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Maria Fernanda Bottino [email protected]

Qualidade de Vida (QV) na velhice

Geriatra

Médica assistente da disciplina de Geriatria UNICAMP

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Transição Demográfica

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Conceitos

Idade Cronológica

Idade Biológica62 anos 62 anos 91 anos91 anos

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Envelhecimento é um processo heterogêneo:

Controle das multimorbidades

Tabagismo

Etilismo Alimentação

Sedentarismo

Atividade Física

Rede de Suporte Social

Genética

Envelhecimento

Biológico

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- Envelhecimento Patológico-Alterações próprias do envelhecimento

- Diminuição da reserva funcional

- Diminuição da capacidade de manter homeostase

Senescência Senilidade

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Capacidade funcional durante a vida

A - B = SenescênciaA - B = Senescência

A - C = SenilidadeA - C = Senilidade

B - C = FragilidadeB - C = Fragilidade

CC

BB

AA

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Velho = Estigmatizado

Perdas, incapacidades, decrepitude, impotência, dependência, aposentadoria insuficiente

Senilidade entendida como senescência

Resultado:Subdiagnóstico (depressão, demência, fragilidade)SubtratamentoAumento da morbi-mortalidadePiora da QV

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Envelhecimento Bem Sucedido

Doenças nao

controladas

Sequelas

Declínio Funcional

Aumento

dependência

Perda autonomia

Isolamento social

Multimorbidades

controladas

Autonomia

Independência

Boa saúde física

Papéis sociais / ativo

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Desafio

Conseguir sobrevida cada vez maior com uma QV cada vez melhor

Não acrescentar apenas anos à vida mas sim vida

aos anos

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Envelhecimento Populacional

Maior carga de doenças crônicas não transmissíveis

(DCNT) ou degenerativas

Maior probabilidade de evolução para

incapacidades - física, cognitiva e social

(Neri, 2006; 2005; Ramos, 2002; Kalache et al., 1996)

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(Malta et al., 2006)

Carga de doença X Incapacidade

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Mudança de Enfoque

Tratamento Curativo

Controle das doenças

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Contexto da saúde do idoso

Presença de co-morbidadesApresentação clínica atípica

Condição de polifarmáciaRisco para incapacidades, dependência e

perda da autonomiaAlteração na funcionalidade

Chance de redução da qualidade de vida na velhice

Presença de multimorbidadesApresentação clínica atípica

Condição de polifarmáciaRisco para incapacidades, dependência e

perda da autonomiaAlteração na funcionalidade

Chance de redução da qualidade de vida na velhice

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Qualidade de Vida

Pigou (1920)

Primeira mençãoLivro sobre economia e bem-estar materialSuporte governamental para indivíduos das

classes sociais menos favorecidas e o impacto sobre suas vidas e sobre orçamento do Estado

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Qualidade de Vida

1960

O termo QV foi incluído como noção importante no relatório da Comissão dos Objetivos Nacionais do Presidente Eisenhower

Relacionada à educação, preocupação com o crescimento individual e econoômico, preocupação com saúde e bem-estar econômico dos americanos

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Qualidade de Vida

Ampliação do conceito:

QV objetivacrescimento econômico, desenvolvimento social,

boa condição de saúde, educação, moradia, transporte e lazer

QV percebida ou subjetiva:Avalia se as pessoas estão satisfeitas ou não com

suas vidas

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Qualidade de Vida

Dificuldade para definir o conceito

Está submetido à múltiplos pontos de vista, à época, à cultura, classe social, ao indivíduo

Varia para um mesmo indivíduo conforme o decorrer do tempo, estado emocional, eventos cotidianos

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Qualidade de Vida

OMS (1995)

Saúde: Bem-estar físico, mental e social

QV: “é a percepção do indivíduo acerca de sua posição na vida, de acordo com o contexto cultural e o sistema de valores com os quais convive e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações “

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Qualidade de Vida na Velhice

Lawton (1983) 4 dimensões:

Ambiental: Contexto físico, ecológico O ambiente deve oferecer condições adequadas à vida

das pessoas

Comportamental: Desempenho individual frente às situações

QV percebida: Avaliação da própria vida – influenciada pelos valores e

expectativas

Bem-estar subjetivo: Satisfação com a própria vida

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Qualidade de Vida na Velhice

Forte associação entre

QV percebidaBem-estar subjetivoMecanismo de personalidade: senso de

controle, senso de eficácia pessoal, de significado e estratégias de enfrentamento

Neri, 2001

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Qualidade de Vida na Velhice

“ QV é a percepção de bem-estar de uma pessoa, que deriva de sua avaliação do quanto realizou daquilo que idealiza como importante para uma boa vida e de seu grau de satisfação com o que foi possível concretizar até aquele momento “Paschoal (2004,2008)

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Qualidade de Vida na Velhice

Paschoal (2004,2008)

Entrevistou 193 idosos na cidade de São Paulo

8 dimensões importantes na QV:

1. saúde física2. Capacidade funcional e autonomia3. Psicológico4. Social / familiar5. Econômico6. Espiritual / Transcendência7. Hábitos de vida8. Meio ambiente

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Política de Promoção da Saúde

Programa academia da saúde (abril 2011)

Tabaco Proibição de propaganda, imagens de advertência nos maços,

proibição de fumar em locais fechados

Alimentação Politica nacional de alimentação saudável Redução de gordura trans, redução de Na nos alimentos

processados

Expansão da atenção primária

Distribuição gratuita de medicamentos para HAS e DM

Ampliação de exames preventivos para ca mama e colo do útero

Ministério da saúde: Plano de ações estratégicas para enfrentamento das DCNT no Brasil 2011 - 2022

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Nosso principal objetivo:

Promover o envelhecimento ativo / bem sucedido

“ Processo de otimização de oportunidades de bem-estar físico, mental e social através do curso da vida, de forma a aumentar a expectativa de vida saudável e a qualidade de vida na velhice “

ONU, 1999

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Nosso principal objetivo:

Promover o envelhecimento saudável, com manutenção da funcionalidade (auto-cuidado e vida em comunidade), preservação da autonomia e vida ativa na sociedade