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MARIA IRENE DOS SANTOS AVALIAÇÃO ERGONÔMICA DE LER/DORT DOS TRABALHADORES DE AQUIDAUANA - MS 3

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MARIA IRENE DOS SANTOS

AVALIAÇÃO ERGONÔMICA DE LER/DORT DOS TRABALHADORES DE AQUIDAUANA - MS

AQUIDAUANA - MS

2011

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MARIA IRENE DOS SANTOS

AVALIAÇÃO ERGONÔMICA DE LER/DORT DOS TRABALHADORES DE AQUIDAUANA - MS

AQUIDAUANA - MS

2011

Trabalho apresentado à Universidade

Federal de Mato Grosso do Sul, como

requisito para conclusão do curso de Pós

Graduação à nível de especialização em

Atenção Básica em Saúde da Família.

Orientador: Prof. Edílson José Zafalon.

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PÁGINA DE APROVAÇÃO

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DEDICATÓRIA

Aos meus queridos familiares

Aos meus queridos amigos

Ao meu Tutor: Edílson José Zafalon

Dedico.

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente à Deus, por me guiar em todos os momentos de minha vida.

Agradeço aos meus pais, por todos os valores ensinados, pelos esforços para a

minha formação profissional, pelo exemplo de determinação, paciência e

simplicidade, pelo apoio e incentivo nas dificuldades. Muito obrigada por sempre

acreditarem em minha capacidade.

Ao Prof. Edílson José Zafalon pela orientação e pelo auxilio, dedicação, credibilidade

e confiança em minha possibilidade de realizar esse trabalho e acima de tudo pela

sua atenção, paciência e valiosa ajuda em todos os momentos.

Aos amigos, que dividiram momentos bons e ruins percorridos nesta trajetória.

Enfim, a todos aqueles que tornaram possível a conclusão deste trabalho.

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EPÍGRAFE

“Há homens que lutam um dia, e são bons”;“Há outros que lutam por um ano, e são melhores”;

“Há outros ainda que lutam por muitos anos, e são muito bons”;“Há, porém, os que lutam por toda vida: estes são os imprescindíveis”.

Bertold Brecht

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RESUMO

Com o avanço tecnológico e as crescentes expansões econômicas mundiais,

as relações envolvendo o trabalho e a saúde passou a exigir muito mais esforço do

trabalhador. Com as constantes mudanças, os trabalhadores tiveram de se adequar

há uma jornada de trabalho mais exaustiva, ocasionando uma interferência negativa

no ritmo biológico de cada trabalhador. De um modo geral os trabalhadores têm tido

que se adaptar ao novo paradigma produtivo e tecnológico, cujas palavras de ordem

são: produtividade, competitividade e lucratividade. Essas exigências estão longe de

serem atendidas pela maioria dos trabalhadores, os quais ao não responderem a

essas exigências tornam-se desempregados ou são inseridos em novas formas

precárias de trabalho.

Assim, o número de doenças relacionadas ao excesso de trabalho, tem

contribuído para o surgimento de Lesões por Esforços Repetitivos (LER) / Distúrbio

Osteomusculares Relacionadas ao Trabalho (DORT) tem crescido anualmente em

vários países pelo mundo, inclusive no Brasil. A ameaça e a pressão exigida pelo

empregador, têm levado os trabalhadores a suportar um ambiente de trabalho com

condições inadequadas e jornada de trabalho exaustiva. Justificando as condições

relatadas, contínuas pesquisas vêm sendo desenvolvidas para buscar quais são os

melhores métodos de detecção, diagnóstico e prevenção das LER/DORT.

As crescentes patologias relacionadas ao excesso de trabalho orientaram

para a elaboração deste trabalho. Com a finalidade de investigar a incidência de

LER/DORT, no município de Aquidauana (MS), esta pesquisa foi realizada através

do atendimento regional no Centro de Especialidade Médicas.

Palavras-chave: Lesão por Esforço Repetitivo; Trabalho; Patologias.

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ABSTRACT

With technological advancement and increasing global economic expansion, a

relation involving work and health has required much more effort of the worker. With

the constant changes, workers have had to adjust working hours for a more

thorough, resulting in a negative interference in the biological rhythm of each worker.

In general workers have had to adapt to the new productive paradigm and

technology, whose watchwords are: productivity, competitiveness and profitability.

These requirements are hardly met by most workers who do not respond to these

demands become unemployed or are inserted in to new forms of precarious work.

Thus, the number of illnesses related to overwork, has contributed to the

emergence of repetitive strain injury (RSI)/ Work-related musculoskeletal disorders

(MSDs) has been increasing annually in various countries around the world, including

Brazil. The threat ant the pressure required by the employer, have lea workers to

support a work environment with inadequate conditions and working hours

exhaustive. Justifying the conditions reported, continuous research has been

developed to check what are the best methods of detection, diagnosis and

prevention of RSI/MSDs.

Growing conditions related to overwork, guided to this work. In order to

investigate the incidence of RSI/MSDs, in the city of Aquidauana (MS), this research

was conducted through regional service at the Center for Medical Specialties.

Keywords: Repetitive Strain Injury; Work; Pathologies.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1: L.E.R nas diversas regiões do corpo humano...................................... 10

Figura 2: Posicionamento correto do profissional diante digitação...................... 17

Figura 3: Modelo ideal para ambiente profissional............................................... 18

Figura 4: Modelo correto de posicionamento corporal......................................... 19

Figura 5: Forma correta de digitar........................................................................ 20

Figura 6: Exercícios para prevenção de LER/DORT........................................... 23

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1: Trabalhadores atendidos pelo CEM.................................................... 27

Gráfico 2: Trabalhadores envolvidos em 4 setores de serviços........................... 28

Gráfico 3: Trabalhadores avaliados entre os anos de 2009/2010....................... 29

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LISTA DE SIGLAS

CAT: Comunicação Interna de Prevenção de Acidentes

CEM: Centro de Especialidade Médicas

CIPA: Comissão Interna de Prevenção de Acidentes

CVS: Síndrome de Visão de Computador

DORT: Distúrbios Osteomusculares Relacionadas ao Trabalho

LER: Lesão por Esforço Repetitivo

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RESUMO.............................................................................................................. VIII – INTRODUÇÃO................................................................................................ 3II – REVISÃO DE LITERATURA......................................................................... 52.1 Lesão por Esforço Repetitivo..................................................................... 52.2 Histórico do fenômeno LER no mundo e no Brasil.................................. 62.3 Estágios da LER/DORT................................................................................ 72.4 Sintomatologia............................................................................................. 9III – DOENÇAS OCUPACIONAIS CAUSADAS POR LER/DORT...................... 83.1 Fatores que favorecem o aparecimento da LER/DORT............................ 113.2 Doenças Ocupacionais e a informática..................................................... 123.3 Doenças Ocupacionais x Trabalhadores do Frigorífico........................... 13IV – ERGONOMIA............................................................................................... 164.1 Medidas necessárias para prevenção da LER/DORT............................... 204.2 Exercícios de prevenção............................................................................. 22V – OBJETIVO GERAL ...................................................................................... 25VI – RESULTADOS E DISCUSSÃO................................................................... 26VI - CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................... 30VII – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................... 31ANEXO................................................................................................................ 34

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I - INTRODUÇÃO

 As doenças profissionais são decorrentes da exposição a agentes físicos,

químicos e biológicos que podem agredir de algum modo o organismo humano.

Esse contexto permite imaginar a freqüência e a gravidade que devem estar

relacionadas às doenças profissionais. Todo trabalhador que sofrer uma intoxicação,

afecção ou infecção causada por qualquer um dos agentes mencionados

anteriormente foi acometido por uma doença profissional (Sobrinho, 1995).

O conjunto de doenças que promovem lesões nos músculos, tendões e

nervos superiores e que têm relação com as exigências das tarefas, dos ambientes

físicos e da organização do trabalho, é chamado de Lesão por Esforço Repetitivo

(LER). Estas lesões são inflamações provocadas por atividades de trabalho que

exigem movimentos manuais repetitivos durante certo período de tempo. Os

profissionais mais atingidos têm sido os datilógrafos, digitadores, telefonistas e

trabalhadores de linha de montagem.

Atualmente, há diversas doenças geradas por esforços repetitivos, dentre as

quais podemos destacar: tenossinovite, tendinite, síndrome do túnel de carpo. Todas

estas doenças estão diretamente relacionadas à forma pela qual, o profissional

executa a sua atividade. Por exemplo, um projeto inadequado do microcomputador,

aliado às más condições do mobiliário em que o aparelho está inserido, pode

provocar ou não desconforto ao trabalhador. O formato do teclado, um apoio para os

pulsos do digitador ou um suporte para manter os pés firmes no chão, são

fundamentais paro o conforto do operador (Sell, 1995).

A causalidade como ocorrem os acidentes, geralmente, são resultantes de

interações inadequadas existentes entre o homem, o trabalho a ser realizado e o

ambiente onde o trabalhador estará desenvolvendo sua atividade profissional (IIDA,

1992).

Quando da ocorrência de um acidente do trabalho de grande monta, ouve-se,

freqüentemente, a expressão "o acidente foi causado por erro humano". Wisner

(1991) afirma que este pensamento está equivocado. A ocorrência dos acidentes

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está ligada a várias causas, dificilmente a uma única, por isso, utiliza-se,

habitualmente, o método da árvore de causas para avaliar a ocorrência de acidentes

do trabalho. As causas dos acidentes, freqüentemente, têm três componentes:

organizacional, tecnológico e humano. Neste sentido, seria falso acreditar que

somente o operador comete os erros.

Assim, para evitar o desligamento do profissional de suas atividades,

empregador e trabalhador devem estar cientes de quais são os deveres e suas

obrigações. Empregadores que exigem jornadas de trabalho exaustivas de seus

profissionais, certamente contribuirão para aumentar as incidências de LER/DORT

em suas empresas. Trabalhadores que não respeitam sua capacidade biológica e

seu ritmo de trabalho, certamente irão contribuir para o surgimento de lesões.

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II – REVISÃO DE LITERATURA

2.1 LESÃO POR ESFORÇO REPETITIVO

As LER/DORT, por definição, abrangem quadros clínicos do sistema músculo-

esquelético adquiridos pelo trabalhador submetido a determinadas condições de

trabalho (KUORINKA e FORCIER, 1995). Caracterizam-se pela ocorrência de vários

sintomas concomitantes ou não, de aparecimento insidioso, geralmente nos

membros superiores, tais como dor, parestesia, sensação de peso e fadiga.

São doenças músculo tendinosas dos membros superiores, ombro e pescoço,

causados pela sobrecarga de um grupo muscular restrito, devido a atividade

excessiva repetitiva ou pela postura incorreta dos membros, e que resultam em dor,

fadiga e baixo rendimento profissional (ANTONALIA, 2008).

A definição presente na ordem de serviço 606 de 05/08/98 do Instituto

Nacional de Seguro Social - INSS (1998) conceitua LER/DORT como uma

“síndrome clínica caracterizada por dor crônica, acompanhada ou não de alterações

objetivas e que se manifesta principalmente no pescoço, cintura escapular e/ou

membros superiores em decorrência do trabalho, podendo afetar tendões, músculos

e nervos periféricos”. É um grupo distinto de patologias, muitas delas bem definidas

e algumas outras com diagnóstico mais subjetivo ou misto.

Para a caracterização de um quadro clínico como LER/DORT é necessário

definir o nexo por meio de: anamnese ocupacional, exame clínico, relatórios do

médico responsável pela assistência ao paciente, do coordenador

do PCMSO – Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional e, eventualmente,

vistoria no posto de trabalho.

Uma boa anamnese ocupacional deve incluir informações sobre:

a) Ambiente e trabalho: percepção do segurado quanto à temperatura, ruído,

poeira, iluminação deficiente;

b) Posturas: a permanência do trabalhador enquanto realiza a jornada laboral;

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c) Mobiliário: qualidade e manutenção, freqüência de reposição, adaptação dos

postos de trabalho à introdução de novos processos, desvios posturais impostos

pelo mobiliário.

2.2 HISTÓRICO DO FENÔMENO LER NO MUNDO E NO BRASIL

Os primeiros casos de LER foram constatados no ano de 1753, verificado

pelo médico Bernardo Romazine, em profissionais que realizavam atividades

exaustivas e em tarefas que exigiam esforços repetitivos (NEILL, 2003).

Com o advento da Revolução Industrial, o modo de vida dos trabalhadores

mudou novas tecnologias surgiram e os trabalhadores tiveram que mudar a maneira

como realizavam as atividades profissionais. Após a Revolução Industrial, muitas

indústrias foram criadas, trazendo consigo os primeiros registros de LER, como

foram apresentadas na literatura médica mundial (NEILL, 2003).

Antonalia (2008) relata que na década de 70, ocorreu na Austrália os

primeiros registros naquele País, no qual foram acometidos trabalhadores de uma

linha de montagem, sua incidência só aumentou e as autoridades de saúde

passavam a desvendar os mistérios desta doença, até então desconhecida.

Desde o seu descobrimento, a denominação LER recebeu inúmeras siglas,

dentre elas destacam-se: “Cumulative Trauma Disorders” (CTD) no qual abrangia

distúrbios do sistema esquelético de ocorrência em trabalhadores expostos a

traumas de ordem cumulativa. Na década de 90, o termo Work Related Músculo

Skeletal (WMSDs) foi mundialmente aceito, sendo descrita como Distúrbios

Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT).

No Brasil, o termo LER – Lesão por Esforços Repetitivos - foi descrito pelo

médico Mendes, no ano de 1986, durante o I Encontro Estadual de Saúde de

Profissionais de Processamento de Dados, no Rio Grande do Sul (MONTEIRO;

BERTAGNI, 2009).

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A etiologia dos DORT é ocasionada de diversas formas, e estas maneiras

estão diretamente ligadas às condições de tarefa de trabalho, aos fatores individuais

e organizacionais de cada indivíduo diante da execução de suas atividades

profissionais. A repetitividade das tarefas realizadas pelo trabalhador é fator

importante para desencadear os distúrbios osteomusculares, principalmente, quando

este está associado a postura inadequada, de um trabalho muscular estático e/ou

com aplicação de força excessiva. Quanto aos fatores organizacionais podemos

citar a mão-de-obra desqualificada, ritmo excessivo de trabalho e horas-extras. No

campo individual, os trabalhadores, geralmente, ignoram os sinais e limites que o

organismo impõe o que acarretam no possível desenvolvimento de alguma patologia

relacionada a LER/DORT (MONTEIRO; BERTAGNI, 2009).

2.3 ESTÁGIOS DA LER/DORT

1º Estágio: a dor aparece durante os movimentos, mas não é possível

definir qual a região do corpo que dói, por se tratar de uma dor leve, melhora com

repouso e relaxamento do corpo. Não interferem no rendimento de trabalho do

indivíduo.

2º Estágio: a dor passa a ser persistente, mas o quadro clínico ainda é

considerado leve, se for diagnosticado e as condições de trabalho forem alteradas,

anda é possível reverter à situação. A dor é tolerável, porém, há uma queda de

produtividade nos períodos em que a dor for mais acentuada.

3º Estágio: a doença se torna crônica e o quadro irreversível, os

sintomas e as dores tornam-se mais freqüentes, causando perturbações durante o

sono, em razão das dores, e as inflamações se tornam um processo degenerativo,

podendo afetar nervos e os vasos sanguíneos de maneira prejudicial. Neste estágio,

as dores passam a ser sentidos em pontos bem localizados, limitando o

desempenho profissional e pessoal do trabalhador.

4°Estágio: os processos infecciosos podem provocar deformidades nos

membros afetados. O trabalhador perde a força e o controle dos movimentos,

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anulando a capacidade de trabalho e a invalidez se caracteriza pela impossibilidade

de realizar qualquer atividade.

2.4 SINTOMATOLOGIA

Os autores Monteiro; Bertagni (2009) descrevem os principais sintomas

desencadeados por Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho, dentre

os quais citam: dor, fadiga, perda de força, dormência, edemas das extremidades,

sensação de peso, extremidades frias, redução ou perdas de sensibilidade,

hipersensibilidade e automassageamento constante.

Em função da localização da dor, esses sintomas podem desencadear

diversas doenças ocupacionais, como as que serão descritas a seguir:

Tenossinovite, Síndrome de De Quervain, Bursite, Contratura de Dupuytoren,

Síndrome do Túnel do Carpo, Epicondilite, Cisto Sinovial, Síndrome do Canal de

Guyon, Síndrome do Pronador redondo, Síndrome do Desfiladeiro Cervitorácico,

Miologia Tensional, Tendinite da Cabeça Longa do Bíceps, Dedo em Gatilho,

Síndrome do Impacto ou do Arco Doloroso (MONTEIRO; BERTAGNI, 2009).

O mesmo autor destaca ainda que os sintomas mais comuns das DORTs

sejam: dor nos tendões, dos pulsos, no ombro, coluna cervical e escápula, na região

lombar e em alguns casos mais graves, edema nos locais afetados, perda de

sensibilidade e formigamentos dos dedos das mãos. Sendo que estes sintomas

podem ser agravados com estresse emocional.

A dor é o sintoma apresentado na maioria dos pacientes que apresentam

LER/DORT. Inicialmente, a dor é difusa, caracterizada apenas por cansaço, ardor,

sensação de peso ou inchaço de algum membro, aparecendo após o término da

jornada de trabalho, com o decorrer do tempo, as dores tendem a evoluir e

localizando-se ao redor das articulações, como punho, cotovelo, ombro, tendendo a

persistir mesmo após o término do trabalho (ANTONALIA, 2008).

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III - DOENÇAS OCUPACIONAIS CAUSADAS POR LER/DORT:

Antonalia (2008) caracteriza e explica as principais síndromes presentes nos

portadores de LER/DORT:

Síndrome do Túnel do Carpo: caracteriza-se pela compressão do nervo

mediano ao nível do punho; acomete trabalhadores que digitam ou trabalham na

montagem industrial ao empacotar algo.

Síndrome do Canal de Guyon: caracterizada pela compressão do nervo

ulnar próximo ao Canal de Guyon, no bordo ulnar do punho. Pouco freqüente,

acometendo apenas trabalhadores que desenvolve atividades como carimbadores,

escrivães e aramistas.

Síndrome do Pronador Redondo: caracterizado pela compressão do

nervo abaixo do cotovelo, entre os fascículos musculares do músculo pronador

redondo. Observado em trabalhadores que carregam muito peso.

Síndrome do Canal Cubital: é observada a compressão do nervo ulnar

ao nível do túnel cubital; localizado no cotovelo. Observado em trabalhadores que

operam britadeiras.

Síndrome Epicondilite: processo inflamatório que ocorre nos tendões

dos músculos do antebraço. Observado em pintores.

Síndrome do Desfiladeiro Torácico: caracterizado pela compressão do

feixe vásculo-nervosonum estreito, triangulo formado pelos músculos escaleno

anterior e médio e a primeira costela. Ocorrem em trabalhadores que mantém o

antebraço elevado.

Tendinite de De Quervain: é uma inflamação da bainha comum dos

tendões do abdutor longo extensor curto do polegar ao nível do sulco ósseo do

processo estilóide do rádio. Presente nas pessoas que trabalham acionando botões

com o uso dos dedos polegares.

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Dedo em Gatilho: inflamação dos tendões na região dos dedos.

Presente em trabalhadores que manipulam instrumentos como alicates, tesouras,

etc.

Na figura 1, observaremos os locais do corpo onde aparecem os

maiores casos com LER/DORT e suas respectivas porcentagens.

Figura1: L.E.R nas diversas regiões do corpo humano. Fonte: www.ggmmsb.wordpress.com; 2010.

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3.1 FATORES QUE FAVORECEM O APARECIMENTO DA LER/DORT

O Professor Jairo Brasil (2009) descreve quais são os quatro principais

fatores que básicos que podem contribuir para o aparecimento de lesões, sendo

comprovado que a conjugação de dois ou mais fatores aceleram os quadros

clínicos. São estes:

1- Força;

2- Repetitividade;

3- Postura Incorreta;

4- Compressão Mecânica.

Além disso, outros fatores também podem contribuir quando associados aos quatro

fatores básicos mencionados anteriormente. Assim, podemos descrever outras

situações vivenciadas pelos trabalhadores no momento da execução de seus

trabalhos, citam-se:

Horas Extras e Dobras de Turno:

A exposição ocupacional aos fatores críticos citados anteriormente é

acentuada quanto maior for o tempo de exposição a tais fatores. Trabalhadores que

realizam jornadas de trabalho exaustivas têm maior capacidade de desencadear

lesões provocadas pela realização de atividades repetitivas.

Vibração:

Ferramentas de trabalho que exigem maior esforço físico do trabalhador para

operá-las como ferramentas pneumáticas. A vibração produzida pelo uso destes

equipamentos acentua os outros fatores, principalmente, se considerarmos que tal

característica implica em maior força aplicada pelo trabalhador para operar o

equipamento. Outro problema observado, é que área que recebe muitos impulsos, o

fluxo sangüíneo na região onde recebe vibração praticamente expulsa o sangue dos

capilares por ela atingidos.

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Frio:

Ambientes com baixa temperatura aceleram o aparecimento das lesões em

função da Vasoconstrição Periférica (o sangue se desloca da superfície do corpo,

em direção dos órgãos centrais, como o coração). Por sofrerem pouca irrigação

sanguínea, os tecidos e músculos da periferia tendem a um estado de dor e tensão,

pressionando bainhas e tendões e estrangulando a passagem destes entre ossos.

Tensão Provocada por Fatores Organizacionais:

Pode a empresa pressionar psicologicamente seus funcionários, aumentando

o ritmo de trabalho, eliminando pausas de repouso, diminuindo o número de

funcionários numa seção, etc. Tais fatores contribuem para o aparecimento de dor

no corpo das pessoas, por insatisfação, resultando na eliminação e liberação de

substâncias analgésicas naturais, encontradas no líquido encefálico. A falta de

tempo para relaxamento dos músculos e tecidos mais solicitados na execução de

um trabalho, acelera o processo de lesionamento dos tecidos.

SEXO FEMININO:

Há uma predisposição natural em que as mulheres desenvolvem com maior

facilidade as lesões. Ritmos de trabalho acentuado durante a realização de trabalhos

domésticos e profissionais, conferem uma menor resistência nos músculos,

ligamentos e tendões. Possibilitando o desencadeamento de alguma lesão

provocada por esforço repetitivo.

3.2 Doenças Ocupacionais e a Informática

“O uso excessivo e mal orientado do computador pode provocar problemas

relacionados à visão, mente, músculos, articulações e postura. E, ainda, lesão por

esforço repetitivo (LER), irritação nos olhos etc.” (A Tribuna, 05/04/2010). São mais

comuns a CVS (Síndrome de Visão de Computador) que causa problemas como

irritações, vermelhidão, coceira, olhos secos ou lacrimejamento, fadiga, sensibilidade

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à luz, sensação de peso nas pálpebras ou da fronte, dificuldade em conseguir foco,

segundo Ubirajara Moulin, a frente do computador, pisca-se 1/3 menos do que o

necessário durante o desenvolvimento de um trabalho; e para Cristiane Rocha as

tendinites, bursites e epicondilites, que conforme explica são mais freqüentes e

comprometem membros superiores e as cervicobranquialgias que causam dor nas

cervicais, irradiando para o membro superior.

Para evitar possíveis problemas faz-se necessário tomar em consideração as

seguintes políticas ao uso do computador:

1- À distância padrão entre os olhos e o monitor é de 50 cm, variando

quando o usuário usa óculos ou tem problemas de visão.

2- O monitor deve estar um pouco abaixo dos olhos, recomenda-se a

inclinação de 45°.

3- Como menos se pisca a frente do monitor, aconselha-se um exercício

simples: tirar os olhos da tela a cada hora e fixar a visão ao longe, piscando forte 20

vezes, para aumentar a lubrificação, a quem previra o uso de colírios, que também é

aconselhado, porém sob consulta do oftalmologista.

4- Deve-se observar desde o pé até a cervical, onde as articulações do

calcanhar, joelho, quadril e cotovelos devem estar cada um em ângulo de 90°.

5- A cadeira deve ter encosto para as costas.

6- A cada 50 ou 60 minutos, o usuário precisa parar por 5 minutos para

esticar as pernas e fazer alguns alongamentos dos braços, pescoço e tronco.

3.3 Doenças ocupacionais x trabalhadores do frigorífico

A busca cega do aumento de produtividade tem sido traduzida em aumento

da jornada de trabalho, com horas extras excessivas transformadas em rotina,

ritmos exageradamente intenso, pressão e controle sobre o trabalhador são

extremamente rigorosos (CAÑETE, 1996). Aspectos relacionados a ergonomia e a

própria atividade que exigem do trabalhador empenho de força e repetição de

movimentos (DEFANI & XAVIER,2006).

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As empresas estão se dando conta de que não adianta mais tratar as

pessoas depois do problema, pois existem várias conseqüências de ordem

financeira e questões de âmbito pessoal. E que as empresas devem estar cientes de

que as máquinas e o ambiente de trabalho é que devem ser adaptados às pessoas

(CAÑETE, 1996). Uma das causas desta verdadeira epidemia de doenças

osteomusculares é a falta de conscientização das empresas no sentido de realmente

cumprirem as micropausas para a ginástica laboral (GODOY, 2005). Portanto, a

ergonomia associada a ginástica laboral contribui para melhorar a qualidade de vida

do trabalhador, o que comprovadamente gera ganho em produtividade.

Os abatedouros e frigoríficos de carnes são ambientes propícios a agravos

diferentes a saúde do trabalhador (PROTEÇÃO, 1995), este fato ocorre em

detrimento de uma realidade observada dentro destes ambientes, onde na maioria

das vezes as atividades são realizadas com equipamentos de proteção individual

(EPI) para buscar uma forma de proteção contra os riscos advindos das tarefas

realizadas. Obviamente que tarefas onde há uma necessidade de utilização de EPI

há riscos físicos a saúde dos funcionários. Contudo, hoje as empresas buscam um

tipo de proteção para outro mal que atinge ao setor de frigoríficos e abatedouros, as

lesões por esforços repetitivos (LER).

As lesões por esforços repetitivos são provenientes de diversos fatores

influenciadores que podem acometer as mais distintas classes sociais. Os diversos

sintomas, são verificados é no setor de frigoríficos e abatedouros que a propensão

ao surgimento da LER aumenta, são muitos os lesionados que quase de forma

invisível apresentam queixas nas regiões dos tendões, braços, antebraços e mãos,

sendo que na maioria dos casos estes trabalhadores já apresentam seqüelas

psicológicas destas lesões.

As L.E.R. ocorrem como, Oliveira (1998), “resultado do uso abusivo dos

músculos e tendões, por rápidos movimentos repetitivos e de força, em ações

estáticas e posturas inadequadas”. Portanto a L.E.R. pode acometer as pessoas que

realizam movimentos repetitivos, independente da classe de trabalho, sendo esta

caracterizada pelos agentes força e repetição.

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As tendinites e tenossinovites são na experiência da NUSAT/INSS-MG, “as

formas mais incidentes na população de risco, notadamente nas situações em que

grande repetitividade se associa a exigência de força”, e são hoje responsável por

60% das doenças ocupacionais, conforme dados do INSS e afirmações do professor

Hudson Couto (1994), apud (CAÑETE, 1996).

Porém a L.E.R não é considerada como uma doença e sim uma lesão que as

vezes adquirem características de uma doença e não costumam ser graves, onde

quase sempre é curável e diminui com tratamento, sendo que apenas alguns casos

não evoluem bem (COUTO, 1998).

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IV - ERGONOMIA

A ergonomia é a ciência que estuda dentre as suas possibilidades, a

adaptação do posto de trabalho em relação ao trabalhador, reduz de maneira

eficiente os problemas relacionados com a saúde e a segurança do trabalhador,

permitindo que execute com eficiência e, sensação de conforto e segurança o seu

trabalho, fazendo com que aumente a sua produtividade e diminuindo os riscos de

acidentes no trabalho. O ambiente de trabalho é uma fonte de estudo da ergonomia

onde muitas variáveis se fazem presentes, desde a disposição espacial até o

conforto ambiental, onde vários problemas são encontrados (ANTONALIA, 2008).

Autores como Monteiro e Bertagni (2009) destacam que o principal objetivo

da ergonomia é dar condições de trabalho onde haja maior conforto e bem-estar do

trabalhador no exercício de sua função. As melhorias ergonômicas estão

relacionadas a vários aspectos do trabalho, sendo elas: cadeiras, mesas e

bancadas; planejamento e localização dos móveis diante o trabalhador, quantidade,

qualidade e localização das luminárias; indicações sobre melhorias na organização

da atividade profissional.

Os Distúrbios Osteomusculares são uma conseqüência de vários fatores de

trabalho, que atuando de modo a corrigir posturas, movimentos e sua freqüência,

fazendo com que a ergonomia seja utilizada para prevenção destes distúrbios

(ANTONALIA, 2008). Para a prevenção da LER/DORT alguns cuidados devem ser

levados em consideração por parte do trabalhador, evitando com que este seja

acometido por doenças ocupacionais.

Pesquisas realizadas por Wiczick (2008) comprovaram que pouco se investe

em melhoria dos postos de trabalho no Brasil, o que se considera uma falha grave,

pois se devem analisar todas as possibilidades de geração de tensão, fadiga

precoce e aparecimento de LER/DORT – Lesão por Esforço Repetitivo/Doença

Osteomuscular Relacionado ao Trabalho.

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As figuras 2 e 3 demonstram qual é a maneira correta do profissional

trabalhar sem que haja o surgimento das doenças ocupacionais, demonstrando

também como a empresa pode contribuir para deixar o seu funcionário de maneira

mais confortável em relação ao ambiente de trabalho.

Posicionamento Correto Posicionamento Errado

Figura 2: Posicionamento correto do profissional diante digitação.Fonte: Clique Saúde.

Quando não for possível adequar os móveis mediante a garantir o conforto do

funcionário, é possível realizar algumas mudanças no ambiente de trabalho, tais

como:

Altura do monitor: colocar livros ou algo semelhante embaixo do

monitor;

Posicionamento do monitor: deixá-lo sempre em frente do operador,

jamais colocá-lo lateralmente;

Mouse: permitir a movimentação do mesmo para ambos os lados

(direito e esquerdo), principalmente se o usuário já possuir algum desconforto ao

movimentá-lo;

Teclado: as mãos devem estar repousadas sobre o teclado, por isso,

este não deve ser posicionado muito elevado;

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Altura da mesa: recomenda-se melhorar a altura e a condição da

cadeira;

Cadeira: se estiver muito elevada, faça uma adaptação com um apoio

para os pés.

Figura 3: Modelo ideal para ambiente profissional.Fonte: www.moveisparaescritoriosp.com.br

A figura 4 demonstra qual é a maneira correta do funcionário trabalhar em relação

àquelas atividades realizadas diante do computador, com este posicionamento

correto, o trabalho tende a render mais, além de contribuir para a demonstração do

risco de ocorrer às doenças ocupacionais.

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Figura 4: Modelo correto de posicionamento corporalFonte: UNESP, 2009.

Definitivamente, os fatores ergonômicos deverão ser controlados para a

manutenção da saúde dos empregados, através do controle dos riscos que o

ambiente de trabalho oferece, já que este é de competência da decisão gerencial

nas organizações.

O controle e a postura ergonômica em manufatura reduzem sensivelmente os

problemas sociais relacionados com a saúde do trabalhador, fazendo com que ele

experimente sensação de conforto e segurança, se torne mais eficiente, se relacione

melhor com suas tarefas e com seu ambiente de trabalho, aumentando sua

produtividade e diminuindo o risco de acidentes e a fadiga (PONTES, 2005).

A figura 5 demonstrará como o funcionário deve efetuar a digitação de suas

atividades, sem que haja o aparecimento de possíveis lesões no punho.

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Figura 5: Forma correta de digitarFonte: UNESP, 2009.

4.1 Medidas necessárias para prevenção da LER – DORT

No Brasil não é diferente, há um “descaso” tanto das empresas por não

tomarem como prática usual as medidas preventivas, quanto dos trabalhadores que

não recebem informações adequadas dos procedimentos corretos a serem

realizados no desenvolvimento de suas atividades diárias e dos médicos que, na

dúvida, não emitem a CAT – Comunicação de Acidente de Trabalho, o que dificulta

o controle e a prevenção das L.E.R./D.O.R.T (CIZESKI e BENHOSSI, 2004).

Como já fora mencionado, o L.E.R. quando atinge a saúde do trabalhador e

está em um grau muito avançado, seu tratamento torna-se mais difícil podendo até

mesmo não ter cura. Portanto a melhor forma de evitar a L.E.R. é a prevenção

(IMAI, s/d).

Segundo Imai (s/d) é necessário que seja realizado um trabalho disciplinar

com os trabalhadores e com os empregadores, para uma prevenção mais eficaz.

Somente as melhorias nos postos de trabalho não são suficientes para deter o

aparecimento da L.E.R. Assim podemos entender que é muito importante à

conscientização dos empregadores na prevenção da L.E.R., proporcionando ao seu

empregado condições saudáveis e harmoniosas no meio ambiente de trabalho, pois

corre o risco de perder um grande funcionário em razão do seu descuido e é

necessário também que os trabalhadores saibam que há um limite tanto físico como

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emocional, ou seja, não devem extrapolar em suas atividades, fazendo mais do que

sua saúde permite.

1. Identifique tarefas, ferramentas ou situações que causam dor ou desconforto

e converse sobre elas com os profissionais da Comissão de Saúde Ocupacional e

com sua chefia.

2. Faça revezamento nas tarefas.

3. Procure aprender outras tarefas que exijam outros tipos de movimento.

4. Faça pausas obrigatórias de 10 minutos a cada 50 minutos trabalhados,

evitando ultrapassar 6 horas de trabalho diário de digitação.

5. Auxilie na identificação das posições incorretas e forçadas no trabalho. Ao

mesmo tempo, procure dar sugestões sobre o que fazer.

6. Informe claramente à sua chefia quando o tempo determinado para realizar

uma tarefa for reduzido.

7. Diante dos sintomas de dor ou formigamento nos membros superiores, procure

um médico.

8. Procure conhecer os recursos de conforto do seu posto de trabalho.

9. Procure adotar as posturas corretas.

10. Levante-se de tempos em tempos, ande um pouco, espreguice-se, faça

movimentos contrários àqueles da tarefa.

Segundo DELIBERATO (2002), a prevenção é a melhor forma de combater

os distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho. A prescrição de exercícios

físicos, visando aumentar a força muscular, é uma tentativa de reforçar regiões

específicas. Os reforços musculares, associados a um trabalho ergonômico,

diminuem a possibilidade de os trabalhadores apresentarem LER/DORT (MENDES

& LEITE, 2004).

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4.2 Exercícios de prevenção

Dimenstein e Ribeiro descrevem uma série de exercícios que podem ser

utilizados pelo profissional para a prevenção e auxiliam no tratamento da LER –

DORT dentre os quais citam-se:

Abra as mãos e encoste as palmas em "posição de rezar". Com os dedos

juntos flexione os punhos e comprima uma mão contra a outra. (frente do peito).

Aperte dedo contra dedo, alongando-os um por um (polegar contra polegar,

indicador contra indicador e assim por diante). Pode ser feito com todos os dedos ao

mesmo tempo.

Cruze o dedo com dedo (gancho) e puxe alternando-os. Ex. polegar com

médio, anular com mínimo. A variedade fica por conta de cada um.

Feche bem as mãos como se estivesse segurando algo com força. Em

seguida estique bem os dedos.

Abra os dedos afastando-os o máximo possível. Feche os dedos apertando-

os com a mão esticada.

Faça "ondas" com a mão e os dedos. Como se a mão estivesse serpenteando

no ar.

Balance as mãos.

Gire os punhos em círculo, com as mãos soltas, no sentido horário e anti-

horário.

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Figura 6. Exercícios para prevenção de LER/DORT.Fonte: Cipa- ergonomia.

Esta seqüência de exercícios deve ser realizada a cada cinqüenta minutos de

trabalho corrido, devendo realizar uma seqüência de dez minutos de atividade

conforme descrita na figura 6 (CIPA – Comissão Interna de Prevenção de

acidentes).

Algumas recomendações para prevenir as doenças profissionais e do trabalho

serão listadas, a seguir (RIBEIRO et al, 1984 ; DIMENSTEIN,1993).

Aspectos Físicos

- Enclausuramento e automação dos processos e máquinas;

- Exaustão;

- Ventilação do ambiente de trabalho;

- Alterações de processos;

- Utilização dos equipamentos de proteção individuais e coletivos;

- Móveis adequados às características físicas dos trabalhadores;

- Limpeza regular dos aparelhos de ar-condicionado

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- Quando da concepção da instalação, aproveitar da melhor forma possível à

ventilação natural.

Aspectos Organizacionais

- rotatividade das tarefas;

- pausas;

- redução da carga horária;

- evitar premiações por produtividade que traga prejuízo à saúde do

trabalhador;

- maior participação dos trabalhadores nas decisões;

- flexibilidade dos horários;

- técnicas de relaxamento.

- conhecimento do perigo;

- manter sob controle os exames médicos dos trabalhadores que

desenvolvem atividades com grande perigo;

V - OBJETIVO GERAL

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Apresentar a incidência de LER/DORT nos trabalhadores atendidos pelo

Centro de Especialidades Médicas – CEM, no município de Aquidauana/MS, durante

os anos de 2009 a 2010;

Analisar de forma coletiva e individual de cada posto de trabalho de forma

geral com o intuito de verificar se o mobiliário e o ambiente dos postos de trabalho

estão corretamente adaptados às tarefas executadas. Planejar e desenvolver

também ações preventivas e Análise Ergonômica do Trabalho referente à

readequação de postos de trabalho, bem como verificar e identificar os sinais e

sintomas de doenças osteomusculares relacionada ao trabalho e lesões de esforços

repetitivos – LER/DORT.

VI - RESULTADOS E DISCUSSÃO

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Estudo de casos de LER/DORT atendidos na rede publica municipal de Aquidauana – MS.

A realização desta pesquisa no município de Aquidauana teve como

finalidade mapear o parque produtivo e conhecer o perfil Epidemiológico de doenças

relacionadas com o trabalho que acometem e estrutura física e osteomusculares dos

trabalhadores abrangidos pelos setores mencionados posteriormente.

O público alvo da Pesquisa foi representado pelos trabalhadores atendidos na

Rede Publica Municipal de Saúde do município de Aquidauana – MS. Inicialmente

pela unidade básica de saúde, referenciado para Serviço de Vigilância em Saúde do

Trabalhador, especificamente dos Setores de Produção de Carne (trabalhadores de

Frigoríficos) Setor Serviço Publico (trabalhadores da Prefeitura Municipal de

Aquidauana) Setor Siderúrgico (metalúrgicos) e Setor de Prestação de Serviços

(trabalhadores autônomos).

Os atendimentos aos trabalhadores foram realizados durante os anos de

2009 e 2010. No total, trezentos e cinqüenta e um trabalhadores procuraram

atendimento médico no Centro de Especialidades Médicas deste município, dos

quais, centro e trinta e um foram atendidos no decorrer do ano de 2009 e, duzentos

e vinte e um, no ano de 2010. Sendo que, no referido período, cinqüenta e dois

trabalhadores apresentavam algum sintoma característico de LER/DORT (Gráfico 1).

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De uma forma mais descriminada, os trabalhadores foram separados de

acordo com a atividade exercida por cada trabalhador que procurou assistência

médica. O gráfico a seguir, representa quatro diferentes setores de serviços

envolvidos nesta pesquisa, sendo estes: serviço, público, siderurgia, frigorífico e

setor de serviços. Sendo este grupo, representado por 64 trabalhadores (Gráfico 2).

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ESTUDO DE LER & DORT MUNICIPIO DE AQUIDAUANA

53%

3%3,5%

39%

SERVIÇO PUBLICO SIDERURGIA FRIGORIFICO SETOR DE SERVIÇOS

25

2

34

3

Gráfico 2. Trabalhadores envolvidos em 4 setores de serviços

Como pudemos observar no gráfico, o grupo mais afetado foi dos

trabalhadores do setor de serviço publico, com 34 casos diagnosticados,

representado 53% dos casos. Seguido do setor de serviços, com 25 casos,

representados por 39% dos casos, seguidos dos trabalhadores do frigorífico e

siderurgia, com 3 e 2 casos, respectivamente.

Foram avaliados 351 trabalhadores atendidos no Serviço de Saúde dos

Trabalhadores, durante o período de 2009 e 2010, desse total 52 (13%) de

trabalhares, apresentaram algum tipo de Patologia Osteomuscular ou Lesões por

esforço físico repetitivo relacionado ao trabalho (Gráfico 3).

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De modo a garantir tratamento aos trabalhadores atendidos pelo CEM,

algumas medidas preventivas foram adotadas, onde podemos citar: apoio de serviço

de Fisioterapia, avaliação ergonômica dos postos de trabalho e emitidos relatório

para adequação de mobiliários e correção postural, adoção de pausas intra

jornadas, implantação de atividades de relaxamento/alongamento de musculatura e

tendões, e elaborado material informativo para distribuição e orientação desses

trabalhadores, quanto a necessidade de adotar medidas e praticas saudáveis,

visando minimizar os impactos causados pela atividade laborativa e redução de

danos a integridade física dos trabalhadores, além de encaminhar, acompanhar e

tratamento dos trabalhadores lesionados, readaptação funcional e redução da carga

de esforço físico de acordo com cada caso apresentado.

O maior problema foi encontrado no próprio Centro de Especialidades

Médicas, pois este não oferece condições adequadas à atividade de digitação dos

recepcionistas, em virtude do mau posicionamento dos monitores dos computadores

que ficam à direita do digitador, sobre bancada fixa, provocando uma rotação de

tronco para direita com os membros superiores voltados para esquerda para usar o

teclado.

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VI – CONSIDERAÇÕES FINAIS

Hoje podemos perceber que existem muitos casos de L.E.R. em vários ramos

de atividades profissionais, e que essa doença esta crescendo cada vez mais em

nosso país e no mundo. Portanto, os trabalhadores e empregadores devem se

conscientizar das medidas de prevenção necessárias para que diminua o numero de

trabalhadores portadores dessa doença.

A verificação de incidência de casos de LER/DORT atendidos pelo Centro de

Especialidades Médicas (CEM), permitiu aferir que os trabalhadores que mais se

queixam de sintomas osteomusculares e dor relacionado ao trabalho, tiverem maior

ocorrência no grupo de trabalhadores de serviços públicos e, o menor, foi verificado

pelos trabalhadores da siderurgia.

Este estudo, portanto, serve como ponto de partida para profissionais da

saúde deste município, para desenvolverem projetos que contribuam para o bem-

estar do trabalhador, a fim de reduzir o número de casos de LER/DORT no

município de Aquidauana.

O acompanhamento dos profissionais da saúde ao implantarem ginástica

laboral nos postos de trabalho dos grupos pesquisados, efetuando palestras,

seminários, distribuição de materiais educativos, conseqüentemente, diminuiriam

significativamente a incidência de LER/DORT nos trabalhadores deste município.

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VIII - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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44

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LER/DORT EM TRABALHADORES DE CÂMARAS FRIGORÍFICAS DE CURITIBA E

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http://www.pg.utfpr.edu.br/dirppg/ppgep/dissertacoes/arquivos/81/Dissertacao.pdf.

Consultado em: 06/08/2011.

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ANEXO

Além do trabalho de coletada de dados para análise do referido trabalho,

também foram ministradas palestras de conscientização dos trabalhadores do

Frigorífico Buriti, localizado no município de Aquidauana – MS.

O Frigorífico Buriti em Parceria com a Gerência Municipal de Saúde e

Saneamento_GESAU, com a finalidade de melhorar a qualidade de vida no trabalho,

e o bem estar de todos os seus colaboradores, estará realizando nos dias 13 a 18

de Junho de 2011 a 1ª Semana Interna de  Prevenção de Acidentes Trabalho –

SIPAT.

As atividades têm como objetivo reduzir os índices de Acidentes e doenças

relacionados ao trabalho, conscientização dos trabalhadores quanto a necessidade

do uso correto de equipamentos de proteção, principalmente a preservação da

integridade física dos trabalhadores. 

O Gerente Industrial da Empresa Sr Edson, destacou que a empresa vem se

preocupando com seus funcionários e esta realizando todos os esforços para

proporcionar a todos seus funcionários mais saúde e Segurança no Trabalho,

realizando todos os programas de Prevenção de Riscos e controle de doenças

decorrentes do trabalho, e neste processo de Vigilância em Saúde do Trabalhador e

equipe de Gerência Municipal de Saúde de Aquidauana tem sido parceiros

importantes da empresa na avaliação, Monitoramento e execução do controle dos

fatores de risco à exposição ocupacional, e isso tem possibilitado a geração de

novos postos de trabalho dentro da indústria frigorífica. 

A Enfermeira Maria Irene, coordenadora do Programa Saúde do Trabalhador,

destacou a importante relevância da SIPAT, enalteceu a atitude da CIPA do

Frigorífico Buriti na realização do evento, podemos notar que cada vez mais os

empresários de Aquidauana, estão se preocupando e investindo na prevenção de

acidentes de trabalho, essas ações prevencionistas reduzem os indicadores de

afastamento do trabalho, reduz o índice de absenteísmo por afastamento por

doenças, melhora a imagem da empresa, aumenta o grau de satisfação da empresa

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em zelar pela integridade física de seus funcionários, reduz o indicadores de

trabalhadores lesionados e afastados pela Previdência Social, e principalmente

melhora a qualidade de vida do trabalhador, para quando ele chegar ao final de sua

vida laborativa possa se aposentar com boas condições de saúde. 

Os Técnicos de Segurança do Trabalho da empresa Marileide da Cruz e

Hudson, com apoio da Equipe de Vigilância Saúde do Trabalhador, planejaram

varias atividades educativas e de lazer para ministradas durante a semana de

Prevenção. 

No primeiro dia, 106 colaboradores da empresa participaram da Atividade

Saúde do Trabalhador/Ginástica Laboral ministrada pela Fisioterapeuta Aline Faria

Vavancos  do Programa Saúde do Trabalhador.

 PROGRAMAÇÃO:

2ª Feira: 13/06/11 – Abertura - Palestra com a Comissão Intersetorial de Saúde

do Trabalhador – CIST/ Ginástica laboral. (Enfermeira Irene, Fisioterapeuta Aline e

Técnico Daniel)

3ª Feira: 14/06/11 – Palestra  Doenças Sexualmente Transmissíveis –DST

(Enfermeiro Julio Klein e equipe CRAES).

    4ª Feira: 15/06/11 – Palestra sobre Alcoolismo e Tabagismo (Adriana GESAU)

     5ª Feira: 16/06/11 – Integração/Lazer – Sorteio de Prêmios/brindes.

     6ª Feira: 17/06/11 – Diálogo de Segurança – DDS / Setor da empresa;

    Sábado: 18/06/11 – Instalação da placa de Estatística / CIPA.

 

As fotos a seguir, representam a palestra ministrada pela enfermeira Maria

Irene, Fisioterapeuta Aline e, pelo técnico Daniel. Aos funcionários do Frigorífico

Buriti, realizada no dia 13 de junho de 2011.

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