Manual Projetos Geometricos Travessias Urbanas

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Publicação IPR - 740 MANUAL DE PROJETO GEOMÉTRICO DE TRAVESSIAS URBANAS

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DNIT-Manual Projetos Geometricos Travessias Urbanas

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  • Publicao IPR - 740

    MANUAL DE PROJETO GEOMTRICO

    DE TRAVESSIAS URBANAS

  • MINISTRO DOS TRANSPORTES Dr. Paulo Srgio Oliveira Passos

    DIRETOR GERAL DO DNIT

    Dr. Luiz Antonio Pagot

    DIRETOR EXECUTIVO DO DNIT

    Eng.o Jos Henrique Coelho Sadok de S

    INSTITUTO DE PESQUISAS RODOVIRIAS

    Eng.o Chequer Jabour Chequer

  • MANUAL DE PROJETO GEOMTRICO DE

    TRAVESSIAS URBANAS

  • EQUIPE TCNICA:

    Eng. Francisco Jos Robalinho de Barros

    (Responsvel Tcnico)

    Eng. Jos Lus Mattos Britto Pereira Tc Luiz Carlos Aurlio

    (Coordenador) (Tcnico em Informtica)

    Eng Maria Lcia Barbosa de Miranda Tc. Karen Fernandes de Carvalho

    (Supervisora) (Tcnica em Informtica)

    Eng Annibal Espinola Rodrigues Coelho Tc Clia de Lima M. Rosa

    (Consultor) (Tcnica em Informtica)

    Eng Amarilio Carvalho de Oliveira

    (Consultor)

    COMISSO DE SUPERVISO

    Eng. Gabriel de Lucena Stuckert

    (DNIT / DIREX / IPR)

    Eng. Pedro Mansour

    (DNIT / DIREX / IPR)

    Eng. Elias Salomo Nigri

    (DNIT / DIREX / IPR) COLABORADORA:

    Bibl. Tnia Bral Mendes

    (DNIT / DIREX / IPR)

    Reproduo permitida desde que citado o DNIT como fonte.

    Brasil. Departamento Nacional de Infraestrutura de

    Transportes. Diretoria Executiva. Instituto de

    Pesquisas Rodovirias.

    Manual de projeto geomtrico de travessias

    urbanas. - Rio de Janeiro, 2010.

    392p. (IPR. Publ., 740).

    1. Rodovias Brasil Manuais. 2. Rodovias

    Projetos Manuais. I. Srie. II. Ttulo.

    1. CDD 625.70202

    Impresso no Brasil/Printed in Brazil

  • MINISTRIO DOS TRANSPORTES

    DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES

    DIRETORIA EXECUTIVA

    INSTITUTO DE PESQUISAS RODOVIRIAS

    Publicao IPR 740

    MANUAL DE PROJETO GEOMTRICO DE TRAVESSIAS URBANAS

    RIO DE JANEIRO

    2010

  • DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES

    DIRETORIA GERAL

    DIRETORIA EXECUTIVA

    INSTITUTO DE PESQUISAS RODOVIRIAS

    Rodovia Presidente Dutra, km 163 Vigrio Geral

    Cep.: 21240-000 Rio de Janeiro RJ

    Tel.: (21) 3545-4504

    Fax.: (21) 3545-4482/4600

    e-mail.: [email protected]

    TTULO: MANUAL DE PROJETO GEOMTRICO DE TRAVESSIAS URBANAS

    Elaborao: DNIT / ENGESUR

    Contrato: DNIT / ENGESUR 264 / 2007 IPR

    Aprovado pela Diretoria Colegiada do DNIT em 30 / 08 / 2010

    Processo: 50.607.002.344/2009-49

    Impresso no Brasil / Printed in Brazil

    mailto:[email protected]

  • Manual de Projeto Geomtrico de Travessias Urbanas

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    MT/DNIT/IPR

    APRESENTAO

  • Manual de Projeto Geomtrico de Travessias Urbanas

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    MT/DNIT/IPR

    APRESENTAO

    O Instituto de Pesquisas Rodovirias (IPR), do Departamento Nacional de Infraestrutura de

    Transportes (DNIT), dando prosseguimento ao Programa de Reviso e Atualizao de Normas e

    Manuais Tcnicos, vem oferecer comunidade rodoviria brasileira o seu Manual de Projeto

    Geomtrico de Travessias Urbanas, fruto da reviso, atualizao e complementao das Normas

    para o Projeto Geomtrico de Vias Urbanas do DNER, datado de 1974, e de estudos e consultas das

    metodologias, sugestes e recomendaes das mais recentes publicaes tcnicas sobre o assunto.

    Inicialmente o conceito rodovia compreendia a ligao viria entre duas cidades,

    subentendendo-se que seus extremos se situavam nos limites da rea urbana e se conectavam com as

    extremidades do sistema virio urbano pavimentado. O intenso processo de urbanizao das ltimas

    dcadas frequentemente se desenvolveu ao longo do sistema virio, descaracterizando a concepo

    de limites urbanos. Ao mesmo tempo, a expanso das reas urbanas aumentou sensivelmente a

    necessidade de cruzar reas desenvolvidas, ou que em breve o seriam, para conectar novas rodovias

    rede viria local, ligar entre si reas afastadas ou integrar novas reas ao organismo urbano.

    Os trechos urbanos, geralmente arteriais, que proporcionam a continuidade viria atravs das

    cidades, podem cruzar a rea urbana de um lado a outro ou simplesmente ligar-se a uma outra via

    arterial tambm conectada ao sistema rodovirio nacional. A necessria continuidade de percurso das

    rodovias nacionais pode ser proporcionada, ainda, mediante um contorno ou uma via de acesso

    especifica que, evitando reas densamente urbanizadas, as liguem aos mais importantes geradores de

    trfego dentro da rea urbana, tais como terminais de passageiros e carga.

    Essas ligaes e conexes muitas vezes podero ser vias de alto padro tcnico, de grande

    capacidade e elevadas velocidades, exercendo funes bsicas na rede viria. Em outros casos, a

    categoria e importncia da via podero ser menores. Sempre que possvel, porm, desejvel dotar as

    extenses urbanas de padres tcnicos superiores, que se assemelhem aos dos trechos rodovirios de

    alto gabarito. H necessidade, portanto, de estruturar um conjunto de conceitos, mtodos, instrues e

    critrios tcnicos que possibilitem a implantao de vias urbanas de alto padro, atendendo tambm

    s peculiaridades urbanas.

    Os valores e critrios bsicos de projeto, includos no presente Manual, visam principalmente

    completar e padronizar uma gama de procedimentos atualmente adotados pelos diversos rgos e

    empresas projetistas. As metodologias e critrios dele constantes devem contribuir e estimular a

    anlise das caractersticas locais e o emprego do melhor bom senso tcnico, bem como constituir

  • Manual de Projeto Geomtrico de Travessias Urbanas

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    MT/DNIT/IPR

    matria em aberto para a adaptao de recomendaes ditadas pela experincia nas diversas reas

    metropolitanas brasileiras.

    Na oportunidade, solicita-se aos que utilizarem este Manual, que enviem suas contribuies e

    crticas, por carta ou e-mail, para: Instituto de Pesquisas Rodovirias IPR, Rodovia Presidente

    Dutra, Km 163 Centro Rodovirio Vigrio Geral Rio de Janeiro, RJ, CEP: 21240-000, e-mail:

    [email protected]

    Eng Civil CHEQUER JABOUR CHEQUER

    Gerente de Projeto DNIT

    Instituto de Pesquisas Rodovirias - IPR

    mailto:[email protected]

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    MT/DNIT/IPR

    LISTA DE SMBOLOS E ABREVIATURAS

    AASHTO American Association of State Highway and Transportation Officials

    ABNT Associao Brasileira de Normas Tcnicas

    AET Autorizao Especial de Trnsito

    CET Companhia de Engenharia de Trfego

    CVC Combinao de Veculos de Carga

    CONTRAN Conselho Nacional do Trnsito

    CTB Cdigo de Trnsito Brasileiro

    DNIT Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes

    DNER Departamento Nacional de Estradas de Rodagem

    DENATRAN Departamento Nacional de Trnsito

    DVI Distncia de visibilidade ao longo da via principal

    HCM Highway Capacity Manual

    HBS Handbuch fur die Bemessung Von Strassenverkehrsanlagen

    HOV High-Ocupance Vehicle

    IS Instruo de Servio

    ITE Institute of Transportation Engineers

    FHP Fator horrio de pico

    FPED Fluxo de pedestres

    FGSV Forschungsgesellschaft Fur Strassen Und Verkehrswesen

    FHWA Federal Highway Transportation

    MUTCD Manual on Uniform Traffic Control Devices

    NCHRP National Cooperative Highway Research Program

    NBR Norma Brasileira Registrada

    PBTC Peso Bruto Total Combinado

    PBT Peso Bruto Total

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    MT/DNIT/IPR

    PNTC Plano Nacional de Contagem de Trnsito

    PROGRES Programa Especial de Vias Expressas

    SINDIPEAS Sindicato Nacional da Indstria de Componentes para Veculos Automotores

    TRB Transportation Research Board

    TOC Truck Operating Characteristics

    VMD Volume mdio dirio

    VHP Volume horrio de projeto

    VFL Volume de fluxo livre

    VPD Veculos/Dia

    VPH Veculos/Hora

    VHP Volume da hora de pico

    V15MAX Volume do perodo de quinze minutos com maior fluxo de trfego dentro da hora de pico

    V/C Volume/Capacidade

    VPED Velocidade dos pedestres

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    LISTA DE ILUSTRAES - FIGURAS

    Figura 1 Hierarquia Funcional das Vias Urbanas ..................................................................... 44

    Figura 2 Relao entre os Nveis de Acessibilidade e Mobilidade para os Diferentes Tipos de

    Vias Urbanas................................................................................................................................. 45

    Figura 3 Relao entre a Hora e o Volume de Trfego em Rodovias Norte-americanas ......... 59

    Figura 4 Trechos de Entrecruzamento ...................................................................................... 83

    Figura 5 Tipos de Entrecruzamento .......................................................................................... 84

    Figura 6 Nveis de Servio de Pedestres em Deslocamento ..................................................... 87

    Figura 7 Nveis de Servio de Pedestres Aguardando Oportunidade para se deslocar ............ 88

    Figura 8 Velocidade dos Pedestres em Funo de Declividade da Via .................................... 96

    Figura 9 Relao entre Densidade e Velocidade de Pedestres ................................................. 96

    Figura 10 Espao Livre para Deslocamento de Pedestres ........................................................ 101

    Figura 11 Distncia entre a Construo e a Faixa de Circulao de Pedestres ......................... 102

    Figura 12 Dimenses do Passeio nos Pontos de Parada de nibus .......................................... 103

    Figura 13 Viaduto com Barreira Protetora ................................................................................ 104

    Figura 14 Distncia Recomendada entre a Travessia de Pedestres e o Estacionamento .......... 107

    Figura 15 Fluxos que Justificam a Implantao de Passarelas ................................................. 108

    Figura 16 Passarela sobre Via Arterial Primria ....................................................................... 110

    Figura 17 Espao necessrio para Ciclistas .............................................................................. 113

    Figura 18 Acostamento com Superfcie Lisa disponvel para uso de Bicicletas ...................... 119

    Figura 19 Exemplo de Ciclofaixa ............................................................................................. 121

    Figura 20 Sees Transversais Tpicas de Vias com Ciclofaixas ............................................. 124

    Figura 21 Exemplo de Ciclovia ................................................................................................ 125

    Figura 22 Seo Transversal de uma Ciclovia de Dois Sentidos .............................................. 127

    Figura 23 Distncia Livre Lateral M ..................................................................................... 133

    Figura 24 Ponte para Bicicletas ................................................................................................ 135

    Figura 25 Ciclovia em Viaduto ................................................................................................. 135

    Figura 26 Cruzamento no Meio da Quadra............................................................................... 138

    Figura 27 Realinhamento de Cruzamento Esconso .................................................................. 138

    Figura 28 Interseo de Ciclovia Adjacente Rodovia ............................................................ 139

    Figura 29 Ilha de Proteo ........................................................................................................ 141

    Figura 30 Paradas de nibus no Nvel da Via Expressa .......................................................... 146

    Figura 31 Paradas de nibus em uma Interconexo Tipo Diamante ........................................ 147

    Figura 32 Parada de nibus em um Trevo Completo (Cloverleaf) .......................................... 148

  • Manual de Projeto Geomtrico de Travessias Urbanas

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    MT/DNIT/IPR

    Figura 33 Paradas de nibus ao Nvel da Rua em uma Interconexo Tipo Diamante ............. 149

    Figura 34 Paradas de nibus nas Vias Arteriais ....................................................................... 153

    Figura 35 Sees Tranversais Tpicas de Baias de nibus nas Vias Expressas ....................... 155

    Figura 36 Baia de nibus depois da Esquina ........................................................................... 156

    Figura 37 Baia de nibus em meio de Quadra ......................................................................... 156

    Figura 38 Faixa Exclusiva de nibus ....................................................................................... 157

    Figura 39 Pista Exclusiva de nibus localizada entre uma Via Expressa e uma Via Marginal 158

    Figura 40 Efeitos em uma Via Enterrada .................................................................................. 165

    Figura 41 Efeitos em uma Via Elevada .................................................................................... 166

    Figura 42 Arraste a Baixa Velocidade ...................................................................................... 181

    Figura 43 Arraste a Alta Velocidade ........................................................................................ 182

    Figura 44 Mtodo Grfico de Construo da Curva Tractrix Verdadeira ................................ 183

    Figura 45 Determinao da Curva Verdadeira ......................................................................... 185

    Figura 46 Veculo de Projeto VP .............................................................................................. 187

    Figura 47 Veculo de Projeto CO.............................................................................................. 188

    Figura 48 Veculo de Projeto O ................................................................................................ 189

    Figura 49 Veculo de Projeto OR.............................................................................................. 190

    Figura 50 Veculo de Projeto OR.............................................................................................. 191

    Figura 51 Veculo de Projeto CA ............................................................................................. 192

    Figura 52 Veculo de Projeto CA.............................................................................................. 193

    Figura 53 Veculo de Projeto BT7 ............................................................................................ 194

    Figura 54 Veculo de Projeto BT7 ............................................................................................ 195

    Figura 55 Veculo de Projeto CG.............................................................................................. 196

    Figura 56 Veculo de Projeto CG.............................................................................................. 197

    Figura 57 Veculo de Projeto BT9 ............................................................................................ 198

    Figura 58 Veculo de Projeto BT9 ............................................................................................ 199

    Figura 59 Veculo de Projeto BTL............................................................................................ 200

    Figura 60 Veculo de Projeto BTL............................................................................................ 201

    Figura 61 Tringulo de Visibilidade para o Veculo em Movimento ....................................... 222

    Figura 62 Tringulo de Visibilidade para o Veculo Parado .................................................... 222

    Figura 63 Tringulo de Visibilidade em Intersees Esconsas ................................................ 236

    Figura 64 Grfico de Superelevao (emx = 4%) ..................................................................... 250

    Figura 65 Grfico de Superelevao (emx = 6%) ..................................................................... 251

    Figura 66 Grfico de Superelevao (emx = 8%) ..................................................................... 252

    Figura 67 Grfico de Superelevao (emx = 10%)................................................................. 253

    Figura 68 Grfico de Superelevao (emx = 12%) ................................................................... 254

  • Manual de Projeto Geomtrico de Travessias Urbanas

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    MT/DNIT/IPR

    Figura 69 Variao da Seo da Pista na Implantao da Superelevao ................................ 255

    Figura 70 Mtodos de Giro de acordo com a posio do Eixo de Rotao (Declividade

    Transversal em Dois Sentidos)..................................................................................................... 258

    Figura 71 Mtodos de Giro de acordo com a posio do Eixo de Rotao (Declividade

    Transversal em um nico Sentido)............................................................................................... 259

    Figura 72 Elementos Intervenientes no Clculo da Superlargura ............................................. 269

    Figura 73 Exemplo de Superlargura obtida por Alargamento Simtrico da Pista .................... 279

    Figura 74 Exemplo de Superlargura obtida por Alargamento Assimtrico da Pista ................ 280

    Figura 75 Exemplo de Superlargura em Pistas separadas por Canteiro Central ....................... 281

    Figura 76 Distncia de Visibilidade em Curvas Horizontais ................................................... 284

    Figura 77 Utilizao do Gabarito de Visibilidade .................................................................... 285

    Figura 78 Afastamento Lateral de Obstculos em Curvas Horizontais (Distncia Mnima de

    Visibilidade de Parada)................................................................................................................. 287

    Figura 79 Elementos da Seo Trasnversal em Passagens Inferiores ....................................... 288

    Figura 80 Parmetros considerados na determinao do Comprimento Mnimo da Curva

    Vertical Convexa........................................................................................................................... 295

    Figura 81 Comprimentos Mnimos das Curvas Verticais Convexas ........................................ 299

    Figura 82 Comprimentos Mnimos das Curvas Verticais Cncavas ........................................ 300

    Figura 83 Tipos de Meios-Fios ................................................................................................. 314

    Figura 84 Arranjos de Declividades para Vias de Pista Dupla ................................................. 320

    Figura 85 Declividade Trasnversal dos Acostamentos em Curva (lado interno) ..................... 324

    Figura 86 Declividade Trasnversal dos Acostamentos em Curva (lado externo) ..................... 324

    Figura 87 Faixas de Giro Esquerda atendendo os dois Sentidos do Trfego ......................... 326

    Figura 88 Travessia de Pedestres em Meio de Quadra ............................................................. 330

    Figura 89 Via Marginal com Canteiro separados estreito ........................................................ 333

    Figura 90 Sees Tpicas com Canteiros Laterais .................................................................... 334

    Figura 91 Necessidade de Defensa ou Barreira Rgida em Aterros.......................................... 340

    Figura 92 Necessidade de Defensa ou Barreira Rgida em Canteiros Centrais ........................ 340

    Figura 93 Elevao Gradual da Crista de uma Barreira de Concreto ....................................... 341

    Figura 94 Proteo da Extremidade de uma Barreira de Concreto ........................................... 342

    Figura 95 Sees Transversais de Vias Expressas ao Nvel do Solo ........................................ 344

    Figura 96 Sees Transversais de Vias Expressas ao Nvel do Solo ........................................ 345

    Figura 97 Sees Transversais de Vias Expressas Enterradas .................................................. 347

    Figura 98 Sees Transversais de Vias Expressas Enterradas em Faixas de Domnio

    Restritas......................................................................................................................................... 347

    Figura 99 Sees Transversais com Muros de Arrimo ............................................................. 348

  • Manual de Projeto Geomtrico de Travessias Urbanas

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    MT/DNIT/IPR

    Figura 100 Sees Transversais de Vias Expressas Elevadas sem Ramos de Acesso ............. 350

    Figura 101 Sees Transversais de Vias Expressas Elevadas com Vias Marginais ................. 352

    Figura 102 Sees Transversais de Vias Expressas em Aterros ............................................... 353

    Figura 103 Sees Transversais de Vias Arteriais .................................................................... 355

    Figura 104 Arranjos Tpicos de Vias Marginais ....................................................................... 357

    Figura 105 Sistema Irregular de Vias Marginais ...................................................................... 358

    Figura 106 Ramos de Entrada e Sada de Vias Marginais de Sentido nico ........................... 359

    Figura 107 Ramos de Entrada e Sada de Vias Marginais de Mo Dupla ................................ 359

    Figura 108 Curvas Sucessivas nas aproximaes das Rtulas em Vias Rurais de alta

    Velocidade..................................................................................................................................... 363

    Figura 109 Sees Tpicas de um Tnel de uma Via com Duas Faixas de Trfego ................. 371

    Figura 110 Tnel de Trs Faixas de Sentido nico .................................................................. 372

  • Manual de Projeto Geomtrico de Travessias Urbanas

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    MT/DNIT/IPR

    LISTA DE ILUSTRAES - TABELAS

    Tabela 1 Hierarquia dos Sistemas Funcionais .......................................................................... 46

    Tabela 2 Caractersticas Desejveis para as Vias de cada Categoria Funcional ....................... 53

    Tabela 3 Fatores K nas Rodovias Rurais .................................................................................. 60

    Tabela 4 Fatores de K Tpicos nas Vias Norte-americanas ................................................... 60

    Tabela 5 Distribuio por Sentido de Trfego .......................................................................... 64

    Tabela 6 Distribuio por Faixa de Trfego por Tipo de Veculo ............................................ 66

    Tabela 7 Definio Geral dos Nveis de Servio ...................................................................... 78

    Tabela 8 Seleo do Nvel de Servio no Projeto de Rodovias Urbanas/Suburbanas .............. 79

    Tabela 9 Volumes de Servio em Rodovias Rurais de Pista Simples (Classe I-HCM) ............ 81

    Tabela 10 Volumes de Servio em Rodovias de Mltiplas Faixas ........................................... 81

    Tabela 11 Volumes de Servio em Rodovias Expressas .......................................................... 82

    Tabela 12 Caractersticas Comuns a Pedestres por Grupo de Idade ......................................... 95

    Tabela 13 Greide e Declividades Transversais nos Passeios .................................................... 103

    Tabela 14 Raios Mnimos para Ciclovias (e=2%) .................................................................... 129

    Tabela 15 Comprimentos dos Greides ...................................................................................... 130

    Tabela 16 Distncia Mnima de Visibilidade de Parada para Bicicletas .................................. 131

    Tabela 17 Comprimento Mnimo da Curva Vertical Convexa (m) .......................................... 132

    Tabela 18 Afastamentos Laterais Mnimos em Curvas Horizontais (m) .................................. 134

    Tabela 19 Medidas Fsico-Operacionais ................................................................................... 162

    Tabela 20 Critrios de Projeto para Reduo de Rudos ........................................................... 164

    Tabela 21 Evoluo da Frota de Veculos em Circulao no Pas (103veculos) ..................... 173

    Tabela 22 Frota por Tipo de Combustvel ................................................................................ 174

    Tabela 23 Idade Mdia da Frota ................................................................................................ 174

    Tabela 24 Vida til da Frota ..................................................................................................... 175

    Tabela 25 Principais Dimenses bsicas dos Veculos de Projeto (m) ..................................... 180

    Tabela 26 Velocidades Diretrizes ............................................................................................. 209

    Tabela 27 Distncias Mnimas de Visibilidade de Parada (m) ................................................. 212

    Tabela 28 Distncias de Visibilidade para Tomada de Deciso ............................................... 215

    Tabela 29 Distncias de Visibilidade de Ultrapassagem .......................................................... 217

    Tabela 30 Gaps Crticos (Interseo SP-255/SP 253)............................................................ 219

    Tabela 31 Gaps Crticos Calculados ......................................................................................... 220

    Tabela 32 Gaps Crticos para os diversos Casos Estudados ..................................................... 221

    Tabela 33 Caso B1 Intervalos de Tempo Aceitos (gaps) para Giros Esquerda .................. 224

  • Manual de Projeto Geomtrico de Travessias Urbanas

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    MT/DNIT/IPR

    Tabela 34 Caso B1 Distncias de Visibilidade em Interseo Controlada pela Sinalizao

    Parada Obrigatria..................................................................................................................... 226

    Tabela 35 Casos B2 e B3 Intervalos Aceitos (gaps) para Giros Direita e Travessias ......... 227

    Tabela 36 Casos B2 e B3 Distncias de Visibilidade (b) em Intersees Controladas

    pela Sinalizao Parada Obrigatria (Giro Direita ou Travessia, a partir da Via

    Secundria).................................................................................................................................... 228

    Tabela 37 Caso C1 Tempos de Percurso na Rodovia Secundria e Tempos de Travessia da

    Via Principal em Intersees Controladas pela Sinalizao D a Preferncia (Travessia a

    partir da Via Secundria).............................................................................................................. 231

    Tabela 38 Fatores de Ajustamento para as Distncias de Visibilidade em Funo do Greide da

    Aproximao................................................................................................................................. 232

    Tabela 39 Caso C1 Distncia de Visibilidade b ao longo da Via Principal em

    Intersees Controladas pela Sinalizao D a Preferncia (Travessia a partir da Via

    Secundria).................................................................................................................................... 232

    Tabela 40 Caso C2 Intervalos Aceitos para giros Direita e Esquerda.............................. 233

    Tabela 41 Caso C2 Distncias de Visibilidade ao Longo da Via Principal em Intersees

    Controladas pela Sinalizao D a Preferncia (Giro Esquerda ou Direita, a apartir da Via

    Secundria)................................................................................................................................... 234

    Tabela 42 Caso E Intervalos Aceitos para Giros Esquerda da Via Principal...................... 235

    Tabela 43 Caso E Distncias de Visibilidade ao Longo da Via Principal em

    Intersees Controladas pela Sinalizao Parada Obrigatria (Giros Esquerda a partir da

    Via Secundria.............................................................................................................................. 235

    Tabela 44 Valores Mximos Admissveis de Coeficientes de Atrito Transversal para Vias

    em Geral (DNIT)........................................................................................................................... 238

    Tabela 45 Valores Mximos Admissveis de Coeficientes de Atrito Transversal para Vias

    em Geral (AASHTO).................................................................................................................... 238

    Tabela 46 Valores Mximos Admissveis de Coeficientes de Atrito Transversal para Ramos

    de Intersees (DNIT).................................................................................................................. 239

    Tabela 47 Valores dos Raios Mnimos em Funo das Taxas Mximas de

    Superelevao (m)........................................................................................................................ 240

    Tabela 48 Valores de R acima dos quais a Superelevao Disponvel .................................. 242

    Tabela 49 Taxas Mximas de Superelevao ........................................................................... 245

    Tabela 50 Raios Mnimos e Superelevao para Vias Urbanas de Baixa Velocidade ............. 247

    Tabela 51 Valores dos Raios acima dos quais podem ser Dispensadas Curvas de Transio... 260

    Tabela 52 Comprimentos Mnimos Absolutos de L ................................................................. 262

  • Manual de Projeto Geomtrico de Travessias Urbanas

    17

    MT/DNIT/IPR

    Tabela 53 Rampas de Superelevao Admissveis para Pista Simples de 2 Faixas com Eixo

    de Rotao no Centro.................................................................................................................... 262

    Tabela 54 Fatores de Majorao do Comprimento de Transio para o Nmero de Faixas

    Rotacionadas................................................................................................................................. 263

    Tabela 55 Comprimentos de Curvas de Arredondamento ................................................. 266

    Tabela 56 Gabaritos Laterais do Veculo de Projeto em Movimento ....................................... 268

    Tabela 57 Valores dos Raios acima dos quais dispensvel a Superlargura Pista de 2

    Faixas (m)..................................................................................................................................... 272

    Tabela 58 Valores de Superlargura para Projetos de Curvas em Trechos Contnuos Pistas

    de 2 Faixas (m) Veculo de Projeto CO - 9,10 m....................................................................... 273

    Tabela 59 Valores de Superlargura para Projetos de Curvas em Trechos Contnuos Pistas

    de 2 Faixas (m) Veculo de Projeto CO 12,20 m.................................................................... 274

    Tabela 60 Valores de Sueperlargura para Projetos de Curvas em Trechos Contnuos Pistas

    de 2 Faixas (m) Veculo de Projeto CO 18,60 m.................................................................... 275

    Tabela 61 Valores de Sueperlargura para Projetos de Curvas em Trechos Contnuos Pistas

    de 2 Faixas (m) Veculo de Projeto BT9 25,00 m................................................................... 276

    Tabela 62 Valores de Sueperlargura para Projetos de Curvas em Trechos Contnuos Pistas

    de 2 Faixas (m) Veculo de Projeto BTL 30,00 m.................................................................. 277

    Tabela 63 Afastamentos Mnimos dos Obstculos Fixos em Trechos em Tangente ................ 286

    Tabela 64 Rampas Mnimas para Vias Urbanas (%) ................................................................ 293

    Tabela 65 Rampas Mximas para Ramos (Critrio Geral) ....................................................... 293

    Tabela 66 Valores e K segundo Distncia de Visibilidade de Parada ...................................... 298

    Tabela 67 Gabarito Vertical Mnimo ........................................................................................ 304

    Tabela 68 Reduo da Velocidade em Funo do Nmero de Faixas ...................................... 306

    Tabela 69 Reduo da Velocidade em Funo da Largura da Faixa ........................................ 307

    Tabela 70 Largura das Faixas de Rolamento ............................................................................ 309

    Tabela 71 Largura dos Acostamentos para Vias Expressas e algumas Arteriais Principais..... 311

    Tabela 72 Largura das Faixas de Estacionamento .................................................................... 313

    Tabela 73 Largura do Canteiro Central ..................................................................................... 332

    Tabela 74 Taludes de Terra ....................................................................................................... 336

    Tabela 75 Comprimento do Trecho Efetivo de Acelerao La (m) AASHTO ................... 365

    Tabela 76 Fatores de Ajustamento para Faixas de Acelerao em Funo de Greide ............. 366

    Tabela 77 Caractersticas Bsicas do Projeto Geomtrico do Sistema Arterial Principal

    Via Expressa Primria.................................................................................................................. 374

    Tabela 78 Caractersticas Bsicas do Projeto Geomtrico doSistema Arterial Principal

    Via Expressa Secundria............................................................................................................... 375

  • Manual de Projeto Geomtrico de Travessias Urbanas

    18

    MT/DNIT/IPR

    Tabela 79 Caractersticas Bsicas do Projeto Geomtrico do Sistema Arterial Principal

    Via Arterial Primria..................................................................................................................... 376

    Tabela 80 Caractersticas Bsicas do Projeto Geomtrico do Sistema Arterial Principal

    Ramos de Interconexo................................................................................................................. 377

    Tabela 81 Caractersticas Bsicas do Projeto Geomtrico do Sistema Arterial Secundrio

    Via Arterial Secundria................................................................................................................. 378

    Tabela 82 Caractersticas Bsicas do Projeto Geomtrico do Sistema de Vias Coletoras

    Via Coletora.................................................................................................................................. 379

    Tabela 83 Caractersticas Bsicas do Projeto Geomtrico do Sistema de Vias Locais

    Via Local....................................................................................................................................... 380

  • Manual de Projeto Geomtrico de Travessias Urbanas

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    MT/DNIT/IPR

    SUMRIO

  • Manual de Projeto Geomtrico de Travessias Urbanas

    21

    MT/DNIT/IPR

    SUMRIO

    APRESENTAO....................................................................................................................... 05

    LISTA DE SMBOLOS E ABREVIATURAS .......................................................................... 09

    LISTA DE ILUSTRAES - FIGURAS .................................................................................. 11

    LISTA DE ILUSTRAES - TABELAS ................................................................................. 15

    SUMRIO ........................................................................................................................... 19

    1. INTRODUO ....................................................................................................................... 23

    2. DEFINIES .......................................................................................................................... 27

    3. CLASSIFICAO FUNCIONAL DAS VIAS URBANAS ................................................. 41

    4. CRITRIOS E CONTROLES DE PROJETO .................................................................... 55

    5. ELEMENTOS DO PROJETO ............................................................................................... 169

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ....................................................................................... 381

    NDICE ........................................................................................................................... 389

  • Manual de Projeto Geomtrico de Travessias Urbanas

    23

    MT/DNIT/IPR

    1. INTRODUO

  • Manual de Projeto Geomtrico de Travessias Urbanas

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    MT/DNIT/IPR

    1. INTRODUO

    O presente Manual de Projeto Geomtrico de Travessias Urbanas tem como objetivo reunir a

    informao necessria para a elaborao dos projetos geomtricos de travessias urbanas por

    rodovias federais, de acordo com as normas em vigor no Pas. Inclui tambm orientao sobre

    aspectos no tratados pelas normas, mas que, pela sua importncia, exigem considerao especial,

    como a utilizao crescente de grandes composies de veculos de carga, vias de pedestres,

    ciclovias, paradas de nibus, capacidade, controle de acessos e controle ambiental.

    A principal orientao atual para o projeto das vias urbanas constituda pelo documento Normas

    para Projeto de Vias Urbanas, de 1974, preparado pelo DNER para atender ao Programa Especial

    de Vias Expressas PROGRES, institudo em 30 de outubro de 1972. A integrao da rede

    rodoviria nacional necessitava do estabelecimento de critrios que garantissem a sua continuidade

    atravs das cidades, sem perda de qualidade, o que foi estabelecido pela normatizao elaborada.

    Como vem sendo feito pelo DNIT, procedeu-se agora reviso do documento citado, para atender

    ao desenvolvimento tcnico verificado desde 1974. Foi mantido o critrio de detalhar as

    caractersticas do Sistema Arterial Principal das vias urbanas, por constituir a malha de integrao

    com a rede rodoviria nacional e apresentar uma orientao sucinta para as vias coletoras e locais.

    Como principal inovao, foi apresentado maior detalhamento na definio dos veculos de projeto,

    incluindo os principais veculos de carga de grande porte em operao no Pas. Foi tambm

    analisado seu impacto na geometria das vias, principalmente no que se refere s necessidades de

    superlargura e visibilidade.

    Os conceitos e critrios bsicos de projeto apresentados visam principalmente completar e

    padronizar os procedimentos atualmente adotados pelos diversos rgos responsveis e empresas

    consultoras. Os valores e diretrizes se referem basicamente ao Projeto Geomtrico e constituem, por

    vezes, uma sistematizao dos que j so largamente empregados. Em outros casos, procedeu-se

    introduo de critrios novos ou adaptao dos existentes.

    Para anlise e complementao dos valores constantes das normas existentes, a fonte principal de

    informaes deste Manual foi a publicao da AASHTO: A Policy on Geometric Design of

    Highways and Streets edio de 2004. Alm dessa fonte, foram consultadas outras publicaes,

    dentre as quais se destacam: DNIT: Manual de Projeto Geomtrico de Rodovias Rurais 1999,

    Manual de Projeto de Intersees 2005 e Manual de Estudos de Trfego 2006; AASHTO:

    Guide for the Development of Bicycle Facilities, 3rd Edition 1999 e Guide for the Planning,

    Design and Operation or Pedestrian Facilities 2004; TRB: Highway Capacity Manual 2000.

  • Manual de Projeto Geomtrico de Travessias Urbanas

    26

    MT/DNIT/IPR

    O trabalho foi dividido nas seguintes sees:

    Introduo

    Definies

    Classificao Funcional das Vias Urbanas

    Critrios e Controles de Projeto

    Elementos do Projeto

    A Seo 1 constituda pela presente Introduo. A Seo 2 contm definies precisas de vrios

    termos utilizados no Manual, visando sua uniformizao. A Seo 3 trata do processo de

    hierarquizao das vias urbanas, conforme o tipo de servio que oferecem e a funo que exercem.

    A Seo 4 trata dos controles e critrios que nortearam a elaborao dos projetos. A Seo 5 aborda

    os principais itens de natureza tcnica, que compem o Projeto Geomtrico.

    A bibliografia consultada relacionada ao final do trabalho.

  • Manual de Projeto Geomtrico de Travessias Urbanas

    27

    MT/DNIT/IPR

    2. DEFINIES

  • Manual de Projeto Geomtrico de Travessias Urbanas

    29

    MT/DNIT/IPR

    2. DEFINIES

    Algumas expresses empregadas em projetos virios carecem de uma definio uniforme e precisa.

    Com o objetivo de uniformizar a terminologia existente so fornecidos alguns conceitos gerais,

    relativos ao projeto das travessias urbanas. As definies foram elaboradas para os principais

    termos ou expresses de significado particular mencionados no Manual e no pretendem constituir

    um glossrio completo. Em alguns casos, para algumas expresses com conceituao mais ampla,

    apresentado apenas o conceito de interesse para o projeto geomtrico das vias urbanas. Em outros, a

    explanao dos conceitos encontra-se no prprio texto.

    Terminologia e definies adicionais constam das publicaes: Glossrio de Termos Tcnicos

    Rodovirios DNER 1997, Cdigo de Trnsito Brasileiro CTB 1997, Manual de Projeto

    Geomtrico de Rodovias Rurais DNER 1999 e Manual de Projeto de Intersees DNIT

    2005.

    Acesso interseo de uma rodovia com uma via de ligao a propriedades marginais, de

    uso particular ou pblico.

    Acostamento rea da plataforma adjacente pista de rolamento, destinada a: parada ou

    estacionamento provisrio de veculos, servir de faixa extra de rolamento para emergncias,

    contribuir para proteo da estrutura do pavimento e dos efeitos da eroso e circulao de

    pedestres e bicicletas, quando no houver local apropriado para esse fim. Em rodovias de

    pista dupla, os acostamentos direita do sentido de trfego so denominados externos e

    aqueles esquerda, internos.

    Agulha abertura em um canteiro lateral segundo um pequeno ngulo, ligando a via

    principal a uma pista lateral ou via marginal paralela.

    Alameda rua marginada de rvores.

    Alinhamento horizontal projeo do eixo no plano horizontal, definindo-o

    geometricamente. Determina o traado em planta.

    Alinhamento vertical greide da rodovia, com suas caractersticas altimtricas. Determina

    o traado em perfil.

    Anel virio via perimetral que envolve uma rea urbana.

    rea do nariz rea compreendida entre as bordas adjacentes das pistas de duas vias ou

    ramos que se bifurcam, ou se juntam, e a curva (ou vrtice) limitadora do nariz.

  • Manual de Projeto Geomtrico de Travessias Urbanas

    30

    MT/DNIT/IPR

    Automvel veculo automotor destinado ao transporte de passageiros, com capacidade

    para at oito pessoas, exclusive o condutor.

    Avenida designao dada a uma rua, em geral mais larga, dotada de caractersticas

    especiais (grande extenso, existncia de canteiro central, importncia histrica etc.).

    Barreira estrutura rgida, indeformvel, geralmente de concreto, disposta

    longitudinalmente pista, com o objetivo de impedir que veculos desgovernados saiam da

    plataforma, se choquem com objetos fixos ou invadam outras pistas adjacentes e, ainda,

    desejavelmente, de reorientar o veculo para a trajetria correta, com o mnimo de danos

    para o motorista e passageiros. Tambm denominado separador fsico rgido.

    Beco rua estreita e curta, geralmente sem sada.

    Bicicleta veculo de propulso humana, dotado de duas rodas.

    Bordos (Bordas) da pista limites laterais da pista de rolamento. Em rodovias de pista

    dupla, o limite direita do sentido de trfego denominado bordo externo e aquele

    esquerda, bordo interno.

    Calada parte da via, normalmente segregada e em nvel diferente, no destinada

    circulao de veculos, reservada ao trnsito de pedestres e, quando possvel, implantao

    de mobilirio urbano, sinalizao, vegetao e outros fins.

    Caminho veculo automotor, com rodagem dupla em pelo menos um eixo, destinado a

    transporte de cargas.

    Caminho via pblica ou privada, de trnsito precrio, criada pela circulao de pessoas,

    animais ou veculos.

    Canteiro central espao compreendido entre os bordos internos de pistas de rolamento,

    com trfego geralmente em sentidos opostos, objetivando separ-las fsica, operacional,

    psicolgica e esteticamente. Por definio, inclui os acostamentos internos, faixas de

    segurana ou faixa de espera e converso esquerda.

    Canteiro lateral rea situada entre a pista de uma via de trfego direto e uma via marginal

    ou rua lateral.

    Capacidade nmero mximo de veculos que pode passar por um determinado trecho de

    uma faixa ou pista durante um perodo de tempo especificado, sob determinadas condies

    existentes da via e do trfego, usualmente expressa em veculos por hora ou unidades de

    carros de passeio por hora.

  • Manual de Projeto Geomtrico de Travessias Urbanas

    31

    MT/DNIT/IPR

    Combinao de veculo de carga (CVC) veculo composto de uma unidade tratora

    tracionando uma ou mais unidades.

    Ciclo veculo de pelo menos duas rodas a propulso humana.

    Ciclofaixa parte da pista de rolamento destinada circulao exclusiva de ciclos,

    delimitada por sinalizao especfica.

    Ciclovia pista prpria destinada circulao de ciclos, separada fisicamente do trfego

    comum.

    Controle de acesso situao onde os direitos de propriedade de uso e de acesso aos

    terrenos adjacentes de uma via so controlados, total ou parcialmente, pela autoridade de

    trnsito.

    Converso (em uma interseo) movimento de giro de um veculo, ao passar de uma

    para outra via.

    Cruzamento em nveis diferentes sem ramos interseo em que no h trocas de fluxos

    de trfego entre as vias que se interceptam, ou seja, o cruzamento em desnvel no tem

    ramos de conexo. Denomina-se Passagem Superior, quando a via principal passa sobre a

    via secundria, e Passagem Inferior, quando passa sob a via secundria.

    Defensa estrutura no rgida, com elevado ou reduzido grau de deformabilidade, disposta

    longitudinalmente pista, com o objetivo de impedir que veculos desgovernados saiam da

    plataforma, se choquem com objetos ou obstculos fixos ou invadam outras pistas

    adjacentes e, ainda, desejavelmente, de reorientar o veculo para a trajetria correta, com o

    mnimo de danos para o motorista e passageiros.

    Demanda nmero de usurios que utilizam os servios da rodovia, expresso usualmente

    em veculos por hora ou carros de passeio por hora.

    Distncia de visibilidade extenso ao longo da via, visvel ao motorista.

    Distncia de visibilidade de parada extenso da via frente, que o motorista deve poder

    enxergar, para que, aps ver um obstculo que o obrigue parada, possa imobilizar o

    veculo sem atingi-lo.

    Distncia de visibilidade de ultrapassagem extenso da via frente, que o motorista

    deve poder enxergar antes da iniciar uma ultrapassagem, em uma via de duas faixas e mo

    dupla, para assegurar a bem sucedida concluso da manobra e a no interferncia com

    veculos se aproximando em sentido oposto.

  • Manual de Projeto Geomtrico de Travessias Urbanas

    32

    MT/DNIT/IPR

    Eixo linha de referncia, cujo alinhamento sequencial projetado no plano horizontal define

    o traado em planta, ou seja, a ele so referidos os elementos planimtricos da via.

    Eixo de rotao da pista linha fictcia longitudinal pista, mantendo constante, em cada

    trecho, seu afastamento horizontal e vertical do eixo; em torno dele a pista gira, desde a

    situao bsica em tangente at a situao superelevada. Em muitos casos, coincide com o

    eixo da via. A ele se refere o greide da rodovia, nos casos em que eixo de rotao e eixo da

    rodovia no coincidem.

    Entrecruzamento (Entrelaamento) conjunto de cruzamentos de duas ou mais correntes

    de trfego de mesmo sentido ao longo de um trecho da rodovia.

    Estacionamento (1) lugar delimitado para estacionar veculos; (2) operao de conduzir

    um veculo a um local em que pode permanecer imobilizado por tempo superior ao

    necessrio para embarque ou desembarque de passageiros; (3) imobilizao de veculos por

    tempo superior ao necvessrio para embarque ou desembarque de passageiros.

    Estrada via de trnsito, em geral em rea rural, destinada a veculos rodovirios, animais

    e pessoas, e que normalmente tm preferncia de passagem em toda a sua extenso. Em

    reas urbanas, depois de se transformarem em logradouros, a tradio pode manter a

    designao estrada.

    Faixa auxiliar faixa de uma via, contgua a uma faixa de trfego direto, com mltiplas

    funes, que podem incluir: estacionamento de veculos, mudana de velocidade,

    entrelaamento, acomodao de veculos lentos e outros propsitos complementares ao

    fluxo principal.

    Faixa da direita faixa mais direita, de um conjunto de faixas de rolamento de mesmo

    sentido. Nas rodovias rurais, por vezes, designada por faixa externa.

    Faixa da esquerda faixa mais esquerda de um conjunto de faixas de rolamento de

    mesmo sentido. Nas rodovias rurais, por vezes, designada por faixa interna.

    Faixa de domnio rea compreendendo a rodovia e suas instalaes correlatas e faixas

    adjacentes legalmente delimitadas, de propriedade ou sob domnio ou posse do rgo

    rodovirio, e sobre a qual se estende sua jurisdio.

    Faixa de estacionamento faixa adjacente pista de rolamento, para abrigar veculos

    estacionados.

  • Manual de Projeto Geomtrico de Travessias Urbanas

    33

    MT/DNIT/IPR

    Faixa de giro direita faixa auxiliar destinada aos veculos que desejam executar

    manobras de converso direita.

    Faixa de giro esquerda faixa auxiliar destinada aos veculos que desejam executar

    manobras de converso esquerda.

    Faixa de mudana de velocidade faixa auxiliar destinada acelerao ou desacelerao

    dos veculos que entram ou saem de uma via.

    Faixa de segurana faixa longitudinal da pista, destinada a reduzir a sensao de

    confinamento provocada por dispositivos muito prximos sua borda e que constituem

    obstculos ou depresses aparentes para os condutores dos veculos (barreiras rgidas,

    sarjetas, meios-fios elevados etc.). Tambm tem a funo de aumentar a segurana na

    travessia de pontes, viadutos e trechos contnuos sem acostamento.

    Faixa de trfego faixa longitudinal da pista, destinada ao deslocamento de uma nica fila

    de veculos.

    Faixa exclusiva de nibus faixa de trfego reservada aos nibus.

    Faixa ou faixas reversveis faixa ou faixas de trfego, onde a circulao se d num

    sentido, durante um determinado perodo e, no sentido inverso, durante outro perodo.

    Fluxo conjunto de veculos que circulam no mesmo sentido, em uma ou mais faixas de

    trfego.

    Gabarito horizontal distncia livre mnima dos obstculos fixos (afastamento horizontal

    necessrio entre a linha de viso do motorista e um obstculo lateral fixo).

    Gabarito vertical altura livre mnima permitida em uma via (distncia da superfcie da

    pista a um obstculo superior mais prximo).

    Greide perfil do eixo de uma via, complementado com os elementos que o definem

    (estacas e cotas de PCV, PIV, PTV etc). adotado como eixo de rotao da pista para

    desenvolvimento da superelevao. Em vias pavimentadas, refere-se superfcie acabada do

    pavimento. Neste caso, tambm especificado como greide de pavimentao. Quando o

    perfil do eixo de rotao for referido plataforma terraplenada especificado como greide

    de terraplenagem.

    Interconexo interseo onde ocorrem cruzamentos de correntes de trfego em nveis

    diferentes e ramos de conexo entre vias. denominada, tambm, de interseo em desnvel

    ou em vrios nveis.

  • Manual de Projeto Geomtrico de Travessias Urbanas

    34

    MT/DNIT/IPR

    Interseo confluncia, entroncamento ou cruzamento de duas ou mais vias.

    Interseo em nvel interseo onde os cruzamentos de correntes de trfego ocorrem no

    mesmo nvel.

    Largo ou Praa logradouro em rea urbana, geralmente delimitado por edificaes ou

    vias.

    Logradouro espao livre, inalienvel, destinado circulao, parada ou estacionamento

    de veculos, ou circulao de pedestres, tais como: caladas, parques, reas de lazer,

    calades, e reconhecido pela municipalidade, que lhe confere designao oficial.

    Lotao carga til mxima, incluindo condutor e passageiros que o veculo pode

    transportar, expressa em quilogramas ou toneladas para os veculos de carga, ou nmero de

    pessoas, para os veculos de passageiros.

    Manobra movimentao executada pelo condutor para alterar a posio em que o veculo

    est no momento em relao via.

    Marcas virias conjunto de sinais constitudos de linhas, marcaes, smbolos ou

    legendas, em tipos e cores diversas, apostos ao pavimento da via.

    Meio-fio construo longitudinal em degrau, disposta na borda da pista de rolamento,

    acostamento ou faixa de segurana, com o objetivo de delimitar fisicamente a pista, proteger

    o trnsito de pedestres, conduzir guas pluviais, conter o pavimento, delimitar reas no

    pavimentadas e, especialmente, realar para o motorista, mediante um obstculo intencional

    ao deslocamento transversal do veculo, as trajetrias possveis. Tambm denominado

    guia.

    Meio-fio intransponvel meio-fio, cuja conformao pretende impedir sua transposio

    pelos veculos.

    Meio-fio transponvel meio-fio, cuja conformao permite sua transposio por veculos

    a baixas velocidades, sem causar-lhes maiores danos.

    Micro-nibus veculo automotor de transporte coletivo com capacidade para at vinte

    passageiros.

    Motocicleta veculo automotor de duas rodas, dirigido por condutor em posio montada.

  • Manual de Projeto Geomtrico de Travessias Urbanas

    35

    MT/DNIT/IPR

    Nvel de servio medida da qualidade das condies de operao de uma corrente de

    trfego, baseada nos valores da velocidade e dos tempos de viagem, na liberdade de

    manobra, e nas condies de conforto e segurana.

    nibus veculo automotor de transporte coletivo, com capacidade para mais de vinte

    passageiros.

    Passeio parte da calada ou da via, destinada circulao de pedestres e, eventualmente,

    de ciclistas.

    Pedestre usurio da via pblica que se locomove a p.

    Perfil linha que representa, de forma, contnua a situao altimtrica de um alinhamento

    sobre uma superfcie. Decorre da interseo dessa superfcie com a superfcie vertical,

    definida pelo referido alinhamento.

    Perfil do terreno perfil de uma linha disposta sobre a superfcie terrestre (por exemplo,

    eixo ou borda de pista).

    Pista parte da via, incluindo acostamentos, projetada para uso de veculos. Uma rodovia

    dividida tem duas ou mais pistas.

    Pista com caimento simples pista com declividade transversal em um nico sentido entre

    as bordas.

    Pista com caimento duplo pista cuja seo tem declividade transversal em dois sentidos,

    seja sob forma de dois planos, cuja interseo forma a crista da seo, seja sob forma

    continuamente arredondada (abaulada). Neste ltimo caso, o lugar geomtrico dos pontos da

    seo de maior cota tambm denominado crista.

    Pista de rolamento parte da via projetada para deslocamento dos veculos, podendo

    conter uma ou mais faixas de trfego.

    Plataforma parte da rodovia compreendida entre os limites externos dos passeios ou entre

    os ps de corte e cristas de aterro, incluindo os dispositivos necessrios drenagem da pista.

    Ponte obra de construo civil destinada a ligar margens opostas de uma superfcie lquida

    qualquer.

    Ponto de parada (Ponto, Parada) rea devidamente sinalizada, na qual os veculos de

    transportes coletivos, tais como nibus, bondes e txis param, a fim de receber e/ou deixar

    passageiros.

  • Manual de Projeto Geomtrico de Travessias Urbanas

    36

    MT/DNIT/IPR

    Projeto geomtrico conjunto dos elementos necessrios e suficientes para definio da

    forma geomtrica de uma via.

    Ramo de entrada ramo destinado ao acesso do trfego a uma via.

    Ramos de interseo pistas que conectam vias que se interceptam ou as ligam a outras

    vias ou ramos. Inclui, tambm, seus terminais.

    Ramo de sada ramo destinado sada do trfego de uma via.

    Ramo em lao (loop) ramo que faz com que os veculos executem uma converso

    esquerda por meio de um giro prximo de 270 direita.

    Rampa declividade longitudinal do greide da pista ou plataforma. Seu valor normalmente

    dado pela tangente do ngulo formado com o plano horizontal, podendo, tambm ser dada

    em porcentagem.

    Rampa de superelevao diferena de greides entre a borda da pista (ou acostamento) e o

    eixo de rotao, ou seja, rampa relativa da borda da pista (ou acostamento) em relao ao

    eixo de rotao. Ocorre ao longo dos comprimentos de transio da superelevao e da

    tangente/abaulamento.

    Retorno (1) dispositivo de uma rodovia, que permite a veculos de uma corrente de

    trfego a transferncia para a corrente de sentido contrrio; (2) movimento de inverso de

    sentido da direo original de um veculo.

    Rodovia estrada que, tendo a sua plataforma devidamente preparada, se destina

    circulao de veculos automotores.

    Rtula (rotatria) interseo, na qual o trfego circula num s sentido, ao redor de uma

    ilha central.

    Rua no sentido mais geral, uma via pblica, em rea urbana, com ou sem caladas e

    meios-fios, destinada ao trnsito de pedestres, veculos ou animais.

    Rua sem sada (cul de sac) via sem sada, que permite o retorno dos veculos pelo prprio

    acesso, com o uso de uma rea de manobra.

    Seo transversal (do terreno) perfil do terreno em direo normal ao eixo de uma via.

    Seo transversal (da via) para fins do projeto geomtrico, representa o alinhamento

    superficial transversal via, incluindo a pista de rolamento, faixas de segurana,

    acostamentos, plataforma, sarjetas, valetas e taludes, entre as intersees com o terreno

  • Manual de Projeto Geomtrico de Travessias Urbanas

    37

    MT/DNIT/IPR

    natural. Resulta da interseo de um plano vertical perpendicular ao eixo com a superfcie

    do corpo estradal contido entre os limites da terraplenagem.

    Seo transversal tipo seo transversal constante empregada repetitivamente em trechos

    contnuos de rodovias ou ramos.

    Sistema arterial principal (urbano) classe funcional das vias urbanas que atende maior

    parte dos deslocamentos dos veculos rodovirios, em unidades de veculo/km, considerada

    como estrutura bsica de circulao.

    Sistema arterial secundrio (urbano) classe funcional das vias urbanas, que atende

    maior parte dos deslocamentos dos veculos rodovirios, no includa na estrutura bsica de

    circulao.

    Sistema de vias coletoras (urbano) classe funcional das vias urbanas, que tem a funo

    de coletar o trfego das ruas locais e transferi-lo s vias arteriais e vice-versa.

    Sistema de vias locais (urbano) classe funcional das vias urbanas, constituda pelas ruas

    de acesso s propriedades pblicas e privadas.

    Superelevao declividade transversal da pista em um nico sentido, nos trechos em

    curva horizontal, com caimento orientado para o centro da curva (lado interno), com o

    objetivo de contrabalanar a atuao da acelerao centrfuga.

    Superlargura acrscimo total de largura proporcionado s pistas em curvas, de forma a

    considerar as exigncias operacionais ento decorrentes, crescentes com a curvatura, e

    assegurar um padro adequado de segurana e conforto de dirigir.

    Talude para fins do projeto geomtrico, a face do corpo estradal que se estende alm da

    borda da plataforma. Sua inclinao sobre a horizontal, denominada inclinao de talude,

    expressa sob a forma de frao ordinria de numerador unitrio, cujo denominador

    representa a distncia horizontal correspondente a 1m de diferena de nvel.

    Tara peso prprio de veculo, acrescido dos pesos da carroceria e equipamentos, do

    combustvel, das ferramentas e acessrios, da roda sobressalente, do extintor de incndio e

    do fludo de arrefecimento, expresso em quilogramas ou toneladas.

    Terminal de ramo rea onde um ramo de interseo se une com a pista destinada ao

    trfego direto, incluindo faixas de mudana de velocidade. Define-se por terminal de entrada

    a rea em que o trfego chega via principal, e por terminal de sada a rea onde o trfego a

    abandona.

  • Manual de Projeto Geomtrico de Travessias Urbanas

    38

    MT/DNIT/IPR

    Trnsito movimentao e imobilizao de veculos, pessoas e animais nas vias terrestres.

    Travessa rua secundria, geralmente estreita e curta, transversal entre duas outras mais

    importantes.

    Veculo articulado combinao de veculos acoplados, sendo um deles automotor.

    Veculo de Ocupao Elevada (VOE) veculo contendo um nmero mnimo definido de

    ocupantes. Frequentemente, inclui nibus, vans, txis e carros exercendo transporte

    solidrio. Geralmente, empregado para definio de faixas exclusivas para seu uso.

    Veculo de projeto veculo terico de certa categoria, cujas caractersticas fsicas e

    operacionais representam uma envoltria das caractersticas da maioria dos veculos

    existentes nessa categoria. A predominncia de certa categoria de veculos define o veculo

    de projeto a ser escolhido para condicionar as caractersticas da via.

    Velocidade diretriz ou velocidade de projeto a maior velocidade com que um trecho

    virio pode ser percorrido com segurana, quando o veculo estiver submetido apenas s

    limitaes impostas pelas caractersticas geomtricas. a velocidade selecionada para fins

    de projeto, da qual se derivam os valores mnimos de determinadas caractersticas fsicas

    diretamente vinculadas operao e ao movimento dos veculos e s caractersticas dos

    motoristas.

    Via faixa de terreno, convenientemente preparada para o trnsito de qualquer natureza,

    podendo incluir pedestres, veculos e animais, compreendendo pistas, acostamentos, ilhas e

    canteiros, normalmente incluindo a rea da sua faixa de domnio.

    Via arterial primria via de capacidade e velocidade menores que as vias expressas, com

    traado sensivelmente contnuo e intersees predominantemente em nvel, atendendo

    principalmente mobilidade do trfego, podendo, contudo, ser permitido o acesso a

    propriedades adjacentes. Redistribui o trfego das vias expressas para os seus destinos, at o

    nvel das arteriais secundrias.

    Via arterial secundria via que complementa e interconecta as vias do sistema arterial

    principal, com menor nvel de mobilidade que as vias arteriais primrias.

    Via coletora via que coleta o trfego das vias locais e o canaliza para as vias arteriais e

    vice-versa.

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    MT/DNIT/IPR

    Via coletora - distribuidora via de mo nica, de carter auxiliar, com extenso limitada,

    paralela via principal, objetivando: absorver o trfego que exceda a capacidade da via

    principal; servir de local para transferncia de movimentos conflitantes com o trfego direto

    em intersees; concentrar em um s local a sada ou entrada de veculos nas faixas de

    trfego direto etc. Geralmente, no proporciona acesso s propriedades adjacentes.

    Viaduto obra de construo civil destinada a transpor uma depresso de terreno ou servir

    de passagem superior.

    Via expressa primria via de elevada capacidade e altas velocidades, com duas pistas

    separadas por canteiro central, com pelo menos duas faixas de trfego em cada sentido, com

    controle total de acesso e intersees em desnvel.

    Via expressa secundria via de capacidade e velocidade algo restritas, por ao de

    eventuais intersees em nvel e permisso de acesso a determinados tipos de uso do solo.

    Via local via que tem como funo principal prover acesso s propriedades adjacentes.

    Via marginal (lateral) via paralela pista principal de uma rodovia, de um ou ambos os

    lados, com o objetivo de atender ao trfego local, longitudinal rodovia e pertinente rea

    urbanizada adjacente, e permitir o disciplinamento dos locais de ingresso e egresso da

    rodovia.

    Via Parque via pblica, urbana ou no, para trnsito no comercial, com parcial ou total

    controle de acessos, normalmente localizada dentro ou nas proximidades de um parque ou

    rea de recreao.

    Via particular via implantada em propriedade particular e de uso privado.

    Via perimetral via situada na periferia de determinada rea ou regio.

    Via planejada via de execuo prevista em algum plano ou programa particular ou

    pblico.

    Via preferencial via cujo trnsito tem prioridade de passagem.

    Via pblica via franqueada ao uso pblico.

    Via secundria via cujo trnsito no tem prioridade de passagem em relao via que

    intercepta.

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    MT/DNIT/IPR

    Via reversvel via em que permitida a inverso do sentido de deslocamento do trnsito,

    no seu todo ou em parte, durante determinado perodo de tempo, de acordo com a

    regulamentao do uso da via.

    Volume Horrio de Projeto (VHP) fluxo de veculos (nmero de veculos por hora) que

    deve ser atendido em condies adequadas de segurana e conforto pelo projeto da via em

    questo.

    Volume Mdio Dirio (VMD) nmero mdio de veculos que percorre uma seo ou

    trecho de uma rodovia, por dia, durante certo perodo de tempo. Quando no se especifica o

    perodo considerado, pressupe-se que se trata de um ano.

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    3. CLASSIFICAO FUNCIONAL DAS VIAS URBANAS

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    3. CLASSIFICAO FUNCIONAL DAS VIAS URBANAS

    O planejamento do sistema virio de uma cidade deve ser baseado na identificao e mensurao

    das necessidades e desejos de deslocamento de sua populao. O conhecimento das Linhas de

    Desejo correspondentes a esses deslocamentos uma das primeiras etapas do processo de seu

    atendimento. As quantidades de deslocamentos correspondentes a essas linhas permitem sua

    estruturao, em termos de importncia relativa. Nas cidades, algumas dessas linhas correspondem

    ao atendimento dos deslocamentos entre residncias e locais de trabalho, sendo geralmente as de

    maior importncia. Em cidades com centros de lazer bem caracterizados, como cidades litorneas,

    os acessos a esses centros de lazer, principalmente nos feriados, fins de semana e perodos de frias,

    tambm podem atingir importncia de mesma ordem que os deslocamentos de e para o trabalho

    dirio. Independentemente das razes dos deslocamentos, os fluxos com que as vias concorrem para

    seu atendimento so normalmente adotados para definir sua funo, em termos de importncia. H

    diversos sistemas de classificao das vias, que so usados para diferentes finalidades. A

    classificao de vias e ruas, segundo a funo que exercem dentro do sistema virio, representa o

    passo inicial do processo de planejamento, j que visa estabelecer uma hierarquia de vias para

    atendimento dos deslocamentos dentro da rea urbana.

    A classificao funcional o processo pelo qual as vias so agrupadas hierarquicamente em

    subsistemas, conforme o tipo de servio que oferecem e a funo que exercem. fundamental, para

    este processo, reconhecer que os diversos tipos de vias no tm muita utilidade separadamente,

    porquanto a maioria das viagens envolve a circulao atravs de uma rede viria. preciso

    determinar ento como essas viagens podem ser canalizadas dentro da rede viria de forma lgica e

    eficiente. A classificao funcional define a natureza deste processo de canalizao, determinando a

    funo que deve exercer determinada via no escoamento do trfego.

    A classificao funcional normalmente estabelecida de acordo com a mobilidade e acessibilidade

    permitidas. Mobilidade o grau de facilidade para deslocar-se. Acessibilidade o grau de facilidade

    que oferece uma via para conectar a origem de uma viagem com seu destino. Embora existam

    muitos sistemas de classificao funcional que possam ser usados para fins de planejamento, o

    mtodo empregado com mais frequncia o que separa as vias urbanas em 4 (quatro) sistemas

    bsicos, com caractersticas e funes distintas, a saber:

  • Manual de Projeto Geomtrico de Travessias Urbanas

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    MT/DNIT/IPR

    Sistema arterial principal

    Sistema arterial secundrio

    Sistema coletor

    Sistema local

    Uma ilustrao esquemtica de uma rede viria urbana classificada funcionalmente mostrada na

    Figura 1, e as relaes entre os nveis de mobilidade e acessibilidade proporcionados pelas

    diferentes categorias funcionais podem ser visualizadas na Figura 2, ambas as figuras mostradas a

    seguir. A deciso de adotar essas categorias de classificao foi baseada nos sistemas e mtodos de

    classificao usados no Brasil e em outros pases, especialmente nos conceitos e diretrizes gerais

    contidos nas publicaes:

    a) Normas para a Classificao Funcional de Vias Urbanas DNER 1974

    b) Sistema Virio Nacional na Modalidade Rodoviria ABNT 1976

    c) Highway Functional Classification: Concepts, Criteria, and Procedures Federal Highway

    Administration 1989

    d) A Policy on Geometric Design of Highways and Streets AASHTO 2004.

    Figura 1 Hierarquia funcional das vias urbanas

  • Manual de Projeto Geomtrico de Travessias Urbanas

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    MT/DNIT/IPR

    Figura 2 Relao entre os nveis de acessibilidade e mobilidade para os diferentes tipos de

    vias urbanas

    Para efeito de classificao funcional, so consideradas reas Urbanas os locais mais densamente

    povoados, com populao acima de 5.000 habitantes. Se a populao for inferior a 50.000 so

    designadas como Pequenas reas Urbanas. As reas Rurais so aquelas situadas fora dos limites

    das reas urbanas.

    Cabe ressaltar que as vias que compem os sistemas funcionais das reas urbanas e rurais tm

    caractersticas diferentes. Embora a hierarquia funcional seja semelhante, nas reas urbanas h

    relativamente maior nmero de vias arteriais principais e secundrias, enquanto que nas reas rurais

    predominam as vias coletoras e suas subdivises, ainda com a mesma funo de coletoras.

    A classificao rodoviria para reas rurais (ver Manual de Projeto Geomtrico de Rodovias Rurais

    DNER 1999) diferencia arteriais principais e arteriais primrias, basicamente em funo do

    volume mdio dirio de trfego e do tamanho das cidades interconectadas por estas vias. Em reas

    urbanas, teoricamente, o sistema arterial principal seria constitudo por vias expressas. Acontece

    que nenhuma das cidades brasileiras possui vias expressas suficientes que possam, por si s,

    constituir um sistema completo. Embora tanto o Rio de Janeiro como So Paulo tenham malhas de

    vias expressas, presentemente ainda existem trechos cuja continuidade depende de vias do tipo

    arterial. Portanto, a classificao funcional das vias urbanas deve incluir vias expressas primrias,

    vias expressas secundrias e vias arteriais primrias como componentes do sistema arterial principal

    e no como sistemas em separado. Da mesma forma, levando em considerao os critrios

    aplicveis em reas urbanas, as coletoras primrias e coletoras secundrias devem ser agrupadas em

    um nico sistema.

  • Manual de Projeto Geomtrico de Travessias Urbanas

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    A Tabela 1 a seguir, mostra a comparao entre os sistemas funcionais usados para as rodovias em

    reas rurais e aqueles a serem usados para as reas urbanas.

    Tabela 1 Hierarquia dos sistemas funcionais

    reas Urbanas reas Rurais

    Arterial

    Sistema Arterial Principal

    Sistema Arterial Secundrio

    Arterial

    Sistema Arterial Principal

    Sistema Arterial Primrio

    Sistema Arterial Secundrio

    Coletor

    Sistema Coletor

    Coletor

    Sistema Coletor Primrio

    Sistema Coletor Secundrio

    Local

    Sistema Local

    Local

    Sistema Local

    Fonte: Classificao Funcional do Sistema Rodovirio do Brasil. M.T. DNER 1974

    3.1 SISTEMA ARTERIAL PRINCIPAL

    Em qualquer rea urbana, um determinado conjunto de ruas pode ser identificado como de

    importncia especial pelo volume, natureza e composio de seu trfego. Em uma pequena rea

    urbana (populao inferior a 50.000 habitantes), essas vias podem ser muito reduzidas em nmero e

    extenso, e sua importncia pode ser devida principalmente ao trfego de passagem, com origem e

    destino fora da rea. Para reas urbanas, em geral, pode-se dizer que a importncia das suas vias

    depende, alm do trfego de passagem, dos servios que prestam para a circulao interna na

    prpria rea.

    O Sistema Arterial Principal serve os principais centros de atividade das reas urbanas, os

    corredores de maior volume de trfego e as viagens mais longas; transporta grande parte do trfego

    urbano, mesmo que represente, em extenso, uma pequena porcentagem da rede viria. O sistema

    deve ser integrado, no s do ponto de vista interno, como tambm, com as principais rodovias

    estaduais e federais, ou seja, deve incluir conexes e extenses das rodovias arteriais e coletoras

    interurbanas que penetram, atravessam ou tangenciam a rea urbana.

    Esse sistema proporciona acesso direto aos principais geradores de trfego, tais como o centro da

    cidade, centros de emprego, terminais de carga e passageiros, e faz ligao de toda a rea urbana.

    Alm de servir a esses centros de atividade e, por consequncia, aos corredores de maior volume de

    trfego, atende tambm aos percursos mais longos. utilizado, tambm, pela maioria das viagens

  • Manual de Projeto Geomtrico de Travessias Urbanas

    47

    MT/DNIT/IPR

    que entram ou saem da rea urbana, bem como pela maioria dos movimentos que se desviam da

    rea central da cidade. Em geral, atende a rotas de linhas de nibus urbanas e intermunicipais.

    Devido natureza das viagens atendidas pelo Sistema Arterial Principal, quase todas as vias com

    controle de acesso, total ou parcial, so parte desta classe funcional. Cumpre ressaltar, contudo, que

    o sistema no restrito a rotas com controle de acessos. Para preservar a identificao das vias com

    controle de acesso, o Sistema Arterial Principal deve ser estratificado da seguinte maneira:

    Vias expressas primrias

    Vias expressas secundrias

    Vias arteriais primrias

    O espaamento das vias do Sistema Arterial Principal est intimamente ligado densidade dos

    pontos de concentrao de extremos de viagens da rea urbana. Embora no haja regra fixa para

    esse espaamento, normalmente nas maiores reas urbanas varia entre 1,6 km, nas reas centrais de

    comrcio altamente desenvolvidas, e 8 km ou mais, nas reas limites, esparsamente desenvolvidas.

    Para as vias expressas primrias no deve ser permitido acesso direto rea atravessada. As vias

    expressas secundrias e vias arteriais primrias so passveis de prover acesso direto rea

    atravessada, e tal servio deve ser eventual, sujeito prioridade funcional dessa classe de rodovias.

    3.1.1 Vias expressas primrias

    As vias dessa categoria possuem as mesmas caractersticas e funes das chamadas freeways

    americanas, com controle total de acesso e todas as intersees em desnvel, destinando-se a atender

    grandes fluxos de trfego. Devem servir aos automveis, caminhes e nibus expressos em viagens

    longas, sejam urbanas ou interurbanas. Pedestres, bicicletas, veculos de trao animal, tratores e

    outros veculos especialmente lentos devem ser proibidos de utilizar essas vias.

    Nas vias expressas primrias o uso do solo no est relacionado com a sua operao, em virtude da

    imposio do controle total de acesso. Sua implantao no deve constituir barreira ao

    desenvolvimento urbano. Pode, entretanto, servir de fronteira natural entre usos diversos, por

    exemplo, separar reas industriais de residenciais.

    As ruas locais transversais so bloqueadas, constituindo becos sem sada, ou so conectadas pelas

    vias laterais de servio ou vias marginais. As vias arteriais e as principais vias coletoras, bem como

    passagens para pedestres, cruzam a via expressa em desnvel, para dar continuidade ao sistema

    virio e reduzir os efeitos negativos da diviso da rea atravessada. As arteriais mais importantes

  • Manual de Projeto Geomtrico de Travessias Urbanas

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    MT/DNIT/IPR

    so conectadas s pistas expressas por meio de ramos de interconexes apropriadamente

    localizados, para facilitar os movimentos de entrecruzamento e a adequada disposio da

    sinalizao.

    As vias expressas primrias proporcionam continuidade s principais rodovias interurbanas, quer

    atravessando ou contornando as reas urbanas. Porm, de modo geral, elas no proporcionam

    conexes diretas com os principais geradores de trfego ou com o centro da cidade, uma vez que a

    distribuio do trfego se faz atravs de outras vias componentes dos sistemas arteriais que se

    conectam com as vias expressas. Deve haver, normalmente, um canteiro central entre as pistas das

    vias expressas, para separar os dois sentidos de trfego. A largura desse canteiro pode variar,

    dependendo das larguras dos acostamentos internos, das condies de drenagem, da previso ou no

    de futura adio de mais faixas, das dimenses da faixa de domnio disponvel e de condicionantes

    de natureza econmica.

    Vias marginais laterais so dispostas onde forem necessrias para controlar o acesso s pistas

    expressas e para facilitar a circulao do trfego local. Desta forma, as vias marginais

    frequentemente desempenham funo de via coletora, ou mesmo de via arterial secundria.

    3.1.2 Vias expressas secundrias

    As vias desta categoria possuem caractersticas e funes semelhantes s expressways americanas.

    Podem ter intersees em nvel com algumas vias transversais e apresentar critrios operacionais e

    de projeto ligeiramente inferiores s vias expressas primrias.

    As vias expressas secundrias, de um modo geral, no proporcionam acesso s propriedades

    adjacentes. Todavia, em circunstncias especiais, durante uma fase inicial de construo e at que

    se possa exercer o controle total, pode ser permitido, por razes econmicas, o acesso a

    propriedades existentes de maior relevncia.

    Os cruzamentos com todas as outras vias expressas primrias e secundrias e com a maioria das

    vias arteriais primrias devem ser feitos mediante intersees em desnvel (interconexes). As

    ligaes com as arteriais primrias, secundrias e coletoras com baixos volumes de trfego podem

    ser feitas atravs de intersees em nvel semaforizadas, desde que mantenham distncia superior a

    3,0 km e sejam totalmente canalizadas.

    3.1.3 Vias arteriais primrias

    Essa categoria inclui aquelas vias que atendem principalmente ao trfego direto, geralmente em

    percurso contnuo, mas que no possuem as caractersticas tcnicas de uma via expressa. So vias

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    MT/DNIT/IPR

    com controle de acesso aos lotes marginais, de modo a minimizar os efeitos do atrito lateral e

    eliminar os principais pontos de conflito. Tais controles podem existir na forma de exigncias de

    altura dos meios-fios, para que sejam realmente intransponveis, projeto adequado dos acessos de

    entrada e sada, ou restries quanto aos retornos possveis. Devem prover elevado grau de

    mobilidade para as viagens mais longas, oferecendo velocidades de operao e nveis de servio

    elevados.

    Normalmente a seo transversal no inclui acostamentos; pode ou no haver um canteiro central

    para separar as correntes de trfego opostas, e frequentemente haver restries ao estacionamento

    junto ao meio-fio. A maioria das suas intersees deve ser em nvel, com controle adequado quanto

    sua capacidade.

    3.2 SISTEMA ARTERIAL SECUNDRIO

    O Sistema Arterial Secundrio de vias urbanas se interconecta com o Sistema Arterial Principal e o

    suplementa, atendendo aos percursos de viagens com extenses intermedirias, em nveis de servio

    inferiores queles que so tpicos das vias arteriais primrias. Atende s viagens com grau de

    mobilidade um pouco inferior ao do Sistema Arterial Principal e distribui o trfego por reas

    menores do que as atendidas pelo sistema principal.

    O Sistema Arterial Secundrio inclui todas as vias arteriais no selecionadas para o Sistema Arterial

    Principal e d mais nfase ao acesso s propriedades. Suas vias podem acomodar as linhas de

    nibus locais e prover continuidade entre as comunidades, evitando, entretanto, penetrar nessas

    comunidades. Inclui as conexes urbanas com vias coletoras rurais, com exceo das que j fazem

    parte do Sistema Arterial Principal.

    O espaamento das vias arteriais secundrias pode variar de 0,2 a 1,0 km no centro da cidade, no

    mais que 2 km em reas intensamente desenvolvidas e 3 a 5 km nas reas suburbanas pouco

    desenvolvidas.

    3.3 SISTEMA COLETOR

    O Sistema Coletor tem a funo principal de conectar as ruas locais com as vias arteriais. O sistema

    proporciona continuidade ao nvel das comunidades locais ou subdivises urbanas, porm a baixas

    velocidades. Difere do sistema arterial, pelo fato de que as vias do sistema coletor podem penetrar

    nas vizinhanas residenciais, distribuindo o trfego das vias arteriais, atravs da rea, at seus

    destinos finais. De forma inversa, o Sistema Coletor coleta o trfego das vias locais das reas

    residenciais e o conduz ao Sistema Arterial. Deve prover, tambm, o acesso s residncias

  • Manual de Projeto Geomtrico de Travessias Urbanas

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    MT/DNIT/IPR

    adjacentes que no forem atendidas por vias locais. As vias do centro da cidade, com grande

    volume de trfego, e de outras reas de desenvolvimento e densidade de trfego semelhante podem

    ser includas no sistema.

    O Sistema Coletor pode, tambm, atender aos trechos coletores/distribuidores de itinerrios de

    nibus. Poder ter reas de estacionamento em um ou ambos os lados da via. Os eventuais

    cruzamentos com outras vias coletoras ou vias locais devem ser controlados por semforos ou sinais

    de parada obrigatria na via local que interceptar ou, no caso de interseo com outra coletora, na

    via de menor trfego.

    3.4 SISTEMA LOCAL

    O Sistema Local compreende todas as vias no includas em sistemas hierarquicamente superiores.

    Sua funo primria permitir o acesso das propriedades que lhe so adjacentes aos sistemas de

    ordem superior. Oferece o menor nvel de mobilidade e usualmente no contm rotas de nibus. O

    atendimento ao trfego de passagem deliberadamente desencorajado.

    3.5 CLASSIFICAO FUNCIONAL E SEU RELACIONAMENTO COM AS CARACTERSTICAS DE PROJETO

    O primeiro passo de um projeto a identificao da funo da futura via. O nvel de servio

    adequado ao cumprimento dessa funo, em face do volume e tipo de trfego a atender, servie de

    base para determinao da velocidade de projeto e caractersticas geomtricas adequadas. O uso da

    classificao funcional na definio do tipo de projeto provocar a integrao do planejamento

    rodovirio com a execuo do projeto.

    O Highway Capacity Manual contm os con