação. 51 O que simboliza a Régua? A régua é o símbolo do método, da retidão, da lei. Simboliza também o aperfei-

çoamento. Serve para traçar linhas retas. 52 Como conduziste a régua quando adentraste o Templo como Aprendiz? Apoiada em meu ombro esquerdo. 53 Porque? Porque o lado esquerdo é o lado passivo e eu era ainda um Apr∴ 54 Uma vez elevado a Comp∴, de que lado o Irm∴ usa a Régua? Apoiada no ombro direito, porque esse é o lado ativo. 55 O que vem a ser régua graduada? É régua graduada em 24 partes, também chamada Régua de 24 polegadas que

representa o dia do maçom, o qual deverá empregar cada hora de modo con-vincente.

56 Qual foi o instrumento que o Irmão mais utilizou nas viagens, ainda como Apr∴, na sua

elevação? A Régua. Foi usada na 2ª, 3ª e 4ª viagens. 57 Durante essas viagens, com que mão o Irmão se utilizou da Régua? Com a mão esquerda. 58 E a alavanca, como a conduziste? Também com a mão esquerda. 59 O que simboliza a alavanca? Desde o momento da elevação ao Grau de Comp∴ ela torna-se uma força fe-

cunda, ao mesmo tempo cega e perigosa. Por isso ela deverá ser controlada pelo Compasso, Régua e Nível Maçônicos.

60 Como se comporta a alavanca em relação à Régua? É um instrumento passivo em relação à Régua. É inerte e imóvel. 61 E, para que o Comp∴ usará a Alavanca? Ela significa a direção, o transporte e a colocação dos materiais usados e tra-

balhados. Juntamente com a Régua tem papel importante na 3ª viagem, que representa o 3º ano.

62 O que é Compasso?

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É um instrumento de medida que consiste em dois braços unidos por um eixo em uma das extremidades. É também utilizado para traçar circunferências, ar-cos, etc.

63 O que significa o Compasso? Medida de circunspecção e justeza, nas pesquisas e na conduta. 64 Qual a abertura do Compasso em Loja de Apr∴ e Comp∴? 45º (quarenta e cinco graus). 65 Em que viagem o Compasso foi usado na elevação a Comp∴? Na 2ª viagem, juntamente com a régua, sendo carregado com a mão esquerda. 66 O que é um Esquadro? È o instrumento formado por duas peças ajustadas em ângulo reto e que serve

para verificar ângulos retos ou diedros ou traçar ângulos retos planos. Em rela-ção ao compasso, é um instrumento passivo.

67 O que significa o Compasso? Retidão na Ação. 68 Como estão colocados o Esquadro e o Compasso no Altar dos Juramentos? Entrelaçados. 69 Na elevação a Comp∴, em que viagem foi usado o Esquadro? Na quarta viagem juntamente com a régua. 70 Para que? Para ocupar-se da elevação do edifício, na direção do seu todo verificando a

colocação dos materiais. 71 E a Trolha? A trolha, ou colher de pedreiro, apesar de ainda constar do Painel Simbólico de

Companheiro foi abolida o R∴ E∴ A∴ A∴ É usada ainda no Rito Moderno, na 5ª viagem.

72 Para que serve a Trolha? Serve para mexer as argamassas que cimentam as pedras dos edifícios, reali-

zando a unidade. É o símbolo do amor fraterno, da indulgência e do perdão. 73 No nosso Rito, qual o instrumento que o Irmão leva na 5ª viagem? Nenhum. O M∴ de Cer∴ coloca a ponta de uma espada sobre o coração do ele-

vando e faz com ele um giro na Loja como nas demais viagens. No 5º ano, o Comp∴ deverá se ocupar de estudos teóricos.

74 Porque o passo do Comp∴ deve ser feito arrastando-se os pés no chão e não erguendo-

os? Porque o Comp∴ está parcialmente apegado à matéria. Na realidade, ele não

arrasta os pés, mas anda com passos normais, porém, sem erguê-los.

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75 Por que os passos de Comp∴ não são lineares com os de Apr∴ e sim, rompem para a direita e à esquerda?

Porque o Comp∴ já mais esclarecido que o Apr∴ poderá seguir qualquer cami-nho, para procurar ou pesquisar a verdade.

76 Porque a marcha é rompida com o pé esquerdo? Plantagenet e Oswald Wirth acham errado partir a marcha com o pé esquerdo,

alegando que o lado esquerdo é o lado passivo, em relação ao lado direito que é o ativo. Já Boucher acha que a marcha sendo rompida com o pé esquerdo justifica-se facilmente porque levantando-se o pé esquerdo em primeiro lugar, o homem apóia-se precisamente no pé direito. Neste primeiro movimento, a razão continua estável, enquanto que o pé esquerdo está em movimento, no ar, re-presentando o sentimento, o pé direito está firme no chão, suportando toda a carga. Ainda, da maneira como a marcha está descrita no R∴E∴A∴A∴, o pé di-reito colocado em esquadro com o pé esquerdo, retifica os erros que o pé es-querdo possa ter cometido. Nos ritos Moderno e Adonhiramita, a marcha é rompida com o pé direito.

77 Quais são os ornamentos de uma Loja de Comp∴? O Pavimento Mosaico, a Estrela Flamígera e a Orla Dentada. 78 Para que servem esses ornamentos? O Pavimento Mosaico é o assoalho do Grande Pórtico, A Estrela Flamígera bri-

lha no centro da Loja para iluminá-la e a Orla Dentada limita e decora as extre-midades.

79 Quais são os paramentos de uma Loja? São o Livro da Lei, o Compasso e o Esquadro. 80 Quais são as jóias móveis? O Esquadro, o Nível e o Prumo. 81 Quais são as jóias fixas? A P∴ B∴, a P∴ C∴ e a Prancheta da Loja. 82 Que representa o Pavimento Mosaico? Seus ladrilhos de igual dimensão, alternadamente brancos e pretos, traduzem a

rigorosa exatidão que a tudo equilibra do domínio dos nosso sentimentos, submetidos fatalmente a Lei dos Contrastes.

83 O que significa a Orla Dentada? Significa uma muralha protetora. Seus dentes se imbricam como se fossem

dentes de cão. Protege toda a Loja e não se interrompe no Ocidente como o faz a Corda de 81 nós. Simboliza o Cosmos. Numa cadeia de união, os pés dos I-Irm∴ que a formam, devem formar esquadrias de tal forma que tocando-se os pés de um Irm∴ nos pés do Irm∴ seguinte forme uma figura semelhante à Orla Dentada.

84 Quais são as Luzes de uma Loja? São três: O Ven∴ Mestre, o 1º Vig∴ e o 2º Vig∴

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85 O que são Luzes Administrativas? São as três Luzes, mais o Orador e o Secretário. 86 O que é a Grande Luz? A Grande Luz de uma Loja é o Livro da Lei. 87 O que são Luzes Litúrgicas? São as luzes que servem para iluminar os altares. 88 O que são as Luzes Ornamentais? São as luzes que compõem a iluminação geral. 89 O que são Luzes Místicas? São as Luzes que circundam o Altar dos Juramentos, simbolizando os três as-

pectos da Divindade: Onipotência, Onisciência e Onipresença. 90 Quais são as Luzes Morais? São três inanimadas e três pessoais: as inanimadas são a Bíblia, o Compasso e

o Esquadro; as pessoais são o Ven∴, o 1º e o 2º VVig∴ 91 O que é Luz Maçônica? Instrução, Ciência e saber. 92 Qual é a Suprema Luz? A Estrela Flamígera. 93 Qual é a outra Suprema Luz? O Olho Onividente. 94 Quais são as Sublimes Luzes da Maçonaria? O Sol, a Luz e o Ven∴ Mestre da Loja. 95 Quais as três Grandes Luzes da Maçonaria? O Livro da Lei, o Compasso e o Esquadro. 96 A que cargo em Loja corresponde a Coluna Compósita? Ao Orador, o qual recebe as proposições e discussões em Loja, conciliando-se

e fechando o triângulo. (Sabemos que a Coluna Compósita tem características Jônicas e Corintias).

97 A que cargo em Loja corresponde a Coluna Toscana? Ao Secretário, o qual elabora a síntese dos trabalhos em Loja, lavrando em ca-

da Sessão um balaústre. A Coluna Toscana é a mais simples de todas. 98 O que é a Quintessência? É o que há de principal, de melhor, de mais puro, mais refinado, mais requinta-

do. Tem relação íntima com o número cinco. Chega-se a este estado no Grau de Comp∴ pelo trabalho, o qual quando sério, levará o Maçom a CONHECER A SI PRÓPRIO, APERFEIÇOANDO-SE. Isto, quando PREGAR SUAS FACULDADES PARA CRIAR, REDESCO-BRIR AS VERDADES DO GRAU E EMPREGÁ-LOS EM BENEFÍCIO DE SEUS SEMELHANTES OU DA PRÓPRIA HUMANIDADE, COM-PLETANDO ASSIM A OBRA DO COMPANHEIRO.