Uma Visão Global Dos 33 Graus Do REAA Ir Walter Pacheco Jr

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Walter Pacheco Jr. UMA VISÃO GLOBAL DOS 33 GRAUS DO R. E. A. A.

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Livro da Editora Madras que trata dos 33 graus do REAA, com um resumo dos significados de cada um dos graus...

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  • Walter Pacheco Jr.

    UMA VISO GLOBAL DOS 33 GRAUS DO R. E. A. A.

  • Superviso Editorial e Coordenao Geral: Wagner Veneziani CostaProduo e Capa: Equipe Tcnica MadrasIlustrao da Capa: Equipe Tcnica MadrasReviso:Luiz Roberto MaltaWilson Ryoji ImotoISBN 85.7374.226-7

    Proibida a reproduo total ou parcial desta obra, de qualquer forma ou por qualquer meio eletrnico, mecnico, inclusive por meio de processos xerogrficos, sem permisso expressa do editor (Lei na 9.610, de 19.02.98).Todos os direitos desta edio, para a lngua portuguesa, reservados pelaMADRAS EDITORA LTDA.Rua Paulo Gonalves, 88 Santana02403-020 So Paulo SPCaixa Postal 12299 CEP 02098-970 SPTel.: (0__11) 6959.1127 Fax: (0_ _11) 6959.3090http://www.madras.com.br

    Dedico a presente obra aos Mestres:Francisco de Assis Carvalho, baluarte da Imprensa Manica;

    Jos Castellani, artfice das Letras Manicas; e

    Manoel Gomes, o bruxo que jamais sonegou conhecimento.

  • ndiceO Autor......................................................................................... 7Introduo..................................................................................... 8Os Ritos........................................................................................ 9O Rito Escocs Antigo e Aceito................................................... 11Os Graus do Rito Escocs Antigo e Aceito............................ 12Relacionamento com o Rito Moderno.................................... 13Rito de York................................................................................. 14Os Graus do Rito de York....................................................... 14Rito Adonhiramita........................................................................ 15Os Graus do Rito Adonhiramita.............................................. 15O Rito Moderno........................................................................... 16Graus do Rito Moderno........................................................... 16Semelhanas com o Rito Escocs Antigo e Aceito................. 16Rito de Schroeder......................................................................... 17Rito Brasileiro.............................................................................. 18

    OS GRAUS SIMBLICOSO Simbolismo............................................................................... 19Grau 1 Aprendiz Maom......................................................... 191 A Iniciao ao Grau de Aprendiz Maom....................... 202 Mistrios do Grau Aprendiz Maom.............................. 203 Insgnia do Aprendiz Maom........................................... 21Grau 2 Companheiro Maom................................................... 211 Mistrios do Grau de Companheiro Maom.................... 212 Decorao do Templo...................................................... 223 Insgnia do Companheiro Maom..................................... 22Grau 3 Mestre Maom............................................................. 221 Decorao da Loja de Mestre Maom............................. 232 Mistrios do Grau de Mestre Maom.............................. 233 Pontos Perfeitos do Mestrado.......................................... 244 Insgnias do Mestre Maom............................................. 25

    OS GRAUS SUPERIORES DO R. E. A. A.Os Graus Superiores do Rito Escocs Antigo e Aceito................ 26Graus Inefveis ou de Perfeio................................................... 26Grau 4 Mestre Secreto.............................................................. 271 Ornamentao da Loja..................................................... 272 Mistrios do Grau............................................................. 273 Insgnias do Mestre Secreto............................................. 28Grau 5 Mestre Perfeito............................................................ 281 Ornamentao da Loja..................................................... 282 Mistrios do Grau............................................................. 283 Insgnias do Mestre Perfeito............................................ 29Grau 6 Secretrio ntimo.......................................................... 291 Ornamentao da Loja..................................................... 302 Mistrios do Grau............................................................. 303 Insgnias do Secretrio ntimo.......................................... 30Grau 7 Preboste e Juiz............................................................. 301 Ornamentao da Loja..................................................... 302 Mistrios do Grau............................................................. 303 Insgnias do Preboste e Juiz............................................. 31

  • Grau 8 Intendente dos Edifcios............................................... 311 Ornamentao da Loja..................................................... 312 Mistrios do Grau............................................................. 313 Insgnias do Intendente dos Edifcios............................... 32Grau 9 Mestre Eleito dos Nove................................................ 321 Ornamentao da Loja..................................................... 322 Mistrios do Grau............................................................. 333 Insgnias do Mestre Eleito dos Nove............................... 334 Desenvolvimento do Grau................................................ 33Grau 10 Mestre Eleito dos Quinze........................................... 341 Ornamentao da Loja..................................................... 342 Mistrios do Grau............................................................. 343 Insgnias do Mestre Eleito dos Quinze............................. 354 Moral do Grau.................................................................. 35Grau 11 Cavaleiro Eleito dos Doze........................................... 351 Ornamentao da Loja..................................................... 352 Mistrios do Grau............................................................. 363 Insgnias do Grau.............................................................. 36Grau 12 Gro-Mestre Arquiteto............................................... 361 Ornamentao da Loja..................................................... 362 Mistrios do Grau............................................................. 373 Insgnias do Grau.............................................................. 37Grau 13 Real Arco................................................................... 371 Ornamentao da Loja..................................................... 382 Mistrios do Grau............................................................. 383 Insgnias do Cavaleiro Real Arco.................................... 38Grau 14 Perfeito e Sublime Maom......................................... 391 Ornamentao da Loja..................................................... 402 Mistrios do Grau............................................................. 403 Insgnias do Sublime e Perfeito Maom........................... 40

    LOJA CAPITULAR OS GRAUS CAPITULARESOs Graus Capitulares.................................................................... 41Grau 15 Cavaleiro do Oriente.................................................. 411 Ornamentao da Loja..................................................... 422 Mistrios do Grau............................................................. 423 Insgnias do Cavaleiro do Oriente.................................... 42Grau 16 Prncipe de Jerusalm................................................. 431 Ornamentao da Loja..................................................... 432 Mistrios do Grau............................................................. 433 Insgnias do Grau.............................................................. 43Grau 17 Cavaleiro do Oriente e do Ocidente........................... 441 Ornamentao da Loja..................................................... 442 Mistrios do Grau........................................................... 443 Insgnias do Grau............................................................ 45Grau 18 Cavaleiro Rosa-Cruz................................................ 451 Mistrios do Grau........................................................... 462 Insgnias do Cavaleiro Rosa-Cruz................................... 46

    OFICINA DE KADOSH OS GRAUS FILOSFICOSOs Graus Filosficos.................................................................... 47Grau 19 Grande Pontfice............................"........................... 471 Ornamentao da Loja................................................... 482 Mistrios do Grau........................................................... 483 Insgnias do Grau de Grande Pontfice.......................... 48

  • Grau 20 Soberano Prncipe da Maonaria............................. 491 Ornamentao da Loja................................................... 492 Mistrios do Grau........................................................... 493 Insgnias do Soberano Prncipe da Maonaria............... 50Grau 21 Noaquita ou Cavaleiro Prussiano............................. 501 Ornamentao da Loja................................................... 502 Mistrios do Grau........................................................... 503 Insgnias do Noaquita..................................................... 51Grau 22 Cavaleiro do Real Machado..................................... 511 Ornamentao da Loja................................................... 522 Mistrios do Grau........................................................... 523 Insgnias do Grau do Prncipe do Lbano....................... 52Grau 23 Chefe do Tabernculo.............................................. 531 Ornamentao da Loja................................................... 532 Mistrios do Grau de Chefe do Tabernculo................. 543 Insgnias do Grau de Chefe do Tabernculo.................. 54Grau 24 Prncipe do Tabernculo........................................... 541 Ornamentao da Loja................................................... 552 Mistrios do Grau........................................................... 553 Insgnias do Grau do Prncipe do Tabernculo............... 55Grau 25 Cavaleiro da Serpente de Bronze............................. 561 Ornamentao da Loja doCavaleiro da Serpente de Bronze................................... 572 Mistrios do Grau doCavaleiro da Serpente de Bronze................................... 573 Insgnias do Grau doCavaleiro da Serpente de Bronze................................... 57Grau 26 Escocs Trinitrio..................................................... 581 Mistrios do Grau da Escocs Trinitrio......................... 582 Insgnias do Escocs Trinitrio....................................... 59Grau 27 Grande Comendador do Templo............................... 591 Ornamentao do Templo doGrande Comendador do Templo..................................... 602 Mistrios do Grau doGrande Comendador do Templo..................................... 603 Insgnias do Grande Comendador do Templo................ 60Grau 28 Prncipe Adepto........................................................ 611 Ornamentao do Templo do Prncipe Adepto.............. 622 Mistrios do Grau de Prncipe Adepto........................... 623 Insgnias do Grau de Prncipe Adepto............................ 63Grau 29 Grande Escocs de Santo Andr da Esccia........... 631 Decorao da Loja......................................................... 642 Mistrios do Grau........................................................... 643 Insgnias do Grau............................................................ 66Grau 30 Cavaleiro Kadosh..................................................... 651 Ornamentao da Loja................................................... 652 Mistrios do Grau........................................................... 663 Insgnias do Cavaleiro Kadosh....................................... 66

    CONSISTRIO DOS PRNCIPES DO REAL SEGREDOGrau 31 Grande Juiz Comendador......................................... 671 A Santa Veheme............................................................ 682 Decorao do Templo doGrande Juiz Comendador............................................... 683 Insgnias do Grau do Juiz Comendador.......................... 68

  • Grau 32 Sublime Cavaleiro do Real Segredo,Soberano Prncipe da Maonaria............................... 691 O Painel do Grau............................................................ 692 Decorao do Templo para o Grau 32........................... 693 Viso Panormica da Iniciao...................................... 704 Insgnias Utilizadas pelo Grau 32................................... 70

    SUPREMO CONSELHOGrau 33 Soberano Grande Inspetor Geral.............................. 711 Decorao do Templo do Supremo Conselho................ 712 Viso Panormica da Iniciao ao Grau 33................... 723 Insgnias do Soberano Grande Inspetor Geral................ 72

    Concluses................................................................................ 73

    Bibliografia................................................................................. 74

  • O Autor Walter Pacheco Jnior, natural de Florianpolis, SC, nasceu aos 27 de outubro de 1948,

    filho de Walter Pacheco e de Flvia Linhares Pacheco. Casado com Aimie Pacheco, tendo deste casamento duas filhas: Flvia e Fernanda. Fez seus estudos em Florianpolis, em escolas pblicas, obtendo graduao no Curso de Odontologia da UFSC em 1975, clinicando durante certo tempo. Como complementao sua rea de formao estagiou nos Servios de Cirurgia bucomaxilofacial do Hospital Cmdt. Lara Ribas em Florianpolis e na Santa Casa de Misericrdia em So Paulo.

    No Sistema Financeiro Estadual exerceu diversos cargos: Escriturrio, Chefe de Seo, Assistente, Chefe de Departamento, Gerente Administrativo, Gerente de Produo e Expanso, Instrutor de Treinamento, Assessor e Inspetor.

    Coordenou a Comisso Mista que elaborou a ciso da Caixa Econmica do Estado de Santa Catarina S/A, originando a Besc S/A Crdito Imobilirio.

    Coordenou a implantao da Carteira de Crdito Imobilirio e Poupana no Banco do Estado de Santa Catarina S/A.

    Nas artes plsticas destaca-se na pintura a leo sobre tela, sendo um caracterstico representante da Escola Impressionista.

    Iniciado nos Augustos Mistrios da Maonaria em 1976, exerceu os cargos de Mestre de Cerimnias, Cobridor Externo, Porta Espada, Orador, Secretrio, Vigilante e Venervel Mestre, todos na Loja Alferes Tiradentes.

    Na Muito Respeitvel Grande Loja de Santa Catarina exerceu as funes de Representante Legislativo e Grande Secretrio da Assemblia Legislativa.

    Conta com os seguintes ttulos manicos: Grande Representante junto Grande Loja de Santa Catarina de Grand Lodge Free And Accepted Masons of the State ofNew York USA; Garante de Paz e Amizade da Loja Pitgoras, Membro Correspondente e Pesquisador Manico da Loja de Pesquisas Brasil, Membro Fundador do Clube Epistolar do Real Arco do Templo, ex-integrante do Conselho Editorial da revista O Prumo, do Grande Oriente de Santa Catarina, membro colaborador do Conselho Editorial da revista O Mao e ex-representante para o estado de Santa Catarina da revista A Trolha.

    Publicou os seguintes livros manicos:Entre o Esquadro e o Compasso com trs edies esgotadas; Guia da Administrao

    Manica com duas edies esgotadas. Encontra-se no prelo a obra de carter cientfico relativa s suas pesquisas na sua rea de concentrao acadmica, intitulada Manual de Perfeita Nutrio. No campo da cultura generalista encontramo-lo com a obra Crnicas do Amarelinho, um retrato literrio da cultura e das tradies da Ilha de Santa Catarina.

    Coordenou a 1a edio do Anurio Manico da Grande Loja de Santa Catarina.No campo da filosofia e das religies comparadas ultima detalhes na obra Que Deus

    este? onde enfatiza os seus estudos e incurses pelas reas esotricas, filosficas e das religies comparadas, na qual expe de maneira muito clara, objetiva e sem qualquer sectarismo, alm da forma curiosa como que coloca as idias, ordenando conceitos que s vezes confundem o leigo, deturpando a verdade. Trata-se de um livro efetivamente muito polmico.

    Agora vem apresentar a seus leitores a obra Os Trinta e Trs Graus do Rito Escocs Antigo e Aceito Uma Viso Global, que objetiva dar ao maonlogo, ao maom e ao estudioso do Rito uma viso sistmica e resumida de cada grau, obra que faltava na estante destes, j que trabalhos semelhantes existem, porm dispersos em mais de um volume e sem a precisa capacidade de sntese exposta pelo Autor.

    Lornarte Sperling Veloso

  • IntroduoDe uma maneira geral, os Graus do Rito Escocs Antigo e Aceito so muito complexos

    e at por serem em grande nmero, os estudiosos de Maonaria tm dificuldade em estud-los e dissec-los, sem que para isso haja, pelo menos, como ponto de partida, uma sinopse para nortear os estudos.

    O presente trabalho pretende dar ao estudante do Rito uma viso sistmica de cada Grau, de maneira bastante resumida e objetiva.

    , pois, um trabalho eminentemente generalista. No se detm nas interpretaes de carter filosfico e na moral de cada Grau. Este conhecimento o estudante deve procurar nas obras especializadas e que esmiuam cada um dos Graus e que certamente complementaro os conhecimentos aqui expostos.

    Em resumo, o que pretendemos dar aos Irmos, que se interessarem por estudar o Rito, uma viso geral do mesmo, apresentando as ferramentas bsicas e o mnimo necessrio de conhecimento que o habilitem a buscas mais profundas.

    No se pode pretender aprender a ler sem saber pelo menos o alfabeto! isto o que propomos com o nosso trabalho, e acreditamos que ele ser de grande valia para aqueles que se interessarem pelo estudo do Rito, ainda que no seu mnimo indispensvel.

    Tambm queremos deixar claro aos Irmos que o ineditismo da nossa obra est em reunir todas as informaes contidas num nico volume, o que facilita a consulta, uma vez que essas informaes, de uma forma ou de outra, j foram por outros autores trabalhadas e publicadas, ainda que isoladamente numa obra ou outra.

    O Autor

  • Os Ritos

    Rito, do latim ritu, o conjunto das frmulas, regras, normas e prescries a serem observadas na prtica de um trabalho religioso, no desenvolvimento de um culto, ou de uma seita, que esto consolidadas ou consignadas num documento a que chamamos de Ritual.

    Cada Rito tem o seu conjunto de regras prprias, as caractersticas que o personalizam e a sua prpria histria, constituindo assim um Sistema Manico. Praticamente, Rito o conjunto das regras que limitam um determinado sistema.

    Como regra geral, o importante o Maom conhecer bem a parte inerente ao Grau ou Graus que possua, do Rito que pratica. Aps essa compreenso e conhecimento que se deve partir para o estudo dos demais Ritos, fazendo anlises comparativas.

    Devemos tambm registrar nossa impresso de que, alm da proliferao das Lojas e das Obedincias, a proliferao dos Ritos tambm causa da falta de integrao entre os Maons. A perfeita unidade manica ser mais fcil de atingir se houver a fuso de Lojas e Potncias e no momento em que os Maons praticarem o mesmo Rito.

    Ao contrrio do que muitos Irmos erradamente pensam, no existe nenhum organismo internacional ou nacional para reconhecer um Rito, bem como no existe nenhum rgo, instituto, federao ou organizao de qualquer espcie que fornea licena para criao ou reconhecimento ou ainda regularizao de um determinado Rito.

    Falecem s autoridades as Potncias ou Obedincias Manicas para julgar Ritos como regulares ou irregulares. O mximo que uma Potncia pode fazer determinar sua Jurisdio a prtica de um determinado Rito.

    Devemos lembrar que os Ritos so subordinados apenas s Oficinas-chefes de Rito, que so os seus respectivos Supremos Conselhos, cabendo, por outorga destes, s Grandes Lojas ou Grandes Orientes a administrao dos trs Graus Simblicos. Portanto, nenhuma Grande Loja ou Grande Oriente dono de qualquer Rito, constituindo, inclusive, falta gravssima a introduo de alteraes, acrscimos ou supresses.

    Acreditamos que todos os Ritos, tal como hoje se encontram, devem ter a sua origem, em face da grande semelhana que guardam entre si, num mesmo Rito a que os Maonlogos e autores chamam de Rito Bsico dos Maons Operativos.

    Elias Ashmole, antiquado e alquimista rosacruciano, foi quem "criou" o Rito Bsico. A sua criao partiu da observao e do estudo das Antigas Instituies Iniciticas e adequando-as sistemtica da Maonaria Operativa.

    Na Maonaria nota-se o aproveitamento de trs fases distintas sem a preciso de um limite entre elas. A primeira foi a dos Antigos Mistrios: Mistrios Egpcios, Mistrios Gregos, Essnios, Elusis, Rosacrucianos e Judasmo. A segunda fase, mais recente e intermediria, foi a chamada Maonaria Operativa, que vai desde as Guildas e as Corporaes de Construtores at a aceitao dos no Operativos, iniciando desta forma a terceira fase, a da Maonaria Especulativa.

    Deve-se ter em mente que na formao da histria real da Maonaria as diversas fases imbricam-se e os conhecimentos somam-se. Foi no incio da terceira fase, que dura at hoje, que se criaram as concepes modernas dos Rituais, com a consolidao dos trs Graus do Rito Bsico.

    Isto no quer dizer que a Maonaria tenha a idade da humanidade, como muita gente pensa. A influncia nos Rituais que antiga. A instituio, no!

    A Maonaria Especulativa teve a sua origem na Europa e dividiu-se em trs ramos com filosofias mais ou menos definidas.

    A inglesa adotou um comportamento mais tradicionalista. A francesa, que teve origem na inglesa, em face das turbulncias da poca, adotou um comportamento mais poltico, fato que inclusive veio a influenciar a Maonaria latino-americana. E, finalmente, a alem que, talvez influenciada pelos mesmos ventos filosficos que determinaram a Reforma da Igreja, se dedicou aos aspectos mais metafsicos e filosficos, com ntida influncia rosacruciana, criando-se l,

  • inclusive, os Ritos de Schroeder e o da Estrita Observncia.Todavia, devemos observar que essas diferenas no se fazem presentes nos gestos e

    sinais de reconhecimento, que so universais. Elas se fazem sentir no modo de atuao, isto , no lado esotrico da Instituio.

    Este posicionamento refora e d sustentao as teses defendidas por Jaimes Lopez Dalmau no seu trabalho A Histria Mstica da Maonaria.

    Os trs Graus do Rito Bsico foram compostos entre 1646 e 1649.Existem, entre praticados e conhecidos, mais de 80 Ritos Manicos, Iniciticos ou

    conexos, estando a maioria extintos.Atualmente, a populao manica pratica basicamente os seguintes Ritos no Brasil:Rito Escocs Antigo e AceitoRito de YorkRito de SchroederRito AdonhiramitaRito Brasileiro de Maons, Antigos, Livres e AceitosRito ModernoIsto posto, vamos tecer um resumido comentrio a respeito de cada um destes Ritos.

  • O Rito Escocs Antigo e Aceito

    o Rito mais popular entre a populao manica brasileira. A maioria dos autores coincidente na afirmao de que este Rito teria surgido na Frana pela criao do Rito de Perfeio ou Heredom. Os Jacobistas exilados na Frana muito contriburam para a formao e a propagao deste Rito.

    Este Rito compreende 33 Graus, distribudos da seguinte forma:Graus Simblicos ou Oficinas Simblicasou Lojas Azuis - 1 a 3Graus Inefveis ou Oficinas de Perfeio - 4 ao 14Graus Capitulares ou Oficinas Vermelhas - 15 ao 18Graus Filosficos ou Oficina de Kadosh - 19 ao 30Graus Administrativos ou Consistrios - 31 e 32Supremo Conselho - 33O Rito Escocs um Rito especial, inclusive no que diz respeito s suas origens. Todos

    os Ritos conhecidos tm a sua histria e origem bem definidas. A histria e a origem do Rito Escocs do margem a muitas indagaes, a comear pelo fato de que Escocs e nasceu na Frana.

    O sistema escocs teve origem na Frana pelos partidrios dos Stuarts, que se encontravam l exilados. O Rei Carlos I, da famlia dos Stuarts, da Inglaterra e da Esccia, havia sido deposto pelo ditador Oliver Cromwell. Foi a primeira manifestao manica ocorrida na Frana, por volta de 1650. O Sistema Escocs no tinha uma linha obediencial, eis que no se submeteu Grande Loja da Inglaterra, quando, em 1717, ela foi fundada. Era um sistema livre praticado por Lojas Livres e por Maons Livres. A partir de segunda metade do sculo XVIII que foram criados os 25 Graus do chamado Rito de Heredom, que mais tarde receberiam a adio de mais oito Graus com a fundao do Supremo Conselho de Charleston, a partir de 1800. Esse Supremo Conselho foi o primeiro do mundo, sendo assim, o Supremo Conselho Mater-Mundi.

    As causas da criao dos Altos Graus so obscuras. Alguns autores acham que foram polticas, sendo uma maneira de controlar as Lojas Manicas; outros acham que foram doutrinrias com extenso da Maonaria Simblica, agregando novos estudos no desenvolvimento dos Maons; outros acham, ainda, que as vaidades pessoais e a busca de ttulos deram causa criao dos Altos Graus. O Rito Escocs foi o primeiro Rito Manico a possuir Altos Graus. Na origem dos Altos Graus h certa uniformidade entre os autores, apesar dos que defendem a participao efetiva de Frederico II da Prssia, o que no realidade, mas concordam que o Discurso do Cavaleiro de Ramsay, o Captulo de Clermont e o Conselho dos Imperadores do Oriente e do Ocidente, Grande e Soberana Loja Escocesa de So Joo de Jerusalm, constituem os pontos fundamentais na origem dos Altos Graus.

    O documento produzido pelo Cavaleiro de Ramsay induziu a uma reforma manica com a adoo dos Altos Graus. Este documento passou histria como o Discurso de Ramsay.

    O Captulo de Clermont foi criado em Paris e teve pouca durao. Pregava basicamente duas coisas: no se submeter Grande Loja da Inglaterra e praticar, propagar e divulgar os Altos Graus.

    O Conselho dos Imperadores do Oriente e do Ocidente, tambm fundado a partir do Captulo de Clermont, era a Grande e Soberana Loja Escocesa de So Joo de Jerusalm e foi uma importante Potncia escocesa. Foi essa Potncia que criou um sistema escalonado de 25 Graus, que eram chamados Graus de Perfeio, os que iam do Grau 4 ao 25. Esta escala de 25 Graus recebeu a denominao de Rito de Perfeio ou Rito de Heredom.

    Posteriormente, Morin recebeu do Conselho dos Imperadores do Oriente e Ocidente uma carta-patente que o credenciava a criar Lojas dos Altos Graus nas Amricas, muito embora

  • ele tenha constatado que aqui na Amrica j havia Lojas de Altos Graus em pleno e perfeito funcionamento.

    Essa tal carta-patente, cuja autenticidade foi questionada, mais tarde foi autenticada pelo Conde Auguste de Grasse-Tilly, primeiro Soberano Grande Comendador do Supremo Conselho da Frana.

    Ao sistema de 25 Graus do Rito de Heredom, os norte-americanos adicionaram mais oito Graus, criando assim a escalada hierrquica que temos atualmente no Rito Escocs Antigo e Aceito.

    A denominao "Antigo e Aceito" surgiu na Frana por cpia de uma situao criada com a fundao da Grande Loja de Londres. Ocorre que, j bem anteriormente, a Ordem Manica recebia os "Aceitos" que eram Maons que, apesar de aceitos na Ordem, no exerciam as profisses dos Operativos. Com a criao da Grande Loja de Londres, muitas Lojas fizeram-lhe oposio, no se submetendo nova Obedincia. Os Maons das Lojas subordinadas Grande Loja foram considerados "Modernos" (o que no tem nada a ver com o Rito Moderno, que surgiria mais tarde na Frana). J os Maons residentes foram considerados "Antigos".

    Algo semelhante aconteceu na Frana, mais tarde. O Grande Oriente da Frana resolveu fazer uma reviso nos Altos Graus e apresentou um Rito que tinha apenas quatro Altos Graus. Nascia a o Rito Francs, ou Francs Moderno ou, simplesmente, Moderno.

    Passaram, ento, os adeptos do Rito Escocs, que vinha expan-dindo-se, a criticar o novo Rito, chamando-o de "Moderno", enquanto denominavam a si mesmos de "Antigos e Aceitos", ao mesmo tempo que deram oficialmente nome ao Rito de Rito Escocs Antigo e Aceito.

    Como dissemos, o primeiro Supremo Conselho criado no mundo foi o Norte-americano de Charleston; o segundo foi o Supremo Conselho da Frana e a partir da estendeu-se para o mundo pelas mos do Conde de Grasse-Tilly.

    Pelo que a histria registra, o Rei Frederico II da Prssia pouco ou nada teve a ver com a criao e expanso dos Altos Graus, que foram criados por norte-americanos de origem judaica.

    Os Graus do Rito Escocs Antigo e AceitoLOJAS SIMBLICAS - Aprendiz Maom- Companheiro Maom- Mestre Maom

    LOJAS DE PERFEIO- Mestre Secreto- Mestre Perfeito- Secretrio ntimo- Preboste e Juiz- Intendente dos Edifcios- Mestre Eleito dos Nove- Mestre Eleito dos Quinze- Mestre Eleito dos Doze- Gro-Mestre Arquiteto- Real Arco- Perfeito e Sublime Maom

    CAPTULOS- Cavaleiro do Oriente ou da Espada - Prncipe de Jerusalm - Cavaleiro do Oriente e do Ocidente - Cavaleiro Rosa-Cruz

  • CONSELHOS KADOSH - Grande Pontfice- Mestre Ad Vitam- Noaquita ou Cavaleiro Prussiano- Cavaleiro do Real Machado- Chefe do Tabernculo- Prncipe do Tabernculo- Cavaleiro da Serpente de Bronze- Escocs Trinitrio- Grande Comendador do Templo- Cavaleiro do Sol- Grande Escocs de Santo Andr da Esccia- Cavaleiro Kadosh

    CONSISTRIOS- Grande Inspetor- Sublime Prncipe do Real Segredo

    SUPREMO CONSELHO- Soberano Grande Inspetor Geral

    Relacionamento Com o Rito ModernoOs Graus 9, 14, 15 e 18 do Rito Escocs so idnticos aos Graus 5, 6, 7 e 8 do Rito

    Moderno.

  • Rito de York

    Este, tambm conhecido como Rito Ingls, teve origem na fuso dos adeptos do Rito dos Antigos Maons da Inglaterra, conhecidos tambm por Pedreiros Livres, com os Maons Modernos. Este Rito foi levado a Londres em 1777 com a criao do Grande Captulo do Real Arco. Nos Estados Unidos praticado com algumas alteraes, transformando-se no Rito Americano.

    No Brasil, pouco praticado.A Ritualstica Yorquina exige dos seus praticantes que os Rituais sejam decorados pelas

    Luzes e Oficiais, no admitindo a leitura em Loja.

    Os Graus do Rito de York

    Aprendiz Introduzido Companheiro do Grmio Mestre Maom Sagrado Real Arco

    A Maonaria Yorquina no considera, na teoria, que o Rito tenha quatro Graus, mas ressalta que o Sagrado Real Arco (Holly Royal Arch) um complemento do Terceiro Grau.

    o Rito mais praticado em toda a Terra, sendo conhecido tambm como Rito de Emulao.

  • Rito Adonhiramita

    Este Rito muito influenciou o Rito Escocs Antigo e Aceito no Brasil. Dele foram enxertadas as Cerimnias do Acendimento de Velas e o uso do Basto, alm do costume do Nome Simblico.

    Originalmente o Rito possua 13 Graus, mas, no Brasil, foram-lhe introduzidos 20 Graus do Rito Escocs, descaracterizando-o totalmente.

    Segundo inmeros historiadores manicos este Rito teria sido criado pelo Baro Tschoudy, mas os Irmos Assis Carvalho e Jos Castellani, em pesquisas recentes, afirmam ter o Rito sido criado por Luiz Guilherme de So Victor, em 1781, quando o Baro Tschoudy j havia falecido.

    um Rito em extino, apesar de ter sido o primeiro Rito Manico praticado no Brasil.

    Os Graus do Rito Adonhiramita

    LOJAS SIMBLICAS -Aprendiz- Companheiro- Mestre Maom

    GRAUS FILOSFICOS - Mestre Perfeito- Eleito dos Nove- Eleito de Perignan- Eleito dos Quinze- Aprendiz Escocs- Companheiro Escocs- Mestre Escocs- Cavaleiro da Espada- Soberano Prncipe Rosa-Cruz- Cavaleiro Noaquita

  • O Rito Moderno

    Tambm conhecido por Francs ou Francs Moderno, um dos Ritos mais hostilizados desde a sua implantao, em 1761.

    Primeiramente sofreu a presso e a crtica contundente dos Maons investidos nos Altos Graus pelo fato de eles terem sido reduzidos. Posteriormente, a investida dos Maons adeptos da Maonaria de trs Graus, que acharam um absurdo a dotao ao Rito de mais quatro Graus. Por ltimo foi considerado um Rito ateu pelos tradicionalistas em virtude de este Rito deixar a critrio de cada Irmo as concepes a respeito de problemas dogmticos.

    Na verdade, certa chama de antipatia mantida, pelo fato de, num trecho do seu Ritual de Iniciao, o Rito Francs recomendar aos seus iniciandos com relao "aos Ritos que se utilizam de frmulas e provas penosas e pavorosas", fazendo clara aluso s prticas Iniciticas utilizadas pelos Ritos Escocs Antigo e Aceito e Adonhiramita, e atualmente tambm ao Brasileiro. Muito embora estes Ritos no sejam nominalmente citados, sente-se o constrangimento dos seus adeptos.

    o Rito Oficial do Grande Oriente do Brasil, apesar de o Rito mais praticado naquela Potncia ser o Rito Escocs Antigo e Aceito.

    falsa a imputao que querem dar ao Rito de que seja um Rito ateu. Na realidade, matria dogmtica ou de f, o Rito moderno nem afirma e nem nega, deixa estas concepes a critrio de seus Iniciandos.

    Graus do Rito Moderno

    SIMBOLISMO- Aprendiz - Companheiro - Mestre Maom

    GRAUS SUPERIORES- Eleito Secreto - Eleito Escocs - Cavaleiro do Oriente - Cavaleiro Rosa-Cruz

    Semelhanas com o Rito Escocs Antigo e AceitoEmbora no haja equivalncias, pois no h equivalncias de Graus entre Ritos

    diferentes, importante salientar as semelhanas existentes entre os Graus Superiores do Rito Moderno com alguns dos Graus do Rito Escocs. Assim, temos:

    Eleito Secreto, Grau 4 do R. M. igual ao Grau 9 do Rito Escocs, Eleito dos Nove;Eleito Escocs, Grau 5 do R. M. igual ao Grau 14 do Rito Escocs, Sublime e Eleito

    Maom;Cavaleiro do Oriente, Grau 6 do R. M. igual ao Grau 15 do Rito Escocs, Cavaleiro

    do Oriente ou da Espada e o Grau 7 do Rito Moderno, Cavaleiro Rosa-Cruz utilizado por todas as Oficinas Capitulares do Brasil em substituio ao verdadeiro Grau 18 do Rito Escocs Antigo e Aceito, uma vez que, para realizao deste, h muitas exigncias, tornando a sua Ritualstica praticamente impossvel de realizar.

  • Rito de Schroeder

    Tambm chamado de Rito Alemo, mais adotado com o nome do seu organizador, Friedrich Ludwig Schroeder, o grande reformador do teatro alemo e Gro-Mestre da Grande Loja de Hamburgo e Baixa Saxnia.

    Este Rito pretendeu modernizar o Sistema Manico, sem, todavia, fugir s tradies e caractersticas que a regularidade exigiria. O juramento foi substitudo pela confiana da "Palavra de Honra".

    Na verso para a lngua portuguesa, os primeiros Rituais foram utilizados pela Loja "Mozart", da Grande Loja de Santa Catarina, que hoje no mais pratica o Rito. Em alemo, foi utilizado pela Loja "Amizade ao Cruzeiro do Sul" de Santa Catarina, e que tambm j utiliza o Rito Escocs Antigo e Aceito.

    Um grande divulgador do Rito o Irmo Kurt Max Hausen, da Grande Loja do Rio Grande do Sul, na qual o mesmo utilizado por algumas das suas afiliadas, traduzido que foi pelo Irmo Hausen da Loja "Absalo As Trs Urtigas" da Alemanha.

    O Rito Alemo no possui Graus Superiores, restringindo-se apenas aos trs Graus Simblicos, de Aprendiz, Companheiro e Mestre Maom.

  • Rito Brasileiro

    Este Rito, tambm conhecido pelo nome de Rito Brasileiro de Maons Antigos, Livres e Aceitos, acredita-se que tenha surgido em 1878, no Recife, Pernambuco, no tendo conseguido se desenvolver at o ano de 1914, quando ento o Grande Oriente do Brasil procurou estimular a sua propagao e desenvolvimento. Durante este perodo passou por diversas transformaes, tendo tido diversas constituies at que se constituiu o Supremo Conclave. Entre estas transformaes que o Rito sofreu houve a adoo de 30 Graus, alm dos trs simblicos, ao invs dos cinco originais.

    O Rito Brasileiro adicionou filosofia do Rito Escocs tons verde e amarelo de brasilidade, apregoando muito o sentido de Patriotismo.

    Este Rito muito semelhante ao Rito Escocs Antigo e Aceito, chegando-se a dizer que deste copiou at as enxertias vindas doutros Ritos, especialmente o Adonhiramita.

    Possui 33 Graus, que so os seguintes:Aprendiz Companheiro MestreMestre da Discrio Mestre da Lealdade Mestre da Franqueza Mestre da Verdade Mestre da Coragem Mestre da Justia Mestre da TolernciaMestre da PrudnciaMestre da TemperanaMestre da ProbidadeMestre da PerseveranaMestre da LiberdadeMestre da IgualdadeCavaleiro da FraternidadeCavaleiro Rosa-CruzMissionrio da AgriculturaMissionrio da Indstria e do ComrcioMissionrio do TrabalhoMissionrio da EconomiaMissionrio da EducaoMissionrio da Organizao SocialMissionrio da Justia SocialMissionrio da PazMissionrio da Arte Missionrio da Cincia Missionrio da Religio Missionrio da FilosofiaGuardio do Bem PblicoGuardio do CivismoServidor da Ordem e da Ptria

  • OS GRAUS SIMBLICOS

    O SimbolismoCompreende o Simbolismo os trs primeiros Graus da escalada hierrquica de todos os

    Ritos Manicos, quais sejam: Aprendiz, Companheiro e Mestre Maom.Os Graus Simblicos precedem os Graus Filosficos ou os Altos Graus e so

    administrados pelas Potncias ou Obedincias Simblicas, tanto Grandes Orientes quanto Grandes Lojas.

    No Simbolismo no h concesso de Graus por comunicao. Todos os trs Graus Simblicos so transmitidos por Iniciao, a saber:

    Grau de Aprendiz Maom Iniciao, Grau de Companheiro Maom Elevao e Grau de Mestre Maom Exaltao.

    O Simbolismo uma das fortes caractersticas da Maonaria.A Maonaria sempre buscou mostrar e ensinar as suas verdades atravs de Smbolos

    que so representaes grficas de idias ou de verdades que se queiram veladas ao leigo.No Simbolismo a Maonaria nos ensina a sua filosofia e nos mostra a sua moral de

    vida, utilizando os Smbolos de arte de construir. Assim, aparece a Rgua, o Esquadro, o Compasso, a Alavanca, o Nvel, o Prumo, a Trolha, o Cordel, o Lpis, a Prancha de Traado, etc.

    Nos trs Graus Simblicos, buscam o Aprendiz, o Companheiro e o Mestre Maom construir um Templo, uma rplica do primeiro Templo de Jerusalm, que passou Histria como Templo de Salomo, sinnimo de Perfeio. a forma alegrica que tem a Maonaria de nos dizer que o Templo a que devemos edificar o nosso Templo Interior. E a nossa moral, o nosso carter e a nossa personalidade. E a prtica do poder da virtude e da vontade. Ns somos a Pedra Bruta que compete ao Aprendiz desbastar, ao Companheiro ajustar e ao Mestre Maom aplicar obra.

    Grau l Aprendiz MaomO Grau de Aprendiz Maom o primeiro Grau da escalada hierrquica de todos os

    Ritos Manicos e o 1 Grau do Simbolismo. atravs da Iniciao na Maonaria que o indivduo passa da condio de profano a Iniciado no Grau de Aprendiz Maom ou comumente Maom, apesar de que Maom, no sentido stricto sensu, todo aquele que foi Iniciado, Elevado e Exaltado ao sublime Grau de Mestre Maom.

    A Iniciao do Grau de Aprendiz Maom ou a Iniciao na Maonaria uma Cerimnia esotrica e inicitica, ministrada atravs do desenrolar de um psicodrama no qual o profano o protagonista.

    Antes da Iniciao so tomadas todas as formalidades administrativas, quais sejam: a indicao, a sindicncia e o escrutnio secreto, todos com as formalidades previstas na legislao e na tradio manica.

    No Rito Escocs Antigo e Aceito a Iniciao d-se em duas Cmaras distintas. A primeira a Cmara das Reflexes, na qual o candidato faz suas ltimas disposies, preenche formulrios, responde a alguns quesitos e principalmente medita por derradeiro e mais profundamente a respeito do ato que vai realizar. A segunda o Templo, no qual rene-se a Loja de Aprendiz Maom. Representa o Universo. Tem o piso quadriculado e o teto abobadado e

  • cravejado de estrelas. Divide-se em trs teros. O primeiro o Oriente, os dois outros, o Ocidente. Na diviso entre Oriente e Ocidente h uma cerca chamada Grade do Oriente. Junto Porta existem duas Colunas ocas de bronze de estilo egpcio, onde se inscrevem as letras B e J. A Loja de Aprendiz Maom iluminada por trs lmpadas: uma no Oriente sobre a mesa do Venervel Mestre e uma em cada uma das mesas dos Vigilantes. De acordo com o Rito praticado pela Loja, pode ser decorada na cor vermelha ou azul. Originalmente, no Rito Escocs Antigo e Aceito, era vermelha, e no Rito Moderno, azul.

    No inteno desta obra enveredar pelo caminho do estudo do Templo; nosso objetivo antes dar uma idia de cada Grau do Rito Escocs Antigo e Aceito, naquilo que ele tem de mais genrico. Lembramos que, para estudos detalhados e especializados, existem outras obras.

    O Grau de Aprendiz Maom entreabre ao recm Iniciado os mistrios a serem oferecidos pela Maonaria no decorrer da sua hierarquia. Ensina, atravs da simbologia, da Filosofia, das alegorias, a moral e a universalidade da Ordem. De acordo com J. M. Ragon, "indica a passagem da barbrie para a civilizao: a primeira parte histrica da Iniciao; ele leva o Nefito admirao e ao reconhecimento para com o Grande Arquiteto do Universo, ao estudo de si mesmo e de seus deveres para com seus semelhantes; d a conhecer os princpios fundamentais da Maonaria, suas leis, seus costumes, e dispe o Nefito filantropia, virtude e ao estudo".

    1 - A Iniciao ao Grau de Aprendiz MaomO psicodrama da Iniciao d-se atravs de uma passagem na Cmara das Reflexes,

    seguida por trs viagens, dois Juramentos e duas Purificaes. A passagem pela Cmara das Reflexes e mais as trs viagens lembram os sete elementos alqumicos, quais sejam: a terra, o ar, a gua, o fogo, o mercrio, o sal e o enxofre. As purificaes so uma abluo e uma purificao pelo fogo. Os Juramentos so realizados um com a Taa Sagrada, que o Smbolo da vida humana, e outro sobre o Livro da Lei.

    Toda Sesso de Iniciao uma Sesso Magna e a Loja deve se apresentar impecavelmente preenchida e os Irmos, perfeitamente enquadrados e conscientes de suas obrigaes litrgicas. Nenhum detalhe pode ser esquecido, relegado a segundo plano ou improvisado. A Ritualstica da Iniciao explicada e delineada em todos os detalhes e passos, dentro dos Rituais do Grau de Aprendiz de todos os Ritos. Portanto, no nos cabe aqui analisar os aspectos do Ritual, mas sim os aspectos gerais do Grau.

    2 - Mistrios do Grau de Aprendiz Maom

    PALAVRAS -SAGRADA -B. (fora)- PASSE - O Aprendiz no tem Palavra de Passe

    SINAL - Sinal ou Sinal de Ordem - De p, pp. unidos pelos calcanhares e afastados em 90 Graus pelas pontas, b. esq. cado naturalmente ao longo do corpo m. d. aberta sobre a g. com os quatro dedos unidos e o polegar afastado em forma de esquadria. O p. d. est apontado para o eixo de marcha. Nesta posio o corpo est ligeiramente voltado para a direita e o Aprendiz Maom est Ordem. Tambm conhecido por Grande Sinal.

    SAUDAO - Estando Ordem, como no item anterior, levar a m. d. extremidade do o. d. e deix-la cair naturalmente na perpendicular, sem afetao. A Saudao tambm conhecida por Sinal Gutural e um ato dinmico com tempos e durao definidos. DOIS TEMPOS E DOIS MOVIMENTOS.

  • TOQUE - Tomam-se reciprocamente as mos direitas e aplicam-se sobre a f . prx. do ind. do interlocutor com o p. t. p. imperceptveis a outrem.

    BATERIA -Por t. panc. espaadas (! ! !).

    MARCHA - Colocar-se Ordem. Levar frente o p. d. para em seguida juntar-lhe novamente o p. esq. Repetir este movimento por trs vezes, dando, conseqentemente, trs passos.

    TEMPO DE TRABALHO - Do meio-dia meia-noite.

    3 - Insgnia do Aprendiz Maom

    A insgnia do Aprendiz Maom um Avental totalmente branco, composto de duas partes que so: a Abeta e o Corpo. A Abeta usada, no Grau de Aprendiz Maom, sempre levantada.

    A indumentria preta, podendo, por comodidade, ser usado o Balandrau, que todavia deve ser talar, isto , ir at os tornozelos.

    As Luzes e os Oficiais usam Avental de Mestre Maom e no pescoo uma fita contendo a Jia do cargo respectivo. O Venervel Mestre usa um chapu desabado de feltro negro. As Luzes usam, ainda, punhos que contm bordadas as insgnias dos seus cargos.

    Grau 2 Companheiro Maom o Grau intermedirio do Simbolismo. Este Grau insiste no aprendizado atravs da

    simbologia, dando nfase aos sentimentos de Solidariedade e Igualdade, para que se atinja a Fraternidade.

    O Companheiro Maom j deve pr em prtica os conhecimentos e conceitos adquiridos como Aprendiz. Este Grau um Grau cientfico e dedicado ao intelecto.

    Atinge-se o Grau de Companheiro Maom atravs de uma Iniciao, cujo nome especial Elevao.

    Durante a Cerimnia de Elevao o Recipiendrio executa cinco viagens e faz um Juramento. As quatro primeiras viagens so executadas de posse de Instrumentos de Trabalho do Aprendiz e do Companheiro Maom.

    Na prtica, as Lojas do pouca ou nenhuma importncia ao Grau de Companheiro Maom, transformando-o num mero interstcio entre os Graus de Aprendiz e Mestre Maom, o que uma pena.

    1 -Mistrios do Grau de Companheiro Maom

    PALAVRAS - SAGRADA - J. (estabilidade, firmeza)- PASSE - SCH. (abundncia, fartura)

    SINAL - ORDEM - PP. em esquadria, unidos pelos calc., p . d . apontado para o eixo de marcha. Colocar a m. dir. em gar. sobre o cor., como se quisesse arranc-lo. Erguer o br. esq. em esq.,com a m. voltada para cima, formando tambm esquadria entre o d. pol. e os demais.

    SAUDAO - Ou Sinal Cordial, executa-se partindo da posio de Ordem, levando a

  • mo direita na horizontal e deixando em seguida cair ambas as mos em perpendicular, naturalmente.

    TOQUE - Dando as mos da mesma forma que no Grau de Aprendiz Maom, dar tr. t. sobre o ind. e d. no d. m.

    MARCHA - Ficar Ordem como Aprendiz Maom e executar os trs passos do Grau de Aprendiz Maom. Ao trmino, desfazer o Sinal de Aprendiz Maom executando em seguida o Sinal de Companheiro Maom. Dar um passo, com o p. d. para o 1. d ., obliquamente, e juntar o p . esq .. Com o p . esq. dar mais um passo obliquamente para a esquerda e juntar o p. dir., voltando assim ao eixo de marcha. A Marcha do Aprendiz Maom uma reta; a do Companheiro Maom comporta um passo lateral; , portanto, superficial.

    BATERIA -Tr. g. espaados, mais dois (!!!!).

    IDADE - - o -

    TEMPO DE TRABALHO - Do meio-dia meia-noite.

    2 - Decorao do TemploO Templo para o Grau de Companheiro Maom igual ao de Aprendiz. Como

    diferenas, anotam-se a iluminao por cinco velas duas no Oriente e uma em cada Vigilante, e os instrumentos de trabalho aos ps da mesa do 2 Vigilante.

    3 - Insgnia do Companheiro MaomIgual do Aprendiz. A nica diferena o Avental com a abeta abaixada.

    Grau 3 Mestre MaomTrata-se do terceiro e ltimo Grau do Simbolismo. Para muitos Irmos, principalmente

    para os adeptos dos trs Graus, o coroamento final do aprendizado manico. Nas Potncias ou Obedincias Simblicas o Grau em que concedido ao Iniciado a plenitude dos direitos manicos e obviamente a contrapartida dos deveres manicos.

    O Grau muito esotrico e dedicado inteiramente ao esprito.Neste Grau aparece pela primeira vez a pregao de uma doutrina atravs de uma lenda.

    Trata-se da Lenda de Hiram. Ei-la:Prosseguiam os trabalhos de construo do Templo de Jerusalm, que eram dirigidos e

    coordenados por um tringulo composto dos seguintes personagens: Salomo, Rei de Israel; Hiram, Rei de Tiro; e Hiram Abi, artfice e especialista na arte de fundio em bronze, filho de uma viva da tribo de Neftali.

    Segundo suas aptides e conhecimentos os trabalhadores eram divididos em trs categorias Aprendizes, Companheiros e Mestres, recebendo salrios equivalentes aos postos.

    Quando a construo encontrava-se adiantada e prestes a acabar, alguns Companheiros, desejosos de retornar s suas ptrias, portadores da dignidade que lhes conferiria o ttulo de Mestre, mas no tendo capacidade para adquiri-lo por seus prprios mritos, arquitetaram um plano de conseguir as Palavras de Passe, que lhes dariam a possibilidade de freqentar a reunio dos Mestres, a Hiram Abi.

    No meio da intentona, a maioria deles desistiu, restando trs maus Companheiros que

  • estavam firmemente decididos a levar adiante o traioeiro plano. Eram eles: Jubelas, Jebelus e Jubelum

    Penetraram no Templo noite e foram ocupar, respectivamente, as portas do Sul, do Ocidente e do Oriente, onde aguardaram Hiram terminar suas Oraes. Hiram sai pela porta do Sul. Jubelas intercepta-o, exigindo a Palavra de Passe. Hiram nega, alegando que dois motivos o impedem de transmiti-la. Primeiro porque haviam jurado que s em presena dos reis de Israel e de Tiro, alm de Hiram, que a Palavra poderia ser transmitida. Segundo, porque o Companheiro solicitante no tinha qualidades para receb-la. Raivoso, Jubelas d-lhe uma pancada com a Rgua, cortando-lhe a garganta.

    Hiram corre para a porta do Ocidente para fugir agresso, mas ali encontra Jubelas, que lhe faz a mesma intimao. Recebendo a mesma resposta, aplica em Hiram um golpe com a ponta do Esquadro sobre o peito.

    Ferido, Hiram corre para a porta do Oriente, onde Jubelum d-lhe implacvel pancada com o Mao sobre a cabea, prostrando-o morto.

    Os trs maus Companheiros escondem o corpo do Mestre e fogem.Sentidas as ausncias nos trabalhos, Salomo desconfia da ocorrncia e expede

    diligncias para esclarecer as dvidas. Os trs maus Companheiros so descobertos e a conversa deles sobre o crime ouvida, sendo os trs presos e levados a Salomo, que os condena morte, segundo sentena que eles mesmos haviam pronunciado. O Corpo do Mestre Hiram descoberto, pois o sepulcro estava assinalado por um ramo de Accia.

    Com Hiram Abi morto e preservando o Juramento que haviam feito, ficaram perdidas as Palavras e os Sinais de Mestre. Para solucionar o problema, Salomo determinou que as primeiras palavras a serem pronunciadas ao descobrir-se o corpo de Hiram Abi e os primeiros Sinais realizados passassem a ser os novos Sinais e Palavras de Mestre.

    1 - Decorao da Loja de Mestre MaomO Templo para os Trabalhos do Grau de Mestre Maom ou Cmara do Meio

    basicamente o mesmo destinado aos Trabalhos de Aprendiz e Companheiro Maom, executando-se as seguintes alteraes: as paredes, as mesas e os altares so forrados de negro. Nas paredes h grupos entremeados de caveiras com tbias cruzadas e conjuntos de trs, cinco e sete lgrimas prateadas.

    O Templo iluminado por nove velas de cera amarela, sendo trs na mesa do Respeitabilssimo Mestre e trs em cada uma das mesas dos Venerabilssimos Vigilantes.

    Pendente no teto, uma lmpada com uma luz votiva sobre o centro do Templo.No centro do Templo, um esquife coberto com um pano preto, e, sobre este, um Ramo

    de Accia.Os instrumentos de trabalho de Aprendiz, Companheiro e Mestre Maom esto

    espalhados pelo cho.Tudo deve lembrar luto, morte e consternao. Os Malhetes traro um lao de crepe

    negro.

    2 - Mistrios do Grau de Mestre Maom

    PALAVRAS SAGRADA - M. (derivao de Moabita) PASSE - TUB. (trabalhador de pedra)

    NOME DO MESTRE - GABAON (derivao de Gabaonita)

  • SINAIS-DE ORDEM -PP. em esq. P. do p. dir. voltada para o eixo de marcha. Br. esq. cado

    naturalmente ao longo do corpo. Br. dir . dobrado em esquadria. M. dkv. aberta em esq . sobre o plexo solar.

    - VENTRAL - Ou Saudao - Levar a mo direita horizontalmente para a direita e deix-la cair naturalmente ao longo do corpo.

    - DE HORROR-Levantar os dois br., m m., espalmadas, deixando-os em seguida cair sobre as coxas dizendo: OH! SENHOR MEU DEUS!

    - SOCORRO -Juntar as m m. entre 1., pai. para cima, sobre a cabea, exclamando: A m. OO. FF. DA VI. aproximao do interlocutor, ou:

    - Colocar a m. fech. sobre a t. e aproximao do interlocutor abrir os dedos indicador, mdio e anular, progressivamente, dizendo: S/.,C. e J..

    IDADE - o -

    TEMPO DE TRABALHO - Do meio-dia meia-noite.

    MARCHA - Executa-se a Marcha de Aprendiz Maom, mais a do Companheiro Maom. Ao find-la, desfaz-se o Sinal de Companheiro Maom e com o p. dir. volt. um passo alongado para a dir. Juntando o esq. executa-se idntico movimento, com o p /. esq. para a esq. Novamente com o p. dir. d-se o ltimo movimento para a dir.. So trs passos elevados como se passasse sobre um objeto oblongo. A Marcha do Mestre geomtrica ou espacial.

    BATERIA -Nove pancadas espaadas trs a trs (!!! !!! !!!).

    3 - Pontos Perfeitos do Mestrado

    Os cinco Pontos Perfeitos do Mestrado so resultado do processo pelo qual o corpo de Hiram Abi foi levantado da sepultura. somente atravs deles que se transmite a Palavra de Passe do Grau de Mestre Maom. Ei-los:

    MM . unidas em g . - significando a unio indissolvel existente entre todos os Mestres Maons.

    Pr/, unido a pp. - significando que os Mestres Maons caminham juntos para um s ideal.

    Joe. unido a joe. - significando que os Mestres Maons rendem o mesmo culto ao Grande Arquiteto do Universo.

    P . unido a p . - significando que os coraes dos Mestres Maons abrigam os mesmos sentimentos.

    M. esq. sobre o o/, dir., significando a mtua proteo que devem guardar entre si os Mestres Maons.

    Nesta posio que transmitida a Palavra Sagrada, dada silabada no ouv. esq..

    4 - Insgnias do Mestre MaomO Avental de pele ou tecido branco, orlado de vermelho, de formato quadrangular e

    abeta triangular abaixada. Contm trs rosetas da cor da orla, sendo duas no corpo e uma na abeta.

    Todos os Mestres Maons usaro uma fita cor azul-celeste, a tiracolo, da direita para a esquerda, tendo pendente uma Jia, que um Esquadro e um Compasso.

    Traro cintura uma Espada.As Luzes, Oficiais e Dignidades usaro ainda um colar com a Jia do cargo pendente

    sobre o peito.

  • As Luzes usaro punhos bordados com as Jias dos respectivos cargos.Todos usaro chapu de feltro mole e negro desabado sobre os olhos e estaro trajados

    de preto, preferencialmente de Balandrau. O Respeitabilssimo Mestre usar um de veludo negro.

  • Os Graus Superiores do Rito Escocs Antigo e Aceito

    A escalada hierrquica dos Graus do Rito Escocs Antigo e Aceito dividida aprioristicamente em dois grupos de Graus: o Simbolismo, que contempla os Graus de Aprendiz, Companheiro e Mestre Maom, Graus estes administrados pelas Potncias Simblicas (Grandes Lojas ou Grandes Orientes), e os Altos Graus ou Graus Superiores, que, divididos em quatro grupos, compreendem os Graus de Perfeio ou Inefveis (4 ao 14), os Graus Capitulares (15 ao 18), os Graus Filosficos (19 ao 30) e os Graus Administrativos (31 a 33), que so administrados pelos Supremos Conselhos do Rito.

    Os Altos Graus so transmitidos pelas Oficinas ou Corpos Subordinados de duas maneiras: Iniciao e Comunicao.

    So transmitidos por Iniciao nos Corpos Subordinados os Graus 4, 9, 14,15,18,19, 22, 28, 30, 31 e 32. O Grau 33 transmitido apenas pelos Supremos Conselhos. Os demais so transmitidos por comunicao nos Corpos Subordinados.

    Apenas como reforo do que foi muitas vezes explicado anteriormente, esclarecemos que, ao nos referirmos aos Graus do 4 ao 33, devemos utilizar a expresso "Altos Graus", nunca "Filosofismo", pois esta pejorativa.

    Posto este prlogo, vamos estudar cada grupo de per si.

    Graus Inefveis ou de PerfeioSo os Graus compreendidos entre o 4 e o 14 e so concedidos pelas Lojas de Perfeio,

    por Iniciao, 4, 9 e 14 ou por Comunicao, os demais (5, 6, 7, 8, 10, 11, 12 e 13). So chamados de Graus Inefveis por terem quase todos, nas suas Palavras Sagradas, de uma forma ou de outra, referncia ou aluso ao nome Inefvel, que o nome de Deus.

    Tambm fazem referncia ao assassinato de Hiram, cuja lenda do Grau 3 reaberta e ampliada nos Graus 4, 5, 6, 7, 8, 9 e 10, ora com a procura do corpo, ora com a substituio de Hiram, e at com o reexame da punio dos assassinos, consumada nos Graus 9 e 10.

    Assim, nos Graus de Perfeio, encontramos Graus Lendrios, Bblicos, Judaicos e Cavalheirescos.

    Os Graus de Perfeio so tambm conhecidos por Maonaria Vermelha.So os seguintes os Graus Inefveis concedidos pelas Lojas de Perfeio:

    4 - Mestre Secreto*5 - Mestre Perfeito6 - Secretrio Intimo7 - Preboste e Juiz8 - Intendente dos Edifcios9 - Mestre Eleito dos Nove*10 - Mestre Eleito dos Quinze11 - Cavaleiro Eleito dos Doze12 - Gro-Mestre Arquiteto13 - Real Arco14 - Perfeito e Sublime Maom** Transmitidos por Iniciao.

  • Vamos agora fazer uma breve apreciao ou pequeno resumo de cada Grau de Perfeio em particular, com maior nfase naqueles transmitidos por Iniciao, uma vez que as Lojas de Perfeio, na prtica, poucas ou nenhuma Sesses realizam como Loja de Grau comunicado. Estes so vistos de maneira muito superficial e ligeira, o que uma pena.

    Inefvel aquilo que no se pode exprimir por palavras. uma aluso tradio judaica, na qual no se pronuncia o nome de Deus.

    Pronunciar o Inefvel dizer a Palavra Perdida.

    Grau 4 Mestre SecretoO Grau 4, o de Mestre Secreto, uma continuao do 3 (Mestre Maom). O candidato

    (Mestre Maom) levado vendado Loja de Perfeio, onde Iniciado neste Grau.O Grau dedicado por excelncia ao sigilo e ao segredo, e por todo o seu desenrolar

    chora-se a morte por assassinato do Mestre Hiram. Os culpados ainda no foram punidos, encontrando-se foragidos.

    um Grau Bblico-Mstico-Lendrio. O Mestre Secreto recebido debaixo do loureiro e da oliveira onde, em companhia dos Irmos, derrama lgrimas ao deparar-se com o tmulo de Hiram.

    1 - Ornamentao da LojaA Loja decorada em preto, com lgrimas brancas e representa o Sanctum e o Sanctum-

    Sanctorum do Templo de Jerusalm. No Oriente encontramos a Arca da Aliana, o Altar dos Perfumes, o Altar dos Pes da Proposio, o Candelabro de 7 velas (menor), a Urna do Man e o Basto de Aaro. (Detalhes extrados da Bblia.)

    O Venervel (Trs vezes Poderoso Mestre) e h apenas um Vigilante, uma vez que Hiram est morto e ainda no foi substitudo.

    2 -Mistrios do GrauPALAVRAS - SAGRADA - Iod, Adonai e Ivah (as trs palavras representam a divindade)- PASSE - Ziza

    SINAIS - ORDEM - Colocar os dedos indicador e mdio direitos sobre os lbios.- SAUDAO - Estando assim ordem, baixar a mo e voltar mesma situao. Se o

    interlocutor quiser responder, fazer o mesmo sinal com a mo esquerda (este o Sinal de Segredo).

    - TOQUE - Entremear a face interna da perna direita com a face interna da perna esquerda do interlocutor. Fazer a Garra de Mestre, deslizando a mo at o cotovelo e apertar sete vezes.

    BATERIA - Dar sete pancadas, por seis e por uma (!!!!!! !).

    IDADE - Trs vezes 27 anos completos.

    TRABALHO - Da madrugada meia-noite.

  • 3 - Insgnias do Mestre Secreto

    Avental - Branco com o cordo e debrum negro, com ramos entrelaados de oliveira e laurel com a letra Z no meio.

    Na abeta azul tem um olho sobre fundo radiante, na cor dourada.

    Fita - Fita azul, forrada de negro, colocada a tiracolo e tendo como Jia uma chave de marfim com a letra Z.

    A Jia do Mestre Secreto est inteiramente de acordo com as prescries do Grau. A chave o principal Smbolo do silncio e da discrio e o marfim um Smbolo de poder, da pureza e da sabedoria.

    A letra Z a inicial da Palavra de Passe, que por sua vez tambm uma espcie de chave que abre a Loja ao Mestre Secreto.

    Indumentria - Todos os Irmos estaro vestidos de preto.

    Grau 5 Mestre PerfeitoTrata-se de um Grau considerado intermedirio, uma vez que transmitido por

    comunicao. A parte esotrica do Grau refere-se tradio israelita e salomnica e os trabalhos desenvolvem-se num novo aprofundamento e detalhamento da Lenda de Hiram. Desta vez a transladao dos restos mortais de Hiram para o tmulo definitivo, cuja construo consumiu sete anos.

    Todos os trabalhadores do Templo de Jerusalm param os seus trabalhos para participar dos funerais do Mestre Hiram, que, com muita pompa, ganha tumba definitiva e sepultado junto com um tringulo de ouro onde estava escrita a sua parte da Palavra Sagrada e agora perdida.

    Enfim, o Grau 5, Mestre Perfeito, uma extenso dos Graus 3 e 4.

    1 - Ornamentao da LojaA Loja decorada com cor verde e apresenta quatro Colunas em cada canto,

    representando o mausolu de Hiram.

    2 -Mistrios do GrauPALAVRAS -SAGRADA - Jehovah - PASSE - Accia

    SINAIS - ADMIRAO - Levantar as mos e olhar para cima; em seguida deixar cair

    os braos, cruzando-os sobre a testa, olhando para a terra.

    TOQUE - Colocar reciprocamente as mos esquerdas sobre os ombros direitos, apertar as mos direitas com os ombros direitos e apertar as mos direitas com os polegares afastados.

  • BATERIA - Incio dos trabalhos: um ano; depois: sete anos.

    TRABALHO - Da uma s sete horas.

    3 - Insgnias do Mestre PerfeitoAvental - De cor branca com a abeta verde. No corpo h trs crculos

    concntricos com uma Pedra Cbica no centro contendo as letras IOD.

    Fita - Fita verde a tiracolo com a Jia do Mestre Perfeito formada de um Compasso aberto sobre um segmento de crculo. O Compasso est aberto em 60 graus.

    Na verdade, a Jia do Mestre Perfeito tem muito pouco a ver com o Grau, sua histria, desenrolar e filosofia, ao contrrio do que ocorre com a Jia do Grau de Mestre Secreto.

    Indumentria - Todos os Irmos estaro vestidos de preto.

    Grau 6 Secretrio Intimo tambm um Grau intermedirio e igualmente transmitido por comunicao, tratando-

    se de um Grau Bblico cujo tema foi eleito no primeiro livro de Reis.Salomo havia prometido a Hiram, rei de Tiro (no confundir com Hiram Abi ou

    Hiram), que, aps a concluso do Templo de Jerusalm, seria recompensado com vinte cidades que ficavam na regio de Cabul na Galilia (Palestina).

    Aps as exquias de Hiram, Hiram (Rei de Tiro) resolveu sigilosamente verificar as cidades oferecidas por Salomo. No agradou aos seus olhos o que viu. As cidades eram deplorveis e o povo, ignorante.

    Este havia fornecido materiais e mo-de-obra para o templo e, julgando-se enganado por Salomo, voltou a Jerusalm e, tomado pelo mpeto, foi diretamente Cmara Real para tirar satisfaes.

    Joabem, um dos funcionrios preferidos de Salomo, vendo-o passar assim arrebatado, temeu pela vida de seu rei. Resolveu assim seguir a Hiram, onde, oculto, velaria pela segurana de Salomo.

    O Rei de Tiro descobriu Joabem e exigiu de Salomo uma punio, pois considerou o ato como espionagem desrespeitosa.

    Salomo acalmou-o dizendo que as cidades seriam reformadas antes da entrega e deu conta da dignidade e integridade de Joabem.

    Hiram compreendeu e pediu a Salomo que Joabem fosse escolhido para secretariar o tratado que em breve iriam assinar.

    1 - Ornamentao da Loja

    O Templo decorado para este Grau representa a Cmara de Audincias do Rei Salomo. Deve ter cortinas vermelhas e no trono h duas cadeiras (para Salomo e Hiram, Rei de Tiro). Sobre o trono h duas espadas e um rolo de pergaminho (tratado).

  • 2 -Mistrios do GrauPALAVRAS - SAGRADA - Ivah (palavra referente divindade).- PASSE - Joabem - Resposta: Zerbal (Joabem era o nome do capito das guardas

    e Zerbal significa inimigo dos inimigos de Deus).

    SINAIS - ORDEM - Levar a mo direita at o ombro esquerdo e depois atravessar o corpo levando-a ao quadril direito.

    BATERIA - Dar 27 pancadas por 8 e 1 vezes 3.

    O Secretrio ntimo tambm 10 Grau Mestre Eleito dos Quinze conhecido como Mestre por Curiosidade.

    3 - Insgnias do Secretrio IntimoAvental - Branco, forrado e debruado de vermelho, contendo sobre a abeta um

    tringulo dourado.

    Fita - Fita a tiracolo de cor vermelho-vivo com a Jia do Grau que so trs tringulos entrelaados.

    Grau 7 Preboste e JuizPara que a justia continuasse cada vez com mais fora e vigor a ser distribuda ao

    povo, Salomo criou um tribunal composto por Prebostes e Juizes. Os primeiros administrariam a justia militar; os segundos, a justia civil. Tal narrativa foi retirada da Bblia, dos livros de Crnicas, Reis e Juizes. Tito era o presidente deste conselho por ser o prncipe dos Harodins, chefes que trabalhavam na construo do Templo de Jerusalm.

    At ento, a lei baseava-se na Lei Mosaica, contida no Pentateuco. O conselho de Prebostes e Juizes tinha a capacidade legislativa, isto , de criar leis.

    A funo do Grau de Preboste e Juiz de intuir no mago dos Iniciados a idia fixa da justia e da sabedoria. Neste Grau, tudo gira em torno da obrigao de se fazer justia. Pena que o Grau transmitido por comunicao e poucas Sesses dele so realizadas.

    1 - Ornamentao da LojaA decorao vermelha e o Templo iluminado por cinco luzes, sendo uma em cada

    canto e uma no centro do Templo.O Presidente Tito e representa o Prncipe dos Harodins.

    2 -Mistrios do GrauPALAVRAS - SAGRADAS - Jakinal (Deus residente)- PASSE - Tito (no hebraico)

  • SINAIS - Colocar os dedos indicador e mdio direitos na ponta do nariz.

    TOQUE - Entrelaar com o interlocutor os dedos das mos direitas e com o polegar dar sete toques na palma da mo(!!! !!! !).

    BATERIA - Cinco pancadas (!!!! !).

    IDADE - 27 anos.

    TRABALHO - Oito, duas e sete.

    3 - Insgnias do Preboste e juizAvental - De cor branca e bordado de vermelho. No corpo tem um bolso e uma

    roseta vermelha. Na abeta tem uma chave.

    Fita - Fita vermelho-vivo e tiracolo pendente Jia que uma chave.

    O bolso para guardar a chave da urna de bano, reservatrio das atas. A Jia condizente com o Grau e seu simbolismo.

    Indumentria - Todos os Irmos estaro vestidos de preto.

    Grau 8 Intendente dos EdifciosAs grandes construes relacionadas no Antigo Testamento, realizadas por Salomo,

    como por exemplo a Casa do Rei e o Templo de Jerusalm, haviam terminado. As obras estavam prontas. Ocorre que o povo judeu no possua uma cultura ligada arte da construo civil, uma vez que, em sua maioria, eram agropecuaristas. Salomo pensou ento em criar uma Escola de Arquitetura para instruir os judeus no ofcio desta arte, at porque Salomo tinha interesse em criar outras construes, dispensando o concurso de estrangeiros, que eram mais caros e mesclados com o povo judeu; alteravam-lhe os costumes sociais e religiosos.

    importante salientar que muitos dos estrangeiros que vieram para a construo da Casa do Rei e do Templo de Jerusalm haviam, durante os 27 anos que duraram as obras, constitudo famlia e fixado residncia em Jerusalm.

    Dentre os Prebostes e Juizes foram selecionados os Intendentes dos Edifcios.O Grau transmitido por comunicao.

    1 - Ornamentao da LojaA Loja decorada em vermelho e iluminada por trs grupos de luzes mais cinco diante

    do segundo Vigilante; sete diante do primeiro Vigilante; quinze diante do Venervel.O Presidente representa Salomo, o Primeiro Vigilante representa Tito e o Segundo

    Vigilante representa Adoniram.

    2 -Mistrios do GrauPALAVRA - SAGRADA - Jud (nome da tribo de Jud)- PASSE - Jakinal (Deus residente)

  • SINAL - SURPRESA - Com as mos em esquadrias colocar os polegares nas frontes como a proteger a vista do sol; dar nessa posio dois passos para trs e dois para frente, levando as mos por sobre os olhos e dizer: Bem Chorim.

    TOQUE - Colocar reciprocamente as mos direitas sobre o corao e depois, com a mo direita, segurar o meio do brao esquerdo e pr a mo esquerda sobre o ombro direito do interlocutor, dizendo: Jakinal. Este responde: Jud.

    BATERIA - Cinco pancadas iguais (!!!!!).

    IDADE - Trs vezes nove ou 27 anos.

    TRABALHO - Comea ao romper do dia e termina s sete horas da noite.

    3 - Insgnias do Intendente dos EdifciosAvental - De cor branca, debruado de vermelho e bordado de verde. No corpo

    h uma balana e uma estrela de nove pontas. Na abeta h um tringulo com as letras B. A. J. (iniciais de Bem Chorim, Achan e Jakinal).

    Fita - Fita vermelha pendente a Jia do Grau que um Tringulo onde numa face esto as palavras de Jud e Jah e na outra as palavras Bem Chorim, Achan e Jakinal.

    O Intendente dos Edifcios chamado tambm de Mestre em Israel. Neste Grau os Irmos estaro trajados de preto.

    Grau 9 Mestre Eleito dos NoveO Grau de Mestre Secreto, 4, o primeiro dos Graus Inefveis transmitidos por

    Iniciao. Os seguintes 5,6,7 e 8 so distribudos por Comunicao.No escalonamento dos Graus Inefveis, o 4, 5, 6, 9 e 10 envolvem de uma maneira ou

    de outra o estudo da Lenda de Hiram, seu detalhamento e principalmente os seus desdobramentos.

    O Grau 9, do Mestre Eleito dos Nove ou Cavaleiro Eleito dos Nove, ministrado por Iniciao. um Grau complexo e envolve muitos aspectos msticos, religiosos, lendrios e morais.

    Este Grau lembra o Tribunal de Santa Veheme; primeira vista pode parecer enaltecer os sentimentos de vingana.

    1 - Ornamentao da LojaA Loja representa a cmara secreta de Salomo. ornamentada de preto com lgrimas

    prateadas e com manchas avermelhadas, caveiras, ossos cruzados e chamas. As Colunas esto pintadas com faixas brancas e vermelhas. No Altar dos Juramentos, encoberto de preto, ficam o Pentateuco, os Estatutos do Supremo Conselho, as Constituies do Rito Escocs, duas Espadas cruzadas e um Punhal.

    A cmara iluminada por noves luzes oito se dispem em Octaedro em volta do Altar dos Juramentos e uma no caminho entre este e o Oriente.

  • 2 -Mistrios do GrauPALAVRAS - SAGRADAS - Nekan (vingana) Resposta: Nekah (ferido).- PASSE - Begoal-Kol (est revelado).

    BATERIA - Nove pancadas por oito e um (!!!!!!!! !).

    IDADE - Oito anos e mais um completos.

    TOQUE - Apresentar ao interlocutor a mo fechada com o polegar levantado; este pega da mesma forma o polegar do Irmo.

    SINAL - ORDEM - Imitar a hiptese de ameaar com punhal.- SAUDAO- Se d em trs tempos: Ferir o interlocutor com o punhal no rosto; este

    leva a mo ao rosto para ver se est ferido; Levantar o brao e ferir no corao, dizendo: Nekah!

    3 - Insgnias do Mestre Eleito dos NoveAvental - de pele branca, forrado de vermelho e bordado de preto. Possui no

    corpo uma mo que segura uma cabea ensangentada e lgrimas de sangue. Na abeta tem uma mo que segura um punhal.

    Fita - de cor negra com nove rosetas vermelhas. Pendente Jia do Grau que um punhal.

    4 - Desenvolvimento do GrauO Muito Poderoso Mestre, que representa Salomo, d com o cabo da Espada um golpe

    iniciando os trabalhos. A cadeira est vazia e coberta de negro (Hiram foi assassinado). Os presentes so reconhecidos pelo Segundo Vigilante (Stolkin) com Cavaleiros Eleitos dos Nove. O questionrio de abertura dos Trabalhos, envolvendo o Muito Poderoso Mestre e o Segundo Vigilante, mostra a lenda envolvendo o matador de Hiram e a morte do primeiro assassino.

    Apresenta-se a Salomo um desconhecido que diz saber da presena dos trs assassinos de Hiram. Informa o desconhecido que, prximo a Jopa, existe uma caverna cercada de espinheiros, onde passa uma fonte de gua, na qual foi o seu co saciar-se. Seguindo o co, viu a caverna iluminada por tnue luz onde estavam os assassinos.

    Salomo, por sorte, escolhe nove Mestres para, juntamente com o desconhecido, irem caverna trazer os criminosos.

    Durante a viagem a Jopa, Joabem, um dos escolhidos, adianta-se na caminhada e chega antes caverna, onde um dos assassinos dormia, tendo aos seus ps um punhal. Joabem apunhala o assassino no corao e arranca a sua cabea para levar a Salomo. Aps isso lava as suas mos na fonte de gua e bebe alguns goles.

    Exposto o ato a Salomo, este a princpio o condena, pois repudia a vingana e queria julgamento justo. Joabem censurado, mas o grupo intercede em seu favor. Salomo o perdoa e d a todo o grupo o ttulo de Mestres Eleitos dos Nove.

    Para iniciar-se no Grau de Cavaleiro Eleito dos Nove, o Intendente dos Edifcios, Grau 8, bate s portas do Templo, candidatando-se Eleio. Durante o desenvolvimento do Ritual de Iniciao ao Grau 9, Cavaleiro Eleito dos Nove, desenrola-se o psicodrama da parte da Lenda de

  • Hiram acima resumida.O Grau revela a ignomnia da vingana pura e simples e revela ao Iniciado a

    importncia da razo no comando dos sentidos.O desconhecido representa a razo; a Loja dos Eleitos dos Nove, os sentidos; e a

    caverna, o inconsciente.Para o desenvolvimento do Ritual, todos os Irmos estaro trajados de preto.Este Grau igual ao Grau 4 do Rito Moderno.

    Grau 10 Mestre Eleito dos QuinzeNos Graus 3, 4, 5 e 9, tratou-se da Lenda de Hiram e seus desdobramentos, sendo estes

    Graus praticamente uma seqncia. O Grau 10, Mestre ou Cavaleiro Eleito dos Quinze, uma flagrante continuao destes e especialmente do Grau 9.

    No 9 Grau houve a punio de um dos assassinos (Abiram) e o 10 Grau esclarece a punio dos dois assassinos restantes.

    Salomo, no aguardo da captura destes dois assassinos, determinou o embalsamento da cabea de Abiram, que foi guardada no conselho juntamente com o seu esqueleto conservado. Foram distribudos editais por todo o reino e regies vizinhas, com as caractersticas dos assassinos procurados.

    Chegou-se concluso de que os assassinos procurados estavam exercendo as suas profisses de construtores em Bendecar, onde reinava o filisteu Maacha. Os filisteus eram inimigos tradicionais dos judeus, mas durante a construo do Templo, mediante a diplomacia, Salomo manteve tratado de paz com este povo para que as obras no fossem perturbadas.

    Salomo enviou a Bendecar 15 Mestres de sua confiana, com caractersticas de diplomatas, entre os quais achavam-se os nove que anteriormente haviam ido a Jopa. Ento, os Cavaleiros Eleitos dos Quinze encontraram os criminosos e, de volta a Jerusalm, Zerbal e Joabem fizeram a apresentao deles a Salomo.

    Foram julgados e condenados morte: atados a um poste, tiveram o ventre aberto do peito at o pbis, permanecendo assim at que tiveram as cabeas decepadas.

    Suas cabeas, juntamente com a cabea de Abiram, foram espetadas em estacas em cada uma das trs portas de Jerusalm.

    Seus corpos foram atirados das muralhas da cidade para servir de repasto aos abutres e feras.

    Importante notar que neste ponto a lenda contradiz o que j informava no Grau 3 (Mestre Maom), pois neste Grau cada assassino tivera a morte por ele mesmo propugnada (garganta cortada, corao arrancado e corpo cortado ao meio).

    Atualmente este Grau transmitido por comunicao, mas alguns Rituais prevem que deva ser concedido por Iniciao.

    1 - Ornamentao da LojaA Loja decorada de preto com lgrimas brancas e iluminada por 15 luzes, agrupadas

    em grupos de cinco diante do Presidente e de cada um dos Vigilantes.

    2 -Mistrios do GrauPALAVRAS - SAGRADA - Zerbal (inimigo de Baal) Resposta: Benaiah (filho de Deus).- PASSE - Elehan (Deus do Povo).

  • SINAIS - Fazer meno de levantar um punhal altura do queixo e depois descer na perpendicular, como se estivesse abrindo o ventre.

    - RESPOSTA - Fazer o Sinal de Aprendiz tendo o punho cerrado e o polegar levantado.

    TOQUE - Entrelaar reciprocamente os dedos da mo direita mantendo os polegares levantados e separados; aproximar-se e com o interlocutor apoiarem-se nos polegares como se quisessem enfi-los cada um no ventre do outro.

    BATERIA - Cinco pancadas iguais e espaadas (!!!!!).

    TRABALHO - Comea s cinco da manh e termina s seis da tarde.

    3 - Insgnias do Mestre Eleito dos QuinzeAvental - Branco, forrado e debruado de negro, com a abeta negra.

    No corpo est representada uma cidade com muralhas quadradas (Jerusalm) com trs portes e em cada um uma cabea enfiada numa estaca.

    Fita - A fita de cor negra com trs cabeas bordadas e a Jia um punhal.

    O Grau de Mestre Eleito dos Quinze tambm conhecido como Cavaleiro Eleito dos Quinze.

    Os Irmos estaro trajados de preto.

    4 -Moral do GrauO desenvolvimento do Grau de Mestre Eleito dos Quinze e as atitudes tomadas por

    Salomo enfatizam positivamente o necessrio relacionamento internacional, condenando a prtica da intolerncia.

    Grau 11 Cavaleiro Eleito dos DozeTambm conhecido por Sublime Cavaleiro Eleito e Sublime Cavaleiro dos Doze.Aps o julgamento e a vingana dos assassinos de Hiram, a paz havia voltado a reinar

    na corte do Rei Salomo. Este quis premiar os Mestres Eleitos dos Quinze e colocou seus nomes dentro de uma urna e dentre eles sorteou doze para receber o ttulo de Cavaleiros Eleitos dos Doze para cada um deles chefiar uma das doze tribos de Israel.

    A eles Salomo ensinou as artes que conhecia, referentes ao Tabernculo e ao conhecimento de toda a legislao manica.

    Todos os inimigos do Rei Salomo so destrudos, bem como os inimigos de Deus.O Grau transmitido por comunicao.

    1 - Ornamentao da Loja

    A Loja decorada de preto com coraes flamejantes e iluminada por 15 luzes, agrupadas em grupos de cinco diante do Presidente e de cada um dos Vigilantes.

  • 2 -Mistrios do GrauPALAVRAS - SAGRADA - Adonai (senhor) - Resposta: Amar-lah (palavra de Deus).- PASSE - Stolkin (base firme).

    SINAL - Cruzar os braos sobre o peito com os punhos cerrados e os polegares levantados.

    TOQUE - Apresentar ao interlocutor (como no Grau 9) o punho cerrado com o polegar levantado. Este pega no polegar do outro e fazem o punho voltear trs vezes, dizendo alternadamente as palavras: Berith, Neder e Xelemot.

    - Pegar a mo direita do interlocutor e dar-lhe trs toques com o polegar sobre a falange do dedo mdio.

    BATERIA - Doze pancadas espaadas (!!!!!!!!!!!!).

    IDADE - Nove vezes trs ou 27 anos.

    TRABALHO - Das doze horas ao romper do dia.

    3 - Insgnias do GrauAvental - Avental branco forrado e debruado de preto com abeta preta. No corpo

    um bolso com uma cruz bordada em vermelho.

    Fita - Fita em cor negra com trs coraes chamejantes bordados. A Jia um punhal.

    Indumentria - Todos os Irmos estaro trajados de preto.

    Grau 12 Gro-Mestre ArquitetoDurante a construo do Templo de Jerusalm o povo passou por dificuldades

    financeiras, eis que a construo encontrava-se parada no segundo pavimento e havia consumido grande soma de dinheiro arrecadado por meio de tributos.

    Ento, cada uma das doze tribos nomeia um arquiteto para represent-la num esforo de apresentao de um projeto que acabe a construo sem exigir que o povo contraia dvidas para tanto.

    O 12 Grau um Grau complicado que exige dos adeptos a explanao de 19 cincias. ministrado por comunicao.

    1 - Ornamentao da Loja

    A Loja armada de branco e com chamas vermelhas. Sobre a mesa dos trs primeiros oficiais h um estojo de matemtica. A Loja representa uma reunio de arquitetos.

  • 2 - Mistrios do GrauPALAVRAS - SAGRADA - Adonai (senhor)- PASSE - Rabbanaim (grande construtor)

    SINAIS - Colocar a mo direita na palma da esquerda; fechar os dedos da mo direita e com o polegar simular os movimentos de traar planos na palma da mo, olhando diversas vezes para o Gro-Mestre, para receber dele inspirao.

    TOQUE - Entrelaar os dedos da mo direita com os da esquerda do interlocutor. Em seguida, os dois levam as mos livres por sobre o quadril.

    BATERIA - Dez pancadas da seguinte forma: (! !! !!! !!! !).

    IDADE - Idade da plenitude: 45 anos. Cinco vezes o quadrado de trs.

    TRABALHO - Desde que surge a Estrela da manh at o pr-do-sol.

    3-Insgnias do GrauAvental - Avental branco, forrado e debruado de azul, tendo no corpo um bolso para

    guardar os planos.

    Fita - Fita de cor azul, pendente a Jia do Grau que uma placa onde esto gravadas de um lado sete semicrculos com sete estrelas e um tringulo com a letra A no centro; no outro lado esto gravadas cinco Colunas, cada uma de uma ordem de arquitetura, um Nvel, uma Cruz, um Esquadro e um Compasso com as letras RN. Debaixo de cada Coluna tem a inicial de seu nome: CDTIC.

    Indumentria - Todos os Irmos estaro trajados de preto.

    Grau 13 Real ArcoTambm chamado de Cavaleiro do Real Arco, um Grau dedicado procura do Delta

    Sagrado. Enoque, filho de Jarede e descendente de Ado, pela sua postura e retido, foi recompensado por Deus com um sonho em que estava numa montanha, cujo cume elevava-se aos cus. Ali, Enoque viu uma placa triangular de ouro com a escrita do Nome Inefvel. importante salientar que o judeu no pronuncia o nome de Deus, at por no conhec-Lo. Depois, foi Enoque arrebatado por um corte de precipcio no qual apareciam nove arcos superpostos e embaixo do ltimo aparecia a mesma placa triangular. Inspirado pela viso deste sonho, Enoque quis construir um Templo embaixo da terra, sustentado pelo empilhamento de nove arcos e dedicado a Deus.

    Matusalm, seu filho, construiu o Templo e Enoque fez uma placa de ouro, conforme o sonho, e a ps debaixo do nono arco, guardada num cubo de gata e pedras preciosas.

    Sabia Enoque que o dilvio viria e, temendo que o conhecimento das artes e das cincias desaparecesse, construiu duas colunas. Uma de mrmore para resistir ao fogo e outra de bronze para resistir ao dilvio, as quais colocou no cume da montanha onde abaixo estavam os nove arcos.

    Na coluna de mrmore gravou a indicao dos arcos e do precioso tesouro que encerravam. Na coluna, de bronze gravou os princpios das artes liberais.

  • Matusalm, filho de Enoque, foi pai de Lamec, que foi pai de No e quem construiu a Arca, conforme Gnesis.

    Com a intensidade do dilvio a Coluna de mrmore foi destruda, mas a de bronze foi conservada, salvando-se a cincia, apesar de se ter perdido a localizao do tesouro de Enoque.

    Salomo, aps a morte de Hiram, determinou a construo de um edifcio-sede para a justia, no lugar onde Enoque havia construdo o seu Templo. Para tal foram retirados os escombros da coluna de mrmore e a coluna de bronze e Adoniram, Joabert e Stolkin foram medir a terra. Descobriram as tampas de pedras e, sucessivamente, os nove arcos, at o ltimo, onde estava o Nome Inefvel no Delta Sagrado de ouro. Levaram o achado a Salomo e as Palavras e os Sinais que proferiram e fizeram durante o achado passaram a ser as Palavras e os Sinais do Cavaleiro do Real Arco.

    1 - Ornamentao da LojaA Loja representa o Templo de Enoque. Um subterrneo abobadado e nove arcos

    sustentam a abbada e sobre cada arco est um dos nove nomes de Deus.

    2 -Mistrios do GrauPALAVRAS SINAIS- SAGRADA - Jeov.- PASSE - No tem.

    SINAIS- ADMIRAO - Levantar as mos para o cu inclinando a cabea para o lado es-

    querdo ao mesmo tempo que coloca o joelho direito no cho.-ADORAO -Ficar ajoelhado sobre os dois joelhos.

    TOQUE - Colocar as mos nas axilas do interlocutor como se fosse para ajud-lo a levantar-se, dizendo: Taub-Banal, Hamelech Ghiblem.

    Resposta: o interlocutor faz o mesmo toque, dizendo: Jabulum.

    BATERIA - Cinco pancadas por dois e trs (!! !!!).

    IDADE - 63 anos completos ou sete vezes o quadrado de trs.

    TRABALHO - Do anoitecer ao alvorecer.

    3 - Insgnias do Cavaleiro do Real ArcoAvental - H divergncia entre os autores. Alguns informam que neste Grau, a

    exemplo de outros, no h Avental. Outros informam que o Cavaleiro do Real Arco utiliza um Avental de cetim branco forrado e debruado de vermelho. Na prtica, como um Grau concedido por comunicao, os Obreiros no adquirem este Avental, utilizando o Avental do Grau 9, como, alis, no adquirem os Aventais dos Graus concedidos por comunicao de uma maneira geral.

    Fita - Fita em cor prpura, da qual pende a Jia que um tringulo dourado.

    Indumentria - O Trs Vezes Poderoso Gro-Mestre utiliza uma tnica amarela tendo

  • por cima um manto azul.

    Os Irmos tero as cabeas cobertas por chapu e usaro roupas pretas.

    Grau 14 Perfeito e Sublime MaomTambm conhecido pelos nomes de Grande Eleito ou Grande Escocs da Abbada

    Sagrada de Jaime VI, ou Grande Escocs da Perfeio ou Grande Eleito Antigo, este Grau encerra a srie dos Graus Inefveis e concedidos pelas Lojas de Perfeio, que vo do 4 ao 14 e buscam encontrar a "Palavra Perdida" que o nome de Deus. Para ir adiante o Maom deve procurar iniciar-se num captulo, onde galgar do Grau 15 ao 18.

    E um Grau Bblico que tem parte baseada na histria da sara ardente e parte baseada na lenda de que Salomo fez construir embaixo do Sanctum Sanctorum um local para reunio dos Perfeitos e Sublimes Maons.

    No monte Horebe viu Moiss uma sara que ardia e no se consumia (Exo. 3-1 a 22) e aproximando-se da sara esta lhe disse:

    "Moiss, Moiss!" E a voz de Deus continuou: "No te chegues para c, retira as suas sandlias porque o lugar onde est Terra Santa!" E disse mais: "Eu sou o Deus do teu pai, o Deus de Abrao, o Deus de Isaac e o Deus de Jac". Moiss escondeu o rosto porque temeu olhar para Deus. Moiss, ao se aproximar da Sara Ardente, protegeu do calor o seu rosto com a mo direita sobre a face esquerda e com a palma para fora. Ficou sendo este o Sinal do Fogo.

    Nesta apario prometeu Deus a Moiss a libertao do seu povo do jugo egpcio e a viagem para a terra prometida, Cana. Deus revelou a Moiss o seu prprio nome.

    A Iniciao do Grau 14 demorada e o candidato inquirido em todos os Graus adquiridos anteriormente. O candidato vai imolar as suas paixes no centro do Templo, onde h uma mesa com um machado e uma faca grandes. Depois da imolao, o candidato passa por novas purificaes, pela gua e pelo fogo e purificado tambm por uma mistura de azeite, farinha de trigo e vinho, que passada com uma trolha na sua testa, nos seus lbios e sobre o corao. Aps a Iniciao o Orador faz a leitura da Lenda do Grau, cujo resumo o seguinte:

    Jubulum, Joabert e Stolkim haviam descoberto o Templo de Enoque e o Santo Nome gravado sob o novo arco sendo levado a Salomo.

    Este criou ento o Grau de Perfeito e Sublime Maom para recompens-los.Aps o trmino da construo do Templo de Jerusalm, vrios Perfeitos e Sublimes

    Maons dispersaram-se pelo mundo. Os maons de Graus inferiores multiplicaram-se e perderam a unidade e os segredos dos Graus, tais como Toques, Palavras e Sinais, passaram inclusive a ser do conhecimento dos profanos. Os Maons s queriam frivolidades e festas e as Iniciaes eram feitas s pressas e sem os cuidados necessrios, havendo a Maonaria se degenerado. S os Perfeitos e Sublimes Maons se mantiveram livres destes problemas, conservando inclume a Palavra Sagrada, que foi guardada sob a abbada debaixo do Sanctum Sanctorum. Salomo deu aos Sublimes e Perfeitos Maons um anel para simbolizar a sua virtude e os compromissos assumidos.

    Quando Jerusalm foi invadida por Nabucodonosor, os Perfeitos e Sublimes Maons se retiraram e, por zelo quanto ao seu segredo, destruram a Palavra Sagrada, que a partir de ento somente foi transmitida por tradio oral.

    O Grau bem alertava j naquela poca para a eventual desvirtuao da Maonaria, com a sua degenerao a partir da falta de seriedade nos primeiros Graus, coisa que acontece nos dias atuais.

  • 1 - Ornamentao da LojaA Loja representa uma abbada subterrnea de cor vermelha e ornamentada com