Manual - Versão final

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“Os GOLFINHOS” Por: António Luís 2011 Clube de Futebol “Os Barulhentos” Manual de jogos de aquecimento “A criança deve ter plena oportunidade para brincar e para se dedicar a actividades recreativas, que devem ser orientadas para os mesmos objectivos da educação; a sociedade e as autoridades públicas deverão esforçar-se para promover o gozo destes direitos.” (1) Princípio 7.º da Declaração dos Direitos da Criança (ONU, 1959)

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Objectivo principal (exercícios de aquecimento) utilizar o jogo enquanto meio de excelência para o desenvolvimento das competências transversais gerais

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“Os GOLFINHOS”

Por: António Luís

2011

Clube de Futebol “Os Barulhentos”

Manual de jogos de aquecimento

“A criança deve ter plena oportunidade para brincar e para se dedicar a

actividades recreativas, que devem ser orientadas para os mesmos

objectivos da educação; a sociedade e as autoridades públicas deverão

esforçar-se para promover o gozo destes direitos.” (1)

Princípio 7.º da Declaração dos Direitos da Criança (ONU, 1959)

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ÍNDICEÍNDICE..........................................................................................................................................2

DEDICATÓRIA...............................................................................................................................3

AGRADECIMENTOS......................................................................................................................3

RESUMO.......................................................................................................................................3

INTRODUÇÃO...............................................................................................................................4

OBJECTIVOS..................................................................................................................................5

LISTA DE JOGOS............................................................................................................................5

1- Serpente...............................................................................................................................5

2 - Jogo sem bola..........................................................................................................................6

3 - Corda humana.........................................................................................................................6

4 - Coelhos às tocas....................................................................................................................7

5 - O Mata....................................................................................................................................7

6 - O Rei manda...........................................................................................................................8

A IMPORTÂNCIA DO AQUECIMENTO NA ATIVIDADE FÍSICA...................................8

CONSIDERAÇÕES FINAIS...............................................................................................................9

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS..................................................................................................10

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DEDICATÓRIAEste trabalho é dedicado, aos amigos, que mesmo distantes, algumas vezes, nunca o

deixaram de ser.

Aos grandes professores que têm marcado a minha vida, que despertaram em mim o

interesse e carinho pela educação. À minha família pela paciência, cumplicidade e

carinho.

AGRADECIMENTOSÀ minha orientadora, Rosário, sempre prestativa e compreensiva em todas as etapas do

trabalho.

Aos meus familiares que sempre me ajudaram e me apoiaram.

Às crianças do Projecto que, me, mostraram que escolhi o tema certo.

“Aquilo que agrada ensina de uma forma muito mais eficaz” (McLuhan)

RESUMOPartindo de leituras e discussões sobre a importância das actividades lúdicas para

crianças em idade escolar, este trabalho procurou identificar o lúdico fora da escola,

bem como a sua utilização como estratégia de ensino no futebol.

Buscou-se, primeiramente, levantar argumentação teórica que comprovasse a eficiência

dos jogos lúdicos no processo de ensino aprendizagem do futebol, no desenvolvimento

social, cognitivo e físico da criança.

Dessa forma, essa realidade permitiu reflectir acerca da preparação dos monitores, para

desenvolver conteúdos e estratégias que provocassem mais prazer aos praticantes de

futebol.

Palavras Chave: Lúdico, Jogos, Futebol, Criança.

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OS GOLFINHOS

Escola de Futebol de rua

INTRODUÇÃO

Pretende-se com este manual, para além, do objectivo principal (exercícios de

aquecimento) utilizar o jogo enquanto meio de excelência para o desenvolvimento das

competências transversais gerais, nomeadamente as competências ligadas ao

desenvolvimento de um conceito activo de cidadania, onde a potenciação de

momentos/experiências pedagógicas obriga à aceitação das limitações pessoais e das

dos outros, à aceitação de normas estabelecidas e à importância do trabalho em grupo

como fundamentais.

“Com esforço venceremos”

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OBJECTIVOS Desenvolver nas crianças/jovens hábitos de uma ocupação saudável através da prática

desportiva, entendendo esta como uma actividade complementar em relação às suas

actividades escolares, com uma finalidade eminentemente formativa e social, no

respeito integral pelo crescimento harmonioso.

Exercícios de aquecimento nos treinos

LISTA DE JOGOS1

1- Serpente

As crianças formam duas equipas que se dispõem em fila, agarrando-se uns aos outros pela cintura, formando uma serpente.

Colocam-se frente a frente as duas serpentes e, à indicação do professor, a criança da frente de uma equipa terá que tocar na última criança da outra equipa. Ganha a equipa que tocar em primeiro lugar no último jogador da outra serpente. 

1 GONÇALO DIAS Jogos tradicionais portugueses - retrospectiva e tendências futuras Exedra: Revista Científica, ISSN 1646-9526, Nº. 3, 2010 , págs. 51-58

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Desenho Márcia Glória 1-1

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2 - Jogo sem bola

Desenha-se no solo um rectângulo, num espaço plano e divide-se em dois meios campos iguais. Cada equipa, com pelo menos cinco crianças, é colocada no seu meio campo. As crianças de cada equipa dispõem-se lado a lado, junto à linha de meio campo.Ao sinal de início do jogo, cada equipa tenta marcar golo. Marca-se golo, quando uma criança, partindo do seu meio campo, passa para além da linha final da equipa adversária, sem ser tocada por ninguém desta equipa.

Quando uma criança tem oportunidade, avança para o meio campo adversário e tenta ultrapassar a sua linha final, a fim de marcar golo. Por sua vez, os elementos da equipa que está a defender, tentam tocar-lhe. Se isto acontecer, aquela criança fica presa no local onde foi tocada e só pode voltar ao jogo se outra, da mesma equipa, a livrar, ou seja se lhe tocar.

Os elementos de uma equipa só podem caçar outros no seu meio campo e nunca no meio campo adversário. Aqui são, por sua vez, caçados. Depois de invadir o meio campo adversário, um avançado pode regressar ao seu meio campo, desde que não seja tocado. Depois de existir um golo, todos os elementos caçados regressam ao seu meio campo e o jogo recomeça. Vence a equipa que mais golos marcar.

3 - Corda humana

Escolhe-se uma criança, o gavião, que tem a função de caçar as outras. Estas fogem do gavião, num espaço previamente definido. O gavião corre atrás dos outros e aqueles a quem conseguir tocar vão dando a mão entre si, formando uma cadeia. Quem for tocado, fica sempre o último elo desta cadeia. No outro extremo está o gavião.

Apenas os elementos das pontas da cadeia podem caçar e só se a cadeia estiver unida. Não poderá caçar ninguém se, se partir, o que é vulgar acontecer. Por outro lado, quem sair do terreno de jogo passa automaticamente para a cadeia. A última criança a ser tocada é considerada vencedora.

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Desenho feito por Hélder 1

Desenho de Anabela S. 1

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Numa outra variante podem existir dois gaviões, competindo entre si para ver quem caça mais crianças. 

 4 - Coelhos às tocas

Dividir as crianças em dois grupos numericamente iguais. Um grupo constitui as tocas e os outros os coelhos.

As crianças escolhidas para tocas devem espalhar-se por todo o espaço e tomar a posição de pé com as pernas afastadas, sem se mexerem. O professor dá a ordem de correr aos “coelhos” e estes correm por todo o espaço. À voz de “Coelhos às tocas”, os coelhos põem-se de gatas debaixo das pernas das tocas. Têm de entrar por detrás das tocas, para evitar choques.

O professor deverá colocar-se atrás de uma toca qualquer, para que um coelho fique sem lugar. O coelho que fica sem toca perde um ponto.Depois de quatro ou cinco jogadas, as crianças trocam de posição. Os coelhos tomam o lugar das tocas e vice-versa. Ganha a criança com menos pontos porque ficou menos vezes sem toca. 

5 - O Mata

Desenha-se no solo um rectângulo, num espaço plano e divide-se em dois meios campos iguais. Cada equipa, com pelo menos cinco crianças, vai para o seu meio campo. Um elemento de cada equipa, o piolho, é colocado num corredor, junto à linha final oposta ao seu campo.

Depois de sorteada a equipa que começa o jogo, o piolho lança uma bola (pequena, tipo ténis) para o seu meio campo. Se alguma criança a apanhar, devolve-a ao seu piolho. O objectivo é fazer três passes seguidos. Enquanto isso, os adversários tentam apanhar a bola.

Se conseguir fazer os três passes seguidos sem deixar cair a bola, essa equipa passa a ter o direito de ”matar” os adversários, acertando-lhes com a mesma. Pode acertar-lhes a partir do seu piolho ou do seu meio campo. Se

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Desenho feito por André 1

Desenho de Anabela S. 2

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deixar cair a bola no chão, depois de já ter feito três passes seguidos, basta fazer um passe entre o piolho e a sua equipa, para ter de novo o direito de” matar”.Entretanto, os adversários tentam apanhar a bola para também adquirirem o direito de matar, fazendo três passes seguidos entre o piolho e os seus companheiros de equipa.

Cada vez que uma criança é atingida, vai para o corredor oposto ao seu meio campo, fazendo companhia ao seu piolho. Perde a equipa que primeiro ficar sem crianças no seu meio campo.

Se ao ser atingida, a criança apanhar a bola sem a deixar cair no chão, passa para a sua equipa a contagem adversária. Se esta equipa já tiver feito os três passes, tem o direito de “matar” automaticamente.

6 - O Rei  manda

Jogam seis ou mais crianças, num espaço que tenha parede ou muro, embora estes possam ser substituídos por um risco desenhado no chão.O rei coloca-se de costas para a parede ou risco e as outras crianças colocam-se, lado a lado, à sua frente, a uma distância superior a dez metros.

A função do rei é dar ordens que podem variar bastante. As outras crianças cumprem essas ordens, tentando aproximar-se o mais possível da parede ou risco onde está o rei. Quem conseguir chegar à parede ou ao risco em primeiro lugar, será o novo rei.

Ao dar as suas ordens, o Rei deve começar por dizer, “O rei manda...:”. A título de exemplo pode dizer: “O rei manda...dar dois saltos a pés juntos para a frente, um salto de gigante para o lado esquerdo, marchar no sítio, saltitar a pé coxinho para o lado direito, dizer o nome em voz alta, rodopiar duas vezes”, etc. O professor tem de ter o cuidado de verificar se as ordens do rei não se tornam demasiado restritivas à aproximação das crianças ao seu posto.

A IMPORTÂNCIA DO AQUECIMENTO NA ATIVIDADE FÍSICA

O aquecimento é a primeira parte da actividade física e tem como objectivo preparar o

indivíduo tanto fisiologicamente como psicologicamente para a actividade física.

“A realização do aquecimento visa obter o estado ideal psíquico e físico, prevenir

lesões e criar alterações no organismo para suportar um treino, uma competição ou

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Desenho Márcia Glória 0-2

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uma actividade de lazer, onde o mais importante é o aumento da temperatura

corporal”.2

O aumento da temperatura corporal resulta nos seguintes benefícios:

Aumento da taxa metabólica;

Aumento de fluxo sanguíneo local;

Melhoria da difusão do oxigénio disponível nos músculos;

Aumento da quantidade de oxigénio disponível nos músculos;

Aumento da velocidade de transmissão do impulso nervoso;

Diminuição do tempo de relaxamento muscular após contracção;

Aumento da velocidade e da força de contracção muscular;

Melhoria na coordenação;

Aumento da capacidade das articulações ao suportar carga.

“Alguns destes benefícios reduzem o potencial de lesões, já que possuem a capacidade

de aumentar a coordenação neuromuscular, retardar a fadiga e tornar os tecidos

menos susceptíveis a danos”.3

CONSIDERAÇÕES FINAISO brincar faz parte da infância e deve  ser  utilizado/ valorizado e explorado nos treinos.

Trazer os jogos lúdicos para os treinos de futebol significa fazer o trabalho com mais

prazer e permitir que as crianças se desenvolvam e aprendam dentro do seu ambiente de

brincadeiras e fantasias.

2 BALBINOTTI, Marcos Alencar Abaide; CAPOZZOLI, Carla Josefa. Regular practical motivation for physical activity: an exploratory study with practitioners in gymnastics academies. Rev. bras. Educ. Fís. Esp.,  São Paulo,  v. 22,  n. 1, mar.  2008 .   Disponível em <http://www.revistasusp.sibi.usp.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1807-55092008000100006&lng=pt&nrm=iso>. acessos em  15  jun.  2011.

3 MELLO, Enio Lopes; ANDRADA E SILVA, Marta Assumpção de. O corpo do cantor: alongar, relaxar ou aquecer?. Rev. CEFAC,  São Paulo,  v. 10,  n. 4, Dec.  2008 .   Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-18462008000400015&lng=en&nrm=iso>. access on  15  June  2011.  doi: 10.1590/S1516-18462008000400015.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

(1) ONU. Declaração universal dos direitos da criança. 1959

GONÇALO DIAS Jogos tradicionais portugueses - retrospectiva e tendências futuras Exedra: Revista Científica, ISSN 1646-9526, Nº. 3, 2010 , págs. 51-58

LOPES, M.G. 2005. Jogos na educação: criar, fazer, jogar. 6ª Ed. São Paulo: Cortez.160p

BALBINOTTI, Marcos Alencar Abaide  e  CAPOZZOLI, Carla Josefa. Motivação à prática regular de atividade física: um estudo exploratório com praticantes em academias de ginástica. Rev. bras. Educ. Fís. Esp. [online]. 2008, vol.22, n.1, pp. 63-80. ISSN 1807-5509

MELLO, Enio Lopes  and  ANDRADA E SILVA, Marta Assumpção de. O corpo do cantor: alongar, relaxar ou aquecer?. Rev. CEFAC [online]. 2008, vol.10, n.4, pp. 548-556. ISSN 1516-1846.  doi: 10.1590/S1516-18462008000400015.

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