Manual Projetos Geometricos Travessias Urbanas
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Publicao IPR - 740
MANUAL DE PROJETO GEOMTRICO
DE TRAVESSIAS URBANAS
-
MINISTRO DOS TRANSPORTES Dr. Paulo Srgio Oliveira Passos
DIRETOR GERAL DO DNIT
Dr. Luiz Antonio Pagot
DIRETOR EXECUTIVO DO DNIT
Eng.o Jos Henrique Coelho Sadok de S
INSTITUTO DE PESQUISAS RODOVIRIAS
Eng.o Chequer Jabour Chequer
-
MANUAL DE PROJETO GEOMTRICO DE
TRAVESSIAS URBANAS
-
EQUIPE TCNICA:
Eng. Francisco Jos Robalinho de Barros
(Responsvel Tcnico)
Eng. Jos Lus Mattos Britto Pereira Tc Luiz Carlos Aurlio
(Coordenador) (Tcnico em Informtica)
Eng Maria Lcia Barbosa de Miranda Tc. Karen Fernandes de Carvalho
(Supervisora) (Tcnica em Informtica)
Eng Annibal Espinola Rodrigues Coelho Tc Clia de Lima M. Rosa
(Consultor) (Tcnica em Informtica)
Eng Amarilio Carvalho de Oliveira
(Consultor)
COMISSO DE SUPERVISO
Eng. Gabriel de Lucena Stuckert
(DNIT / DIREX / IPR)
Eng. Pedro Mansour
(DNIT / DIREX / IPR)
Eng. Elias Salomo Nigri
(DNIT / DIREX / IPR) COLABORADORA:
Bibl. Tnia Bral Mendes
(DNIT / DIREX / IPR)
Reproduo permitida desde que citado o DNIT como fonte.
Brasil. Departamento Nacional de Infraestrutura de
Transportes. Diretoria Executiva. Instituto de
Pesquisas Rodovirias.
Manual de projeto geomtrico de travessias
urbanas. - Rio de Janeiro, 2010.
392p. (IPR. Publ., 740).
1. Rodovias Brasil Manuais. 2. Rodovias
Projetos Manuais. I. Srie. II. Ttulo.
1. CDD 625.70202
Impresso no Brasil/Printed in Brazil
-
MINISTRIO DOS TRANSPORTES
DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES
DIRETORIA EXECUTIVA
INSTITUTO DE PESQUISAS RODOVIRIAS
Publicao IPR 740
MANUAL DE PROJETO GEOMTRICO DE TRAVESSIAS URBANAS
RIO DE JANEIRO
2010
-
DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES
DIRETORIA GERAL
DIRETORIA EXECUTIVA
INSTITUTO DE PESQUISAS RODOVIRIAS
Rodovia Presidente Dutra, km 163 Vigrio Geral
Cep.: 21240-000 Rio de Janeiro RJ
Tel.: (21) 3545-4504
Fax.: (21) 3545-4482/4600
e-mail.: [email protected]
TTULO: MANUAL DE PROJETO GEOMTRICO DE TRAVESSIAS URBANAS
Elaborao: DNIT / ENGESUR
Contrato: DNIT / ENGESUR 264 / 2007 IPR
Aprovado pela Diretoria Colegiada do DNIT em 30 / 08 / 2010
Processo: 50.607.002.344/2009-49
Impresso no Brasil / Printed in Brazil
mailto:[email protected]
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Manual de Projeto Geomtrico de Travessias Urbanas
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MT/DNIT/IPR
APRESENTAO
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Manual de Projeto Geomtrico de Travessias Urbanas
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MT/DNIT/IPR
APRESENTAO
O Instituto de Pesquisas Rodovirias (IPR), do Departamento Nacional de Infraestrutura de
Transportes (DNIT), dando prosseguimento ao Programa de Reviso e Atualizao de Normas e
Manuais Tcnicos, vem oferecer comunidade rodoviria brasileira o seu Manual de Projeto
Geomtrico de Travessias Urbanas, fruto da reviso, atualizao e complementao das Normas
para o Projeto Geomtrico de Vias Urbanas do DNER, datado de 1974, e de estudos e consultas das
metodologias, sugestes e recomendaes das mais recentes publicaes tcnicas sobre o assunto.
Inicialmente o conceito rodovia compreendia a ligao viria entre duas cidades,
subentendendo-se que seus extremos se situavam nos limites da rea urbana e se conectavam com as
extremidades do sistema virio urbano pavimentado. O intenso processo de urbanizao das ltimas
dcadas frequentemente se desenvolveu ao longo do sistema virio, descaracterizando a concepo
de limites urbanos. Ao mesmo tempo, a expanso das reas urbanas aumentou sensivelmente a
necessidade de cruzar reas desenvolvidas, ou que em breve o seriam, para conectar novas rodovias
rede viria local, ligar entre si reas afastadas ou integrar novas reas ao organismo urbano.
Os trechos urbanos, geralmente arteriais, que proporcionam a continuidade viria atravs das
cidades, podem cruzar a rea urbana de um lado a outro ou simplesmente ligar-se a uma outra via
arterial tambm conectada ao sistema rodovirio nacional. A necessria continuidade de percurso das
rodovias nacionais pode ser proporcionada, ainda, mediante um contorno ou uma via de acesso
especifica que, evitando reas densamente urbanizadas, as liguem aos mais importantes geradores de
trfego dentro da rea urbana, tais como terminais de passageiros e carga.
Essas ligaes e conexes muitas vezes podero ser vias de alto padro tcnico, de grande
capacidade e elevadas velocidades, exercendo funes bsicas na rede viria. Em outros casos, a
categoria e importncia da via podero ser menores. Sempre que possvel, porm, desejvel dotar as
extenses urbanas de padres tcnicos superiores, que se assemelhem aos dos trechos rodovirios de
alto gabarito. H necessidade, portanto, de estruturar um conjunto de conceitos, mtodos, instrues e
critrios tcnicos que possibilitem a implantao de vias urbanas de alto padro, atendendo tambm
s peculiaridades urbanas.
Os valores e critrios bsicos de projeto, includos no presente Manual, visam principalmente
completar e padronizar uma gama de procedimentos atualmente adotados pelos diversos rgos e
empresas projetistas. As metodologias e critrios dele constantes devem contribuir e estimular a
anlise das caractersticas locais e o emprego do melhor bom senso tcnico, bem como constituir
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Manual de Projeto Geomtrico de Travessias Urbanas
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MT/DNIT/IPR
matria em aberto para a adaptao de recomendaes ditadas pela experincia nas diversas reas
metropolitanas brasileiras.
Na oportunidade, solicita-se aos que utilizarem este Manual, que enviem suas contribuies e
crticas, por carta ou e-mail, para: Instituto de Pesquisas Rodovirias IPR, Rodovia Presidente
Dutra, Km 163 Centro Rodovirio Vigrio Geral Rio de Janeiro, RJ, CEP: 21240-000, e-mail:
Eng Civil CHEQUER JABOUR CHEQUER
Gerente de Projeto DNIT
Instituto de Pesquisas Rodovirias - IPR
mailto:[email protected]
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MT/DNIT/IPR
LISTA DE SMBOLOS E ABREVIATURAS
AASHTO American Association of State Highway and Transportation Officials
ABNT Associao Brasileira de Normas Tcnicas
AET Autorizao Especial de Trnsito
CET Companhia de Engenharia de Trfego
CVC Combinao de Veculos de Carga
CONTRAN Conselho Nacional do Trnsito
CTB Cdigo de Trnsito Brasileiro
DNIT Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes
DNER Departamento Nacional de Estradas de Rodagem
DENATRAN Departamento Nacional de Trnsito
DVI Distncia de visibilidade ao longo da via principal
HCM Highway Capacity Manual
HBS Handbuch fur die Bemessung Von Strassenverkehrsanlagen
HOV High-Ocupance Vehicle
IS Instruo de Servio
ITE Institute of Transportation Engineers
FHP Fator horrio de pico
FPED Fluxo de pedestres
FGSV Forschungsgesellschaft Fur Strassen Und Verkehrswesen
FHWA Federal Highway Transportation
MUTCD Manual on Uniform Traffic Control Devices
NCHRP National Cooperative Highway Research Program
NBR Norma Brasileira Registrada
PBTC Peso Bruto Total Combinado
PBT Peso Bruto Total
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MT/DNIT/IPR
PNTC Plano Nacional de Contagem de Trnsito
PROGRES Programa Especial de Vias Expressas
SINDIPEAS Sindicato Nacional da Indstria de Componentes para Veculos Automotores
TRB Transportation Research Board
TOC Truck Operating Characteristics
VMD Volume mdio dirio
VHP Volume horrio de projeto
VFL Volume de fluxo livre
VPD Veculos/Dia
VPH Veculos/Hora
VHP Volume da hora de pico
V15MAX Volume do perodo de quinze minutos com maior fluxo de trfego dentro da hora de pico
V/C Volume/Capacidade
VPED Velocidade dos pedestres
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MT/DNIT/IPR
LISTA DE ILUSTRAES - FIGURAS
Figura 1 Hierarquia Funcional das Vias Urbanas ..................................................................... 44
Figura 2 Relao entre os Nveis de Acessibilidade e Mobilidade para os Diferentes Tipos de
Vias Urbanas................................................................................................................................. 45
Figura 3 Relao entre a Hora e o Volume de Trfego em Rodovias Norte-americanas ......... 59
Figura 4 Trechos de Entrecruzamento ...................................................................................... 83
Figura 5 Tipos de Entrecruzamento .......................................................................................... 84
Figura 6 Nveis de Servio de Pedestres em Deslocamento ..................................................... 87
Figura 7 Nveis de Servio de Pedestres Aguardando Oportunidade para se deslocar ............ 88
Figura 8 Velocidade dos Pedestres em Funo de Declividade da Via .................................... 96
Figura 9 Relao entre Densidade e Velocidade de Pedestres ................................................. 96
Figura 10 Espao Livre para Deslocamento de Pedestres ........................................................ 101
Figura 11 Distncia entre a Construo e a Faixa de Circulao de Pedestres ......................... 102
Figura 12 Dimenses do Passeio nos Pontos de Parada de nibus .......................................... 103
Figura 13 Viaduto com Barreira Protetora ................................................................................ 104
Figura 14 Distncia Recomendada entre a Travessia de Pedestres e o Estacionamento .......... 107
Figura 15 Fluxos que Justificam a Implantao de Passarelas ................................................. 108
Figura 16 Passarela sobre Via Arterial Primria ....................................................................... 110
Figura 17 Espao necessrio para Ciclistas .............................................................................. 113
Figura 18 Acostamento com Superfcie Lisa disponvel para uso de Bicicletas ...................... 119
Figura 19 Exemplo de Ciclofaixa ............................................................................................. 121
Figura 20 Sees Transversais Tpicas de Vias com Ciclofaixas ............................................. 124
Figura 21 Exemplo de Ciclovia ................................................................................................ 125
Figura 22 Seo Transversal de uma Ciclovia de Dois Sentidos .............................................. 127
Figura 23 Distncia Livre Lateral M ..................................................................................... 133
Figura 24 Ponte para Bicicletas ................................................................................................ 135
Figura 25 Ciclovia em Viaduto ................................................................................................. 135
Figura 26 Cruzamento no Meio da Quadra............................................................................... 138
Figura 27 Realinhamento de Cruzamento Esconso .................................................................. 138
Figura 28 Interseo de Ciclovia Adjacente Rodovia ............................................................ 139
Figura 29 Ilha de Proteo ........................................................................................................ 141
Figura 30 Paradas de nibus no Nvel da Via Expressa .......................................................... 146
Figura 31 Paradas de nibus em uma Interconexo Tipo Diamante ........................................ 147
Figura 32 Parada de nibus em um Trevo Completo (Cloverleaf) .......................................... 148
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MT/DNIT/IPR
Figura 33 Paradas de nibus ao Nvel da Rua em uma Interconexo Tipo Diamante ............. 149
Figura 34 Paradas de nibus nas Vias Arteriais ....................................................................... 153
Figura 35 Sees Tranversais Tpicas de Baias de nibus nas Vias Expressas ....................... 155
Figura 36 Baia de nibus depois da Esquina ........................................................................... 156
Figura 37 Baia de nibus em meio de Quadra ......................................................................... 156
Figura 38 Faixa Exclusiva de nibus ....................................................................................... 157
Figura 39 Pista Exclusiva de nibus localizada entre uma Via Expressa e uma Via Marginal 158
Figura 40 Efeitos em uma Via Enterrada .................................................................................. 165
Figura 41 Efeitos em uma Via Elevada .................................................................................... 166
Figura 42 Arraste a Baixa Velocidade ...................................................................................... 181
Figura 43 Arraste a Alta Velocidade ........................................................................................ 182
Figura 44 Mtodo Grfico de Construo da Curva Tractrix Verdadeira ................................ 183
Figura 45 Determinao da Curva Verdadeira ......................................................................... 185
Figura 46 Veculo de Projeto VP .............................................................................................. 187
Figura 47 Veculo de Projeto CO.............................................................................................. 188
Figura 48 Veculo de Projeto O ................................................................................................ 189
Figura 49 Veculo de Projeto OR.............................................................................................. 190
Figura 50 Veculo de Projeto OR.............................................................................................. 191
Figura 51 Veculo de Projeto CA ............................................................................................. 192
Figura 52 Veculo de Projeto CA.............................................................................................. 193
Figura 53 Veculo de Projeto BT7 ............................................................................................ 194
Figura 54 Veculo de Projeto BT7 ............................................................................................ 195
Figura 55 Veculo de Projeto CG.............................................................................................. 196
Figura 56 Veculo de Projeto CG.............................................................................................. 197
Figura 57 Veculo de Projeto BT9 ............................................................................................ 198
Figura 58 Veculo de Projeto BT9 ............................................................................................ 199
Figura 59 Veculo de Projeto BTL............................................................................................ 200
Figura 60 Veculo de Projeto BTL............................................................................................ 201
Figura 61 Tringulo de Visibilidade para o Veculo em Movimento ....................................... 222
Figura 62 Tringulo de Visibilidade para o Veculo Parado .................................................... 222
Figura 63 Tringulo de Visibilidade em Intersees Esconsas ................................................ 236
Figura 64 Grfico de Superelevao (emx = 4%) ..................................................................... 250
Figura 65 Grfico de Superelevao (emx = 6%) ..................................................................... 251
Figura 66 Grfico de Superelevao (emx = 8%) ..................................................................... 252
Figura 67 Grfico de Superelevao (emx = 10%)................................................................. 253
Figura 68 Grfico de Superelevao (emx = 12%) ................................................................... 254
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Manual de Projeto Geomtrico de Travessias Urbanas
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MT/DNIT/IPR
Figura 69 Variao da Seo da Pista na Implantao da Superelevao ................................ 255
Figura 70 Mtodos de Giro de acordo com a posio do Eixo de Rotao (Declividade
Transversal em Dois Sentidos)..................................................................................................... 258
Figura 71 Mtodos de Giro de acordo com a posio do Eixo de Rotao (Declividade
Transversal em um nico Sentido)............................................................................................... 259
Figura 72 Elementos Intervenientes no Clculo da Superlargura ............................................. 269
Figura 73 Exemplo de Superlargura obtida por Alargamento Simtrico da Pista .................... 279
Figura 74 Exemplo de Superlargura obtida por Alargamento Assimtrico da Pista ................ 280
Figura 75 Exemplo de Superlargura em Pistas separadas por Canteiro Central ....................... 281
Figura 76 Distncia de Visibilidade em Curvas Horizontais ................................................... 284
Figura 77 Utilizao do Gabarito de Visibilidade .................................................................... 285
Figura 78 Afastamento Lateral de Obstculos em Curvas Horizontais (Distncia Mnima de
Visibilidade de Parada)................................................................................................................. 287
Figura 79 Elementos da Seo Trasnversal em Passagens Inferiores ....................................... 288
Figura 80 Parmetros considerados na determinao do Comprimento Mnimo da Curva
Vertical Convexa........................................................................................................................... 295
Figura 81 Comprimentos Mnimos das Curvas Verticais Convexas ........................................ 299
Figura 82 Comprimentos Mnimos das Curvas Verticais Cncavas ........................................ 300
Figura 83 Tipos de Meios-Fios ................................................................................................. 314
Figura 84 Arranjos de Declividades para Vias de Pista Dupla ................................................. 320
Figura 85 Declividade Trasnversal dos Acostamentos em Curva (lado interno) ..................... 324
Figura 86 Declividade Trasnversal dos Acostamentos em Curva (lado externo) ..................... 324
Figura 87 Faixas de Giro Esquerda atendendo os dois Sentidos do Trfego ......................... 326
Figura 88 Travessia de Pedestres em Meio de Quadra ............................................................. 330
Figura 89 Via Marginal com Canteiro separados estreito ........................................................ 333
Figura 90 Sees Tpicas com Canteiros Laterais .................................................................... 334
Figura 91 Necessidade de Defensa ou Barreira Rgida em Aterros.......................................... 340
Figura 92 Necessidade de Defensa ou Barreira Rgida em Canteiros Centrais ........................ 340
Figura 93 Elevao Gradual da Crista de uma Barreira de Concreto ....................................... 341
Figura 94 Proteo da Extremidade de uma Barreira de Concreto ........................................... 342
Figura 95 Sees Transversais de Vias Expressas ao Nvel do Solo ........................................ 344
Figura 96 Sees Transversais de Vias Expressas ao Nvel do Solo ........................................ 345
Figura 97 Sees Transversais de Vias Expressas Enterradas .................................................. 347
Figura 98 Sees Transversais de Vias Expressas Enterradas em Faixas de Domnio
Restritas......................................................................................................................................... 347
Figura 99 Sees Transversais com Muros de Arrimo ............................................................. 348
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Manual de Projeto Geomtrico de Travessias Urbanas
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MT/DNIT/IPR
Figura 100 Sees Transversais de Vias Expressas Elevadas sem Ramos de Acesso ............. 350
Figura 101 Sees Transversais de Vias Expressas Elevadas com Vias Marginais ................. 352
Figura 102 Sees Transversais de Vias Expressas em Aterros ............................................... 353
Figura 103 Sees Transversais de Vias Arteriais .................................................................... 355
Figura 104 Arranjos Tpicos de Vias Marginais ....................................................................... 357
Figura 105 Sistema Irregular de Vias Marginais ...................................................................... 358
Figura 106 Ramos de Entrada e Sada de Vias Marginais de Sentido nico ........................... 359
Figura 107 Ramos de Entrada e Sada de Vias Marginais de Mo Dupla ................................ 359
Figura 108 Curvas Sucessivas nas aproximaes das Rtulas em Vias Rurais de alta
Velocidade..................................................................................................................................... 363
Figura 109 Sees Tpicas de um Tnel de uma Via com Duas Faixas de Trfego ................. 371
Figura 110 Tnel de Trs Faixas de Sentido nico .................................................................. 372
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Manual de Projeto Geomtrico de Travessias Urbanas
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MT/DNIT/IPR
LISTA DE ILUSTRAES - TABELAS
Tabela 1 Hierarquia dos Sistemas Funcionais .......................................................................... 46
Tabela 2 Caractersticas Desejveis para as Vias de cada Categoria Funcional ....................... 53
Tabela 3 Fatores K nas Rodovias Rurais .................................................................................. 60
Tabela 4 Fatores de K Tpicos nas Vias Norte-americanas ................................................... 60
Tabela 5 Distribuio por Sentido de Trfego .......................................................................... 64
Tabela 6 Distribuio por Faixa de Trfego por Tipo de Veculo ............................................ 66
Tabela 7 Definio Geral dos Nveis de Servio ...................................................................... 78
Tabela 8 Seleo do Nvel de Servio no Projeto de Rodovias Urbanas/Suburbanas .............. 79
Tabela 9 Volumes de Servio em Rodovias Rurais de Pista Simples (Classe I-HCM) ............ 81
Tabela 10 Volumes de Servio em Rodovias de Mltiplas Faixas ........................................... 81
Tabela 11 Volumes de Servio em Rodovias Expressas .......................................................... 82
Tabela 12 Caractersticas Comuns a Pedestres por Grupo de Idade ......................................... 95
Tabela 13 Greide e Declividades Transversais nos Passeios .................................................... 103
Tabela 14 Raios Mnimos para Ciclovias (e=2%) .................................................................... 129
Tabela 15 Comprimentos dos Greides ...................................................................................... 130
Tabela 16 Distncia Mnima de Visibilidade de Parada para Bicicletas .................................. 131
Tabela 17 Comprimento Mnimo da Curva Vertical Convexa (m) .......................................... 132
Tabela 18 Afastamentos Laterais Mnimos em Curvas Horizontais (m) .................................. 134
Tabela 19 Medidas Fsico-Operacionais ................................................................................... 162
Tabela 20 Critrios de Projeto para Reduo de Rudos ........................................................... 164
Tabela 21 Evoluo da Frota de Veculos em Circulao no Pas (103veculos) ..................... 173
Tabela 22 Frota por Tipo de Combustvel ................................................................................ 174
Tabela 23 Idade Mdia da Frota ................................................................................................ 174
Tabela 24 Vida til da Frota ..................................................................................................... 175
Tabela 25 Principais Dimenses bsicas dos Veculos de Projeto (m) ..................................... 180
Tabela 26 Velocidades Diretrizes ............................................................................................. 209
Tabela 27 Distncias Mnimas de Visibilidade de Parada (m) ................................................. 212
Tabela 28 Distncias de Visibilidade para Tomada de Deciso ............................................... 215
Tabela 29 Distncias de Visibilidade de Ultrapassagem .......................................................... 217
Tabela 30 Gaps Crticos (Interseo SP-255/SP 253)............................................................ 219
Tabela 31 Gaps Crticos Calculados ......................................................................................... 220
Tabela 32 Gaps Crticos para os diversos Casos Estudados ..................................................... 221
Tabela 33 Caso B1 Intervalos de Tempo Aceitos (gaps) para Giros Esquerda .................. 224
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Manual de Projeto Geomtrico de Travessias Urbanas
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MT/DNIT/IPR
Tabela 34 Caso B1 Distncias de Visibilidade em Interseo Controlada pela Sinalizao
Parada Obrigatria..................................................................................................................... 226
Tabela 35 Casos B2 e B3 Intervalos Aceitos (gaps) para Giros Direita e Travessias ......... 227
Tabela 36 Casos B2 e B3 Distncias de Visibilidade (b) em Intersees Controladas
pela Sinalizao Parada Obrigatria (Giro Direita ou Travessia, a partir da Via
Secundria).................................................................................................................................... 228
Tabela 37 Caso C1 Tempos de Percurso na Rodovia Secundria e Tempos de Travessia da
Via Principal em Intersees Controladas pela Sinalizao D a Preferncia (Travessia a
partir da Via Secundria).............................................................................................................. 231
Tabela 38 Fatores de Ajustamento para as Distncias de Visibilidade em Funo do Greide da
Aproximao................................................................................................................................. 232
Tabela 39 Caso C1 Distncia de Visibilidade b ao longo da Via Principal em
Intersees Controladas pela Sinalizao D a Preferncia (Travessia a partir da Via
Secundria).................................................................................................................................... 232
Tabela 40 Caso C2 Intervalos Aceitos para giros Direita e Esquerda.............................. 233
Tabela 41 Caso C2 Distncias de Visibilidade ao Longo da Via Principal em Intersees
Controladas pela Sinalizao D a Preferncia (Giro Esquerda ou Direita, a apartir da Via
Secundria)................................................................................................................................... 234
Tabela 42 Caso E Intervalos Aceitos para Giros Esquerda da Via Principal...................... 235
Tabela 43 Caso E Distncias de Visibilidade ao Longo da Via Principal em
Intersees Controladas pela Sinalizao Parada Obrigatria (Giros Esquerda a partir da
Via Secundria.............................................................................................................................. 235
Tabela 44 Valores Mximos Admissveis de Coeficientes de Atrito Transversal para Vias
em Geral (DNIT)........................................................................................................................... 238
Tabela 45 Valores Mximos Admissveis de Coeficientes de Atrito Transversal para Vias
em Geral (AASHTO).................................................................................................................... 238
Tabela 46 Valores Mximos Admissveis de Coeficientes de Atrito Transversal para Ramos
de Intersees (DNIT).................................................................................................................. 239
Tabela 47 Valores dos Raios Mnimos em Funo das Taxas Mximas de
Superelevao (m)........................................................................................................................ 240
Tabela 48 Valores de R acima dos quais a Superelevao Disponvel .................................. 242
Tabela 49 Taxas Mximas de Superelevao ........................................................................... 245
Tabela 50 Raios Mnimos e Superelevao para Vias Urbanas de Baixa Velocidade ............. 247
Tabela 51 Valores dos Raios acima dos quais podem ser Dispensadas Curvas de Transio... 260
Tabela 52 Comprimentos Mnimos Absolutos de L ................................................................. 262
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Manual de Projeto Geomtrico de Travessias Urbanas
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MT/DNIT/IPR
Tabela 53 Rampas de Superelevao Admissveis para Pista Simples de 2 Faixas com Eixo
de Rotao no Centro.................................................................................................................... 262
Tabela 54 Fatores de Majorao do Comprimento de Transio para o Nmero de Faixas
Rotacionadas................................................................................................................................. 263
Tabela 55 Comprimentos de Curvas de Arredondamento ................................................. 266
Tabela 56 Gabaritos Laterais do Veculo de Projeto em Movimento ....................................... 268
Tabela 57 Valores dos Raios acima dos quais dispensvel a Superlargura Pista de 2
Faixas (m)..................................................................................................................................... 272
Tabela 58 Valores de Superlargura para Projetos de Curvas em Trechos Contnuos Pistas
de 2 Faixas (m) Veculo de Projeto CO - 9,10 m....................................................................... 273
Tabela 59 Valores de Superlargura para Projetos de Curvas em Trechos Contnuos Pistas
de 2 Faixas (m) Veculo de Projeto CO 12,20 m.................................................................... 274
Tabela 60 Valores de Sueperlargura para Projetos de Curvas em Trechos Contnuos Pistas
de 2 Faixas (m) Veculo de Projeto CO 18,60 m.................................................................... 275
Tabela 61 Valores de Sueperlargura para Projetos de Curvas em Trechos Contnuos Pistas
de 2 Faixas (m) Veculo de Projeto BT9 25,00 m................................................................... 276
Tabela 62 Valores de Sueperlargura para Projetos de Curvas em Trechos Contnuos Pistas
de 2 Faixas (m) Veculo de Projeto BTL 30,00 m.................................................................. 277
Tabela 63 Afastamentos Mnimos dos Obstculos Fixos em Trechos em Tangente ................ 286
Tabela 64 Rampas Mnimas para Vias Urbanas (%) ................................................................ 293
Tabela 65 Rampas Mximas para Ramos (Critrio Geral) ....................................................... 293
Tabela 66 Valores e K segundo Distncia de Visibilidade de Parada ...................................... 298
Tabela 67 Gabarito Vertical Mnimo ........................................................................................ 304
Tabela 68 Reduo da Velocidade em Funo do Nmero de Faixas ...................................... 306
Tabela 69 Reduo da Velocidade em Funo da Largura da Faixa ........................................ 307
Tabela 70 Largura das Faixas de Rolamento ............................................................................ 309
Tabela 71 Largura dos Acostamentos para Vias Expressas e algumas Arteriais Principais..... 311
Tabela 72 Largura das Faixas de Estacionamento .................................................................... 313
Tabela 73 Largura do Canteiro Central ..................................................................................... 332
Tabela 74 Taludes de Terra ....................................................................................................... 336
Tabela 75 Comprimento do Trecho Efetivo de Acelerao La (m) AASHTO ................... 365
Tabela 76 Fatores de Ajustamento para Faixas de Acelerao em Funo de Greide ............. 366
Tabela 77 Caractersticas Bsicas do Projeto Geomtrico do Sistema Arterial Principal
Via Expressa Primria.................................................................................................................. 374
Tabela 78 Caractersticas Bsicas do Projeto Geomtrico doSistema Arterial Principal
Via Expressa Secundria............................................................................................................... 375
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Manual de Projeto Geomtrico de Travessias Urbanas
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MT/DNIT/IPR
Tabela 79 Caractersticas Bsicas do Projeto Geomtrico do Sistema Arterial Principal
Via Arterial Primria..................................................................................................................... 376
Tabela 80 Caractersticas Bsicas do Projeto Geomtrico do Sistema Arterial Principal
Ramos de Interconexo................................................................................................................. 377
Tabela 81 Caractersticas Bsicas do Projeto Geomtrico do Sistema Arterial Secundrio
Via Arterial Secundria................................................................................................................. 378
Tabela 82 Caractersticas Bsicas do Projeto Geomtrico do Sistema de Vias Coletoras
Via Coletora.................................................................................................................................. 379
Tabela 83 Caractersticas Bsicas do Projeto Geomtrico do Sistema de Vias Locais
Via Local....................................................................................................................................... 380
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Manual de Projeto Geomtrico de Travessias Urbanas
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MT/DNIT/IPR
SUMRIO
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Manual de Projeto Geomtrico de Travessias Urbanas
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MT/DNIT/IPR
SUMRIO
APRESENTAO....................................................................................................................... 05
LISTA DE SMBOLOS E ABREVIATURAS .......................................................................... 09
LISTA DE ILUSTRAES - FIGURAS .................................................................................. 11
LISTA DE ILUSTRAES - TABELAS ................................................................................. 15
SUMRIO ........................................................................................................................... 19
1. INTRODUO ....................................................................................................................... 23
2. DEFINIES .......................................................................................................................... 27
3. CLASSIFICAO FUNCIONAL DAS VIAS URBANAS ................................................. 41
4. CRITRIOS E CONTROLES DE PROJETO .................................................................... 55
5. ELEMENTOS DO PROJETO ............................................................................................... 169
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ....................................................................................... 381
NDICE ........................................................................................................................... 389
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Manual de Projeto Geomtrico de Travessias Urbanas
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MT/DNIT/IPR
1. INTRODUO
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Manual de Projeto Geomtrico de Travessias Urbanas
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MT/DNIT/IPR
1. INTRODUO
O presente Manual de Projeto Geomtrico de Travessias Urbanas tem como objetivo reunir a
informao necessria para a elaborao dos projetos geomtricos de travessias urbanas por
rodovias federais, de acordo com as normas em vigor no Pas. Inclui tambm orientao sobre
aspectos no tratados pelas normas, mas que, pela sua importncia, exigem considerao especial,
como a utilizao crescente de grandes composies de veculos de carga, vias de pedestres,
ciclovias, paradas de nibus, capacidade, controle de acessos e controle ambiental.
A principal orientao atual para o projeto das vias urbanas constituda pelo documento Normas
para Projeto de Vias Urbanas, de 1974, preparado pelo DNER para atender ao Programa Especial
de Vias Expressas PROGRES, institudo em 30 de outubro de 1972. A integrao da rede
rodoviria nacional necessitava do estabelecimento de critrios que garantissem a sua continuidade
atravs das cidades, sem perda de qualidade, o que foi estabelecido pela normatizao elaborada.
Como vem sendo feito pelo DNIT, procedeu-se agora reviso do documento citado, para atender
ao desenvolvimento tcnico verificado desde 1974. Foi mantido o critrio de detalhar as
caractersticas do Sistema Arterial Principal das vias urbanas, por constituir a malha de integrao
com a rede rodoviria nacional e apresentar uma orientao sucinta para as vias coletoras e locais.
Como principal inovao, foi apresentado maior detalhamento na definio dos veculos de projeto,
incluindo os principais veculos de carga de grande porte em operao no Pas. Foi tambm
analisado seu impacto na geometria das vias, principalmente no que se refere s necessidades de
superlargura e visibilidade.
Os conceitos e critrios bsicos de projeto apresentados visam principalmente completar e
padronizar os procedimentos atualmente adotados pelos diversos rgos responsveis e empresas
consultoras. Os valores e diretrizes se referem basicamente ao Projeto Geomtrico e constituem, por
vezes, uma sistematizao dos que j so largamente empregados. Em outros casos, procedeu-se
introduo de critrios novos ou adaptao dos existentes.
Para anlise e complementao dos valores constantes das normas existentes, a fonte principal de
informaes deste Manual foi a publicao da AASHTO: A Policy on Geometric Design of
Highways and Streets edio de 2004. Alm dessa fonte, foram consultadas outras publicaes,
dentre as quais se destacam: DNIT: Manual de Projeto Geomtrico de Rodovias Rurais 1999,
Manual de Projeto de Intersees 2005 e Manual de Estudos de Trfego 2006; AASHTO:
Guide for the Development of Bicycle Facilities, 3rd Edition 1999 e Guide for the Planning,
Design and Operation or Pedestrian Facilities 2004; TRB: Highway Capacity Manual 2000.
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Manual de Projeto Geomtrico de Travessias Urbanas
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MT/DNIT/IPR
O trabalho foi dividido nas seguintes sees:
Introduo
Definies
Classificao Funcional das Vias Urbanas
Critrios e Controles de Projeto
Elementos do Projeto
A Seo 1 constituda pela presente Introduo. A Seo 2 contm definies precisas de vrios
termos utilizados no Manual, visando sua uniformizao. A Seo 3 trata do processo de
hierarquizao das vias urbanas, conforme o tipo de servio que oferecem e a funo que exercem.
A Seo 4 trata dos controles e critrios que nortearam a elaborao dos projetos. A Seo 5 aborda
os principais itens de natureza tcnica, que compem o Projeto Geomtrico.
A bibliografia consultada relacionada ao final do trabalho.
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Manual de Projeto Geomtrico de Travessias Urbanas
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MT/DNIT/IPR
2. DEFINIES
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Manual de Projeto Geomtrico de Travessias Urbanas
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MT/DNIT/IPR
2. DEFINIES
Algumas expresses empregadas em projetos virios carecem de uma definio uniforme e precisa.
Com o objetivo de uniformizar a terminologia existente so fornecidos alguns conceitos gerais,
relativos ao projeto das travessias urbanas. As definies foram elaboradas para os principais
termos ou expresses de significado particular mencionados no Manual e no pretendem constituir
um glossrio completo. Em alguns casos, para algumas expresses com conceituao mais ampla,
apresentado apenas o conceito de interesse para o projeto geomtrico das vias urbanas. Em outros, a
explanao dos conceitos encontra-se no prprio texto.
Terminologia e definies adicionais constam das publicaes: Glossrio de Termos Tcnicos
Rodovirios DNER 1997, Cdigo de Trnsito Brasileiro CTB 1997, Manual de Projeto
Geomtrico de Rodovias Rurais DNER 1999 e Manual de Projeto de Intersees DNIT
2005.
Acesso interseo de uma rodovia com uma via de ligao a propriedades marginais, de
uso particular ou pblico.
Acostamento rea da plataforma adjacente pista de rolamento, destinada a: parada ou
estacionamento provisrio de veculos, servir de faixa extra de rolamento para emergncias,
contribuir para proteo da estrutura do pavimento e dos efeitos da eroso e circulao de
pedestres e bicicletas, quando no houver local apropriado para esse fim. Em rodovias de
pista dupla, os acostamentos direita do sentido de trfego so denominados externos e
aqueles esquerda, internos.
Agulha abertura em um canteiro lateral segundo um pequeno ngulo, ligando a via
principal a uma pista lateral ou via marginal paralela.
Alameda rua marginada de rvores.
Alinhamento horizontal projeo do eixo no plano horizontal, definindo-o
geometricamente. Determina o traado em planta.
Alinhamento vertical greide da rodovia, com suas caractersticas altimtricas. Determina
o traado em perfil.
Anel virio via perimetral que envolve uma rea urbana.
rea do nariz rea compreendida entre as bordas adjacentes das pistas de duas vias ou
ramos que se bifurcam, ou se juntam, e a curva (ou vrtice) limitadora do nariz.
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Manual de Projeto Geomtrico de Travessias Urbanas
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MT/DNIT/IPR
Automvel veculo automotor destinado ao transporte de passageiros, com capacidade
para at oito pessoas, exclusive o condutor.
Avenida designao dada a uma rua, em geral mais larga, dotada de caractersticas
especiais (grande extenso, existncia de canteiro central, importncia histrica etc.).
Barreira estrutura rgida, indeformvel, geralmente de concreto, disposta
longitudinalmente pista, com o objetivo de impedir que veculos desgovernados saiam da
plataforma, se choquem com objetos fixos ou invadam outras pistas adjacentes e, ainda,
desejavelmente, de reorientar o veculo para a trajetria correta, com o mnimo de danos
para o motorista e passageiros. Tambm denominado separador fsico rgido.
Beco rua estreita e curta, geralmente sem sada.
Bicicleta veculo de propulso humana, dotado de duas rodas.
Bordos (Bordas) da pista limites laterais da pista de rolamento. Em rodovias de pista
dupla, o limite direita do sentido de trfego denominado bordo externo e aquele
esquerda, bordo interno.
Calada parte da via, normalmente segregada e em nvel diferente, no destinada
circulao de veculos, reservada ao trnsito de pedestres e, quando possvel, implantao
de mobilirio urbano, sinalizao, vegetao e outros fins.
Caminho veculo automotor, com rodagem dupla em pelo menos um eixo, destinado a
transporte de cargas.
Caminho via pblica ou privada, de trnsito precrio, criada pela circulao de pessoas,
animais ou veculos.
Canteiro central espao compreendido entre os bordos internos de pistas de rolamento,
com trfego geralmente em sentidos opostos, objetivando separ-las fsica, operacional,
psicolgica e esteticamente. Por definio, inclui os acostamentos internos, faixas de
segurana ou faixa de espera e converso esquerda.
Canteiro lateral rea situada entre a pista de uma via de trfego direto e uma via marginal
ou rua lateral.
Capacidade nmero mximo de veculos que pode passar por um determinado trecho de
uma faixa ou pista durante um perodo de tempo especificado, sob determinadas condies
existentes da via e do trfego, usualmente expressa em veculos por hora ou unidades de
carros de passeio por hora.
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MT/DNIT/IPR
Combinao de veculo de carga (CVC) veculo composto de uma unidade tratora
tracionando uma ou mais unidades.
Ciclo veculo de pelo menos duas rodas a propulso humana.
Ciclofaixa parte da pista de rolamento destinada circulao exclusiva de ciclos,
delimitada por sinalizao especfica.
Ciclovia pista prpria destinada circulao de ciclos, separada fisicamente do trfego
comum.
Controle de acesso situao onde os direitos de propriedade de uso e de acesso aos
terrenos adjacentes de uma via so controlados, total ou parcialmente, pela autoridade de
trnsito.
Converso (em uma interseo) movimento de giro de um veculo, ao passar de uma
para outra via.
Cruzamento em nveis diferentes sem ramos interseo em que no h trocas de fluxos
de trfego entre as vias que se interceptam, ou seja, o cruzamento em desnvel no tem
ramos de conexo. Denomina-se Passagem Superior, quando a via principal passa sobre a
via secundria, e Passagem Inferior, quando passa sob a via secundria.
Defensa estrutura no rgida, com elevado ou reduzido grau de deformabilidade, disposta
longitudinalmente pista, com o objetivo de impedir que veculos desgovernados saiam da
plataforma, se choquem com objetos ou obstculos fixos ou invadam outras pistas
adjacentes e, ainda, desejavelmente, de reorientar o veculo para a trajetria correta, com o
mnimo de danos para o motorista e passageiros.
Demanda nmero de usurios que utilizam os servios da rodovia, expresso usualmente
em veculos por hora ou carros de passeio por hora.
Distncia de visibilidade extenso ao longo da via, visvel ao motorista.
Distncia de visibilidade de parada extenso da via frente, que o motorista deve poder
enxergar, para que, aps ver um obstculo que o obrigue parada, possa imobilizar o
veculo sem atingi-lo.
Distncia de visibilidade de ultrapassagem extenso da via frente, que o motorista
deve poder enxergar antes da iniciar uma ultrapassagem, em uma via de duas faixas e mo
dupla, para assegurar a bem sucedida concluso da manobra e a no interferncia com
veculos se aproximando em sentido oposto.
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Manual de Projeto Geomtrico de Travessias Urbanas
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MT/DNIT/IPR
Eixo linha de referncia, cujo alinhamento sequencial projetado no plano horizontal define
o traado em planta, ou seja, a ele so referidos os elementos planimtricos da via.
Eixo de rotao da pista linha fictcia longitudinal pista, mantendo constante, em cada
trecho, seu afastamento horizontal e vertical do eixo; em torno dele a pista gira, desde a
situao bsica em tangente at a situao superelevada. Em muitos casos, coincide com o
eixo da via. A ele se refere o greide da rodovia, nos casos em que eixo de rotao e eixo da
rodovia no coincidem.
Entrecruzamento (Entrelaamento) conjunto de cruzamentos de duas ou mais correntes
de trfego de mesmo sentido ao longo de um trecho da rodovia.
Estacionamento (1) lugar delimitado para estacionar veculos; (2) operao de conduzir
um veculo a um local em que pode permanecer imobilizado por tempo superior ao
necessrio para embarque ou desembarque de passageiros; (3) imobilizao de veculos por
tempo superior ao necvessrio para embarque ou desembarque de passageiros.
Estrada via de trnsito, em geral em rea rural, destinada a veculos rodovirios, animais
e pessoas, e que normalmente tm preferncia de passagem em toda a sua extenso. Em
reas urbanas, depois de se transformarem em logradouros, a tradio pode manter a
designao estrada.
Faixa auxiliar faixa de uma via, contgua a uma faixa de trfego direto, com mltiplas
funes, que podem incluir: estacionamento de veculos, mudana de velocidade,
entrelaamento, acomodao de veculos lentos e outros propsitos complementares ao
fluxo principal.
Faixa da direita faixa mais direita, de um conjunto de faixas de rolamento de mesmo
sentido. Nas rodovias rurais, por vezes, designada por faixa externa.
Faixa da esquerda faixa mais esquerda de um conjunto de faixas de rolamento de
mesmo sentido. Nas rodovias rurais, por vezes, designada por faixa interna.
Faixa de domnio rea compreendendo a rodovia e suas instalaes correlatas e faixas
adjacentes legalmente delimitadas, de propriedade ou sob domnio ou posse do rgo
rodovirio, e sobre a qual se estende sua jurisdio.
Faixa de estacionamento faixa adjacente pista de rolamento, para abrigar veculos
estacionados.
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Manual de Projeto Geomtrico de Travessias Urbanas
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MT/DNIT/IPR
Faixa de giro direita faixa auxiliar destinada aos veculos que desejam executar
manobras de converso direita.
Faixa de giro esquerda faixa auxiliar destinada aos veculos que desejam executar
manobras de converso esquerda.
Faixa de mudana de velocidade faixa auxiliar destinada acelerao ou desacelerao
dos veculos que entram ou saem de uma via.
Faixa de segurana faixa longitudinal da pista, destinada a reduzir a sensao de
confinamento provocada por dispositivos muito prximos sua borda e que constituem
obstculos ou depresses aparentes para os condutores dos veculos (barreiras rgidas,
sarjetas, meios-fios elevados etc.). Tambm tem a funo de aumentar a segurana na
travessia de pontes, viadutos e trechos contnuos sem acostamento.
Faixa de trfego faixa longitudinal da pista, destinada ao deslocamento de uma nica fila
de veculos.
Faixa exclusiva de nibus faixa de trfego reservada aos nibus.
Faixa ou faixas reversveis faixa ou faixas de trfego, onde a circulao se d num
sentido, durante um determinado perodo e, no sentido inverso, durante outro perodo.
Fluxo conjunto de veculos que circulam no mesmo sentido, em uma ou mais faixas de
trfego.
Gabarito horizontal distncia livre mnima dos obstculos fixos (afastamento horizontal
necessrio entre a linha de viso do motorista e um obstculo lateral fixo).
Gabarito vertical altura livre mnima permitida em uma via (distncia da superfcie da
pista a um obstculo superior mais prximo).
Greide perfil do eixo de uma via, complementado com os elementos que o definem
(estacas e cotas de PCV, PIV, PTV etc). adotado como eixo de rotao da pista para
desenvolvimento da superelevao. Em vias pavimentadas, refere-se superfcie acabada do
pavimento. Neste caso, tambm especificado como greide de pavimentao. Quando o
perfil do eixo de rotao for referido plataforma terraplenada especificado como greide
de terraplenagem.
Interconexo interseo onde ocorrem cruzamentos de correntes de trfego em nveis
diferentes e ramos de conexo entre vias. denominada, tambm, de interseo em desnvel
ou em vrios nveis.
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Manual de Projeto Geomtrico de Travessias Urbanas
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MT/DNIT/IPR
Interseo confluncia, entroncamento ou cruzamento de duas ou mais vias.
Interseo em nvel interseo onde os cruzamentos de correntes de trfego ocorrem no
mesmo nvel.
Largo ou Praa logradouro em rea urbana, geralmente delimitado por edificaes ou
vias.
Logradouro espao livre, inalienvel, destinado circulao, parada ou estacionamento
de veculos, ou circulao de pedestres, tais como: caladas, parques, reas de lazer,
calades, e reconhecido pela municipalidade, que lhe confere designao oficial.
Lotao carga til mxima, incluindo condutor e passageiros que o veculo pode
transportar, expressa em quilogramas ou toneladas para os veculos de carga, ou nmero de
pessoas, para os veculos de passageiros.
Manobra movimentao executada pelo condutor para alterar a posio em que o veculo
est no momento em relao via.
Marcas virias conjunto de sinais constitudos de linhas, marcaes, smbolos ou
legendas, em tipos e cores diversas, apostos ao pavimento da via.
Meio-fio construo longitudinal em degrau, disposta na borda da pista de rolamento,
acostamento ou faixa de segurana, com o objetivo de delimitar fisicamente a pista, proteger
o trnsito de pedestres, conduzir guas pluviais, conter o pavimento, delimitar reas no
pavimentadas e, especialmente, realar para o motorista, mediante um obstculo intencional
ao deslocamento transversal do veculo, as trajetrias possveis. Tambm denominado
guia.
Meio-fio intransponvel meio-fio, cuja conformao pretende impedir sua transposio
pelos veculos.
Meio-fio transponvel meio-fio, cuja conformao permite sua transposio por veculos
a baixas velocidades, sem causar-lhes maiores danos.
Micro-nibus veculo automotor de transporte coletivo com capacidade para at vinte
passageiros.
Motocicleta veculo automotor de duas rodas, dirigido por condutor em posio montada.
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Manual de Projeto Geomtrico de Travessias Urbanas
35
MT/DNIT/IPR
Nvel de servio medida da qualidade das condies de operao de uma corrente de
trfego, baseada nos valores da velocidade e dos tempos de viagem, na liberdade de
manobra, e nas condies de conforto e segurana.
nibus veculo automotor de transporte coletivo, com capacidade para mais de vinte
passageiros.
Passeio parte da calada ou da via, destinada circulao de pedestres e, eventualmente,
de ciclistas.
Pedestre usurio da via pblica que se locomove a p.
Perfil linha que representa, de forma, contnua a situao altimtrica de um alinhamento
sobre uma superfcie. Decorre da interseo dessa superfcie com a superfcie vertical,
definida pelo referido alinhamento.
Perfil do terreno perfil de uma linha disposta sobre a superfcie terrestre (por exemplo,
eixo ou borda de pista).
Pista parte da via, incluindo acostamentos, projetada para uso de veculos. Uma rodovia
dividida tem duas ou mais pistas.
Pista com caimento simples pista com declividade transversal em um nico sentido entre
as bordas.
Pista com caimento duplo pista cuja seo tem declividade transversal em dois sentidos,
seja sob forma de dois planos, cuja interseo forma a crista da seo, seja sob forma
continuamente arredondada (abaulada). Neste ltimo caso, o lugar geomtrico dos pontos da
seo de maior cota tambm denominado crista.
Pista de rolamento parte da via projetada para deslocamento dos veculos, podendo
conter uma ou mais faixas de trfego.
Plataforma parte da rodovia compreendida entre os limites externos dos passeios ou entre
os ps de corte e cristas de aterro, incluindo os dispositivos necessrios drenagem da pista.
Ponte obra de construo civil destinada a ligar margens opostas de uma superfcie lquida
qualquer.
Ponto de parada (Ponto, Parada) rea devidamente sinalizada, na qual os veculos de
transportes coletivos, tais como nibus, bondes e txis param, a fim de receber e/ou deixar
passageiros.
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Manual de Projeto Geomtrico de Travessias Urbanas
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MT/DNIT/IPR
Projeto geomtrico conjunto dos elementos necessrios e suficientes para definio da
forma geomtrica de uma via.
Ramo de entrada ramo destinado ao acesso do trfego a uma via.
Ramos de interseo pistas que conectam vias que se interceptam ou as ligam a outras
vias ou ramos. Inclui, tambm, seus terminais.
Ramo de sada ramo destinado sada do trfego de uma via.
Ramo em lao (loop) ramo que faz com que os veculos executem uma converso
esquerda por meio de um giro prximo de 270 direita.
Rampa declividade longitudinal do greide da pista ou plataforma. Seu valor normalmente
dado pela tangente do ngulo formado com o plano horizontal, podendo, tambm ser dada
em porcentagem.
Rampa de superelevao diferena de greides entre a borda da pista (ou acostamento) e o
eixo de rotao, ou seja, rampa relativa da borda da pista (ou acostamento) em relao ao
eixo de rotao. Ocorre ao longo dos comprimentos de transio da superelevao e da
tangente/abaulamento.
Retorno (1) dispositivo de uma rodovia, que permite a veculos de uma corrente de
trfego a transferncia para a corrente de sentido contrrio; (2) movimento de inverso de
sentido da direo original de um veculo.
Rodovia estrada que, tendo a sua plataforma devidamente preparada, se destina
circulao de veculos automotores.
Rtula (rotatria) interseo, na qual o trfego circula num s sentido, ao redor de uma
ilha central.
Rua no sentido mais geral, uma via pblica, em rea urbana, com ou sem caladas e
meios-fios, destinada ao trnsito de pedestres, veculos ou animais.
Rua sem sada (cul de sac) via sem sada, que permite o retorno dos veculos pelo prprio
acesso, com o uso de uma rea de manobra.
Seo transversal (do terreno) perfil do terreno em direo normal ao eixo de uma via.
Seo transversal (da via) para fins do projeto geomtrico, representa o alinhamento
superficial transversal via, incluindo a pista de rolamento, faixas de segurana,
acostamentos, plataforma, sarjetas, valetas e taludes, entre as intersees com o terreno
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Manual de Projeto Geomtrico de Travessias Urbanas
37
MT/DNIT/IPR
natural. Resulta da interseo de um plano vertical perpendicular ao eixo com a superfcie
do corpo estradal contido entre os limites da terraplenagem.
Seo transversal tipo seo transversal constante empregada repetitivamente em trechos
contnuos de rodovias ou ramos.
Sistema arterial principal (urbano) classe funcional das vias urbanas que atende maior
parte dos deslocamentos dos veculos rodovirios, em unidades de veculo/km, considerada
como estrutura bsica de circulao.
Sistema arterial secundrio (urbano) classe funcional das vias urbanas, que atende
maior parte dos deslocamentos dos veculos rodovirios, no includa na estrutura bsica de
circulao.
Sistema de vias coletoras (urbano) classe funcional das vias urbanas, que tem a funo
de coletar o trfego das ruas locais e transferi-lo s vias arteriais e vice-versa.
Sistema de vias locais (urbano) classe funcional das vias urbanas, constituda pelas ruas
de acesso s propriedades pblicas e privadas.
Superelevao declividade transversal da pista em um nico sentido, nos trechos em
curva horizontal, com caimento orientado para o centro da curva (lado interno), com o
objetivo de contrabalanar a atuao da acelerao centrfuga.
Superlargura acrscimo total de largura proporcionado s pistas em curvas, de forma a
considerar as exigncias operacionais ento decorrentes, crescentes com a curvatura, e
assegurar um padro adequado de segurana e conforto de dirigir.
Talude para fins do projeto geomtrico, a face do corpo estradal que se estende alm da
borda da plataforma. Sua inclinao sobre a horizontal, denominada inclinao de talude,
expressa sob a forma de frao ordinria de numerador unitrio, cujo denominador
representa a distncia horizontal correspondente a 1m de diferena de nvel.
Tara peso prprio de veculo, acrescido dos pesos da carroceria e equipamentos, do
combustvel, das ferramentas e acessrios, da roda sobressalente, do extintor de incndio e
do fludo de arrefecimento, expresso em quilogramas ou toneladas.
Terminal de ramo rea onde um ramo de interseo se une com a pista destinada ao
trfego direto, incluindo faixas de mudana de velocidade. Define-se por terminal de entrada
a rea em que o trfego chega via principal, e por terminal de sada a rea onde o trfego a
abandona.
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Manual de Projeto Geomtrico de Travessias Urbanas
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MT/DNIT/IPR
Trnsito movimentao e imobilizao de veculos, pessoas e animais nas vias terrestres.
Travessa rua secundria, geralmente estreita e curta, transversal entre duas outras mais
importantes.
Veculo articulado combinao de veculos acoplados, sendo um deles automotor.
Veculo de Ocupao Elevada (VOE) veculo contendo um nmero mnimo definido de
ocupantes. Frequentemente, inclui nibus, vans, txis e carros exercendo transporte
solidrio. Geralmente, empregado para definio de faixas exclusivas para seu uso.
Veculo de projeto veculo terico de certa categoria, cujas caractersticas fsicas e
operacionais representam uma envoltria das caractersticas da maioria dos veculos
existentes nessa categoria. A predominncia de certa categoria de veculos define o veculo
de projeto a ser escolhido para condicionar as caractersticas da via.
Velocidade diretriz ou velocidade de projeto a maior velocidade com que um trecho
virio pode ser percorrido com segurana, quando o veculo estiver submetido apenas s
limitaes impostas pelas caractersticas geomtricas. a velocidade selecionada para fins
de projeto, da qual se derivam os valores mnimos de determinadas caractersticas fsicas
diretamente vinculadas operao e ao movimento dos veculos e s caractersticas dos
motoristas.
Via faixa de terreno, convenientemente preparada para o trnsito de qualquer natureza,
podendo incluir pedestres, veculos e animais, compreendendo pistas, acostamentos, ilhas e
canteiros, normalmente incluindo a rea da sua faixa de domnio.
Via arterial primria via de capacidade e velocidade menores que as vias expressas, com
traado sensivelmente contnuo e intersees predominantemente em nvel, atendendo
principalmente mobilidade do trfego, podendo, contudo, ser permitido o acesso a
propriedades adjacentes. Redistribui o trfego das vias expressas para os seus destinos, at o
nvel das arteriais secundrias.
Via arterial secundria via que complementa e interconecta as vias do sistema arterial
principal, com menor nvel de mobilidade que as vias arteriais primrias.
Via coletora via que coleta o trfego das vias locais e o canaliza para as vias arteriais e
vice-versa.
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Manual de Projeto Geomtrico de Travessias Urbanas
39
MT/DNIT/IPR
Via coletora - distribuidora via de mo nica, de carter auxiliar, com extenso limitada,
paralela via principal, objetivando: absorver o trfego que exceda a capacidade da via
principal; servir de local para transferncia de movimentos conflitantes com o trfego direto
em intersees; concentrar em um s local a sada ou entrada de veculos nas faixas de
trfego direto etc. Geralmente, no proporciona acesso s propriedades adjacentes.
Viaduto obra de construo civil destinada a transpor uma depresso de terreno ou servir
de passagem superior.
Via expressa primria via de elevada capacidade e altas velocidades, com duas pistas
separadas por canteiro central, com pelo menos duas faixas de trfego em cada sentido, com
controle total de acesso e intersees em desnvel.
Via expressa secundria via de capacidade e velocidade algo restritas, por ao de
eventuais intersees em nvel e permisso de acesso a determinados tipos de uso do solo.
Via local via que tem como funo principal prover acesso s propriedades adjacentes.
Via marginal (lateral) via paralela pista principal de uma rodovia, de um ou ambos os
lados, com o objetivo de atender ao trfego local, longitudinal rodovia e pertinente rea
urbanizada adjacente, e permitir o disciplinamento dos locais de ingresso e egresso da
rodovia.
Via Parque via pblica, urbana ou no, para trnsito no comercial, com parcial ou total
controle de acessos, normalmente localizada dentro ou nas proximidades de um parque ou
rea de recreao.
Via particular via implantada em propriedade particular e de uso privado.
Via perimetral via situada na periferia de determinada rea ou regio.
Via planejada via de execuo prevista em algum plano ou programa particular ou
pblico.
Via preferencial via cujo trnsito tem prioridade de passagem.
Via pblica via franqueada ao uso pblico.
Via secundria via cujo trnsito no tem prioridade de passagem em relao via que
intercepta.
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Manual de Projeto Geomtrico de Travessias Urbanas
40
MT/DNIT/IPR
Via reversvel via em que permitida a inverso do sentido de deslocamento do trnsito,
no seu todo ou em parte, durante determinado perodo de tempo, de acordo com a
regulamentao do uso da via.
Volume Horrio de Projeto (VHP) fluxo de veculos (nmero de veculos por hora) que
deve ser atendido em condies adequadas de segurana e conforto pelo projeto da via em
questo.
Volume Mdio Dirio (VMD) nmero mdio de veculos que percorre uma seo ou
trecho de uma rodovia, por dia, durante certo perodo de tempo. Quando no se especifica o
perodo considerado, pressupe-se que se trata de um ano.
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Manual de Projeto Geomtrico de Travessias Urbanas
41
MT/DNIT/IPR
3. CLASSIFICAO FUNCIONAL DAS VIAS URBANAS
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Manual de Projeto Geomtrico de Travessias Urbanas
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3. CLASSIFICAO FUNCIONAL DAS VIAS URBANAS
O planejamento do sistema virio de uma cidade deve ser baseado na identificao e mensurao
das necessidades e desejos de deslocamento de sua populao. O conhecimento das Linhas de
Desejo correspondentes a esses deslocamentos uma das primeiras etapas do processo de seu
atendimento. As quantidades de deslocamentos correspondentes a essas linhas permitem sua
estruturao, em termos de importncia relativa. Nas cidades, algumas dessas linhas correspondem
ao atendimento dos deslocamentos entre residncias e locais de trabalho, sendo geralmente as de
maior importncia. Em cidades com centros de lazer bem caracterizados, como cidades litorneas,
os acessos a esses centros de lazer, principalmente nos feriados, fins de semana e perodos de frias,
tambm podem atingir importncia de mesma ordem que os deslocamentos de e para o trabalho
dirio. Independentemente das razes dos deslocamentos, os fluxos com que as vias concorrem para
seu atendimento so normalmente adotados para definir sua funo, em termos de importncia. H
diversos sistemas de classificao das vias, que so usados para diferentes finalidades. A
classificao de vias e ruas, segundo a funo que exercem dentro do sistema virio, representa o
passo inicial do processo de planejamento, j que visa estabelecer uma hierarquia de vias para
atendimento dos deslocamentos dentro da rea urbana.
A classificao funcional o processo pelo qual as vias so agrupadas hierarquicamente em
subsistemas, conforme o tipo de servio que oferecem e a funo que exercem. fundamental, para
este processo, reconhecer que os diversos tipos de vias no tm muita utilidade separadamente,
porquanto a maioria das viagens envolve a circulao atravs de uma rede viria. preciso
determinar ento como essas viagens podem ser canalizadas dentro da rede viria de forma lgica e
eficiente. A classificao funcional define a natureza deste processo de canalizao, determinando a
funo que deve exercer determinada via no escoamento do trfego.
A classificao funcional normalmente estabelecida de acordo com a mobilidade e acessibilidade
permitidas. Mobilidade o grau de facilidade para deslocar-se. Acessibilidade o grau de facilidade
que oferece uma via para conectar a origem de uma viagem com seu destino. Embora existam
muitos sistemas de classificao funcional que possam ser usados para fins de planejamento, o
mtodo empregado com mais frequncia o que separa as vias urbanas em 4 (quatro) sistemas
bsicos, com caractersticas e funes distintas, a saber:
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Sistema arterial principal
Sistema arterial secundrio
Sistema coletor
Sistema local
Uma ilustrao esquemtica de uma rede viria urbana classificada funcionalmente mostrada na
Figura 1, e as relaes entre os nveis de mobilidade e acessibilidade proporcionados pelas
diferentes categorias funcionais podem ser visualizadas na Figura 2, ambas as figuras mostradas a
seguir. A deciso de adotar essas categorias de classificao foi baseada nos sistemas e mtodos de
classificao usados no Brasil e em outros pases, especialmente nos conceitos e diretrizes gerais
contidos nas publicaes:
a) Normas para a Classificao Funcional de Vias Urbanas DNER 1974
b) Sistema Virio Nacional na Modalidade Rodoviria ABNT 1976
c) Highway Functional Classification: Concepts, Criteria, and Procedures Federal Highway
Administration 1989
d) A Policy on Geometric Design of Highways and Streets AASHTO 2004.
Figura 1 Hierarquia funcional das vias urbanas
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Figura 2 Relao entre os nveis de acessibilidade e mobilidade para os diferentes tipos de
vias urbanas
Para efeito de classificao funcional, so consideradas reas Urbanas os locais mais densamente
povoados, com populao acima de 5.000 habitantes. Se a populao for inferior a 50.000 so
designadas como Pequenas reas Urbanas. As reas Rurais so aquelas situadas fora dos limites
das reas urbanas.
Cabe ressaltar que as vias que compem os sistemas funcionais das reas urbanas e rurais tm
caractersticas diferentes. Embora a hierarquia funcional seja semelhante, nas reas urbanas h
relativamente maior nmero de vias arteriais principais e secundrias, enquanto que nas reas rurais
predominam as vias coletoras e suas subdivises, ainda com a mesma funo de coletoras.
A classificao rodoviria para reas rurais (ver Manual de Projeto Geomtrico de Rodovias Rurais
DNER 1999) diferencia arteriais principais e arteriais primrias, basicamente em funo do
volume mdio dirio de trfego e do tamanho das cidades interconectadas por estas vias. Em reas
urbanas, teoricamente, o sistema arterial principal seria constitudo por vias expressas. Acontece
que nenhuma das cidades brasileiras possui vias expressas suficientes que possam, por si s,
constituir um sistema completo. Embora tanto o Rio de Janeiro como So Paulo tenham malhas de
vias expressas, presentemente ainda existem trechos cuja continuidade depende de vias do tipo
arterial. Portanto, a classificao funcional das vias urbanas deve incluir vias expressas primrias,
vias expressas secundrias e vias arteriais primrias como componentes do sistema arterial principal
e no como sistemas em separado. Da mesma forma, levando em considerao os critrios
aplicveis em reas urbanas, as coletoras primrias e coletoras secundrias devem ser agrupadas em
um nico sistema.
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A Tabela 1 a seguir, mostra a comparao entre os sistemas funcionais usados para as rodovias em
reas rurais e aqueles a serem usados para as reas urbanas.
Tabela 1 Hierarquia dos sistemas funcionais
reas Urbanas reas Rurais
Arterial
Sistema Arterial Principal
Sistema Arterial Secundrio
Arterial
Sistema Arterial Principal
Sistema Arterial Primrio
Sistema Arterial Secundrio
Coletor
Sistema Coletor
Coletor
Sistema Coletor Primrio
Sistema Coletor Secundrio
Local
Sistema Local
Local
Sistema Local
Fonte: Classificao Funcional do Sistema Rodovirio do Brasil. M.T. DNER 1974
3.1 SISTEMA ARTERIAL PRINCIPAL
Em qualquer rea urbana, um determinado conjunto de ruas pode ser identificado como de
importncia especial pelo volume, natureza e composio de seu trfego. Em uma pequena rea
urbana (populao inferior a 50.000 habitantes), essas vias podem ser muito reduzidas em nmero e
extenso, e sua importncia pode ser devida principalmente ao trfego de passagem, com origem e
destino fora da rea. Para reas urbanas, em geral, pode-se dizer que a importncia das suas vias
depende, alm do trfego de passagem, dos servios que prestam para a circulao interna na
prpria rea.
O Sistema Arterial Principal serve os principais centros de atividade das reas urbanas, os
corredores de maior volume de trfego e as viagens mais longas; transporta grande parte do trfego
urbano, mesmo que represente, em extenso, uma pequena porcentagem da rede viria. O sistema
deve ser integrado, no s do ponto de vista interno, como tambm, com as principais rodovias
estaduais e federais, ou seja, deve incluir conexes e extenses das rodovias arteriais e coletoras
interurbanas que penetram, atravessam ou tangenciam a rea urbana.
Esse sistema proporciona acesso direto aos principais geradores de trfego, tais como o centro da
cidade, centros de emprego, terminais de carga e passageiros, e faz ligao de toda a rea urbana.
Alm de servir a esses centros de atividade e, por consequncia, aos corredores de maior volume de
trfego, atende tambm aos percursos mais longos. utilizado, tambm, pela maioria das viagens
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que entram ou saem da rea urbana, bem como pela maioria dos movimentos que se desviam da
rea central da cidade. Em geral, atende a rotas de linhas de nibus urbanas e intermunicipais.
Devido natureza das viagens atendidas pelo Sistema Arterial Principal, quase todas as vias com
controle de acesso, total ou parcial, so parte desta classe funcional. Cumpre ressaltar, contudo, que
o sistema no restrito a rotas com controle de acessos. Para preservar a identificao das vias com
controle de acesso, o Sistema Arterial Principal deve ser estratificado da seguinte maneira:
Vias expressas primrias
Vias expressas secundrias
Vias arteriais primrias
O espaamento das vias do Sistema Arterial Principal est intimamente ligado densidade dos
pontos de concentrao de extremos de viagens da rea urbana. Embora no haja regra fixa para
esse espaamento, normalmente nas maiores reas urbanas varia entre 1,6 km, nas reas centrais de
comrcio altamente desenvolvidas, e 8 km ou mais, nas reas limites, esparsamente desenvolvidas.
Para as vias expressas primrias no deve ser permitido acesso direto rea atravessada. As vias
expressas secundrias e vias arteriais primrias so passveis de prover acesso direto rea
atravessada, e tal servio deve ser eventual, sujeito prioridade funcional dessa classe de rodovias.
3.1.1 Vias expressas primrias
As vias dessa categoria possuem as mesmas caractersticas e funes das chamadas freeways
americanas, com controle total de acesso e todas as intersees em desnvel, destinando-se a atender
grandes fluxos de trfego. Devem servir aos automveis, caminhes e nibus expressos em viagens
longas, sejam urbanas ou interurbanas. Pedestres, bicicletas, veculos de trao animal, tratores e
outros veculos especialmente lentos devem ser proibidos de utilizar essas vias.
Nas vias expressas primrias o uso do solo no est relacionado com a sua operao, em virtude da
imposio do controle total de acesso. Sua implantao no deve constituir barreira ao
desenvolvimento urbano. Pode, entretanto, servir de fronteira natural entre usos diversos, por
exemplo, separar reas industriais de residenciais.
As ruas locais transversais so bloqueadas, constituindo becos sem sada, ou so conectadas pelas
vias laterais de servio ou vias marginais. As vias arteriais e as principais vias coletoras, bem como
passagens para pedestres, cruzam a via expressa em desnvel, para dar continuidade ao sistema
virio e reduzir os efeitos negativos da diviso da rea atravessada. As arteriais mais importantes
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so conectadas s pistas expressas por meio de ramos de interconexes apropriadamente
localizados, para facilitar os movimentos de entrecruzamento e a adequada disposio da
sinalizao.
As vias expressas primrias proporcionam continuidade s principais rodovias interurbanas, quer
atravessando ou contornando as reas urbanas. Porm, de modo geral, elas no proporcionam
conexes diretas com os principais geradores de trfego ou com o centro da cidade, uma vez que a
distribuio do trfego se faz atravs de outras vias componentes dos sistemas arteriais que se
conectam com as vias expressas. Deve haver, normalmente, um canteiro central entre as pistas das
vias expressas, para separar os dois sentidos de trfego. A largura desse canteiro pode variar,
dependendo das larguras dos acostamentos internos, das condies de drenagem, da previso ou no
de futura adio de mais faixas, das dimenses da faixa de domnio disponvel e de condicionantes
de natureza econmica.
Vias marginais laterais so dispostas onde forem necessrias para controlar o acesso s pistas
expressas e para facilitar a circulao do trfego local. Desta forma, as vias marginais
frequentemente desempenham funo de via coletora, ou mesmo de via arterial secundria.
3.1.2 Vias expressas secundrias
As vias desta categoria possuem caractersticas e funes semelhantes s expressways americanas.
Podem ter intersees em nvel com algumas vias transversais e apresentar critrios operacionais e
de projeto ligeiramente inferiores s vias expressas primrias.
As vias expressas secundrias, de um modo geral, no proporcionam acesso s propriedades
adjacentes. Todavia, em circunstncias especiais, durante uma fase inicial de construo e at que
se possa exercer o controle total, pode ser permitido, por razes econmicas, o acesso a
propriedades existentes de maior relevncia.
Os cruzamentos com todas as outras vias expressas primrias e secundrias e com a maioria das
vias arteriais primrias devem ser feitos mediante intersees em desnvel (interconexes). As
ligaes com as arteriais primrias, secundrias e coletoras com baixos volumes de trfego podem
ser feitas atravs de intersees em nvel semaforizadas, desde que mantenham distncia superior a
3,0 km e sejam totalmente canalizadas.
3.1.3 Vias arteriais primrias
Essa categoria inclui aquelas vias que atendem principalmente ao trfego direto, geralmente em
percurso contnuo, mas que no possuem as caractersticas tcnicas de uma via expressa. So vias
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com controle de acesso aos lotes marginais, de modo a minimizar os efeitos do atrito lateral e
eliminar os principais pontos de conflito. Tais controles podem existir na forma de exigncias de
altura dos meios-fios, para que sejam realmente intransponveis, projeto adequado dos acessos de
entrada e sada, ou restries quanto aos retornos possveis. Devem prover elevado grau de
mobilidade para as viagens mais longas, oferecendo velocidades de operao e nveis de servio
elevados.
Normalmente a seo transversal no inclui acostamentos; pode ou no haver um canteiro central
para separar as correntes de trfego opostas, e frequentemente haver restries ao estacionamento
junto ao meio-fio. A maioria das suas intersees deve ser em nvel, com controle adequado quanto
sua capacidade.
3.2 SISTEMA ARTERIAL SECUNDRIO
O Sistema Arterial Secundrio de vias urbanas se interconecta com o Sistema Arterial Principal e o
suplementa, atendendo aos percursos de viagens com extenses intermedirias, em nveis de servio
inferiores queles que so tpicos das vias arteriais primrias. Atende s viagens com grau de
mobilidade um pouco inferior ao do Sistema Arterial Principal e distribui o trfego por reas
menores do que as atendidas pelo sistema principal.
O Sistema Arterial Secundrio inclui todas as vias arteriais no selecionadas para o Sistema Arterial
Principal e d mais nfase ao acesso s propriedades. Suas vias podem acomodar as linhas de
nibus locais e prover continuidade entre as comunidades, evitando, entretanto, penetrar nessas
comunidades. Inclui as conexes urbanas com vias coletoras rurais, com exceo das que j fazem
parte do Sistema Arterial Principal.
O espaamento das vias arteriais secundrias pode variar de 0,2 a 1,0 km no centro da cidade, no
mais que 2 km em reas intensamente desenvolvidas e 3 a 5 km nas reas suburbanas pouco
desenvolvidas.
3.3 SISTEMA COLETOR
O Sistema Coletor tem a funo principal de conectar as ruas locais com as vias arteriais. O sistema
proporciona continuidade ao nvel das comunidades locais ou subdivises urbanas, porm a baixas
velocidades. Difere do sistema arterial, pelo fato de que as vias do sistema coletor podem penetrar
nas vizinhanas residenciais, distribuindo o trfego das vias arteriais, atravs da rea, at seus
destinos finais. De forma inversa, o Sistema Coletor coleta o trfego das vias locais das reas
residenciais e o conduz ao Sistema Arterial. Deve prover, tambm, o acesso s residncias
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adjacentes que no forem atendidas por vias locais. As vias do centro da cidade, com grande
volume de trfego, e de outras reas de desenvolvimento e densidade de trfego semelhante podem
ser includas no sistema.
O Sistema Coletor pode, tambm, atender aos trechos coletores/distribuidores de itinerrios de
nibus. Poder ter reas de estacionamento em um ou ambos os lados da via. Os eventuais
cruzamentos com outras vias coletoras ou vias locais devem ser controlados por semforos ou sinais
de parada obrigatria na via local que interceptar ou, no caso de interseo com outra coletora, na
via de menor trfego.
3.4 SISTEMA LOCAL
O Sistema Local compreende todas as vias no includas em sistemas hierarquicamente superiores.
Sua funo primria permitir o acesso das propriedades que lhe so adjacentes aos sistemas de
ordem superior. Oferece o menor nvel de mobilidade e usualmente no contm rotas de nibus. O
atendimento ao trfego de passagem deliberadamente desencorajado.
3.5 CLASSIFICAO FUNCIONAL E SEU RELACIONAMENTO COM AS CARACTERSTICAS DE PROJETO
O primeiro passo de um projeto a identificao da funo da futura via. O nvel de servio
adequado ao cumprimento dessa funo, em face do volume e tipo de trfego a atender, servie de
base para determinao da velocidade de projeto e caractersticas geomtricas adequadas. O uso da
classificao funcional na definio do tipo de projeto provocar a integrao do planejamento
rodovirio com a execuo do projeto.
O Highway Capacity Manual contm os con