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     Nas garras de um sedutor “Captivity”

    Margaret Pargeter

    Enid Latham queria, a todo custo, forçar a filha a um casamento com um homem — 

    qualquer um — rico. Para preservar sua liberdade, ameaçada pelos planos ambiciosos dame, !le"andra precisou sair de #idnei, a cidade onde vivia. E por a$ar, acabou caindonas %arras da Chase &arshall, um diab'lico sedutor que queria casar com ela apenas parater um herdeiro. (ico, bonito e e"periente, ele no perdia uma chance de envolv)*la,dei"ando*a louca com suas car+cias. !le" se odiava por ser to fraca, mas a verdade que se apai"onou por ele. -o entanto, preferia morrer a ceder quele bandido/ Chase queficasse noivo da bela 0avina, a atri$ que vivia correndo atr1s dele.

    Digitalização: Vicky

    Revisão: Cassia

     

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    2ulia n3 456 * -as %arras de um sedutor * &ar%aret Par%eter 

    CAPÍTULO I 

    7 apartamento no bairro de 8it$roy em &elboume era, para !le" Latham, a 9ltima palavra emmatria de lu"o. -a verdade no era muito %rande, mas para ela e (uby &arshall era mais do quesuficiente. !le" no sabia por que (uby vivia sempre reclamando da vida das duas naqueleapartamento.

     — :ou acabar ficando louca/ — E"clamou (uby, levantando a cabeça com ar dram1tico.

     — -o consi%o achar nada/

    !le" a;oelhou*se e tirou os sapatos da ami%a debai"o da cama.

     — #e pelo menos voc) aprendesse a ser mais cuidadosa com as suas coisas, (uby, nocorreria o risco de ficar louca.

     — Como posso adquirir novos h1bitos na minha idade< — !ceitando os sapatos sem uma palavra de a%radecimento, (uby sentou*se para calç1*los. ! fivela desfiou sua meia de n1ilon eela ficou mais irritada ainda.

    !le" olhou*a, aborrecida. (uby s' se referia a sua idade quando no queria fa$er al%umacoisa.

     — Pensei que voc) tivesse vindo para &elbourne para aprender a se virar so$inha, sem aa;uda dos outros/

     — E da+< — (eplicou (uby. — Por acaso isto tem al%o a ver com o fato de eu ter que ser mais cuidadosa<

    (uby sabia ser r+spida quando queria. !le" achava que ela podia, pelo menos, ser mais %entilcom as pessoas mais pobres do que ela. !pesar de sempre di$er a !le" que sa+ra de casa para noser sufocada pelo tdio e pela rique$a, (uby se quei"ava constantemente de ter que viver sem olu"o a que estava habituada na imensa fa$enda de %ado, administrada por seu irmo. !le"normalmente no conse%uia ficar insens+vel quando a ami%a se lamentava, pois al%uns dos

     problemas dela eram semelhantes aos seus. #e%undo (uby, seu irmo e a me de !le" tinham umacoisa em comum= ambos se preocupavam demais em cuidar da vida alheia/

    !le" s ve$es se surpreendia pensando na maneira estranha como o destino a tinha ;untado a(uby, pois eram duas %arotas muito diferentes. (uby sempre quis sair de casa, ao passo que !le" s'sentiu essa necessidade h1 um ano, quando saiu do col%io.

    #eus pais tinham ido para a !ustr1lia quando ela era pequena, e as lembranças que tinha da>n%laterra eram va%as. #eu pai era bioqu+mico e trabalhava numa pesquisa a%r+cola perto de #+dnei.

    Ele achava que a !ustr1lia poderia oferecer melhores oportunidades para si mesmo e para osfilhos. Enid, sua esposa, no %ostou dessa mudança, pois achava que a >n%laterra oferecia melhorescondiç?es para se viver. @raças a suas boas relaç?es, ela achava que no ia ter dificuldades paraconse%uir um bom partido para !le". Ainha se casado por amor, mas lo%o percebeu que cometeraum erro ao a%ir assim. Por isso estava decidida a no dei"ar que os filhos fi$essem a mesma coisa.

    0epois da mudança para #+dnei, Enid se esforçou muito para se impor na sociedade local.

    !rrumou lo%o uma esposa para o filho !lan. ! moça pertencia a uma fam+lia tradicional, e o

    )"ito de seu plano a estimulou a dese;ar um partido ainda melhor para a filha. !le", que tinhaacabado de sair do col%io, devia usar as melhores roupas, ir aos lu%ares certos e ser vista com as

     pessoas certas. !le" protestou, ar%umentando que no queria aquele tipo de vida, que o pai no

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     podia sustentar aquele lu"o, mas foi in9til. 0urante meses, !le" dividiu suas ener%ias entreo empre%o no escrit'rio e o empenho em se esquivar das investidas da me. #' quando um rapa$arran;ado por Enid se tornou embaraçosamente persistente que ela apelou para o paiB

     — &ame s' pensa em me arrumar um marido rico e isso a 9ltima coisa que pretendo, papai.

     — #ua me s' quer o seu bem — ar%umentou (ichard Latham. — Por que o senhor no p?e os ps no cho, papai< — -o pretendo me casar nos pr'"imos

    anos, e quando isso acontecer eu mesma quero fa$er a escolha.

     — #ua me acha que o ;ovem 8isher est1 apai"onado por voc).

     — Eu nem sei se simpati$o com ele/

     — &as ele um bom partido/

    0esesperada, !le" percebeu que infeli$mente no podia contar com o pai. #emanas depois,entretanto, aconteceu al%o que provou a ela que os deuses no a tinham abandonado de todo=che%ou um tele%rama, da >n%laterra, avisando que sua av' materna estava doente e pedia a presença

    da filha. Enid no teve outra alternativa a no ser ir.

    0urante as primeiras semanas de aus)ncia da me, !le" pensou muito e resolveu, procurar umoutro empre%o. 8icou surpresa e bastante sensibili$ada quando seu pai lhe ofereceu a;uda.

     — #e voc) quiser, sei de uma va%a num escrit'rio em &elbourne. — Ele deu um sorrisotriste. — Embora no se;a muito lon%e, voc) no vai ter que atender maioria dos compromissossociais impostos por sua me.

    !le" adorou a idia.

     — E onde eu ficaria< — Per%untou.

     — melhor ir para uma penso at encontrar outro lu%ar. — 0epois, voc) pode dividir umapartamento com al%uma cole%a.

    8oi mais f1cil do que !le" ima%inava. #ubmeteu*se a uma entrevista e conse%uiu o empre%o.

    Por uma feli$ coincid)ncia, a moça a quem ia substituir no escrit'rio dividia um apartamentocom outra %arota, que trabalhava l1, e %entilmente lhe ofereceu tambm essa va%a.

    (uby &arshall mal olhou para !le" antes de lhe di$er que a aceitava no apartamento, com acondiço de que ela fi$esse a maior parte do serviço domstico. Como o alu%uel era irris'rio, !le"achou que seria loucura recusar. &esmo tendo percebido que (uby era tratada com %randerespeito pelo chefe, !le" no se preocupou em querer saber quem ela era. Duando voltou da>n%laterra, Enid teve um acesso de raiva ao descobrir que a filha tinha se mudado durante sua

    aus)nciaB mas apesar dos freqentes telefonemas, no fe$ nenhuma tentativa para convenc)*la avoltar para casa. !le" acreditava que isso era obra de seu pai e de uma ami%a da me que estavavisitando #+dnei. Preocupada em lhe mostrar a cidade, Enid provavelmente no tinha tempo de se

     preocupar com a vida da filha.

    !le" ficou aliviada pelo fato da me no pretender visit1*la. Como (uby &arshall no me"iauma palha no apartamento, !le" tinha muito o que fa$er depois do trabalho e no teria tempo livre

     para dedicar me. 7lhou ento interro%ativamente para (uby que, ;1 calçada, andava de um lado para o outro como se no fosse a lu%ar al%um.

     — #eu namorado no est1 esperando por voc)< — Per%untou !le".

     — 0eve estar. — Por que per%unta< — Duer se ver livre de mim< — Claro que no. — Fem, acho que vou lavar os cabelos. — Aenho que lav1*los

    freqentemente.

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     — por isso que voc) to bonita/

    !le" sorriu com o elo%io inesperado. (uby nunca via nin%um alm de si mesma, e !le"suspeitava de que fora aceita no apartamento s' porque (uby achava que ela era d'cil, portantoincapa$ de fa$er ob;eç?es a qualquer ordem que recebesse. Pelo menos foi assim durante seus

     primeiros dias era &elboume, no podia ne%ar.

    !le" estava e"austa de resistir s investidas da me, de ne%li%enciar sua apar)ncia paradesencora;ar os rapa$es que ela lhe arran;ava com um talento espantoso.

     -a semana anterior, entretanto, !le" cortou um pouco os cabelos e mudou o penteado. Comisso, todo seu ser %anhou nova vida. Ela parecia uma %a$ela com seu pescoço es%uio, a cintura finae a e"presso de cautela nos lindos olhos a$uis.

     — Por que voc) no sai com &artin 2ames, do escrit'rio< — Per%untou (uby.

     — Ele est1 sempre atr1s de voc).

     — !cho que no estou interessada em &artin, pelo menos no o bastante para sair com ele.

     — importante para voc) como eu passo o meu tempo livre<

     — Claro que no. — 0e qualquer maneira, pode ser que lo%o eu me mude daqui.

     — #inceramente, acho que &elboume ;1 deu o que tinha que dar para mim. — -um certosentido, quase to ruim quanto a minha casa. — 0epois das frias, vou tentar #+dnei por al%umtempo.

    !le" di%eriu a novidade lentamente. #e (uby se mudasse, entre%aria o apartamento, o quesi%nificava que ela teria que começar a procurar outro lu%ar. E nunca teria condiç?es de alu%ar umapartamento como aquele.

     — 7 que o seu irmo vai di$er se voc) for embora de &elboume< — Per%untou !le", infeli$.

     — :ai di$er o mesmo se eu no for — resmun%ou (uby eni%maticamente. — 7 homem com quem estou saindo a%ora, por e"emplo. — @osto dele, mas sei que

    Chase no o aprovaria.

     — :oc) no pode ter certe$a antes que eles se conheçam, no< — 0isse !le", sentindosubitamente que (uby precisava de atenço. — !lm do mais, por que contar a seu irmo<

     — Pelo que voc) falou ele tem muitas outras coisas com que se preocupar.

     — :oc) no conhece Chase. — Ele sabe at o que os seus empre%ados mais novos e menosimportantes fa$em.

     — Fem, se este homem importante para voc), use a sua força de vontade. — Aenho certe$a

    de que voc) tem muita.(uby aceitou o coment1rio como um elo%io. 2amais lhe passaria pela cabeça que !le" ousasse

    fa$er uma observaço maliciosa a seu respeito.

     — Chase arro%ante e inteli%ente, minha cara. — &eu avH tambm era e tia Iarriet tambm, mas Chase pior do que os dois.— imposs+vel se opor a ele. — Eu no me arriscaria.

     — Ento a;a por tr1s das costas dele. — !le" no parou um momento para considerar quetinha se precipitado ao dar esse conselho. -a verdade, quis mais confortar (uby do que incentiv1*laa desafiar o irmo. #abia, por e"peri)ncia pr'pria, o que eram essas coisas de fam+lia. &as erainacredit1vel que uma moça com a idade e a personalidade de (uby aceitasse ser dominada.

     — &inha cara, nin%um leva a melhor sobre o meu irmo. — :ir morar aqui foi uma %randevit'ria, acredite. — -unca pensei que ele permitisse.

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    !quela afirmaço parecia um pouco e"a%erada, embora !le" nunca tivesse visto (uby to perturbada como naquele momento.

     — Ento por que ele a dei"ou vir<

     — -o sei muito bem. — Aalve$ ele tenha percebido minha deciso. — Chase queria que eunamorasse um vi$inho nosso. — 0o seu ponto de vista, as chances de uma %arota se casar depois

    dos vinte e seis anos so m+nimas, embora eu pense diferente. — E ele lo%o vai descobrir isso/ — concluiu, irritada.

     — Aalve$ seu irmo no se;a to obstinado quanto voc) pensa. — #e fosse, como teriaconcordado em dei"ar voc) morar aqui<

     — 21 lhe disse que no sei/ — (uby e"clamou, impaciente. — Duem sabe ele achou que podia me vi%iar quase como o fa$ia em casa. — 0eve haver uma ra$o, mas eu no me esforceimuito para encontr1*la.

     — :oc) me disse que ele fica por dentro de tudo o que voc) fa$. — verdade<

     — Provavelmente, mas fa$ semanas que eu no o ve;o. — 0eve estar muito ocupado no

    outro lado do mundo, a 9nica e"plicaço. — 7cupado com o qu)<

     — Com uma morena bastante atraente, minha cara, que s' dir1 KnoK quando for conveniente para ela.

     — !s namoradas de seu irmo levam*no sempre para to lon%e<

     — -em sempre. — &as ele ia mesmo para os Estados nidos — e"plicou.

     — -ormalmente no tem que se esforçar muito para conse%uir o que quer. — !s mulherescostumam se apai"onar por ele e pelo seu dinheiro, embora Chase no se importe muito com isso.

     — >sso comum< — 7h, os namoros dele so quase sempre curtos. — Chase parece perder o interesse com

    muita facilidade. — Aalve$ por isso ele nunca tenha se casado.

     — Duem sabe al%um tenha dado um fora nele< — !le" sorriu maliciosamente.

     — 0uvidoB sempre ele quem rompe primeiro. — Com um suspiro, (uby se levantou. — Euconheço meu irmo, e voc) nem fa$ idia de como ele .

     — :oc) realmente no tem uma boa opinio sobre ele, (uby. — Pelo que voc) fala, ele nodeve ser nada a%rad1vel.

     — E no mesmo — concordou ela, embora houvesse um tom inconsciente de

    or%ulho em sua vo$. — E quando contrariado, Chase pode ser at peri%oso. — Dualquer um quando contrariado...

     — Pode rir, !le". — (uby colocou um lenço na cabeça para prote%er os cabelos do vento.

     — Entretanto, para min no nada en%raçado. — :oc) no pode ima%inar o que ter quelutar constantemente contra um casamento.

    Como poderia responder sem contar a sua pr'pria hist'ria< >nfeli$, !le" olhou para (uby.

     -o queria de modo al%um ter que falar mal de sua me. 0etestava criticar sua fam+lia,embora isso para (uby no fosse problema.

     — Eu no me importaria tanto se quisessem me forçar a casar com al%um que eu amasse — disse !le", fu%indo de uma resposta mais sincera a respeito de si mesma.

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     — 7h, Ienry uma 'tima pessoa, mas to sem %raça. — Casar com ele si%nificaria apenastrocar uma fa$enda aborrecida por outra. — :oc) no fa$ idia do quanto a vida pode ser solit1riaem 7utbacM, a no ser que se %oste daquele tipo de vida. — Eu...

    ! campainha tocou e (uby parou no meio da frase, quase que aliviada com a interrupço,como se subitamente temesse ter falado demais.

     — !t lo%o — disse ela ao sair.0epois que ela foi embora, !le" foi lavar os cabelos. !s confid)ncias de (uby dei"aram*na

    abalada, embora soubesse que ela se arrependeria de tudo o que tinha dito antes da manh se%uinte.

    (uby era uma %arota estranha, uma personalidade comple"a. Ainha um problema com o irmoe !le" no sabia como a;ud1*la. >ntimamente achava que ela seria capa$ de superar so$inha aquele

     problema.

    !le" tinha acabado de secar e pentear os cabelos quando ouviu soar a campainha. (uby teriaesquecido al%uma coisa, ou seria al%um de seus admiradores procura dela<

    !;eitou rapidamente os cabelos, apertou mais o cinto de seu roupo e correu para ver quem

    era.7 sorriso que !le" tra$ia nos l1bios desapareceu assim que abriu a porta. -o conhecia aquele

    homem alto e de ombros lar%os parado sua frente. #eus cabelos eram escuros, o nari$ reto e osolhos cin$entos, com um brilho intenso. 7u seria a sua boca que a impressionou mais< -unca viral1bios to voluntariosos e prepotentes como aqueles.

     — Pois no — disse !le", esperando que ele tivesse se en%anado de endereço. 7 que umhomem como aquele poderia estar querendo<

    (espondendo secamente ao cumprimento, o estranho continuou a estud1*la com omesmo brilho no olhar.

     — ! #rta. &arshall no mora aqui< — ! #rta. (uby &arshall, minha irm< — Per%untouele.

    0evia ter percebido antes, !le" pensou, nervosa.

     — Eu... 8aça o favor de entrar, senhor... #r. &arshall/ — !le" en%as%ou. — (uby noest1. — #ua vo$ parecia no querer sair e ela sentiu o rosto ficar vermelho, — Fem... — Ainhavontade de morrer por estar %a%ue;ando como uma cole%ial idiota. — Aalve$ o senhor prefira voltar quando ela estiver em casa, no<

     — #em d9vida. — Ele passou por ela com uma e"presso divertida no olhar, percebendo oe"tremo embaraço de !le". — :oc) est1 escondendo al%um aqui dentro e no quer que eu ve;a<

     — m homem, quem sabe< — #e eu tivesse um homem aqui comi%o, #r. &arshall, no teria ra$o para escond)*lo — 

    disse !le", fechando a porta. 0e repente compreendeu o que ele queria di$er, ao perceber a maneiracomo observava seu robe que marcava sensualmente as curvas de seu corpo. — 7 senhor no

     pensou que eu estivesse com um homem no meu quarto, no <

     — Lo%o vou descobrir/ — >%norando a e"presso furiosa dela, ele atravessou o vest+bulo efoi abrir as portas dos quartos, da co$inha, vasculhando todo o apartamento. &omentos depoisvoltou a encarar !le". — -in%um na co$inha, nem no banheiro, nem no terraço. — ! menos queo seu namorado tenha se escondido no telhado.

     — #r. &arshall/ — !le" estava possessa. — Eu divido este apartamento com suairm, e no com meia d9$ia de homens. — (uby foi camarada comi%o no alu%uel e eu estou muitoa%radecida, mas isso no si%nifica que eu tenha que a%entar calada a falta de educaço demembros da fam+lia dela/

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     — E no terminei ainda — disse ele, parecendo no estar perturbado com o que ela acabarade di$er. — :oc) no deve se preocupar com a maneira como eu resolvo as coisas, mas certamentetenho o direito de saber o que est1 se passando/ — Como sou eu quem pa%a o alu%uel desteapartamento, tenho todo o direito de fa$er quantas per%untas quiser. — Parou por um momento edepois continuou= — -o sei quais foram as combinaç?es entre (uby e voc), mas, da 9ltima ve$em que estive aqui, minha irm dividia o apartamento com uma mulher de meia*idade.

     — !l%um que eu mesmo havia arrumado e que deveria cuidar dela. — #er1 que voc) poderia me di$er onde foi parar essa mulher<

     — &eu nome #rta. Latham, por favor — retrucou !le". -unca nin%um se diri%ira a elanaquele tom. (uby certamente tinha toda ra$o em falar to mal do irmo/ -o cometeu nenhume"a%ero. — 7 senhor est1 querendo saber de Lilian FecM, que dei"ou o apartamento antes que euviesse para c1<

     — E"atamente.

     — 7uvi di$er que a #rta. FecM conheceu al%um com quem se casou em uma semana.

     — &ora no muito lon%e de Perth. — !le" ficou com 'dio ao v)*lo dominar a situaço.

     — !mor primeira vista< — #eu tom de vo$ era c+nico.

     — #em d9vida o senhor no deve acreditar neste tipo de coisa — respondeu !le", aindamais irritada.

     — -o mesmo — concordou, r+spido. — E por que no fui avisado<

     — -o faço a m+nima idia. — #eu sorriso era provocador. — 7 senhor tem que ser avisado sobre tudo o que ocorre, #r. &arshall< — !cho que (uby no sabia onde encontr1*lo.

     — Ela saberia, se realmente quisesse. — E eu tenho al%umas coisas a di$er a esta #rta. FecM,caso volte a encontr1*la. — :oc) muito nova para o serviço que ela me prestava, e (uby sabe

    disso. — -o sei o que o senhor tem em mente, mas eu ;1 fi$ de$enove anos.

     — :erdade< — 7s olhos cin$entos faiscaram. — E eu deveria ficar impressionado com isto<

    #endo on$e anos mais velho que (uby, Chase no deveria ficar impressionado com sua idade.

    #e era ele mesmo quem pa%ava o alu%uel, realmente tinha o direito de a%ir assim. Ela norespondeu ao coment1rio sarc1stico, apenas meneou a cabeça.

     — :oc) tem idia de a que horas (uby vai voltar<

     — Fem, ela nunca che%a muito tarde. — Como ele no dissesse nada, !le" no entendeu o

     porqu) da per%unta. — Aalve$ se;a melhor o senhor voltar amanh. — #er1 que ele pretendiaesper1*la< 7 que faria para entret)*lo< #eu coraço bateu mais depressa com essa possibilidade. 7sdois sabiam que (uby poderia che%ar ao amanhecer.

     — !manh no vai dar. — 21 terei ido embora e preciso conversar certas coisas com ela. — Chase &arshall fe$ uma pausa, como se resistisse a pensar num assunto que o irritava. — Coisasque no podem esperar.

     — Ento fique vontade. — ! casa sua. — #e era ele quem pa%ava o alu%uel, o que mais poderia di$er<

     — -o sinto muita sinceridade em sua vo$, #rta. Latham. — Poderia ser mais calorosa.

     — Aenho certe$a de que o senhor no vai perder o sono por causa disso. — !le" sorriu. — Por que no esquece que eu e"isto< — !final de contas, (uby que o senhor dese;a ver.

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     — E o senhor tem que aprovar, #r. &arshall< — !le" arre%alou os olhos a$uis. — E ela precisa mesmo de uma dama de companhia<

     — -aturalmente. — Ele pareceu espantado por aquela per%unta. — ! #rta. FecM era ideal,mas voc) no.

    Ele devia estar certo, pois !le" nunca se viu no papel de dama de companhia. (uby ;amais

    falara sobre isso quando combinaram dividir o apartamento. !lm do mais, Chase &arshall no parecia desaprov1*la para o papel de dama de companhia da irm apenas por sua pouca idade.

     — 7 senhor se esqueceu de que sua irm ;1 tem vinte e seis anos e que o fato de ter umadama de companhia pode parecer rid+culo<

     — -o quero para (uby uma dama de companhia no sentido convencional dotermo.

     — 7h, entendo/ — 7 senhor est1 querendo di$er, ento, que a srta. FecM espionava a vida desua irm para contar*lhe tudo o que (uby fa$ia<

     — #e voc) quiser encarar dessa maneira. — Ele no se dei"ou abalar.

     — !cho isso despre$+vel/

     — #e eu fosse voc), #rta. Latham, tomaria mais cuidado com o que di$. — Posso ver que uma %arota que no aprendeu a pensar antes de falar, mas eu conheço minha irm e sei o que melhor para ela. — (uby assumiu certos compromissos em casa e ter1 de cumpri*los.

    0e repente, !le" se deu conta de que estava dando importncia demais quele assunto.

     — Fem, lo%o o senhor vai encontrar sua irm e resolver tudo. — -o tenho nada a ver comisso.

     — Com quem ela saiu esta noite<

     — #aiu com um ami%o. — #eu nome !le"ander FroSn. — Ele e eu temos quase o mesmonome, pois me chamo !le"andra.

     — :oc)  conhecida como...

     — !le".

     — #ei. — Ele sorriu. — >sto toma as coisas mais interessantes. — :oc) sabe se ela %ostamuito desse rapa$<

    !le" o fitou e lembrou*se do que (uby tinha lhe dito, isto , que Chase queria que ela secasasse com um homem da escolha dele. Precisava ser cuidadosa. Aalve$ ;1 tivesse falado demais.

     — -o tenho certe$a dos sentimentos de (uby em relaço a ele — respondeu, embaraçada.

     — #ei apenas que ela tem muita simpatia por ele.

    CAPÍTULO II 

     — #er1 que srio< — Chase &arshall no desistia facilmente.

     — Escute, #r. &arshall, no faço idia. — Conheci o #r. FroSn, ele parece ser uma pessoamuito a%rad1vel, e (uby sai com ele, mas mais do que isto, no posso lhe di$er. — E acho quedever+amos falar de outra coisa.

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     — Poder+amos — concordou ele, aparentemente dese;ando tanto quanto ela mudar deassunto. Entretanto, o al+vio de !le" durou pouco, pois Chase voltou sua atenço para ela. — :oc)mora h1 muito tempo na !ustr1lia, #rta. Latham< — Duando ela olhou para ele interro%ativamente,Chase sorriu. — ma leve diferença de sotaque revela sempre a ori%em de uma pessoa.

     — 0esde os de$ anos — respondeu ela.

     — :oc) se parece muito com uma rosa in%lesa. — #eus cabelos so da cor das rosasamarelas sob a chuva suave da primavera, a pele  sedosa e corada. — #' os seus olhos que so deum a$ul mais profundo que o cu da >n%laterra. — #er1 to inocente quanto um boto<

    ! vo$ de Chase estava fria demais para ser lison;eira, e !le" no lhe a%radeceu. :oltou toda asua atenço para o sufl) que estava comendo. #abia o que ele estava insinuando, mas no quismorder a isca. #e ela era inocente ou no, Chase no tinha nada a ver com isso. #eu 9nico ref9%ioera o sil)ncio.

     — Por que voc) no mora com seus pais< — >nsistiu ele.

     — Porque eles moram em #+dnei.

     — :erdade< — E eles no se opuseram a que voc) sa+sse de casa< — -em todas as pessoas so possessivas, #r. &arshall — respondeu !le", em tom de

     provocaço.

     — !%ora capa$ de voc) querer me convencer de que as mulheres no %ostam de ser  prote%idas/

     — Eu no ousaria tentar mudar o seu modo de pensar, #r. &arshall. — 7 senhor deve ter opini?es formadas sobre tudo. — -o entanto, a mulher moderna...

     — !credito que este termo no se aplique a voc), !le"... — Chase sorria cinicamente e,antes que ela pudesse responder, mudou de assunto= — Em que seu pai trabalha<

     — Ele bioqu+mico. — Arabalha para uma firma em #+dnei.

     — Duanto tempo fa$ que voc) veio trabalhar em &elbourne<

    #em dar muitos detalhes, !le" contou*lhe parte de sua vida e depois cora;osamente per%untoua Chase o que ele fa$ia.

     — (uby disse que o senhor no p1ra em casa.

     — Eu diri;o uma companhia, !le", no apenas uma fa$enda. — #e fosse s' a fa$enda, semd9vida minha vida seria bem mais tranqilaB (uby e o resto de minha fam+lia, porm, no secontentariam em viver s' com isso.

     — ! rique$a assim to importante< — Para muitas pessoas a coisa mais importante do mundo — respondeu Chase, seco.

    !le" pensou em sua me.

     — (uby me disse que o senhor %osta muito da fa$enda.

     — Chama*se KCoolabraUK — disse Chase. — Eu amo aquela fa$enda, mas minha irm noquer saber dela.

    Conversaram mais um pouco e depois voltaram ao apartamento. !le" ofereceu*lhe um cafenquanto esperavam por (uby. Chase aceitou, mas, quando ela voltou para a sala com a bande;a, eleestava bebendo u+sque novamente. Febia como se realmente precisasse, e !le" tentou ima%inar a

    ra$o.

    4V

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     -o pHde reprimir um suspiro de al+vio quando ouviu a vo$ de (uby. Aentou no se perturbar com a e"presso repentinamente consternada da %arota. #em d9vida ela no ficara muito feli$ por encontrar o irmo.

    Duando !le" se diri%iu para o seu quarto, ouviu (uby di$er que ia preparar um ch1. Chase&arshall se%uiu a irm e !le" pHde ouvi*los conversando, ;1 que no se preocuparam, em nenhummomento, em falar em vo$ bai"a.

    ! co$inha ficava ao lado do quarto de !le" e era muito pequena. Chase estava encostado no batente da porta.

     — 7nde voc) esteve, (uby< — Per%untou, impaciente.

     — #ai. — (uby pHs a chaleira no fo%o. — Posso ver que al%uma coisa irritou voc). — Duaisso as suas quei"as, meu caro<

     — Aive que ficar esperando voc) por horas e me aborreci mortalmente.

     — !le" no foi uma boa companhia< — (uby %ar%alhou maldosamente.

     — -o, no foi.

    !le" ficou p1lida. !pesar de toda a arro%ncia de Chase, havia simpati$ado com ele e achavaque tinha sido correspondida. E a%ora ele confessava que se aborrecera.

    Como pude ser to est9pida a ponto de ima%inar que pudesse ser diferente< &as ele bem que podia ter %uardado suas impress?es para si/ Por que di$er a (uby< pensou. L1%rimas rolaram pelorosto de !le" e ela odiou Chase &arshall. -unca mais confiaria nos homens/

    7s dois irmos continuavam a conversar na co$inha.

     — :oc) escreveu a >sabel Ferry e contou a ela que ia passar as frias com al%um chamado!le" — disse Chase, seco.

     — e"atamente a mesma pessoa que voc) acabou de levar para ;antar. — -o foi a essa !le" que voc) se referiu. — Ela ainda no tem direito a frias, eu lhe

     per%untei. — E voc), esta noite, saiu com um homem chamado !le"ander, cu;o apelido deve ser !le", suponho.

     — Duem lhe contou<

     — ! #rta. Latham.

     — 7h, aquela tola/

     — Eu acho que a tola voc), minha cara. — #ua ami%a >sabel contou para todo mundo.

     — Ienry ficou sabendo e est1 furioso. — Ela fe$ isto< — E eu confiei nela/

     — -o sei por qu). — Chase parecia nervoso. — :oc) est1 cansada de saber que ela est1interessada em Ienry h1 muito tempo.

     — &as ela a minha melhor ami%a.

     — :erdade<

     — -o estou comprometida oficialmente com Ienry — protestou (uby.

     — Ento melhor voc) se decidir de uma ve$ ou no ter1 outra chance. — Chase fe$ uma pausa e acrescentou= — #e voc) pretendia passar as frias com !le" Latham, como  que ela noestava a par deste plano<

     — !inda no tive tempo de contar a ela/

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     — Wtimo. — Ento, voc) pode lhe contar amanh cedo. — -o preciso acord1*la a%ora.

     — E quando ela per%untar para onde vo, voc) dir1 que passaro as frias em Coolabra.

     — Pe%o voc)s duas em !lice #prin%s,

     — Eu no vou para casa/

     — !cho melhor ir. — Aodo o pessoal tem certe$a que voc) vai para Fanier (eef com umhomem. — Portanto, o melhor que tem a fa$er levar a #rta Latham para casa e convencer a todos, principalmente Ienry, de que !le" uma %arota. — 7u voc) fa$ o que eu estou mandando, ou poder1 esquecer Ienry para sempre. — E se isso acontecer, acredite, ser1 o seu fim. — Eu ;1suportei at demais tudo isso, e estou sem o m+nimo de paci)ncia.

     — Como voc) vai suportar ter !le" Latham por perto< — Ela no o seu tipo/ — (uby parecia nervosa.

     — -o, no , mas eu no pretendo ficar por l1 mais do que um ou dois dias. — #' ficarei otempo suficiente para ver voc)s se instalarem.

    !le" no conse%uiu pe%ar no sono, nem mesmo quando (uby e o irmo foram para a sala e

    dei"ou de ouvi*los to bem como antes. Chase no demorou muito, mas, enquanto ficou, condu$iu aconversa.

    !le" no esperava ver (uby at a manh se%uinte e ficou surpresa quando, depois de Chaseter ido embora, ela entrou no quarto. 8in%indo estar acordando, !le" abriu os olhos.

     — Por que voc) contou a Chase sobre !le"ander< — @ritou (uby.

     — Ele per%untou e eu no sabia que era se%redo.

     — !%ora tenho que passar as minhas frias, em Coolabra. — E tem mais= ele quer que voc)tambm v1.

     — Eu< — !le" conse%uiu fin%ir surpresa. — Por que eu< — Porque fui est9pida a ponto de contar a uma ami%a que ia passar as frias com al%um

    chamado !le". — !%ora, Chase quer que voc) v1 para Coolabra para convencer as pessoas de que!le" uma %arota.

     — :oc) ia mesmo passar as frias com !le"ander<

     — Estava pensando nisso — respondeu (uby. — &as Ienry Frett, o vi$inho de quem lhefalei, aquele com quem Chase quer que eu me case... Fem, Ienry ficou sabendo e est1 furioso/

     — :oc) o ama< — #ubitamente !le" teve a impresso de que (uby %ostara de saber queIenry estava furioso.

     — o que venho tentando descobrir. — Por isso  que tenho sa+do com outros homens. — Chase no vai me dar o tempo de que preciso.

     — Fem, sinto muito, mas no vou com voc). — !le" ainda se sentia ofendida com os insultosde Chase &arshall. — Arabalho na firma h1 muito pouco tempo e ainda no tenho direito a frias.

     — E, se tivesse, no iria pass1*las com voc). — -o quero ser %rosseira, mas sei que no %ostariade me ter por perto e seu irmo no tem autoridade para me dar ordens.

    !s seis horas da manh, !le" acordou e ouviu al%um conversando. Como isso no eranormal no apartamento, quela hora da manh, ela se levantou para investi%ar e ficou espantadaquando viu (uby ao telefone. (ecuando, antes que ela percebesse a sua presença, ouviu mais uma

    ve$ a conversa alheia.

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     — Ela no vai concordar, Chase... — (uby falava em vo$ bai"a. — Aentarei novamentequando ela se levantar, mas tenho certe$a de que no vai mudar de idia. — #im, sei que voc) aindano encontrou uma mulher que no possa ser persuadida a mudar de idia, mas eu no sou homem.

     — -unca tive que usar o meu charme com uma mulher... E nem saberia por onde começar/

     — Fem, voc) pode tentar. — Pobre %arota, duvido que consi%a resistir. — Pensei que voc)

    fosse direto para #+dnei/ — #im, vou sair por volta das de$ horas. — 0ei"arei o caminho livre. — !t mais, Chase.

    !le" estava deitada, de olhos fechados, quando (uby abriu a porta do quarto silenciosamente para ver se ela ainda estava dormindo. 0epois saiu sem fa$er barulho.

    Ento Chase &arshall achava que bastava levantar um dedo para que ela concordasse emfa$er o que ele queria/ Fem, estava muito en%anado, pois ela no mudaria de idia. -o era s' ofato dele ter confessado abertamente que tinha ficado mortalmente aborrecido em sua companhiaBera al%o que !le" ainda no tinha conse%uido definir, mas que a advertia a se manter lon%e deChase &arshall para o seu pr'prio bem.

    Aendo se preparado para resistir insist)ncia de (uby, !le" ficou surpresa quando ela saiu por volta das nove e meia para ir ao cabeleireiro, como fa$ia todos os s1bados pela manh, sem sedespedir.

    !le" no se arrumou com cuidado para receber Chase &arshall. #e ele queria surpreend)*la,ela iria fin%ir realmente que no o estava esperando. 0e in+cio, achou que devia colocar lo%o ascartas na mesa, de maneira franca e clara. &as depois, temendo parecer melodram1tica, preferiudi$er friamente a Chase que no ia mudar de opinio, que no ia para a sua fa$enda.

    !+ hesitou. Por que resolver tudo assim com tanta facilidade< Ele no merecia sofrer, mesmoque fosse s' um pouco< Por que no se divertir um pouco s custas do %rande Chase &arshall,dei"ando*o pensar que ela era realmente to in%)nua quanto ele acreditava< 7 ;antar da noite

    anterior no tinha custado muito para o bolso de Chase... Por que no um almoço, a%ora< #e elafosse esperta e usasse suas habilidades, conse%uiria muitas coisas dele.

    Duando a campainha soou, seu coraço começou a bater mais depressa. Estava perple"a, poisChase deveria querer muito o casamento da irm com o vi$inho para se preocupar desse ;eito. Por que criar tantos problemas s' para convencer aquele tal Ienry Frett de que (uby no iria passar asfrias com outro homem< Aendo at mudado seus planos de sair de &elbourne lo%o cedo s' paraconversar com uma %arota que, se%undo suas pr'prias palavras, o aborrecia mortalmente/

    !o abrir a porta, !le" teve que admitir que deviam e"istir pouqu+ssimos homens como Chase&arshall. !quela aura de poder e autoridade que o envolvia, sem d9vida, dei"ava qualquer mulher impressionada.

     — 7h/ — -o esperava encontr1*lo novamente, #r. &arshall. — (uby no est1. — 8oi aocabeleireiro.

     — (esolvi no via;ar esta manh — respondeu ele com um sorriso sensual, que at ento!le" desconhecia, acelerando ainda mais o pulsar de seu coraço. — E no foi por causa de (ubyque voltei.

     — Ento veio por minha causa — disse !le", num tom casual, enquanto Chase entravae fechava a porta.

     — #im, vim por sua causa. — Ele fe$ uma pausa, observando o ;eans e a camiseta que !le"usava. — :oc) tambm marcou hora com o cabeleireiro esta manh<

     — -o. — Eu mesma cuido dos meus cabelos.

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     — E cuida muito bem. Eles so muito bonitos. — Chase parecia sincero. Levantou amo e tocou suavemente uma mecha dos cabelos de !le". — Esta manh, sob a lu$ do sol, elesesto maravilhosos.

    Aentando manter a calma. !le" afastou a cabeça. Ainha vontade de desmascarar a falsidadedele, mas limitou*se a murmurar timidamenteB

     — &uito obri%ada. — Parece que voc) recusou o convite de (uby para passar as frias com ela em Coolabra,

    no <

    !le" no esperava que ele tocasse no assunto assim to rapidamente e de forma to clara.

    !inda no estava preparada para enfrent1*lo. #em d9vida Chase iria bombarde1*la com milar%umentos para que ela aceitasse o convite. -o entanto, para sua completa surpresa, ele continuou=

     — Escute, tenho que ir a @eelon%. — 8ica mais ou menos a cinqenta quilHmetros daqui.

     — Por que voc) no vem comi%o para que eu possa lhe falar sobre Coolabra durante ocaminho< — :1 assim como est1, se quiser. — -'s podemos comprar al%uns sandu+ches e fa$er um

     piquenique na praia.

    !le" teve que se se%urar para no rir. Eles pareciam estar ;o%ando o mesmo ;o%o, s' que comdiferentes intenç?es. 7 dese;o de ver a irm casada com Ienry Frett era to %rande que Chase nose incomodava em passar o dia com al%um que o aborrecia tanto/ &as no era e"atamente isso oque ela estava plane;ando<

    Duase que !le" aceitou a su%esto dele e foi vestida como estava, mas lembrou*se a tempo deque queria se divertir um pouco s custas de Chase &arshall. #e ele estava pensando que ela ia secontentar com al%uns sandu+ches e um refri%erante, estava muito en%anado/ Com um sorriso, pediua Chase que esperasse um pouco enquanto trocava de roupa.

    Em seu quarto, !le" pensou em como dei"1*lo irritado. Fem que poderia fa$)*lo esperar uma meia hora. #e ele no tivesse paci)ncia, que fosse embora so$inho/

    Ele no foi. Chase ainda estava na sala quando !le" apareceu, depois de quase meia hora. Eleestava sentado numa poltrona, tomando ch1 e lendo um ;ornal do dia anterior.

     — Encantador — comentou ele, observando*a com atenço. — :aleu a pena esperar.

     — 0emorei muito para me trocar< — !le" parecia a mais inocente das criaturas.

     — -o tem importncia. — Chase levantou*se da poltrona. — Com paci)ncia eu sempreconsi%o o que quero.

     — &as deve ter se aborrecido mortalmente. — !le" preferia no ter dito aquelas duas

    9ltimas palavras. — -o. — Chase lançou*lhe um olhar a%udo, demonstrando de certa forma que se lembrava

    das pr'prias palavras. — Como voc) pode ver, eu me senti em casa. — #ervi*me de ch1 e fiqueilendo o ;ornal. — :amos<

    @eelon% era um porto muito ativo, respons1vel por vinte e cinco por cento das e"portaç?es detri%o da !ustr1lia. Chase parou o carro em frente a um %rande edif+cio e dei"ou !le" esperando por ele, enquanto ia resolver os seus ne%'cios.

     — #entiu muito a minha falta< — Per%untou ao che%ar, depois de al%uns minutos.

     — Para di$er a verdade, nem senti o tempo passar.

     — Due tal almoçarmos< — -o est1 com fome<

     — #im, s' que no estou com vontade de fa$er piqueniques na praia — disse !le".

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     — :oc) foi tomada por uma s9bita averso pela praia ou por mim<

     — &as l'%ico que no/

     — -o se preocupe, um piquenique na praia talve$ no se;a realmente uma boa idia.

     — #uponho que voc) no tenha tra$ido o maiH e, com certe$a, no o tipo de %arota queentra na 1%ua nua.

     — :oc) %ostaria que eu entrasse<

     — Eu desconheço seus h1bitos. — &uitas %arotas, ho;e em dia, no se importam em nadar nuas. — ! deciso toda sua. — E eu at posso virar as costas enquanto voc) nada, caso queira.

     — -o, muito obri%ada — recusou friamente. #entiu*se como uma %arotinha confusa eodiou*o por estar rindo dela ostensivamente.

     — Audo bem. — Aalve$ outro dia, quem sabe. — :amos para um restaurante,ento.

    !le" permaneceu em absoluto sil)ncio enquanto ele diri%ia.

    7 almoço foi delicioso, e muito caro, e"atamente como ela tinha plane;ado. Chase lhe fa$iamuitas per%untas, como se no estivesse interessado na saborosa refeiço que estava sua frente.

     — :oc) tem namorado em #+dnei< — Ele per%untou de repente.

     — -o — respondeu.

     -o havia ra$o para mentir. 0epois daquele fim*de*semana, nunca mais pretendia encontrar Chase &arshall.

     — Fonita do ;eito que , voc) deve conhecer uma porço de rapa$es/

     — &inha me %osta muito da vida social e por isso convivemos com uma porço de casais

    que tambm t)m filhos da minha idade, talve$ um pouco mais velhos. — &as no me interesso por nin%um em especial.

     — Com a sua idade, voc) pode se dar ao lu"o de no ter pressa.

    Pela primeira ve$ !le" sentiu*se %rata a ele, at compreender que, provavelmente, Chaseestava pensando em (uby. Por que ser1 que ele achava que a irm devia se casar ;1< Com vinte eseis anos ela ainda era muito ;ovem.

     — #e voc) est1 se referindo a noivados e a casamentos, saiba que eu s' pretendo começar a pensar nesse assunto daqui a al%uns anos — disse ela, pensando que poderia estar a;udando (uby.

     — 7u at que al%um homem faça com que voc) mude de idia — respondeu ele, enquanto

    dei"avam o restaurante.Chase insistiu para que fossem dar uma volta pela cidade e fe$ questo de mostrar a !le" os

     pontos tur+sticos mais importantes. Em dado momento, parou em frente a uma barraca e comprouum lindo buqu) de rosas amarelas para ela.

     — -o so como as rosas amarelas in%lesas, mas a cor combina e"atamente — disse ele,entre%ando*lhe o buqu), com os olhos fi"os em seus cabelos.

    Enrubescendo levemente, ela aceitou as rosas. Chase pareceu ficar satisfeito e !le" suspeitouque estivesse tomando seu embaraço como um ind+cio de que ;1 tinha sido vencida pelo ine%1velcharme dele.

     — 7ra, obri%ada, #r. &arshall/ — !%radeceu*lhe e no ficou surpresa com o pedidoarro%ante para que o chamasse de Chase. &as achava imposs+vel cham1*lo pelo primeiro nome. -ofim ela passou a no cham1*lo por nome nenhum, esperando que ele no percebesse.

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    21 passava das seis horas quando voltaram para &elboume e, alm do buqu) de flores, ele a presenteou com uma enorme cai"a de bombons, v1rias revistas e um frasco de perfume. Duando!le" quis protestar, Chase sorriu e disse que ela podia dividir tudo aquilo com (uby. Como no

     pretendia fa$er isso, sentiu*se nervosa por uma poss+vel imprud)ncia.

    7 que a dei"ou preocupada foi Chase no tocar mais na sua ida a Coolabra. &esmo quandoche%aram ao apartamento, ele nada disse. #er1 que tinha mudado de idia< &as, ao olhar os

     presentes que ele lhe tinha dado, che%ou concluso de que nenhum homem %astaria tanto se notivesse nada em mente.

     — Enquanto voc) escolhia o que ia comer, no restaurante, eu telefonei para (uby e marcamosum ;antar para esta noite. — :oc), eu, ela e al%uns conhecidos — Chase, informou pouco antes desair.

    !le", bastante tensa, esperando que a qualquer momento ele tocasse no assunto de Coolabra,no respondeu imediatamente. -o esperava por aquele convite e sentiu*se perturbada. Confusa,fitou*o e disse=

     — -o sei se posso ir.

    ! e"presso de Chase mudou instantaneamente. #eus l1bios comprimiram*se numa e"pressode desa%rado e seus olhos faiscaram por um instante. !le" estava certa de que ele havia ficadonervoso por ela no ter pulado de ale%ria ao ser convidada para ;antar novamente em suacompanhia. #em d9vida Chase ainda queria que ela fosse para Coolabra, seno no faria maisaquele convite. #' que, pela sua e"presso, ele parecia ;1 estar perdendo a paci)ncia. ! hesitaço de!le" em acompanh1*lo naquela noite devia t)*lo dei"ado e"asperado.

     — 0esculpe... — 0isse ela, pensando num bom ar%umento para recusar definitivamente o convite.

     — :oc) me disse que no tem namorado. — Pelo menos que no namora nin%um a srio.

     — &as no isso,  

    que... — Ento< — (epentinamente Chase pousou sua mo no ombro de !le", pressionando*o

    com força. !quele contato fe$ com que ela estremecesse involuntariamente.

    Ele se apro"imou ainda mais e !le" temeu no conse%uir resistir ao fasc+nio que Chasee"ercia sobre ela. 8itando*a intensamente, ele per%untou=

     — :oc) %ostou de ter passado o dia comi%o ho;e, no  , !le"<

     — #im...

     — Ento, tudo bem — disse, soltando*a. — :e;o voc) mais tarde, l1 pelas oito.

    CAPÍTULO III 

    0epois de entrar no carro, Chase voltou*se para ela e disse=

     — :oc) vai para o restaurante com (uby, mas eu a trarei de volta.

    &ais tarde, quando eles voltaram a se encontrar, Chase estava caloroso e %entil, como senunca tivessem discutido ou trocado palavras desa%rad1veis.

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    Ele e"tremamente charmoso, pensou !le", observando como as outras mulheres tambmficavam impressionadas com o tipo m1sculo e levemente arro%ante de Chase. Ela se sentiaintimamente %rata por saber o que ele pensava a seu respeito, pois seria capa$ de sucumbir aosencantos dele como as outras %arotas.

    Duando Chase a convidou para dançar, depois do ;antar, dei"ou que a abraçasse. #orriu paraele, sedutora, tentando a%ir como as ami%as a%iam quando dançavam com al%um. !pesar de um

     pouco apreensiva com o efeito causado por seu sorriso, %ostou de ver os olhos de Chase se turvaremde um modo estranho e de sentir que os braços dele apertavam*na com mais intensidade.

    Chase tinha prometido lev1*la para casa e de fato o fe$. (uby no os acompanhou, pois foi auma reunio em casa de ami%os. !le"ander no estava com ela naquela noite, e !le" ima%inou quetivesse sido por causa de Chase. Podia estar en%anada, mas teve a n+tida impresso de que durante o

     ;antar ele quis dei"ar bem claro s pessoas presentes que ela se chamava !le" e que dividia oapartamento com (uby. !inda suspeitando estar sendo usada, !le" sentiu um misto de triste$a e deraiva.

    Duando Chase parou o carro em frente ao edif+cio onde elas moravam e voltou*se para

    encar1*la, !le" pensou que ele fosse lhe per%untar o que tinha resolvido sobre CoolabraB mas Chaseno tocou no assunto. Em outras circunstncias, ela diria tudo o que estava sentindo, mas, temerosade que ele acabasse descarre%ando toda a sua arro%ncia e impertin)ncia, resolveu se calar. Duantomais tempo perdesse, mais raiva Chase sentiria, e esse era o principal ob;etivo de !le". Estava feli$

     por poder lhe dar uma liço que, tinha certe$a, ele ;amais esqueceria.

    Duando Chase lhe per%untou, porm, se tinha al%o para fa$er no dia se%uinte, ela sesurpreendeu ao responder que no.

     — Ento por que no ficamos ;untos< — Chase sorriu e, em se%uida, bei;ou*lhe uma dasmos.

    !o sentir o toque de seus l1bios, !le" teve vontade de sair correndo dali. 7 contato quente do

    corpo de Chase, enquanto dançavam h1 poucos minutos, ;1 tinha sido o bastante. Pu"ou ento amo com força e, lo%o em se%uida, tentou sorrir, di$endo=

     — #e voc) quiser... — !parentava uma calma que no sentia.

     — Wtimo — respondeu, seco.

    Chase veio apanh1*la na manh se%uinte s oito horas, e foram passar o dia numa linda praiadeserta.

     — -o uma praia e"cepcional, como as das ilhas Farrier (eef, mas acredito que se;a perfeita para passarmos al%umas horas. — Chase sorriu.

     — -unca estive em Farrier (eef.

     — Posso lev1*la at l1 se quiser. — Ele olhou para ela. !le" estava usando um biqu+niamarelo e sentiu*se enver%onhada ao se dar conta de que Chase a e"aminava com indisfarç1velinteresse.

     — 8rancamente, #r. &arshall/ — !le" procurou ser cautelosa. — Duer di$er que osenhor estabelece re%ras diferentes para sua irm e para as outras %arotas, no <

     — -o estava propondo nada de indecoroso. — :oc) tem uma ima%inaço muitofrtil, #rta. Latham. — Estava pensando em irmos de Coolabra at l1. — -o muito lon%e.

     — &as para isso eu teria que ir a Coolabra.

     — 7ra, o que isso, !le"/ — Estamos fa$endo um ;o%o, voc) e eu, e at que tem sido muitodivertido. — &as n's dois estamos sabendo que voc) vai para Coolabra.

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    !le" daria tudo para %o$ar tranqilamente o pra$er de estar naquela linda praia deserta semter que discutir ou bri%ar. Porm, tinha che%ado o momento, e ela no podia recuar.

     — Lamento, mas no verdade — disse.

     — :oc) vai se arrepender, %aranto/ — #eu olhar a envolvia como que num estranho abraço.

     — Coolabra um lu%ar fant1stico, !le"/

     — Em nenhum momento eu duvidei disso, mas acontece que no sou sua irm para que osenhor me obri%ue a fa$er o que dese;a.

     — &as posso fa$er outras coisas — disse Chase num sussurro, apro"imando*se.

    :estia apenas um min9sculo calço preto. #eu corpo peludo e musculoso, bem pr'"imo aodela, fe$ com que o seu coraço disparasse. Ele tinha os olhos fi"os nos seios arque;antes de !le"que, tremendo, sentia*se incapa$ de se afastar dali.

    Embora muito pr'"imo Chase no che%ou a toc1*la. !le" nunca tinha se entre%ado a nenhumhomem e instintivamente sabia que ele no iria tentar possu+*la força. Era apenas uma ameaça...

    &as tinha medo de no resistir at o fim caso Chase resolvesse ir mais lon%e naquelee"citante e estranho desafio sensual.

     — !le", acho que voc) nunca viveu um caso de amor. — Aenho certe$a de que nunca teveuma e"peri)ncia mais profunda com al%um. — Para mim voc) como a Fela !dormecida e eu novou tentar sedu$i*la como faria com outra. — Pelo menos, por enquanto.

    !s palavras de Chase tiraram !le" de sua letar%ia momentnea.

     — Est1 querendo di$er que, se eu fosse outro tipo de mulher, o senhor estaria disposto a fa$er amor comi%o s' para me convencer a ir para Coolabra<

     — 7h, 0eus/ — >mpaciente, Chase se%urou*a pelos ombros, apertando com seus

    dedos fortes a pele delicada de !le". — Eu podia bater em voc) por isso/ — #' estava querendodi$er que uma outra mulher me acharia atraente o bastante para querer passar al%umas semanas nafa$enda comi%o. — E ela seria bem recompensada, disso estou certo.

    (ecompensada em que sentido< Per%untou*se !le". >sso si%nificava que Chase estaria por  perto. &as ele no tinha dito a (uby que ficaria na fa$enda apenas por uns dois dias< :aidoso comoera, devia estar se oferecendo como recompensa. &as assim que ela tivesse se instalado emCoolabra, ele simplesmente desapareceria. Para um homem c+nico como Chase, seria muito f1cil.

    Provavelmente ele nem se preocuparia em arrumar uma desculpa/

    &as no era tola para cair naquele tipo de conversa. Lembrou*se de que tinha uma desculpa perfeita para no aceitar o convite. ma desculpa que nenhum ar%umento de Chase poderia destruir.

     — :oc) se esqueceu que eu no tenho direito a frias. — &esmo se quisesse, no poderia ir.

     — -isso a %ente d1 um ;eito. — Estamos numa 'tima poca para via;ar para o -orte. — 7clima ;1 est1 mais fresco.

     — Pode ser, mas acontece que no quero lar%ar o meu empre%o. — Eu at poderia arrumar outro depois, mas %osto muito deste.

     — 21 disse que dou um ;eito para voc) sair por al%umas semanas, sem lhe criar problemas.

     — 7 senhor<

     — #im. — #ou um dos donos da empresa onde voc) trabalha.

     — Estou espantada. — 7 senhor sempre conse%ue manobrar a vida das pessoas assim tofacilmente<

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     — Xs ve$es eu sei o que melhor para as pessoas muito mais do que elas mesmas.

     — Como (uby<

     — E voc) — completou ele.

     — #into muito, #r. &arshall, mas qualquer atitude sua no vai me fa$er mudar de idia.

     — !lm do mais, (uby e eu no somos muito +ntimas. — &as ela tem a;udado voc), no tem<

     — #ou muito %rata a ela por tudo, como ;1 lhe disse, mas no vou para Coolabra. — Est1decidido.

    (epentinamente Chase pareceu concordar.

     — :amos esquecer tudo isso, ento. — (ecuso*me a passar um fim de semana discutindocom uma %arota to bonita. — Aalve$ voc) ainda resolva ir para Coolabra.

    &ais tarde, ;antaram ;untos novamente. !le" ficou surpresa por Chase t)*la convidado, ap's aconversa que tinham tido na praia. 8icou ainda mais confusa quando ele disse que no havia

    necessidade de irem para casa trocar de roupa. 2antariam como estavam.Duando a levou de volta para o apartamento, Chase voltou*se inesperadamente para ela e

    disse=

     — Aemos que nos despedir, infeli$mente. — &as tive muito pra$er em conhec)*la. — -averdade acredito que vou sentir a sua falta. — E voc), !le"<

     — -o/ — (espondeu.

     -isso percebeu os l1bios de Chase muito pr'"imos de sua boca, mas desviou o rosto a tempoe ele se limitou a lhe dar um bei;o fraternal. !le" sentiu o corpo dele tenso. Por um momento, foicomo se tivesse sido atin%ido por um raio. Ela, por sua ve$, teve uma sensaço estranha= um dese;o

    incontrol1vel de se ;o%ar nos braços dele, e se entre%ar inteira... !o se dar conta do peri%o, saiu docarro e disse com vo$ abafada=

     — Foa noite e adeus.

    Em seu quarto, sentou*se na cama e sentiu a cabeça %irar. Aodas as veias de seu corpo pareciam late;ar. Como Chase &arshall podia perturb1*la desse ;eito< 21 tinha sido bei;ada muitasve$es, mas nunca rea%ira assim.

    #er1 que o estava amando< &as por que se apai"onaria por um homem que, alm de via;ar sem parar, tratava as mulheres com to pouco caso< Era uma loucura/ Estava to absorta em seus

     pensamentos que levou um susto quando o telefone tocou.

    !le" sabia que no podia ser Chase, pois ainda no tivera tempo de che%ar a seu apartamento.!ssim, conse%uiu pe%ar o telefone com a mo menos tr)mula.

     — !le", querida, voc)<

    Era sua me. !l%uns minutos depois !le" desli%ou o aparelho, a%ora com a mo tr)mula.

    Estava completamente atordoada com o que tinha acabado de saber.

    #ua me lhe disse que ia para &elboume naquele fim de semana com uma ami%a in%lesa eque 0on 8isher as levaria. Contou que o pai dele tinha lhe dado al%uns dias de fol%a especialmente

     para a via%em, e que 0on daria de presente a ela um bel+ssimo anel de noivado.

     — 7 pai dele a%ora muito importante em #+dnei, !le" — continuou ela. — Ele me disse pessoalmente que concorda que 0on e voc) se casem.

     — &as no posso me casar com 0on 8isher/ — Protestou !le". — Eu no o amo/

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     — Due boba%em, querida/ — 0on lo%o vai fa$)*la mudar de idia.

     — Eu no estarei aqui.

     — -o< — Por que no<

     — Eu... — Com %rande dificuldade, !le" tentou se controlar. — Eu tenho de via;ar para o -orte, a serviço.

     — Para o -orte<

     — #im — respondeu !le". — Eles precisam de %ente no escrit'rio de uma das maioresfa$enda de %ado. — >sso acontece s ve$es e no posso recusar.

    Iouve um s9bito sil)ncio. !%ora era obri%ada a ir para Coolabra, isso se Chase &arshall notivesse mudado de idia, imploraria, se fosse preciso. !le" ficava nervosa s' de pensar nessa

     perspectiva, mas no era melhor do que ficar em &elbourne e ficar noiva de 0on 8isher<

     — :oc) sabe quanto tempo vai ficar fora< — ! #ra. Latham parecia contrariada edesconfiada.

     — Aalve$ duas ou tr)s semanas, no tenho muita certe$a. — !le" respirou fundo. — #equiser, telefone para o escrit'rio aqui em &elbourne.

     — 7h, est1 bem, acho que, como por pouco tempo, 0on no vai ficar muito desapontado.

     — :ou pedir que ele telefone para o seu escrit'rio no fim do m)s para saber quando voc)volta. — !cho que voc) devia pensar seriamente em pedir sua demisso e voltar para casa.

     — :ou pensar nisso — respondeu.

     -as pr'"imas semanas, tudo podia acontecer. #e %ostasse do -orte, poderia procurar umempre%o em 0arSin. 8aria qualquer coisa para escapar das %arras de sua me.

     -o foi f1cil telefonar para Chase e di$er*lhe que tinha mudado de idia. Levou muito tempo

     para criar cora%em. -aturalmente ele ia pensar que aqueles poucos momentos que ela passara emseus braços a tinham levado a reconsiderar o assunto. 8inalmente discou o n9mero.

     — #im< — (espondeu ele.

     — !qui !le" Latham, #r. &arshall. — Eu... (esolvi ir para Coolabra.

     — uma mudança muito brusca — observou, seco. — Por qu)<

    !le" no queria lhe dar maiores e"plicaç?es, pois isso envolveria 0on 8isher e sua me.

    Como poderia e"plicar a um homem como Chase &arshall como era a me< 7u como era0on< Chase simplesmente cairia na risada. E embora no se importasse com 0on, no suportaria

    que Chase risse de sua me. — Eu mudei de idia subitamente. — #ou assim mesmo...

     — interessante saber disso.

     — &inha me acabou de telefonar e eu lhe disse que iria para Coolabra.

     — :oc) est1 com muita certe$a, no acha< — 0epois daquela sua recusa cate%'rica...

     — Ento o senhor no quer que eu...

     — Eu no disse isso. — Chase fe$ uma pausa. — #ua presença necess1ria para acertar avida de (uby.

     — 7 senhor disse que poderia resolver o meu problema no escrit'rio, no < — #im. — 0ei"e tudo comi%o. — 7bri%ado, #rta. Latham. — Entrarei em contato

    com voc).

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    !le" desli%ou o telefone com a impresso de que Chase tinha sido indiferente. Era 'bvio queestava convencido de que ela pretendia ir com (uby desde o começo e que fin%iu o contr1rio apenas

     para conse%uir dele tudo o que pudesse. Dueria ter lhe contado toda a verdade, mas no conse%uiu.

    Ar)s dias depois ela estava em Coolabra. (uby e ela foram de avio at !lice #prin%s, ondeestavam sendo esperadas pelo administrador da fa$enda, e depois foram levadas para Coolabra noavio particular de Chase.

     — m deles — informou (uby, ao notar a surpresa de !le". — Ele via;a para todos oslu%ares de avio e tem v1rios.

    0reS FlaMe, o administrador, era um rapa$ simp1tico de pouco mais de trinta anos. (ubycomeçou a conversar com ele.

     — -o sei por que Chase se empenhou tanto em me tra$er para casa, 0reS, !le" e eu +amos para o (eef. — (uby no parecia se incomodar por ser aquela a primeira ve$ que !le" ouvia falar sobre aquilo.

     — -'s no questionamos seu irmo, (uby — replicou 0reS. — >ma%ino que ele deva ter suas ra$?es.

     — Ele ainda est1 em Coolabra<

     — Ele s' che%ou ontem e disse que est1 pensando em ficar.

     — -ormalmente ele s' fica dois ou tr)s dias. — :oc) deve ter entendido mal.

    !le" estava confusa, com o seu interesse dividido entre Chase &arshall e a paisa%em. 0epoisde al%um tempo, 0reS e"clamou=

     — !+ est1 Coolabra/

    !le" prendeu a respiraço. Parecia estar sobrevoando o interior da >n%laterra. ! sede dafa$enda cercada de 1rvores, os campos imensos e tranqilos dei"aram !le" emocionada. Aeve a

    impresso de que aquele lu%ar sempre esteve ali a sua espera.

    !ssim que desceram do avio, !le" viu uma caminhonete se apro"imar. Era Chase &arshallquem a diri%ia. Duando ele estacionou perto do avio e se apro"imou deles, ela notou que a roupaque Chase usava — uma calça de brim, camisa "adre$ e um chapu de vaqueiro — dava*lhe umaapar)ncia ainda mais autorit1ria e viril.

     — Foa*tarde, !le". — Fem*vinda a Coolabra. — #eu olhar passeou lentamente pelasdelicadas feiç?es de !le".

    Ela parecia cansada e abatida. Chase apro"imou*se, fitando*a nos olhos, e por um brevemomento !le" sentiu que o mundo era s' deles.

     — !le" pode muito bem cuidar de si mesma, Chase — disse (uby. — Ela parece muitofr1%il, mas pode estar certo de que no .

     — Dualquer idiota percebe que ela no est1 bem. — Esse vHo costuma dei"ar muita %enteassim.

     — Pode ser que sim. — Com uma e"presso de indiferença, (uby caminhou em direço caminhonete. !le" a se%uiu, enquanto Chase e 0reS cuidavam da ba%a%em.

    Duando che%aram sede da fa$enda, encontraram a #rta. &arshall, tia de (uby e Chase, quecuidava da casa. Parecia ter mais de sessenta anos, porm era bastante conservada e seu rostosimp1tico transmitia muita ;ovialidade.

    Como Chase, ela percebeu sinais de cansaço em !le".

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     — (uby, melhor levar a #rta. Latham para cima e lhe mostrar o quarto cor*de*rosa. — !#ra. Qoun% servir1 o ch1 daqui a meia hora, o que dar1 tempo suficiente para voc)s se refrescarem.

    Chase, depois de ter apresentado !le" para a tia, desapareceu. &as quando ela desceunovamente, ele estava sentado com a #rta. &arshall na sala.

     — Entre, minha cara. — Iarriet &arshall estendeu*lhe a mo. — 7nde est1 (uby<

     — Ela no est1 com vontade de tomar ch1... — -ervosa, !le" sentou*se na poltronaque a #rta. &arshall lhe indicou.

     — Chase, voc) ;1 contou a (uby que Ienry vir1 aqui mais tarde< — Per%untou ao sobrinho.

     — -o, ainda no. — #eus olhos estavam fi"os em !le", que usava a%ora um vestido devero decotado.

    Ela percebeu o sorriso no rosto dele. #er1 que estava se divertindo s suas custas<

    CAPÍTULO IV 

     — 7 que voc) est1 achando de tudo isto aqui, !le"<

     — !inda no tive tempo para... — Aalve$ no fosse essa a resposta ideal. Corri%iu*se, emse%uida, e"clamando= — !chei maravilhoso/ — -unca na minha vida tinha visto al%o assim/

     — :oc) est1 se referindo a casa<

    !le" pousou seus olhos na "+cara que se%urava. -aturalmente Chase pensava que ela haviavisto apenas a casa, que por sinal era e"tremamente confort1vel e ele%ante. Estava certa de que acasa impressionaria a qualquer mulher que estivesse acostumada a conviver apenas com omelhor.

     — ! casa bonita, claro, mas no foi a primeira coisa que vi, quando che%uei a Coolabra.

     — :oc) quer di$er que ficou impressionada com a propriedade, ainda dentro do avio<

     — #im. — #eus olhos fitaram Chase com uma e"presso de des%osto. — -o ria/ — -ocreio ter sido a primeira pessoa a ficar encantada ao ver a sua fa$enda ainda dentro do avio/

     — -o olhe para mim como se eu a estivesse acusando de al%uma coisa. — #e voc) di$ quese apai"onou por Coolabra primeira vista, eu seria o 9ltimo a desaprov1*la, mas no se dei"elevar pelas primeiras impress?es. — Coolabra muito %rande para se ver de uma ve$ s'.

     — #em d9vida. — ! srta. &arshall sorriu. — uma %rande e"tenso de terra, e essa apenasuma das nossas fa$endas.

     — (uby me disse que Coolabra fa$ parte de uma companhia.

     — Chase a companhia, querida. — ! srta. &arshall parecia or%ulhosa dosobrinho. — ele quem diri%e tudo. — 0epois de uma pausa, per%untou= — ! prop'sito, fa$ muitotempo que conhece (uby, #rta. Latham<

     — Elas trabalham no mesmo escrit'rio e moram ;untas, desde que a #rta. FecM dei"ou oapartamento — e"plicou Chase, antes que !le" pudesse responder.

     — 7h, sim, claro. — Due hist'ria de amor mais e"traordin1ria, a da srta. FecM, no <

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     — >ma%ine conhecer um homem ho;e, e daqui a uma semana ;1 estar se casando comele/ — Como Chase no fi$esse nenhum coment1rio, a #rta. &arshall voltou*se para !le".

     — :oc) no acha espantoso, minha cara, apai"onar*se desse ;eito por um homem<

     — Como !le" nunca se apai"onou, no devemos fa$er esta per%unta a ela — Chase provocou*a.

     — &as isso no quer di$er que me falte ima%inaço — respondeu, indi%nada.

     — 7h, sem duvida. — E quem sabe, como a #rta. FecM, voc) talve$ um dia resolva colocar em pr1tica o que s' sabe na teoria. — Ela deve ter descoberto que a vida, na realidade, foi feita

     para ser vivida.

    !le" suspirou aliviada ao terminar o ch1. Chase saiu da sala para resolver al%uns problemas eela pode conversar um pouco com a tia dele.

     — Chase sempre tem muito que fa$er — disse a #rta. &arshall. — Espero que um diaarrume uma %arota compreensiva e sosse%ue um pouco. — Estou certa de que se ele tivessemulher e filhos iria parar mais tempo em casa e no via;aria a toda hora.

     — Ele tem namorada< — (uby ;1 havia lhe dito que ele namorava al%um, mesmo assim!le" fe$ a per%unta.

     — Ele estava namorando at h1 pouco tempo — respondeu a tia. — ma artista de cinema,ou al%o parecido. — -o era o tipo de %arota que iria querer morar aqui.

     — -unca se sabe, s ve$es...

     — Fom, isso a %ente nunca vai saber mesmo, minha filha, pois ela no mais namorada dele.

     — Chase me disse que estava procura de uma %arota mais sens+vel.

     — !s %arotas muito sens+veis so quase sempre consideradas cansativas — 

    ar%umentou ela.8icou espantada quando a #rta. &arshall respondeu=

     — 8oi e"atamente o que ele disse, minha filha. — -o entanto, qualquer %arota seria melhor do que 0avina. — #' espero que, quando ele encontrar al%um, no se;a tarde demais.

     — Aarde demais< — Espantou*se ela. -o podia concordar com a #rta. &arshall, poisChase era um dos homens mais atraentes que tinha conhecido e em plena forma f+sica.

     — -o me refiro idade, minha querida. — !s mulheres o consideram muito charmoso,mas ele raramente as leva a srio, isso. — Como eu %ostaria que Chase encontrasse uma boa%arota/

    &ais tarde, durante o ;antar, !le" sentia seus olhos se voltarem com freq)ncia para Chase.Ele, como anfitrio, estava perfeito. Como de h1bito, parecia indiferente a tudo, mas na

    verdade no dei"ava que nada sa+sse errado. Ela sentiu*se feli$ por ter tido tempo de comprar aquele vestido de noite sofisticado, antes de dei"ar &elboume. !penas se sentiu um tanto sem %raçaquando percebeu que os olhos de Chase freqentemente se fi"avam no decote um tanto ousado, quedei"ava vis+vel parte de seus seios.

    Ienry Frett che%ou a tempo de ;antar com eles. !le" no pHde dei"ar de sorrir quando percebeu o quanto (uby repetia seu nome durante o ;antar, e como Ienry parecia satisfeito ao ouvi*la.

    0epois de terminada a refeiço, Ienry per%untou se poderia levar (uby para dar um passeiode carro. Chase concordou, entusiasmado, com o convite do vi$inho. &eia hora depois, ele pediu

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    licença e trancou*se no escrit'rio. ! #rta. &arshall foi falar com a %overnanta e !le",repentinamente so$inha, resolveu dar uma volta pelo ;ardim da casa, antes de se deitar.

    Duando estava prestes a entrar, !le" viu Chase caminhando em sua direço. !o v)*lo, disse=

     — 21 estava entrando.

     — Ao cedo< — Ele sorriu. — &as voc) saiu fa$ pouco tempo. — Eu ia su%erir quefHssemos com (uby e Ienry, mas depois achei que pod+amos atrapalh1*los.

     — :oc) me parece tranqilo demais. — !cha que ele vai perdo1*la<

     — Ienry acredita que no h1 nada para perdoar. — Chase sorriu novamente. — Aenhocerte$a de que tudo o que ele pudesse estar pensando foi posto de lado quando a encontrou aquicom (uby.

     — E voc) no se importa de ser c9mplice dessa mentira<

     — :oc) est1 se preocupando a toa — respondeu com calma. — Por que todo esse mauhumor< — Pelo que sei, no precisou contar nenhuma mentira a ele. — :oc) disse que trabalhavano mesmo escrit'rio de (uby, e isso ;1 o bastante. — 0uvido que ele faça per%untas sobre as

    frias que supostamente minha irm e voc) passariam ;untas.

     — Duer di$er que se eles resolverem tudo satisfatoriamente eu ;1 posso ir embora<

     — -o, ainda no. — :oc) est1 sendo muito apressada. — Ienry no nenhum tolo. — Evoc) ter1 que ficar aqui para convencer as outras pessoas tambm. — &as no se preocupe, poistudo correr1 bem. — !penas os pais de Ienry vo querer conhec)*la, e voc) ter1 que ir a uma ouduas festas. — >sso tudo.

     — Ento eles vo casar<

     — 7u eles se casam, ou no me chamo Chase &arshall.

     — :oc) sempre a%e assim com as pessoas< — 0epende... — 0e repente ele pareceu lembrar*se de al%o. — @ostaria de saber por que

    voc) acabou resolvendo vir para c1. — 8icaria feli$ em saber que eu tive influ)ncia sobre a suadeciso, mas al%o me di$ que no tive nada a ver com isso, no <

     — E no teve mesmo, s' que no posso e"plicar o motivo real.

     — m dia voc) vai fa$er isso, tenho certe$a.

    !le" no disse nada. Parecia to improv1vel que no futuro eles ainda tivessem al%umrelacionamento/

     — -o quero pressionar voc), ;1 que no est1 pronta para compartilhar seus se%redos

    comi%o. — &uitas ve$es os se%redos das pessoas podem ser desinteressantes.

     — Concordo, mas tenho certe$a de que %ostaria de conhecer os seus. — Chase a%oraobservava o vento brincar com os cabelos de !le". #ua vo$ soou mais %rave quando ele voltou afalar= — @ostaria de saber mais sobre voc).

    !le" no estava bem certa do que ele queria di$er com aquelas palavras.

     — :oc) no tem medo de se aborrecer comi%o<

     — -em um pouco, pode estar certa.

     — &as de que adiantaria eu lhe contar os meus se%redos< — :amos passar to pouco tempo ;untos/ — #omos como dois navios que se cru$am numa noite em alto*mar/ — Ela olhou para

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    2ulia n3 456 * -as %arras de um sedutor * &ar%aret Par%eter 

    Chase com uma e"presso de an%9stia no olhar. — :oc) vai ficar aqui apenas dois dias, e depois eutambm irei embora/

     — 7s planos podem ser mudados. — Eu vou ou fico, depende da minha vontade.

     — :oc) sempre dei"a uma sa+da, no < — :oc) s' arrisca quando sabe que no vai perder ou se ma%oar.

     — -o, no verdade. — &as suspeito de que quem a%e assim voc). — Chase sorriu.

     — E isso no compreens+vel< — Pelo que sei, certas emoç?es podem se tomar de repentemuito estranhas/

     — Elas tambm nos proporcionam muitos pra$eres.

     — #endo homem, %aranto que voc) relaciona emoço com se"o, no <

     — E por que no< — #e"o uma coisa muito a%rad1vel e eu acho que voc) est1 perdendotempo por no e"periment1*lo.

     — !cho que o melhor no fa$er se"o antes do casamento, pois e"istem coisas mais

    importantes na vida do que o pra$er/ — -o estou propondo que tudo vire um prete"to para se conse%uir o pra$er, mas acredito

    que as pessoas que se%uem padr?es muito r+%idos de comportamento tomam suas vidas med+ocres,ou ento se transformam em pessoas med+ocres.

     — :oc) est1 insinuando que eu se;a med+ocre<

     — -o. — Ele percebeu o quanto !le" estava indi%nada. — :oc) ainda tem muito queaprender, !le" Latham, mas tambm tem muito que dar. — Pode ne%ar o que eu vou di$er, mas h1em seus olhos, para quem quiser ver, uma sensualidade pronta a e"plodir sobre quem conse%uir motiv1*la o suficiente/

     — -o se;a rid+culo/ — Ela deu um passo para tr1s, mais nervosa do que amedrontada. — &eus olhos no demonstram nada disso que voc) est1 di$endo/

     — -o mesmo<

    !le" tentou fu%ir, mas Chase foi mais r1pido, prendendo*a entre seus braços fortes.

     — !cho que ;1  tempo de voc) saber al%umas coisas sobre si mesma.

     — -o quero receber liç?es de voc)/

    #em lhe dar ouvidos, Chase se%urou o rosto de !le" com uma das mos e com repentinadoçura bei;ou*a nos l1bios.

    !le" quis se desvencilhar, mas ele a se%urou com mais força e voltou a bei;1*la. Dueria queele parasse, mas um calor estranho invadiu*lhe o corpo e, de repente, pensou que fosse desmaiar deemoço.

    Chase, aos poucos, levantou a cabeça e olhou para ela.

     — Eu suspeitava de que voc) fosse inocente, mas no a tal ponto. — !cho que voc) nuncahavia sido bei;ada de verdade antes, no <

    Pela primeira ve$ um homem tentava invadir a sua intimidade e !le" achou que no deviaaturar aquilo. 21 havia sido bei;ada antes, mas no daquela maneira, isso no podia ne%ar. E tambmnunca nin%um a tinha feito e"perimentar aquela sensaço= seu pulso estava acelerado, sentia frio ecalor ao mesmo tempo.

     -o sabia como resistir a Chase, mas devia pelo menos tentar.

     — -'s somos dois estranhos. — Eu no posso e no devo responder a voc).

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     — -o somos mais estranhos, depois deste bei;o — disse Chase, um pouco impaciente.

     — 0aria para voc) parar de tremer e rela"ar um pouco< — -o vou machuc1*la. — 7utro bei;o no vai lhe fa$er mal nenhum, prometo,

     — -o...

    0e novo ele abai"ou a cabeça para bei;1*la. ! princ+pio, !le" quis se esquivar, mas Chasevenceu*lhe a resist)ncia colocando toda a sua sensualidade naquele bei;o.

    ma estranha e"citaço tomou conta do corpo de !le", e ela s' dese;ava se entre%ar a Chase,sem pensar no amanh.

    Duando ele levantou a cabeça, !le" quis impedi*lo, pois sua vontade de perpetuar aqueleinstante de encantamento era forte demais. 8oi com dificuldade que conse%uiu di$er=

     — Est1 contente a%ora< — :oc) me dei"ou assustada/

     — :oc) sabe muito bem que eu no quis assust1*la. — #e e"iste al%um assustado, aqui, soueu. — Ele a encarava com uma e"presso c+nica, porm satisfeita. Parecia feli$ por ter conse%uidofa$er com que ela se entre%asse s suas car+cias.

     — #e voc) est1 pensando que eu %ostei disso, est1 muito en%anado/ — !le" quase %ritava,

     — E no quero que isto se repita novamente, est1 entendendo<

     — #ua mentirosa/ — 0a pr'"ima ve$ que eu bei;1*la, farei voc) en%olir o que acabou dedi$er, pode estar certa/

     — :oc) no tem o direito de falar assim comi%o/ — !le" estava e"asperada com a arro%nciade Chase.

     — 21 estava na hora de al%um lhe mostrar o outro lado da sua personalidade. — 8oi o queeu tentei fa$er.

    !le" no respondeu. #entiu*se repentinamente e"austa para continuar a discusso. — :1 se deitar, !le", v1. — :oc) teve um dia muito cansativo, cheio de emoç?es... :1, e no

    se esqueça de dar boa*noite tia Iarriet.

     -a manh se%uinte, depois de ter passado quase toda noite em claro, !le" ficou sabendo que(uby tinha concordado em casar com Ienry. Duando !le" per%untou a ela se a #rta. &arshall ;1sabia, (uby disse=

     — 7h, sim. — Contamos para ela assim que che%amos, ontem noite. — Ela ficou muitofeli$.

    Ienry havia passado a noite em Coolabra, mas tinha resolvido voltar para casa lo%o ap's o

    caf da manh, levando (uby para visitar seus pais. !le" iria com eles. &ais uma ve$ tinhamdecidido tudo sem consult1*la. Ela no tinha vontade de ir a lu%ar nenhum, queria apenas voltar 

     para &elboume/

     — &as eu acabei de che%ar — disse ela. — Eu ainda nem conheci Coolabra/

    Chase, que se apro"imava, ouviu suas 9ltimas palavras.

     — :oc) tem ra$o. — E disse para Ienry= — Eu levarei !le" esta tardeB voc) pode ir a%oracom (uby.

     — &as ela pode muito bem vir conosco, e conhecer Coolabra depois, Chase. — -o h1necessidade de voc) ter todo esse trabalho — ar%umentou (uby.

     — Aenho certe$a de que os pais de Ienry no se importaro se me hospedarem tambm — respondeu Chase. — !le" e eu voltaremos amanh, depois do almoço.

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    !ssim que o casal se afastou, Chase per%untou a !le" se ela sabia andar a cavalo.

     — #ei, mas fa$ muito tempo que no monto.

     — >sso no tem importncia. — Chase parecia tranqilo naquela manh.

     — Espere um pouco que eu vou subir para me trocar. — !le" ;1 subia os de%raus, quando sevirou para Chase e per%untou= — :oc) tem certe$a de que no h1 nada para fa$er aqui, Chase<

     — -o escrit'rio, talve$< — :oc) est1 me pa%ando e eu sempre tive vontade de trabalhar noescrit'rio de uma %rande fa$enda. — 0etesto desperdiçar o meu tempo.

     — :oc) no pode trabalhar aqui, pois isso provocaria suspeitas. — &as no se preocupe, voudei"1*la ocupada durante todo o tempo. — !%ora corra e v1 se aprontar.

    ma hora mais tarde, quando caval%avam ;1 a al%uma distncia da sede da fa$enda, !le"sentiu*se feli$.

     — Audo isto encantador/ — E"clamou ela. — 7s p1ssaros, as flores, tudo to colorido/

     — Esta fa$enda to maravilhosa que conse%uiria inspirar qualquer pintor/ — -unca tinha

    estado num lu%ar to lindo assim/ — 8ico feli$ por voc) estar %ostando. — Chase sorriu, or%ulhoso. 8a$ia calor e quando eles

    avistaram um la%o, ela confessou=

     — Eu adoraria nadar/ — uma pena que no tenha tra$ido o meu maio.

     — :oc) pode nadar nua, se quiser — su%eriu ele. — Eu sempre fa$ia isso, sobretudo quando%aroto. — -o h1 nada mais %ostoso.

    Ela podia ima%inar/ Fem que %ostaria de e"perimentar a sensaço de nadar nua, mas achoumelhor desistir da idia.

    :isitaram %rande parte da fa$enda e !le" ficou impressionada com tudo o que viu. &esmo

    sendo uma fa$enda, no se podia di$er que Coolabra fosse um lu%ar solit1rio. — !cho que ;1 vimos muito por ho;e. — :oc) no me parece cansada, mas ainda temos

    muito que fa$er at a noite e eu ainda quero resolver al%umas coisas no escrit'rio.

     — Est1 certo, Chase.

     — :oc) at parece uma %arotinha, quando fala nesse tom/ — 7bservou ele, irHnico. — ma%arotinha acostumada a s' fa$er o que lhe mandam.

     — Pelo menos na minha casa.

    Chase che%ou mais perto, fa$endo com que suas pernas se tocassem, com a apro"imaço dos

    cavalos. — 8oi sua me quem ensinou voc) a a%ir assim<

    Ela assentiu silenciosamente, e uma e"presso de pesar tomou conta de seu rosto.

     — 0e certa forma...

     — Dual o problema< — Chase encontrou o tom de vo$ e"ato para lhe %anhar a confiança.

    0ecidiu, ento, contar seus se%redos a Chase.

     — &inha me quer que eu me case com al%um milion1rio.

     — E por que no< — :oc) bonita o suficiente para conse%uir arrumar um.

     — :oc) est1 caçoando de mim/ — acusou*o, an%ustiada, repentinamente arrependidade lhe ter contado.

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     — -o, !le", no estou. — #ua me deve ser uma mulher muito ambiciosa, mas o problema que no h1 muitos milion1rios soltos por a+.

     — Estou e"a%erando quando di%o que ela quer que eu me case com um milion1rio — retrucou !le". — Ela ;1 ficaria satisfeita se eu arrumasse al%um com uma situaço financeiramelhor do que a maioria das pessoas.

     — E voc) no ficaria< — :oc) no %osta da idia< — -o se;a tolo/ — -o consi%o me ver ao lado de al%um assim. — m homem com um

    sal1rio normal ;1 me bastaria, se eu o amasse.

     — #im, entendo, — Chase estava srio. — E ela tem al%um em mente<

     — Fem, um ou dois rapa$es...

     — Ento foi por isso que voc) saiu de #+dnei<

     — -o propriamente. — 8ui para &elbourne enquanto minha me estava na >n%laterra.

     — !chei que precis1vamos nos separar por um tempo.

     — E ela no tentou entrar em contato com voc), ainda< — Per%untou ele, enquanto pe%avaas rdeas do cavalo de !le" e o fa$ia parar, como se a resposta dela pudesse ser muito importante.

     — (esponda*me, !le"= ela entrou em contato com voc)< — Ela sabe onde voc) est1<

     — &inha me pensa que eu estou no -orte, trabalhando. — &as no precisa ficar nervoso por causa disso. — Eu no podia contar a ela o problema de (uby, concorda<

     — :oc) est1 me escondendo al%o, !le". — Aenho certe$a de que sua me ;1 tem al%um emmente para se casar com voc), e voc) sabe quem . — !cho melhor me contar tudo de uma ve$/

    Por um instante ele pareceu disposto a arrancar a qualquer custo a verdade de !le".

    Ela, ento, entrou em pnico. #em pensar no que fa$ia, pu"ou fortemente as rdeas das mosde Chase. 7 cavalo empinou, e quando !le" deu por si ;1 estava no cho.

    CAPÍTULO V 

    !le" ficou  -7 cho, im'vel, quase sem fHle%o. 21 ca+ra antes de um cavalo, mas era essa a

     primeira ve$ que tinha sido imprudente. 8icou de olhos fechados, pois no poderia suportar odespre$o estampado no rosto de Chase, que veio imediatamente em seu socorro.

     — !le"< — Chase e"aminou com cuidado o corpo dela para ver se no tinha fraturadonenhum osso e murmurou al%o que !le" no entendeu. Parecia muito perturbado.

    Enver%onhada por seu %esto, !le" se forçou a abrir os olhos. #orriu para que ele soubesse queestava tudo bem. !final conse%uiu di$er=

     — -o estou machucada. — :e;a... — &e"eu os braços e as pernas.

     — 7ra, sua desmiolada/ — Chase a%ora estava furioso. — :oc) podia ter morrido/

     — -em tanto — disse ela, tentando acalm1*lo. — #into muito...

     — #ente/ — #ubitamente, como se no conse%uisse e"pressar a sua irritaço de outramaneira, bei;ou*a com viol)ncia.

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    8oi pior do que a queda/ -a noite anterior ele tinha sido %entil, e a%ora a%ia como um bruto/

     — (ela"e — disse ele subitamente, com uma e"presso no olhar que provocou um arrepiona espinha de !le". >sso nunca tinha acontecido antes e ela sentiu medo.

     — Lar%ue*me/ — 0isse, esforçando*se para se libertar dos braços de Chase, que se deitava aseu lado na %rama.

    Chase hesitou, mas depois se afastou lentamente.

     — #into muito. — !le" levantou*se. — 8oi tolice minha assustar o cavalo daquele ;eito.

     — Eu simplesmente no pensei, na hora.

     — 0evia aprender a se controlar. — :oc) parece criança/

    0epois de al%uns momentos a raiva de Chase passou. Ele se voltou para os cavalos, que pastavam calmamente a al%uns metros de distncia.

     — :amos para casa — disse abruptamente, levantando*a e fa$endo*a montar o cavalo denovo.

    0epois do almoço !le" foi com ele visitar a fa$enda de Frett. — :oc) pode sair da fa$enda sempre que quiser< — Per%untou ela.

     — #e no pudesse, no sairia — respondeu ele. — 0reS FlaMe um bom administrador.

     — Ele no estaria aqui se no pudesse se virar sem mim, pois passo muito tempo fora.

    !pesar de no se abrir muito, Chase parecia mais am1vel do que uma hora antes. Ele devia t)*la perdoado. !pesar de se sentir infeli$, !le" se empenhou em continuar a conversa.

     — :oc) seria capa$ de lar%ar seus outros ne%'cios para viver aqui permanentemente<

     — #e eu me casasse, sim.

     — -o seria melhor per%untar a sua futura esposa se estaria disposta a viver numa fa$enda de%ado, antes de pedi*la em casamento< — !le" sorriu.

     — >ma%ino que ela %ostaria de viver em qualquer lu%ar, contanto que fosse comi%o. — Evoc), !le"< — Pretende passar o resto da sua vida num escrit'rio<

     — Eu %osto de trabalhar e esse tipo de serviço no enfadonho. — !lm disso, no meocupa demais. — Aenho muito tempo livre.

     — :oc) nunca pensa num marido e filhos<

     — !l%um dia vou pensar nisto, mas s' daqui a al%um tempo.

     — Aalve$ eu pudesse fa$)*la mudar de idia.!le" o fitou rapidamente, achando que ele estava $ombando dela. -unca ima%inou Chase

    como seu marido e certamente ele no devia estar se referindo a isso.

     — :oc) est1 pensando em apontar as vanta%ens do casamento para uma %arota<

     — #e isto a;udar a convenc)*la, pode ser que al%um fique muito a%radecido.

    Ento Chase estava falando em termos %erais. !le" devia ficar aliviada, mas sentiu*sere;eitada. Aentou disfarçar e lhe per%untou, rindo=

     — Audo isso fa$ia parte de um plano, ontem noite<

     — -o acredito que o que aconteceu ontem pudesse ser plane;ado, mas voc) correspondeumuito bem. — Ele tambm riu.

     — -o pode esquecer isto< — Per%untou !le", depois de al%um tempo.

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     — Eu s' esqueço que no tem relaço com o futuro — respondeu Chase.

     — Pode ter certe$a de que eu no tenho. — !le" estremeceu ao olhar para ele. — Eu noestarei aqui. — Lo%o irei embora.

     — :oc) vai ficar aqui por al%um tempo. — Eu tambm. — Pensei que ;1 tivesse lhe dito isso.

    #eria maravilhoso ficar ali, mas ela se sentiria melhor se Chase via;asse. Duando eleestava por perto, ficava nervosa, sentia*se inse%ura.

     — 7 que a sua namorada vai achar, se voc) ficar em Coolabra<

     — -amorada<

     — !quela atri$. — (uby me falou dela.

     — !h, 0avina<

     — 0avina Yilde<

     — Ela mesma. — E n's ;1 terminamos.

     — Duanto tempo durou< — Per%untou ela, para imediatamente se arrepender. — !l%uns meses. — &as nos separamos em bons termos.

    !le" quase lhe per%untou quais os termos, mas se conteve a tempo. Chase devia ser %eneroso, pois podia se dar a esse lu"o. ! mulher escolhida por ele provavelmente no precisaria e"i%ir nada.

    !le" no sabia por que o fato de ele ter sido amante de 0avina a perturbava tanto. #eriaci9me<

     — >ma%ino que voc) este;a procura de outra, no< — Per%untou friamente.

     — -a minha idade, !le", isso normal, mas posso viver sem uma mulher.

     — -o acredito. — Por que voc) no se casa com uma das suas amante