Manual de Museografia - Parte 1

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Manual de Museografia - I A PRÁTICA MUSEOLÓGICA” MUSEOGRAFIA E MONTAGEM DE MUSEOGRAFIA E MONTAGEM DE EXPOSIÇÕES EXPOSIÇÕES PARTE I PARTE I Guia científica Guia científica

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Manual de Museografia - I“A PRÁTICA MUSEOLÓGICA”

MUSEOGRAFIA E MUSEOGRAFIA E MONTAGEM DE MONTAGEM DE EXPOSIÇÕESEXPOSIÇÕES

PARTE I PARTE I

Guia científicaGuia científica

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PROGRAMA 1o. SEMINÁRIO DE MUSEOLOGIA

Descreveremos a experiência museográfica Descreveremos a experiência museográfica desenvolvida no México, entre os anos de desenvolvida no México, entre os anos de 1982 e 1983, através da montagem de 1982 e 1983, através da montagem de exposições permanentes e temporáriasexposições permanentes e temporárias

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O manuscrito sobre os procedimentos básicos de Museografia foi elaborado entre os anos de 1981 e 1982 durante o Mestrado em Museologia, com aportes dos alunos do curso, dos professores e palestrantes, além das consultas bibliográficas disponíveis na época. (1)

O conteúdo do manuscrito e o áudio visual foram divulgados através das apostilas, textos e das aulas ministradas:

. 1º Seminário de Museologia, na Pinacoteca do Estado de São Paulo,

. Cursos de Atualização no Centro de Artes de São Paulo,

. Cursos de Capacitação ministrados no Atelier Ana Magalhães;

. Especialização do Instituto de Museologia de São Paulo – IMSP

incluindo o resumo e o programa do curso, além do material áudio visual referente às diferentes exposições que organizamos e montamos no México, intitulado “O Processo Museológico”.

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A prática museográfica foi baseada nos estudos e estágios realizados na “Escuela Nacional de Conservación, Restauración y Museografia” ou “Centro Churubusco” com os aportes dos colegas de curso, entre outros especialistas (ref.2), dando origem ao Manual de Museografia apresentado no Seminário em São Paulo.

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. A experiência se desenvolve nas montagens executadas durante o Mestrado, no “Museu Nacional de las Intervenciones” – Mexico DF;

. “Kiosko del Ejército”(Banco Nacional del Ejercito, Fuerza Aérea y Armada S.A) Chapultepec- Mexico DF;

. “Museo Nacional de las Culturas”- Mexico DF;

. “Casa de la Cultura de Ciudad Cárdenas”- Estado de Tabasco;

. “Camara de Senadores” – Mexico DF

. “Museo Nacional del Virreinato” em Tepotzotlán.

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A experimentação teórico prática, foi aperfeiçoada na organização de exposições temporárias de arte

popular peruana e de arte indígena brasileira, sob a orientação do Prof. Luis Repetto Málaga, Diretor do

Museu de Artes Populares de Lima.

Pelo fato de expormos arte popular, entre o folclore e a etnologia, tivemos a liberdade de experimentar as diferentes formas de organização da coleção de

70 objetos da cultura popular peruana.

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Colocamos em cheque os conceitos como “importa Colocamos em cheque os conceitos como “importa relativamente a forma de expor o patrimônio relativamente a forma de expor o patrimônio etnológico”, etnológico”,

ou “os objetos não falam por si mesmos”, ou “os objetos não falam por si mesmos”, e o desenvolvimento da ciência museológica através da e o desenvolvimento da ciência museológica através da

prática museográfica”, em voga nos anos 80.prática museográfica”, em voga nos anos 80.

Delineamos e sistematizamos a experiência museográfica, Delineamos e sistematizamos a experiência museográfica, modificando a cada exposição, o enfoque explicativo dos modificando a cada exposição, o enfoque explicativo dos objetos, apresentando assim diferentes níveis de objetos, apresentando assim diferentes níveis de conteúdo ulterior, hoje em dia praticado como “estudo conteúdo ulterior, hoje em dia praticado como “estudo transversal de coleções” (research collection- Getty transversal de coleções” (research collection- Getty Institution 2010).Institution 2010).

As cédulas de objetos receberam repetidas informações As cédulas de objetos receberam repetidas informações sobre a origem, dimensões e descrição sumária, como os sobre a origem, dimensões e descrição sumária, como os dados de documentação fixos.dados de documentação fixos.

Essa forma de trabalho permitiu apresentar, nas diversas Essa forma de trabalho permitiu apresentar, nas diversas montagens diferentes conteúdos explicativos.montagens diferentes conteúdos explicativos.

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Isto é, alcançamos diferentes objetivos, adaptando os Isto é, alcançamos diferentes objetivos, adaptando os níveis de linguagem, modificando o fio condutor das níveis de linguagem, modificando o fio condutor das exposições, informação e comunicação visual em exposições, informação e comunicação visual em cada uma das novas montagens. cada uma das novas montagens.

Gradualmente apresentamos, sempre mantendo a Gradualmente apresentamos, sempre mantendo a proposta didática básica: a exploração do aspecto proposta didática básica: a exploração do aspecto geográfico; a apresentação dos aspectos históricos; geográfico; a apresentação dos aspectos históricos; a tecnologia e confecção dos objetos; a cosmogonia, a tecnologia e confecção dos objetos; a cosmogonia, mitos e magia; aspectos ritualísticos e estéticos.mitos e magia; aspectos ritualísticos e estéticos.

O patrimônio imaterial foi apresentado através dos O patrimônio imaterial foi apresentado através dos diversos grupos de música e dança folclóricas do diversos grupos de música e dança folclóricas do Peru, apresentados em algumas das exposições, Peru, apresentados em algumas das exposições, enriquecendo os eventos.enriquecendo os eventos.

Em cada montagem substituímos a informação Em cada montagem substituímos a informação constante na cédula principal e introdutória, nas constante na cédula principal e introdutória, nas cédulas intermediárias e final, enquanto ao conteúdo cédulas intermediárias e final, enquanto ao conteúdo da mensagem e forma de apresentação. da mensagem e forma de apresentação.

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Experimentamos uma aproximação estritamente Experimentamos uma aproximação estritamente didática ao público de Ciudad Cárdenas em Tabasco, didática ao público de Ciudad Cárdenas em Tabasco, através da leitura museológica dedicada ao público através da leitura museológica dedicada ao público infantil. infantil.

O curador da exposição em contato com a escola O curador da exposição em contato com a escola pública de Ciudad Cárdenas, coordenou a pública de Ciudad Cárdenas, coordenou a organização “museopedagógica” com fins didáticos, organização “museopedagógica” com fins didáticos, visitando a escola, proferindo palestra e orientando visitando a escola, proferindo palestra e orientando os professores para a atividade extra curricular os professores para a atividade extra curricular quando da visita à exposição, nas qual participaram quando da visita à exposição, nas qual participaram diversos alunos no atelier sobre a história do Perú.diversos alunos no atelier sobre a história do Perú.

Os aspectos artísticos e estéticos foram objetos da Os aspectos artísticos e estéticos foram objetos da exposição no Museu Nacional de las Intervenciones exposição no Museu Nacional de las Intervenciones em 1982 na cidade do México, com o planejamento em 1982 na cidade do México, com o planejamento do Departamento de Museografia, na qual do Departamento de Museografia, na qual participaram da montagem os alunos do Mestrado participaram da montagem os alunos do Mestrado em Museologia, sob a orientação da Profa.Maria em Museologia, sob a orientação da Profa.Maria Cantú, Chefe de Museografia de Churubusco.Cantú, Chefe de Museografia de Churubusco.

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Museo Nacional de las Intervenciones – Museo Nacional de las Intervenciones – Mexico DF (1981)*Mexico DF (1981)*

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Os aspectos integrais da geografia, história, estética, Os aspectos integrais da geografia, história, estética, mitologia e pesquisa etnológica foram explorados de mitologia e pesquisa etnológica foram explorados de

maneira completa na exposição realizada no Museu Nacional maneira completa na exposição realizada no Museu Nacional

de las Culturas, com o título “Arte Popular do Peru”.de las Culturas, com o título “Arte Popular do Peru”.

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Praticamos com a tecnologia de confecção dos artefatos Praticamos com a tecnologia de confecção dos artefatos no Museu Regional de Guadalajara em Jalisco, México.no Museu Regional de Guadalajara em Jalisco, México.

A relação direta com a geografia física e humana, as A relação direta com a geografia física e humana, as origens dos objetos, foram dados adicionados ou origens dos objetos, foram dados adicionados ou subtraídos do corpo principal da exposição, e mantidos subtraídos do corpo principal da exposição, e mantidos ou aprofundados com a utilização de material de apoio ou aprofundados com a utilização de material de apoio nas montagens sucessivas tais como: fotografias, nas montagens sucessivas tais como: fotografias, mapas, desenhos, painéis ilustrativos, além da mapas, desenhos, painéis ilustrativos, além da ambientação apoiada nos efeitos de luz. ambientação apoiada nos efeitos de luz.

Os catálogos foram refeitos em cada montagem, de Os catálogos foram refeitos em cada montagem, de acordo com a perspectiva, o objetivo e a nova narrativa acordo com a perspectiva, o objetivo e a nova narrativa desenvolvidas para cada uma das montagens.desenvolvidas para cada uma das montagens.

Apoiados na literatura museológica e museográfica nos Apoiados na literatura museológica e museográfica nos sentíamos discípulos de Georges Henri Riviere, Hughes sentíamos discípulos de Georges Henri Riviere, Hughes Varine-Bohan, Susan Vogel, Aurora Leon, Stránsky, Varine-Bohan, Susan Vogel, Aurora Leon, Stránsky, Susan Pearce...aplicando os esquemas teóricos Susan Pearce...aplicando os esquemas teóricos aprendidos no curso, e nas práticas qualificativas do aprendidos no curso, e nas práticas qualificativas do mestrado.mestrado.

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Susan Vogel começa com um forte sentido de as Susan Vogel começa com um forte sentido de as expectativas historicamente determinadas de expectativas historicamente determinadas de visitantes a museus, desejando seduzir o público, visitantes a museus, desejando seduzir o público, jogando em suas expectativas. jogando em suas expectativas.

Ela argumenta sobre a Arte Africana, “estamos Ela argumenta sobre a Arte Africana, “estamos muito longe das vozes dos proprietários e os muito longe das vozes dos proprietários e os fabricantes originais". fabricantes originais".

O que se pode fazer é tirar proveito do papel do O que se pode fazer é tirar proveito do papel do museu como um lugar para ver e intensificar o valor museu como um lugar para ver e intensificar o valor conferido ao patrimônio cultural. conferido ao patrimônio cultural.

A arte é exibida no estilo discreto e reconfortante A arte é exibida no estilo discreto e reconfortante associado aos museus de arte por excelência. associado aos museus de arte por excelência.

As exposições são terrenos que permitem As exposições são terrenos que permitem interpretações e nuances ideológicas.interpretações e nuances ideológicas.

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Metropolitan Museum – New York Metropolitan Museum – New York (1978)(1978)

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Envolvidos com a tradição mexicana do cuidado com o seu patrimônio cultural e história, antiguidade e museus, além das exposições, encontramos a condicionante cultural que nos permitiu divulgar a arte popular peruana e a arte indígena brasileira, contando com recursos, meios e apoio das instituições mexicanas, prefeituras, diretores de museus, equipes de museografia, pessoal técnico especializado dos museus e com o apoio dos respectivos Consulados e Embaixadas. (anexos)

Apareceria cada vez mais, o padrão museográfico e a ruptura exercida de forma intencional em cada remontagem; dessa forma logramos o “desvio” da “personalidade museográfica”, considerada uma falta de habilidade na formação profissional.

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A adoção das guias de trabalho científica, A adoção das guias de trabalho científica, museológica e museográfica, permite a remontagem museológica e museográfica, permite a remontagem das diferentes exposições, pois são registros fiéis e das diferentes exposições, pois são registros fiéis e detalhados do processo de trabalho, sendo possível detalhados do processo de trabalho, sendo possível reeditar as mostras em qualquer época inclusive reeditar as mostras em qualquer época inclusive como um programa virtual, organizando a memória como um programa virtual, organizando a memória expositiva dos museus. expositiva dos museus.

“ “As guias de trabalho são mais ou menos As guias de trabalho são mais ou menos sofisticadas quanto permite a cultura administrativa sofisticadas quanto permite a cultura administrativa dos museus sendo um procedimento básico de dos museus sendo um procedimento básico de consenso internacional, aplicadas na gestão de consenso internacional, aplicadas na gestão de museus” (Repetto)museus” (Repetto)

A museologia promove a intersecção e trânsito entre A museologia promove a intersecção e trânsito entre os profissionais, que colaboram na confecção, os profissionais, que colaboram na confecção, densidade em proporção aos “fondos densidade em proporção aos “fondos museográficos”, estabelecendo o tamanho, museográficos”, estabelecendo o tamanho, finalidade, público ao qual se dirige uma exposição.finalidade, público ao qual se dirige uma exposição.

A utilização das guias é um procedimento standart A utilização das guias é um procedimento standart para a organização de exposições e dos museus.para a organização de exposições e dos museus.

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Escuela Nacional ENCRyM – Mexico DF (1982)Escuela Nacional ENCRyM – Mexico DF (1982)

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Churubusco*Churubusco*

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2. PROGRAMA DO SEMINÁRIO DE MUSEOLOGIA2. PROGRAMA DO SEMINÁRIO DE MUSEOLOGIA(curso ministrado na Pinacoteca do Estado - São Paulo)(curso ministrado na Pinacoteca do Estado - São Paulo)

1ª. Aula: Expositiva1ª. Aula: Expositiva Assunto:- CONTROLE DE COLEÇÃO Assunto:- CONTROLE DE COLEÇÃO

(INVENTÁRIO)(INVENTÁRIO) O arquivo de Documentação e fichários O arquivo de Documentação e fichários

contendo as fichas de Pesquisa, contendo as fichas de Pesquisa, Restauração e Conservação, e MuseografiaRestauração e Conservação, e Museografia

2ª. Aula: Trabalho em grupo2ª. Aula: Trabalho em grupo Assunto:- O TRABALHO EM MUSEUSAssunto:- O TRABALHO EM MUSEUS Organização dos quadros de função Organização dos quadros de função

individual.individual.

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3ª. Aula: Expositiva + áudio visual3ª. Aula: Expositiva + áudio visual Assunto:- O que são as guias de trabalho? Assunto:- O que são as guias de trabalho? Quem, quando e como elaborarQuem, quando e como elaborar

A GUIA CIENTÍFICAA GUIA CIENTÍFICA A GUIA MUSEOLÓGICAA GUIA MUSEOLÓGICA A GUIA MUSEOGRÁFICAA GUIA MUSEOGRÁFICA

4ª. Aula: Áudio visual (“O processo museológico”)+ 4ª. Aula: Áudio visual (“O processo museológico”)+ exercícios – (individual)exercícios – (individual)

Assunto:- O PROCESSO MUSEOLÓGICO:Assunto:- O PROCESSO MUSEOLÓGICO: PLANEJAMENTO E ESTUDOS ANTERIORES AO PLANEJAMENTO E ESTUDOS ANTERIORES AO

PROCESSO MUSEOGRÁFICO. PROCESSO MUSEOGRÁFICO.

2ª. Parte: - Busca dos elementos museográficos e 2ª. Parte: - Busca dos elementos museográficos e relação dos elementos apresentados no áudio visual.relação dos elementos apresentados no áudio visual.

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5ª. Aula: EXERCÍCIO TEÓRICO:- comparativo aos dados 5ª. Aula: EXERCÍCIO TEÓRICO:- comparativo aos dados reais trazidos pelos participantes.reais trazidos pelos participantes.

2ª. Parte-Tentativa de definição do Processo 2ª. Parte-Tentativa de definição do Processo Museológico: dados bibliográficos e textos. Museológico: dados bibliográficos e textos.

Conclusão e apontamentos sobre as problemáticas Conclusão e apontamentos sobre as problemáticas individuais dos museus e como sanar as necessidades individuais dos museus e como sanar as necessidades atuais.atuais.

6ª. Aula: CONCLUSÃO:- EXIBIÇÃO DE VÍDEO CASSETE :6ª. Aula: CONCLUSÃO:- EXIBIÇÃO DE VÍDEO CASSETE : O Museu de Rua de Osasco (o projeto de Julio Abe O Museu de Rua de Osasco (o projeto de Julio Abe

Wakahara)Wakahara)

O Museu Memória do Bixiga (museu território) de O Museu Memória do Bixiga (museu território) de Armando Puglisi; Armando Puglisi;

Museus de São Paulo (Museu da Imigração Japonesa, Museus de São Paulo (Museu da Imigração Japonesa, Memória da Bela Vista, Museu Adoniran Barbosa)Memória da Bela Vista, Museu Adoniran Barbosa)

2ª. Parte:- levantamento de questões: debate e 2ª. Parte:- levantamento de questões: debate e

conclusões.conclusões.

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ELEMENTOS BÁSICOS DE MUSEOLOGIA

Desenvolvemos o curso explicando que o trabalho em Desenvolvemos o curso explicando que o trabalho em

museus estabelece uma organização dos quadros de museus estabelece uma organização dos quadros de função individual e particular, na qual cada profissional função individual e particular, na qual cada profissional trabalhador de museus necessita de uma formação trabalhador de museus necessita de uma formação específica para entender o âmbito preciso de sua específica para entender o âmbito preciso de sua atuação; “el qué hacer museal”(León)atuação; “el qué hacer museal”(León)

Os elementos básicos vinculados a cada área específica, Os elementos básicos vinculados a cada área específica, são em síntese, o conhecimento do desenvolvimento são em síntese, o conhecimento do desenvolvimento das etapas que cada pessoa e equipes devem cumprir: das etapas que cada pessoa e equipes devem cumprir: o trabalho de pesquisa, conservação, restauração, o trabalho de pesquisa, conservação, restauração, exibição, educação, administração.exibição, educação, administração.

Este é o processo museológico e a museologia, que Este é o processo museológico e a museologia, que significa a gestão e organização de museus.significa a gestão e organização de museus.

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O planejamento de exposições, como o aspecto O planejamento de exposições, como o aspecto visível dos museus, tem sua funcionalidade “prática” visível dos museus, tem sua funcionalidade “prática” no contexto museográfico, cumprindo a função de no contexto museográfico, cumprindo a função de expor para educar.expor para educar.

Este é o processo museográfico, apresentado a Este é o processo museográfico, apresentado a seguir de forma resumida:seguir de forma resumida:

Dentro do item pesquisa, visamos especificar os Dentro do item pesquisa, visamos especificar os elementos que compõem o guia científico. elementos que compõem o guia científico.

Elaborado pelos pesquisadores, é a síntese de todo o Elaborado pelos pesquisadores, é a síntese de todo o trabalho de pesquisa científica ou técnica voltada trabalho de pesquisa científica ou técnica voltada para uma exposição, permanente ou não. para uma exposição, permanente ou não.

Estabelecido o tema da exposição e nome, o primeiro Estabelecido o tema da exposição e nome, o primeiro item será esse, nome e introdução, caracterizando-item será esse, nome e introdução, caracterizando-se por uma cédula introdutória, contendo breve se por uma cédula introdutória, contendo breve explicação e justificando a exposição.explicação e justificando a exposição.

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O guia é composto basicamente dos itens – tema, O guia é composto basicamente dos itens – tema, conteúdo, material e sistema de apresentação, conteúdo, material e sistema de apresentação, sempre como sugestão para a montagem sempre como sugestão para a montagem museográfica. museográfica.

As cédulas devem ser apresentadas individualmente As cédulas devem ser apresentadas individualmente e acompanhar o guia.e acompanhar o guia.

Todo este material é passado para o museólogo, Todo este material é passado para o museólogo, para que seja desenvolvida a ponte entre pesquisa e para que seja desenvolvida a ponte entre pesquisa e público. público.

É agregado um estudo de orçamento e feito um É agregado um estudo de orçamento e feito um cronograma de trabalho. cronograma de trabalho.

O museólogo e a equipe de montagem projetam a O museólogo e a equipe de montagem projetam a exposição e neste momento adapta-se o conteúdo exposição e neste momento adapta-se o conteúdo das cédulas para o público a quem está dirigida a das cédulas para o público a quem está dirigida a mostra e realiza-se uma leitura museopedagógica mostra e realiza-se uma leitura museopedagógica (esquema Lehne), identificando seus métodos ou (esquema Lehne), identificando seus métodos ou elementos didáticos como agentes no processo:elementos didáticos como agentes no processo:

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pessoal - objetos - público

permite a comunicação entre

pesquisa científica e apresentação e e exposição museografia

(esquema Profa. Lehne – ENCRyM – 1982)

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esquemas do Prof. Roberto Alarcón Cedilloesquemas do Prof. Roberto Alarcón Cedillo

A museografia como meio de realização ou ciência da prática implica na codificação e apresentação da:

pesquisa interpretação e + e

desenho comunicação

O trabalho museográfico está baseado em princípios museológicos de organização e gestão da pesquisa científica.

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Ele determinará como as peças serão exibidas, utilizando como material de apoio: o “cedulário” de peça, fotos, litografia, maquetes, muros falsos, isto é, todo o material ou mobiliário museográfico.

Compreende dois momentos: o da montagem massiva, que implica em vitrinas e muros (suporte) e o da montagem museográfica, os objetos em si.

Para uma apresentação é fundamental o desenho gráfico, neste caso, mapas para a localização geográfica.

Assim determina-se o espaço disponível, no qual se contemplará a disposição de elementos e a circulação.

Como tantos outros, este trabalho, em particular, necessita de uma equipe de produção.

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A explicação de uma exposição pode estar marcada A explicação de uma exposição pode estar marcada pelos objetivos, que podem ser científicos, pelos objetivos, que podem ser científicos, tecnológicos e de desenvolvimento cultural.tecnológicos e de desenvolvimento cultural.

Este guia tem a ver diretamente com o tema Este guia tem a ver diretamente com o tema desenvolvido pelo pesquisador(es).desenvolvido pelo pesquisador(es).

Dessa maneira, temos o contexto sócio cultural Dessa maneira, temos o contexto sócio cultural analisado anteriormente, o tema investigado a nível analisado anteriormente, o tema investigado a nível museológico, agora analisado a nível museográfico.museológico, agora analisado a nível museográfico.

A coleção é pré-selecionada pelo Conservador ou A coleção é pré-selecionada pelo Conservador ou Restaurador, Museólogo ou Curador e o Museógrafo; Restaurador, Museólogo ou Curador e o Museógrafo; forma-se uma equipe multidisciplinar.forma-se uma equipe multidisciplinar.

O conteúdo das cédulas é discutido, desde o aspecto O conteúdo das cédulas é discutido, desde o aspecto técnico, mais o caráter e o interesse da exposição, técnico, mais o caráter e o interesse da exposição, variando de acordo com o discurso que se pretende variando de acordo com o discurso que se pretende apresentar.apresentar.

O museógrafo determina o tratamento adequado O museógrafo determina o tratamento adequado quanto ao volume, cores, texturas, iluminação, bases quanto ao volume, cores, texturas, iluminação, bases de objetos, etc., tudo isso pode definir o mobiliário de objetos, etc., tudo isso pode definir o mobiliário (museográfico) e o acabamento.(museográfico) e o acabamento.

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Apenas assim, o tema central ficará claro para o Apenas assim, o tema central ficará claro para o visitante; definindo a linha dorsal da exposição e sua visitante; definindo a linha dorsal da exposição e sua efetividade.efetividade.

A elaboração A elaboração por escritopor escrito da guia museográfica da guia museográfica identificará as necessidades dos temas, quais são os identificará as necessidades dos temas, quais são os objetos a serem destacados e, portanto a objetos a serem destacados e, portanto a determinação de matérias complementares: os determinação de matérias complementares: os recursos gráficos e o mobiliário. recursos gráficos e o mobiliário.

Fica estabelecida a criação do ambiente no espaço Fica estabelecida a criação do ambiente no espaço (instalação museográfica) com a utilização de muros, (instalação museográfica) com a utilização de muros, vitrinas, (suportes com medidas) painéis, estruturas vitrinas, (suportes com medidas) painéis, estruturas metálicas e patamares de nível.metálicas e patamares de nível.

O croqui (rascunho) transformado em projeto O croqui (rascunho) transformado em projeto museográfico, deve conter o levantamento geral e as museográfico, deve conter o levantamento geral e as posições das luzes, entradas e saídas, janelas, canos, posições das luzes, entradas e saídas, janelas, canos, colunas, extintores, “canaletas”, presença de colunas, extintores, “canaletas”, presença de elementos como umidade ou pó determinadas, elementos como umidade ou pó determinadas, elementos de aquecimento do ambiente ou ar elementos de aquecimento do ambiente ou ar condicionado, colunas, escadas de acesso, etc. além condicionado, colunas, escadas de acesso, etc. além das medidas de área total.das medidas de área total.

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Estando o “valor” das peças determinado no guia Estando o “valor” das peças determinado no guia museológico, o museógrafo não terá problemas para museológico, o museógrafo não terá problemas para pensar o mobiliário (adaptado ou de novo desenho).pensar o mobiliário (adaptado ou de novo desenho).

Poderá então esboçar a disposição do móvel Poderá então esboçar a disposição do móvel museográfico (suportes) e a disposição dos objetos, museográfico (suportes) e a disposição dos objetos, inclusive dentro das vitrinas. inclusive dentro das vitrinas.

Cabe aqui ressaltar que em qualquer tipo de exposição, Cabe aqui ressaltar que em qualquer tipo de exposição, a última coisa que chega à sala são os objetos (Cantú); a

pinturapinturae renovação da instalação elétrica das vitrinas, suportes e renovação da instalação elétrica das vitrinas, suportes

e bases de objetos, mapas, cédulas, foram elaboradas e bases de objetos, mapas, cédulas, foram elaboradas nas oficinas do INAH. (transportados para o Senado e nas oficinas do INAH. (transportados para o Senado e finalizada a montagem massiva) correspondente à finalizada a montagem massiva) correspondente à primeira fase do guia e seguindo o cronograma: as primeira fase do guia e seguindo o cronograma: as coleções foram recebidas e organizadas depois de 72 coleções foram recebidas e organizadas depois de 72 horas. horas.

No processo museográfico intervém os administradores, restauradores, inventariantes...

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O processo museológico tange o espírito da coleção; da O processo museológico tange o espírito da coleção; da coleção ao museu; a arquitetura de museus; a coleção ao museu; a arquitetura de museus; a

apresentação dos objetos; o estudo do objeto, a apresentação dos objetos; o estudo do objeto, a conservação do objeto; o público perante o mesmo e a conservação do objeto; o público perante o mesmo e a

tipologia dos museus.tipologia dos museus.

4. CONTROLE DE COLEÇÃO:4. CONTROLE DE COLEÇÃO:

Documentação, Inventário e Catalogação A função do Documentalista é a proteção e a

atividade documental nos museus.

O Documentalista é o profissional que se dedica ao estudo e elaboração de dados bibliográficos, notícias, guias, sobre um determinado assunto ou fundo ou coleção com vista à divulgação e gestão da informação.

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O DOCUMENTALISTA MUSEOLÓGICOO DOCUMENTALISTA MUSEOLÓGICO

Nos museus, é a pessoa encarregada de estabelecer, pesquisar, selecionar, classificar, difundir e conservar todos os documentos; a documentação geral.

A função do Documentalista - Inventarista” é a catalogação e registro das coleções que integram o acervo, cumprindo com a elaboração de:

a) Registro de Entrada b) Livro de Tombo c) Inventário

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Procedimentos básicos:Procedimentos básicos:

1. Anotação de entrada por ordem cronológica e numeração, data de entrada, informações sobre o objeto, categoria a que pertence, forma de aquisição e observações.

2. Classificação por categorias, segundo conteúdo, material, tipos, técnicas, cronologia, morfologia.

3. Catalogação: descrição pormenorizada, época, origem, procedência, de acordo com a ficha de catalogação (ou utilização do sistema existente no museu)

Page 34: Manual de Museografia - Parte 1

Nessa aula explicamos a importância dos sistemas de Nessa aula explicamos a importância dos sistemas de Documentação Geral para a organização dos museus; Documentação Geral para a organização dos museus; diferente é a documentação administrativa de museus diferente é a documentação administrativa de museus e da organização de Bibliotecas e Arquivos. e da organização de Bibliotecas e Arquivos.

Distribuímos para os participantes, diversas fichas de Distribuímos para os participantes, diversas fichas de catalogação obtidas nas visitas técnicas aos museus catalogação obtidas nas visitas técnicas aos museus de Portugal, Estados Unidos, México e outras cedidas de Portugal, Estados Unidos, México e outras cedidas pelo serviço técnico de difusão da Unesco em Paris.pelo serviço técnico de difusão da Unesco em Paris.

Por outro lado, explicamos como cada setor de Por outro lado, explicamos como cada setor de trabalho em museus produz sua própria trabalho em museus produz sua própria documentação: Documentação em Pesquisa, em documentação: Documentação em Pesquisa, em Museografia e em Conservação e assim por diante, de Museografia e em Conservação e assim por diante, de responsabilidade departamental.responsabilidade departamental.

A partir das fichas “catalográficas” (que não devem A partir das fichas “catalográficas” (que não devem ser inutilizadas) aplicamos o sistema mais atualizado, ser inutilizadas) aplicamos o sistema mais atualizado, incluindo a informatização e promovendo a inclusão de incluindo a informatização e promovendo a inclusão de dados sob a supervisão do Conservador.dados sob a supervisão do Conservador.

Page 35: Manual de Museografia - Parte 1

A catalogação de acervos organiza a informação sobre A catalogação de acervos organiza a informação sobre as coleções em exposição ou em reserva técnica as coleções em exposição ou em reserva técnica (bodega), permite o acesso á informação e atua como (bodega), permite o acesso á informação e atua como medida de prevenção ao tráfico ilícito de bens culturais.medida de prevenção ao tráfico ilícito de bens culturais.

As documentações textuais: museológica, museográfica As documentações textuais: museológica, museográfica e de pesquisa científica, são entendidas como “arquivo e de pesquisa científica, são entendidas como “arquivo de função” porque é o conjunto da documentação de função” porque é o conjunto da documentação produzida durante o exercício - sob forma de produzida durante o exercício - sob forma de conhecimento organizado.conhecimento organizado.

A orientação geral sobre a Documentação em museus A orientação geral sobre a Documentação em museus segue os critérios da compilação contínua e sistemática segue os critérios da compilação contínua e sistemática de informação registrada de modo a permitir a sua de informação registrada de modo a permitir a sua armazenagem, recolha, utilização ou transmissão.armazenagem, recolha, utilização ou transmissão.

Em sentido genérico registra a forma de aquisição, Em sentido genérico registra a forma de aquisição, organização, armazenamento, recuperação e difusão de organização, armazenamento, recuperação e difusão de documentos, produzindo por si mesma, uma coleção de documentos, produzindo por si mesma, uma coleção de documentos, organizando o histórico da documentação.documentos, organizando o histórico da documentação.

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A aplicação da informática depende da organização da informação descritiva necessária para habilitar o utilizador a executar tarefas

como iniciar, desenvolver, operar e manter sistemas, aplicações e fichários legíveis por computador e a documentação acerca dos fichários de dados.

Descreve as condições dos dados, a criação dos fichários e a posição e dimensão dos elementos informativos contidos nos registros,

a exemplo do sistema de documentação adaptado do Skokloster Castle na Suécia, resumo a seguir:

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Objeto número (389) Subj. Index (356) Material (seda) Técnicas (tecelagem vertical) Função – Objeto- (tapeçaria) Estilo Motivo Padrão Medidas

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Assinatura (Shaep, T.) Fotografia (X) País (Holanda) Localidade (Gouda) Código(11) Origem : Ahrenfeldt, Axel (doador) País Dinamarca Localidade (Stockholm) Código (31)

Page 39: Manual de Museografia - Parte 1

1716 assinada por Ulfeldt, Marie1716 assinada por Ulfeldt, Marie 1830 assinada por Wrangel, K. Gustav1830 assinada por Wrangel, K. Gustav 1967(doado ao museu por.....1967(doado ao museu por..... Nome / doadorNome / doador País / Data / Documentos*País / Data / Documentos* Descrição do objeto: cenas da Descrição do objeto: cenas da

Bíblia....Bíblia.... Quatro (04) tapeçarias assinadas......Quatro (04) tapeçarias assinadas......

Referencias: Figuras dos séculos XVI e XVII

Assinatura:Assinatura: Stockholm, 1928Stockholm, 1928

Page 40: Manual de Museografia - Parte 1

O TRABALHO EM MUSEUS: O TRABALHO EM MUSEUS: A Organização dos quadros de função individualA Organização dos quadros de função individual

Solicitamos aos participantes que formassem grupos Solicitamos aos participantes que formassem grupos de trabalho, para o estudo dirigido: de trabalho, para o estudo dirigido:

A partir dos cinco tópicos seguintes, A partir dos cinco tópicos seguintes, definimos os elementos de cada área.definimos os elementos de cada área.

Quais os elementos básicos, vinculados aos setores:

pesquisapesquisa conservaçãoconservação museografiamuseografia museopedagogiamuseopedagogia administraçãoadministração

Page 41: Manual de Museografia - Parte 1

PESQUISA CIENTÍFICAPESQUISA CIENTÍFICA

trabalho de campo, aquisição de material, trabalho de campo, aquisição de material, catalogação, fichas temáticas, catalogação, fichas temáticas,

redação da guia científica, redação da guia científica, difusão em diversos níveis, supervisão de difusão em diversos níveis, supervisão de

montagemmontagem

1.1. Excavaciones en Zamora, 2010, España Excavaciones en Zamora, 2010, España 2.2. Massada, 1996, Israel Massada, 1996, Israel

Page 42: Manual de Museografia - Parte 1

b) documentação, manutenção, vigilância, supervisão, b) documentação, manutenção, vigilância, supervisão, acondicionamento, restauraçãoacondicionamento, restauração

1. restauração (Oxford Ashmolean) 1. restauração (Oxford Ashmolean) 2. Metropolitan Museum (conservação)2. Metropolitan Museum (conservação)

Page 43: Manual de Museografia - Parte 1

c)exibição, guia museográfica, desenho da exposição, c)exibição, guia museográfica, desenho da exposição, desenho museográfico (espaço), produção, montagemdesenho museográfico (espaço), produção, montagem

1. organização espacial* (Guadalajara)1. organização espacial* (Guadalajara)

Page 44: Manual de Museografia - Parte 1

desenho por unidades expositivas*(Guadalajara)

Page 45: Manual de Museografia - Parte 1

d)visita guiada em diversos níveis, para visitantes d)visita guiada em diversos níveis, para visitantes locais e estrangeiros, assessoria do museopedagogo, locais e estrangeiros, assessoria do museopedagogo,

atelier áudio visual...redação da guia museopedagógicaatelier áudio visual...redação da guia museopedagógica

Bernisches Historisches Museum (fundado em 1894)Bernisches Historisches Museum (fundado em 1894)

Page 46: Manual de Museografia - Parte 1

Einstein Museum – BernEinstein Museum – Bern

Page 47: Manual de Museografia - Parte 1

Museo de Ciencias Naturales de Madrid Museo de Ciencias Naturales de Madrid (aberto em 1772)(aberto em 1772)

Page 48: Manual de Museografia - Parte 1

The J. Paul Getty Museum – Los AngelesThe J. Paul Getty Museum – Los Angeles inaugurado em 1982 inaugurado em 1982

visita guiadavisita guiada

Page 49: Manual de Museografia - Parte 1

e) Recursos humanos, materiais e relações e) Recursos humanos, materiais e relações públicas; e atividade documental públicas; e atividade documental

centralizada, baseada no princípio da centralizada, baseada no princípio da centralização da recolha, tratamento, centralização da recolha, tratamento,

conservação e difusão das informações conservação e difusão das informações (gestão); documentação geral em museus (gestão); documentação geral em museus

(conjunto de documentos contendo (conjunto de documentos contendo informações não restritas a um domínio informações não restritas a um domínio

particular) ver o esquema a seguir:particular) ver o esquema a seguir: Ashmolean Museum: guia da nova galeria egípciaAshmolean Museum: guia da nova galeria egípcia

Page 50: Manual de Museografia - Parte 1

“MUSEU IDEAL”DIREÇÃO

PESQUISA DOCUMENTAÇÃO

CONSERVAÇÃO PRESERVAÇÃO

controle de coleções e administração

local adequado para conservação depósitos arquivos

acervo de coleções

Laboratório química, física, biologia, fotografia

pesquisa aplicada

atelier orgânico, inorgânico mistos

Page 51: Manual de Museografia - Parte 1

MUSEOGRAFIA

desenho Exposição

Atelier de produção

maquetes

gráficos

Tipografia Foto montagem Fotografia Desenhos explicativos Montagem especializada

Page 52: Manual de Museografia - Parte 1

ADMINISTRAÇÃO

Recursos humanos Recursos financeiros SUPERVISÃO

CONTROLE MANUTENÇÃO VIGILÂNCIA – SEGURANÇA PAGAMENTOS

Page 53: Manual de Museografia - Parte 1

DIFUSÃO PROMOÇÃOPROMOÇÃO Relações públicasRelações públicas Estudo de públicoEstudo de público serviçospúblicosserviçospúblicos

DIVULGAÇÃODIVULGAÇÃO serviços educativosserviços educativos relações públicasrelações públicas visitas guiadasvisitas guiadas serviços públicosserviços públicos folhetos de publicidadefolhetos de publicidade TV, radio, imprensaTV, radio, imprensa

Organização do museu “ideal” Organização do museu “ideal” (esquema Prof. Roberto Alarcón Cedillo – 1982)(esquema Prof. Roberto Alarcón Cedillo – 1982)

Page 54: Manual de Museografia - Parte 1

6. AS GUIAS DE TRABALHO NOS MUSEUS: o que são as guias

de trabalho e como elaborar 6.1 A GUIA CIENTÍFICA:-

É elaborada pelos pesquisadores de uma instituição.É o momento de síntese de todo o trabalho de pesquisa.

Estabelecido o tema da exposição, os procedimentos são:

1. definição do título (nome) e (tema) 2. anotações para elaborar o texto para a INTRODUÇÃO.

exemplo> INTRODUÇÃO

(cédula principal)

Page 55: Manual de Museografia - Parte 1

(rascunho do texto produzido pelo Consulado do Brasil na Cidade do México para a exposição de Arte Indígena Brasileira, como integrante da mostra em homenagem ao bicentenário de nascimento de Simon Bolívar, organizada no

Senado da República Mexicana)*

Page 56: Manual de Museografia - Parte 1

Cédula introdutória (rascunho corrigido) inserida a informação da vitrina 22.-

sub tema ADORNO, para compor a narrativa da exposição.

Page 57: Manual de Museografia - Parte 1

Arte Popular Peruana, sala de exposições temporárias – Museu Nacional de las Intervenciones – material museográfico de apoio desenhado pelo Arquiteto Daniel Monsivais, Departamento de Museografia do Instituto Nacional de Antropologia e História do Mexico – INAH/SEP*

Page 58: Manual de Museografia - Parte 1

cédula introdutória ou principal da exposição montada no Museu Histórico de Guadalajara, com a orientação do Diretor do Museu de Artes Populares de Lima e o apoio da equipe de

museografia do museu – 1982) texto impresso sobre metacrilato.*

Page 59: Manual de Museografia - Parte 1

CÉDULAS INTERMEDIÁRIAS (de desenvolvimento temático e de apoio)

Neste caso, utilizamos as cédulas de objetos (texto original-rascunho) referente à participação do Brasil, Senado da República e mantidas nas outras

mostras realizadas no México – ver anexos*, modificando a narrativa e os

objetivos.

Page 60: Manual de Museografia - Parte 1

ADORNO

Page 61: Manual de Museografia - Parte 1

3. CÉDULA FINAL (conclusões)*

Page 62: Manual de Museografia - Parte 1

A GUIA CIENTÍFICA é composta A GUIA CIENTÍFICA é composta basicamente de quatro itens:basicamente de quatro itens:

TEMATEMA CONTEÚDOCONTEÚDO MATERIALMATERIAL SISTEMA DE APRESENTAÇÃOSISTEMA DE APRESENTAÇÃO

(rascunhos das etiquetas)>>(rascunhos das etiquetas)>>

Page 63: Manual de Museografia - Parte 1
Page 64: Manual de Museografia - Parte 1

vitrine 3. idiomas, correções, tipografia, cores...

Page 65: Manual de Museografia - Parte 1

A explicação dos itens por:A explicação dos itens por: títulos ou épocastítulos ou épocas

o que constará nas cédulaso que constará nas cédulas

cédulas e objetoscédulas e objetos

SUGESTÃO para apresentação – possíveis indicações SUGESTÃO para apresentação – possíveis indicações para o “MUSEÓGRAFO”.para o “MUSEÓGRAFO”.

As cédulas devem ser apresentadas individualmente, As cédulas devem ser apresentadas individualmente, uma a uma, com o conteúdo que o pesquisador uma a uma, com o conteúdo que o pesquisador deseja. deseja.

Todo esse material é passado para o “Todo esse material é passado para o “MUSEÓLOGO”. MUSEÓLOGO”. (ref.4)*(ref.4)*

Page 66: Manual de Museografia - Parte 1

GUIA MUSEOLÓGICA – EXPOSIÇÃO TEMPORÁRIA BRASIL: ARTE INDÍGENA (Senado GUIA MUSEOLÓGICA – EXPOSIÇÃO TEMPORÁRIA BRASIL: ARTE INDÍGENA (Senado Mexicano)Mexicano)

TEMATEMACONTEÚDOCONTEÚDOMATERIALMATERIALIDIOMASIDIOMASAPRESENTAÇÃOAPRESENTAÇÃOINTRODUÇÃO: PRESENÇA DO BRASLINTRODUÇÃO: PRESENÇA DO BRASLCÉDULA INTRODUTÓRIA GERAL (espanhol) PEQUENO CARTÃOCÉDULA INTRODUTÓRIA GERAL (espanhol) PEQUENO CARTÃO  

APRESENTAÇÃO DOS TEMASAPRESENTAÇÃO DOS TEMASI.I. O ÍNDIOO ÍNDIOII.II. II. SIGNIFICADO ATUAL DA ARTE INDÍGENAII. SIGNIFICADO ATUAL DA ARTE INDÍGENAIII.III. CÉDULA INTRODUTÓRIA ESPECÍFICA - espanhol - PEQUENO CARTÃOCÉDULA INTRODUTÓRIA ESPECÍFICA - espanhol - PEQUENO CARTÃO  IV.IV. PLUMÁRIA . EXPLICAÇÃO SINTÉTICACÉDULA de VITRINA espanhol - PEQUENO CARTÃOPLUMÁRIA . EXPLICAÇÃO SINTÉTICACÉDULA de VITRINA espanhol - PEQUENO CARTÃO ADORNOSADORNOSI.I. 1.FUNÇÃO ESTÉTICA1.FUNÇÃO ESTÉTICAII.II. 2. FUNÇÃO RELIGIOSACÉDULA de VITRINA – espanhol - PEQUENO CARTÃO2. FUNÇÃO RELIGIOSACÉDULA de VITRINA – espanhol - PEQUENO CARTÃO   

III.III. SUB TEMASUB TEMAIV.IV. CESTARIA 1.FUNÇÃO UTILITÁRIACESTARIA 1.FUNÇÃO UTILITÁRIAV.V. 2. CULTURA BRASILEIRA2. CULTURA BRASILEIRAVI.VI. CÉDULA de VITRINA – espanhol - PEQUENOS CARTÕESCÉDULA de VITRINA – espanhol - PEQUENOS CARTÕESVII.VII. (2)(2)  LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICALOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICAVIII.VIII. MAPA COM AS TRIBOS REPRESENTADAS ATRAVÉS DOS BENS CULTURAISMAPA COM AS TRIBOS REPRESENTADAS ATRAVÉS DOS BENS CULTURAISIX.IX. MAPA COM PONTUAÇÕES – espanholMAPA COM PONTUAÇÕES – espanholX.X. MAPA COMUM COMPOSTO EM RELÊVO SOBRE COMPENSADOMAPA COMUM COMPOSTO EM RELÊVO SOBRE COMPENSADO  XI.XI. CÉDULA FINALCÉDULA FINALXII.XII. O LEGADO DO ÍNDIO - CÉDULAS INTERIOR DE VITRINA – português - CARTÃO MÉDIOO LEGADO DO ÍNDIO - CÉDULAS INTERIOR DE VITRINA – português - CARTÃO MÉDIO

XIII.XIII.   15/07/1983 Teresa Bock (folha 0)15/07/1983 Teresa Bock (folha 0)  

Page 67: Manual de Museografia - Parte 1

(exemplo de guia científica)*: relação de objetos sugeridos pelo pesquisador

TEMA: ARTE INDÍGENA (Brasil)TEMA: ARTE INDÍGENA (Brasil) COLECCIÓN PARTICULAR COLECCIÓN PARTICULAR Johan y Rose Van LengenJohan y Rose Van Lengen SUB TEMASUB TEMA PLUMÁRIAPLUMÁRIA NUMERONUMERO TRIBOTRIBO LOCALIZAÇÃOLOCALIZAÇÃO ÁREA ÁREA N.N.PEÇASN.N.PEÇAS

Descrição do objetoDescrição do objeto 01 KAMAYURÁ . MT.ALTO XINGU 12 CATALOGO01 KAMAYURÁ . MT.ALTO XINGU 12 CATALOGO 01 01 Tocado de plumas de papagayo y tucánTocado de plumas de papagayo y tucán 02 TXICÃOMT. CUENCA RIO S. LORENZO. CUIABA02 TXICÃOMT. CUENCA RIO S. LORENZO. CUIABA 03 CATALOGO03 CATALOGO 01 PENACHO DE PLUMAS DE PAPAGAYO01 PENACHO DE PLUMAS DE PAPAGAYO 03 KAYAPOTM. XINGU RIO XINGU03 KAYAPOTM. XINGU RIO XINGU 01 RESPLANDOR DE PLUMAS PAPAGAYO01 RESPLANDOR DE PLUMAS PAPAGAYO

Total de Objetos>>Plumária (03) Total de Objetos>>Plumária (03) Folha 1 Folha 1

Page 68: Manual de Museografia - Parte 1

SUB TEMA: ADORNO (total de objetos ADORNO – 14) Folhas 2/3 No. TRIBONo. TRIBO LOCALIZAÇÃOLOCALIZAÇÃO AREA No AREA No No. DE PEÇASNo. DE PEÇAS DESCRIÇÃO DO OBJETODESCRIÇÃO DO OBJETO

01 TUKANO. RIO PUTUMAYO AM.23 CATAL. PENTES DE OSSO . 01 TUKANO. RIO PUTUMAYO AM.23 CATAL. PENTES DE OSSO . 02 GRUPO GUAPORÉ. MT (03 LIVRO) 02 GRUPO GUAPORÉ. MT (03 LIVRO) 01 ENFEITE DE NARIZ 03JURUNA (FALA TUPI) MT. (16 Catálogo) 01 ENFEITE DE NARIZ 03JURUNA (FALA TUPI) MT. (16 Catálogo) 02 BRINCOS. KARAJÁS. GO. (38 Catálogo) 02 BRINCOS. KARAJÁS. GO. (38 Catálogo) 02 BRACELETES (05. CINTA LARGA. RIO VILHENA E PIMENTA BUENO02 BRACELETES (05. CINTA LARGA. RIO VILHENA E PIMENTA BUENO01 COLAR NEGRO . CINTA LARGA RIO VILHENA E PIMENTA BUENO - 01 COLAR NEGRO . CINTA LARGA RIO VILHENA E PIMENTA BUENO -

01 CINTURÃO (07. KAMAYURÁ. MT. XINGU - 01 CINTURÃO (07. KAMAYURÁ. MT. XINGU - 01 COLAR (08. KAMAYURÁMT. XINGU - 01 COLAR (08. KAMAYURÁMT. XINGU - 01 COLAR( 09. TXUCARAMAI . MT. ( NO.17 Catalogo) 01 COLAR( 09. TXUCARAMAI . MT. ( NO.17 Catalogo) 01 COLAR MADRE PÉROLA, .TIRIYÓRIO PARU DE OESTEEDO. PARÁ (26 01 COLAR MADRE PÉROLA, .TIRIYÓRIO PARU DE OESTEEDO. PARÁ (26

Catalogo) Catalogo) 01 ARO EMPLUMADO (KÜ RÖWENPO)01 ARO EMPLUMADO (KÜ RÖWENPO)

Page 69: Manual de Museografia - Parte 1

SUB TEMA : CESTERIASUB TEMA : CESTERIA Folhas 4/5N. TRIBOTRIBO LOCALIZAÇÃOLOCALIZAÇÃO AREA N. PEÇAS AREA N. PEÇAS N. DESCRIÇÃO DO OBJETON. DESCRIÇÃO DO OBJETO

01 KARIB (CARIB) NORTE AM.(sin referencia)01 livro 01 KARIB (CARIB) NORTE AM.(sin referencia)01 livro 01 Cajá com tapa de 01 Cajá com tapa de

encajarencajar 01 KARIB NORTE AM. 01 livro 01 Cargador de ninõs01 KARIB NORTE AM. 01 livro 01 Cargador de ninõs MAKU NORTE AM. 04 catalogoMAKU NORTE AM. 04 catalogo 01 Cesto para cargas 04 XAVANTE .RIO DAS MORTES MT.01 Cesto para cargas 04 XAVANTE .RIO DAS MORTES MT. 04 04

catalogocatalogo 01 Bolso 05 .YANOAMA .VALLE RIO CATRIMANI . RORAIMA 01 Bolso 05 .YANOAMA .VALLE RIO CATRIMANI . RORAIMA (24 (24

catalogo)catalogo)

01 Cesto con diseños simbolicos01 Cesto con diseños simbolicos

Total (05)Total (05)

Page 70: Manual de Museografia - Parte 1

A pesquisa científica conforma o subsídio teórico para organizar uma exposição de qualquer tipologia, porque deve

incluir o conteúdo informativo das cédulas.

pesquisa arqueológica em Cesárea

Page 71: Manual de Museografia - Parte 1

papiros do Museo delle Antichità Egizie aberto em 1678, Turin

Page 72: Manual de Museografia - Parte 1

Geralmente o pesquisador se remete ao catálogo Geralmente o pesquisador se remete ao catálogo sistemático segundo a ordem adequada da natureza do sistemático segundo a ordem adequada da natureza do acervo em reserva técnica ou em exposição permanente. acervo em reserva técnica ou em exposição permanente.

Também pode especificar os dados dos objetos através do Também pode especificar os dados dos objetos através do catálogo monográfico que agrupa todos os estudos de catálogo monográfico que agrupa todos os estudos de pesquisa anteriores; utilizam-se citações de todos os tipos pesquisa anteriores; utilizam-se citações de todos os tipos e origens e informações da documentação geral: idade, e origens e informações da documentação geral: idade, data, cultura, seção e série.data, cultura, seção e série.

Através da informação científica são operacionalizadas as Através da informação científica são operacionalizadas as outras atividades; localização dos objetos em reserva outras atividades; localização dos objetos em reserva técnica (dados correspondentes ao inventário, números técnica (dados correspondentes ao inventário, números que devem constar na guia científica. que devem constar na guia científica.

A guia científica fundamenta a temática e o A guia científica fundamenta a temática e o desenvolvimento de uma exposição: assim como as guias desenvolvimento de uma exposição: assim como as guias museológica e museográfica, deve ser elaborada com museológica e museográfica, deve ser elaborada com antecipação e por escrito. antecipação e por escrito.

Os pesquisadores podem e devem sugerir o tema, o título Os pesquisadores podem e devem sugerir o tema, o título e os objetivos, seguido da justificativa e finalidade da e os objetivos, seguido da justificativa e finalidade da montagem.montagem.

Page 73: Manual de Museografia - Parte 1

A guia científica da exposição “Arte Indígena” foi elaborada sob a orientação dos colecionadores que emprestaram alguns objetos

significativos e informações sobre a origem da coleção, e do setor cultural da Embaixada do Brasil no México, assim como a cédula introdutória e intermediárias e de conclusão.(anexo) cumprindo o

quesito “pesquisa científica”.

Page 74: Manual de Museografia - Parte 1