manual_tm

25
AÇÃO FINANCIADA PELO FUNDO SOCIAL EUROPEU E ESTADO PORTUGUÊS Página1 MANUAL DE FORMAÇÃO 1. ESTE MANUAL REFERE-SE A: * MODALIDADE: Sistema Aprendizagem * PERCURSO: 1º Período * SAÍDA PROFISSIONAL: Técnico/a Comercial * AÇÃO Nº: 01/2012 * 0348 0364 * DESIGNAÇÃO UFCD: Técnicas de Merchandising * DURAÇÃO UFCD: 50 Horas * DATA INICIO: 16 de Novembro de 2012 * DATA FIM: 8 de Janeiro de 2013 * FORMADOR: Christiane Ferreira

description

manual_tm

Transcript of manual_tm

  • AO FINANCIADA PELO FUNDO SOCIAL EUROPEU E ESTADO PORTUGUS

    Pg

    ina1

    MANUAL DE FORMAO 1. ESTE MANUAL REFERE-SE A:

    * MODALIDADE: Sistema Aprendizagem

    * PERCURSO: 1 Perodo

    * SADA PROFISSIONAL: Tcnico/a Comercial

    * AO N: 01/2012

    * 0348 0364

    * DESIGNAO UFCD: Tcnicas de Merchandising

    * DURAO UFCD: 50 Horas

    * DATA INICIO: 16 de Novembro de 2012

    * DATA FIM: 8 de Janeiro de 2013

    * FORMADOR: Christiane Ferreira

  • AO FINANCIADA PELO FUNDO SOCIAL EUROPEU E ESTADO PORTUGUS

    Pg

    ina2

    NDICE

    NDICE .......................................................................................................................................................... 2

    OBJETIVOS.................................................................................................................................................... 3

    OBJETIVOS GERAIS ............................................................................................................................................ 3

    OBJETIVOS ESPECFICOS .................................................................................................................................... 3

    CONCEITO DE MERCHANDISING .................................................................................................................. 4

    DEFINIES ....................................................................................................................................................... 4

    FUNO DO MERCHANDISING ............................................................................................................................ 4

    TIPOS DE MERCHANDISING ................................................................................................................................ 4

    MERCHANDISING E GESTO DO PONTO DE VENDA ............................................................................................. 4

    MERCHANDISING E CICLO DE VIDA DO PRODUTO ............................................................................................... 5

    O CLIENTE NO CONTEXTO DO MERCHANDISING ................................................................................................. 5

    MOTIVAO DO CLIENTE PARA O PONTO DE VENDA ........................................................................................... 5

    A ORGANIZAO DO ESPAO DE VENDA ...................................................................................................... 8

    IMPLANTAO DAS SECES .............................................................................................................................. 8

    MOTIVAO DO CLIENTE PARA O ESPAO .......................................................................................................... 8

    EQUIPAMENTO NO DESENVOLVIMENTO DO ESPAO DE VENDA ......................................................................... 11

    A ORGANIZAO DO LINEAR ...................................................................................................................... 13

    IMPORTNCIA E DEFINIO DO LINEAR ........................................................................................................... 13

    LINEAR MNIMO ............................................................................................................................................... 13

    DISPOSIO DO LINEAR ................................................................................................................................... 13

    ANIMAO DO PONTO DE VENDA ..................................................................................................................... 15

    A EMBALAGEM ............................................................................................................................................ 20

    DEFINIO E COMPONENTES ........................................................................................................................... 20

    NVEIS DA EMBALAGEM .................................................................................................................................... 20

    A CONCEO DA EMBALAGEM E A SUA DECORAO.......................................................................................... 20

    FUNES ......................................................................................................................................................... 21

    PROMOES DOS PRODUTOS .................................................................................................................... 23

    DEFINIO GERAL ............................................................................................................................................ 23

    DIFERENAS ENTRE PROMOO E A POLTICA DE PRODUTO E DE PREO ......................................................... 24

    DIFERENAS ENTRE PROMOO E A PUBLICIDADE ........................................................................................... 24

    IMPORTNCIA CRESCENTE DA PROMOO ....................................................................................................... 24

    OBJECTIVOS DE UMA ACO PROMOCIONAL .................................................................................................... 24

    TCNICAS DE PROMOES ............................................................................................................................... 25

    BIBLIOGRAFIA E NETGRAFIA ..................................................................................................................... 25

  • AO FINANCIADA PELO FUNDO SOCIAL EUROPEU E ESTADO PORTUGUS

    Pg

    ina3

    OBJETIVOS

    OBJETIVOS GERAIS

    Diagnosticar e conhecer os diferentes factores que intervm na otimizao de um espao comercial.

    Aplicar as tcnicas de promoo do produto.

    OBJETIVOS ESPECFICOS

    No final do mdulo, os formandos devero ser capazes de:

    Conhecer o conceito de Merchandising; Organizar um espao de vendas e um linear; Utilizar a embalagem como tcnica de merchandising; Saber aplicar as tcnicas de promoo do produto.

  • AO FINANCIADA PELO FUNDO SOCIAL EUROPEU E ESTADO PORTUGUS

    Pg

    ina4

    CONCEITO DE MERCHANDISING

    DEFINIES

    #1 Conjunto de estratgias e ferramentas que melhoram o ambiente promocional no

    ponto de venda e incentiva o consumidor compra no local de compra. Apoio marca

    promocionada no ponto de venda.

    #2 Aproximar o produto certo, ao consumidor certo, no lugar certo, na quantidade

    certa, ao preo certo, de forma a ser um elemento de apoio promoo em si e ao

    produto normal.

    #3 o planeamento e a operacionalizao de atividades que se realizam em

    estabelecimentos comerciais, principalmente em lojas de retalhistas e self-service, como

    parte do complexo mercado lgico de bens de consumo.

    #4 Para vrios autores e profissionais de marketing, sempre que o nome do produto

    ou ele prprio aparece, desde que no seja em situao especfica publicidade, est

    ocorrendo merchandising.

    FUNO DO MERCHANDISING

    Transformar o canal de vendas num veculo da promoo.

    TIPOS DE MERCHANDISING

    No ponto de venda o Exposio Promocional

    Produtos destacados - > Auto seleo; Expostos em locais de fluxo de trfego; Deve passar a sensao de vantagem -> pechincha; A exposio deve ser destacada no ambiente onde est; Deve dar a sensao de grande nmero de unidades do produto; Deve irradiar beleza, simpatia, charme e prender a ateno do

    consumidor, dando a impresso de que o produto est indo ao

    encontro dele.

    MERCHANDISING E GESTO DO PONTO DE VENDA

    Merchandising de Seduo Tem como objetivo desenvolver no cliente a tendncia para as compras impulsivas.

    Merchandising de Otimizao Tem como objetivo a otimizao da implantao dos produtos no linear.

    Merchandising de Gesto Tem como objetivo a rentabilizao mxima do espao e do produto.

  • AO FINANCIADA PELO FUNDO SOCIAL EUROPEU E ESTADO PORTUGUS

    Pg

    ina5

    MERCHANDISING E CICLO DE VIDA DO PRODUTO

    Merchandising de Nascimento Corresponde introduo de uma nova referncia no linear, procedendo ao seu enquadramento.

    Merchandising de Ataque Desenvolve um dado produto, destacando-o dos demais elementos da sua famlia.

    Merchandising de Manuteno Corresponde a uma defesa estratgica dos espaos conquistados no linear, atravs de um maior acompanhamento e animao.

    Merchandising de Defesa Serve para travar a reduo do espao no linear.

    O CLIENTE NO CONTEXTO DO MERCHANDISING

    O consumidor de hoje exigente, est bem informado, crtico e tem maior poder de

    compra.

    A seleo de um espao de venda resulta da perceo de qualidade gerada nas diversas

    visitas efetuadas. Para a escolha, contam fatores como:

    O ambiente da loja; A disposio do produto; A gama e as marcas existentes; O nvel de servios prestados; E os tempos de espera.

    Em cada visita loja o cliente visualiza um conjunto de situaes que influenciam o seu

    comportamento no interior, apreciando entre outros aspetos:

    Eficincia no movimento de registos, nas caixas; Servios de atendimento eficazes, nomeadamente ao balco; Resposta eficaz, pela existncia dos produtos de maior necessidade; Tempo de abertura dilatado; Alguma especializao; Relevncia de produtos preparados/congelados e frescos.

    Para alm destas preferncias, destacam-se ainda:

    Sinalizao das seces; Qualidade e segurana nos produtos expostos.

    Cada vez mais o cliente pensa antes de comprar. Hoje, h j quem considere que as

    compras impulsivas vm perdendo o seu lugar no voluma global de vendas, por isso, o

    aproveitamento da sensibilidade do cliente deve ser feito em cada momento da sua

    visita.

    MOTIVAO DO CLIENTE PARA O PONTO DE VENDA

    O desenvolvimento do negcio deve considerar que cada cliente importante para a

    loja, que cada cliente um caso, pelo que se deve preocupar com as motivaes de

    compra do SEU CLIENTE.

  • AO FINANCIADA PELO FUNDO SOCIAL EUROPEU E ESTADO PORTUGUS

    Pg

    ina6

    S ENSIBILIDADE

    E NTUSIASMO/AMBIENTE

    U TILIDADE/RENTABILIDADE

    SENSIBILIDADE O cliente sensvel a tudo quanto se passa na loja. Desde que chega at que sai vai

    desenvolvendo percees que, de algum modo, condicionam ou desenvolvem a sua

    vontade de continuar as compras. A sua sensibilidade centra-se em aspetos como:

    Movimento Geral;

    Ambiente/Rudo;

    Iluminao;

    Implantao do Produto;

    Higiene e Limpeza;

    Comportamento do Pessoal.

    ENTUSIASMO/ AMBIENTE O cliente inicia as suas compras realizando compras premeditadas.

    O entusiasmo como motivao para a compra surge sob a influncia de desafios que so

    colocados ao cliente ao longo de todo o percurso, no espao de venda, dando ligar s

    compras impulsivas.

    Existncia de produtos complementares apelativos e inovadores;

    Implantao do produto mistura de produtos premeditados e produtos impulsivos;

    Nvel de exposio, sinalizao adequada;

    Tipo de publicidade/promoo.

    UTILIDADE/ RENTABILIDADE Para alm de sentir o produto e de se entusiasmar com a antecipao da sua aplicao, o

    cliente necessitada de reconhecer a sua utilidade.

    A utilidade da compra deve funcionar como motor de arranque. preciso dar a noo

    de complementaridade, ou at de grande escoamento, para que seja gerada a perceo

    de que outros clientes utilizam com xito os produtos expostos. A noo de utilidade no

    espao de venda considera aspetos como:

    Tipo de produtos em exposio e a sua localizao;

    Rotao dos produtos validade;

    Tipo de publicidade desenvolvida no ponto de venda.

    CONFORTO Para tomar uma deciso de compra, o cliente deve sentir-se vontade e confortvel,

    sendo de considerar aspetos como:

    Espao disponvel;

    Iluminao;

    Cores;

    Enquadramento do produto no espao;

    Deciso facilitada pela informao.

    C ONFORTO/ CONFIANA

    L IMPEZA/ ARRUMAO

    I NFORMAO/ APOIO

    E CONOMIA/VERSATILIDADE

    N OVIDADE/ INOVAO

    T RANSPARNCIA/ CREDIBILIDADE

    E MOO/ DINMICA

  • AO FINANCIADA PELO FUNDO SOCIAL EUROPEU E ESTADO PORTUGUS

    Pg

    ina7

    LIMPEZA A limpeza de espao de venda est ligada ao conforto e exerce influncia sobre o

    cliente, gerando:

    Crdito no produto, diminuio do sndroma dos preos;

    Descontrao;

    Credibilidade no sistema de gesto.

    INFORMAO A informao ao cliente no local de venda desenvolvida, quer pelo pessoal, quer pela

    forma como o produto se aproxima do cliente. Contam para uma correta informao ao

    cliente:

    Informao do pessoal;

    Rotulagem dos produtos;

    Panfletos e cartazes. A informao evita, assim, reclamaes e promove uma correta utilizao e

    aproveitamento dos produtos, gerando os resultados propostos pelo fabricante aquando

    da sua conceo.

    ECONOMIA Todos os clientes pretendem economizar na compra. A valorizao do produto comea

    por uma boa manuteno no linear, seguida de uma boa exposio e imagem de marca.

    A noo de rendibilidade transportada at ao cliente atravs da influncia que o

    produto tem na sua deciso de compra.

    NOVIDADE Encontrar novidade no espao de venda ajuda o processo de fidelizao do cliente, que

    desta forma sabe que a loja que escolheu inovadora e original. Por isso, sempre que

    pensa em novos produtos, ou ouve falar deles, associa-os ao local onde habitualmente

    faz as suas compras.

    TRANSPARNCIA Esta motivao est ligada marcao dos preos, que deve ser feita de forma clara.

    Um outro aspeto: o registo dos produtos na caixa, sada; os movimentos do empregado

    na caixa devem ser claros, inspirando confiana ao cliente.

    EMOO/ DINMICA Na loja, o cliente deve sentir a emoo da compra, principalmente da compra impulsiva.

    A luta que se desencadeia no processo de deciso de compra de um produto deve gerar

    no cliente uma dinmica tal que tenha subjacente o sentido de posse e de utilizao.

    Influenciam a dinmica da compra fatores como:

    Animao do ponto de venda e publicidade;

    Promoo;

    Msica;

    Campanhas e atividades especiais.

  • AO FINANCIADA PELO FUNDO SOCIAL EUROPEU E ESTADO PORTUGUS

    Pg

    ina8

    A ORGANIZAO DO ESPAO DE VENDA

    O desenvolvimento das grandes superfcies, o aumento da concorrncia e a contnua

    necessidade de atrair e fidelizar os clientes levou a maioria dos distribuidores a repensar

    a organizao dos seus lineares, por forma a encontrar, em cada seco, uma disposio

    que corresponda s necessidades e desejos de uma clientela cada vez mais exigente.

    IMPLANTAO DAS SECES

    As diversas seces de um estabelecimento tm como objetivo a exposio dos

    produtos com critrios de homogeneidade, percetveis pelos consumidores, pelo que

    devem ser desenvolvidas de forma tradicional, tendo como base as reas estratgicas de

    negcio alimentar e no alimentar.

    A implantao de seces deve ter como referncia o sentido natural de circulao do

    cliente, considerando o mecanismo de orientao psicolgica e de associao de ideias,

    enquadrando-os nos hbitos de consumo. Existem, assim, seces principais, e seces

    complementares produtoras de sinergias que evitam a confuso do consumidor, atravs

    de um circuito estruturado. Ao implementar as seces na loja tem-se em conta um

    conjunto de objetivos.

    Rentabilizao de cada m2 de rea de venda, fazendo passar por elas o maior nmero possvel de clientes;

    Considerar a localizao de equipamentos especiais, como por exemplo a rea de frio, por forma a evitar um distanciamento das mquinas;

    Ter a possibilidade de expanso no futuro, caso o potencial de clientela justifique;

    Eliminar custos desnecessrios de pessoal, com uma implantao articulada com os percursos habituais do cliente;

    Controlar visualmente os clientes, diminuindo a possibilidade de roubo; Otimizar a largura dos corredores, por forma a garantir uma circulao natural.

    MOTIVAO DO CLIENTE PARA O ESPAO

    Para um correto desenvolvimento do espao, as seces devem estar dispostas de forma

    sistemtica e enquadradas numa estratgia comercial coerente.

    Existem, definidos atravs das anlises de fluxo efetuadas, dois tipos de zona na loja:

    Zona fria - local de circulao com necessidade de dinamizao ao qual o cliente ter tendncia a no se deslocar

    Zona quente - zona de maior circulao, de interesse e acesso imediatos. O cliente, por habituao e necessidade, e sendo influenciado pela lista de compras

    que traz consigo, define um trajeto especfico que tambm controlado pela

    implantao das seces.

  • AO FINANCIADA PELO FUNDO SOCIAL EUROPEU E ESTADO PORTUGUS

    Pg

    ina9

    Na sua deslocao pela loja, o cliente, define intuitivamente a existncia de pontos

    quentes e pontos frios.

    Analisando as suas paragens mais frequentes, encontraremos pontos quentes naturais,

    criados quer pela arquitetura, quer pelo mobilirio e sua localizao. Os pontos quentes

    artificiais so barreiras tecnicamente estudadas e criadas ao cliente, provocando nele a

    necessidade da compra impulsiva:

    Pontos junto das balanas; Topos de gndolas; Zonas onde so efetuados testes de apreciao/experimentao; Junto aos produtos mais vistosos e mais caros; Pontos mais iluminados; Pontos junto iluminao de exposies especiais; Em zonas de promoo.

    Os pontos frios so os espaos da loja onde passam e param menos consumidores, pelo

    que vendem menos. So normalmente os locais mais distantes da entrada, os cantos e as

    esquinas, os espaos apertados entre gndolas, locais mal iluminados ou barulhentos.

    Figura 1

  • AO FINANCIADA PELO FUNDO SOCIAL EUROPEU E ESTADO PORTUGUS

    Pg

    ina1

    0

    Figura 2

    Figura 3

  • AO FINANCIADA PELO FUNDO SOCIAL EUROPEU E ESTADO PORTUGUS

    Pg

    ina1

    1

    EQUIPAMENTO NO DESENVOLVIMENTO DO ESPAO DE

    VENDA

    GNDOLA Estante de duas faces com prateleiras, facilita a circulao e aproximao dos clientes.

    A gndola serve para exposio e armazenamento dos produtos, tem dimenses mdias

    entre 1,8 e 2 metros de altura e entre 50 e 70 centmetros de profundidade.

    O seu comprimento varivel, de acordo com a dimenso da seco e da loja.

    Figura 4

    ILHAS Ao nvel dos expositores, encontramos ainda as ilhas, que podem ser frigorficas,

    normalmente de grande dimenso e capacidade de exposio. A disposio do produto

    feita na horizontal. Este equipamento normalmente utilizado nos produtos de grande

    rotao, principalmente congelados. Existem ainda ilhas de frio, verticais, com

    prateleiras que tm o mesmo nvel de exposio e impacte que as gndolas, mas

    apresentam a desvantagem de o cliente ter de abrir a porta para retirar o produto,

    enquanto na ilha horizontal o produto est ao alcance da mo. Para alm das ilhas

    frigorficas existem, tambm as ilhas em palete.

    Gndolas

  • AO FINANCIADA PELO FUNDO SOCIAL EUROPEU E ESTADO PORTUGUS

    Pg

    ina1

    2

    Figura 5

    Figura 6

    ILHAS

  • AO FINANCIADA PELO FUNDO SOCIAL EUROPEU E ESTADO PORTUGUS

    Pg

    ina1

    3

    A ORGANIZAO DO LINEAR

    IMPORTNCIA E DEFINIO DO LINEAR

    O linear toda a superfcie que promove a exposio do produto. Ao linear corresponde

    normalmente uma superfcie, formada pela parte da frente das gndolas ou mveis de

    exposio.

    Quando o linear se mede ao cho designa-se por linear ao solo e o comprimento do

    mvel expresso em metros, quando se mede em comprimento designa-se por linear

    desenvolvido que igual ao nmero de prateleiras vezes o comprimento do linear e

    medindo-se em metros.

    Se pretendssemos apontar as vantagens do linear, diramos que ajuda as compras

    premeditadas, porque uma forma de possibilitar a memorizao do produto. De igual

    modo, desperta a ateno para as compras impulsivas. Constitui um instrumento de

    sistematizao da venda, criando uma malha visual do produto exposto.

    O linear serve ainda como instrumento de gesto dos stocks e como forma de presena

    diversificada das marcas que so objecto de escolha pelo cliente.

    A rendibilidade do linear um dos objectivos do merchandising. Ao promover uma

    exposio apelativa e equilibrada o merchandising est a articular necessidades com

    escoamento.

    LINEAR MNIMO

    Para determinar o linear mnimo, necessitamos de saber qual a extenso mnima que

    cada produto carece para se tornar notado aos olhos do cliente. A experincia indica que

    o mnimo de trs facings, sendo dois aplicvel a produtos de maiores dimenses.

    O facing funcionar ento como o conjunto das mesmas referncias colocadas numa ou

    em vrias prateleiras da gndola. Os facings tm normalmente a largura mnima de 20

    centmetros.

    DISPOSIO DO LINEAR

    Relativamente posio dos produtos no linear, salientam-se trs nveis de

    apresentao:

    Nvel dos olhos, nvel intermdio de fcil acesso, basta estendermos a mo; Nvel das mos, ponto de atrao, principalmente para implantao dos produtos

    impulsivos;

    Nvel do solo, difcil visibilidade, normalmente utilizado para produtos de maior dimenso.

    Considera-se que as melhores prateleiras so as que se encontram ao nvel dos olhos e

    das mos, e so, normalmente, destinadas aos produtos que possuem uma margem

    elevada. Os produtos correntes - os que fazem parte dos hbitos de compra - e os de

    grande notoriedade so, normalmente, dispostos ao nvel do solo, reservando-se a

    prateleira superior para arrumar tambm aqueles produtos.

  • AO FINANCIADA PELO FUNDO SOCIAL EUROPEU E ESTADO PORTUGUS

    Pg

    ina1

    4

    Por outro lado, existem duas formas de apresentao dos produtos no linear:

    Apresentao vertical o Agrupa os produtos de uma mesma famlia, uns sobre os outros, em todas

    as prateleiras, dando uma impresso de ordem e de clareza e permitindo,

    ainda, uma rpida percepo dos artigos no linear. Este tipo de

    apresentao tem contudo o inconveniente de exigir frequentes

    aprovisionamentos, dado que os nveis mais acessveis se esgotam mais

    depressa.

    Apresentao horizontal o Consiste em colocar uma famlia de produtos diferente por cada nvel de

    linear. Para alm da m visibilidade de algumas subfamlias, o cliente

    obrigado a voltar atrs para procurar outra famlia de produtos, exposta

    noutra prateleira, o que raramente acontece, perdendo-se assim vendas.

    Naturalmente que nas pequenas superfcies este o tipo de apresentao

    habitual, uma vez que a velocidade de passagem dos clientes menor e a

    alternativa de utilizao de uma exposio vertical implicava colocar um

    nmero muito reduzido de facings em vertical, o que no permitiria obter

    uma visibilidade do produto ou te um sortido muito reduzido.

  • AO FINANCIADA PELO FUNDO SOCIAL EUROPEU E ESTADO PORTUGUS

    Pg

    ina1

    5

    ANIMAO DO PONTO DE VENDA

    So diversos os objectivos de animao no ponto de venda:

    Atraco/chamada dos clientes Desenvolvimento da motivao para a compra; Descontraco do cliente; Dinamizao do espao; Chamada de ateno para um ponto especfico; Aproximao do cliente ao produto; Aumento da variedade da oferta.

    Apresentao vertical

    Apresentao horizontal

  • AO FINANCIADA PELO FUNDO SOCIAL EUROPEU E ESTADO PORTUGUS

    Pg

    ina1

    6

    So dois os tipos de animao no estabelecimento

    Animao pontual (temporria) o Tem em conta as necessidades de desenvolver ou ativar as vendas de um

    ou vrios produtos, num momento, pretendendo-se o seu escoamento ou

    o desenvolvimento da sua notoriedade.

    Animao permanente o Diz respeito a tudo quanto possa tornar o espao de venda atrativo e

    passvel de transmitir entusiasmo, promovendo sucessivas visitas dos

    clientes e gerando a fidelizao pela distino.

    1. Animao permanente A animao permanente pressupe a existncia de um conjunto de condies de entre as

    quais se destacam

    o ILUMINAO Deve ser clara forte, mas no intensa. Existem dois tipos de iluminao, a geral, que

    normalmente est suspensa, e a direccionada, com a qual se pretende dar nfase a uma

    dada seco ou a um dado ponto, devendo estar, por isto, correctamente implantada.

    Acresce a estes cuidados garantir que os focos luminosos no ofusquem a viso ou

    aqueam demasiado o ambiente.

    o SOM A distribuio do som deve ser equilibrada no espao e minorar o efeito do rudo da

    loja. Normalmente, em casos em que utilizada msica de fundo, corre-se o risco de

    que esta seja pouco apropriada, quer para o tipo de cliente, quer para o momento, pelo

    que nos devemos preocupar em medir as reaes habituais do cliente a esta forma de

    animao.

    o DECORAO Independentemente das caractersticas do espao em causa, na decorao contam a

    seleo das cores a usar, a distribuio das seces pelo espao e o tipo de mobilirio. O

    espao quer-se vivo e animado, criando originalidade e movimento nas diversas seces

    da loja.

    o CARTAZES E PAINIS A sinalizao das seces constitui uma referncia para o cliente, pelo que todas as

    seces devem estar devidamente assinaladas. Quanto aos cartazes e painis, devem ser

    colocados por forma a evidenciarem-se do resto da decorao. A sua implantao deve

    respeitar a sinalizao, evitando dispersar o cliente.

    2. Animao pontual Os meios de animao pontual do ponto de venda podem classificar-se em quatro tipos:

    Meios fsicos o Topos de gndola o Ilhas o Pilhas o Expositores de massa o Display

  • AO FINANCIADA PELO FUNDO SOCIAL EUROPEU E ESTADO PORTUGUS

    Pg

    ina1

    7

    Topos de Gndola

    Ilhas

  • AO FINANCIADA PELO FUNDO SOCIAL EUROPEU E ESTADO PORTUGUS

    Pg

    ina1

    8

    Pilhas

    Expositores de massa

  • AO FINANCIADA PELO FUNDO SOCIAL EUROPEU E ESTADO PORTUGUS

    Pg

    ina1

    9

    Meios psicolgicos o As promoes servem para aumentar as vendas, melhorando o ndice de

    rotao do stock. A colaborao com o fabricante no desenvolvimento da

    imagem do produto e na nfase s seces de igual modo importante.

    Meios de estmulo o Meios audiovisuais o Criao de ambientes

    Meios pessoais o Vendedor o Pessoal de animao do ponto de venda o Espetculos o Stand de demonstrao/experimentao.

    Display

  • AO FINANCIADA PELO FUNDO SOCIAL EUROPEU E ESTADO PORTUGUS

    Pg

    ina2

    0

    A EMBALAGEM

    DEFINIO E COMPONENTES

    Definio de Embalagem o Embalagem, acondicionamento e packaging significam o conjunto de

    elementos materiais que, sem fazer parte do produto, so vendidos com

    ele.

    Objetivo da Embalagem o Proteo do produto; o Transporte; o Armazenamento; o Apresentao no linear; o Identificao e utilizao pelos consumidores.

    Contribui para o Atrair o olhar dos clientes; o Ser reconhecido/identificado pelos clientes; o Suscitar nos clientes o desejo da compra, assumindo papel de vendedor

    silencioso.

    NVEIS DA EMBALAGEM

    Embalagem Primria o Contm cada unidade de consumo do produto e est em contacto direto

    com o produto.

    o Exemplo: embalagem de papel do acar, potes dos iogurtes, garrafas de cerveja, saquetas da sopa, etc.

    Embalagem Secundria o Contm vrias unidades de consumo para constituir uma unidade de

    venda.

    o Exemplos: um pick-up de carto contendo +6 potes de iogurtes, pack de 12 garrafas de cervejas.

    Embalagem Terciria o a embalagem que permite transportar um certo nmero de unidades do

    produto da fbrica para os pontos de venda.

    o Serve mais logstica do que ao marketing. o Exemplo: paletes agrupando vrias dezenas de packs de cerveja. o

    A CONCEO DA EMBALAGEM E A SUA DECORAO

    Reportando-nos aos dois primeiros nveis da embalagem, esta pode ser analisada por

    dois componentes principais:

  • AO FINANCIADA PELO FUNDO SOCIAL EUROPEU E ESTADO PORTUGUS

    Pg

    ina2

    1

    A Conceo: o Elementos da embalagem que tm ou podem ter uma incidncia sobre

    proteo , conservao, utilizao e armazenamento do produto:

    Materiais Utilizados Forma da Embalagem Sistema de Fecho

    Decorao o Elementos puramente visuais da embalagem que influenciam o seu

    aspeto mas no as caratersticas funcionais de utilizao:

    o Grafismo: desenhos, fotografias, etc. o Cores utilizadas; o Colocao e disposio dos textos; o Nmero e forma das etiquetas, etc.

    FUNES

    Duas grandes categorias:

    Funes Tcnicas o Proteo e Conservao do produto

    Proteger contra agresses suscetveis de alterar o produto: Choques; Calor; Luz; Humidade/Secura; Degradaes microbianas; Perda gs carbnico(bebidas gasosas), Etc.

    As embalagens de vcuo da Delta/Buondi preservam o aroma do caf; as garrafas

    coloridas da Sagres/Super Bock protegem a cerveja da luz; a embalagem Tetra Brick em

    carto mantm as caractersticas do leite UHT num determinado perodo de tempo.

  • AO FINANCIADA PELO FUNDO SOCIAL EUROPEU E ESTADO PORTUGUS

    Pg

    ina2

    2

    o Comodidade de utilizao Alguns dos grandes xitos do marketing no decurso dos ltimos

    anos devem-se s embalagens que oferecem aos consumidores

    este tipo de vantagem.

    Facilitar manuseamento do produto garrafas de azeite com forma de ampulheta;

    Despejar e dosagem bico com dosagem adequada de acar; Utilizao fracionada saquetas individuais de sopa instantnea.

    o Facilidade de Transporte, Armazenagem, Arrumao e Eliminao

    o Proteo do Ambiente

    Funes Comunicao o Impacto Visual

    A embalagem deve ser facilmente descoberta no meio de todas as outras:

    Deve ter um forte impacto visual, sob pena de ser esquecida.

    o Reconhecimento Consumidores reconhecerem a marca sem ter de a ler; Reconhecimento pode ser assegurado das seguintes formas: Utilizao de uma cor ou grafismo especficos

    IBM ou Dunhill Caracteres tipogrficos originais

    Coca cola, Nescaf Utilizao de materiais especiais

    Utilizar vidro granizado para uma bebida Embalagem com forma original

    Garrafa do vinho Mateus Ros

    A marca de ketchup Amora levou vantagem sobre o seu concorrente Heinz em

    Frana graas adoo de um frasco de plstico leve permitindo despejar

    facilmente o produto e no desperdiar o que fica agarrado ao fundo.

    Os packs de garrafas de gua mineral ou refrigerantes munidos de tiras para pegarmos;

    As caixas de farinha de carto rgido reduzem os riscos de desperdcio de produto

    Os fabricantes de aerossis devem reduzir a utilizao de gases que

    degradem a camada de ozono;

    Cada vez mais fabricantes adotam ou preveem adotar materiais de

    embalagem no poluentes, biodegradveis ou reciclados.

    A Panrico mudou a embalagem do Bollycao, apresentando-o numa

    embalagem radical, de cor vermelha, transparente e estilo grafitti, chamando

    mais a ateno

  • AO FINANCIADA PELO FUNDO SOCIAL EUROPEU E ESTADO PORTUGUS

    Pg

    ina2

    3

    o Identificao Cliente v um produto que no conhece mas deve ser capaz de

    identificar a categoria de produto s de olhar para a embalagem

    Cerveja Light, iogurte de fruta, lixvia, etc. Respeitar cdigos visuais da categoria qual pertence.

    o Expresso do Posicionamento A embalagem deve exprimir e transmitir aos consumidores o

    posicionamento escolhido pela marca;

    Deve evocar os traos marcantes e distintivos que se decidiu conferir marca.

    o Informao ao Consumidor A embalagem pode ser fonte de informaes teis e/ou legais

    destinadas aos consumidores:

    Datas limites da utilizao;

    Composio do produto;

    Modo de preparao;

    Receitas em que se pode utilizar, etc. o Impulso Compra

    A embalagem deve suscitar ou reforar o desejo de compra. Em produtos alimentares, uma embalagem deve ser apetitosa e sugerir as qualidades organolticas do produto (avaliao de

    sabor, aroma, acidez, durabilidade, consistncia);

    Para isso colocar imagens ou desenhos na embalagem.

    PROMOES DOS PRODUTOS

    DEFINIO GERAL

    Promoo consiste em associar a um produto uma vantagem temporria destinada a

    facilitar ou estimular a sua utilizao, a sua compra e/ou a sua distribuio.

    Seria perigoso, para uma nova marca de champanhe, adotar uma forma

    de garrafa original muito diferente da forma tradicional

    A Dean Foods lanou uma nova embalagem para o leite. O grafismo vivo

    da garrafa e o seu rtulo apresentam um design grfico contemporneo,

    com um impacto visual forte quando colocadas nas prateleiras.

    A Danone fez um lifting embalagem do Corpos Danone conseguindo um

    aumento significativo das vendas.

  • AO FINANCIADA PELO FUNDO SOCIAL EUROPEU E ESTADO PORTUGUS

    Pg

    ina2

    4

    DIFERENAS ENTRE PROMOO E A POLTICA DE

    PRODUTO E DE PREO

    A promoo distingue-se das polticas de produto e preo pelo carter temporrio das

    vantagens que oferece.

    DIFERENAS ENTRE PROMOO E A PUBLICIDADE

    A Publicidade procura influenciar os comportamentos atravs da transmisso de

    mensagens e com o objetivo de modificar os conhecimentos, as imagens e atitudes a

    longo prazo;

    A Promoo provoca/estimula os comportamentos desejados com objetivo de produzir

    efeitos a curto prazo, no imediato mas limitados no tempo.

    Ateno: Publicidade e Promoo podem reforar-se mutuamente

    IMPORTNCIA CRESCENTE DA PROMOO

    O aumento dos investimentos promocionais verifica-se porque:

    Em setores de produtos pouco diferenciados difcil criar nos consumidores, apenas pela publicidade e relaes pblicas preferncia por uma marca Vantagens promocionais criam sensibilidade no cliente;

    Em setores onde existe presso publicitria exercida pelos produtores, o rendimento marginal torna-se fraco mais rentvel investir em promoo do quer em publicidade

    Responsveis pelo marketing tm tendncia, em termos de vendas, procurar resultados espetaculares imediatos, mais do que melhorar a sua imagem de

    marca a longo prazo;

    Distribuio exerce sobre produtores presses a favor de campanhas promocionais Efeito sobre as vendas imediatamente perceptveis

    OBJECTIVOS DE UMA ACO PROMOCIONAL

  • AO FINANCIADA PELO FUNDO SOCIAL EUROPEU E ESTADO PORTUGUS

    Pg

    ina2

    5

    TCNICAS DE PROMOES

    BIBLIOGRAFIA E NETGRAFIA

    Mercator XXI Teoria e Prtica do Marketing Editora D. Quixote

    www.forma-te.com/mediateca