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07/11/11 Manual_Redao1/120 www.planalto.gov.br/ccivil_03/manual/manual.htmPresidnciadaRepblicaCasaCivilSubchefiaparaAssuntosJurdicos

MANUALDEREDAODAPRESIDNCIADAREPBLICA

2aedio,revistaeatualizada

Braslia,2002

FernandoHenriqueCardosoPresidentedaRepblicaPedroParenteChefedaCasaCivildaPresidnciadaRepblica

Comisso encarregada de elaborar, sem nus, a primeira Edio do Manual de Redao da Presidncia da Repblica(PortariaSGno2,de11.1.91,DOde15.1.91):GilmarFerreiraMendes(Presidente),NestorJosForsterJnior,CarlosEduardoCruz de Souza Lemos, Heitor Duprat de Brito Pereira, Tarcisio Carlos de Almeida Cunha, Joo Bosco Martinato, Rui Ribeiro deArajo,LuisFernandoPanelliCsar,RobertoFurianArdenghy.Reviso:ProfessorCelsoPedroLuft.2aEdiorevistaeatualizadapelaSubchefiaparaAssuntosJurdicosdaCasaCivildaPresidnciadaRepblica.1991 Permitida a reproduo sem fins lucrativos, parcial ou total, por qualquer meio, se citada a fonte e o stio da Internet ondepodeserencontradoooriginal(www.planalto.gov.br).ISBN858514221907/11/11 Manual_Redao2/120 www.planalto.gov.br/ccivil_03/manual/manual.htmISBN8585142219Brasil.PresidnciadaRepblica.ManualderedaodaPresidnciadaRepblica/GilmarFerreiraMendeseNestorJosForsterJnior.2.ed.rev.eatual.Braslia:PresidnciadaRepblica,2002.140p.

ISBN85851422191.RedaoOficial.2.LnguaPortuguesa.3.Gramtica.4.Ortografia.5.TcnicaLegislativa.I.Mendes,GilmarFerreira.II.ForsterJnior,NestorJos.III.TtuloCDD808.606CDU806.90(044.4)Colaboraram com a 1a Edio do Manual: Luiz Augusto da Paz, Professor Hermes Moreira dos Santos, Sergio Braune Solon dePontes, Fbio Carvalho, Cibel Ribeiro Teles, Jnatas do Vale Santos, Tnia Azeredo Casagrande, Marlene Vera Mouro, ZileneMariaWanderleyGaliza,MarinoAlvesMagalhesJunior.Colaboraramcoma2aEdio:MaurcioVieiraBracks,JandyrMayaFaillaceNeto,MariaEstefaniaPontePinheiro,SergioBrauneSolon de Pontes, Fbio Carvalho, Jos Levi do Amaral Jnior, Paulo Fernando Ramos Serejo, Fernando Luiz Albuquerque Faria,Marisa de Souza Alonso, Cleso Jos da Fonseca Filho, Mnica Mazon de Castro Pinto, Eulina Gomes Rocha, Venuria da SilvaBatista.SugestesparaoaperfeioamentodestetrabalhopodemserencaminhadasCasaCivildaPresidnciadaRepblica.SUMRIOApresentao*SinaiseAbreviaturasEmpregados*PARTEIASCOMUNICAESOFICIAIS*CAPTULOIASPECTOSGERAISDAREDAOOFICIAL*1.OqueRedaoOficial*1.1.AImpessoalidade*1.2.ALinguagemdosAtoseComunicaesOficiais*1.3.FormalidadeePadronizao*1.4.ConcisoeClareza*CAPTULOIIASCOMUNICAESOFICIAIS*2.Introduo*2.1.PronomesdeTratamento*2.1.1.BreveHistriadosPronomesdeTratamento*2.1.2.ConcordnciacomosPronomesdeTratamento*2.1.3.EmpregodosPronomesdeTratamento*2.2.FechosparaComunicaes*2.3.IdentificaodoSignatrio*3.OPadroOfcio*3.1.PartesdodocumentonoPadroOfcio*3.2.Formadediagramao*3.3.AvisoeOfcio*3.3.1.DefinioeFinalidade*3.3.2.FormaeEstrutura*3.4.Memorando*3.4.1.DefinioeFinalidade*3.4.2.FormaeEstrutura*4.ExposiodeMotivos*4.1.DefinioeFinalidade*4.2.FormaeEstrutura*5.Mensagem*5.1.DefinioeFinalidade*5.2.FormaeEstrutura*6.Telegrama*6.1.DefinioeFinalidade*6.2.FormaeEstrutura*7.Fax*7.1.DefinioeFinalidade*7.2.FormaeEstrutura*07/11/11 Manual_Redao3/120 www.planalto.gov.br/ccivil_03/manual/manual.htm7.2.FormaeEstrutura*8.CorreioEletrnico*8.1Definioefinalidade*8.2.FormaeEstrutura*8.3Valordocumental*CAPTULOIIIELEMENTOSDEORTOGRAFIAEGRAMTICA*9.Introduo*9.1.ORTOGRAFIA*9.1.1.EmpregodasLetras*9.1.1.1.EmpregodeVogais*9.1.1.1.1.EouI?*9.1.1.1.2.OouU?*9.1.1.1.3.EncontrosVoclicos*9.1.1.1.3.1.EIouE?*9.1.1.1.3.2.OUouO?*9.1.1.2.EmpregodeConsoantes*9.1.1.2.1.EmpregodoH:comHousemoH?*9.1.1.2.2.Ofonema//:GouJ?*9.1.1.2.3.Ofonema/s/:C,ouSouSSouXouXC?*9.1.1.2.4.Ofonema/z/:ZouSouX?*9.1.1.2.5.Ofonema//:XouCH?*9.1.1.2.6.Ocomplexo/ks/:XouCC,C?*9.1.2.ACENTUAOGRFICA*9.1.2.1.RegrasdeAcentuaoGrfica*9.1.2.1.1.QuantoTonicidade*9.1.2.1.2.QuantoaosEncontrosVoclicos*9.1.2.1.3.CasosEspeciais*9.1.3.USODESINAIS*9.1.3.1.Hfen*9.1.3.1.1.HfenentreVocbulos*9.1.3.1.2.HfenePrefixos*9.1.3.2.Aspas*9.1.3.3.Parnteses*9.1.3.4.Travesso*9.2.SINTAXE*9.2.1.ProblemasdeConstruodeFrases*9.2.1.1.Sujeito*9.2.1.2.FrasesFragmentadas*9.2.1.3.ErrosdeParalelismo*9.2.1.4.ErrosdeComparao*9.2.1.5.Ambigidade*9.2.1.6.TiposdeOraeseEmpregodeConjunes*9.2.1.6.1.PerodosCoordenadoseConjunesCoordenativas*9.2.1.6.2.PerodosSubordinadoseConjunesSubordinativas*9.2.1.6.3.OraesReduzidas*9.2.2.Concordncia*9.2.2.1.ConcordnciaVerbal*9.2.2.2.ConcordnciaNominal*9.2.3.Regncia*9.2.3.1.RegnciadeAlgunsVerbosdeUsoFreqente*9.2.4.Pontuao*9.2.4.1.Vrgula*9.2.4.2.PontoeVrgula*9.2.4.3.DoisPontos*9.2.4.4.PontodeInterrogao*9.2.4.5.PontodeExclamao*9.2.5.ColocaodosPronomes*9.2.5.1.nclise*9.2.5.2.Prclise*9.2.5.3.Mesclise*9.2.5.4.CasosEspeciais*9.3.SEMNTICA*9.3.1.HomnimoseParnimos*9.3.2.ExpressesaEvitareExpressesdeUsoRecomendvel*PARTEIIOSATOSNORMATIVOS*CAPTULOIVQUESTESFUNDAMENTAISDETCNICALEGISLATIVA*10.QuestesFundamentaisdeTcnicaLegislativa*10.1.ConsideraesPreliminares*10.1.1.FunesdasNormasJurdicas*10.1.2.OCarterSubsidiriodaAtividadeLegislativa*10.1.3.VinculaoNormativadoLegisladoreControledeConstitucionalidade*10.2.SistemticadaLei*10.2.1.SistemticaInterna*07/11/11 Manual_Redao4/120 www.planalto.gov.br/ccivil_03/manual/manual.htm10.2.1.SistemticaInterna*10.2.2.SistemticaExterna*10.2.2.1.Artigo*10.2.2.2.Pargrafos()*10.2.2.3.IncisoseAlneas*10.2.2.4.AgrupamentodeArtigos*10.2.2.5.CritriosdeSistematizao*10.3.RequisitosEssenciaisqueDevemserObservadosnaFormulaodeDisposiesLegaisouRegulamentares*10.3.1.ClarezaeDeterminaodasNormas*10.3.2.OPrincpiodaReservaLegal*10.3.2.1.ReservaLegalQalificada*10.3.2.2.PrincpiodaLegalidadeedaAnterioridadenombitoPenaleTributrio*10.3.2.3.AReservaLegaleoPrincpiodaProporcionalidade*10.3.2.4.DensidadedaNorma*10.3.2.5.AtosnormativosprimriosemanadosexclusivamentedoPoderExecutivo*10.3.2.6.ALeieoRespeitoaoDireitoAdquirido,aoAtoJurdicoPerfeitoeCoisaJulgada*10.3.3.AsRemissesLegislativas*10.4.DesenvolvimentodeumaLei*10.4.1.ConsideraesPreliminares*10.4.2.OProcessoLegislativoInerno*10.4.2.1.IdentificaoeDefiniodoProblema*10.4.2.2.AnlisedaSituaoQuestionadaedeSuasCausas*10.4.2.3.DefiniodosObjetivosPretendidos*10.4.2.4.CrticadasPropostas*10.4.2.5.ControledeResultados*10.4.3.QuestesqueDevemSerAnalisadasnaElaboraodeAtosNormativosnombitodoPoderExecutivo*CAPTULOVATOSNORMATIVOSCONCEITOSBSICOS*11.LeiOrdinria*11.1.Definio*11.2.Objeto*11.3.FormaeEstrutura*11.3.1.OrdemLegislativa*11.3.1.1.Daspartesdoatonormativo*11.3.1.2.Epgrafe*11.3.1.3.EmentaouRubricadaLei*11.3.1.4.Prembulo*11.3.1.5mbitodeaplicao*11.3.1.6.FechodaLei*11.3.1.7.MatriaLegislada:TextoouCorpodaLei*11.3.1.8.AgrupamentodeArtigos*11.3.1.9ClusuladeRevogao*11.3.1.10ClusuladeVigncia*11.3.2.AssinaturaeReferenda*12.LeiComplementar*12.1.Definio*12.2.Objeto*13.LeiDelegada*13.1.Definio*13.2.Objeto*13.3.FormaeEstrutura*14.MedidaProvisria*14.1.Definio*14.2.Objeto*14.3.FormaeEstrutura*15.DecretoLegislativo*15.1.Definio*15.2.Objeto*15.3.FormaeEstrutura*16.Decreto*16.1.Definio*16.2.DecretosSingulares*16.3.DecretosRegulamentares*16.4.DecretosAutnomos*16.5.FormaeEstrutura*17.Portaria*17.1.DefinioeObjeto*17.2FormaeEstrutura*18.Apostila*18.1.DefinioeFinalidade*18.2.FormaeEstrutura*CAPTULOVIOPROCESSOLEGISLATIVO*19.Introduo*19.1.Iniciativa*07/11/11 Manual_Redao5/120 www.planalto.gov.br/ccivil_03/manual/manual.htm19.1.Iniciativa*19.1.1.IniciativaComumouConcorrente*19.1.2.IniciativaReservada*19.1.2.1.IniciativaReservadadoPresidentedaRepblica*19.1.2.2.IniciativaReservadadaCmaradosDeputadosedoSenadoFederal*19.1.2.3.IniciativaReservadadosTribunais*19.1.2.4.IniciativaReservadadoMinistrioPblico*19.1.3.IniciativaVinculada*19.1.3.1.IniciativaVinculadaeControledaOmisso*19.2.Discusso*19.3.Emenda*19.3.1.TitularidadedoDireitodeEmenda*19.3.2.EmendasemProjetodeIniciativaReservada*19.3.3.EmendasaoProjetodeLeideOramentoAnualeaodeLeideDiretrizesOramentrias*19.3.4.EspciesdeEmendas*19.4.Votao*19.5.Sano*19.5.1.SanoExpressa*19.5.2.SanoTcita*19.5.3.SanoeVciodeIniciativa*19.6.Veto*19.6.1.MotivaoePrazodoVeto*19.6.2.ExtensodoVeto*19.6.3.EfeitosdoVeto*19.6.4.IrretratabilidadedoVeto*19.6.5.RejeiodoVeto*19.6.6.RatificaoParcialdoProjetoVetado*19.6.7.RatificaoParcialdeVetoTotal*19.6.8.RejeiodoVetoeEntradaemVigordaParteMantidapeloCongressoNacional*19.6.9.TipologiadoVeto*19.7.Promulgao*19.7.1ObrigaodePromulgar*19.7.2.CasoseFormasdePromulgao*19.8.Publicao*19.8.1.ModalidadesdePublicao*19.8.2.ObrigaodePublicarePrazodePublicao*19.8.3.PublicaoeEntradaemVigordaLei*19.8.4.ClusuladeVigncia*19.8.4.1.FaltadeClusuladeVigncia:RegraSupletiva*19.8.4.2.VacatioLegis*19.8.4.2.1.AVacatioLegiseoInciodaObrigatoriedadedaLeiBrasileiranoEstrangeiro*19.8.4.2.2.AVacatioLegiseasNormasComplementares,SuplementareseRegulamentares*19.8.5.ANoEdiodoAtoRegulamentarReclamadoeaVignciadaLei*19.8.6.VacatioLegiseRepublicaodoTextoparaCorreo*20.ProcedimentoLegislativo*20.1.ProcedimentoLegislativoNormal*20.2.ProcedimentoLegislativoAbreviado*20.3.ProcedimentoLegislativoSumrio*20.4.ProcedimentoLegislativoSumarssimo*20.5.ProcedimentoLegislativoConcentrado*20.5.1.Leisfinanceiras*20.5.2.Leisdelegadas*20.6.ProcedimentoLegislativoEspecial*20.6.1.EmendasConstituio*20.6.2.Cdigos*20.6.3.MedidasProvisrias*20.6.4.ConsolidaesdaLegislao*APNDICE*BIBLIOGRAFIA*ApresentaoComaediodoDecretono100.000,em11dejaneirode1991,oPresidentedaRepblicaautorizouacriaodecomissopararever,atualizar,uniformizaresimplificarasnormasderedaodeatosecomunicaesoficiais.ApsnovemesesdeintensaatividadedaComissopresididapelohojeMinistrodoSupremoTribunalFederalGilmarFerreiraMendes,apresentouseaprimeiraediodoManualdeRedaodaPresidnciadaRepblica.Aobradividiaseemduaspartes:aprimeira,elaboradapelodiplomataNestorForsterJr.,tratavadascomunicaesoficiais,sistematizavaseusaspectosessenciais,padronizavaadiagramaodosexpedientes,exibiamodelos,simplificavaosfechosquevinham sendo utilizados desde 1937, suprimia arcasmos e apresentava uma smula gramatical aplicada redao oficial. A07/11/11 Manual_Redao6/120 www.planalto.gov.br/ccivil_03/manual/manual.htmvinham sendo utilizados desde 1937, suprimia arcasmos e apresentava uma smula gramatical aplicada redao oficial. Asegunda parte, a cargo do Ministro Gilmar Mendes, ocupavase da elaborao e redao dos atos normativos no mbito doExecutivo,daconceituaoeexemplificaodessesatosedoprocedimentolegislativo. A edio do Manal propiciou, ainda, a criao de um sistema de controle sobre a edio de atos normativos do PoderExecutivoqueteveporfinalidadepermitiraadequadareflexosobreoatoproposto:aidentificaoclaraeprecisadoproblemaouda situao que o motiva os custos que poderia acarretar seus efeitos prticos a probabilidade de impugnao judicial sualegalidadeeconstitucionalidadeesuarepercussonoordenamentojurdico.Buscouse,assim,evitaraediodenormasrepetitivas,redundantesoudesnecessriaspossibilitartotaltransparnciaaoprocesso de elaborao de atos normativos ensejar a verificao prvia da eficcia das normas e considerar, no processo deelaboraodeatosnormativos,aexperinciadosencarregadosemexecutarodispostonanorma.DecorridosmaisdedezanosdaprimeiraediodoManal,fezsenecessrioprocederrevisoeatualizaodotextoparaaelaboraodesta2aEdio,aqualpreservaintegralmenteaslinhasmestrasdotrabalhooriginalmentedesenvolvido.Naprimeiraparte, as alteraes principais deramse em torno da adequao das formas de comunicao usadas na administrao aosavanosdainformtica.Nasegundaparte,asalteraesdecorreramdanecessidadedeadaptaodotextoevoluolegislativanamatria,emespecialLeiComplementarno95,de26defevereirode1998,aoDecretono4.176,de28demarode2002,esalteraesconstitucionaisocorridasnoperodo.EsperasequeestanovaediodoManalcontribua,talcomoaprimeira,paraaconsolidaodeumaculturaadministrativade profissionalizao dos servidores pblicos e de respeito aos princpios constitucionais da legalidade, impessoalidade,moralidade,publicidadeeeficincia,comaconseqentemelhoriadosserviosprestadossociedade.PEDROPARENTEChefedaCasaCivildaPresidnciadaRepblicaSinais e Abreviaturas Empregados*=indicaforma(emgeralsinttica)inaceitvelouagramatical.=pargrafoadj.adv.=adjuntoadverbialarc.=arcaicoart.=artigocf.=confronteCN=CongressoNacionalCp.=comparef.v.=formaverbalfem.=femininoind.=indicativoi..=istomasc.=masculinoobj.dir.=objetodiretoobj.ind.=objetoindiretop.=pginap.us.=poucousadopess.=pessoapl.=pluralpref.=prefixopres.=presenteRes.=ResoluodoCongressoNacional07/11/11 Manual_Redao7/120 www.planalto.gov.br/ccivil_03/manual/manual.htmRes.=ResoluodoCongressoNacionalRIdaCD=RegimentoInternodaCmaradosDeputadosRIdoSF=RegimentoInternodoSenadoFederals.=substantivos.f.=substantivofemininos.m.=substantivomasculinosing.=singulartb.=tambmv.=verouverbovar.pop.=variantepopularPARTEIASCOMUNICAESOFICIAISCAPTULOIASPECTOSGERAISDAREDAOOFICIAL1.OqueRedaoOficial Em uma frase, podese dizer que redao oficial a maneira pela qual o Poder Pblico redige atos normativos ecomunicaes.InteressanostratladopontodevistadoPoderExecutivo.Aredaooficialdevecaracterizarsepelaimpessoalidade,usodopadrocultodelinguagem,clareza,conciso,formalidadee uniformidade. Fundamentalmente esses atributos decorrem da Constituio, que dispe, no artigo 37: "A administrao pblicadireta, indireta ou fundacional, de qualquer dos Poderes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios obedeceraos princpios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficincia (...)". Sendo a publicidade e a impessoalidadeprincpios fundamentais de toda administrao pblica, claro est que devem igualmente nortear a elaborao dos atos ecomunicaesoficiais.Noseconcebequeumatonormativodequalquernaturezasejaredigidodeformaobscura,quedificulteouimpossibilitesuacompreenso.Atransparnciadosentidodosatosnormativos,bemcomosuainteligibilidade,sorequisitosdoprprioEstadodeDireito:inaceitvelqueumtextolegalnosejaentendidopeloscidados.Apublicidadeimplica,pois,necessariamente,clarezaeconciso. Alm de atender disposio constitucional, a forma dos atos normativos obedece a certa tradio. H normas para suaelaboraoqueremontamaoperododenossahistriaimperial,como,porexemplo,aobrigatoriedadeestabelecidapordecretoimperial de 10 de dezembro de 1822 de que se aponha, ao final desses atos, o nmero de anos transcorridos desde aIndependncia.Essaprticafoimantidanoperodorepublicano. Esses mesmos princpios (impessoalidade, clareza, uniformidade, conciso e uso de linguagem formal) aplicamse scomunicaes oficiais: elas devem sempre permitir uma nica interpretao e ser estritamente impessoais e uniformes, o queexigeousodecertonveldelinguagem. Nesse quadro, fica claro tambm que as comunicaes oficiais so necessariamente uniformes, pois h sempre um nicocomunicador (o Servio Pblico) e o receptor dessas comunicaes ou o prprio Servio Pblico (no caso de expedientesdirigidosporumrgoaoutro)ouoconjuntodoscidadosouinstituiestratadosdeformahomognea(opblico). Outros procedimentos rotineiros na redao de comunicaes oficiais foram incorporados ao longo do tempo, como asformas de tratamento e de cortesia, certos clichs de redao, a estrutura dos expedientes, etc. Mencionese, por exemplo, afixao dos fechos para comunicaes oficiais, regulados pela Portaria no 1 do Ministro de Estado da Justia, de 8 de julho de1937,que,apsmaisdemeiosculodevigncia,foirevogadopeloDecretoqueaprovouaprimeiraediodesteManual. Acrescentese, por fim, que a identificao que se buscou fazer das caractersticas especficas da forma oficial de redigirno deve ensejar o entendimento de que se proponha a criao ou se aceite a existncia de uma forma especfica delinguagemadministrativa,oquecoloquialmenteepejorativamentesechamaburocrats.Esteantesumadistorodoquedeveser a redao oficial, e se caracteriza pelo abuso de expresses e clichs do jargo burocrtico e de formas arcaicas deconstruodefrases. A redao oficial no , portanto, necessariamente rida e infensa evoluo da lngua. que sua finalidade bsica comunicar com impessoalidade e mxima clareza impe certos parmetros ao uso que se faz da lngua, de maneira diversa07/11/11 Manual_Redao8/120 www.planalto.gov.br/ccivil_03/manual/manual.htmcomunicar com impessoalidade e mxima clareza impe certos parmetros ao uso que se faz da lngua, de maneira diversadaqueledaliteratura,dotextojornalstico,dacorrespondnciaparticular,etc.Apresentadasessascaractersticasfundamentaisdaredaooficial,passemosanlisepormenorizadadecadaumadelas.1.1.AImpessoalidadeAfinalidadedalnguacomunicar,querpelafala,querpelaescrita.Paraquehajacomunicao,sonecessrios:a)algumquecomunique,b)algoasercomunicado,ec)algumquerecebaessacomunicao.Nocasodaredaooficial,quemcomunicasempreoServioPblico(esteouaqueleMinistrio,Secretaria,Departamento,Diviso,Servio,Seo)oquesecomunicasemprealgumassuntorelativosatribuiesdorgoquecomunicaodestinatriodessacomunicaoouopblico,oconjuntodoscidados,ououtrorgopblico,doExecutivooudosoutrosPoderesdaUnio. Percebese, assim, que o tratamento impessoal que deve ser dado aos assuntos que constam das comunicaes oficiaisdecorre:a)daausnciadeimpressesindividuaisdequemcomunica:emborasetrate,porexemplo,deumexpedienteassinadoporChefededeterminadaSeo,sempreemnomedoServioPblicoquefeitaacomunicao.Obtmse,assim,umadesejvelpadronizao, que permite que comunicaes elaboradas em diferentes setores da Administrao guardem entre si certauniformidadeb)daimpessoalidadedequemrecebeacomunicao,comduaspossibilidades:elapodeserdirigidaaumcidado,sempreconcebido como pblico, ou a outro rgo pblico. Nos dois casos, temos um destinatrio concebido de forma homognea eimpessoalc)docarterimpessoaldoprprioassuntotratado:seouniversotemticodascomunicaesoficiaisserestringeaquestesquedizemrespeitoaointeressepblico,naturalquenocabequalquertomparticularoupessoal.Destaforma,nohlugarnaredaooficialparaimpressespessoais,comoasque,porexemplo,constamdeumacartaaumamigo,oudeumartigoassinadodejornal,oumesmodeumtextoliterrio.Aredaooficialdeveserisentadainterfernciadaindividualidadequeaelabora.Aconciso,aclareza,aobjetividadeeaformalidadedequenosvalemosparaelaborarosexpedientesoficiaiscontribuem,ainda,paraquesejaalcanadaanecessriaimpessoalidade.1.2.ALinguagemdosAtoseComunicaesOficiaisAnecessidadedeempregardeterminadonveldelinguagemnosatoseexpedientesoficiaisdecorre,deumlado,doprpriocarter pblico desses atos e comunicaes de outro, de sua finalidade. Os atos oficiais, aqui entendidos como atos de carternormativo, ou estabelecem regras para a conduta dos cidados, ou regulam o funcionamento dos rgos pblicos, o que s alcanado se em sua elaborao for empregada a linguagem adequada. O mesmo se d com os expedientes oficiais, cujafinalidadeprecpuaadeinformarcomclarezaeobjetividade.Ascomunicaesquepartemdosrgospblicosfederaisdevemsercompreendidasportodoequalquercidadobrasileiro.Para atingir esse objetivo, h que evitar o uso de uma linguagem restrita a determinados grupos. No h dvida que um textomarcado por expresses de circulao restrita, como a gria, os regionalismos vocabulares ou o jargo tcnico, tem suacompreensodificultada. Ressaltese que h necessariamente uma distncia entre a lngua falada e a escrita. Aquela extremamente dinmica,refletedeformaimediataqualqueralteraodecostumes,epodeeventualmentecontarcomoutroselementosqueauxiliemasuacompreenso,comoosgestos,aentoao,etc.,paramencionarapenasalgunsdosfatoresresponsveisporessadistncia.Jalngua escrita incorpora mais lentamente as transformaes, tem maior vocao para a permanncia, e valese apenas de simesmaparacomunicar.Alnguaescrita,comoafalada,compreendediferentesnveis,deacordocomousoquedelasefaa.Porexemplo,emumacartaaumamigo,podemosnosvalerdedeterminadopadrodelinguagemqueincorporeexpressesextremamentepessoaisoucoloquiaisemumparecerjurdico,nosehdeestranharapresenadovocabulriotcnicocorrespondente.Nosdoiscasos,humpadrodelinguagemqueatendeaousoquesefazdalngua,afinalidadecomqueaempregamos.Omesmoocorrecomostextosoficiais:porseucarterimpessoal,porsuafinalidadedeinformarcomomximodeclarezaeconciso,elesrequeremousodopadrocultodalngua.Hconsensodequeopadrocultoaqueleemquea)seobservamasregrasdagramticaformal,eb)seempregaumvocabulriocomumaoconjuntodosusuriosdoidioma.importanteressaltarque a obrigatoriedade do uso do padro culto na redao oficial decorre do fato de que ele est acima das diferenas lexicais,morfolgicasousintticasregionais,dosmodismosvocabulares,dasidiossincrasiaslingsticas,permitindo,poressarazo,queseatinjaapretendidacompreensoportodososcidados.Lembresequeopadrocultonadatemcontraasimplicidadedeexpresso,desdequenosejaconfundidacompobrezadeexpresso. De nenhuma forma o uso do padro culto implica emprego de linguagem rebuscada, nem dos contorcionismossintticosefigurasdelinguagemprpriosdalngualiterria.Podeseconcluir,ento,quenoexistepropriamenteum"padrooficialdelinguagem"oquehousodopadrocultonosatos e comunicaes oficiais. claro que haver preferncia pelo uso de determinadas expresses, ou ser obedecida certa07/11/11 Manual_Redao9/120 www.planalto.gov.br/ccivil_03/manual/manual.htmatos e comunicaes oficiais. claro que haver preferncia pelo uso de determinadas expresses, ou ser obedecida certatradionoempregodasformassintticas,masissonoimplica,necessariamente,queseconsagreautilizaodeumaformadelinguagemburocrtica.Ojargoburocrtico,comotodojargo,deveserevitado,poistersempresuacompreensolimitada. A linguagem tcnica deve ser empregada apenas em situaes que a exijam, sendo de evitar o seu uso indiscriminado.Certosrebuscamentosacadmicos,emesmoovocabulrioprprioadeterminadarea,sodedifcilentendimentoporquemnoesteja com eles familiarizado. Devese ter o cuidado, portanto, de explicitlos em comunicaes encaminhadas a outros rgosdaadministraoeemexpedientesdirigidosaoscidados.Outras questes sobre a linguagem, como o emprego de neologismo e estrangeirismo, so tratadas em detalhe em 9.3.Semntica.1.3.FormalidadeePadronizaoAscomunicaesoficiaisdevemsersempreformais,isto,obedecemacertasregrasdeforma:almdasjmencionadasexigncias de impessoalidade e uso do padro culto de linguagem, imperativo, ainda, certa formalidade de tratamento. No setratasomentedaeternadvidaquantoaocorretoempregodesteoudaquelepronomedetratamentoparaumaautoridadedecertonvel(v.aesserespeito2.1.3.EmpregodosPronomesdeTratamento)maisdoqueisso,aformalidadedizrespeitopolidez,civilidadenoprprioenfoquedadoaoassuntodoqualcuidaacomunicao. A formalidade de tratamento vinculase, tambm, necessria uniformidade das comunicaes. Ora, se a administraofederal una, natural que as comunicaes que expede sigam um mesmo padro. O estabelecimento desse padro, uma dasmetasdesteManual,exigequeseatenteparatodasascaractersticasdaredaooficialequesecuide,ainda,daapresentaodostextos.Aclarezadatilogrfica,ousodepapisuniformesparaotextodefinitivoeacorretadiagramaodotextosoindispensveispara a padronizao. Consulte o Captulo II, As Comunicaes Oficiais, a respeito de normas especficas para cada tipo deexpediente.1.4.ConcisoeClarezaAconcisoantesumaqualidadedoqueumacaractersticadotextooficial.Concisootextoqueconseguetransmitirummximo de informaes com um mnimo de palavras. Para que se redija com essa qualidade, fundamental que se tenha, almdeconhecimentodoassuntosobreoqualseescreve,onecessriotempopararevisarotextodepoisdepronto.nessareleituraquemuitasvezessepercebemeventuaisredundnciasourepetiesdesnecessriasdeidias.Oesforodesermosconcisosatende,basicamenteaoprincpiodeeconomialingstica,mencionadafrmuladeempregaro mnimo de palavras para informar o mximo. No se deve de forma alguma entendla como economia de pensamento, isto ,no se devem eliminar passagens substanciais do texto no af de reduzilo em tamanho. Tratase exclusivamente de cortarpalavrasinteis,redundncias,passagensquenadaacrescentemaoquejfoidito.Procurepercebercertahierarquiadeidiasqueexisteemtodotextodealgumacomplexidade:idiasfundamentaiseidiassecundrias. Estas ltimas podem esclarecer o sentido daquelas, detalhlas, exemplificlas mas existem tambm idiassecundrias que no acrescentam informao alguma ao texto, nem tm maior relao com as fundamentais, podendo, por isso,serdispensadas. A clareza deve ser a qualidade bsica de todo texto oficial, conforme j sublinhado na introduo deste captulo. Podesedefinircomoclaroaqueletextoquepossibilitaimediatacompreensopeloleitor.Noentantoaclarezanoalgoqueseatinjaporsis:eladependeestritamentedasdemaiscaractersticasdaredaooficial.Paraelaconcorrem:a)aimpessoalidade,queevitaaduplicidadedeinterpretaesquepoderiadecorrerdeumtratamentopersonalistadadoaotextob)ousodopadrocultodelinguagem,emprincpio,deentendimentogeralepordefinioavessoavocbulosdecirculaorestrita,comoagriaeojargoc)aformalidadeeapadronizao,quepossibilitamaimprescindveluniformidadedostextosd)aconciso,quefazdesaparecerdotextoosexcessoslingsticosquenadalheacrescentam.pelacorretaobservaodessascaractersticasqueseredigecomclareza.Contribuir,ainda,aindispensvelreleituradetodotextoredigido.Aocorrncia,emtextosoficiais,detrechosobscurosedeerrosgramaticaisprovmprincipalmentedafaltadareleituraquetornapossvelsuacorreo. Na reviso de um expediente, devese avaliar, ainda, se ele ser de fcil compreenso por seu destinatrio. O que nosparece bvio pode ser desconhecido por terceiros. O domnio que adquirimos sobre certos assuntos em decorrncia de nossaexperincia profissional muitas vezes faz com que os tomemos como de conhecimento geral, o que nem sempre verdade.Explicite, desenvolva, esclarea, precise os termos tcnicos, o significado das siglas e abreviaes e os conceitos especficosquenopossamserdispensados. A reviso atenta exige, necessariamente, tempo. A pressa com que so elaboradas certas comunicaes quase semprecompromete sua clareza. No se deve proceder redao de um texto que no seja seguida por sua reviso. "No h assuntos07/11/11 Manual_Redao10/120 www.planalto.gov.br/ccivil_03/manual/manual.htmcompromete sua clareza. No se deve proceder redao de um texto que no seja seguida por sua reviso. "No h assuntosurgentes,hassuntosatrasados",dizamxima.Evitese,pois,oatraso,comsuaindesejvelrepercussonoredigir.Porfim,comoexemplodetextoobscuro,quedeveserevitadoemtodasascomunicaesoficiais,transcrevemosaseguirum pitoresco quadro, constante de obra de Adriano da Gama Kury , a partir do qual podem ser feitas inmeras frases,combinandose as expresses das vrias colunas em qualquer ordem, com uma caracterstica comum: nenhuma delas temsentido!Oquadrotemaquiafunodesublinharamaneiradecomonosedeveescrever:Comonosedeveescrever:COLUNAA COLUNABCOLUNAC COLUNAD COLUNAE COLUNAF COLUNAG1.Anecessidadeemergentesecaracterizaporumacorretarelaoentreestruturaesuperestruturanointeresseprimriodapopulao,substanciandoevitalizando,numaticapreventivaenomaiscurativa,atransparnciadecadaatodecisional.2.Oquadronormativoprefigura asuperaodecadaobstculoe/ouresistnciapassivasemprejudicaroatualnveldascontribuies,noassumindonuncacomoimplcito,nocontextodeumsistemaintegrado,umindispensvelsaltodequalidade.3.Ocritriometodolgicoreconduzasntesesapontualcorrespondnciaentreobjetivoserecursoscomcritriosnodirigsticos,potenciandoeincrementando,namedidaemqueissosejafactvel,oaplanamentodediscrepnciasediscrasiasexistentes.4.Omodelodedesenvolvimento incrementaoredirecionamentodaslinhasdetendnciasematoparaalmdascontradiesedificuldadesiniciais,evidenciandoeexplicitandoemtermosdeeficciaeeficincia,aadoodeumametodologiadiferenciada.5.Onovotemasocialpropicia oincorporamentodasfuneseadescentralizaodecisionalnumavisoorgnicaenototalizante,ativandoeimplementando,acavaleirodasituaocontingente,aredefiniodeumanovafiguraprofissional.6.Omtodoparticipativopropeseaoreconhecimentodademandanosatisfeitamediantemecanismosdaparticipao,noomitindooucalando,masantesparticularizando,comasdevidaseimprescindveisenfatizaes,ocoenvolvimentoativodeoperadoreseutentes.7.Autilizaopotencialprivilegia umacoligaoorgnicainterdisciplinarparaumaprxisdetrabalhodegrupo,segundoummdulodeinterdependnciahorizontal,recuperando,ouantesrevalorizando,comosuapremissaindispensvelecondicionante,umacongruenteflexibilidadedasestruturas.CAPTULOIIASCOMUNICAESOFICIAIS2.IntroduoAredaodascomunicaesoficiaisdeve,antesdetudo,seguirospreceitosexplicitadosnoCaptuloI,AspectosGeraisdaRedao Oficial. Alm disso, h caractersticas especficas de cada tipo de expediente, que sero tratadas em detalhe nestecaptulo. Antes de passarmos sua anlise, vejamos outros aspectos comuns a quase todas as modalidades de comunicaooficial:oempregodospronomesdetratamento,aformadosfechoseaidentificaodosignatrio.2.1.PronomesdeTratamento2.1.1.BreveHistriadosPronomesdeTratamentoOusodepronomeselocuespronominaisdetratamentotemlargatradionalnguaportuguesa.DeacordocomSaidAli,aps serem incorporados ao portugus os pronomes latinos tue vos, "como tratamento direto da pessoa ou pessoas a quem sedirigia a palavra", passouse a empregar, como expediente lingstico de distino e de respeito, a segunda pessoa do plural notratamentodepessoasdehierarquiasuperior.Prossegueoautor:"Outro modo de tratamento indireto consistiu em fingir que se dirigia a palavra a um atributo ou07/11/11 Manual_Redao11/120 www.planalto.gov.br/ccivil_03/manual/manual.htm"Outro modo de tratamento indireto consistiu em fingir que se dirigia a palavra a um atributo ouqualidade eminente da pessoa de categoria superior, e no a ela prpria. Assim aproximavamse osvassalos de seu rei com o tratamento de vossa merc, vossa senhoria (...) assim usouse otratamento ducal de vossa excelncia e adotaramse na hierarquia eclesistica vossa reverncia,vossapaternidade,vossaeminncia,vossasantidade." A partir do final do sculo XVI, esse modo de tratamento indireto j estava em voga tambm para os ocupantes de certoscargos pblicos. Vossa merc evoluiu para vosmec, e depois para o coloquial voc. E o pronome vs, com o tempo, caiu emdesuso. dessa tradio que provm o atual emprego de pronomes de tratamento indireto como forma de dirigirmonos sautoridadescivis,militareseeclesisticas.2.1.2.ConcordnciacomosPronomesdeTratamentoOspronomesdetratamento(oudesegundapessoaindireta)apresentamcertaspeculiaridadesquantoconcordnciaverbal,nominal e pronominal. Embora se refiram segunda pessoa gramatical ( pessoa com quem se fala, ou a quem se dirige acomunicao), levam a concordncia para a terceira pessoa. que o verbo concorda com o substantivo que integra a locuocomoseuncleosinttico:"VossaSenhorianomearosubstituto""VossaExcelnciaconheceoassunto".Damesmaforma,ospronomespossessivosreferidosapronomesdetratamentososempreosdaterceirapessoa:"VossaSenhorianomearseusubstituto"(eno"Vossa...vosso..."). J quanto aos adjetivos referidos a esses pronomes, o gnero gramatical deve coincidir com o sexo da pessoa a que serefere, e no com o substantivo que compe a locuo. Assim, se nosso interlocutor for homem, o correto "Vossa Excelnciaestatarefado","VossaSenhoriadeveestarsatisfeito" se for mulher, "Vossa Excelncia est atarefada", "Vossa Senhoria deveestarsatisfeita".2.1.3.EmpregodosPronomesdeTratamentoComovisto,oempregodospronomesdetratamentoobedeceaseculartradio.Sodeusoconsagrado:VossaExcelncia,paraasseguintesautoridades:a)doPoderExecutivoPresidentedaRepblicaVicePresidentedaRepblicaMinistrosdeEstadoGovernadoreseViceGovernadoresdeEstadoedoDistritoFederalOficiaisGeneraisdasForasArmadasEmbaixadoresSecretriosExecutivosdeMinistriosedemaisocupantesdecargosdenaturezaespecialSecretriosdeEstadodosGovernosEstaduaisPrefeitosMunicipais.b)doPoderLegislativo:DeputadosFederaiseSenadoresMinistrodoTribunaldeContasdaUnioDeputadosEstaduaiseDistritaisConselheirosdosTribunaisdeContasEstaduaisPresidentesdasCmarasLegislativasMunicipais.c)doPoderJudicirio:MinistrosdosTribunaisSuperioresMembrosdeTribunaisJuzes07/11/11 Manual_Redao12/120 www.planalto.gov.br/ccivil_03/manual/manual.htmJuzesAuditoresdaJustiaMilitar. O vocativo a ser empregado em comunicaes dirigidas aos Chefes de Poder Excelentssimo Senhor, seguido do cargorespectivo:ExcelentssimoSenhorPresidentedaRepblica,ExcelentssimoSenhorPresidentedoCongressoNacional,ExcelentssimoSenhorPresidentedoSupremoTribunalFederal.AsdemaisautoridadesserotratadascomovocativoSenhor,seguidodocargorespectivo:SenhorSenador,SenhorJuiz,SenhorMinistro,SenhorGovernador, No envelope, o endereamento das comunicaes dirigidas s autoridades tratadas por Vossa Excelncia, ter a seguinteforma:ASuaExcelnciaoSenhorFulanodeTalMinistrodeEstadodaJustia70.064900Braslia.DFASuaExcelnciaoSenhorSenadorFulanodeTalSenadoFederal70.165900Braslia.DFASuaExcelnciaoSenhorFulanodeTalJuizdeDireitoda10aVaraCvelRuaABC,no12301.010000SoPaulo.SP Em comunicaes oficiais, est abolido o uso do tratamento dignssimo(DD), s autoridades arroladas na lista anterior. Adignidadepressupostoparaqueseocupequalquercargopblico,sendodesnecessriasuarepetidaevocao.VossaSenhoriaempregadoparaasdemaisautoridadeseparaparticulares.Ovocativoadequado:SenhorFulanodeTal,(...)Noenvelope,deveconstardoendereamento:AoSenhorFulanodeTalRuaABC,no12370.123Curitiba.PR Como se depreende do exemplo acima, fica dispensado o emprego do superlativo ilustrssimo para as autoridades querecebemotratamentodeVossaSenhoriaeparaparticulares.suficienteousodopronomedetratamentoSenhor.Acrescentesequedoutornoformadetratamento,esimttuloacadmico.Eviteusloindiscriminadamente.Comoregrageral, empregueo apenas em comunicaes dirigidas a pessoas que tenham tal grau por terem concludo curso universitrio dedoutorado. costume designar por doutor os bacharis, especialmente os bacharis em Direito e em Medicina. Nos demaiscasos,otratamentoSenhorconfereadesejadaformalidadescomunicaes.Mencionemos,ainda,aformaVossaMagnificncia, empregada por fora da tradio, em comunicaes dirigidas a reitoresdeuniversidade.Correspondelheovocativo:MagnficoReitor,(...)Ospronomesdetratamentoparareligiosos,deacordocomahierarquiaeclesistica,so:VossaSantidade,emcomunicaesdirigidasaoPapa.Ovocativocorrespondente:SantssimoPadre,(...)VossaEminnciaouVossaEminnciaReverendssima,emcomunicaesaosCardeais.Correspondelheovocativo:EminentssimoSenhorCardeal,ou07/11/11 Manual_Redao13/120 www.planalto.gov.br/ccivil_03/manual/manual.htmEminentssimoSenhorCardeal,ouEminentssimoeReverendssimoSenhorCardeal,(...) Vossa Excelncia Reverendssima usado em comunicaes dirigidas a Arcebispos e Bispos Vossa Reverendssima ouVossa Senhoria Reverendssima para Monsenhores, Cnegos e superiores religiosos. Vossa Reverncia empregado parasacerdotes,clrigosedemaisreligiosos.2.2.FechosparaComunicaes O fecho das comunicaes oficiais possui, alm da finalidade bvia de arrematar o texto, a de saudar o destinatrio. Osmodelos para fecho que vinham sendo utilizados foram regulados pela Portaria no 1 do Ministrio da Justia, de 1937, queestabelecia quinze padres. Com o fito de simplificlos e uniformizlos, este Manual estabelece o emprego de somente doisfechosdiferentesparatodasasmodalidadesdecomunicaooficial:a)paraautoridadessuperiores,inclusiveoPresidentedaRepblica:Respeitosamente,b)paraautoridadesdemesmahierarquiaoudehierarquiainferior:Atenciosamente,Ficamexcludasdessafrmulaascomunicaesdirigidasaautoridadesestrangeiras,queatendemaritoetradioprprios,devidamentedisciplinadosnoManualdeRedaodoMinistriodasRelaesExteriores.2.3.IdentificaodoSignatrioExcludasascomunicaesassinadaspeloPresidentedaRepblica,todasasdemaiscomunicaesoficiaisdevemtrazeronomeeocargodaautoridadequeasexpede,abaixodolocaldesuaassinatura.Aformadaidentificaodeveseraseguinte:(espaoparaassinatura)NomeChefedaSecretariaGeraldaPresidnciadaRepblica(espaoparaassinatura)NomeMinistrodeEstadodaJustia Para evitar equvocos, recomendase no deixar a assinatura em pgina isolada do expediente. Transfira para essa pginaaomenosaltimafraseanterioraofecho.3.OPadroOfcioHtrstiposdeexpedientesquesediferenciamantespelafinalidadedoquepelaforma:oofcio,oaviso e o memorando.Com o fito de uniformizlos, podese adotar uma diagramao nica, que siga o que chamamos de padro ofcio. Aspeculiaridadesdecadaumserotratadasadiantepororabusquemosassuassemelhanas.3.1.PartesdodocumentonoPadroOfcioOaviso,oofcioeomemorandodevemconterasseguintespartes:a)tipoenmerodoexpediente,seguidodasigladorgoqueoexpede:Exemplos:Mem.123/2002MFAviso123/2002SGOf.123/2002MMEb)localedataemquefoiassinado,porextenso,comalinhamentodireita:Exemplo:Braslia,15demarode1991.c)assunto:resumodoteordodocumentoExemplos:Assunto:Produtividadedorgoem2002.Assunto:Necessidadedeaquisiodenovoscomputadores.07/11/11 Manual_Redao14/120 www.planalto.gov.br/ccivil_03/manual/manual.htmAssunto:Necessidadedeaquisiodenovoscomputadores.d)destinatrio:onomeeocargodapessoaaquemdirigidaacomunicao.Nocasodoofciodeveserincludotambmoendereo.e)texto:noscasosemquenofordemeroencaminhamentodedocumentos,oexpedientedeveconteraseguinteestrutura: introduo, que se confunde com o pargrafo de abertura, na qual apresentado o assunto que motiva a comunicao.Eviteousodasformas:"Tenhoahonrade","Tenhooprazerde","Cumpremeinformarque",empregueaformadiretadesenvolvimento,noqualoassuntodetalhadoseotextocontivermaisdeumaidiasobreoassunto,elasdevemsertratadasempargrafosdistintos,oqueconferemaiorclarezaexposioconcluso,emquereafirmadaousimplesmentereapresentadaaposiorecomendadasobreoassunto. Os pargrafos do texto devem ser numerados, exceto nos casos em que estes estejam organizados em itens ou ttulos esubttulos.Jquandosetratardemeroencaminhamentodedocumentosaestruturaaseguinte: introduo: deve iniciar com referncia ao expediente que solicitou o encaminhamento. Se a remessa do documento notiver sido solicitada, deve iniciar com a informao do motivo da comunicao, que encaminhar, indicando a seguir os dadoscompletos do documento encaminhado (tipo, data, origem ou signatrio, e assunto de que trata), e a razo pela qual est sendoencaminhado,segundoaseguintefrmula:"EmrespostaaoAvison12,de1defevereirode1991,encaminho,anexa,cpiadoOfcion34,de3deabrilde1990,doDepartamentoGeraldeAdministrao,quetratadarequisiodoservidorFulanodeTal."ou"Encaminho, para exame e pronunciamento, a anexa cpia do telegrama no 12, de 1o de fevereiro de1991, do Presidente da Confederao Nacional de Agricultura, a respeito de projeto de modernizaodetcnicasagrcolasnaregioNordeste." desenvolvimento: se o autor da comunicao desejar fazer algum comentrio a respeito do documento que encaminha,poderacrescentarpargrafosdedesenvolvimentoemcasocontrrio,nohpargrafosdedesenvolvimentoemavisoouofciodemeroencaminhamento.f)fecho(v.2.2.FechosparaComunicaes)g)assinaturadoautordacomunicaoeh)identificaodosignatrio(v.2.3.IdentificaodoSignatrio).3.2.FormadediagramaoOsdocumentosdoPadroOfciodevemobedecerseguinteformadeapresentao: a) deve ser utilizada fonte do tipo Times New Roman de corpo 12 no texto em geral, 11 nas citaes, e 10 nas notas derodapb)parasmbolosnoexistentesnafonteTimesNewRomanpoderseutilizarasfontesSymboleWingdingsc)obrigatriaconstarapartirdasegundapginaonmerodapginad)osofcios,memorandoseanexosdestespoderoserimpressosemambasasfacesdopapel.Nestecaso,asmargensesquerdaediretateroasdistnciasinvertidasnaspginaspares("margemespelho")e)oinciodecadapargrafodotextodeveter2,5cmdedistnciadamargemesquerdaf)ocampodestinadomargemlateralesquerdater,nomnimo,3,0cmdelargurag)ocampodestinadomargemlateraldireitater1,5cm h) deve ser utilizado espaamento simples entre as linhas e de 6 pontos aps cada pargrafo, ou, se o editor de textoutilizadonocomportartalrecurso,deumalinhaembranco i) no deve haver abuso no uso de negrito, itlico, sublinhado, letras maisculas, sombreado, sombra, relevo, bordas ouqualqueroutraformadeformataoqueafeteaelegnciaeasobriedadedodocumento j) a impresso dos textos deve ser feita na cor preta em papel branco. A impresso colorida deve ser usada apenas para07/11/11 Manual_Redao15/120 www.planalto.gov.br/ccivil_03/manual/manual.htm j) a impresso dos textos deve ser feita na cor preta em papel branco. A impresso colorida deve ser usada apenas paragrficoseilustraesl)todosostiposdedocumentosdoPadroOfciodevemserimpressosempapeldetamanhoA4,ouseja,29,7x21,0cmm)deveserutilizado,preferencialmente,oformatodearquivoRichTextnosdocumentosdetexton)dentrodopossvel,todososdocumentoselaboradosdevemteroarquivodetextopreservadoparaconsultaposteriorouaproveitamentodetrechosparacasosanlogoso)parafacilitaralocalizao,osnomesdosarquivosdevemserformadosdaseguintemaneira:tipododocumento+nmerododocumento+palavraschavesdocontedoEx.:"Of.123relatrioprodutividadeano2002"3.3.AvisoeOfcio3.3.1.DefinioeFinalidadeAvisoeofciosomodalidadesdecomunicaooficialpraticamenteidnticas.AnicadiferenaentreelesqueoavisoexpedidoexclusivamenteporMinistrosdeEstado,paraautoridadesdemesmahierarquia,aopassoqueoofcioexpedidoparaepelas demais autoridades. Ambos tm como finalidade o tratamento de assuntos oficiais pelos rgos da Administrao Pblicaentresie,nocasodoofcio,tambmcomparticulares.3.3.2.FormaeEstruturaQuantoasuaforma,avisoeofcioseguemomodelodopadroofcio,comacrscimodovocativo,queinvocaodestinatrio(v.2.1PronomesdeTratamento),seguidodevrgula.Exemplos:ExcelentssimoSenhorPresidentedaRepblicaSenhoraMinistraSenhorChefedeGabineteDevemconstardocabealhooudorodapdoofcioasseguintesinformaesdoremetente:nomedorgoousetorendereopostaltelefoneeendereodecorreioeletrnico.ExemplodeOfcio07/11/11 Manual_Redao16/120 www.planalto.gov.br/ccivil_03/manual/manual.htm(297210mm)07/11/11 Manual_Redao17/120 www.planalto.gov.br/ccivil_03/manual/manual.htm

EemplodeAviso07/11/11 Manual_Redao18/120 www.planalto.gov.br/ccivil_03/manual/manual.htm3.4.Memorando3.4.1.DefinioeFinalidade O memoando a modalidade de comunicao entre unidades administrativas de um mesmo rgo, que podem estarhierarquicamente em mesmo nvel ou em nvel diferente. Tratase, portanto, de uma forma de comunicao eminentementeinterna.Podetercartermeramenteadministrativo,ouserempregadoparaaexposiodeprojetos,idias,diretrizes,etc.aseremadotadospordeterminadosetordoserviopblico.Suacaractersticaprincipalaagilidade.Atramitaodomemorandoemqualquerrgodevepautarsepelarapidezepelasimplicidade de procedimentos burocrticos. Para evitar desnecessrio aumento do nmero de comunicaes, os despachos aomemorando devem ser dados no prprio documento e, no caso de falta de espao, em folha de continuao. Esse procedimentopermite formar uma espcie de processo simplificado, assegurando maior transparncia tomada de decises, e permitindo quesehistorieoandamentodamatriatratadanomemorando.07/11/11 Manual_Redao19/120 www.planalto.gov.br/ccivil_03/manual/manual.htmsehistorieoandamentodamatriatratadanomemorando.3.4.2.FormaeEstrutura Quanto a sua forma, o memorando segue o modelo do padro ofcio, com a diferena de que o seu destinatrio deve sermencionadopelocargoqueocupa.Exemplos:AoSr.ChefedoDepartamentodeAdministraoAoSr.SubchefeparaAssuntosJurdicosEemplodeMemorando

07/11/11 Manual_Redao20/120 www.planalto.gov.br/ccivil_03/manual/manual.htm(297x210mm)4.ExposiodeMotivos4.1.DefinioeFinalidadeExposiodemotivosoexpedientedirigidoaoPresidentedaRepblicaouaoVicePresidentepara:a)informlodedeterminadoassuntob)proporalgumamedidaouc)submeterasuaconsideraoprojetodeatonormativo.Emregra,aexposiodemotivosdirigidaaoPresidentedaRepblicaporumMinistrodeEstado.07/11/11 Manual_Redao21/120 www.planalto.gov.br/ccivil_03/manual/manual.htmNoscasosemqueoassuntotratadoenvolvamaisdeumMinistrio,aexposiodemotivosdeverserassinadaportodososMinistrosenvolvidos,sendo,poressarazo,chamadadeinterministerial.4.2.FormaeEstruturaFormalmente,aexposiodemotivostemaapresentaodopadroofcio(v.3.OPadroOfcio).Oanexoqueacompanhaaexposiodemotivosqueproponhaalgumamedidaouapresenteprojetodeatonormativo,segueomodelodescritoadiante.Aexposiodemotivos, de acordo com sua finalidade, apresenta duas formas bsicas de estrutura: uma para aquela quetenhacarterexclusivamenteinformativoeoutraparaaqueproponhaalgumamedidaousubmetaprojetodeatonormativo. No primeiro caso, o da exposio de motivos que simplesmente leva algum assunto ao conhecimento do Presidente daRepblica,suaestruturasegueomodeloantesreferidoparaopadroofcio.ExemplodeExposiodeMotivosdecarterinformativo07/11/11 Manual_Redao22/120 www.planalto.gov.br/ccivil_03/manual/manual.htm(297x210mm) J a exposio de motivos que submeta considerao do Presidente da Repblica a sugesto de alguma medida a seradotada ou a que lhe apresente projeto de ato normativo embora sigam tambm a estrutura do padro ofcio , alm de outroscomentriosjulgadospertinentesporseuautor,devem,obrigatoriamente,apontar:a)naintroduo:oproblemaqueestareclamaraadoodamedidaoudoatonormativoproposto b) no desenvolvimento: o porqu de ser aquela medida ou aquele ato normativo o ideal para se solucionar o problema, eeventuaisalternativasexistentesparaequacionlo c) na concluso, novamente, qual medida deve ser tomada, ou qual ato normativo deve ser editado para solucionar oproblema. Deve, ainda, trazer apenso o formulrio de anexo exposio de motivos, devidamente preenchido, de acordo com oseguintemodeloprevistonoAnexoIIdoDecretono4.176,de28demarode2002.07/11/11 Manual_Redao23/120 www.planalto.gov.br/ccivil_03/manual/manual.htmseguintemodeloprevistonoAnexoIIdoDecretono4.176,de28demarode2002.AnexoExposiodeMotivosdo(indicarnomedoMinistrioourgoequivalente)no,dedede200.1.Sntesedoproblemaoudasituaoquereclamaprovidncias

2.Solueseprovidnciascontidasnoatonormativoounamedidaproposta

3.AlternativasexistentessmedidaspropostasMencionar:sehoutroprojetodoExecutivosobreamatriasehprojetossobreamatrianoLegislativooutraspossibilidadesderesoluodoproblema.4.CustosMencionar:seadespesadecorrentedamedidaestprevistanaleioramentriaanualseno,quaisasalternativasparacustelaseocasodesolicitarseaberturadecrditoextraordinrio,especialousuplementarvaloraserdespendidoemmoedacorrente5.Razesquejustificamaurgncia(aserpreenchidosomenteseoatopropostoformedidaprovisriaouprojetodeleiquedevatramitaremregimedeurgncia)

Mencionar:seoproblemaconfiguracalamidadepblicaporqueindispensvelavignciaimediatasesetratadeproblemacujacausaouagravamentonotenhamsidoprevistossesetratadedesenvolvimentoextraordinriodesituaojprevista.6.Impactosobreomeioambiente(semprequeoatooumedidapropostapossaviratlo)

7.AlteraespropostasTextoatual Textoproposto 8.SntesedoparecerdorgojurdicoCombaseemavaliaodoatonormativooudamedidapropostaluzdasquesteslevantadasnoitem10.4.3.Afaltaouinsuficinciadasinformaesprestadaspodeacarretar,acritriodaSubchefiaparaAssuntosJurdicosdaCasaCivil,adevoluodoprojetodeatonormativoparaquesecompleteoexameousereformuleaproposta. O preenchimento obrigatrio do anexo para as exposies de motivos que proponham a adoo de alguma medida ou aediodeatonormativotemcomofinalidade:a)permitiraadequadareflexosobreoproblemaquesebuscaresolver07/11/11 Manual_Redao24/120 www.planalto.gov.br/ccivil_03/manual/manual.htm b) ensejar mais profunda avaliao das diversas causas do problema e dos efeitos que pode ter a adoo da medida ou aediodoato,emconsonnciacomas questes que devem ser analisadas na elaborao de proposies normativas no mbitodoPoderExecutivo(v.10.4.3.).c)conferirperfeitatransparnciaaosatospropostos. Dessa forma, ao atender s questes que devem ser analisadas na elaborao de atos normativos no mbito do PoderExecutivo, o texto da exposio de motivos e seu anexo complementamse e formam um todo coeso: no anexo, encontramosuma avaliao profunda e direta de toda a situao que est a reclamar a adoo de certa providncia ou a edio de um atonormativo o problema a ser enfrentado e suas causas a soluo que se prope, seus efeitos e seus custos e as alternativasexistentes.Otextodaexposiodemotivosfica,assim,reservadodemonstraodanecessidadedaprovidnciaproposta:porquedeveseradotadaecomoresolveroproblema. Nos casos em que o ato proposto for questo de pessoal (nomeao, promoo, ascenso, transferncia, readaptao,reverso, aproveitamento, reintegrao, reconduo, remoo, exonerao, demisso, dispensa, disponibilidade, aposentadoria),nonecessriooencaminhamentodoformulriodeanexoexposiodemotivos.Ressalteseque:asntesedoparecerdorgodeassessoramentojurdiconodispensaoencaminhamentodoparecercompletootamanhodoscamposdoanexoexposiodemotivospodeseralteradodeacordocomamaioroumenorextensodoscomentriosaseremaliincludos. Ao elaborar uma exposio de motivos, tenha presente que a ateno aos requisitos bsicos da redao oficial (clareza,conciso, impessoalidade, formalidade, padronizao e uso do padro culto de linguagem) deve ser redobrada. A exposio demotivos a principal modalidade de comunicao dirigida ao Presidente da Repblica pelos Ministros. Alm disso, pode, emcertos casos, ser encaminhada cpia ao Congresso Nacional ou ao Poder Judicirio ou, ainda, ser publicada no Dirio Oficial daUnio,notodoouemparte.5.Mensagem5.1.DefinioeFinalidade o instrumento de comunicao oficial entre os Chefes dos Poderes Pblicos, notadamente as mensagens enviadas peloChefe do Poder Executivo ao Poder Legislativo para informar sobre fato da Administrao Pblica expor o plano de governo porocasio da abertura de sesso legislativa submeter ao Congresso Nacional matrias que dependem de deliberao de suasCasas apresentar veto enfim, fazer e agradecer comunicaes de tudo quanto seja de interesse dos poderes pblicos e daNao. Minuta de mensagem pode ser encaminhada pelos Ministrios Presidncia da Repblica, a cujas assessorias caber aredaofinal.AsmensagensmaisusuaisdoPoderExecutivoaoCongressoNacionaltmasseguintesfinalidades:a)encaminhamentodeprojetodeleiordinria,complementaroufinanceira. Os projetos de lei ordinria ou complementar so enviados em regime normal (Constituio, art. 61) ou de urgncia(Constituio,art.64,1oa4o).Cabelembrarqueoprojetopodeserencaminhadosoboregimenormalemaistardeserobjetodenovamensagem,comsolicitaodeurgncia.Emambososcasos,amensagemsedirigeaosMembrosdoCongressoNacional,masencaminhadacomavisodoChefedaCasaCivildaPresidnciadaRepblicaaoPrimeiroSecretriodaCmaradosDeputados,paraquetenhainciosuatramitao(Constituio,art.64,caput). Quanto aos projetos de lei financeira (que compreendem plano plurianual, diretrizes oramentrias, oramentos anuais ecrditosadicionais),asmensagensdeencaminhamentodirigemseaosMembrosdoCongressoNacional,eosrespectivosavisosso endereados ao Primeiro Secretrio do Senado Federal. A razo que o art. 166 da Constituio impe a deliberaocongressual sobre as leis financeiras em sesso conjunta, mais precisamente, "na forma do regimento comum". E frente daMesa do Congresso Nacional est o Presidente do Senado Federal (Constituio, art. 57, 5o), que comanda as sessesconjuntas.AsmensagensaquitratadascoroamoprocessodesenvolvidonombitodoPoderExecutivo,queabrangeminuciosoexametcnico,jurdicoeeconmicofinanceirodasmatriasobjetodasproposiesporelasencaminhadas.Taisexamesmaterializamseempareceresdosdiversosrgosinteressadosnoassuntodasproposies,entreelesodaAdvocaciaGeral da Unio. Mas, na origem das propostas, as anlises necessrias constam da exposio de motivos do rgoonde se geraram (v. 3.1. Exposio de Motivos) exposio que acompanhar, por cpia, a mensagem de encaminhamento aoCongresso.07/11/11 Manual_Redao25/120 www.planalto.gov.br/ccivil_03/manual/manual.htmb)encaminhamentodemedidaprovisria. Para dar cumprimento ao disposto no art. 62 da Constituio, o Presidente da Repblica encaminha mensagem aoCongresso, dirigida a seus membros, com aviso para o Primeiro Secretrio do Senado Federal, juntando cpia da medidaprovisria,autenticadapelaCoordenaodeDocumentaodaPresidnciadaRepblica.c)indicaodeautoridades.AsmensagensquesubmetemaoSenadoFederalaindicaodepessoasparaocuparemdeterminadoscargos(magistradosdosTribunaisSuperiores,MinistrosdoTCU,PresidenteseDiretoresdoBancoCentral,ProcuradorGeraldaRepblica,ChefesdeMisso Diplomtica, etc.) tm em vista que a Constituio, no seu art. 52, incisos III e IV, atribui quela Casa do CongressoNacionalcompetnciaprivativaparaaprovaraindicao.Ocurriculumvitaedoindicado,devidamenteassinado,acompanhaamensagem.d)pedidodeautorizaoparaoPresidenteouoVicePresidentedaRepblicaseausentaremdoPaspormaisde15dias. Tratase de exigncia constitucional (Constituio, art. 49, III, e 83), e a autorizao da competncia privativa doCongressoNacional. O Presidente da Repblica, tradicionalmente, por cortesia, quando a ausncia por prazo inferior a 15 dias, faz umacomunicaoacadaCasadoCongresso,enviandolhesmensagensidnticas.e)encaminhamentodeatosdeconcessoerenovaodeconcessodeemissorasderdioeTV. A obrigao de submeter tais atos apreciao do Congresso Nacional consta no inciso XII do artigo 49 da Constituio.Somente produziro efeitos legais a outorga ou renovao da concesso aps deliberao do Congresso Nacional (Constituio,art.223,3o).Descabepedirnamensagemaurgnciaprevistanoart.64daConstituio,porquantoo1odoart.223jdefineoprazodatramitao.Almdoatodeoutorgaourenovao,acompanhaamensagemocorrespondenteprocessoadministrativo.f)encaminhamentodascontasreferentesaoexerccioanterior. O Presidente da Repblica tem o prazo de sessenta dias aps a abertura da sesso legislativa para enviar ao CongressoNacional as contas referentes ao exerccio anterior (Constituio, art. 84, XXIV), para exame e parecer da Comisso Mistapermanente(Constituio,art.166,1o),sobpenadeaCmaradosDeputadosrealizaratomadadecontas(Constituio,art.51,II),emprocedimentodisciplinadonoart.215doseuRegimentoInterno.g)mensagemdeaberturadasessolegislativa.Eladeveconteroplanodegoverno,exposiosobreasituaodoPasesolicitaodeprovidnciasquejulgarnecessrias(Constituio,art.84,XI). O portador da mensagem o Chefe da Casa Civil da Presidncia da Repblica. Esta mensagem difere das demais porquevaiencadernadaedistribudaatodososCongressistasemformadelivro.h)comunicaodesano(comrestituiodeautgrafos). Esta mensagem dirigida aos Membros do Congresso Nacional, encaminhada por Aviso ao Primeiro Secretrio da Casaonde se originaram os autgrafos. Nela se informa o nmero que tomou a lei e se restituem dois exemplares dos trs autgrafosrecebidos,nosquaisoPresidentedaRepblicaterapostoodespachodesano.i)comunicaodeveto.DirigidaaoPresidentedoSenadoFederal(Constituio,art.66,1o), a mensagem informa sobre a deciso de vetar, se ovetoparcial,quaisasdisposiesvetadas,easrazesdoveto.SeutextovaipublicadonantegranoDirioOficialdaUnio (v.4.2. Forma e Estrutura), ao contrrio das demais mensagens, cuja publicao se restringe notcia do seu envio ao PoderLegislativo.(v.19.6.Veto)j)outrasmensagens.TambmsoremetidasaoLegislativocomregularfreqnciamensagenscom:encaminhamentodeatosinternacionaisqueacarretamencargosoucompromissosgravosos(Constituio,art.49,I) pedido de estabelecimento de alquotas aplicveis s operaes e prestaes interestaduais e de exportao(Constituio,art.155,2o,IV)propostadefixaodelimitesglobaisparaomontantedadvidaconsolidada(Constituio,art.52,VI)07/11/11 Manual_Redao26/120 www.planalto.gov.br/ccivil_03/manual/manual.htmpedidodeautorizaoparaoperaesfinanceirasexternas(Constituio,art.52,V)eoutros.Entreasmensagensmenoscomunsestoasde:convocaoextraordinriadoCongressoNacional(Constituio,art.57,6o)pedidodeautorizaoparaexoneraroProcuradorGeraldaRepblica(art.52,XI,e128,2o)pedidodeautorizaoparadeclararguerraedecretarmobilizaonacional(Constituio,art.84,XIX)pedidodeautorizaooureferendoparacelebrarapaz(Constituio,art.84,XX)justificativaparadecretaodoestadodedefesaoudesuaprorrogao(Constituio,art.136,4o)pedidodeautorizaoparadecretaroestadodestio(Constituio,art.137)relatodasmedidaspraticadasnavignciadoestadodestiooudedefesa(Constituio,art.141,pargrafonico)propostademodificaodeprojetosdeleisfinanceiras(Constituio,art.166,5o)pedidodeautorizaoparautilizarrecursosqueficaremsemdespesascorrespondentes,emdecorrnciadeveto,emendaourejeiodoprojetodeleioramentriaanual(Constituio,art.166,8o)pedidodeautorizaoparaalienarouconcederterraspblicascomreasuperiora2.500ha(Constituio,art.188,1o)etc.5.2.FormaeEstruturaAsmensagenscontm:a)aindicaodotipodeexpedienteedeseunmero,horizontalmente,noinciodamargemesquerda:Mensagemno b) vocativo, de acordo com o pronome de tratamento e o cargo do destinatrio, horiontalmente, no incio da margemesquerdaExcelentssimoSenhorPresidentedoSenadoFederal,c)otexto,iniciandoa2cmdovocativo d) o local e a data, verticalmente a 2 cm do final do texto, e horiontalmente fazendo coincidir seu final com a margemdireita.Amensagem,comoosdemaisatosassinadospeloPresidentedaRepblica,notrazidentificaodeseusignatrio.EemplodeMensagem07/11/11 Manual_Redao27/120 www.planalto.gov.br/ccivil_03/manual/manual.htm(297x210mm)6.Telegrama6.1.DefinioeFinalidadeComofitodeuniformizaraterminologiaesimplificarosprocedimentosburocrticos,passaareceberottulodetelegramatodacomunicaooficialexpedidapormeiodetelegrafia,telex,etc. Por tratarse de forma de comunicao dispendiosa aos cofres pblicos e tecnologicamente superada, deve restringirse ouso do telegrama apenas quelas situaes que no seja possvel o uso de correio eletrnico ou fax e que a urgncia justifiquesua utilizao e, tambm em razo de seu custo elevado, esta forma de comunicao deve pautarse pela conciso (v. 1.4.ConcisoeClareza).6.2.FormaeEstrutura07/11/11 Manual_Redao28/120 www.planalto.gov.br/ccivil_03/manual/manual.htmNohpadrorgido,devendoseseguiraformaeaestruturadosformulriosdisponveisnasagnciasdosCorreioseemseustionaInternet.7.Fax7.1.DefinioeFinalidadeOfax(formaabreviadajconsagradadefacsimile)umaformadecomunicaoqueestsendomenosusadadevidoaodesenvolvimentodaInternet.utilizadoparaatransmissodemensagensurgenteseparaoenvioantecipadodedocumentos,decujo conhecimento h premncia, quando no h condies de envio do documento por meio eletrnico. Quando necessrio ooriginal,elesegueposteriormentepelaviaenaformadepraxe. Se necessrio o arquivamento, devese fazlo com cpia xerox do fax e no com o prprio fax, cujo papel, em certosmodelos,sedeteriorarapidamente.7.2.FormaeEstruturaOsdocumentosenviadosporfaxmantmaformaeaestruturaquelhessoinerentes.convenienteoenvio,juntamentecomodocumentoprincipal,defolhaderosto,i..,depequenoformulriocomosdadosdeidentificaodamensagemaserenviada,conformeexemploaseguir:

[rgoExpedidor][setordorgoexpedidor][endereodorgoexpedidor]________________________________________________________________________________Destinatrio:_____________________________________________________________________Nodofaxdedestino:_____________________________________Data:_______/_______/____Remetente:_____________________________________________________________________Tel.p/contato:____________________Fax/correioeletrnico:____________________________Nodepginas:esta+___________________________Nododocumento:___________________Observaes:__________________________________________________________________________________________________________________________________________________

8.CorreioEletrnico8.1Definioefinalidade O correio eletrnico ("email"), por seu baixo custo e celeridade, transformouse na principal forma de comunicao paratransmissodedocumentos.8.2.FormaeEstruturaUmdosatrativosdecomunicaoporcorreioeletrnicosuaflexibilidade.Assim,nointeressadefinirformargidaparasuaestrutura.Entretanto,deveseevitarousodelinguagemincompatvelcomumacomunicaooficial(v.1.2ALinguagemdosAtoseComunicaesOficiais). O campo assunto do formulrio de correio eletrnico mensagem deve ser preenchido de modo a facilitar a organizaodocumentaltantododestinatrioquantodoremetente. Para os arquivos anexados mensagem deve ser utilizado, preferencialmente, o formato Rich Text. A mensagem queencaminhaalgumarquivodevetrazerinformaesmnimassobreseucontedo.. Sempre que disponvel, devese utilizar recurso de confirmao de leitura. Caso no seja disponvel, deve constar damensagempedidodeconfirmaoderecebimento.8.3Valordocumental07/11/11 Manual_Redao29/120 www.planalto.gov.br/ccivil_03/manual/manual.htmNostermosdalegislaoemvigor,paraqueamensagemdecorreioeletrnicotenhavalordocumental,i.,paraquepossaser aceito como documento original, necessrio existir certificao digital que ateste a identidade do remetente, na formaestabelecidaemlei.CAPTULOIIIELEMENTOSDEORTOGRAFIAEGRAMTICA9.IntroduoNestaseoaplicamseosprincpiosdaortografiaedecertoscaptulosdagramticaredaooficial.Emsuaelaborao,levouse em conta amplo levantamento feito das dvidas mais freqentes com relao ortografia, sintaxe e semntica.Buscouse, assim, dotar o Manual de uma parte eminentemente prtica, qual se possa recorrer sempre que houver incertezaquantografiadedeterminadapalavra,melhorformadeestruturarumafrase,ouadequadaexpressoaserutilizada. As noes gramaticais apresentadas neste captulo referemse gramtica formal, entendida como o conjunto de regrasfixadoapartirdopadrocultodelinguagem.Optouse,assim,peloempregodecertosconceitosdaGramticaditatradicional (ounormativa). A aplicao de conceitos da Gramtica gerativa implicaria, forosamente, em discusso de teoria lingstica, o quenopareceapropriadoemumManualquetembviafinalidadeprtica.Sublinhemos,noentanto,queaGramticatradicional,oumesmotodateoriagramatical,sosempresecundriasemrelao gramtica natural, ao saber intuitivo que confere competncia lingstica a todo falante nativo. No h gramtica que esgote orepertriodepossibilidadesdeumalngua,erarassoasquecontemplamasregularidadesdoidioma.Salientese,porfim,queomeroconhecimentodasregrasgramaticaisnosuficienteparaqueseescrevabem.Noentanto,o domnio da correo ortogrfica, do vocabulrio e da maneira de estruturar as frases certamente contribui para uma melhorredao.Tenhasemprepresentequesseaprendeousemelhoraaescritaescrevendo. Cada uma das trs sees seguintes apresenta uma breve exposio do assunto tratado, acompanhada dos exemploscorrespondentes. Consulteas sempre que tiver alguma dvida. Se no for possvel resolver sua dificuldade, recorra ao dicionrioouaobraespecfica.9.1.ORTOGRAFIA(dogregoorthosdireito,corretoegrapheinescrever) A correo ortogrfica requisito elementar de qualquer texto, e ainda mais importante quando se trata de textos oficiais.Muitas vezes, uma simples troca de letras pode alterar no s o sentido da palavra, mas de toda uma frase. O que nacorrespondnciaparticularseriaapenasumlapsodatilogrficopodeterrepercussesindesejveisquandoocorrenotextodeumacomunicao oficial ou de um ato normativo. Assim, toda reviso que se faa em determinado documento ou expediente devesemprelevaremcontaacorreoortogrfica. Com relao aos erros de grafia, podese dizer que so de dois tipos: os que decorrem do emprego inadequado dedeterminada letra por desconhecimento de como escrever uma palavra, e aqueles causados por lapso datilogrfico. As seesseguintesvisamdirimirasdvidasrelativasaoserrosdoprimeirotipoasdosegundo,sarevisoatentapoderesolver.9.1.1.EmpregodasLetras9.1.1.1.EmpregodeVogaisAsvogaisnalnguaportuguesaadmitemcertavariedadedepronncia,dependendodesuaintensidade(i.,sesotnicasoutonas).Comessavariaonapronncia,nemsempreamemria,baseadanaaudio,retmaformacorretadagrafia.Alistaaseguirnoexaustiva,masprocuraincluirasdificuldadesmaiscorrentesnaredaooficial.9.1.1.1.1.EouI?PalavrascomE,enoIacarearacreano(ouacrano)areoante(pref.=antes)anteciparantevsperaaquedutoreaaverige(f.v.)beneficnciabeneficentebetumeborealcardealdeantemodeferir(conceder)delao(denncia)demitirderivardescortinardescriodespenderdespensa(ondeseguardamcomestveis)despesafalseargranjearhastearhomogneometeoro(logia)nomearoceanopalavreadoparntese(ouparntesis)passeatapreferirprevenirquaserarearreceosoreentrnciasanear07/11/11 Manual_Redao30/120 www.planalto.gov.br/ccivil_03/manual/manual.htmcardealcarestiacedilhacercearcerealcontinue(f.v.)homogneoideologiaindeferir(negar)legtimolenimento(quesuaviza)menoridademeteoritosanearsesenosequerseringueirotestemunhavdeoPalavrascomI,enoEaborgineacrimniaadianteansiaranti(pref.=contra)argi(f.v.)arqui(pref.)artifcioatribui(s)(f.v.)cai(f.v.)calcriocrie(Cariar)chefiarcordialdesigualdiantediferir(divergir)dilao(adiamento)dilapidardilatar(alargar)discrio(reserva)discricionriodiscriminar(discernir,separar)dispndiodispensa(licena)distinguirdistorodi(fl.v.)femininofrontispcioimbuirimergir(mergulhar)imigrar(entrarempasestrangeiro)iminente(prximo)imiscuirseinclinarincorporar(encorpar)incrustar(encrostar)indigitarinfestarinflui(s)(f.v.)inigualveliniludvelinquirir(interrogar)intitularirrupojrilinimento(medicamentountuoso)meritssimomiscigenaoparcimniapossui(s)(f.v.)premiarpresenciarprivilgioremediarrequisitosentenciarsilvcolasubstitui(s)(f.v.)verossmil

9.1.1.1.2.OouU?PalavrascomO,enoUaboliragrcolabobinaboletimbssolacobiar(r)compridocomprimento(extenso)concorrnciacostumeencobrirexplodirmarajoaramochila(de)motoprprio(latim:motuprprio)ocorrnciapitorescoproezaRomniaromenosilvcolasortido(variado)sotaquetriboveio(s.ef.v.)vincola

PalavrascomU,enoOacudirbnuscinqentacumprimento(saudao)cumprido(v.cumprir)cpulaCuritibaelucubraoembutirentabularlgualucubraonusrguasmulasurtir(resultar)tbuatonitruantetrguausufrutovrgulavrus

9.1.1.1.3.EncontrosVoclicos9.1.1.1.3.1.EIouE?PalavrascomEI,enoEaleijadoalqueireameixacabeleireiroceifardesleixomadeireirapeixequeijoreiterarreivindicarseixotreinartreino07/11/11 Manual_Redao31/120 www.planalto.gov.br/ccivil_03/manual/manual.htmcolheita queixa(rse)

PalavrascomE,enoEIadredealamedaaldeamento(masaldeia)alhear(masalheio)almejarazulejobandejacalejarcaranguejocarquejacerejacortejodespejar,despejodrenarembrearembreagemenfearensejar,ensejoentrechoestrear,estreantefrear,freadaigrejalampejolugarejomalfazejomanejar,manejomorcegopercevejorecear,receosorefrearremanejosertanejotemperovarejo

9.1.1.1.3.2.OUouO?PalavrascomOU,enoOagourararroubocenouradourarestourarfrouxolavourapoucopousarroubartesouratesouroPalavrascomO,enoOUalcovaampolaanchova(ouenchova)arrobaarrochar,arrochoarrojar,arrojobarrococeboladesaforodoseempolaengodoestojomalograr,malogromofar,mofoocoposarrebocar9.1.1.2.EmpregodeConsoantes Assim como emprego de vogais provoca dvidas, h algumas consoantes especialmente as que formam dgrafos (duasletras para representar um som), ou a muda (h), ou, ainda, as diferentes consoantes que representam um mesmo som constituemdificuldadeadicionalcorretagrafia. Se houver hesitao quanto ao emprego de determinada consoante, consulte a lista que segue. Lembrese de que a grafiadas palavras tem estreita relao com sua histria. Vocbulos derivados de outras lnguas, por exemplo, mantm certauniformidade nas adaptaes que sofrem ao serem incorporados ao portugus (do francs garage ao port. garagem do latimactione,fractioneaoport.ao, frao etc.). Palavras que provm de outras palavras quase sempre mantm a grafia do radicalde origem (granjear: granja gasoso: gs, analisar: anlise). H, ainda, certas terminaes que mantm uniformidade de grafia (aa,ao,ecer,s,esia,izar,etc.).9.1.1.2.1.EmpregodoH:comHousemoH?HaitihalohangarharmoniahaurirHavanaHavahaxixehebdomadriohebreuhectarehediondohedonismoHgiraHelespontohlicehemi(pref.=meio)hemisfriohemorragiaheranaherbceo(maserva)herdarherihesitarhiatohbridohidrulicahidravio(hidroavio)hidrogniohidro(pref.=gua)hierarquiahierglifo(ouhieroglifo)hfenhigieneHimalaiahinduhinohiper(pref.=sobre)hipo(pref.=sob)hipocrisiahipotecahipotenusahiptesehispanismoholandsholofotehomenagearhomeopatiahomicidahomilia(ouhomlia)homologarhomogeneidadehomogneohomnimohonestohonorrioshonrahorriohordahorizontehorrorhortahspedehospitalhostilhumano07/11/11 Manual_Redao32/120 www.planalto.gov.br/ccivil_03/manual/manual.htmherdarheregehermenuticahermticohispanismohisteriahodiernohojehumanohumildehumorHungria9.1.1.2.2.Ofonema//:GouJ?PalavrascomG,enoJadgioagendaagiotaalgemaalgibeiraapogeuargilaaugeBag(masbajeense)CartagenadigerirdigestoefgiegideEgitoegrgioestrangeiroevangelhoexegesefalangeferrugemfuligemgaragemgeadagelosiagmeogengivagessogestoGibraltargriagizheregeimpingirligeiromiragemmongeogivarigidezsugerirtangenteviageiroviagemvignciaPalavrascomJ,enoGajeitarencoraje(fl.v.)enjeitarenrijecergorjetagranjearinjeointerjeiojecajeitojenipapojerimumjesutalisonjearlojistamajestademajestosoobjeoojerizaprojeoprojetil(ouprojtil)rejeiorejeitarrijezasujeitoultrajeelesviajem(f.v.)9.1.1.2.3.Ofonema/s/:C,ouSouSSouXouXC?PalavrascomC,enoSouSSnemSCbeaabsoroabstenoaaaambarcaracender(iluminar)acento(tomdevoz,smbologrfico)acepoacessrioacerboacerto(ajuste)acervoao(ferrotemperado)aodar(apressar)acaraudeadooafianaragradeceralaraliceraralicercealmaoalmooalvoreceramadureceramanhecerameaarapareceraprear(marcarpreo)apreocernecerrao(nevoeiro)cerrar(fechar,acabar)cerro(morro)certamecerteirocerteza,certidocertocessao(atodecessar)cesso(atodeceder)cessar(parar)cestachacinachancechancelercicatrizciclociclonecifracifrocigarrociladacimentocimocingals(doCeilo)Cingapura(tradicional:Singapura)cnicocinqentacinzaciosocirandaexibioexpeoextinofalecerfortalecerIguauimpeoincerto(nocerto)incipiente(iniciante)inserointercessoisenolaolia(luta)licenalucidezlcidomaada(importunao)maantemaar(importunar)macerarmaciomaciomao(decartas)maom(oumao)manutenomenomencionarmuulmanonovio07/11/11 Manual_Redao33/120 www.planalto.gov.br/ccivil_03/manual/manual.htmapreoaquecerarrefecerarruaaasseroassunobabaubaobalanaBarbacenaBarcelonaberocaacaciquecaoarcaiaracalacalhamaocansaocarecercarroaria(oucarroceria)castiocebolaccedilhacdulaceiaceifarclereceleumaclulacem(cento)cemitriocenriocenso(recenseamento)censuracentavocntimocentroceticismocticoceracermicacercacercearcerealcrebrocirandacircuitocircunflexocrio(vela)cirurgiacisocisternacitaocizniacoaocobiarcociente(ouquociente)coerocoercitivocoleocompunoconcelho(municpio)concertar(ajustar,harmonizar)concerto(musical,acordo)concessoconclio(assemblia)conjunoconsecuoCricimadecepodecertodescrio(atodedescrever)desfaatezdiscrio(reserva)disfarardistinodistorodocente(queensinacorpo:osprofessores)empobrecerencenaoendereoenrijecererupoescaramuaescocsEscciaesquecerestilhaoexceoexcepcionalnovioobcecao(masobsesso)obcecaropooramentoorarpao(palcio)panaciaparecerpeapenicilinapinarpoa,pooprevenopresunoquirecenderrecensorechaarrechaoremio(resgate)resplandecerroaruo(grisalho)sano(atodesancionar)soobrarsciasucintoSua,suotaatapeariatecelagemtecelotecertecidoteno(inteno)terateroterraovacilarviovizinhanaPalavrascomS,enoCouSC,nemXadensaradversrioamanuensensia,ansiarapreensoascenso(subida)autpsiaaversoavulsobalsabolsobomsensocanhestrocansaocenso(recenseamento)compreensocompulsocondensarconsecuoconselheiro(queaconselha)conselho(aviso,parecer)consensoconsentneoconsertar(remendar)excursoexpansoexpensasextenso(masestender)extorsoextrnsecofalsriofalso,falsidadefarsaimersoimpulsionarincompreensvelincursoinsinuarinspidoinsipiente(ignorante)insolaointenso(tenso)intensivointrnsecoinversojustapormansomisto,misturaseo(ouseco)sedasegar(ceifar,cortar)sela(assento)semearsementesenadosenhasniorsensatosensosrieseringasrioserrasetaseveroseviciarSevilhaSibriaSicliasiderurgiasigilo07/11/11 Manual_Redao34/120 www.planalto.gov.br/ccivil_03/manual/manual.htmconsertar(remendar)contrasensocontraversocontrovrsiaconversoconvulsoCrsegadefensivodefensordescansardescenso,descenso(descida)desconsertar(desarranjar)despensa(copa,armrio)despretensodimensodispensa(r)dispersodissensodistensodiversodiversoemersoespoliarestender(masextenso)estornoestorricarmisto,misturaobsesso(masobcecao)obsidiarobsoletopensopercursopersaPrsiapersianaperversoprecursorpretensopropensopropulsopulsarrecensorecensear,recenseamentoremorsorepreensorepulsareversosalsichaSansosearasebesebosigilosiglaSilsiasilciosilosinagogaSinaiSingapura(tradicionalocorretb.Cingapura)singelosingrarsintomaSriasismosito,situadosubmersosubsidiarsubsistnciasuspensotenso(estadodetenso)tergiversarUpsala(ouUpslia)utenslioversoverstil,versteisPalavrascomSS,enoC,Abissniaacessveladmissoaerossolagressoamassar(falarSecretria.Empregase,ainda:paradiferenciarapreposioadoartigofemininosingularaemlocuescomocaneta,mquinaemlocuesemquesignificamoda,maneira(de):sairfrancesa,discursoRuiBarbosa,etc.b)Acentodiferencial:marcaadiferenaentrehomgrafosouhomfonosexclusivamentenosseguintescasos: tm (eles) para distinguilo de tem (ele), e vm (eles), distinto de vem (ele) (vale nos derivados: eles detm, provm,distintodedetm,provm(ele)pde(pretritoperfeito)distintodepode(presente)frma(substantivo)distintodeforma(verboformar)vocbulostnicos(abertos/fechados^)quetmhomgrafostonos:tnicosca,cas(v.coar)pra(v.parar)pla,plas(v.pelares.f.)plo(v.pelar),plo,plospra,pras(pedra),prapro,Propra(s)(surra)pla(s)(brotovegetal)plo(s)(eixo,jogo)plo(s)(filhotedegavio)pr(verbo)tonoscoa,coas(coma,comas)para(preposio)pela,pelas(pora(s)pelo,pelos(poro(s)pera(formaarcaicadepara)pero(formaarcaicademas)pola(s)(formaarcaicadepora(s))polo(s)(formaarcaicadeporo(s))por(preposio) As palavras acima listadas compem a relao completa das que recebem acento diferencial. Vrias so arcasmos emdesuso.c)Til:temcomofunoprimeiraadeindicaranasalizaodasvogaisaeo,maseventualmenteacumulatambmafunodemarcaratonicidade(ch,manh,crist,cibra). Acrescentese, por fim, que as regras para acentuao grfica valem igualmente para nomes prprios (Amrica, Braslia,Sucia,Par,Chu,Macei,etc.)eparaabreviaturasdepalavrasacentuadas(pginapg.,pginaspgs.,sculosc.). A acentuao de palavras estrangeiras ainda no aportuguesadas segue as regras da lngua a que pertencem: dtente,habitu,visvis(francs).9.1.3.USODESINAIS9.1.3.1.Hfen O hfenoutraodeunio um sinal usado para ligar os elementos de palavras compostas: couveflor, viceministro paraunir pronomes tonos a verbos: agradeceulhe, darseia e para, no final de uma linha, indicar a separao das slabas de umapalavraemduaspartes(achamadatranslineao):com/parar,gover/no.Analisamos,aseguir,ousodohfenemalgunscasosprincipais.9.1.3.1.1.HfenentreVocbulosa)nacomposiodepalavrasemqueoselementosconstitutivosmantmsuaacentuaoprpria,compondo,porm,novosentido:07/11/11 Manual_Redao44/120 www.planalto.gov.br/ccivil_03/manual/manual.htmabaixoassinado(abaixoassinado,semhfen,comosentidode(aquele)queassinaodocumentoemseufinal:"JooAlves,abaixoassinado,requer...")decretoleilicenaprmiomodeobramatriaprimaoficialdegabinetepapelmoedaprocessocrimesalriofamliatestadeferro(testadeferro,semhfen,significatestaduracomoferro)

b)nacomposiodepalavrasemqueoprimeiroelementorepresentaformareduzida:infantojuvenil(infanto=infantil)nipobrasileiro(nipo=nipnico) sciopoltico(scio=social)c)nosadjetivosgentlicos(queindicamnacionalidade,ptria,pas,lugarouregiodeprocedncia)quandoderivadosdenomesdelugar(topnimos)compostos:belohorizontinonorteamericanoportoriquenhoriograndensedonorted)naspalavrascompostasemqueoadjetivogeralacopladoasubstantivoqueindicafuno,lugardetrabalhoourgo:diretorgeralinspetoriageralprocuradorgeralsecretariagerale)apreposiosemligasecomhfenaalgunssubstantivosparaindicarunidadesemntica(adquire,assim,valordeprefixo):semfimsemnmerosemterrasemsalsemvergonhasemparf)oadvrbiodenegaonoligasecomhfenaalgunssubstantivosouadjetivosparaindicarunidadesemntica(adquire,assim,valordeprefixo):noagressonoeu,nometalnosernoferrosonoparticipantenolinearnoalinhado

9.1.3.1.2.HfenePrefixosOsprefixosutilizadosnaLnguaPortuguesaprovieramdolatimedogrego,lnguasemquefuncionavamcomopreposiesouadvrbios,isto,comovocbulosautnomos.Poressarazo,osprefixostmsignificaoprecisaeexprimem,emregra,circunstnciasdelugar,modo,tempo,etc.Grandepartedaspalavrasdenossalnguaformadaapartirdautilizaodeumprefixoassociadoaoutrapalavra.Emmuitosdessescasos,derigoroempregodohfen,sejaparapreservaraacentuaoprpria(tnica)doprefixoousuaevidnciasemntica,sejaparaevitarpronnciaincorretadovocbuloderivado. a) os seguintes prefixos nunca vm seguidos de hfen (ligamse, portanto, diretamente ao vocbulo com o qual compemumaunidade):aer(o),aerotransporteagro,agroindstriaambi,ambidestroanfi,anfiteatroaudio,audiovisualbi,bicentenriobio,biogenticocardio,cardiovascularcis,cisplatinode(s),desserviodi(s),dissociaoele(c)tro,eletromfil(o),filogenticofisio,fisioterapiafon(o),fonoaudilogofot(o),fotolitogastr(o),gastr(o)enterologiage(o),geotcnicahemi,hemicrculohepta,heptasslabohexa,hexafluorenohidr(o),hidr(o)eltricahipo,hipotensohomo,homossexualin,inaptointro,introversojusta,justaposiomacro,macroeconomiamicr(o),microrregiomono,monotesmomoto,motociclomulti,multinacionalpara,parapsicologiapenta,pentacampeoper,percloratopluri,plurianualpoli,polivalentepsic(o),psicossocialradi(o),radioamadorre,reversoretro,retroativotele,teledinmicaterm(o),term(o)eltricatrans,transalpinotri,tricelularuni,unidimensional

07/11/11 Manual_Redao45/120 www.planalto.gov.br/ccivil_03/manual/manual.htmb)oprefixoexexigehfenquandoindicaestadoanterior,quefoi:exdeputadoexministroexmulherexsecretrioc)oprefixoviceexigesempreohfen:vicealmirantevicediretorvicepresidenteviceversad)osprefixosps,pr,prassim,tnicosedetimbreabertorequeremhfensempre:psescritopsguerrapsmodernopsnatalpravisoprnupcialprrepublicano

massemhfenquandotonos(e,normalmente,fechados):posfcioposporpredeterminarpredizerpreestabelecerpreestipuladopreexistirprejulgare)osseguintesprefixosexigemhfenquandocombinadoscompalavrasiniciadasporvogal,h,rous:auto(autoestima,autoretrato,etc.)contra(contraataque,contraoferta,etc.)extra(extraoficial,extrahumano,extrasensvelextraordinrioanicaexceoque,noentanto,lcitodistinguirdeextraordinrionoordinrio,norotineiroimprevisto)infra(infraestrutura,infraheptico,infrarenal,etc.)intra(intraocular,intraheptico,intrarenal,etc.)neo(neoescolstico,neohegeliano,neorealismo,etc.)proto(protohistria,protorevoluo,etc.)pseudo(pseudoesfera,pseudohumano,pseudosigla,etc.)semi(semianual,semimido,semiselvagem,semihumano,etc.)supra(suprarenal,suprasumo,etc.)ultra(ultraromntico,ultrasensvel,etc.)f)osseguintesprefixosexigemhfenquandocombinadoscompalavrasiniciadasporh,rous:ante(antehistrico,antesala,etc.)anti(antihumano,antiheri,antiregimental,etc.)arqui(arquihistrico,etc.)obre(sobrehumano,sobresaiaexcees:sobressair,sobressalto)hiper(hiperhumano,hiperrealismo,etc.)inter(interhemisfrico,interregional,etc.)super(superhomem,superrequintado,etc.)g)osseguintesprefixosexigemhfenquandocombinadoscompalavrasiniciadasporvogalouh:circum(circumambiente,circumhospitalar,etc.)mal(malentendido,malhumorado,etc.)pan(panamericano,panhelnico,etc.)h)osseguintesprefixosexigemhfenquandocombinadoscompalavrasiniciadasporr:ab(abrogar:anular,suprimir)ad(adrogar:adotaroutomarporadoo)ob(obrogar:contraporse)sob(sobroda:salinciacapazdeestorvarodeslocamentodeumveculo)sub(subreitor,subregio,etc.nocasodesubtambmseparamosporhfenaspalavrasiniciadasporb: subbloco,subbibliotecrio)Observao:Hfendecomposiovocabularoudencliseemescliserepetidoquandocoincidecomtranslineao:decreto/lei,exigem/lhe,far/se.9.1.3.2.Apa07/11/11 Manual_Redao46/120 www.planalto.gov.br/ccivil_03/manual/manual.htm9.1.3.2.AspasAsaspastmosseguintesempregos:a)usamseantesedepoisdeumacitaotextual:AConstituiodaRepblicaFederativadoBrasil,de1988,nopargrafonicodeseuartigo1oafirma:"Todoopoderemanadopovo,queoexercepormeioderepresentanteseleitosoudiretamente".b)dodestaqueanomesdepublicaes,obrasdearte,intitulativos,apelidos,etc.:Oartigosobreoprocessodedesregulamentaofoipublicadono"JornaldoBrasil".ASecretariadaCulturaestorganizandoumaapresentaodas"Bachianas",deVillaLobos.c)destacamtermosestrangeiros:Oprocessoda"dtente"teveinciocomaCrisedosMsseisemCuba,em1962."Mutatismutandis",onovoprojetoidnticoaoanteriormenteapresentado.d)nascitaesdetextoslegais,asalneasdevemestarentreaspas:Otematratadonaalnea"a"doartigo146daConstituio.Atualmente,noentanto,temsidotoleradoousodeitlicocomoformadedispensarousodeaspas,excetonahiptesedecitaotextual.Apontuaodotrechoquefiguraentreaspasseguirasregrasgramaticaiscorrentes.Caso,porexemplo,otrechotranscritoentreaspasterminarporpontofinal,estedeverfigurarantesdosinaldeaspasqueencerraatranscrio.Exemplo:Oart.2o daConstituioFederal"SoPoderesdaUnio,independenteseharmnicosentresi,oLegislativo,oExecutivoeoJudicirio." jfiguravanaCartaanterior.9.1.3.3.Parnteses Os parnteses so empregados nas oraes ou expresses intercaladas. Observe que o pontofinal vem antes do ltimoparntesequandoafraseinteiraseachacontidaentreparntese:"Quantomenosacincianosconsola,maisadquirecondiesdenosservir."(JosGuilhermeMerquior)OEstadodeDireito(ConstituioFederal,art.1o)definesepelasubmissodetodasasrelaesaoDireito.9.1.3.4.TravessoOtravesso,queumhfenprolongado(),empregadonosseguintescasos:a)substituiparnteses,vrgulas,doispontos:OcontroleinflacionriometaprioritriadoGovernoseraindamaisrigoroso.Asrestriesaolivremercadoespecialmenteodeprodutostecnologicamenteavanadospodemsermuitoprejudiciaisparaasociedade.b)indicaaintroduodeenunciadosnodilogo:Indagadopelacomissodeinquritosobreaprocednciadesuasdeclaraes,ofuncionriorespondeu:Nadatenhoadeclararaesserespeito.c)indicaasubstituiodeumtermo,paraevitarrepeties:Overbofazer(videsintaxedoverbo),nosentidodetempotranscorrido,utilizadosemprena3a pessoa do singular: fazdoisanosqueissoaconteceu.d)dnfaseadeterminadapalavraoupensamentoquesegue:Nohoutromeioderesolveroproblemapromovaseofuncionrio.Elereiterousuaidiaseconvicesenergicamente.9.2.SINTAXE07/11/11 Manual_Redao47/120 www.planalto.gov.br/ccivil_03/manual/manual.htm(dogregosyntxisarranjo,disposio)apartedaGramticaqueestudaapalavra,noemsi,masemrelaosoutras,quecomelaseunemparaexprimiropensamento. o captulo mais importante da Gramtica, porque, ao disciplinar as relaes entre as palavras, contribui de modofundamentalparaaclarezadaexposioeparaaordenaodopensamento. importante destacar que o conhecimento das regras gramaticais, sobretudo neste captulo da sintaxe, condionecessria para a boa redao, mas no constitui condio suficiente. A conciso, clareza, formalidade e preciso, elementosessenciais da redao oficial, somente sero alcanadas mediante a prtica da escrita e a leitura de textos escritos em bomportugus.Dominarbemoidioma,sejanaformafalada,sejanaformaescrita,nosignificaapenasconhecerexceesgramaticais:imprescindvel,issosim,conheceremprofundidadeasregularidadesdalngua.Noentanto,comointeressaaquiaplicarprincpiosgramaticais redao oficial, trataremos, forosamente, das referidas excees e dos problemas sintticos que com maisfreqnciasoencontradosnostextosoficiais. Veremos, a seguir, alguns pontos importantes da sintaxe, relativos construo de frases, concordncia, regncia,colocaopronominalepontuao.9.2.1.ProblemasdeConstruodeFrases A clareza e a conciso na forma escrita so alcanadas principalmente pela construo adequada da frase, "a menorunidadeautnomadacomunicao",nadefiniodeCelsoPedroLuft.Afunoessencialdafrasedesempenhadapelopredicado,queparaAdrianodaGamaKurypodeserentendidocomo"aenunciao pura de um fato qualquer". Sempre que a frase possuir pelo menos um verbo, recebe o nome de perodo, que tertantasoraesquantosforemosverbosnoauxiliaresqueoconstituem.Outrafunorelevanteadosujeitomasnoindispensvel,poishoraessemsujeito,ditasimpessoais,dequemsediz algo, cujo ncleo sempre um substantivo. Sempre que o verbo o exigir, teremos nas oraes substantivos (nomes oupronomes)quedesempenhamafunodecomplementos(objetosdiretoeindireto,predicativoecomplementoadverbial).Funoacessriadesempenhamosadjuntosadverbiais,quevmgeralmenteaofinaldaorao,masquepodemserouintercaladosaoselementosquedesempenhamasoutrasfunes,oudeslocadosparaoinciodaorao. Temos, assim, a seguinte ordem de colocao dos elementos que compem uma orao (os parnteses indicam oselementosquepodemnoocorrer):(sujeito)verbo(complementos)(adjuntoadverbial). Podem ser identificados seis padres bsicos para as oraes pessoais (i. , com sujeito) na lngua portuguesa (a funoquevementreparntesesfacultativaepodeocorreremordemdiversa):1.Sujeitoverbointransitivo(AdjuntoAdverbial)OPresidenteregressou(ontem).2.Sujeitoverbotransitivodiretoobjetodireto(adjuntoadverbial)OChefedaDivisoassinouotermodeposse(namanhdeterafeira).3.Sujeitoverbotransitivoindiretoobjetoindireto(adjuntoadverbial).OBrasilprecisadegentehonesta(emtodosossetores).4.Sujeitoverbotransitivodiretoeindiretoobj.diretoobj.indireto(adj.Adv.)OsdesempregadosentregaramsuasreivindicaesaoDeputado(noCongresso).5.Sujeitoverbotransitivoindiretocomplementoadverbial(adjuntoadverbial)AreuniodoGrupodeTrabalhoocorreremBuenosAires(naprximasemana).OPresidentevoltoudaEuropa(nasextafeira)6.Sujeitoverbodeligaopredicativo(adjuntoadverbial)Oproblemaserresolvidoprontamente. Esses seriam os padres bsicos para as oraes, ou seja as frases que possuem apenas um verbo conjugado. Naconstruodeperodos,asvriasfunespodemocorreremordeminversamencionada,misturandoseeconfundindose.Nointeressa aqui anlise exaustiva de todos os padres existentes na lngua portuguesa. O que importa fixar a ordem normal doselementosnessesseispadresbsicos.Acrescentesequeperodosmaiscomplexos,compostosporduasoumaisoraes,em07/11/11 Manual_Redao48/120 www.planalto.gov.br/ccivil_03/manual/manual.htmelementosnessesseispadresbsicos.Acrescentesequeperodosmaiscomplexos,compostosporduasoumaisoraes,emgeralpodemserreduzidosaospadresbsicos(dequederivam).Osproblemasmaisfreqentementeencontradosnaconstruodefrasesdizemrespeitompontuao,ambigidadedaidia expressa, elaborao de falsos paralelismos, erros de comparao, etc. Decorrem, em geral, do desconhecimento daordem das palavras na frase. Indicamse, a seguir, alguns desses defeitos mais comuns e recorrentes na construo de frases,registradosemdocumentosoficiais.9.2.1.1.SjeioComodito,osujeitooserdequemsefalaouqueexecutaaaoenunciadanaorao.Elepodetercomplemento,masnosercomplemento.Devemserevitadas,portanto,construescomo:Eado:tempodoCongressovotaraemenda.Ceo:tempodeoCongressovotaraemenda.Eado:Apesardasrelaesentreospasesestaremcortadas,(...).Ceo:Apesardeasrelaesentreospasesestaremcortadas,(...).Eado:NovejomalnoGovernoprocederassim.Ceo:NovejomalemoGovernoprocederassim.Eado:Antesdestesrequisitosseremcumpridos,(...).Ceo:Antesdeestesrequisitosseremcumpridos,(...).Eado:ApesardaAssessoriaterinformadoemtempo,(...).Ceo:ApesardeaAssessoriaterinformadoemtempo,(...).9.2.1.2.FaeFagmenadaAfragmentaodefrases"consisteempontuarumaoraosubordinadaouumasimpleslocuocomosefosseumafrasecompleta". Decorre da pontuao errada de uma frase simples. Embora seja usada como recurso estilstico na literatura, afragmentaodefrasesdevemserevitadanostextosoficiais,poismuitasvezesdificultaacompreenso.Ex.:Eado:OprogramarecebeuaaprovaodoCongressoNacional.Depoisdeserlongamentedebatido.Ceo:OprogramarecebeuaaprovaodoCongressoNacional,depoisdeserlongamentedebatido.Ceo:Depoisdeserlongamentedebatido,oprogramarecebeuaaprovaodoCongressoNacional.Eado:OprojetodeConvenofoioportunamentesubmetidoaoPresidentedaRepblica,queoaprovou.Consultadas asreasenvolvidasnaelaboraodotextolegal. Ceo: O projeto de Conveno foi oportunamente submetido ao Presidente da Repblica, que o aprovou, consultadas asreasenvolvidasnaelaboraodotextolegal.9.2.1.3.EodePaalelimo Uma das convenes estabelecidas na linguagem escrita "consiste em apresentar idias similares numa forma gramaticalidntica" , o que se chama de paralelismo. Assim, incorrese em erro ao conferir forma no paralela a elementos paralelos.Vejamosalgunsexemplos: Eado: Pelo aviso circular recomendouse aos Ministrios economizar energia e que elaborassem planos de reduo dedespesas. Nesta frase temos, nas duas oraes subordinadas que completam o sentido da principal, duas estruturas diferentes paraidiasequivalentes:aprimeiraorao(economizarenergia)reduzidadeinfinitivo,enquantoasegunda(que elaborassem planosdereduodedespesas)umaoraodesenvolvidaintroduzidapelaconjunointegranteque.Hmaisdeumapossibilidadedeescrevla com clareza e correo uma seria a de apresentar as duas oraes subordinadas como desenvolvidas, introduzidaspelaconjunointegranteque: Ceo: Pelo aviso circular, recomendouse aos Ministrios que economizassem energia e (que) elaborassem planos parareduodedespesas.Outrapossibilidade:asduasoraessoapresentadascomoreduzidasdeinfinitivo:07/11/11 Manual_Redao49/120 www.planalto.gov.br/ccivil_03/manual/manual.htmCero:Peloavisocircular,recomendouseaosMinistrioseconomizarenergiaeelaborarplanosparareduodedespesas.Nasduascorreesrespeitaseaestruturaparalelanacoordenaodeoraessubordinadas.Maisumexemplodefraseinaceitvelnalnguaescritaculta:Errado:Nodiscursodeposse,mostroudeterminao,noserinseguro,intelignciaeterambio.Oproblemaaquidecorredecoordenarpalavras(substantivos)comoraes(reduzidasdeinfinitivo).Paratornarafraseclaraecorreta,podeseoptarouportransformlaemfrasesimples,substituindoasoraesreduzidasporsubstantivos:Cero:Nodiscursodeposse,mostroudeterminao,segurana,intelignciaeambio.Ouempregaraformaoracionalreduzidauniformemente:Cero:Nodiscursodeposse,mostrouserdeterminadoeseguro,terintelignciaeambio.Atentemos,ainda,paraoproblemainverso,ofalsoparalelismo,queocorreaosedarformaparalela(equivalente)aidiasdehierarquiadiferenteou,ainda,aoseapresentar,deformaparalela,estruturassintticasdistintas:Errado:OPresidentevisitouParis,Bonn,RomaeoPapa. Nesta frase, colocouse em um mesmo nvel cidades (Paris, Bonn, Roma) e uma pessoa (o Papa). Uma possibilidade decorreotransformlaemduasfrasessimples,comocuidadodenorepetiroverbodaprimeira(visitar):Cero:OPresidentevisitouParis,BonneRoma.Nestaltimacapital,encontrousecomoPapa.Errado:Oprojetotemmaisdecempginasemuitacomplexidade.Aquirepeteseaequivalnciagramaticalindevida:estoemcoordenao,nomesmonvelsinttico,onmerodepginasdoprojeto(umdadoobjetivo,quantificvel)eumaavaliaosobreele(subjetiva).Podesereescreverafrasededuasformas:oufazsenovaoraocomoacrscimodoverboser,rompendo,assim,odesajeitadoparalelo:Cero:Oprojetotemmaisdecempginasemuitocomplexo.Ousedformaparalelaharmoniosatransformandoaprimeiraoraotambmemumaavaliaosubjetiva:Cero:Oprojetomuitoextensoecomplexo.Oempregodeexpressescorrelativascomonos...mas(como)tambmtanto...quanto(oucomo)nem...nemou...ouetc.costumaapresentarproblemasquandonosemantmoobrigatrioparalelismoentreasestruturasapresentadas.Nosdoisexemplosabaixo,rompeseoparalelismopelacolocaodoprimeirotermodacorrelaoforadeposio.Errado:OuVossaSenhoriaapresentaoprojeto,ouumaalternativa.Cero:VossaSenhoriaouapresentaoprojeto,oupropeumaalternativa.Errado:Ointerventornostemobrigaodeapurarafraudecomotambmadepunirosculpados.Cero:Ointerventortemobrigaonosdeapurarafraude,comotambmdepunirosculpados.Mencionemos,porfim,ofalsoparalelismoprovocadopelousoinadequadodaexpressoequenumperodoquenocontmnenhumqueanterior.Errado:Onovoprocuradorjuristarenomado,equetemslidaformaoacadmica.Paracorrigirafrase,ousuprimimosopronomerelativo:Cero:Onovoprocuradorjuristarenomadoetemslidaformaoacadmica.Ousuprimimosaconjuno,queestacoordenarelementosdspares:Cero:Onovoprocuradorjuristarenomado,quetemslidaformaoacadmica.Outroexemplodefalsoparalelismocomeque:Errado:Nestemomento,nosedevemadotarmedidasprecipitadas,equecomprometamoandamentodetodooprograma.07/11/11 Manual_Redao50/120 www.planalto.gov.br/ccivil_03/manual/manual.htmDamesmaformacomquecorrigimosoexemploanterioraquipodemosousuprimiraconjuno:Certo:Nestemomento,nosedevemadotarmedidasprecipitadas,quecomprometamoandamentodetodooprograma.Ouestabelecerformaparalelacoordenandooraesadjetivas,recorrendoaopronomerelativoqueeaoverboser:Certo:Nestemomento,nosedevemadotarmedidasquesejamprecipitadaseque comprometam o andamento de todo oprograma.9.2.1.4.Er