Manual de Tiro Defensivo Pmesp

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    M-19-PM

    POLCIA MILITAR DO ESTADO DE SO PAULOMANUAL POLICIAL MILITAR

    MANUAL DE TIRO DEFENSIVO

    Setor Grfico do CSM/M IntImpresso em 1999

    1 EdioTiragem: 2.000 exemplaresPublicado Bol G PM 034/99

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    POLCIA MILITAR DO ESTADO DE SO PAULOCOMANDO GERALSo Paulo, 21 de janeiro de 1999.DESPACHO N DSist-2/322/99

    1. O Comandante Geral da Polcia Militar do Estado de So Paulo, usando dasatribuies que lhe conferem os artigos 16 e 43 das I-1-PM, aprova, manda pr emexecuo e autoriza a impresso do MANUAL DE TIRO DEFENSIVO DA POLCIA

    MILITAR (M-19-PM), 1 edio.2. Autorizo que o presente MANUAL seja publicado em apndice ao Boletim Geral.

    CARLOS ALBERTO DE CAMARGOCel PM Comandante Geral

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    DISTRIBUIO

    1. rgos de Direoa. GeralCmt G ....................................................................................................... 03SCmt PM .................................................................................................. 03Sch do EM/PM ......................................................................................... 03Sees do EM/PM (cada) ........................................................................ 03Gab Cmt G ............................................................................................... 03Corregedoria da PM ................................................................................. 03

    b. SetorialDiretorias (cada) ........................................................................................ 05DEI ............................................................................................................. 10

    2. rgos de Apoioa. OPM de Apoio ao Ensino e Instruo (cada) ........................................ 10b. Demais OPM (cada) .............................................................................. 05

    3. rgos Especiais de Apoioa. AG .......................................................................................................... 03b. C Com Soc. ........................................................................................... 03c. C Mus .................................................................................................... 03

    4. rgos de Execuoa. Grandes Comandos (CPM, CPI e CCB) (cada) .................................... 05b. CPA/M e CPA/I (cada) .......................................................................... 05c. CPTran, CPFem, CPRv e CPFM ........................................................... 05d. UOp (cada) ............................................................................................ 03

    5. rgos Especiais de Execuoa. OPM (cada) ........................................................................................... 05

    6. Casa Militar ............................................................................................ 037. Consultoria Jurdica ................................................................................ 02Reserva:a. no EM/PM1 Seo ................................................................................................... 05na DSist .................................................................................................... 05

    Para venda no CSM/M Int .................................................................... 1.000

    (*) Obs.: os exemplares sero distribudos s Unidades pelo CSM/M Int., econtrolados por meio de recibo conforme o prescrito no artigo 57 das I-1-PM (Instruespara as Publicaes da Polcia Militar).

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    PREMBULO

    A experincia mostra que, quase na totalidade das vezes, procedimentos e notiros, que preservam vidas e solucionam problemas.

    Na instruo de tiro da nossa Corporao, o importante no a quantidade de tiros,mas, a sua qualidade; que, uma instruo de tiro no o simples disparar contra alvosdescobertos, mas, enfrentar situaes semelhantes realidade, condicionando o PolicialMilitar a atuar, no caso de um confronto armado com os infratores, com a razo, dentroda Lei, da ordem e da realidade brasileira.

    Nessa instruo, ele aprende a verbalizar, raciocinar, decidir corretamente,

    administrar seu nvel de tenso, proteger-se, usar seu armamento com conscincia,conhecer seus limites de atuao, preservando, assim, a sua vida, a vida de terceiros, ea boa imagem da Corporao, (e evitando responder a pesados processos na justia).

    Temos orgulho que tudo isso, e muito mais, surgiu dentro de nossa prpriaCorporao, com o Mtodo Giraldi de TIRO DEFENSIVO, que no encontra paralelono mundo, e que, por isso mesmo, elogiado por Polcias de outros pases, e estsendo implantado por outros segmentos que dele tomam conhecimento.

    Simples, prtico, barato, exeqvel e malevel, tornou-se uma verdadeira filosofiarevolucionria na instruo de tiro.

    Ao Cel PM Nilson Giraldi, que se baseou em mais de 50 (cinqenta) anos deexperincia policial, pesquisas, levantamentos, sacrifcios e muita imaginao, osnossos agradecimentos pela cesso do seu mtodo, para a confeco deste manual.

    CARLOS ALBERTO DE CAMARGOCel PM Comandante Geral

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    MENSAGEM DO AUTOR

    O Servio Policial Militar extremamente complexo, e, dentro dessa complexidade,a necessidade de um disparo atinge propores inimaginveis para o pleno raciocniohumano naquele instante, quando o Policial Militar ocupa, obrigatoriamente, emomentaneamente, a funo de quase um deus, senhor da vida e da morte.

    Sob violenta tenso, emoo, e, muitas vezes medo, ele ter alguns segundos (setiver) para decidir se efetua o disparo; a Justia ter vrios anos para concluir se odisparo foi necessrio e correto.

    O grande desafio: Como preparar o Policial Militar para esse instante?

    Este trabalho tem a resposta!

    Dedicamos este trabalho a todos os Policiais Militares do Brasil, incansveis eabnegados profissionais de segurana pblica; heris annimos, protetores e escudosda sociedade, que, muitas vezes, pagam com a prpria vida, essa rdua, difcil ecomplexa misso, tida como a mais estressante e perigosa do mundo.

    Prezado Policial Militar.Nos ltimos anos, centenas de companheiros nossos morreram em servio, vtimas

    dos "agressores da sociedade"; outras centenas foram feridos, gravemente, indoterminar seus dias numa cadeira de rodas, ou amparados por um par de muletas; e,tantos outros foram, ou esto sendo processados, pelo uso inadequado de suas armas.

    Este trabalho visa, entre outras coisas, instru-lo para que no seja o prximo.Leve-o a srio.

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    NDICE

    PREMBULO ............................................................................................ 04MENSAGEM DO AUTOR .......................................................................... 05

    CAPTULO I- Apresentao e Objetivos .................................................... 12

    CAPTULO II- Introduo .......................................................................... 141.0 - Direcionamento - Fases da Instruo ............................................... 14

    2.0 - Instruo em dois nveis ................................................................... 143.0 - Instruo Bsica ................................................................................ 144.0 - Instruo Especializada .................................................................... 155.0 - Teste Geral de Avaliao Anual do Tiro Defensivo da Corporao .. 16

    CAPTULO III- Primeira fase ..................................................................... 171.0 - Conhecimentos Gerais e Especficos .............................................. 17

    CAPTULO IV- Segunda fase ................................................................... 181.0 - Curso Bsico de Tiro ....................................................................... 182.0 - Arma .................................................................................................. 183.0 - Munio ............................................................................................. 194.0 - Equipamento ...................................................................................... 195.0 - Alvo .................................................................................................... 196.0 - Empunhadura..................................................................................... 19

    7.0 - Ao no gatilho .................................................................................. 198.0 - Nmero de tiros por posio .............................................................. 199.0 - Distncia.......................................................... ................................... 2010.0 - Postos de tiro............................................... .................................... 2011.0 - Distribuio e seqncia das posies de tiro ................................. 2012.0 - Ttica ............................................................................................... 2013.0 - Tempo .............................................................................................. 2014.0 - Posio de partida para todas as sries. ......................................... 2115.0 - Encerramento da srie ..................................................................... 2116.0 - Incio e trmino do tempo (quando for o caso) ................................. 2117.0 - Defeito de arma ou munio ............................................................ 2118.0 - Protetor de ouvidos e de olhos......................................................... 2119.0 - Testes de Verificao - Competies............................................... 2120.0 - Smula ............................................................................................. 22

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    21.0 - Instruo Suplementar ..................................................................... 2222.0 - Manual malevel .............................................................................. 23

    CAPTULO V- Terceira Fase .................................................................... 241.0 - Pista Policial de Instruo (PPI) ........................................................ 242.0 - Finalidade .......................................................................................... 243.0 - A responsabilidade do Instrutor ......................................................... 254.0 - PPI destinada instruo comum ................................................... 255.0 - Simulaes ........................................................................................ 256.0 - Fundamentos ..................................................................................... 25

    7.0 - Armamento utilizado .......................................................................... 258.0 - Materiais e acessrios ....................................................................... 259.0 - Munio ............................................................................................. 2510.0 - Recarga ........................................................................................... 2611.0 - Protetor de ouvidos e de olhos......................................................... 2612.0 - Alvos ................................................................................................ 2613.0 - Quadros e problemas .................................................................... 2714.0 - Individual e coletiva .......................................................................... 2715.0 - O condicionamento .......................................................................... 2716.0 - Segurana pessoal e fsica .............................................................. 2717.0 - reas de segurana ......................................................................... 2718.0 - Postos de tiro - variaes - finalidades ............................................ 2719.0 - Exemplo de um posto de tiro ........................................................... 2720.0 - Finalidade desse posto de tiro e dos seus alvos .............................. 2821.0 - Smula ............................................................................................. 2922.0 - Esclarecimento das dvidas ............................................................ 29

    CAPTULO VI- Quarta fase ....................................................................... 301.0 - Pista Policial de Aplicao (PPA) ...................................................... 302.0 - Principais caractersticas de uma PPA. ........................................... 303.0 - Finalidade da PPA ........................................................................... 304.0 - Tiro Defensivo .................................................................................... 315.0 - Didtica .............................................................................................. 316.0 - Realidade ........................................................................................... 317.0 - Fundamentos ..................................................................................... 318.0 - Executantes ....................................................................................... 319.0 - Idealizao e montagem .................................................................... 3110.0 - Verbalizao .................................................................................... 3211.0 - Segurana ........................................................................................ 32

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    12.0 - Distncia dos deslocamentos........................................................... 3213.0 - Tempo mximo ................................................................................ 3214.0 - Velocidade dos deslocamentos........................................................ 3215.0 - Velocidade dos disparos .................................................................. 3216.0 - Quantidade e qualidade dos tiros ..................................................... 3317.0 - PPA sem disparos ......................................................................... 3318.0 - Trajeto da PPA ............................................................................. 3319.0 - Obstculos ....................................................................................... 3320.0 - Exigncias principais da PPA ....................................................... 3321.0 - Uniforme - armamento - munio - equipamentos ........................... 34

    22.0 - Arma ................................................................................................ 3423.0 - Substituio de arma ....................................................................... 3524.0 - Protetores para olhos e ouvidos....................................................... 3525.0 - Tapa olhos - ris mecnica - etc. ...................................................... 3526.0 - Empunhadura - ao no gatilho - posies de tiro - apoios ............. 3527.0 - Sistema de recarga .......................................................................... 3528.0 - Alvos ................................................................................................ 3529.0 - Zonas de acerto no alvo agressor ................................................. 3630.0 - Identificao da zona primria no alvo agressor............................ 3731.0 - Valorizao das zonas de acerto ..................................................... 3732.0 - Valor dos procedimentos ................................................................. 3833.0 - Valor das penalidades ...................................................................... 3834.0 - Desclassificao .............................................................................. 3835.0 -Alvos no atirveis (amigos e neutros) .......................................... 3936.0 - Quantidade de disparos contra um mesmo alvo .............................. 3937.0 - Total de tiros numa s PPA .......................................................... 3938.0 - Pontuao final de uma PPA ........................................................ 3939.0 - Sistema de pontuao de uma PPA onde no

    exista necessidade de tiros ......................................................................... 3940.0 - Do reconhecimento da PPA por parte do Policial Militar............... 3941.0 - Postos de tiro (locais de atuao). ................................................... 4142.0 - Viso da rea de atuao do Policial Militar de

    dentro do posto de tiro ................................................................................ 4143.0 - Locais de recarga dentro da PPA ................................................. 4144.0 - Exigncias para o Policial Militar dar incio execuo da PPA.... 4145.0 - Incio e trmino do tempo ................................................................. 4146.0 - Cronmetros .................................................................................... 4247.0 - Ordem de entrada dos Policiais Militares na PPA......................... 4248.0 - Vozes de comando .......................................................................... 42

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    49.0 - Execuo da PPA ......................................................................... 4250.0 - Orientao do Instrutor, aps a passagem do Policial Militarpela PPA. ................................................................................................. 4451.0 - Fiscalizao da arma, munio, equipamento, uniforme ................. 4552.0 - Defeito de arma, munio, equipamento. ........................................ 4553.0 - Acompanhamento do levantamento dos alvos ................................ 4554.0 - Smula ............................................................................................. 4555.0 - Pequenas competies .................................................................... 4556.0 - reas de segurana ......................................................................... 4557.0 - Consideraes gerais ...................................................................... 46

    58.0 -Alguns complementos prticos sobre a PPA ................................ 4659.0 - Tticas do Instrutor .......................................................................... 4960.0 - Manual malevel .............................................................................. 51

    CAPTULO VII- Quinta fase ...................................................................... 521.0 - Instruo Especializada .................................................................... 522.0 - Caractersticas ................................................................................... 523.0 - Pista Policial Especial (PPE) .............................................................. 524.0 - Fundamento bsico ............................................................................ 525.0 - Realidade - proteo vida - obedincia lei ................................... 536.0 - Alvos .................................................................................................. 537.0 - Armamento - munio - equipamentos - viaturas - etc. ...................... 538.0 - Armas no letais - munies no letais. ............................................. 539.0 - Coletes - protetores - capacetes - viseiras - escudos - etc.. .............. 5310.0 - Destaques especiais ........................................................................ 5311.0 - Instrutores ........................................................................................ 5412.0 - Padronizao - Manuais Internos. .................................................... 54

    CAPTULO VIII- Teste Geral de Avaliao Anual do Tiro Defensivoda Corporao ........................................................................................... 551.0 - Participao - Regulamento - Arma ................................................... 552.0 - Superviso - Coordenao ................................................................ 553.0 - Apoio Logstico................................................................................... 554.0 - Preparativos - Execuo .................................................................... 555.0 - Participao ....................................................................................... 556.0 - Constituio das Equipes Representativas ........................................ 557.0 - Teste preliminar ................................................................................. 568.0 - Armamento - Munio - Equipamento ................................................ 569.0 - Uniforme ............................................................................................ 56

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    10.0 - Categorias ........................................................................................ 5611.0 - Premiao ........................................................................................ 5612.0 - Chefe de Equipe .............................................................................. 5713.0 - Preparativo - Inscrio ..................................................................... 5714.0 - Local da Inscrio - dados ............................................................... 5715.0 - Diretores .......................................................................................... 5716.0 - Jri ................................................................................................... 5717.0 - Recursos .......................................................................................... 5718.0 - Local e data...................................................................................... 5719.0 - Regras Gerais que sero observados nas duas modalidades ......... 57

    20.0 - Regulamento das modalidades ........................................................ 5821.0 - Duvidas ............................................................................................. 59

    ANEXO A- Alguns conceitos sobre Tiro Defensivo ................................... 60ANEXO B-Barricada de Treinamento ...................................................... 63ANEXO C- Alvo Padro do Curso Bsico (PM L-74) ................................ 65ANEXO D - Smula para o Curso Bsico .................................................. 67ANEXO E -Aparelho de Pontaria .............................................................. 69ANEXO F -Alguns Modelos de Alvos para PPI/PPA ............................... 70ANEXO G - Modelo de Smula para "PPI/PPA" ........................................ 71ANEXO H -Algumas das qualidades exigidas de um Instrutor (Monitor) de

    Tiro Defensivo .......................................................................................... 74ANEXO I - Orao do Policial Militar .......................................................... 76NDICE ALFABETICO ............................................................................... 77

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    CAPTULO IApresentao e Objetivos

    O Servio Policial extremamente complexo, e, dentro dessa complexidade, anecessidade de um disparo atinge propores inimaginveis para o pleno raciocniohumano naquele instante, quando o Policial Militar ocupa, obrigatoriamente, emomentaneamente, a funo de quase um deus, senhor da vida e da morte.

    Sob violenta tenso, emoo, e, muitas vezes medo, ele ter alguns segundos (setiver) para decidir se efetua o disparo; a Justia ter vrios anos para concluir se o

    disparo foi necessrio e correto.O grande desafio: - Como preparar o Policial Militar para esse instante?Quando ele saca sua arma para enfrentar uma situao angustiante, como essa,

    no h tempo para colocar em prtica tudo aquilo que existe e m grandes enciclopdiasde tiro, e que lhe foi passado, minuciosamente, e detalhadamente, atravs de meses eanos seguidos. Nessa hora, o que vale, so princpios simples, de fcil lembrana eexecuo, para os quais o Policial Militar deve ter sido condicionado atravs de umainstruo dirigida, lgica, prtica, simples, objetiva, e imitativa da realidade, com poucateoria e muita prtica. Um treinamento fora dessa realidade, desastre futuro na certa.

    Esse treinamento, que dever ser, na sua quase totalidade, prtico, devercondicionar o Policial Militar a agir com a razo; estar ligado proteo de sua vida e deterceiros; preservao da integridade da Corporao; a obedincia Lei, Ordem, e Poltica Policial Brasileira. Parte ainda do princpio de que a Sociedade e a Justia noaceitam o uso inadequado da arma, por parte o Policial Militar; para elas, ele tem queestar sempre preparado para o seu perfeito uso.

    Leva em considerao que no basta saber atirar; preciso saber quando atirar, eonde acertar. Que, muitas vezes, o no atirar, mais importante que o atirar, e que,na quase totalidade das vezes, so procedimentos, e no tiros, que preservam vidase solucionam problemas.

    Para atingir esses objetivos, nos treinamentos, ele tem que aprender a Raciocinarcom rapidez; a Decidir Corretamente; e a efetuar Tiro de Qualidade (caso sejanecessrio). Procedimentos simples, como: Atuar protegido; no se expor; evitar avalentia perigosa; cano da arma na direo do perigo; dedo fora do gatilho quando dosdeslocamentos; disparar s quando tiver certeza; evitar o excesso culposo; sempre quepossvel, verbalizar; saber analisar as possveis conseqncias de um disparo(acertando ou no o alvo); etc.; sem dvida, iro prepar-lo e condicion-lo a atuarcorretamente, caso se envolva num confronto armado verdadeiro.

    Para a confeco deste manual foram analisadas centenas de mortes de PoliciaisMilitares em servio; milhares de feridos, muitos, que se tornaram deficientes fsicos;

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    centenas de Policiais Militares processados por disparos efetuados fora deoportunidade; outras centenas de ocorrncias de confrontos armados com osagressores da sociedade, muitas vezes, com finais trgicos; etc.; o por qu disso, e oque deveria ter sido feito para evitar tamanha desgraa.

    Essas vtimas; dados cientficos, fsicos, psicolgicos e psiquitricos; de campo; deanlise profunda da realidade brasileira; de todos os conhecimentos que j possuamos;das limitaes naturais do Policial Militar, auxiliaram, em muito, no contedo e nodirecionamento deste Manual, que bsico para a instruo comum do Tiro Defensivode toda a Corporao. Apresenta-se, em muitos aspectos, de forma malevel eadaptvel a vrias circunstncias e necessidades, dando ampla margem de criatividade

    a Instrutores, Monitores e Alunos, mantendo-se, no entanto, rgido, em outros aspectos,principalmente no que se refere a proteo vida do Policial Militar e de terceiros; preservao da integridade da Corporao; a obedincia Lei, Ordem e PolticaPolicial Brasileira; calcado nica e exclusivamente na realidade brasileira.

    A repetio de alguns conceitos, no decorrer deste manual, proposital; faz partedo mtodo de ensino repetitivo.

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    CAPTULO IIIntroduo

    1.0 - DIRECIONAMENTO - FASES DA INSTRUO1.1- TIRO DEFENSIVO

    A instruo de tiro da PMESP totalmente direcionada para o TIRO DEFENSIVO(legtima defesa, prpria ou de outros), cujos principais objetivos so: - A proteo vidado Policial Militar e de terceiros; a preservao da integridade da Corporao; aobedincia Lei; Ordem; e Poltica Policial Brasileira. calcada nica e

    exclusivamente na realidade brasileira.

    2.0 - INSTRUO EM DOIS NVEISEssa instruo de tiro realizada em dois nveis:2.1 - NVEL I - INSTRUO BSICANela, realizada toda a instruo bsica de tiro, comum a toda tropa. Todos os

    Policiais Militares, indistintamente, passam por ela, utilizando armamento, munio ematerial comum da Corporao. Prepara o Policial Militar para o servio armado comumda Corporao.

    2.2 - NVEL II - INSTRUO ESPECIALIZADANela, realizada toda a instruo especializada de tiro, destinada s tropas

    especiais, com utilizao de armamento, munio e materiais tambm especiais.Prepara o Policial Militar para execuo de servios armados especiais.O Policial Militar s participa da Instruo Especializada, aps dominar,

    completamente, o exigido na Instruo Bsica.

    3.0 - INSTRUO BSICAA Instruo Bsica dividida em 4 fases:3.1 - PRIMEIRA FASE - CONHECIMENTOS GERAIS E ESPECFICOSParte terica. Nela, o Policial Militar aprende tudo sobre armamento, munio,

    materiais, equipamentos, balstica, noes de Medicina Legal, regulamentos, legislaointerna e externa, noes de Direito Penal especfico, e o que mais for necessrio, paraa sua perfeita atuao armada em defesa da sociedade, antes de iniciar a parte prticapropriamente dita.

    3.2 - SEGUNDA FASE - CURSO BSICO DE TIROParte prtica, feita no Curso Bsico de Tiro. Nela, utilizando a Barricada de

    Treinamento, (quando for o caso), o Policial Militar aprende a atuar e disparar, parado,nas seis posies bsicas de tiro: - Em p, livre; em p, embarricado, pela esquerda dabarricada; em p, embarricado, pela direita da barricada; ajoelhado; sentado; e deitado.

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    Aps, ainda parado, aprende a atuar e disparar em posies hbridas, tais como: -Agachado; torcido; reverso; embarricado na vertical em outras posies; embarricado nahorizontal em vrias posies; embarricado na vertical e na horizontal ao mesmo tempo;etc.

    O alvo utilizado o retangular, especfico para o Curso Bsico (PM L-74). O local deacerto no alvo, e sua valorizao, ir variar de acordo com os objetivos da instruo.

    3.3 - TERCEIRA FASE - PISTA POLICIAL DE INSTRUO (PPI)Parte prtica, feita na Pista Policial de Instruo (PPI). So pistas montadas em

    locais abertos ou fechados, com todas as possveis situaes e problemas que o PolicialMilitar poder encontrar quando de um confronto armado com os agressores da

    sociedade. Poder, inclusive, ser sonorizada. Nela, ele ser orientado, pelo Instrutor, decomo proceder diante dessas situaes e problemas. Aprender tambm a se proteger,a verbalizar, a atuar e a disparar em movimento, inclusive noite. Atuar sozinho oucom outros companheiros, em conjunto. o aprendizado com base na realidade. Osalvos utilizados so de figuras humanas, representando alvos amigos, alvos neutros ealvos agressores. As zonas de acerto nos alvos agressores mudaro de local, detamanho, de formato e de valorizao, de um alvo para outro, de acordo com osobjetivos da instruo.

    3.4-QUARTA FASE - PISTA POLICIAL DE APLICAO (PPA)Parte prtica, feita na Pista Policial de Aplicao (PPA). Montadas dentro dos

    mesmos princpios da PPI. A diferena est em que, nela, o Policial Militar no serorientado, pelo Instrutor, de como proceder diante das situaes e problemas que se lheapresentarem. Toda a pista, situaes e problemas, sero surpresas absolutas para ele.

    Atuar, e tentar solucionar esses problemas, de acordo com os conhecimentosanteriormente adquiridos. O ritmo de sua atuao ser o mesmo de um confrontoarmado verdadeiro.

    Os alvos utilizados e suas caractersticas, so os mesmos da PPI.

    4.0 - INSTRUO ESPECIALIZADA4.1 - A Instruo Especializada ser dividida de acordo com os seus objetivos e

    finalidades, desde a parte terica; manejo de armas; munio; materiais; tcnicas etticas especiais; gerenciamento de crises; etc.; at a montagem e atuao do PolicialMilitar na Pista Policial Especial (PPE).

    4.2 - Sua preparao, execuo e constante aperfeioamento, estar sob aresponsabilidade das Unidades especializadas (e dos setores especializados de outrasUnidades), as quais desenvolvero manuais prprios para a sua instruo, obedecendo,sempre, todos os princpios do TIRO DEFENSIVO previstos no item 01 deste captulo.

    4.3 - Alm das armas, munies e materiais comuns da Corporao, utilizartambm os especializados, prprios para o cumprimento de suas finalidades.

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    4.4 - Em princpios, os Policiais Militares atuaro sempre em conjunto.4.5 - Utilizar todos os tipos de alvos necessrios uma instruo que se aproxime,

    o mximo possvel, de suas finalidades e realidade.

    5.0 - TESTE GERAL DE AVALIAO ANUAL DO TIRO DEFENSIVO DACORPORAO

    Anualmente, com participao de equipes representativas de todas as Unidadespossuidoras de Gabinete de Instruo (GI), ser feito o Teste Geral de Avaliao doTiro Defensivo da Corporao, utilizando o Curso Bsico e a Pista Policial de

    Aplicao (PPA), de acordo com os respectivos regulamentos (Captulos IV e VI), e com

    emprego de revlveres, munio e equipamentos da Corporao. Testes idnticos, comutilizao de outros tipos de armas, so facultativos.

    6.0 - EQUIPAMENTO DE PROTEO INDIVIDUAL (NR)6.1 - Em qualquer dos nveis de instruo, bem como no Teste Geral de Avaliao

    de Tiro Defensivo da Corporao, obrigatrio o uso de protetor de ouvidos, de protetorde olhos e de colete de proteo balstica. (NR)

    6.2 - O policial militar durante a sua permanncia em postos de tiros ou pistaspoliciais no poder, em hiptese alguma, retirar os equipamentos de proteoindividual. (NR)

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    CAPTULO IIIPrimeira Fase

    1.0 - CONHECIMENTOS GERAIS E ESPECFICOS1.1 - Parte terica. Nela, o Policial Militar aprender tudo sobre armamento,

    munio, materiais, equipamentos, balstica, regulamentos, legislao interna e externa,e o que mais for necessrio, para a sua perfeita atuao armada em defesa dasociedade, antes de iniciar a parte prtica propriamente dita.

    1.2 - Ser colocado em contato com os diversos tipos de armamento, munio e

    materiais comuns da Corporao, e ter noes sobre os especializados.1.3 - Aprender todos os conceitos sobre: - Arma, equipamentos, acessrios,

    munio, etc.1.4 - Carregadores; carregadores rpidos; municiadores; etc, Funcionamento,

    destinao.1.5 - Diviso e classificao geral do armamento, da munio e dos equipamentos.

    Destinao.1.6 - Conservao e manuteno do armamento, da munio e do equipamento.1.7 - Princpios gerais de segurana, e, regras gerais de segurana.1.8 - Acidentes e incidentes de tiro. Causas e conseqncias.1.9 - Normas de utilizao e segurana dos estandes de tiro.1.10 - Nomenclatura, diviso, transporte, cuidados, montagem e desmontagem

    (quando for o caso), principais caractersticas, etc., do armamento comum daCorporao (Revlver, Pistola, Carabina 38, Espingarda calibre 12, Submetralhadorade mo, etc.). Noes sobre o especializado.

    1.11 - Armas no letais: Diviso, funcionamento; destinao.1.12 - Coletes prova de balas, escudos, capacetes, viseiras, etc. Caractersticas;

    forma de uso; destinao.1.13 - Projteis: - Nomenclatura, diviso, transporte, cuidados, calibres, fator

    (potncia), formato dos projteis e suas conseqncias. Destinao.1.14 - Espoletas. Plvora. Principais caractersticas e constituio dos cartuchos do

    armamento comum da Corporao e sua destinao. Noes sobre os especializados,inclusive os de borracha, de plstico, etc., e sua destinao.

    1.15 - Do R-105. Partes especficas de interesse da Corporao.1.16 - DAL/2 e suas finalidades.1.17 - CSM/AM e suas finalidades.1.18 - Do Sistema Nacional de Armas (SINARM).1.19 - Armas permitidas e armas proibidas.1.20 - Do RIT (Registro Individual de Tiro).

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    1.21 - Empunhadura, visada, focalizao e ao no gatilho.

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    CAPTULO IVSegunda Fase

    1.0 - CURSO BSICO DE TIRO1.1 - FinalidadeEnsinar o Policial Militar a atirar, parado, nas seis posies bsicas de tiro:1.1.1 - Em p, livre.1.1.2 - Em p, embarricado na vertical, pela esquerda da barricada.1.1.3 - Em p, embarricado na vertical, pela direita da barricada.

    1.1.3 - Ajoelhado.1.1.3 - Sentado.1.1.3 - Deitado.OBSERVAES:

    1) A partir dessas posies, o Instrutor dever ensinar posies hbridas de tiro,tais como: agachado; torcido; reverso; embarricado na vertical em outras posies;embarricado na horizontal em vrias posies; embarricado na horizontal e na verticalao mesmo tempo; etc.

    2) Em hiptese alguma as posies bsicas e hbridas sero rgidas, mas,maleveis, e dentro da melhor adaptabilidade de cada Policial Militar.

    3) No tiro embarricado, o corpo do Policial Militar dever estar do lado contrrio emque atira, protegido pela barricada.

    4) Quando atirar pela esquerda da barricada vertical, o Policial Militar poder faz-lo com a mo esquerda (no obrigado) ou com a mo direita. Atirar com a mo fraca questo de treinamento; vale a pena o Instrutor incentivar essa prtica.

    5) Testes prticos de laboratrio demonstraram que o Tiro Intuitivo Rpido, temum melhor aproveitamento, quando executado com empunhadura dupla, ao dupla dogatilho, e semi - visada altura dos olhos. No entanto, dever ser treinado em todas asposies possveis.

    6) BARRICADA DE TREINAMENTO: - Suporte de madeira (ou outro material)fixado ou no no solo, na vertical, com um mnimo de 1,80 metros de altura. Quando oPolicial Militar atira pela sua esquerda, como se o suporte se prolongasse para adireita, como um muro, uma parede, etc., protegendo o Policial Militar embarricado.

    Quando atira pela direita, ele se estenderia para a esquerda.Esse suporte ter, em diferentes alturas (ou em alturas variveis), travessas fixas ou

    removveis, para o Policial Militar treinar, embarricado, na horizontal, e nas maisdiferentes posies (e alturas). Combinaes de embarricado na vertical, comembarricado na horizontal, devero existir nesses treinamentos. O suporte vertical esuas travessas no so para apoio das mos ou da arma, mas, limites de atuao (Vide

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    Anexo B, pg. 63).

    2.0 - ARMATodas as armas comuns da Corporao, adaptando-se cada uma de acordo com as

    suas caractersticas e finalidades.Observao: A instruo com revlver preceder a instruo com as outras armas.3.0 - MUNIO

    A utilizada no Servio Policial.

    4.0 - EQUIPAMENTO

    O utilizado no Servio Policial.

    5.0 - ALVO5.1 - Ser utilizado o alvo padro (PM L-74) do Curso Bsico (Vide Anexo C, pag.

    65), feito de papel, papelo, plstico, etc., com 5 zonas de acerto (uma central, e 4perifricas), cujos nomes tcnicos so: - Zona central; zona alta direita; zona alta esquerda; zona baixa direita; e zona baixa esquerda (sempre de quem olha). Deacordo com as necessidades, podero ser subdivididas. Essas zonas (e sub-zonas)possuem letras, que sero valorizadas pelo Instrutor, de acordo com os objetivos dainstruo.

    5.2 - O objetivo da instruo definir qual a zona a ser atingida.5.3 - O valor (de zero a 10) das reas de pontuao do alvo ser estabelecido pelo

    Instrutor, de acordo com os objetivos da instruo.5.4 - O impacto fora da zona previamente determinada ter valor zero. Impactos

    a mais, dentro da zona previamente determinada, sero anulados os melhores.Impacto que, dentro da zona determinada, tangenciar rea de pontuao superior, sernela considerado.

    5.5 - As zonas perifricas podero tambm representar alvos com cobertura; nocaso, a prpria zona central seria a cobertura. Serviro ainda, para adestrar o PolicialMilitar a acertar na periferia do alvo; a executar tiros finos, etc.

    5.6 - Quando a instruo for com a espingarda calibre 12, os alvos podero sermetlicos.

    5.7 - Na fase especial da instruo, e de acordo com os objetivos eexcepcionalidade, outros tipos de alvos podero ser utilizados.

    6.0 - EMPUNHADURASimples (uma s mo) e Dupla (duas mos), com maior intensidade para a Dupla.

    7.0 - AO NO GATILHO

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    Simples (primeiro puxa o co, depois aciona o gatilho) e dupla (aciona o gatilhodireto), com maior intensidade para a dupla.

    8.0 - NMERO DE TIROS POR POSIOA critrio do Instrutor, e, de acordo com a disponibilidade de munio, e as

    necessidades do Policial Militar. Antes do tiro real propriamente dito, o Instrutor deverensinar as posies bsicas ao Policial Militar (e suas variaes hbridas), fazendo comque o mesmo as tome, empunhando a arma descarregada, e efetuando disparos emseco.Posteriormente, determinar que carregue a arma (Revlver) com um cartucho,efetuando um tiro real e o restante em seco, aleatoriamente (fecha o tambor, sem

    saber onde o cartucho ficou, vai acionando o gatilho, at que o tiro saia); depois, comdois cartuchos (tambm aleatoriamente), etc.. Alm de ser um magnfico aprendizado,com economia de munio, um timo sistema para verificao das gatilhadas, pois,no sabendo quando o tiro sair, sero facilmente percebidas quando a percusso forem seco. Alm disso, os tiros dados em seco provocaro a mesma tenso no PolicialMilitar, quanto os verdadeiros. Para os tiros em seco, podero ser utilizados cartuchosvazios. O Instrutor far as adaptaes necessrias, quando a instruo for com outrotipo de arma.

    9.0 - DISTNCIADe 01 20 metros (Bsica: - de 05 12 metros). Excepcionalmente, maior,

    principalmente para arma longa. Ser estabelecida pelo Instrutor, de acordo com o graude desenvolvimento dos Policiais Militares participantes, dos objetivos da instruo, e doarmamento utilizado.

    10.0 - POSTOS DE TIROUm Policial Militar frente de cada alvo. Excepcionalmente, poder existir mais de

    um alvo frente de cada Policial Militar; depender do Instrutor e dos seus objetivos;podero, inclusive, estar em diferentes distncias. Quando da execuo prtica, osPoliciais Militares que sobrarem, devero ficar anotando os erros e os acertos cometidospelos que esto atirando ( um excelente mtodo de aprendizado, com base naobservao).

    11.0 - DISTRIBUIO E SEQNCIA DAS POSIES DE TIROA critrio do Instrutor. Inicialmente, far posio por posio, separadamente;

    depois, posies seguidas. Aps o Policial Militar dominar todas as posies bsicas,passar para as hbridas. Em seguida, combinar posies embarricadas (verticais comhorizontais), para, finalmente, determinar a seqncia que deseja, e a zona de acertono alvo, mesmo que seja um s tiro por posio.

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    12.0 - TTICACom utilizao da barricada de treinamento ser ensinado ao Pol icial Militar a

    ttica de aproximao e atuao nas esquinas; janelas; cantos; portas; seteiras;etc..

    13.0 - TEMPOInicialmente, durante o aprendizado, o Policial Militar no ter tempo determinado

    para efetuar os disparos (mesmo os em seco); quando dominar as posiescorretamente, ter um tempo base de 40 (quarenta) segundos para cada seis disparos(incluindo as recargas, quando for o caso), tempo esse, que poder ser alterado (para

    mais ou para menos) a critrio do Instrutor e dos objetivos da instruo, at chegar aointuitivo rpido.

    14.0 - POSIO DE PARTIDA PARA TODAS AS SRIESEm p, livre; arma carregada no coldre, se for Revlver ou Pistola; braos soltos ao

    longo do corpo; todo o material e munio a ser utilizado na srie, no corpo do PolicialMilitar. O Instrutor poder estabelecer outras posies para a partida, de acordo com osobjetivos da instruo e a arma utilizada.

    15.0 - ENCERRAMENTO DA SRIEAo terminar a srie de tiros, o Policial Militar descarrega a arma, colocando-a no

    coldre (revlver ou pistola). Para as outras armas, a critrio do Instrutor.

    16.0 - INCIO E TRMINO DO TEMPO (QUANDO FOR O CASO)Sero controlados atravs de sinal sonoro.

    17.0 - DEFEITO DE ARMA OU MUNIOO Instrutor dever, dentro de suas possibilidades, verificar os motivos.

    Acrescentar tais fatos ao seu Relatrio de Instruo. A arma defeituosa dever serretirada, imediatamente, do servio, e encaminhada ao rgo competente, paraconserto, de acordo com as normas existentes para a Corporao. A munio defeituosadever ser encaminhada ao local de origem, para anlise.

    18.0 - TESTES DE VERIFICAO - COMPETIESNa fase adiantada da instruo, o Instrutor dever realizar constantes testes de

    verificao e, se possvel, pequenas e saudveis competies entre os PoliciaisMilitares, premiando os melhores, nem que for de modo bem simples (semprepremiando, para estimular e motivar). Exemplos de um teste de verificao ou de umacompetio (com Revlver):

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    18.1 - 6 tiros direto; um em cada posio bsica de tiro; em 40 segundos (ou notempo que o Instrutor determinar); na zona central do alvo ou na zona baixa direita;etc.).

    18.2 - 6 tiros direto; um em cada posio bsica de tiro; em 40 segundos (ou notempo que o Instrutor determinar); sendo os dois primeiros tiros na zona central doalvo, e, os outros 4, um em cada uma das outras zonas.

    18.3 - podendo ser aumentado o nmero de tiros; utilizadas posies hbridas;alterados locais de acertos; etc.

    18.3 - A valorizao das reas de acerto ser estabelecida pelo Instrutor.Observaes:

    1) Quando dos testes de verificao ou das competies, se possvel, deverser deixado a critrio do Policial Militar, a escolha da empunhadura e da ao nogatilho. Com o tempo, descobrir a que melhor se adapta a ele, dentro dascircunstncias, das caractersticas e dos seus objetivos.

    2) A quantidade de tiros e o tempo, sero estabelecidos pelo Instrutor. Havendopossibilidades, seis tiros por posio seria o ideal.

    3) O tempo base de 40 (quarenta) segundos para cada seis tiros (incluindo arecarga, quando for o caso) serve apenas de parmetro para o Instrutor; podendo seralterado.

    19.0 - SMULASempre que houver necessidade, devero ser anotados, em smula, os resultados

    dos tiros efetuados pelos Policiais Militares em instruo; testes de verificao; etc. (VideAnexo D, pg. 67).

    20.0 - INSTRUO SUPLEMENTAR20.1 - Aps o Policial Militar dominar todas as posies e princpios do Curso

    Bsico, poder ser submetido Instruo Suplementar, que extremamentemotivadora, prtica, que ensina, aperfeioa e o condiciona a atirar com grande agilidadee preciso; e consta do seguinte:

    20.1.1 - Alvos: - Metlicos, de diferentes formatos, tamanhos e cores. Alvo padro:Redondo; 20 a 30 cm. de dimetro, na cor branca, com uma base embaixo, para mant-lo em p.

    20.1.2 - Suportes de sustentao: - Pequenas barras de ferro redondo, fixadas nosolo, e com uma base em cima, onde sero colocados os alvos metlicos.

    20.1.3 - Altura dos alvos: - Colocados sobre o suporte de sustentao, o centro dosalvos metlicos dever estar entre 1,30 a 1,40 m de altura, em relao ao piso onde seencontra o Policial Militar (ou a critrio do Instrutor).

    20.1.4 - Quantidade de alvos: - A critrio do Instrutor.

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    20.1.5 - Distncia dos alvos: - Em torno de 8 metros, para armas curtas. Maior, paraarmas longas. As distncias iro variar de acordo com os objetivos da instruo.

    20.1.6 - Disposio: - Os alvos podero estar um ao lado do outro, mantendo omesmo intervalo; ou com intervalos diferenciados. Podero estar na mesma distncia,ou em distncias diferenciadas.

    20.1.7 - Alvos misturados: - Alvos de diferentes formatos, tamanhos e cores,podero estar misturados.

    20.1.8 - Posies de tiro: - As determinadas pelo Instrutor.20.1.9 - Execuo: - So vrias as formas de execuo. Exemplo: - Considerando 6

    alvos, as principais seriam:

    20.1.9.1 - Na posio determinada, o Policial Militar saca a arma, e tenta derrubartodos os alvos, no menor tempo possvel, independente do nmero de tiros a seremefetuados.

    20.1.9.2 - Idem, sem preocupao com o tempo, ou, com um tempo mximodeterminado pelo Instrutor.

    20.1.9.3 - Na posio determinada, o Policial Militar saca a arma, e tenta derrubartodos os alvos, no menor tempo possvel, efetuando apenas 6 tiros (ou um nmero detiros pr determinado pelo Instrutor).

    20.1.9.4 - Idem, sem preocupao com o tempo, ou, com um tempo mximodeterminado pelo Instrutor.

    Observao: - Cada alvo derrubado vale 100 pontos; cada alvo sem derrubar, so 5segundos a mais no tempo gasto. Para saber a pontuao do Policial Militar, soma-se ospontos dos alvos derrubados e divide-se pelo tempo total em segundos (tempo gastopara efetuar todos os disparos, mais o relativo a cada alvo que ficou sem derrubar). OInstrutor poder determinar outras valorizaes.

    20.1.10 - Competio: - Pequenas e saudveis competies, dentro da InstruoSuplementar devero ser realizadas; so importantssimas. Elas motivam, ensin am eaperfeioam. Abaixo, um exemplo de competio com revlver (o Instrutor poderestabelecer outras):

    20.1.10.1 - Dois conjuntos de alvos idnticos; um ao lado do outro; com 5 alvoscada. Entre os 2 conjuntos, um alvo menor. frente de cada conjunto, um PolicialMilitar. Ao sinal sonoro, os dois Policiais Militares sacam sua arma, e, na posiodeterminada pelo Instrutor, tentam derrubar o conjunto de alvos sob suaresponsabilidade, e, depois, o alvo pequeno que est entre os 2 conjuntos, antes do seuoponente. Vence quem o fizer primeiro. A distncia ser determinada pelo Instrutor.

    20.1.10.2 - Para a Instruo Suplementar, alm dos princpios gerais desegurana, outros devero ser observados. Por exemplo:

    (1) O estande de tiro tem que oferecer condies para a sua execuo. Aps baterno alvo metlico, o projtil amassa (s vezes se desintegra em pequenos pedaos),

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    CAPTULO VTerceira Fase

    1.0 - PISTA POLICIAL DE INSTRUO (PPI)1.1 - So pistas montadas em locais abertos ou fechados, com todas as possveis

    situaes e problemas que o Policial Militar poder encontrar quando de um confrontoarmado com os agressores da sociedade. Poder, inclusive, ser sonorizada. Nela, eleser orientado, pelo Instrutor, de como proceder diante dessas si tuaes e problemas.

    Aprender tambm a se proteger, a verbalizar, a atuar e a disparar em movimento,

    inclusive noite. Atuar sozinho ou com outros companheiros, em conjunto.Aprender que a primeira palavra da verbalizao : - Aqui a Polcia Militar!1.2 - Na falta de materiais especficos, podero ser montadas com meios de fortuna

    (papelo, plstico, madeirite, tambores, tubos, pneus, encerados, etc.), mais oaproveitamento do que j existir no terreno.

    Podero existir pistas em que o Policial Militar no ter necessidade de efetuardisparos, mas, apenas executar procedimentos. Nelas aprender a atuar nas situaesmais diversificadas possveis.

    1.3 - Essas pistas tem todos os tipos de alvos; fixos e mveis, e em situaesdiferenciadas. Esses alvos esto divididos em trs grupos: - Alvos Amigos(representando outros policiais e colaboradores); Alvos Neutros (representandopessoas que se envolveram na ocorrncia, voluntria ou involuntariamente); Alvos

    Agressores (representando todos os tipos de agressores da sociedade). Todos comformas humanas.

    1.4 - Os alvos agressores, quando atirveis (nem sempre o so), tero zonas deacerto que mudam de tamanho, de formato, de local e de valorizao de um alvo paraoutro, de acordo com os objetivos e finalidades da instruo.

    1.5 - o aprendizado com base na realidade.

    2.0 - FINALIDADE2.1 - Nela, o Policial Militar aprender a atuar parado e em movimento, em todas as

    situaes possveis de serem por ele encontradas, quando de sua atuao armada emdefesa da sociedade.

    2.2 - Tomar contato com as tcnicas e as tticas de progresso, paralisao ouregresso no terreno.

    2.3 - Aprender a atuar e proteger-se em reas de alto risco, e durante osconfrontos armados com os agressores da sociedade.

    2.4 - Aprender a utilizar coletes e outros meios de proteo.2.5 - Ser minuciosamente orientado de como atuar quando desses confrontos,

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    9.0 - MUNIOA utilizada no Servio Policial. No interessante utilizar outro tipo de munio.

    Exceo: - Quando a instruo for no interior de edifcios, e no houver possibilidade deusar munio verdadeira.

    10.0 - RECARGAAprender a recarregar sua arma com rapidez, em proteo, e sem perder o contato

    visual com os alvos.

    11.0 - ALVOS11.1 - Nesta fase da instruo, os alvos devero representar figuras humanas

    diferenciadas, nas mais diversas posies e situaes, podendo ser de papel, papelo,plstico, bonecos, etc., todos, sem pontos artificiais de referncia, como disco branco nocentro; linhas divisrias fortes; etc.. Devero possuir olhos, boca, etc.; no tendo, porque esto de costas. So os mesmos alvos da PPA (Vide alguns modelos no AnexoF, pag. 70, todos oriundos do alvo "PM L-4") Outros tipos de alvos podero ser utilizados(bonecos, etc.). A criatividade fica por conta do Instrutor e de seus Alunos. Se ainstruo for com espingarda calibre 12, dever ser usado alvo prprio para essecalibre, normalmente, o metlico.

    11.2 - Os alvos estaro divididos em 3 grandes grupos:11.2.1 - Alvos Amigos: - Estaro representando pessoas que se envolveram,

    voluntariamente, na ao policial, para agir em apoio ao Policial Militar e Lei. Ex.: -Outros Policiais; colaboradores; informantes; etc.. Nunca sero alvos atirveis.

    11.2.2 - Alvos Neutros: - Estaro representando pessoas que se envolveram naao policial, voluntria ou involuntariamente, mantendo-se, normalmente, em atitudeneutra. Ex.: - Jornalista; cinegrafista; fotgrafos; curiosos; vtimas; etc.. Tambm, nuncasero alvos atirveis.

    11.2.3 - Alvos Agressores: - Estaro representando, sempre, os agressores dasociedade. Sero os alvos passveis de tiro (naturalmente, dentro do princpio do TIRODEFENSIVO).

    11.3 - O Policial Militar dever aprender como diferenciar um alvo do outro;principais caractersticas a serem observadas em cada um; e, principalmente, quando o caso de efetuar disparos e onde acert-los.

    11.4 - Esses alvos, inicialmente, estaro totalmente expostos e fceis de seremidentificados; posteriormente, devero estar de tal forma caracterizados, que causem dvidasno Policial Militar, devendo, inclusive, estar com cobertura (artificial ou natural).

    11.5 -As distncias dos alvos agressores iro variar de1 (um) a 20 (vinte) metros,em relao ao Posto de Tiro, de acordo com os objetivos da PPI. Essa distncia

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    CAPTULO VIQuarta Fase

    1.0 - PISTA POLICIAL DE APLICAO (PPA)Uma mesma pista poder ser Pista Policial de Instruo (PPI) ou Pista Policial de

    Aplicao (PPA). Ser PPI quando o Policial Militar souber o que existe na pista, e fororientado pelo Instrutor, de como proceder, diante dos problemas nela existentes. SerPPA, quando o Policial Militar no souber o que existe na pista, e no for orientadopelo Instrutor, de como proceder, diante desses problemas.

    2.0 - PRINCIPAIS CARACTERSTICAS DE UMA PPA2.1 - Toda a pista, situaes e problemas, sero surpresas absolutas para o Policial

    Militar. Atuar, e tentar solucionar esses problemas, de acordo com os conhecimentosanteriormente adquiridos.

    2.2 - Representar, sempre, um confronto armado com os agressores da sociedade, em rea de alto risco, com possibilidades de mortes de ambos os lados,onde o Policial Militar tem que estar preparado para enfrentar os mais diversos tipos desituaes.

    2.3 - O ritmo de sua atuao ser o mesmo de um confronto armado verdadeiro.2.4 - a execuo tcnica, ttica e psicolgica do TIRO DEFENSIVO, e a

    confirmao do treinamento orientado, dentro da aplicao. Imitao da vida real. OPolicial Militar ser corrigido, em seguida, naquilo que for necessrio.

    2.5 - Nela, so exigidos do Policial Militar: - Raciocnio; Deciso Correta; e Tirode Qualidade, caso tenha que ser efetuado (Tiro de qualidade aquele que atingeplenamente seus objetivos, sem extrapolar a Lei. Um tiro com qualidade, jamais levarseu autor a ser condenado por ele nos Tribunais, nem colocar sua Corporao emdificuldades).

    2.6 - Condiciona o Policial Militar a atuar dentro da Lei e da Ordem, e a agir com aRazo, num confronto armado verdadeiro.

    2.7 - Prepara o Policial Militar para atuar em estado de stress, e manter o equilbriofsico e mental, nos momentos angustiantes em que a morte possa se fazer presente.

    2.8 - So sempre executadas com tiros reais. Exceo: - Quando a instruo for nointerior de edifcios, e no houver possibilidade de usar munio verdadeira.

    2.9 - Prepara-o para atuar de acordo com as circunstncias, no caso de umconfronto armado com os agressores da sociedade. Cada situao uma situao,exigindo solues e atuaes diferenciadas.

    2.10 - a fase intermediria entre a instruo, e o confronto armado verdadeiro, quepoder nunca ocorrer, mas, para o qual o Policial Militar ter que estar sempre

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    preparado.

    3.0 - FINALIDADE DA PPAPreparar e condicionar o Policial Militar para a atuao armada comum, e os

    confrontos armados verdadeiros; instruo e requalificao da tropa; verificao eaperfeioamento do grau de adestramento do Policial Militar; se ele tem condiestcnicas, tticas e psicolgicas para atuar armado no Servio Policial, protegendo suavida, a de terceiros, preservando a integridade de sua Corporao, solucionandoproblemas e agindo dentro da Lei e da Ordem; para d-lo como pronto para o serviocom o uso de armas; para obteno do seu porte de armas; para Testes de

    Verificao e TAT da tropa pronta e concluintes de Cursos, no que se refira a TIRODEFENSIVO; para competies entre Policiais Militares; etc.

    4.0 - TIRO DEFENSIVOA PPA dever estar voltada, sempre, para o Tiro Defensivo (legtima defesa,

    prpria ou de outros), com fiel observncia da Legislao Brasileira sobre o assunto.Calcada nica e exclusivamente na realidade brasileira.

    5.0 - DIDTICATer que ser didtica, procurando aumentar e aperfeioar os conhecimentos do

    Policial Militar para um melhor desempenho de sua profisso. Dever criar nele, reflexospositivos, que iro auxili-lo no servio policial armado sob sua responsabilidade.

    6.0 - REALIDADEDever estar, o mais prximo possvel, da realidade brasileira e da lgica do Servio

    Policial. Podero ser montadas Pistas para passagens individuais (um Policial Militar decada vez), ou coletivas (dois ou mais Policiais Militares em conjunto - ao mesmo tempo).

    Quando coletivas, devero prever, inclusive, o desembarque e a utilizao daviatura como proteo e meio de atuao. Podero ser sonorizadas (ao vivo ou atravsde gravaes). Devero provocar stress (tenso) no Policial Militar.

    7.0 - FUNDAMENTOSSeus fundamentos so: - RACIOCNIO (que o estudo da situao); DECISO

    CORRETA; e QUALIDADE DO TIRO (se tiver que ser efetuado). Todas as PPAdevero visar o aperfeioamento desses fundamentos no Policial Militar.

    8.0 - EXECUTANTESA PPA dever ter condies de ser executada por qualquer Policial Militar pronto

    para o servio, e tambm, por Alunos das diversas Escolas, que j passaram pelo

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    ensino bsico de tiro e pela PPI. O grau de dificuldades ser de acordo com o estgiode desenvolvimento dos Policiais Militares participantes, da importncia da instruo ede suas finalidades principais.

    9.0 - IDEALIZAO E MONTAGEMA PPA dever ser idealizada e montada por Policial Militar que tenha intimidade

    com aes policiais, de preferncia, por aquele que j tenha tido confronto armado comos agressores da sociedade.

    10.0 - VERBALIZAO

    Sempre que possvel, dever prever verbalizaes. O incio da verbalizao : - -Aqui a Polcia Militar!.

    11.0 - SEGURANATodos os princpios de segurana devero ser observados quando de sua

    idealizao e montagem, e de sua execuo pelo Policial Militar; principalmente, acontinuidade do trajeto dos projteis aps passarem pelos alvos, e o perigo que possamrepresentar.

    12.0 - DISTNCIA DOS DESLOCAMENTOSA PPA pode ter deslocamento curto, mdio e longo, no devendo ultrapassar, no

    entanto, a capacidade fsica dos Policiais Militares participantes.Observao: - Por curto, entende-se um deslocamento de at 20 metros. Por mdio,

    da at 50 metros. E, por longo, entre 50 e 100 metros. Excepcionalmente, poderoexistir PPA com deslocamentos maiores.

    13.0 - TEMPO MXIMOA PPA dever possuir um tempo mximo para ser executada. Esse tempo

    calculado por quem a idealiza e monta, tendo como base a distncia a ser percorrida;dificuldades dos deslocamentos; velocidade possvel nos deslocamentos; dificuldadesna localizao e identificao dos alvos; quantidade de tiros a ser efetuado; dificuldadespara execuo dos tiros, principalmente dos tiros finos; velocidade necessria para osdisparos; quantidade de recargas; e todos os demais tipos de problemas a seremenfrentados pelo Policial Militar, num ritmo semelhante a um confronto armadoverdadeiro. Um menor tempo gasto na sua execuo, no dar mais pontos ao PolicialMilitar.

    14.0 - VELOCIDADE DOS DESLOCAMENTOSA velocidade dos deslocamentos e da atuao do Policial Militar, na PPA, fica a

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    19.0 - OBSTCULOSA PPA poder possuir obstculos do tipo tnel, ponte, escada, tablado, barranco,

    paliada, etc.

    20.0 - EXIGNCIAS PRINCIPAIS DA PPAUma PPA deve ser idealizada e montada de tal forma, que exija do Policial Militar

    RACIOCNIO (estudo da situao); DECISO CORRETA; e QUALIDADE DO TIRO(se necessrio). Vide no item 2.5, na pg. 30. Assim, por exemplo, durante a suaexecuo, como se estivesse num confronto armado verdadeiro, dever obrig-lo araciocinar e tomar decises corretas, tais como:

    - Vou por aqui, ou por ali?-Aquele alvo amigo, neutro, ou agressor?- Estou sendo ameaado?-Atiro daqui, ou procuro um melhor ngulo?- Tenho certeza de que devo atirar?- Aquele alvo de seqestrador est segurando o refm e apontando uma arma para

    a sua cabea; que fao?- Tenho que progredir no terreno; onde ser meu prximo ponto de parada?- Qual a melhor posio para o tiro?- Estou me expondo demais?- caso de parar na minha progresso?- caso de uma retirada estratgica?- O alvo agressor est de costas e fugindo; que fao?- O alvo agressor est a uns 6 ou 7 metros, armado com faca, e vem para cima de

    mim; que fao?- O alvo agressor est no meio da multido; armado; atiro? Chamo reforo?-Aquele alvo agressor est armado com revlver; atiro nele?- Aquele alvo estranho est armado, ou algum da imprensa com uma mquina

    fotogrfica na mo? Ou um celular?- Caramba, h um alvo neutro bem atrs do alvo agressor; atiro no alvo agressor

    daqui mesmo, ou procuro uma posio melhor?- No estou vendo as mos daquele alvo suspeito; verbalizo?-Aquele alvo amigo est ferido, e, o alvo agressor est fugindo; que fao?-Aquele alvo est armado, mas, no me parece ser um alvo agressor; como ter

    certeza?- O alvo agressor est dentro de umedifcio suspeito; entro ou chamo reforo?- O alvo agressor est com os dois braos levantados, se rendendo, mas, ainda

    mantm numa das mos a arma; que fao?-Aquele alvo agressor est com colete prova de balas; que fao?

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    E outras decises.As respostas corretas devero estar previstas por quem idealizou e montou a PPA,

    e, naturalmente, j foram abordadas, muitas vezes, na Pista Policial de Instruo (PPI),e, em salas de aula.

    21.0 - UNIFORME - ARMAMENTO - MUNIO - EQUIPAMENTOSOs mesmos utilizados pelo Policial Militar em seus servios normais. Se possvel, o

    armamento dever ser o mesmo utilizado por ele no servio. A potncia da munio sera da original de fbrica.

    22.0 - ARMASempre, original de fbrica. O Policial Milita r que se destacar na PPA, ser por

    seus prprios mritos, e no, por atuar com uma arma super preparada, superior deseus colegas. Ser a de servio, e da carga da Corporao. Armas curtas e longas,inclusive a espingarda calibre 12, sub metralhadora, etc.

    23.0 - SUBSTITUIO DE ARMADe acordo com autorizao do Instrutor.

    24.0 - TAPA OLHOS - RIS MECNICA - ETC.Proibidos. So complementos que o Policial Militar no utiliza em seu servio.

    25.0 - EMPUNHADURA - AO NO GATILHO - POSIES DE TIRO - APOIOSLivres; o que melhor convier ao Policial Militar. Exemplo: - Se o Policial Militar achar

    que far um tiro de qualidade apoiando parte do corpo (ou todo ele, ou a prpria arma),em suporte existente no Posto de Tiro, dever faz-lo.

    26.0 - SISTEMA DE RECARGALivre (manual, jet, etc.), se possvel, o mesmo sistema utilizado pelo Policial Militar

    quando de servio. A utilizao de carregadores rpidos deve ser incentivada.

    27.0 - ALVOSOs mesmos utilizados na PPI (Vide Anexo F, pg. 69).28.1 - Sero de figuras humanas, diferenciadas, de papel, papelo, plstico, etc.,

    sem pontos de referncia, como disco branco no centro, etc. (agressor no tem essespontos), nas mais diversas posies e situaes. Devero possuir olhos, boca, etc.; notendo, porque esto de costa (vide Anexo F, pg. 69). Outros tipos de alvos poderoser utilizados (bonecos, alvos metlicos para o calibre 12, etc.). Sero constitudos, emprincpio, de ALVOS AMIGOS, ALVOS NEUTROS, e ALVOS AGRESSORES.

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    27.1.1 - ALVOS AMIGOS: - Estaro representando pessoas que se envolveram,voluntariamente, na ao policial, para agir em apoio ao Policial Militar e Lei. Ex.: -Outros Policiais; colaboradores; informantes; etc.. Nunca sero alvos atirveis.

    27.1.2 - ALVOS NEUTROS: - Estaro representando pessoas que se envolveramna ao policial, voluntria ou involuntariamente, mantendo-se, normalmente, em atitudeneutra. Ex.: - Jornalista; cinegrafista; fotgrafo; curiosos; refns; vtimas; etc.. Tambm,nunca sero alvos atirveis.

    27.1.3 - ALVOS AGRESSORES: - Estaro representando, sempre, os agressoresda sociedade. Sero os alvos passveis de tiros (naturalmente, dentro dos princpios doTiro Defensivo).

    27.2 - Quem idealizar e montar a PPA ter a liberdade de criar todos os tipos dealvos que julgar mais convenientes para o que pretende. Poder aproveitar os jexistentes (como se encontram), ou alter-los, atravs de cortes e remontagens. Poderdesenhar alvos novos, pint-los, etc. O poder de criatividade, com base na observaoda realidade, ser muito til.

    27.3 -As distncias dos alvos agressores iro variar de 1 (um) a 20 (vinte) metros,em relao ao Posto de Tiro, de acordo com os objetivos da PPA. Essa distnciapoder ser aumentada quando da utilizao de armas longas. Os alvos amigos eneutros, distncias semelhantes, ou at maiores.

    27.4 - O alvo agressor dever estar armado. Se o alvo j existente no estiverassim caracterizado, s recortar o modelo de uma arma em outro papel, e col-la (oupint-la) no lugar certo. Excepcionalmente, o alvo agressor poder estar desarmado,mas, dever possuir caractersticas prprias que o caracterize como tal. Etc.

    27.5 - O alvo neutro estar desarmado. O alvo amigo poder estar arma do, casoem que dever possuir certas caractersticas para a sua identificao. Ex.: - Um alvoamigo representando um outro Policial, participando da mesma ao policial. Bastaacrescentar um detalhe qualquer, prprio dos policiais. Esse tipo de alvo muitoimportante, pois ensina o Policial Militar a identificar seus companheiros, e evitar ofamoso fogo amigo (companheiro matando companheiro).

    27.6 - Os alvos podem ser fixos ou mveis (giratrios, pendulares, corredios, etc.).27.7 - Alvos agressores, alvos amigos, e alvos neutros, que surgem,

    repentinamente: - frente do Policial Militar, quando dos seus deslocamentos (oumesmo estando em seu posto de tiro); em janelas; portas; esquinas; etc.; deveroexistir. Se o Policial Militar estiver fora do seu posto de tiro, e no houver outra sada,atuar de onde estiver. Havendo, primeiro se abrigar. Se efetuar disparos de um postode tiro improvisado e exposto, e necessitar recarregar a arma, dever faz-lo agachado,do mesmo local de onde atuou sobre os alvos repentinos, ou das imediaes, caso asegurana seja melhor, e at em movimento, caso seja a melhor opo (Vide item 41 e43). Quem idealizar e montar a PPA, ter a liberdade de utilizar o mecanismo que

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    julgar mais conveniente para o surgimento inesperado dos alvos.27.8 - O alvo poder estar totalmente exposto, ou apenas uma parte dele, inclusive,

    s a cabea, ou parte dela, etc. (vlido para todos os tipos de alvos: - amigos,neutros, agressores).

    27.9 - Quanto mais alvos amigos, neutros e agressores na PPA, paraconfundir o Policial Militar, e obrig-lo a raciocinar, melhor.

    27.10 - Quando houver dificuldades para se conseguir alvos com as finalidades que sedeseja, ou o alvo no conseguir demonstrar o que est representado, sobre o mesmo serescrito - Agressor de costa fugindo; agressor rendendo-se; guarda municipal; etc.

    28.0 - ZONAS DE ACERTO NO ALVO AGRESSOR28.1 - O alvo agressor dever possuir zonas de acerto, identificadas com letras, e

    com linhas divisrias quase imperceptveis. A valorizao dessas zonas ser dada peloInstrutor, de acordo com a sua importncia (de zero a 10 pontos).

    Observao: - comum, nos alvos existentes no comrcio, a existncia de linhasdivisrias fortes. Facilitaro o treinamento, mas, prejudicaro os reflexos numa aopolicial verdadeira. Temos que partir do pressuposto de que agressor verdadeiro notem essas linhas; agressor verdadeiro tem silhueta, estampa, vulto, etc., nunca linhasdivisrias (ou pontos de referncia, como disco branco no peito, etc.). No alvo agressorexistente, e com essas linhas divisrias fortes, basta passar um pincel atmico damesma cor sobre elas, e o problema estar resolvido.

    28.2 - Haver uma (ou mais) zona primria de acerto,objetivo principal do disparo, aqual ter valorizao mxima. Podero existir tantas zonas secundrias quantas foremnecessrias; seus valores sero menores, e de acordo com suas importncias.

    28.3 - As zonas de acerto podero mudar de local, de tamanho, de formato, e devalorizao, de um alvo para outro, de acordo com os objetivos da PPA.

    28.4 - Cada alvo um alvo; cada situao uma situao. Cada alvo e cadasituao poder, inclusive, mudar, repentinamente, dentro de um mesmo quadro,atravs de movimentaes e modificaes, alterando, totalmente, sua representaoanterior. Etc. A criatividade e as finalidades da PPA, devero estar intimamenterelacionadas com a realidade das aes policiais armadas.

    Observao: - Encontrar alvos agressores no significa obrigatoriedade do PolicialMilitar atirar contra os mesmos; atuar sobre eles de acordo com o que aprendeu emsala de aula, e na PPI. Ter que raciocinar e decidir como proceder.

    28.5 - Os alvos amigos e os alvos neutros no tero zonas de acerto; uma vezatingidos (em qualquer ponto), o Policial Militar sofrer as penalidades previstas porquem idealizou e montou a PPA.

    29.0 - IDENTIFICAO DA ZONA PRIMRIA NO ALVO AGRESSOR

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    No haver nenhuma caracterstica especial para essa identificao; caber aoPolicial Militar, no instante do disparo, raciocinar e decidir onde deve ser essa zona, afim de obter um tiro de qualidade (exatamente como ocorre na vida real). No alvo elapoder estar assinalada, de leve.

    30.0 - VALORIZAO DAS ZONAS DE ACERTO30.1 - Zona Primria: - 10 pontos.30.2 - Zonas Secundrias: - Seus valores sero determinados por quem idealizar e

    montar a PPA, com base na maior ou menor dificuldade de acerto, e de suaimportncia. Variaro de zero a 8 pontos.

    30.3 - Para estar na melhor zona de pontuao, o impacto dever, no mnimo,tangenciar a linha divisria superior, sem deixar qualquer espao.

    30.4 - Impacto maior que o calibre que lhe deu origem (rasgado) ser aproveitado. Oque importa acertar, e no como o projtil penetrou no alvo. Por acaso, na vida real, seum projtil penetrar no agressor da sociedade de lado, rasgando, ser anulado ou noter conseqncias?

    30.5 -As zonas de acerto estaro identificadas por letras j impressas no alvo.

    31.0 - VALOR DOS PROCEDIMENTOSCada procedimento correto valer 10 pontos positivos; incorreto, no ter qualquer

    valor.OBSERVAES:

    a. Os procedimentos sero estabelecidos por quem idealizar e montar a PPA.b. Exemplos de procedimentos:1) Proteger-se corretamente para atuar sobre os alvos.2) Cano da arma sempre voltado para a direo correta (do perigo).3) Dedo fora do gatilho quando dos deslocamentos.4) Verbalizar corretamente.5) Recarregar protegido, com rapidez e sem perder o contato visual com os alvos.6) Deslocamentos corretos e seguros.7) Localizar e atuar corretamente sobre um alvo pr determinado.8) Atuar corretamente sobre um quadro de seqestro.9) Atuar corretamente sobre o alvo agressor armado com faca.10) Atuar corretamente atravs da janela.11) Atuar corretamente na virada de uma esquina.12) Entrar e atuar corretamente pela porta do edifcio suspeito.13) Atuar corretamente em relao ao alvo agressor que est se rendendo.14) E outros procedimentos.

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    32.0 - VALOR DAS PENALIDADES10 pontos negativos para cada uma.OBSERVAES:

    a. As penalidades sero estabelecidas por quem idealizar e montar a PPA.b. Exemplos de penalidades:1) Acerto em alvo no atirvel (cada acerto, uma penalidade).2) Derrubar a arma.3) Levar tombo (cair).4) Disparo acidental, sem maiores conseqncias; se houver conseqncias,

    desclassificao.

    5) Deslocar-se com a arma descarregada.6) No completar a PPA por falta de munio.7) E outras penalidades.

    33.0 - DESCLASSIFICAOSer desclassificado da PPA que estiver executando, o Policial Militar que:33.1 - Atentar contra as normas de segurana.33.2 - No cumprir o trajeto determinado (se estiver determinado).33.3 - No obedecer a numerao dos Postos de Tiro (se existir).33.4 - Tocar no alvo antes do seu levantamento.33.5 - Tomar atitudes anti disciplinares.33.6 - Sacar a arma fora do local para isso determinado. Fora da PPA, e do local

    destinado ao manejo da arma, a mesma dever permanecer no coldre, carregada, ouacondicionada em local prprio (maleta, etc.), neste caso, descarregada. O PolicialMilitar no deve andar com a arma descarregada quando no coldre, a no ser que existadeterminao em contrrio, por se tratar de Policial Militar sem experincia.

    33.7 - Outros motivos determinados por quem idealizar e montar a PPA.

    34.0 - ALVOS NO ATIRVEIS (AMIGOS E NEUTROS)Se possvel, no devero estar claramente identificados; devero causar dvidas no

    Policial Militar. Ex.: - Um alvo duvidoso com um celular nas mos. O Policial Militar vaiter que observar com cuidado, e raciocinar: - Ser um celular, ou uma arma?

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    35.0 - QUANTIDADE DE DISPAROS CONTRA UM MESMO ALVOSer determinado por quem idealizar e montar a PPA (em mdia, 2). Tiros a mais ou a

    menos do que foi determinado, sero considerados penalidades (acerte ou erre). Poderoser idealizadas e montadas PPA em que o nmero de tiros contra os alvos agressoresfique por conta do Policial Militar. Ele dever ser alertado desse fato. Se usar tiros a mais oua menos do necessrio, ser penalizado.

    36.0 - TOTAL DE TIROS NUMA S PPADe zero a 18. Excepcionalmente, esse nmero poder ser aumentado; nesse caso,

    o Policial Militar ser alertado para levar mais munio, mas, nunca, saber quantos

    disparos ir efetuar.

    37.0 - PONTUAO FINAL DE UMA PPASer a diferena entre a soma dos pontos positivos (dos alvos e dos procedimentos)

    e dos pontos negativos (penalidades). Um tempo menor do que o previsto para execut-la, no acrescentar pontos; servir apenas para um possvel desempate, caso se tratede uma competio.

    38.0 - SISTEMA DE PONTUAO DE UMA PPA ONDE NO EXISTANECESSIDADE DE TIROS

    A Pista dever ter o mximo de procedimentos possveis, e penalidades previamenteestabelecidas. Cada procedimento correto valer 10 pontos; incorreto, nada. Cadapenalidade 10 pontos negativos. A pontuao final do Policial Militar ser a diferena entre ototal dos pontos dos procedimentos corretos e das penalidades.

    O Policial Militar jamais dever tomar conhecimento de que no haver tiros.

    39.0 - DO RECONHECIMENTO DA PPA POR PARTE DO POLICIAL MILITARSero observados os seguintes princpios:39.1 - No haver qualquer reconhecimento.39.2 - O Policial Militar somente ter contato direto com ela, na hora de execut-la.39.3 - Sempre surpresa.39.4 - Se possvel, o Policial Militar no dever v-la (mesmo que de longe, e

    parcialmente) antes de sua participao. Aps t-la executado, e, tambm se forpossvel, no dever manter contato com quem ainda no o fez. Tudo dever ser feitopara que o Policial Militar no tenha acesso aos problemas, dificuldades, tipos de alvos,e outras caractersticas da PPA, antes de execut-la.

    39.5 - Sobre a PPA propriamente dita, ter informaes vagas do que ir encontrar, ede como proceder. Ex.: - Voc, a partir de agora, vai participar de um confronto armado comos agressores da sociedade. Eles esto por a. A rea de altssimo risco, com

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    possibilidades de mortes de ambos os lados. Atue como se estivesse numa ao verdadeira,colocando em prtica tudo o que aprendeu. Voc vai se deslocar daqui at aquele ponto. Oitinerrio seu. A escolha dos locais de atuao (Postos de Tiro) sua. Efetue 2 disparos emcada alvo agressor atirvel. H um alvo de assaltante de banco, com gravata, e uma pastana mo, condenado a 10 anos de recluso: - Atue contra ele. H um assaltante, desarmadoe sem um brao, condenado a 20 anos de recluso, disfarado:- Atue contra ele. Voc temx minutos para executar a PPA. O incio do tempo ser com sinal sonoro. Quando vocachar que terminou de executar a PPA, coloque a arma no coldre, e levante um dos braos,permanecendo no mesmo local, aguardando orientaes. Se, antes disso, ouvir um segundosinal sonoro, pare imediatamente; ser o sinal de que o tempo mximo para executar a

    PPA se esgotou, ou voc foi desclassificado; coloque a arma no coldre, e aguardeorientaes. Observe todos os princpios de segurana; etc..

    Observao: - Tudo isso poder ser dito a todos os Policiais Militares de uma s vez(poder, inclusive, ser feito por escrito, antecipadamente).

    39.6 - Quem idealizar e montar a PPA, dever faz-lo de tal forma, que, a qualquerinstante, os alvos possam ser mudados de lugar ou alterados, sem qualquer prejuzo ouvantagem para os atiradores futuros. Essas mudanas e alteraes so muitoimportantes. Poder, inclusive, retirar a arma de alvos que estejam armados, ouarmar alvos que estejam desarmados. Isso muito simples, bastando fixar essasarmas (naturalmente, recortadas em papel), com fita crepe, etc.

    Observao: - Essas mudanas e alteraes podero ser feitas aps a passagemde um grupo de atiradores. Ex.: - Passaram 15 Policiais Militares. O Instrutor deixa-osisolados, num canto, sem contato com os que ainda no passaram. Libera-os, emseguida, no mesmo instante em que muda algumas posies de alvos, e altera outros,para o grupo seguinte (sem divulgar essa atitude).

    39.7 - O Policial Militar dever conhecer o Regulamento de PPA em todos os seusdetalhes.

    40.0 - POSTOS DE TIRO (LOCAIS DE ATUAO)40.1 - Sero em nmero ilimitado dentro de uma mesma PPA, inclusive, poder

    ser apenas um.401.2 - Podero ou no ser previamente designados, marcados e at numerados.401.3 - Quando no forem previamente designados ou marcados, o Policial Militar

    ficar livre para atuar de onde melhor lhe convier, caso em que lhe ser dado o itinerrioaproximado para percorrer e atuar. Ex.: - -Daqui voc vai se deslocar at aquela rvore.

    Os alvos encontram-se frente e direita desse deslocamento. Atue sobre eles, deonde e do modo que achar mais conveniente..

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    41.0 - VISO DA REA DE ATUAO DO POLICIAL MILITAR DE DENTRO DOPOSTO DE TIRO

    41.1 - O Policial Militar dever atuar sobre todos os alvos vistos de dentro do Postode Tiro.

    41.2 - O Policial Militar no dever sair de sua proteo, se expondo, paraobservao ou atuao. Caso se exponha, perder pontos; agindo corretamente,ganhar pontos.

    42.0 - LOCAIS DE RECARGA DENTRO DA PPA O Policial Militar somente recarregar sua arma dentro do Posto de Tiro, podendo

    faz-lo na posio que melhor lhe convier, desde que, em segurana. Somente sair doslimites do Posto de Tiro, se tiver com a arma carregada. Excepcionalmente, poderrecarregar a arma no trajeto entre os Postos de Tiro (agachado ou em movimento - oque for melhor e mais seguro para ele), por ter sido obrigado a atirar contra alvos quesurgiram repentinamente sua frente, durante esse trajeto (portanto, nesse caso, oPolicial Militar teve que atuar de um Posto de Tiro no previsto por ele, um Posto de Tiroextra, possivelmente, sem cobertura. Por isso, foi obrigado a recarregar agachado, comoforma de proteo, ou em movimento; mas, se houver lugar seguro nas proximidades,far a recarga dentro dele (Vide no item 28.9; na pag. 36). O Policial Militar precisaacostumar-se a controlar a munio existente em sua arma). Quando da recarga, devermanter contato visual com os alvos.

    43.0 - EXIGNCIAS PARA O POLICIAL MILITAR DAR INCIO EXECUO DAPPA

    O Policial Militar dar incio execuo da PPA com a arma carregada no coldre(Pistolas, travadas); um mnimo de 12 cartuchos de reserva, ou de acordo comdeterminao do Instrutor; uniformizado e equipado dentro dos padres de sua Unidade.

    Adaptaes especiais devero ser feitas quando a arma for longa; submetralhadoras;calibre 12; e outras armas.

    44.0 - INCIO E TRMINO DO TEMPOO incio e o trmino do tempo sero controlados atravs de sinal sonoro. Caso o

    Policial Militar no tenha concludo a PPA quando do sinal sonoro de encerramento dotempo, suspender, imediatamente, a sua participao, colocando a arma no coldre.Neste caso, os disparos faltantes (que deixaram de ser efetuados), e os procedimentosvalendo pontos (que tambm deixaram de ser tomados, em virtude do trmino do tempo)sero transformados em penalidades. O Instrutor poder fazer outras adaptaes, como,por exemplo, deixar que o Policial Militar termine a pista, a fim de continuar testando suacapacidade, aplicando-lhe, aps, as penalidades que julgar convenientes, em virtude do

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    excesso de tempo.

    45.0 - CRONMETROSSero utilizados 2 (dois); um, como titular, e o outro, como reserva. O cronmetro

    reserva somente ser consultado, se houver problemas com o titular.

    46.0 - ORDEM DE ENTRADA DOS POLICIAIS MILITARES NA PPADe acordo com determinao do Instrutor.

    47.0 - VOZES DE COMANDO

    Estando o Policial Militar no local de partida, as vozes de comando so asseguintes:

    47.1 - Pista quente!47.2 - Auxiliares, atentos!47.3 - Policial Militar pronto? (se o Policial Militar estiver pronto, permanece em

    silncio; no estando, responde, em voz alta: - No pronto!. Isso lhe dar mais 15segundos para se aprontar. No haver um segundo no pronto, pois, transcorridos os15 segundos, vir a voz de comando seguinte).

    47.4 - espera!47.5 - Sinal sonoro dando incio ao tempo (ser emitido de 3 a 5 segundos aps o

    espera).47.6 - Sinal sonoro dando fim ao tempo (ou a desclassificao do Policial Militar).47.7 - - Pista fria, efetuar o levantamento.47.8 - - Policial Militar, acompanhar o levantamento! (quando isso for permitido).Observao: -A frase pista quente, significa que a PPA est perigosa; ningum

    deve mais adentr-la. Pista fria, significa que no h mais perigo; podendo seradentrada.

    48.0 - EXECUO DA PPA48.1 - O Policial Militar apresenta-se para executar a PPA com a arma carregada

    no coldre, e toda a munio reserva j no seu corpo. A critrio do Instrutor, poderapresentar-se com a arma descarregada.

    48.2 - Dever conhecer, integralmente, o Regulamento da PPA.48.3 - Sobre a PPA que ir executar, somente ser alertado sobre alguns detalhes

    especficos dela (caso ainda no tenha sido). Vide item 40.5,na pag. 40.48.4 - PARTIDA: Na posio determinada por quem idealizou e montou a PPA, j

    ou no no primeiro Posto de Tiro; arma carregada no coldre (pistolas travadas); munioreserva, e outros materiais necessrios, no corpo do Policial Militar. Armas longas, etc.,adaptadas situao. Ex.: - Carabina.38: - carregada; culatra fechada; coronha entre o

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    brao e o corpo; cano a 45 graus em relao ao solo; etc.48.5 - Ao sinal sonoro (incio do tempo) sacar a arma e se instalar no Posto de

    Tiro nmero 1 (um), atuando sobre todos os alvos vistos desse posto. Em seguida, sedesloca para o Posto de Tiro nmero 2 (dois); depois para o 3 (trs); etc.. Naturalmente,se forem numerados e previamente designados. No sendo, atuar de onde julgar maisconveniente.

    48.6 - Em princpio, os deslocamentos sero feitos com a arma na mo, sempre,com especial ateno para a segurana.

    48.7 Nos deslocamentos com a arma na mo, o dedo dever estar fora do gatilho, eo cano da arma dever estar voltado para a direo que o momento exige (do perigo).

    48.8 - A arma dever ser colocada no coldre, quando houver necessidade deultrapassar obstculos em que ambas as mos tenham que ser utilizadas para talfim, sem possibilidades de continuar segurando-a; sendo uma s mo, no hnecessidade, ou, fica a critrio do Policial Militar. Armas longas, etc., adaptadas situao.

    48.9 - Quantidade de recargas: No h limite. No h necessidade de gastar todosos cartuchos para fazer a recarga.

    48.10 - A rapidez dos deslocamentos e dos disparos, sero dosados pelo prprioPolicial Militar, diante das caractersticas da PPA, e do tempo mximo que dispe paraexecut-la.

    48.11 - Encontrando tabuletas indicativas de trajeto ou obstculos por onde apassagem seja obrigatria, dever cumpri-las, sob pena de desclassificao dessaPPA, ou penalidades. No encontrando, seguir o trajeto que melhor lhe convier.

    48.12 - Se o Posto de Tiro estiver balizado, ter que atuar sobre os alvos, do interiordesse balizamento.

    48.13 - Quando no deslocamento entre os Postos de Tiro surgirem, repentinamente,alvos sua frente (lateral, etc.), e no tendo tempo para se proteger, de onde estiver,ter que atuar sobre os mesmos. Esses alvos repentinos podero ser amigos, neutros,ou agressores, e serviro para testar a capacidade de reao intuitiva rpida e corretado Policial Militar.

    48.14 - Se por qualquer motivo o Policial Militar no tiver condies de continuarexecutando a PPA, dever parar onde se encontra, colocar a arma no coldre, elevantar uma das mos. O responsvel travar o cronmetro imediatamente. Se ficarcomprovado que o motivo que provocou a paralisao foi da responsabilidade dosdirigentes ou da organizao da PPA (Ex.: - Falta do nmero do Posto de Tiro, quandoisso estiver previsto; presena de pessoas dentro da PPA, estando, portanto, correndorisco de vida; etc.; ou de intempries: Ex.: - alvos derrubados por ventos fortes; quedade raio no local; etc.); o Policial Militar ter direito de completar a PPA, dentro do tempofaltante. Se a paralisao foi motivada por falha de arma, munio, equipamento,

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    acidente, etc., o Instrutor analisar o problema, e autorizar ou no o Policial Militar acompletar a PPA dentro do tempo faltante; poder, inclusive, autorizar a substituioda arma, da munio, etc..

    48.15 - Se no lhe for permitido terminar a pista, ficar com os pontos obtidos at asua paralisao, e mais as penalidades previstas (Vide no item 45.0, pag. 41).

    48.16 - Terminando de executar a PPA antes do sinal sonoro relativo aotrmino do tempo, o Policial Militar coloca a arma no coldre, levanta um dos braos,e permanece no local, espera do sinal sonoro do trmino do tempo, e outrasorientaes. Armas longas, etc., adaptadas situao. Ex.: - Carabina.38: - culatraaberta; coronha apoiada no solo; arma em p, segura pelo Policial Militar; etc.

    48.17 - Se, antes de termin-la, houver sinal sonoro de trmino do tempo (ourelativo sua desclassificao), pra, imediatamente, colocando a arma no coldre,permanecendo no local espera de orientao. Armas longas, etc., adaptadas situao. Ex.: -