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NC? 1 Mar_ço Liminar .............. . ........ . ..... . ....... . . Belém: nascer para o Evangelho . . . . . . . . . . . . . 3 Uma solidariedade concreta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 A ECIR conversa com vocês . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 A formação familiar 9 As conseqüências do Sim de Maria . . . . . . . . . . 11 O hábito da oração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 Em marcha . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14 Jubileu sacerdotal do Pe . Charhonneau . . . . . . . 16 A voz interior . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19 A propósito da co- participação . . . . . . . . . . . . . . . 21 Carla de despedida de um Responsável de Setor 24 Notícias dos Setores ...... . .... ... ....... . . : . . 25 De uma Sessão de Formação . . . . . . . . . . . . . . . . . 32 Oração para a próxima reunião . . . . . . . . . . . . . . 33

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NC? 1

Mar_ço

Liminar .............. . ........ . ..... . ....... . .

Belém: nascer para o Evangelho . . . . . . . . . . . . . 3

Uma solidariedade concreta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6

A ECIR conversa com vocês . . . . . . . . . . . . . . . . . 7

A formação familiar 9

As conseqüências do Sim de Maria . . . . . . . . . . 11

O hábito da oração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12

Em marcha . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14

Jubileu sacerdotal do Pe. Charhonneau . . . . . . . 16

A voz interior . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19

A propósito da co-participação . . . . . . . . . . . . . . . 21

Carla de despedida de um Responsável de Setor 24

Notícias dos Setores ...... . .... . . . ....... . . : . . 25

De uma Sessão de Formação . . . . . . . . . . . . . . . . . 32

Oração para a próxima reunião . . . . . . . . . . . . . . 33

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LIMINAR

Vocês poderão estranhar se, neste número de março, lhes propomos meditar sobre o nascimento de Jesus, reflexão esta mais adequada ao tempo de Na tal. Esclareçamos. Este ano de 1976 é o ano da Peregrinação das Equipes de Nossa Senhora a Roma, que deverá se realizar em setembro próximo. Requer uma preparação espiritual que se inicia agora, mesmo para aqueles que só poderão acompanhá-la de longe. A Igreja de Cristo que, no início dos Novos Tempos, fixou em Roma o seu contro, teve também uma marcha lenta que teve início em Belém. É esta marcha que vamos acompanhar no decorrer dos próximos meses.

Antes de serem chamados "cristãos" (Atos 11, 26) , os dis­cípulos de Cristo eram designados pela misteriosa expressão: "adeptos do Caminho" (Atos 9, 2). É que tinham descoberto o único Caminho, o Cristo, que afirmava: "Eu sou o Caminho (Jo 14, 5). Vinte séculos depois, não temos nós necess~dade de re­descobrir este Caminho, de nos recolocarmos sem cessar nas pe­gadas de Cristo?

Por ser esta uma aspiração que sacode profundamente o co­ração dos homens de hoje, as Equipes de Nossa Senhora cham:> de novo, com maior insistência, os nossos olhares para Cristo, que "só se encontra pelos caminhos ensinados no Evangelho", como diz Pascal. Com isto, nada mais fazem do que acentuar uma inspiração fundamental dos Estatutos: "Fazem do Evange­lho o fundamento da própria família".

Esta procura começou modestamente no ano passado, a partir dos questionários sobre alguns dos grandes valores evangélicos, no inquérito "O Evangelho no Lar". Os Setores se utilizaram de diversas maneiras. E a Carta Mensal irá esforçar-se em ser o eco das respostas dadas. Todos aqueles que se dedicaram se-

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riamente a tal pesquisa mostram-se tão favoráveis que a sua atitude nos encoraja a prosseguir nesse caminho. Como?

O Movimento vai nos convidar a uma caminhada nos passos do Senhor e, em seguida, nos da Igreja. Seis etapas foram es­colhidas - Belém, N azar é, Tiberíades, Jerusalém, Roma, o mundo todo - com o objetivo de levar-nos a frontar nossa própria vida de casal e de equipe com o Evangelho. A co-participação na reunião poderia focalizar este aspecto, auxiliada eventualmente por um questionário que a equipe elaboraria.

Nossa primeira etapa é Belém: uma criança que nasce num estábulo e que anuncia a paz num mundo de opressão e vio­lência. Que haveria de mais significativo para os casais? E que haveria de mais atual? Saberemos nós descobrir a eloqüência muda desta criancinha desprovida de tudo e que é o Filho de Deus? Eis o começo do itinerário no qual queremos nos enga­jar com Ele!

Porquanto um caminho é para que nele caminhemos. Não habitamos nele! Pode acontecer que, cansados, nos detenhamos um instante para tomar fôlego. Mas não acampamos nele! En­tão, sacudamos o nosso torpor. Reencontremos a alegria da mar­cha. A Carta Mensal quer ser apenas um posto de sinalização. Cabe a nós avançarmos um passo depois do outro. Só avança­mos dando um passo de cada vez. Mas é este passo, vigoroso ou fatigado, que Cristo nos pede. Não tenhamos receio: Ele nos conduz pela mão.

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EDITORIAL

BELÉM: NASCER PARA O EVANGELHO

"Hoje, na cidade de Davi, nasceu-vos um salvador que é o Cristo Senhor. Eis o que vos servirá de sinal: encontrareis um recém-nascido envolto em faixas deitado numa mange­doura" (Luc 2, 11-12) .

"Encontrareis um recém-nascido envolto em faixas, deitado numa mangedoura".

O Evangelho começa com este anúncio feito aos pastores. ll': . o resumo daquilo que se tornou para nós a noite de Natal. E a primeira imagem que nos é proposta corresponde à primeira realização na vida de um casal: o nascimento de um filho.

Um segundo nascimento

Viver o Evangelho no lar é, antes de tudo, simplesmente, viver em toda a sua profundidade este acontecimento aparente­mente tão banal: o nascimento de um filho, principalmente o primeiro.

O versículo acima, de São Lucas, é precedido de uma pe­quena frase: "Eis o que vos servirá de sinal". O que nos é con­tado do nascimento de Jesus parece-me verdadeiro para todo nascimento que ocorre num lar. No íntimo, instintivamente o sentimos. Esta criança tem algo de fascinante pelo simples fato de sua presença, uma vez que nos disponhamos a contemplá-la para além das inúmeras questões práticas que começam a apa­recer.

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Por que isso leva tão longe o nosso olhar? Por que nos leva, e com que ternura, a sonhar?

Para ser franco, é uma criancinha, no âmbito de nossa equi­pe de setor, que levou para bem longe o meu olhar. Tinha já alguns meses e eu a via pela primeira vez num quartinho da casa de campo onde tínhamos decidido nos reunir. Ao entrar naquele quarto, fiquei completamente transtornado: acabava de morrer naquela manhã mesmo. E era preciso aceitar, em toda a sua extensão, a questão que ·se apresenta · no fundo de todo nascimento: para que vida viemos ao mundo?

Ante o rosto daquela criança, que parecia dormir no seu berço, confesso que não podia me conformar em dar a resposta evidente: para a morte.

Viver o Evangelho no próprio lar é procurar outra resposta, por ocasião do nascimento de um filho, e descobrir, a partir do nascimento de Jesus, que o homem precisa nascer uma se­gunda vez, "na água e no Espírito", conforme a palavras de Jesus a Nicodemo, e não somente "na carne".

Nascer uma segunda vez. Parece-me que, para um homem e uma mulher que atingiram a idade adulta, a vinda de um filho em seu lar oferece a graça deste segundo nascimento, se a aceitarmos como um "sinal".

Prolongar a própria vida em uma vida diferente não satisfaz a quem um dia se pôs a refletir sobre a questão do destino in­dividual, principalmente se foi levado a fazê-lo um dia - isto acontece - em face do berço de seu filho morto.

Recebido como sinal do novo nascimento segundo o Espírito, o recém-nascido pode ser portador da imagem viva desta graça fundamental de que nos fala o Evangelho: "Se não vos tornar­des (em relação a Deus) como crianças, não entrareis no Reino dos céus". E sinto-me tentado a acrescentar: "quem tem ouvi­dos, ouça".

Para um mundo mais fraternal

Mas a imagem do recém-nascido de Belém torna-se mais nítida com o insólito detalhe: "deitado numa mangedoura".

O "sinal", quando se trata do próprio Jesus, adquire um sen­tido ainda mais universal e mais misterioso. Porquanto, afinal, qual o significado de uma pobreza tão manifestamente excessiva?

Uma recente peregrinação à Terra Santa colocou-me no ca­minho de uma resposta cujas conseqüências práticas são eviden­temente consideráveis. Ao celebrar a liturgia da Natividade, na

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gruta do "Campo dos Pastores", perto de Belém, fiquei impres­sionado ante o contraste que existia entre os diversos peregrinos que eu animava. Havia ali, entre outros, um senhor de idade ostentando a medalha da Legião de Honra, ao lado de um rapaz moço, responsável do sindicato na fábrica em que trabalhava. Pouco adiante, uma em frente à outra, uma senhora muito dis­tinta e uma mulher simples de meio popular. Vale dizer que se achavam reunidos todos os elementos da luta de classes, na­quele local onde evocávamos piedosamente a palavra dos envia­dos do céu: "Paz na terra aos homens que Deus ama".

Este sonho de uma fraternidade universal, nós o vivemos todos os anos, no mundo inteiro, ao redor da festa de Na tal. Depois a confusão recomeça como se nada houvesse acontecido! Ah, se esta fraternidade tivesse por condição, antes de tudo, um certo espírito de pobreza tornado patente no presépio, onde ricos (os magos) e pobres (os pastores) se encontraram!

Nascer para o Evangelho, a partir do sinal do presépio, é certamente procurar as condições práticas de uma melhor fra­ternidade possível na vida social atual: é certamente interrogar-se a si próprio, com lucidez, sobre a existência de um incrível egoís­mo pessoal e familiar, no conjunto do próprio comportamento individual e coletivo; é certamente pôr em jogo outra coisa, no conjunto das próprias atividades, além da procura do interesse privado; é certamente aceitar a perda de não poucos privilégios, se estivermos do lado certo da divisa.

Felizes os que têm o espírito de pobreza, porquanto o Espí­rito lhes deu a capacidade de discernir como comportar-se, na prática, para tornar possível a fraternidade.

Eis o que pooeria ser a primeira etapa na preparação dessa peregrinação das Equipes que nos deve levar a Roma em setem­bro próximo.

Belém é o ponto de partida para o Evangelho na vida do lar. É uma aventura bastante impressionante, a de se engajar na vida aberta sobre o mundo de Deus pelo segundo nascimento, do mesmo modo que o primeiro nascimento engajou o recém-nas­cido no mundo dos homens.

E este mundo de Deus acha-se diretamente manifestado pela pobreza do presépio. O amor fraterno torna-se possível pelo espírito de pobreza.

É tão simple~: "encontrareis um recém-nascido envolto em faixas deitado numa mangedoura". Encontraremos, nós também, tenho certeza, o significado de Belém na nossa vida.

Fr. Jean-Michel Pelfrene, o.p.

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CAMPANHA DA FRATERNIDADE

UMA SOLIDARIEDADE CONCRETA

"Pobres sempre os tereis convosco" (Jo 12, 8). Estas pala­vras de Cristo aos Apóstolos encerram um profundo significado. Parece quase poderem interpretar-se como se os esforços da ca­ridade cristã e da justiça humana estivessem destinados a ficar sempre baldados. E um relance global sobre o panorama dos nossos tempos, não parecerá confirmar isso mesmo? Apesar de se nos afigurar que dispomos de todos os meios de combater a 'pobreza, continuamos a ouvir notícias de guerras, de carestias e de desolações. Mas, para um cristão, o fato de tais situações se repetirem continuamente não significa que elas sejam inelu­táveis. Antes, pelo contrário, o cristão entende as palavras de Cristo no sentido de que nenhum dos seus seguidores pode igno­rar o fato de que o próprio Jesus se identificou com os pobres. Até ao fim dos tempos, os pobres estarão 'com' Jesus. Eles são os seus parceiros, os seus companheiros, seus irmãos e irmãs. O cristão, precisamente por ser cristão, deve colocar-se ao lado dos desprovidos. Deve pôr o melhor do seu empenho em assisti-los nas suas necessidades mais urgentes. Não pode fugir de com­prometer-se para os ajudar pelos meios ao seu alcance para a edificação de um mundo melhor, de um mundo mais justo.

A Quaresma é um tempo muito propício para este exercício da abnegação, porque recorda aos cristãos quem eles são. Põe­-nos de sobreaviso contra o sentir-se satisfeito em levar uma exis­tência cômoda e contra a tentação de viver na opulência. (Depois deste Ano Santo que foi dedicado à reconciliação), todos e cada um hão de sentir-se interpelados por aquilo que a mesma re­conciliação implica: dar e repartir no seio da família humana. Efetivamente, se cada um procurar que os seus irmãos e irmãs possam entrar e ter parte na própria vida, se compartilhar com eles os próprios bens, que não apenas as sobras, terá superado os múltiplos obstáculos que se opõem à reconciliação e chegará, através do desapego, à renovação.

Sim: é isto precisamente o que vos pedimos hoje, ao ini­ciar-se a Quaresma - uma solidariedade autêntica, uma solida­riedade concreta, com os pobres de Cristo - e pedimo-lo em nome do Senhor Jesus.

PAULO VI

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A ECIR CONVERSA COM VOC.:S

Caros amigos,

Queremos falar-lhes hoje sobre nós mesmos, sobre a ECIR.

Mas, sendo este o nosso primeiro contacto com vocês neste novo ano de 76, queremos dizer-lhes, antes de tudo, o quanto lhes desejamos um ano feliz, o quanto desejamos que as Equipes de Nossa Senhora sejam, para cada casal e suas famílias, o apoio para a sua inteira realização, através da vivência cada vez mais autêntica do Evangelho. Quanto à vivência nas Equipes, nada poderíamos acrescentar à mensagem da Equipe Responsável In­ternacional que consta do artigo "Em marcha" que publicamos nesta mesma Carta Mensal e que recomendamos ler e meditar.

Caros amigos, um dos pontos que, com freqüência, nos chama a atenção, nas reuniões da ECIR, nada mais é do que uma evi­dência: o ritmo sempre crescente das Equipes de Nossa Senhora em nosso país, mau grado o estacionamento que se verifica em um ou outro ponto. Somos perto de 500 equipes. Quer dizer que são mais de 2.000 casais que contam com o apoio do Movi­mento para a melhor vivência de seu cristianismo.

Cabe à ECIR, em estreita união de vistas com a Equipe Responsável Internacional, a responsabilidade de manter a uni­dade do conjunto e a autenticidade de cada um de seus núcleos fundamentais: as equipes, os Setores, a própria ECIR.

É uma responsabilidade que todos os membros da ECIR sen­tem com intensidade e que traria certamente um sentimento de angústia, não fosse a fé que os anima e a convicção de que nada mais são do que instrumentos, numa aventura que não é deles, mas do Senhor.

Ora, à medida que as equipes foram se multiplicando no Brasil, nestes 26 anos de existência, a direção do Movimento

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foi se adaptando às novas exigências que se iam impondo. Hoje, uma nova adaptação se tornou necessária.

Um primeiro passo foi dado, com a nomeação de Esther e Marcello como elo entre as Equipes do Brasil e a Equipe Res­ponsável Internacional. São eles, de poucos meses para cá, os Super-Regionais para o Brasil, cargo este que, durante muitos anos, foi exercido pelo casal Delpont, que muitos de vocês co­nheceram quando aqui esteve com o Pe. Caffarel. Com isto, Esther e Marcello tiveram de deixar a responsabilidade da ECIR.

Em substituição a eles, foi designado o casal Dirce e Rubens de Moraes. Equipistas devotados desde 1962, Dirce e Rubens são membros da ECIR há mais de 6 anos. Residindo em J undiaí, nem por isso esta circunstância os impediu de estarem sempre presentes, não apenas nas reuniões da ECIR, como também nos Grandes Encontros e na preparação dos mesmos. De alguns anos para cá exerceram ainda a responsabilidade da animação e coor­denação dos Responsáveis Regionais, estando sempre prontos a dar a sua colaboração onde fossem solicitados.

Além disto, em agosto do ano findo, Elza e Ludovic, Inah e Paulo pediram o seu desligamento da ECIR, continuando a em­prestar a sua colaboração em outras áreas. Também eles deram o máximo de sua dedicação e amor ao Movimento, dentro e fora da ECIR, da qual faziam parte há também mais de 6 anos.

Com a designação, em fins de dezembro, de seus novos Res­ponsáveis, a ECIR entra numa nova fase. Fase de renovação que deve consistir não somente na nomeação de novos membros mas também na renovação de sua própria estrutura, o que per­mitirá colocá-la em condições de poder exercer as suas funções, com uma nova divisão de trabalho que evite, mesmo em face do desenvolvimento das equipes, a sobrecarga que vinha se esbo­çando ultimamente.

É óbvio que tal renovação não se pode realizar da noite para o dia. Requer muita reflexão, requer principalmente muita oração, para que possamos discernir a vontade do Senhor sobre as Equipes de Nossa Senhora. É neste sentido que fazemos um instante apelo a vocês todos: juntem as suas orações às nossas. Contamos com vocês.

Com toda a nossa fraternal amizade

A ECIR

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A FORMAÇÃO FAMILIAR

A comunidade familiar é berço, como a comunidade conjugal é a origem da vida. É pois, no casal, colaborador na obra de Deus Criador, que se hão de procurar as linhas de força da so­ciedade.

Deste modo, o testemunho de vida dos casados deverá ser o caminho de reconversão da sociedade, pela sua irradiação de amor no dia-a-dia, pelo exercício das virtudes conjugais, pela exemplar educação dos filhos, bem como pelo apostolado nas famílias, na profissão, nos diversos ambientes sociais em que se encontram presentes. Assim se realiza, autêntica e total, a sua vocação de fecundidade.

Nesta perspectiva, consideramos necessário suscitar o apa­recimento e estimular os grupos de espiritualidade conjugal e familiar, integrando casais que, reunidos na amizade, se consa­gram à oração em comum, à análise dos problemas~ à meditação, à revisão de vida, conduzidos numa linha de estreita fidelidade a Cristo e à sua Igreja. Isto, colocando os cônjuges humilde­mente perante os fracassos ou os progressos do seu amor, projeta o casal para fora do seu egoísmo, dando-lhe, no testemunho de vida, toda a dimensão do sacramento realizado.

Mas os grupos de casais devem esforçar-se por evitar que a riqueza descoberta na sua pequena comunidade permaneça iso­lada da ação e separada da comunidade maior a que pertencem. Quando os grupos de casais se fecham sobre si, todas as suas inegáveis vantagens acabam por se estiolar, como planta privada de sol.

Convidamo-los, por consegüinte, a passarem a uma ação efe­tiva nas múltiplas tarefas de interesse eclesial e social que se abrem aos casais cristãos. A presença do casal cristão na so­ciedade, fiel, esclarecida, forte, dinâmica, é da mais extrema re-

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levância, para neutralizar os erros ou as ambigüidades que per­turbam tantas consciências, corrigir os desvios morais, ajudar os fracos , defender a vida. As famílias cristãs são os primeiros apóstolos das famílias.

Por este motivo, louvamos também os grupos de casais que se organizam para a entre-ajuda a outros casais em dificuldades e para esclarecimento dos noivos ou dos jovens. É esta uma forma nova e importantíssima de apostolado, como assinalou Paulo VI: "Esta é, sem dúvida, entre tantas outras formas de aposto­lado, uma daquelas que hoje em dia se apresenta como sendo das mais oportunas" (Humanae Vitae, n.0 26).

O apostolado de casal a casal, através do esclarecimento in­dividual ou sob forma de palestras, cursos ou reun· ões de for­mação, dentre de uma visão do casamento e do respeito incon­dicional pela vida humana, deve ser promovido com o maior empenho nas paróquias, ou em grupos de paróquias, ou em outras comunidades ou associações.

Através da vivência vivida por estes casais, na sua própria vida conjugal e nas dificuldades daqueles com que eles deparam ou que os procuram, é possível percorrer todo um caminho novo de valorização do amor, para encontrar a harmonia conjugal e chegar a uma fecundidade verdadeiramente responsável. O tra­balho já realizado neste domínio é um dado muito positivo que os responsáveis não podem ignorar e que, mais uma vez, vem dar resposta inteiramente satisfatória às palavras do Concílio: "A Igreja recorda que não pode haver verdadeira incompatibili­dade entre as leis divinas que regem a transmissão da vida e o desenvolvimento do amor conjugal autêntico". (Gaudium et Spes, n.0 51)

(Da Pastoral Coletiva sobre "Família e Natalidade, do Episcopado Português, Fátima, Fevereiro de 1975)

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AS CONSEQOENCIAS DO SIM DE MARIA

"De Maria numquam satis" - sobre Maria nunca é falar demais - diz-nos São Bernardo.. Vamos chamá-la hoje Nossa Senhora do Sim. Palavra tão pequena, quase do tamanho de Amor ... e quando a pronunciamos, de coração sincero, desperta um mundo em nossa vida. Um mundo de vida ou de morte.

No relato da Anunciação, a imaginação nos sugere uma mulher diante do "sim" ou do "não". Aquele diálogo, aquela relutância. As palavras do Anjo: "O Espírito de Deus cobrir­-te-á com a sua sombra", foram o bastante para ela pronunciar o Sim que trouxe a Redenção para a humanidade.

A conseqüência do Sim faz parte de sua vida. A prima Isa­bel está doente, sem companhia. O Sim da caridade de Maria vai até lá, nas montanhas, sabe Deus de que condução. E ali começa a receber o Sim da Alegria : "Minha alma glorifica o Senhor e meu espírito exulta em Deus, meu Salvador".

Com doze anos o filho fica no templo. Caminha de volta, procura-O ansiosa, encontra-O no meio dos Doutores da Lei. Ouve do Filho aquela frase que não entendeu: "Não sabias, mamãe . .. ", e ela, lembrando-se do Sim da Anunciação, "conservou essas pa­lavras em seu coração". Com trinta anos o Filho sai para a missão, missão de Amor. Foram três anos de ansiedade, de au­sência. Vem a prisão, flagelação, cruz, subida ao Calvário, pre­gos; "Eis aí tua mãe, eis aí teu filho, tudo consumado". O Sim do Filho ao Pai ao lado do Sim da Mãe para o Filho.

Ressurreição, conseqüência do Sim. Assunção de Maria para a Glória, conseqüência do Sim.

Caros equipistas, vale a pena recordar o grande dia em que um "anjo" os convidou para um Sim em pertencer às Equipes de Nossa Senhora. O mesmo Espírito Santo de Deus os cobriu com sua sombra. Procurem, junto com nossa Senhora do Sim, refletir sobre o Sim da vida a dois, da vida a três . .. , da vida em Equipe. A Ressurreição, a Glória se aproximam.

Frei Dani el Navarro, o.f.m.

Conselheiro Espiritual da Equipe N. Sra. da Glória de Brasflia

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O HABITO DA ORAÇÃO

O dicionário diz: "hábito: substantivo masculino - maneira de pensar e agir adquirida por uma pessoa, na qual se tornou contínua e automática; costume; designativo das vestes de um religioso". Até aqui o dicionário. Mas podemos ir adiante, in­vestigando. A palavra tem relação com habitar, e, assim, o há­bito pode ser entendido como algo que mora com a gente, que está em nós, dentro de nós. Nossa vida é toda ela tecida de hábitos adquiridos. Hábitos de fumar e hábitos de não fumar. Hábitos de encarar a vida: positivo, alegre e otimista, ou o hábi­to contrário: negativo, triste e pessimista. A palavra tem tam­bém, como vimos acima, significação de veste, e veste religiosa. É um vestido que nos cobre todo, algo que nos é próprio, pois o vestido é a única coisa exterior da qual somos realmente donos, proprietários. A veste identifica certos estados da vida: vestido de noiva, vestido de monge, etc. O hábito é como que uma segunda natureza; tão arraigado está em nós que, uma vez ad­quirido, dificilmente dele nos livramos. Que falem os fumantes.

Em nossa vida espiritual ocorrem hábitos maus. Os bons devemos firmá-los sempre mais. Os maus temos de exorcizá-los por uma firme e resoluta "regra de vida".

Dentre os bons hábitos adquiridos ou a adquirir temos o hábito da oração. Não é fácil acostumar-se à oração, num mun­do dispersivo e barulhento. Que fazer? Dizem os mestres da vida espiritual que não há, propriamente, uma regra geral de orar que possa ser aplicada a todos, indistintamente. Digamos que cada pessoa tem o seu estilo próprio, ao qual melhor se adapta. Assim também cada época. Não se pode rezar agora, cercados de barulho por todos os lados, como se rezava há 100 anos atrás, numa sociedade calma e tranquila, à luz do lampeão.

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A oração é, porém, necessidade do homem. De todos os tempos. Sem oração não há vida espiritual. Temos o exemplo maior de Jesus Cristo, que passava noites inteiras em oração. E temos também a sua exortação em tom imperativo: "Vigiai e orai para não cairdes em tentação". Precisamos estar vigilantes, e o que vigia não dorme, está continuamente atento. Bela ima­gem de Nosso Senhor, que faz do cristão um homem de pé, vi­gilante, acordado. Mas, a quem vigiamos, senão a nós mesmos, ao homem velho que está dentro de cada um de nós? É preciso pois vigiar... e orar.

Na oração o homem encontra a si mesmo e encontra a Deus. Queixamo-nos, muitas vezes, de aridez espiritual, uma espécie de secura da alma, uma sensação de vazio. Não há progresso em nossa vida espiritual. Oscilamos como um pêndulo: passa­mos por períodos de ascenção, como por exemplo nas ocasiões de retiro, dias de estudo, etc. e, depois, voltamos ao que éramos, à rotina que sempre fomos. Essa é a história do homem. O que está faltando em nossa vida é a oração. "O mundo sofre gravemente por falta de oração" disse recentemente Paulo VI. E ele sabe o que diz. Falta oração como estado de consagração de toda a nossa vida a Deus; estado de espírito que nos coloca, continuamente, na presença de Deus. "Anda na minha presença e sê perfeito" - disse Deus a Abraão ( Gen. 17, 1) . Oração é presença. É comunicação de amigos, e Ele é o nosso maior ami­go. "Já não vos chamo servos mas amigos" (Jo 15, 15).

Lembramo-nos sempre do exemplo do Pe. Caffarel. Nin­guém mais do que ele acreditou e acredita na oração. Ela é o assunto principal, que está no fundo de toda a sua mensagem, das suas conferências e dos seus livros. Mais ainda, ela é a força da sua vida. Ultrapassando os setenta anos, homem fisi­camente tão frágil, retirou-se da direção do Movimento para de­dicar-se, inteira e exclusivamente, a rezar, e a ensinar a rezar.

Esforcemo-nos para criar em nós o hábito da oração. E tudo o mais virá por acréscimo ...

(Do Boletim "0 Equipista" do Rio de Janeiro)

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EM MARCHA

Mensagem da Equipe Responsável Internacional

Caros amigos

"Em marcha!"

Tal é o convite que lhes dirigimos neste começo de ano.

Repetimos, hoje, o nosso desejo de que caminhemos todos juntos nas pegadas de Cristo e que nos esforcemos para que o seu Evangelho seja cada vez mais o estatuto de nosso lar. Com todos os casais do Movimento, ponhamo-nos em marcha com decisão.

Em marcha, como casal. Cristo lança hoje apelos particular­mente insistentes a cada um de nossos casais. Ele nos convida a segui-lo com mais decisão, a dar ao seu amor um lugar maior em nossas vidas, a testemunhar com maior entusiasmo. Saiba­mos dar ouvidos aos seus apelos em meio a todas as angústias que nos cercam; saibamos responder com generosidade; aceite-mos, para isto, renunciar ao nosso conforto, às nossas seguran- 'J

ças; aceitemos deixar-nos conduzir para onde não tínhamos, tal-vez, desejado ir.

Em marcha, em equipe. Cada um de nossos casais veio para as Equipes para ·aí encontrar ajuda na sua caminhada para o Senhor. Mas, com o tempo, a rotina se instala em muitas equi­pes, a tolerância substitui a exigência. Não será o caso de nos­sa equipe? Não será chegado o tempo de reexaminar nossa vida de equipe à luz das exigências evangélicas? Esforcemo-nos nesse sentido, ao longo deste ano, particularmente no decorrer das co­-participações de nossas reuniões. Esta Carta Mensal esforçar--se-á em ajudá-los neste sentido.

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Em marcha, com todos os casais das Equipes de Nossa Se­nhora. Ao ingressarmos nas Equipes, aceitamos caminhar juntos, unir para isto os nossos esforços, partilhar nossas experiências, estimular-nos uns aos outros, rezar uns pelos outros. Ora, qual a vivência de nossa equipe? Sentimo-nos realmente engajados uns com os outros, com todos os outros casais do Movimento, res­pondendo por eles ante o Senhor? Esforçar-nos-emos, ao longo deste ano, em retomar consciência desta co-responsabilidade, em melhor vivê-la. Em particular, rezaremos mais uns com os outros, uns pelos outros, especialmente neste grande encontro diário aos pés da Virgem Maria, ao qual somos todos convidados.

Em marcha, finalmente, com todos os nossos irmãos do mun­do. Abriremos mais largamente nossos olhos, nossos corações, nossas casas, seremos menos avaros de nosso tempo, de nosso dinheiro. . . Estaremos mais atentos aos mais infelizes, aos mais deserdados, especialmente a tantos lares que sofrem no seu amor. Levaremos mais a peito não guardar para nós as riquezas espi­rituais de que o Senhor nos cumulou.

E já que a tradição quer que, no início do ano, sejam for­mulados votos, permitam-nos que lhes digamos: bom sucesso nos caminhos do Senhor, na sua paz e na sua alegria; bom sucesso para cada um de nossos lares e para todos aqueles que lhes são caros.

Com toda a nossa fraterna amizade,

Louis e Ma'l'ie d'Amonville

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JUBILEU SACERDOTAL DO PADRE CHARBONNEAU

No dia 22 de novembro, o Pe. Paul-Eugene Charbonneau co­memorou 25 anos de sacerdócio. O salão do Colégio Santa Cruz ficou repleto de amigos e admiradores do ilustre sacerdote, in­clusive grande número de equipistas.

Foi uma cerimônia ao mesmo tempo simples e solene, com muita par­ticipação. Depois da pa­lavra do Pe. Corbeil, enaltecendo as qualida­des doPe. Charbonneau como educador, escritor, conferencista, sacerdote e amigo, o Cardeal Arns, que se encontrava pre­sente no altar desde o início da Missa, pergun­tou-se como, com tantos carismas, ainda poderia desejar-se algum para o jubilar. Falaram a se­guir um professor, um ex-aluno e o próprio Pe. Charbonneau, que foi o mais sucinto. Disse ape­nas que, depois de tudo que ouvira, sentia-se co­mo um defunto não só de corpo mas também de espírito presente. Acrescentou: "Aos olhos de Deus, tudo o que foi dito aqui é 'bobagem' - e, virando-se rápido para D. Paulo - "menos o que o sr. disse, é claro!" Era

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o dom da sabedoria, que o Cardeal desejara ao Pe. Charbonneau, já em ação ... Em todo caso, o habitual senso de humor do Pe. Eugênio provocou irresistível gargalhada na assembléia e disten­deu o ambiente, carregado até então de bastante emoção.

Na oração dos fiéis, as intenções foram confiadas a pessoas representando grupos atingidos pelo apostolado do Pe. Charbon­neau: um aluno do colégio, pela juventude; Alzira e Antônio Lopes, da Escola de Pais, pela família; Maria Rita e Roberto Bueno, dos Encontros de Casais com o Pe. Charbonneau, pelos casais em dificuldade; o sr. Wolfgang Knapp, da Editora Herder, pelos que são atingidos pelos meios de comunicação; Ernesto Diederichsen, da Associação dos Dirigentes Cristãos de Empresa, pela justiça social; Robert Apy, representando os amigos, por todos os que precisam de um conselheiro; e o Pe. José Bouchard, da Congregação dos Padres de Santa Cruz, pelos sacerdotes e religiosos. Os cânticos eram gravações em canto gregoriano; a reflexão inicial e a ação de graças foram tiradas do livro "Preces Apostólicas", de J. Galot, das Edições Paulinas.

Notamos que não foi mencionado - um lapso, certamente -o papel desempenhado pelo Pe. Charbonneau na preparação para o casamento. Mas nós não esquecemos. . . O grupo de equipistas que lançou os primeiros cursos no Brasil nada poderia ter feito sem a assessoria do grande pedagogo e especialista em proble­mas matrimoniais.

As Equipes de Nossa Senhora associam-se aqui às homena­gens prestadas ao grande sacerdote e amigo Pe. Charbonneau.

* * *

O QUE ENCONTRAMOS NO AMOR?

O amor é uma realidade

O amor não se sonha, se vive como uma realidade, com todas as limitações que ela lhe impõe, mas também com toda a riqueza do ser real.

O amor é um "élan"

Ele fascina, imanta, suscita a admiração, a vontade de se perder nele. · Tal é o amor. Provoca uma espécie de salto fora de si, uma alienação; aquele que ama é um possesso. Nada mais lhe pertence: seu tempo, sua vida, sua felicidade. Tudo pertence ao outro.

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O amor é uma liberdade O amor mergulha no mistério de nossa liberdade, da qual ele esposa toda a fraqueza e toda a grandeza. O amor, depen­dente desta liberdade, não cessa de ser ameaçado.

O amor é uma adesão

De fato, um amor que se detém a meio caminho é prova de que era natimorto. Se o amor é uma vida, deve-se prosse-guir nele até a morte.

O amor é uma esperança

Ele aspira a atravessar o tempo, se julga talhado para a vida inteira; é, em suma, uma esperança. Amar verdadeiramente é esperar, mesmo contra toda esperança, que o amor resulte na felicidade. O amor deve ser pertinaz.

O amor é uma exigência

. . . tanto é verdade que amor e mediocridade são pratica­mente incompatíveis, pelo menos naqueles que têm a inte­ligência alerta e um pouco de senso crítico.

O amor é um sacrifício Amar é dar. Bem entendido, no nível profundo do coração, não se trata de dar coisas, mas de se dar a si mesmo. Toda­via, o dar-se não se pode consumar sem um auto-despoja-mento.

O amor é uma alegria Se a alegria está ausente, o amor não está inteiro. O amor desabrocha se vivido alegremente, mesmo no sacrifício.

O amor é uma paz Cada um, em benefício da paz comum, deve se desarmar constantemente.

O amor é uma abertura para o Infinito

Todos aqueles que herdaram amor são ricos. No infinito do amor toca-se o Infinito de Deus; a mística do amor humano esposa a Mística simplesmente.

Paui-Eugéne Charbonneau ("Amor e Liberdade", Herder, S .P., 1968, cap. li, pp . 60-88, lido como Texto de Meditação da Missa)

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A VOZ INTERIOR

Carlos Fernando, o autor, filho de equipistas, tem 17 anos e se inclui entre aqueles jovens que procuram, colaborando com a Igreja, encontrar explicações e so­luções para os problemas contemporâneos.

O novo ano, que agora mal começa, traz, consigo, promessas de prosperidade e alegrias, na certeza do futuro que chega para ser moldado por nossa própria atuação. Com o ano novo, tam­bém vêm nossas esperanças de uma total modificação de nossas vidas e de uma radical melhoria em nossa maneira de encarar nossas obrigações e nossas aventuras diárias; surgem desejos de aperfeiçoamento interior, do qual dependem nosso equilíbrio emo­cional e nosso relacionamento humano.

Vemos aqui, então, a necessidade de uma reflexão: em que termos devemos buscar esse aperfeiçoamento espiritual? Que ca­minhos devem ser seguidos para que possamos alcançar este es­tágio superior de nossa existência? Por que ângulo devemos ten­tar enxergar o que nos cerca e pede a nossa ajuda?

A resposta para tais questões não nasce do raciocínio delibe­rado e nem tampouco de elaboradas teorias mas sim da simples observação de nossa própria consciência, aliada à confiança em nossa própria intuição sentimental e espiritual, à voz de nosso coração, pois mais importantes do que solenes orações são os atos espontâneos que brotam de nosso íntimo e que, como a mais perfeita das preces, devem ser consagrados com uma naturalidade abafada, às vezes, por nosso orgulho e pelas limitações por nós mesmos impostas ante o olho crítico da sociedade.

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Será certo ou mesmo coerente manter o Cristianismo apenas no plano consciente e não também no subconsciente, de onde, realmente, surgem nossos atos mais expressivos?

Após tudo o que nos disse o próprio Cristo, será justo res­tringir à mente e à razão as obras que devem nascer de nosso espírito? Não estarão os feitos da razão condenados à prisão da teoria, enquanto a pura essência da vivência cristã repousa em nossa alma, clamando para romper a barreira do pensamento, para ser posta em prática? Não será hora de viver ao invés de saber e dizer?

Será certo apenas pensar e não sentir? Tudo depende de passarmos a encarar nossos impulsos interiores não como forças a serem tomadas pelo escudo frio e cômodo da mente, mas como verdadeiras manifestações de nossa vocação, que surgem, borbu­lhantes, pela via natural do ser humano: a espontaneidade, a simplicidade no agir e no realizar. ·

Nossa elevação a Deus deve ser um ato constante e não estar reservado às horas em que paramos para meditar e orar, pois devemos nos conscientizar de que os menores gestos que prati­camos em nossas vidas são dirigidos ao próximo, são ofertas ao próximo, no qual encontramos o templo de Deus e que são os atos reais de consagração e ação de graças ao Deus que se ma­nifesta por suas criaturas e suas leis naturais.

Se pensarmos, por um instante, de que vale um dia inteiro de profunda meditação e resguardo, se depois, num ato de ira, abalamos completamente a serenidade e o equilíbrio de nossa alma? De que vale a dedicação num instante e a indiferença em outro?

Se fizermos nossa força interior participar de nossos anseios de perfeição, quando falharem nossa reflexão e tolerância, a cons­ciência que jaz, sábia, no coração de nosso próprio universo ín­timo, virá à tona, em nosso auxílio, trazendo consigo o Deus que está tão próximo e que em todos nós habita, tornando-nos sua morada e que transferiu para o instinto humano a suprema força de seu poder, a riqueza incorruptível de sua justiça e o poder de sua natureza, que tem no homem seu expoente de maior glória.

Carlos Fernando

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A PROPóSITO DA CO-PARTICIPAÇAO

Quiséramos, ao longo deste ano de 1976, re­examinar nossa vida de casal e nossa vida de equipe à luz do Evangelho. Iremos fazer, para isto, um esforço na "co-participação" (pôr em­-comum). Mas, será que compreendemos bem o que é esta co-participação? Como é ela vivida na nossa equipe?

Tenho amigos a descobrir

- "Tenho amigos a descobrir", dizia o "pequeno príncipe" (Saint-Exupéry).

- "Não existem mercadores de amigos", lhe diz a raposa. - "Se queres um amigo, terás de cativá-lo". - "Que quer dizer cativar?" pergunta o pequeno príncipe. - "Significa criar laços".

É isto a co-participação: meio privilegiado de "criar laços", de se conhecer, de ser ãmigos.

Deixemos a poesia e releiamos os Estatutos. Eles nos dizem que se trata de "pôr em-comum" as nossas preocupações fa­miliares, profissionais, cívicas, os nossos sucessos e fracassos, as descobertas, tristezas e alegrias".

O campo é amplo. . . abrange toda a nossa vida. Mas uma palavra permite dar-lhe unidade: é a palavra preocupação. Não se trata, com efeito, de enumerar atividades, mas sim de dar a conhecer a própria "preocupação", isto é, a atividade, o "enga­jamento", a inquietação ou a alegria que ocupa o centro de nós mesmos.

A Peregrinação de Roma, por suas condições excepcionais, nos permitiu uma síntese surpreendente da evolução de 'nossa co-participação".

Em cada "equipe-peregrinação" houve uma primeira apresen­tação: nome, profissão, idade, filhos, etc.

Depois, uma segunda, abordando a caminhada de cada um para a sua profissão, para o casamento, levando ao conhecimen­to das condições de vida, do ingresso nas Equipes e seus motivos.

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Em seguida, foram as "preocupações" de nossa vida.

Finalmente, comunicamos uns aos outros os nossos sentimen­tos de peregrinos, dificuldades ou alegrias, as ressonâncias da peregrinação em nós.

Não é precisamente nesse sentido que a "co-participação" deve ser conduzida em equipe? Não se trata de multiplicar os "objetos", mas sim de procurar dizer o que provocam em nós: dificuldades, quedas, pontos de interrogação, alegrias, por vezes, descobertas sempre.

Não é fácil; nem sempre estamos dispostos a falar. Mas a co-participação não fica limitada a um momento. É certamente um tempo determinado da reunião, mas transborda também na oração (assim, aquela jovem senhora, dizendo ao Senhor, diante de nós, o que não tinha podido nos dizer face a face: "Eu vos peço, Senhor, por minha irmã que é divorciada". Assim aquele senhor: "Eu vos peço, Senhor, por meu pai que não crê").

A co-participação não é somente este momento determina­do: ela é, antes de tudo, um espírito.

Ela é "dar de si mesmo", o essencial de si mesmo. "Vinde e eu vos direi o que o Senhor fez à minha alma", cantamos no Intróito de uma missa.

Ela é "procurar o Senhor com os outros", dar a conhecer a própr;a procura do Senhor e as dificuldades encontradas na vida cotidiana, nas relações com os outros, nos acontecimentos.

Podemos objetar: "Não podemos dar tudo a conhecer" ... Não, não podemos tudo comunicar. A caridade para com os ou­tros - cônjuge, filhos, etc. - limita o que poderia ser dito e por vezes limita muito.

Dizem alguns: "As Equipes são muito perigosas! É o reina­do da confidência, da confissão pública ... "

A este respeito, três observações:

Encontramo-nos entre amigos. Não podemos nos dizer tudo, mas o que se diz obriga a uma discreção absoluta.

Trata-se menos de fazer confidências do que dar-se a conhe­cer. Há aí uma sutileza que nos parece importante.

Finalmente, um tesouro que nos dispusemos a comunicar é multiplicado por dez.

Co-participar é também "escutar", isto é, ter o coração bas­tante disponível para ouvir um amigo abrir-se, às vezes de ma­neira desajeitada . . . É preciso paciência: o que a nós pode pa­recer banal, pode ser importante para ele. "Minha rosa é mais

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importante que todas as outras, pois foi ela que eu reguei", diz o pequeno príncipe.

Escutar? É ser respeitoso. É deixar-se ficar em admiração ante o que o outro é. É isto que lhe dá sua "chance", a possi­bilidade de ser "este ser novo" para o qual ele tende e que não ousa ser. Isto exclui julgamentos e críticas, voltar-se para si mesmo. Por vezes ocupamo-nos de nós mesmos ao escutar os outros. Se um colecionador se rejubila ao descobrir uma nova espécie de flor ou um inseto ainda desconhecido, não nos cabe maravilhar-nos ante o destino único de cada ser?

Finalmente, a co-participação nos leva a assumir os outros, a nos responsabilizarmos por eles diante de Deus.

Responsáveis por assumir as intenções, os problemas dos ou­tros. Damos como exemplo este equipista que confiava o seu "rebanho" a ser evangelizado, e esclarecia que se tratava de sua clientela de carteiro. Quanto me lembrei disto de então para cá!

Responsáveis por assumir os sofrimentos. Não procuramos as provações, mas quando elas chegam, que riqueza dão à co-par­ticipação! Cada um de nós leva consigo uma lembrança ao mes­mo tempo serena e dolorosa. Quando, no caminho de volta de Roma, viemos a saber da fratura do crânio de um de nossos filhos, abrimo-nos confiantes à nossa "equipe peregrinação", certos de seu apoio e, logo à nossa chegada, à nossa própria equipe que, aliás, já cercava de cuidados nossos filhos e nossos parentes, de­pois do acidente.

Responsáveis pelo crescimento na caridade. Nós lhes deve­mos nossa oração, e também nossa ajuda, especialmente por oca­sião da "partilha", da troca de idéias sobre o tema, mas, também, além destes momentos.

A co-participação é isto, e muito mais, sem dúvida. É um meio privilegiado para o crescimento na amizade e para lhe dar sua verdadeira fisionomia: fraterna, calorosa, que atrairá os ou­tros não para nós, mas para o Cristo.

Em contrapartida, descobriremos nela, para nós, um mara­vilhoso enriquecimento, porquanto será sem dúvida o aprendiza­do de um "pôr-em-comum" mais profundo com o nosso cônjuge, ajudando o nosso amor a tomar também a bela fisionomia da amizade. Será também um caminho para aprender a rezar. Aliás, não é a prece, também, uma resposta de amizade ao Senhor que quis nos chamar seus amigos?

(Continua no próximo número)

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A CARTA DE DESPEDIDA DE UM RESPONSAVEL DE SETOR

Tivemos, este ano, a oportunidade de nos comunicar várias vezes com vocês, seja pessoalmente, seja através do casal de Ligação, ou ainda por carta, a fim de informá-los ou dialogar sobre as dimensões do nosso Movimento.

Agora, chegada que é a hora da nossa despedida como C.R. de Setor, queremos, mais uma vez, deixar-lhes uma pequena visão daquilo que lucramos nestes anos e que nos levaram a cada vez mais amar este "caminho", que é o Movimento das E.N.S.

Nossa primeira grande descoberta foi que, através da pa­ciência e da perseverança na oração, nós somos capazes de des­cobrir a vontade de Deus em nós, na nossa equipe, no Movimento. E a resposta a esta descoberta tem que ser dada na vida de todos os dias. Para tanto, aí estão os "meios" de aperfeiçoamento.

Os meios de aperfeiçoamento existem não como um fim, mas para atender ao nosso anseio de ser melhores testemunhas de Jesus Cristo. Por isso, quando falhamos no seu cumprimento, estamos sendo infiéis à nossa conversão cristã pelos caminhos que adotamos consciente e livremente.

Por isto, a única coisa que o Movimento nos pede é a leal­dade a este "caminho" que assumimos. Nosso jogo se joga em equipe. Sejamos fiéis ao jogo. O dia que chegarmos à con­clusão que este caminho não leva para onde queremos ir, sejamos leais e francos e nos desliguemos do Movimento. Mas, enquanto a ele pertencemos, vamos nós lembrar de que:

- fomos chamados, e se estamos nas Equipes, é sinal certo de que Deus espera algo de nós;

- nossa missão consiste, como dizem os Estatutos, em que vivamos uma vida integralmente cristã;

- acreditamos nestas coisas, e nossa fé nos leva à ação ; - nossa ação é uma conversão contínua, na qual as Equipes

nos ajudam com seus métodos e os meios de aperfeiçoa­mento que nos propõem.

"Senhor, estou aqui" - diz Moisés diante da sarça. Posso eu dizer também: Senhor, aqui estou?

Elisa e Mestriner (Equipe nQ 13 - Ribeirão Preto)

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NOTíCIAS DOS SETOR.ES

FLORIANOPOLIS - Jubileu do Pe. Bianchini

O acontecimento do ano, em Florianópolis, foi o jubileu sa­cerdotal do Pe. Bianchini. Toda Florianópolis, inclusive o Go­vernador do Estado de Santa Catarina, uniu-se para prestar ho­menagem ao dedicado sacerdote.

No dia 8 de dezembro de 1950, em pleno Ano Santo, Francisco de Sales Bianchini foi ordenado em Roma, pelas mãos do Cardeal Aloisio Masella. Logo a seguir retornou ao Brasil e desde então Florianópolis tem sido beneficiada pelo seu dinamismo.

Ativo, empreendedor, além da assistência a muitos movimen­tos, trouxe vários outros para a arquidiocese. Há 25 anos sacer­dote, há 20 anos Conselheiro espiritual de equipe, há quase 15 Conselheiro espiritual do Setor. Fundador da Casa da JUC, da Casa da Estudante Universitária, da Faculdade de Filosofia, Chefe do Departamento de Filosofia da Universidade Federal de Santa Catarina, Professor do Instituto de Teologia - pequena amostra, apenas no campo universitário, da atividade do Pe. Bianchini, que se estende a muitos outros setores.

Orador de palavra fácil e profunda, discutido por muitos pelo seu ardor em defender a Verdade, quer agrade, quer desagrade, no entanto respeitado por todos pela honestidade e o zelo incan­sável. Escreve a seu respeito o líder espírita Acácia Santiago, ex-prefeito da cidade:

"Saint-Exupéry, em Terra dos Homens, salienta que 'a gran­deza de uma profissão é talvez, antes de tudo, unir os homens' e que 'só há um luxo verdadeiro, o das relações humanas'. Bian­chini tem sido ao longo de várias décadas, com o seu peculiar estilo de comunicação, autêntico condutor de criaturas humanas,

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incansável no afã de indicar-lhes o rumo ideal. .. Nem sempre tem sido bem interpretado, o que de regra acontece com quantos se opõem aos desregramentos de uma época ...

Nesta dura fase em que os homens sentem vergonha de falar em tudo quanto invoque ou inspire motivações de natureza re­ligiosa, em que o Evangelho do Cristo é apenas ostentado, pouco manuseado e quase nada observado, é algo consolador saber que ainda existe quem se preocupe com o aprimoramento espiritual da humanidade, procurando lançar as sementes do bem entre pedregulhos ...

O trabalho tenaz, árduo, e até teimoso, do ilustre sacerdote e professor, deve ser destacado, mesmo por quantos não partici­pem de sua seara específica, mas comungam, com ele, na mesma seara superior, que é a do Cristianismo, que a todos, um dia, há de reunir sob o mesmo pálio ...

O pensamento humano tem sido seriamente comprometido com a exacerbação de figuras sofisticadas e cada vez mais eiva­das de um materialismo escravizante; ... planeja-se tudo, desde a contenção demográfica até a formação de indivíduos automa­tizados pela máquina; só não se planeja a solidariedade, o aper­feiçoamento moral das instituições e dos indivíduos, a caridade sem ostentação, o sentimento do verdadeiro amor, porque essas virtudes não podem ser planejadas; elas devem, antes do mais, ser sentidas, e para isso precisam ser despertadas.

Eis a grandiosa missão de homens como Francisco Bianchini: despertar nas criaturas humanas esses sentimentos, fazê-los aflo­rar, sem rebuços e livres de preconceitos, para que um dia se atinja ao ideal da verdadeira civilização, acostada no amor, sus­tentada no Evangelho e fortalecida na ascese espiritual."

Por intermédio da Carta Mensal, o Movimento faz suas as palavras do Boletim do Setor: "Por tudo o que nos fez e con­tinua a nos fazer nos 20 anos de vida das Equipes de Nossa Senhora, pela imensa extensão do seu sacrifício e de sua doação, nós agradecemos ao nosso caro amigo, pedindo a Deus para que ele continue por muito tempo a semear, em todos os lugares por onde passar, a sua mensagem de amor".

Desdobramento do Setor

Ocorreu finalmente o desdobramento do Setor. Florianópo­lis conta com 21 equipes, quatro das quais datam de 1975, sem contar as equipes de Crisciúma, agora desmembradas do Setor para constituir sua própria Coordenação, ligada ao Regional.

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Mensagem de D. Afonso

O Arcebispo de Florianópolis, D. Afonso Nieheus, escreve em sua mensagem de Natal no Boletim do Setor:

"O nascimento temporal de Cristo, Verbo Eterno de Deus, no seio de uma família humana deve reerguer nosso espírito e fortalecer nossos raciocínios humanos com um vigoroso pensa­mento de eternidade, a fim de que nada do que seja efêmero, ilusório ou superficial tome o lugar daquilo que é absoluto, ver­dadeiro e profundo.

As Equipes de Nossa Senhora, no seu esforço de espiritua­lidade e vivência familiar cristãs, estão cumprindo uma tarefa de, pelo testemunho e pela ação, irradiar amor, união e paz nos seus ambientes, e ajudar a preservar a família da desarmonia e desagregação fatal. A presença de Cristo expressa na liturgia do seu Natal seja hoje e sempre uma festa em todos os lares, e a certeza de que a família cristã está construída sobre a rocha."

CRISCIOMA

Fundado em dezembro de 1973, o Movimento continua a de­senvolver-se nessa cidade catarinense: no dia 4 de dezembro, o Casal Regional e o Casal Responsável pelo Setor de Florianópo­lis estiveram em Crisciúma para iniciar o processo de instalação da Equipe de Coordenação. Naquele dia, as quatro equipes exis­tentes na cidade fizeram uma tarde de formação, encerrada com uma missa. A equipe n.0 5, que estava em pilotagem, já tem o seu Casal Responsável na Coordenação.

BAURU - O Setor e a Carta Mensal

No final do ano, a Equipe da Carta Mensal recebeu carinhosa carta dos irmãos Linda e Albino, responsáveis pelo Setor de Bauru. Transcrevemos o seguinte trecho: "Como já tivemos ocasião de dizer a vocês, em nosso Setor é obrigatório, na co-participação, o destaque de qualquer de seus artigos (da Carta Mensal). No dia 29 do mês passado, tivemos nossas Reuniões Mistas e o tema escolhido para debate foi "A Emancipação da Mulher", pela sua atualidade. . . Fizemos ler, na co-participação, o artigo da C.M. de Agosto, "1975", e cada um destacou os pontos que lhes cha­maram mais a atenção. . . Não imaginam o sucesso que alcan­çaram essas Reuniões, por tudo - pelo entrosamento dos casais mais antigos com os recém-ingressos no Movimento, pelas trocas de idéias, mas, sobretudo, pelos debates acalorados que surgiram.

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Cremos que raras vezes nossos Conselheiros Espirituai precisa­ram se preparar tanto para uma reunião! ...

Nas reuniões deste mês de Dezembro, que foram festivas e com a participação dos filhos, escolhemos o artigo da C.M. "Deus não tira férias", para ser lido na co-participação.

É, pois, um enriquecimento para todos a leitura das nossas Cartas e, pela escolha feliz e atualizada do seu conteúdo, nosso sincero 'Que Deus lhes pague!'."

Nós é que agradecemos - o incentivo e a pre­ciosa colaboração, no sentido de fazer com que todos no Setor tomem conhecimento do conteúdo das nos­sas Cartas.

"Anote os seus compromissos . .. "

Com a carta, veio uma folhinha com o desenho de Na. Se­nhora e os seguintes dizeres "Que a Alegria e a Paz do Na tal se prolonguem por todo o Ano Novo". No fim da página de cada mês, a seguinte recomendação: "Mensalmente, ao receber o Boletim, anote as programações do Setor e as obrigações de sua equipe." Cada um dos equipistas do Setor recebeu uma fo­lhinha dessas - os eternos distraídos não terão mais desculpas

SAO PAULO - Encontro Regional

No sábado 6 de dezembro, a Região São Paulo/A (Capital) realizou seu Encontro Anual, que constou de uma palestra do Pe. Aquino, Conselheiro Espiritual da ECIR, de uma exposição sobre a situação da Região pelo Casal Regional, Hélene e Peter, e de uma Missa, celebrada por D. Francisco Manoel Vieira, Bispo Auxiliar de São Paulo responsável pela Pastoral Familiar. Seis equipes foram encarregadas da Coordenação do Encontro.

Anunciaram Hélene e Peter a criação de um novo Setor - o de equipes "antigas ou em anos de aprofundamento" - e de uma Coordenação, abrangendo as quatro equipes cuja pilotagem ter­minou no fim do primeiro semestre de 1975. Comunicaram tam­bém a formação da primeira equipe de Santo André e destacaram a atuação da equipe encarregada da informação, composta no momento de seis casais e destinada a ser ampliada.

Disseram de sua satisfação ao constatar que, em um ano e meio apenas, o número de casais engajados em trabalhns da Região passou de 17 a 53. Entraram no Movimento perto de 60 casais novos e foram dados quatro cursos para · formação de casais

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pilotos e casais de ligação, dos quais participaram 39 casais. Nos 6 retiros realizados em 1975, participaram 83 casais, sem contar os retiros organizados especificamente para equipes em anos de aprofundamento, em número de 3. Mencionou também o Casal Regional a sua participação e do casal por ele designado para representá-lo, Lurdinha e José Eduardo, na Equipe Arquidioce­sana de Pastoral Familiar, onde, segundo frisou, na convivência com os demais movimentos de âmbito conjugal e familiar, des­cobriu a vocação complementar das Equipes, sentindo que "somos chamados a dar continuidade àquilo que os movimentos de 'des­pertar' (cursilhos, encontros de casais) iniciam".

Dos planos da Região para 1976, destacou exatamente a par­ticipação na Pastoral Familiar ("é numa cidade grande que se fazem mais sentir os problemas familiares"), salientando que o trabalho em mais áreas (as equipes em São Paulo estão concen­tradas principalmente na zona centro-sul) requer um maior nú­mero de casais pilotos e de equipes de preparação para o casa­mento; um trabalho específico para maior entrosamento dos Con­selheiros espirituais; e um esforço nas equipes sobre os meios de aperfeiçoamento e a partilha, pois, segundo frisou, "aquilo que distingue as ENS de outros movimentos é exatamente o ponto mais fraco da vida das equipes".

D. Francisco Manoel Vieira, por sua vez, lembrou na homilia as prioridades da Arquidiocese para os próximos dois anos, co­meçando pelas comunidades eclesiais de base. Disse que é pre­ciso que, crescendo na espiritualidade, saiamos fortes e santos, missionários, colocando nossas forças espirituais a serviço da co­munidade. Aludindo à pastoral dos marginalizados e à pastoral da periferia, mostrou a responsabilidade dos cristãos junto àque­les com os quais ninguém se preocupa. "É preciso, disse D. Fran­cisco, romper a aridez da grande Cidade - sem o que não po­deremos evangelizar. Devemos ser um contra-testemunho do que é a cidade grande, tornando-nos um testemunho do que é o Cris­to." "Como o homem é envolvido por injustiça! exclamou -no século XX, de tanto progresso, o homem é envolvido por tan­to ódio ... " A esse homem sofredor, é preciso que anunciemos o Cristo crucificado. Finalizou dizendo: "Nem todos são cha­mados a ser semente, a ser fermento, a ser luz - mas aqueles que são chamados precisam fermentar, precisam alumiar, preci­sam frutificar."

DEUS CHAMOU A SI

Graziela, esposa de Agostinho Sielsky, da Equipe 1 de Flo­rianópolis, juntamente com sua filha Rosana, de 15 anos, no dia 8 de dezembro.

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Foi a primeria vez, nos 20 anos de existência das equipes de Florianópolis, que os equipistas levaram um dos seus mem­bros à sepultura.

Graziela pertenceu com Agostinho ao primeiro Setor, par­ticipou ativamente das Campanhas de Natal realizadas então, foi o braço direito do Setor nos diversos encontros, que culminaram com a vinda do Pe. Caffarel e com o Encontro de Casais Res­ponsáveis em 1974, quando ela se desdobrou até os limites do impossível para resgatar os casais do Sul, bloqueados entre duas barreiras da estrada.

Mãe e filha foram sepultadas, após a missa concelebrada por três sacerdotes, na presença da quase totalidade dos equipistas de Florianópolis, inclusive os que vieram de Brusque, entoando todos os Magnificat.

Myriam e Gastão Camargo- no dia 24 de janeiro. Tiveram morte instantânea, em desastre de automóvel que vitimou tam­bém seu filho mais moço, Caio, de 15 anos.

Pertencendo há quase vinte anos à Equipe n.0 19 (agora 9/B), Na. Sra. Mãe de Deus, Myriam e Gastão sempre trabalharam muito pelo Movimento. Além de terem sido Responsáveis pela Coordenação D, estavam entre os pioneiros da preparação para o casamento, à qual continuavam se dedicando até hoje. Gastão era dentista e Myriam, além das muitas prendas domésticas, o ajudava na parte administrativa do consultório. Eram muito uni­dos e extremamente dedicados aos filhos.

Na missa de 7.0 dia, concelebrada no Colégio Santa Cruz, as orações de todos eram principalmente pelos filhos - dois rapa­zes e uma moça, de 24, 21 e 19 anos - , pois Myriam e Gastão agora estão na paz de Deus. Juntos, como sempre estiveram nes­ta vida.

"Andaram de mãos dadas a vida inteira - foram de mãos dadas para o Pai ... ", como disse uma das suas companheiras de equipe.

NOVOS SETORES, NOVOS RESPONSAVEIS, NOVAS EQUIPES

Setor B de Florianópolis

Desdobrado o Setor de Florianópolis, ficando Lygia e Harry Corrêa com a responsabilidade pelo chamado Setor B, enquanto Eda e Aldo continuam por mais alguns meses como responsáveis pelo agora Setor A.

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São Paulo C

Ganhou esta letra o 4.0 Setor de São Paulo, dedicado às Equipes chamadas antigas, ou seja, em anos de aprofundamento. No momento compõe-se de três casais, cada um deles represen­tando os três outros Setores: Glória e Payão, pelo A, e respon­sável do Setor, Maringá e Penha, pelo B e Lourdes e Naclério, pelo D.

São Paulo, Coordenação E

Maria Celina e José Valverde, da Equipe 47, Setor A, são os responsáveis pela nova Coordenação, embrião de um futuro Setor.

Novo Responsável em Ribeirão Preto

Depois de uma gestão ultra-dinâmica, Maria Elisa e Mestri­ner entregaram o Setor a Elisabeth e Rômulo, que contam com as orações de todos para continuar o trabalho empreendido.

Também em Jundiaí

Saindo Dina e Francisco, conta agora o não menos dinâmico Setor de Jundiaí com a batuta de Wilma e Orlando. Que o Es­pírito Santo continue através deles a obra realizada até agora pelos seus antecessores.

Novas equipes em Florianópolis

Fruto da intensa atividade de Lúcia e Aderbal Philippi, 4 equipes novas fazem agora parte integrante do Setor: a equipe n.0 16, que foi pilotada por Nilva e Abraão, a de n.0 19, pilotada por Almira e Sebastião, a 20, cujos pilotos foram Djanira e Cesar, e a 21, entregue aos cuidados de Mara e Getúlio.

Primeira equipe de Santo André

Pilotada por Edith e João, do Setor D, nasceu a primeira equipe no ABC, que todos esperam seja seguida por muitas outras.

Mais uma em Bauru

A n.0 13, pilotada por Olanda e Nadyr. Conselheiro espi­ritual: Pe. João Van Lith. O Setor está entusiasmado com a caçula.

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DE UMA SESSAO DE FORMAÇAO

Somos casados há 7 anos. Temos um casal de filhos, em idade pré-escolar. Perlen­cemos à novel Equipe 3, de Ba!a!ais, que se encontra sob a pilotagem segura e eficiente do Sérgio e Romélia. Estamos sob o impacto dos primeiros tempos, tomados de entu­siasmo. E foi com este entusiasmo de principiantes que nos propusemos a participar da última Sessão de Formação de Dirigentes, realizada em Brodósqui, de 13 a . 6 de no­vembro.

Como acontece nesses encontros, o ambiente foi de con!agian!e e fraternal alegria. Relembrou-nos certo livro sobre a vida de Jesus Cristo, lido há algum tempo, em que se narra o episódio de um centurião romano, que ao adentrar pequena cidade da Galiléia, logo à primeira hospedaria, identificou um grupo de cristãos. Ao ser indagado de como tão imediata identificação, retrucou: somente os cristãos vivem na alegria pura de quem e~conlrou a Verdade.

Aprendemos muito. Resta-nos muito a aprender, mas a Sessão cristalizou em nós alguns ensinamentos da equipe e nos descortinou outros. Agora, está bem esclarecido que só existem ENS na rigorosa observância das normas eslalulárias, pois aí reside toda a unidade do Movimento.

Quanto aos meios de aperfeiçoamento, quer nos planos conjugal e familiar, quer no plano pessoal, nos conscientizamos de que eles se nos oferecem para que melhor teste­munhemos o Cristo, anseio e vocação do equipisla. São imprescindíveis. Exigem cum­primento. São o veículo de que o casal lança mão para se !ornar fermento, sal, luz, enfim, exemplo aos demais casais, porque o casal equipis!a deve ser exemplo pela vi­vência cotidiana no Cristo.

Aprendemos que devemos nos preparar com muita seriedade e dedicação para o dia do compromisso, ou, se compromissados, temos que honrar o compromisso assumido. As equipes estão a nos apontar meios, métodos, uma pedagogia para a busca do Cristo, mas exigem lealdade . Devemos fazer nossas as suas exigências. Ou então !ermos a coragem de renunciar ao Movimento.

Por outro lado, chegamos, também, a nos emocionar com o Cristo apresentado por Frei Estevão. Um Cristo que nos ama com tania intensidade que não quis apenas ofe­recer uma doutrina, mas ofereceu-se a si mesmo.

Para fecho, queremos dizer que, se nossa equipe !em sido meio de crescimento no Cristo, através do Sacramento do matrimônio, a Sessão de que participamos foi o "em­purrão" que nos obriga a transbordar nossa fé, no Cristo que se encontra "partido" no nosso irmão necessitado.

laa lluia e João Carlos

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ORAÇÃO PARA A PRúXIMA REUNIÃO

Da mesma forma que, segundo nos assegura São Paulo, a maior das três virtudes teologais é a cari­dade, o mais importante dos três esforços praticados na Quaresma - oração, penitência e obras de mi­sericórdia - é o último. (0 que não significa que estejamos dispensados dos outros dois.)

TEXTO DE MEDITAÇÃO - 2 Cor . 9, 6-9

Convém lembrar: aquele que semeia pouco, pouco ceifará. Aquele que semeia em profusão, em profusão ceifará. Dê cada um conforme o impulso do seu coração, sem tristezas nem cons­trangimento. Deus ama o que dá com alegria. Poderoso é Deus para cumular-vos com toda espécie de benefícios, para que, tendo sempre e em todas as coisas o necessário, vos sobre ainda muito para toda espécie de boas obras. Como está escrito: "Espalhou, deu aos pobres, a sua justiça subsiste para sempre." (Sl. 111).

ORAÇÃO LITúRGICA - Salmo 129

Das profundezas clamo a ti Senhor, escuta a minha voz. Abte teus ouvidos ao clamor da minha prece.

Se marcas os nossos pecados, Senhor, quem pode ainda subsistir? Junto de ti, porém, encontro o perdão e assim posso continuar a servir-te.

Minha confiança no Senhor é grande, espero dele uma palavra amiga. O vigia noturno anseia pela aurora, eu, porém, muito mais pelo Senhor. Junto dele encontro o amor fiel e a plena liberdade.

Povo de Deus, confia no Senhor. Ele te libertará de todas as tuas faltas.

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EQUIPES DE NOSSA SENHORA

Movimento de casais por uma espiritualidade conjugal e familiar

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