Maria de Fátima Mota Urpia XX ENCONTRO NACIONAL DOS CONSELHOS MUNICIPAIS DE EDUCAÇÃO.
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Maria de Fátima Mota Urpia
XX ENCONTRO NACIONAL DOS CONSELHOS MUNICIPAIS DE EDUCAÇÃO
Segundo o Relatório Desenvolvimento Humano 2007/2008, a esperança de vida à nascença, em 2005, era de 71%; a população sem acesso a uma fonte de água melhorada em 2004 era de 10%, o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), em 2005, era de 0,8% e o índice de pobreza humana era de 9,7% (PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O DESENVOLVIMENTO, 2009, p. 231- 274).
[...] de acordo com o Relatório de Monitoramento
Global de Educação para Todos, de 2006, são
aproximadamente 774 milhões de adultos
considerados analfabetos — sujeitos que não
dispõem das competências para ler, escrever e
contar (UNESCO, 2008, p.16).
o porto mortorealeza de póde pé morrem os sonhosLilian Maial
CONAE 2010 EJA
Margarida Machado / Fórum EJA Goiás
“A educação de adultos engloba todo o processo de aprendizagem, formal ou informal, onde pessoas consideradas ‘adultas’ pela sociedade desenvolvem suas habilidades, enriquecem seu conhecimento e aperfeiçoam suas qualificações técnicas e profissionais, direcionando-as para a satisfação de suas necessidades e as de sua sociedade” (Declaração de Hamburgo, 1997).
[...] geralmente o migrante que chega às grandes metrópoles proveniente de áreas rurais empobrecidas, filho de trabalhadores rurais não qualificados e com baixo nível de instrução escolar (muito freqüentemente analfabetos), ele próprio com uma passagem curta e não sistemática pela escola e trabalhando em ocupações urbanas não qualificadas, após experiência no trabalho rural na infância e na adolescência, que busca a escola tardiamente para alfabetizar-se (OLIVEIRA, 1999, p. 59)
[...]excluídos da participação dos bens sócio-culturais historicamente construídos, inclusive o direito à educação e aos meios de sobrevivência digna.
[..] trabalhadores ... raízes histórico-culturais em que foram se formando como ser humano-social.
Os sujeitos professores e alunos “têm a mesma gênese histórico-cultural” (LOPES,2010).
• “... aqueles que se igualam — apesar de serem diferentes no que diz respeito às questões de gênero, de etnia/raça, de geração — porque vivenciam experiências relativas à produção da existência ligadas à realização de atividades econômicas desvalorizadas socialmente.
• (... ) aquele que não teve acesso ao saber escolar, sujeito de direito, diferente, mas igual aos demais pelo lugar de classe que ocupa ( URPIA, 2009).
o fim maior da educação — a cidadania ou a emancipação humana;
a situação do mundo atual — a lógica que rege a sociabilidade no capital;
a natureza essencial da educação;
o campo específico da Educação de Jovens e Adultos.
• “(...) os seres humanos usufruem, no abstrato, de todas as liberdades, entretanto, a depender do lugar de classe no qual se encontram, muitos não usufruem de cada uma delas de modo igual a todos os outros” ( URPIA, 2009).
• “(...) a lógica é a manutenção da desigualdade real, em que pese à existência da igualdade formal — todos têm direitos iguais” ( URPIA, 2009).
“A educação de adultos engloba todo o processo de aprendizagem, formal ou informal, onde pessoas consideradas ‘adultas’ pela sociedade desenvolvem suas habilidades, enriquecem seu conhecimento e aperfeiçoam suas qualificações técnicas e profissionais, direcionando-as para a satisfação de suas necessidades e as de sua sociedade” (Declaração de Hamburgo, 1997).
Margarida Machado / Fórum EJA Goiás
• Concepção de EJA pós-LDB Lei 9394/96: Modalidade da Educação Básica
• Concepção de EJA pós V CONFINTEA: Educação ao longo da vida (1997).
• Concepção de EJA nas Diretrizes Curriculares Nacionais do CEB/CNE: Parecer 11/2000 e Resolução 1/2000: de supletivo para educação de jovens e adultos.
• PNE/2001• Documento Nacional Preparatório para a VI Confintea,
2008.• CONAE / PNE
• A universalização da educação formal / estrita é
impossível na lógica do capital. A transformação da
sociabilidade a que estamos submetidos não cabe a
educação ou as políticas públicas mas a forma como
os homens produzem sua existência – a forma pela
qual trabalham.
o fim maior da educação — a cidadania ou a emancipação humana;
a situação do mundo atual — a lógica que rege a sociabilidade no capital;
a natureza essencial da educação;
o campo específico da Educação de Jovens e Adultos.
“Há outros dias que não têm chegado ainda, que estão fazendo-se como o pão ou as cadeiras ou o
produto das farmácias ou das oficinas [...]”
(PABLO NERUDA, 2007).
LOPES, M. G. R. de A. A Especificidade do Trabalho do Professor de Educação de Jovens e Adultos. Disponível em:
www.anped.org.br/.../29ra/trabalhos/trabalho/GT18-2033--Int.pdf - Acesso em: 02 mar.2010
NERUDA, P. Últimos Poemas: O mar e os sinos. Porto Alegre: L&PM, 2007.
OLIVEIRA, Marta Kohl. Jovens e Adultos como sujeitos de conhecimento e aprendizagem. XXII Reunião Anual da ANPED. São Paulo, 1999.
UNESCO. Declaração de Hamburgo sobre Educação de Adultos. Conferência Internacional sobre Educação de Adultos – CONFINTEA. V, 1997. Disponível em: <www.fe.unicamp.br/gepeja/arquivos/VConfintea.pdf >. Acesso em: 15 mai. 2008.
------Relatório de Monitoramento Global de Educação para Todos Brasil 2008 Educação para Todos em 2015; Alcançaremos a meta? Brasília, 2008. Disponível em: http://www.brasilia.unesco.org/areas/educacao/institucional/EFA/relatoriosEFA.
Acesso em: 14 fev. 2009.
URPIA, M. F. M. Fórum EJA Bahia: implicação na definição da política pública da Educação de Jovens e Adultos. Dissertação (Mestrado). Universidade Católica do Salvador. Programa de Pós- Graduação em Políticas Sociais e Cidadania. Orientação: Profª. Drª. Kátia Siqueira de Freitas, Salvador, UCSAL, 2009.