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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE ENGENHARIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA, GESTÃO DE NEGÓCIOS E MEIO AMBIENTE MESTRADO PROFISSIONAL EM SISTEMAS DE GESTÃO MARIANA THEREZA PEREIRA SANT’ANNA DIFUSÃO DO CONHECIMENTO: PROPOSTA DE CRIAÇÃO DE UM CANAL ABERTO PARA A DIVULGAÇÃO DA PRODUÇÃO CIENTÍFICA DO CEFET/RJ Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado em Sistemas de Gestão da Universidade Federal Fluminense como requisito parcial para obtenção do Grau de Mestre em Sistemas de Gestão. Área de Concentração: Organizações e Estratégia. Linha de Pesquisa: Sistema de Gestão pela qualidade total. Orientador: Augusto da Cunha Reis, D.Sc. Niterói 2017

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

ESCOLA DE ENGENHARIA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA, GESTÃO DE NEGÓCIOS E MEIO AMBIENTE

MESTRADO PROFISSIONAL EM SISTEMAS DE GESTÃO

MARIANA THEREZA PEREIRA SANT’ANNA

DIFUSÃO DO CONHECIMENTO: PROPOSTA DE CRIAÇÃO DE UM CANAL ABERTO

PARA A DIVULGAÇÃO DA PRODUÇÃO CIENTÍFICA DO CEFET/RJ

Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado em

Sistemas de Gestão da Universidade Federal Fluminense

como requisito parcial para obtenção do Grau de Mestre

em Sistemas de Gestão. Área de Concentração:

Organizações e Estratégia. Linha de Pesquisa: Sistema de

Gestão pela qualidade total.

Orientador:

Augusto da Cunha Reis, D.Sc.

Niterói

2017

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Ficha Catalográfica

S 231 Sant’Anna, Mariana Thereza Pereira Difusão do conhecimento: proposta de criação de um canal

Aberto para a diculgação da produção científica do CEFET/RJ / Mariana Thereza Pereira Sant’Anna. – Niterói, RJ: 2017.

84 f. + apêndice : il. color.,grafs., tabs.; enc.

Dissertação (Mestrado em Sistemas de Gestão) Universidade Federal Fluminense. Escola de Engenharia, 2017.

Orientador: Augusto da Cunha Reis.

1. Comunicação da ciência. 2. Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca.– Bibliografia – Catálogos. 3. Pesquisa – Rio de Janeiro – Bibliografia - Catálogos. I. Título.

CDD 011.54

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho:

À minha mãe (in memorian) pelo seu amor, pela educação que me deu e pelas oportunidades

que me proporcionou.

Ao meu marido Gilberto e aos meus filhos Rafaela Thereza e Leonardo pelo incentivo que me

deram e principalmente por fazerem parte da minha vida.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço ao meu esposo Gilberto, ao meu filho Leonardo, a minha filha Rafaela Thereza e ao

meu genro Felipe pelo incentivo e compreensão. Agradeço ao Diretor-Geral do Cefet/RJ, Carlos

Henrique Figueiredo Alves, pela oportunidade. Agradeço a todos os professores do curso pelos

conhecimentos compartilhados que tanto contribuíram para o meu engrandecimento pessoal e

profissional. Agradeço ao meu orientador, Augusto da Cunha Reis, por suas instruções,

paciência e amizade.

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RESUMO

A produção científica de uma Instituição de Ensino Superior é uma das mais expressivas formas

de reconhecimento institucional, tornando-se o feito, o caminho mais eficiente de demonstrar o

seu crescimento. Dentro deste contexto, esta pesquisa é um estudo de caso sobre a proposta de

criação de um canal aberto para a divulgação da produção científica do Cefet/RJ, em

cumprimento das metas estabelecidas no Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI 2015-

2019), com vistas à transformação da instituição em Universidade Federal de Ciências

Aplicadas do Rio de Janeiro, visando, também, a difusão do conhecimento para a população

em geral. Para resultados mais eficazes desta pesquisa, foi aplicado um questionário aos

docentes dos cursos de pós-graduação e aos docentes dos cursos de graduação por estarem

diretamente ligados ao trabalho pretendido. Em uma escala quanto à relevância do estudo, os

resultados finais demonstraram que 60% dos entrevistados consideram a proposta da pesquisa

muito relevante, 35% a consideram relevante, 3% consideram pouco relevante e 2%

informaram desconhecer o assunto. Pelos resultados obtidos, espera-se que esta pesquisa possa

contribuir para a implantação do trabalho proposto, visando os interesses institucionais e que

possa contribuir, também, para toda a sociedade.

Palavras-chave: divulgação científica, difusão do conhecimento, gestão do conhecimento,

marketing científico.

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ABSTRACT

The scientific production of a higher education institution is one of the most expressive forms

of institutional projection, what becomes the most efficient way to demonstrate its growth.

This research is a case study of the proposal to create an open channel for the dissemination

of Cefet/RJ’s scientific production, in compliance with the goals established in the

Institutional Development Plan (PDI 2015-2019), aiming at the transformation of the

institution into the Federal University of Applied Sciences of Rio de Janeiro, intending, also,

to disseminate knowledge to the general population. To obtain most effective results with this

research, a questionnaire was applied to postgraduate teachers and undergraduate teachers

because they were directly relate to the intended work. On a scale regarding the relevance of

the study, the results showed that 60% of respondents consider the research proposal to be

very relevant, 35% consider it relevant, 3% consider it not relevant and 2% reported not

knowing the subject. Based on the results obtained, it is expected that this research can

contribute for the implementation of the proposed work, aiming at institutional interests and

that can also contribute to the whole society.

Keywords: science dissemination, knowledge diffusion, knowledge management, scientific

marketing

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Comparativo dos artigos brasileiros catalogados pelo ISI em relação à América latina

e o mundo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..17

Figura 2 – Comparativo do número de artigos brasileiros catalogados no ISI comparados aos

da Espanha, Coreia e Índia no período de 1980 a 2010. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17

Figura 3 – Portal do Núcleo de Divulgação Científica da USP. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35

Figura 4 – Portal do Núcleo de Divulgação Científica da UFMG. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36

Figura 5 – Portal de Divulgação Científica da UFRGS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37

Figura 6 – Instrumentos de pesquisas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .42

Figura 7 – Portal do CEFET/RJ. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..71

Figura 8 – Portal da DIPPG. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. .. 72

Figura 9 – Portal do CEFET/RJ – Comunicação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 72

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Correlação seguimentos pesquisados com os temas principais da pesquisa . . .44

Quadro 2 – Principais autores referenciados relacionados aos temas centrais da pesquisa. .. .44

Quadro 3 – Correlação das perguntas do questionário coma a revisão literária. . . . . . . . . . . 45

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 – Resultados da primeira pergunta do questionário (%). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .50

Gráfico 2 – Resultados da segunda pergunta do questionário (%). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .52

Gráfico 3 – Resultados da terceira pergunta do questionário (%). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54

Gráfico 4 – Resultados da quarta pergunta do questionário (%). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55

Gráfico 5 – Resultados da quinta pergunta do questionário (%). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57

Gráfico 6 – Resultados da sexta pergunta do questionário (%). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58

Gráfico 7 – Resultados da sétima pergunta do questionário (%). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60

Gráfico 8 – Resultados da oitava pergunta do questionário (%). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .62

Gráfico 9 – Resultados da nona pergunta do questionário (%). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .64

Gráfico 10 – Resultados da décima pergunta do questionário (%). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .65

Gráfico 11 – Resultado geral da pesquisa com os docentes de pós-graduação (%). . . . . . . . 66

Gráfico 12 – Resultado geral da pesquisa com os docentes de graduação (%). . . . . . . . . . . . 67

Gráfico 13 – Resultado geral da pesquisa (%). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Resultados numéricos da primeira pergunta do questionário. . . . . . . . . . . . . . . . .49

Tabela 2 – Resultados numéricos da segunda pergunta do questionário. . . . . . . . . . . . . . . . .51

Tabela 3 – Resultados numéricos da terceira pergunta do questionário. . . . . . . . . . . . . . . . . .53

Tabela 4 – Resultados numéricos da quarta pergunta do questionário. . . . . . . . . . . . . . . . . . .55

Tabela 5 – Resultados numéricos da quinta pergunta do questionário. . . . . . . . . . . . . . . . . . .56

Tabela 6 – Resultados numéricos da sexta pergunta do questionário. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58

Tabela 7 – Resultados numéricos da sétima pergunta do questionário. . . . . . . . . . . . . . . . . . 59

Tabela 8 – Resultados numéricos da oitava pergunta do questionário. . . . . . . . . . . . . . . . . . .61

Tabela 9 – Resultados numéricos da nona pergunta do questionário. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63

Tabela 10 – Resultados numéricos da décima pergunta do questionário. . . . . . . . . . . . . . . . .65

Tabela 11 – Cômputo geral numérico da pesquisa. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67

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LISTA DE SIGLAS

ABPI Associação Brasileira da Propriedade Intelectual

ANDIFES Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior

CAPES Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior

CEFET/MG Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais

CEFET/PR Centro Federal de Educação Tecnológica do Paraná

CEFET/RJ Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca

CONIF Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional,

Científica e Tecnológica

DICOM Divisão de Comunicação Social

DIPPG Diretoria de Pesquisa e Pós-Graduação

DIREG Direção Geral

DIREN Diretoria de Ensino

DOU Diário Oficial da União

DTINF Departamento de Tecnologia da Informação

FAPEAM Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas

FAPESP Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo

IBICT Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

IEA Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo

IFES Instituições Federais de Ensino Superior

ISI Institute for Scientific Information

JCR Journal Citation Reports

MEC Ministério da Educação

PDI Plano de Desenvolvimento Institucional

RI Repositório Institucional

SECOM Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República do Brasil

TI Tecnologia da Informação

UFMG Universidade Federal de Minas Gerais

UFRGS Universidade Federal do Rio Grande do Sul

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UFSCAR Universidade Federal de São Carlos

UFT-PR Universidade Federal Tecnológica do Paraná

USP Universidade de São Paulo

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .16

1.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .16

1.2 PROBLEMA DA PESQUISA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18

1.3 JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .19

1.3.1 Motivação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .20

1.4 QUESTÕES DA PESQUISA. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21

1.5 OBJETIVOS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .21

1.5.1 Objetivo Geral. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21

1.5.2 Objetivos Específicos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .21

1.6 ESTRATÉGIA DA PESQUISA. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22

1.7 CONTRIBUIÇÕES DA PESQUISA. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22

1.8 ORGANIZAÇÃO DO ESTUDO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25

2.1 DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25

2.2 GESTÃO DO CONHECIMENTO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . 29

2.3 MARKETING CIENTÍFICO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .31

3 METODOLOGIA. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39

3.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39

3.2 DELIMITAÇÃO DA PESQUISA. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40

3.3 INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .40

3.3.1 Universo e Amostra. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .41

3.3.2 Pré-teste do questionário. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43

3.3.3 Fundamentação da construção do questionário. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .43

3.4 ANÁLISE DOS DADOS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45

4 RESULTADOS DA PESQUISA. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47

4.1 PERFIL DO CEFET/RJ. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . .. . 47

4.2 DESCRIÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ... . .48

4.2.1 Questionário aplicado (docentes do ensino de pós-graduação e de graduação). . 48

5 PROPOSTAS PRÁTICAS E PROJEÇÕES FUTURAS. . . . . . . . . . . . . . . . . . ... .70

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5.1 OPÇÕES PARA A REALIZAÇÃO DO TRABALHO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . .70

5.2 RECURSOS HUMANOS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . 73

5.3 A PRÁTICA DA DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . .73

5.4 COMUNIDADE ACADÊMICA E COMUNICAÇÃO SOCIAL. . . . . . . . . . . . . . . . 74

5.5 PROJEÇÕES FUTURAS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . 74

6 CONCLUSÃO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .77

REFERÊNCIAS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . .. . 80

APÊNDICE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . .85

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16

1 INTRODUÇÃO

1.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Conforme pesquisa realizada por Sanchez (2006), a divulgação científica feita por meio

da internet garante rapidez na informação, economia de recursos, troca de saberes, mudanças

positivas nas atitudes dos colaboradores, no que se refere ao crescimento institucional,

integração e o comprometimento na disseminação do conhecimento para a população podendo,

inclusive, elevar o nível do padrão cultural de um cidadão.

Segundo a Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado do Amazonas ─ FAPEAM

(2014), a divulgação da ciência é muito importante para o pesquisador. Quem repassa essas

informações à sociedade está automaticamente contribuindo para os que pretendem se preparar

para essa atividade. Hoje em dia, o país possui uma nova geração que gosta de ciência e a

disponibilização desses saberes pode ajudar na formação de novos pesquisadores. A Fundação

de Amparo a Pesquisa do estado de São Paulo, FAPESP (2011), divulgou que na década de

2001 a 2010 o total de artigos científicos publicados no Brasil aumentou em 137%.

O Senado (2012) associa esse crescimento ao aumento do número de estudantes mestres

e doutores formados nos últimos anos. Artigos e outros tipos de produções científicas de

brasileiros trabalhando no Brasil foram publicados em periódicos de circulação internacional,

cadastrados pelo Institute for Scientific Information (ISI), dando um salto na pesquisa científica

brasileira, apresentando um período de inovação tecnológica.

Segundo a pesquisa de Cruz (2010), desde 1994 a pesquisa no Brasil vem crescendo

constantemente. O fato é que a partir de 2008 elas começaram a aparecer pelo cadastramento

no ISI, demonstrando, erroneamente, um aumento de artigos publicados que já existiam

conforme demonstrado nas figuras 1 e 2 a seguir.

A figura 1, a seguir, retrata as publicações brasileiras em periódicos científicos

catalogados pelo ISI, demonstrando a participação percentual do Brasil na América Latina e no

mundo.

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17

Figura 1: Comparativo dos artigos brasileiros catalogados pelo ISI, em relação à América Latina e o mundo.

Fonte: OLIVA (2012).

A Figura 2, a seguir, demonstra os artigos brasileiros publicados em uma coleção fixa

de periódicos cadastrados no ISI pelo período de 1980 a 2010, comparados aos da Espanha,

Coreia e Índia.

Figura 2: Comparativo do número de artigos brasileiros catalogados no ISI, comparados aos da Espanha, Coréia

e Índia, no período de 1980 a 2010.

Fonte: CRUZ (2010).

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18

Nos gráficos das figuras 1 e 2, observa-se que o comprometimento com essa recente

descoberta de conhecimentos científicos propicia a criação de projetos tecnológicos mais

identificados, de acordo com as demandas do mercado de trabalho, onde as vantagens

competitivas estão cada vez mais associadas à produção científica e tecnológica.

Informações divulgadas no relatório da revista Thomson Reuters (2013), revelam que

em 2012 pesquisadores brasileiros publicaram 46.795 artigos em revistas específicas,

conceituando o Brasil no ranking mundial como o 14º país com maior número de produção

científica. Vale ressaltar que dentre essas publicações, 90% são oriundas das universidades

públicas (ABPI, 2013).

A pesquisa científica do CEFET/RJ cresce a cada ano. Este Trabalho pretende

apresentar uma visão estratégica de divulgação da produção científica da instituição através do

site institucional, utilizando ferramentas que funcionarão, também, como prestadora de serviços

para a população.

1.2 PROBLEMA DA PESQUISA

O Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (Cefet/RJ) é uma

instituição federal de ensino inovadora e dinâmica, que conta, atualmente, com 8 campi em sua

estrutura. Passou por um amplo movimento de expansão e requer apoio da comunicação social

não só no que se refere à divulgação de informações institucionais, mas também ao

planejamento de suas ações estratégicas.

Desde a sua criação, no ano de 1917, como uma escola de artes e ofícios, a instituição

passou por várias transformações, até que, no ano de 1978, foi transformada em Centro Federal

de Educação Tecnológica, passando a ofertar, além de cursos profissionalizantes, cursos de

graduação. A partir daí, ao longo dos anos, o Cefet/RJ que até então só possuía cursos superiores

na área de Engenharia, expandiu seu conhecimento, passando a ofertar diversos outros cursos

de graduação, contemplando as áreas Humanas, de Tecnologia da Informação e de Meio

Ambiente. Com a expansão, passou a ofertar, também, cursos de pós-graduação lato sensu e

stricto sensu.

Percebe-se que, ao longo dos anos, a instituição vem participando de atividades

acadêmicas específicas de universidades e, após várias discussões com representantes do

Ministério da Educação, surgiu a oportunidade de transformação do Cefet/RJ em Universidade

Tecnológica. Essa oportunidade foi estendida para todos os Centros Federais do país

considerados capazes pelo MEC, sendo eles, o Cefet/RJ, o Cefet/PR e o Cefet/MG. Para que a

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transformação fosse possível, essas instituições receberam uma lista de obrigações

determinadas pelo MEC para cumprimento. E assim, em 7 de outubro de 2005, o Cefet/PR foi

transformado na primeira Universidade Federal Tecnológica (UFTPR) do Brasil, pela Lei nº

11.184, sancionada pelo presidente da república.

Em dezembro de 2005, o Cefet/RJ encaminhou para o MEC sua exposição de motivos

para a sua transformação e essa exposição trouxe em seu escopo o compromisso institucional

com a difusão do conhecimento. Em setembro de 2007 a instituição encaminhou o seu projeto

de transformação em Universidade Tecnológica para o Ministério da Educação. Esse projeto

foi atualizado no ano de 2009, mas, até o momento, o Cefet/RJ e o Cefet/MG não obtiveram o

sucesso pretendido.

Nessa perspectiva, o papel da Comunicação Social do Cefet/RJ tem sido fundamental

no que se refere ao alinhamento social e suas concretizações estratégicas para que se mantenha

a admiração, a confiança, o respeito e a valorização da imagem pública dessa conceituada

instituição de ensino.

O Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI - 2015-2019) traz vários objetivos

específicos que estão relacionados à Comunicação Social, dentre eles: os profissionais dessa

área devem manter a produção de materiais institucionais de divulgação e de produção

acadêmica, nas diferentes mídias e, também, define a Comunicação Social como estratégia

organizacional.

Percebeu-se, então, que o Cefet/RJ, apesar de contribuir de maneira considerável, à

população em geral com suas produções acadêmicas, não possui um canal específico para a

divulgação da sua produção científica. Então, por fazer parte da exposição de motivos para a

transformação da instituição em Universidade Federal de Ciências Aplicadas do Rio de Janeiro

e para cumprir a meta estipulada pelo Plano de Desenvolvimento Institucional, torna-se

imprescindível o desenvolvimento dessa atividade no setor de Comunicação Social.

1.3 JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA

O Cefet/RJ através das suas revistas acadêmicas, Tecnologia & Cultura e Produção e

Desenvolvimento, a primeira produzida desde 1997, pode avaliar o alcance de sua produção

acadêmica. Embora a revista contemple apenas uma quantidade pequena dessa produção, teve-

se a oportunidade de acompanhar de perto o alcance dessas publicações, através do recebimento

de faxes, e-mails e até cartas parabenizando a instituição pelas publicações e muitas vezes, com

solicitações do contato de diversos autores para informações mais aprofundadas sobre

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determinada pesquisa. Durante muitos anos, a Revista Tecnologia & Cultura era impressa, com

uma grande tiragem e distribuída para todas as Instituições Federais de Ensino do Brasil. A

distribuição estendia-se, também, para a Secretaria de Educação Profissional Tecnológica

(SETEC), para a Secretaria de Educação Superior (SESU), para os Ministérios, para a SECOM

(Secretaria de Comunicação da Presidência da República), para a ANDIFES e para o CONIF.

Hoje, a Revista Tecnologia & Cultura pode ser encontrada na versão online no site Institucional

e, também, na versão impressa, mas com uma tiragem bem menor (CEFET-RJ/2015).

Sendo assim, o presente projeto propõe a criação de um canal de divulgação científica

para pesquisas realizadas no Cefet/RJ, veiculado no site institucional, de caráter voluntário, ou

seja, as divulgações serão feitas em comum acordo com o pesquisador. Esse canal será

administrado e mantido pelo setor de Comunicação Social do Cefet/RJ em parceria com a

comunidade acadêmica interna. Justifica-se, ainda, com base no Plano de Desenvolvimento

Institucional (PDI 2015 - 2019) do Cefet/RJ que normatiza o fortalecimento da Comunicação

como estratégia do Centro.

Considera-se que o presente estudo seja muito relevante por dar mais visibilidade a

produção científica do CEFET/RJ não só para o conhecimento da comunidade interna do

Centro, mas, também, para o seu público externo, reafirmando a imagem institucional e,

também sua promoção, perante os órgãos públicos pelos quais a Instituição é subordinada,

proporcionando parcerias e investimentos financeiros e, consequentemente, atraindo a atenção

da imprensa, promovendo e atualizando o conhecimento para a sociedade em geral.

1.3.1 Motivação

O momento para a criação de um link para esse canal de divulgação científica é bem

propício em virtude da publicação no DOU de 23/12/2014, sobre a Instrução Normativa nº 8

que disciplina a implantação e a gestão da Identidade Padrão de Comunicação Digital das

propriedades digitais dos órgãos e entidades do Poder Executivo Federal. Pela Instrução

Normativa, todos esses órgãos deverão adotar, em seus sítios, o modelo do "Portal Padrão" do

Governo Federal.

A reformulação do site institucional é inevitável e cada tópico terá que ser reavaliado

conforme o “esqueleto” já definido pela SECOM, contendo informações relevantes para as os

órgãos do governo que, após a implantação, poderão obter informações sobre a instituição de

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forma rápida e eficiente e, também, para o público em geral que, cada vez mais, buscam

informações mais específicas.

1.4 QUESTÕES DA PESQUISA

Para o resultado esperado, esta pesquisa abordou questões quanto às diretrizes e

perspectivas institucionais. Nesse sentido, a investigação foi direcionada para as seguintes

particularidades:

Propor diretrizes, pautadas na fundamentação teórica desta dissertação, visando à

criação de um canal para a divulgação científica institucional;

Manter a ética e transparência na divulgação das pesquisas científicas realizada com

recursos provenientes de órgãos de fomento;

Incentivar a participação voluntária da comunidade acadêmica para a disponibilização

das suas pesquisas científicas em um canal aberto no site institucional, organizado e

atualizado pelo setor de Comunicação Social, para o público em geral.

1.5 OBJETIVOS

1.5.1 Objetivo Geral

A presente pesquisa tem como objetivo propor diretrizes para a criação de um canal

aberto ao público em geral para a divulgação das pesquisas científicas produzidas no Cefet/RJ,

disponibilizado no site institucional, visando o cumprimento das metas estabelecidas no Plano

de Desenvolvimento Institucional (PDI 2015-2019).

1.5.2 Objetivos Específicos

- Apurar, em outras IFES, a melhor forma de construção de um canal aberto de divulgação

científica institucional;

- Disponibilizar no site institucional as pesquisas científicas realizadas no Cefet/RJ.

- Estabelecer uma relação mais estreita entre o setor de Comunicação Social e a comunidade

acadêmica visando os interesses da instituição.

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1.6 ESTRATÉGIA DA PESQUISA

Como estratégia desta pesquisa, na revisão literária, foram selecionados uma grande

quantidade de artigos relacionados ao tema da pesquisa e, após, foram aproveitados os que

melhor contribuíram para o entendimento no desenvolvimento do estudo e para a obtenção de

resultados mais assertivos ao final da pesquisa. Durante o estudo, foram pesquisadas algumas

Instituições Federais de Ensino Superior (IFES), que já desenvolvem algum canal aberto para

a divulgação da produção científica institucional.

Para a coleta de dados, foi aplicado um único questionário, contendo 10 perguntas

fechadas, para dois segmentos da comunidade acadêmica do Cefet/RJ, docentes dos cursos de

Graduação e docentes dos cursos de Pós-Graduação, considerando o grupo de interesses desta

pesquisa e um espaço aberto para que os respondentes pudessem fazer suas considerações, sobre

o tema do estudo.

1.7 CONTRIBUIÇÕES DA PESQUISA

Este estudo pretende aprimorar a comunicação científica com o público interno e

externo, em relação ao ensino e ao aprendizado, propiciando feedback sobre o conteúdo das

publicações e criar elementos que possam servir de avaliação e acompanhamento da pesquisa

institucional. Esta pesquisa poderá contribuir para a memória cientifica institucional, de

maneira organizada e como informação para os usuários, de forma mais atraente e de fácil

acesso.

Com base no estudo realizado por Leite (2009), a utilização dos repositórios

institucionais de acesso aberto é de grande valia para o pesquisador, pois possibilita maior

visibilidade dos seus estudos científicos, melhora a identificação dos projetos científicos

disponibilizados, aumentando, inclusive, a possibilidade de o seu projeto ser citado ou que seja

utilizado como referência para outros pesquisadores, dificultando a oportunidade de plágios e,

também, propiciando uma visão mais efetiva sobre o impacto que seu estudo possa causar na

sua área de conhecimento.

De acordo com o artigo de Valério e Bazzo (2006), a divulgação da pesquisa científica

aparece como ferramenta de grande contribuição para a educação, aliando-se ao ensino

curricular e, se difundida em meios eletrônicos de comunicação, possibilita o alcance de

públicos diversos, aumentando o interesse da sociedade, criando reflexões sobre determinado

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assunto, podendo, inclusive, influenciar na modificação do comportamento humano,

alimentando esperanças, criando perspectivas sociais e projeções para o futuro.

Segundo Albagli (1996), a mídia associada à divulgação de pesquisa científica pode ser

considerada como Jornalismo Científico, que tem um caráter informativo visando à

aproximação da comunidade científica com a sociedade em geral, conforme o nível de interesse

e a perspectiva de alcance.

Se a população não compreende ciência, será pouco capaz de participar dos

debates relativos às decisões que lhes dizem respeito.

Se a divulgação científica der às pessoas conhecimentos para que elas possam

ponderar sobre as decisões, ou pelo menos saber em que especialistas confiar,

essa divulgação é uma transmissão de poder (FOUREZ, 1995).

O compartilhamento do conhecimento se caracteriza como sendo a maneira mais

democrática de disseminação da informação (MARRA, 2012).

1.8 ORGANIZAÇÃO DO ESTUDO

A presente pesquisa foi composta de seis capítulos, descritos a seguir:

O Capítulo 1 trouxe, em seu desenvolvimento introdutório, considerações iniciais que

demonstram a importância do tema da pesquisa, o problema da pesquisa, justificativa e

relevância do estudo, estratégias e contribuições da pesquisa para a instituição, para os autores

e para a sociedade em geral, as principais questões para elaboração da pesquisa de campo e aa

organização do estudo.

O Capítulo 2 apresenta o referencial teórico dos artigos selecionados para o

desenvolvimento desta pesquisa, buscando um melhor entendimento sobre a difusão do

conhecimento através da divulgação científica, os impactos causados pela prática dessa

atividade e as diferentes formas e canais mais adequados para a aplicação da proposta do estudo.

O Capítulo 3 traz a metodologia utilizada na pesquisa, sua classificação, delimitação da

pesquisa, os instrumentos de coleta de dados, o universo e amostra da pesquisa, a aplicação do

pré-teste do questionário, a fundamentação da construção do questionário apresentada nos

quadros 1 e 2 e a metodologia para a análise dos dados.

O Capítulo 4 apresenta os resultados da pesquisa, fazendo uma breve apresentação

histórica do Cefet/RJ e seu perfil atual, a descrição e análise dos dados coletados, representadas

por meio de tabelas numéricas e por meio de gráficos. O Capítulo 4 apresenta, também, algumas

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das considerações feitas pelos respondentes no espaço reservado no questionário da pesquisa,

onde os entrevistados puderam comentar sobre a relevância da proposta deste estudo.

No Capítulo 5, com base na fundamentação teórica e nos resultados da pesquisa, são

apresentadas as propostas práticas para a implantação de um canal aberto para a divulgação

científica do Cefet/RJ, colaboradores envolvidos, instrumentos utilizados no processo, trâmite

legal para a realização do trabalho e propostas de projetos futuros.

O Capítulo 6 traz a conclusão da pesquisa, com base nos princípios teóricos e nos

princípios empíricos, com vistas aos resultados das questões da pesquisa.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

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2.1 DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA

A produção científica de uma Instituição de Ensino Superior é uma das mais expressivas

formas de projeção institucional, tornando-se o feito, o caminho mais eficiente de demonstrar

o seu crescimento, acarretando mais recursos para a instituição, mais visibilidade no mercado,

mais oferta de novos cursos e maior procura pelos seus serviços.

No decorrer dos últimos séculos, a divulgação científica foi fundamentada conforme a

conveniência de alguns grupos sociais, visando algum tipo de vantagem que o resultado da

pesquisa pudesse trazer, não somente pelo benefício social, mas principalmente pelo ganho

material conseguido através desse estudo, tornando evidente sua relação de acordo com os

interesses políticos ou econômicos do momento.

Conforme pesquisas realizadas por Moreira e Massarani (2002), no Brasil a divulgação

científica tem, pelo menos, dois séculos de existência, mais precisamente com a chegada da

Corte portuguesa ao país, no século XIX, que trouxe significativas mudanças para o

crescimento político, econômico e cultural do Brasil. Anteriormente a essa época, no século

XVIII, o Brasil fez sua primeira investida para a difusão científica, com a criação da Academia

Científica do Rio de Janeiro, idealizada pelo Marquês do Lavradio, em 1772, mas alguns anos

depois foi fechada, não despertando o interesse de pessoas capacitadas para integrarem a

Academia. Mais tarde, seria reaberta, mas por questões políticas, foi novamente fechada.

Já no final do século XVIII, alguns brasileiros que tiveram a oportunidade de estudar

fora do país manifestaram, mais uma vez, a vontade de tornar público o conhecimento

adquirido, mas dessa vez, de forma mais lenta e mais cautelosa, porém somente no início do

século seguinte, com o apoio da Corte imperial que foi favorável às publicações acadêmicas,

até então proibidas, surgiram as primeiras manifestações para a divulgação científica. Com essa

abertura, a imprensa passou a divulgar esses artigos científicos, propiciando a difusão do

conhecimento em todo o país. Nessa mesma época, surgiram as primeiras Universidades

Brasileiras e, a partir daí, a busca pelo conhecimento se tornou mais evidente.

Segundo Machado (2005), ao longo dos anos, as barreiras enfrentadas para a divulgação

aberta das publicações científicas continuam existindo, essas ainda são combatidas pelas

publicações pagas e continuam sujeitando-se a interesses econômicos e políticos distintos.

A divulgação aberta da produção científica, com a devida proteção legal, tem papel

fundamental para a difusão do conhecimento. Atualmente as Instituições de Ensino Superior

contam com ferramentas digitais de fácil acesso, que podem tornar as pesquisas dos públicos

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interno e externo mais eficientes e ao mesmo tempo dar mais visibilidade à sua produção

acadêmica, reafirmando sua contribuição para a sociedade em geral.

Em sua pesquisa, Candotti (2002) destaca o cientista como figura principal para a

divulgação científica e comenta o quanto é difícil fazer entender a todos o que os cientistas

escrevem para um público tão específico. Nos últimos anos, o conhecimento científico popular

avançou pouco, mas com certeza, mais do que nas décadas passadas. Ao repassar o resultado

da sua pesquisa para a sociedade o autor presta contas à população sobre o conhecimento

adquirido durante o estudo, além de promover o seu reconhecimento e valorizar sua pesquisa

científica. Candotti (2002) defende, ainda, que a divulgação desses resultados em canal aberto

é fundamental para o avanço científico, concluindo que a divulgação científica para a sociedade

ajuda a melhorar a qualidade de vida da população.

A pesquisa de Jané (2003) defende a ideia de que a ciência e o jornalismo devem

caminhar juntos, pois a publicação científica quando repassada para o público em geral requer

um tratamento específico, para melhor compreensão, principalmente quando divulgada pelas

TVs e acrescenta que o profissional da área de jornalismo tem a competência necessária para

essa atividade de modo que a informação seja repassada de forma fidedigna.

Os estudos realizados por Mateus e Gonçalves (2012) destacam a internet como o

mecanismo mais eficiente e democrático da difusão do conhecimento para o público leigo. Ao

observarem o entendimento compreendido nos diferentes níveis sociais, destacaram a

importância da reformulação do discurso científico, não desprezando a sua forma inicial, mas,

talvez, a elaboração de um discurso secundário, mesmo que conservando a linguagem formal,

para que possa ser melhor entendido pelo público em geral.

O artigo de Mueller e Caribé (2010) relata fatos interessantes sobre o crescimento da

divulgação científica nas regiões europeias, onde ocorreram as primeiras tentativas sobre essa

prática. Embora a pesquisa tenha como foco principal as transformações ocorridas no período

compreendido entre os séculos XV e XX, o estudo inclui, também, experiências sucedidas nos

Estados Unidos da América, onde aconteceram as principais inovações na área de Tecnologia

da Informação e na área de Comunicação Social e destacam que, mesmo com propósitos

distintos, o avanço da ciência, o avanço tecnológico e o avanço da imprensa caminharam lado

a lado, contribuindo para que a difusão do conhecimento seja hoje defendida por grupos em

todo o mundo.

Segundo Calvo Hermando (2005), o Brasil se destaca entre os países latinos que mais

desenvolveram a divulgação científica nas últimas décadas.

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Pesquisas comprovam que as universidades brasileiras têm investido em suas

Assessorias de Comunicação com recursos humanos, estrutura tecnológica e ambiente

favorável e a maioria já assume o compromisso da divulgação aberta da produção científica

interna. Comprovam, também, que as universidades públicas detêm a maior concentração da

produção científica do país (GOMES e SILVA, 2013).

Dentre outras atribuições, as Assessorias de Comunicações são responsáveis pela relação

entre as instituições e o público interno e externo, devendo repassar para a sociedade

informações relevantes, de forma transparente e confiável. São responsáveis, também, pela

divulgação institucional nas mídias em geral, proporcionando o agendamento de entrevistas e

filmagens dentro e fora da instituição, pela produção de press release para jornais e revistas,

pela atualização do site oficial e pelo fortalecimento da marca institucional, ou seja, pode-se

considerar que as Assessorias de Comunicação administram grande parte da informação de uma

organização.

O Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) das universidades públicas já apontam

as Assessorias de Comunicação como estratégia organizacional. O PDI 2015-2019 do Cefet/RJ

traz, nos itens abaixo, as seguintes considerações sobre o setor de Comunicação Social:

Comunicação Interna e Externa

- Adaptar o layout do sítio institucional para o modelo padrão do Governo

Federal e prepará-lo para o processo de descentralização da publicação de

informações acadêmicas e administrativas até 2015.

- Capacitar os servidores para o desenvolvimento das ações de comunicação

interna e externa no decorrer da vigência do PDI 2015-2019.

- Elaborar o Plano Estratégico de Comunicação, realizando o controle

periódico da implementação ações.

- Viabilizar ferramentas para monitorar e fortalecer a imagem da instituição

nas -diferentes mídias durante a vigência do PDI 2015-2019.

- Manter a produção de materiais institucionais de divulgação e de produção

acadêmica, nas diferentes mídias.

- Elaborar vídeo institucional até 2017.

- Padronizar a identidade visual das fachadas dos campi até 2017.

- Fazer um diagnóstico da comunicação interna e propor projetos de relações

públicas até 2018.

Gestão das atividades de Comunicação Social

(...) Certamente, com a atuação estratégica dos serviços de comunicação social,

a visibilidade institucional tem sido fortalecida por meio da produção

jornalística para o sítio institucional, bem como da articulação permanente com

órgãos de notícias locais e nacionais e com as mídias sociais, como Facebook,

Twitter, YouTube, Flickr e SoundCloud. Além disso, essas ações contribuem

para a produção de releases e do informativo eletrônico #CEFET/RJ, assim

como a elaboração de materiais de divulgação das ações institucionais, em

formatos de banners, cartazes, CDs, DVDs, folders, folhetos, outdoors,

painéis, etc (CEFET/RJ, PDI 2015-2019).

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De acordo com o exposto no Plano de Desenvolvimento Institucional do Cefet/RJ 2015-

2019 (2016) pode-se perceber que a instituição confirma a atuação da Comunicação Social

como estratégia organizacional e é favorável à divulgação da produção científica interna.

A Comunicação do Cefet/RJ com o público em geral só é possível mediante a parceria

existente com a comunidade acadêmica, que estabelece um canal de entendimentos nas

diferentes áreas de ensino, visando legitimar a visibilidade da atuação do Cefet/RJ, submetida

ao controle do Estado e à sociedade em geral.

No que tange às diretrizes de comunicação do Cefet/RJ, uma gestão de comunicação

integrada e sistêmica se mostra adequada ao mundo contemporâneo em que vivemos e em que

a instituição está inserida. Como uma instituição federal de ensino superior, o Cefet/RJ enfrenta

verdadeiras transformações organizacionais no contexto da tecnologia e da informação, no

contexto comportamental e da cultura organizacional. A interação com o Ministério da

Educação (MEC), com as Instituições Federais de Ensino Superior, com as instituições da Rede

Federal de Educação, Ciência e Tecnologia, com a participação em associações de interesse

institucional como a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino

Superior – Andifes – e no Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação

Profissional, Científica e Tecnológica – Conif –, o estabelecimento de convênios e acordos de

cooperação técnico-científica com instituições de ensino e pesquisa, órgãos de fomento e

secretarias estaduais e municipais de educação, a realização de eventos e a interação com

empresas públicas e privadas vêm ampliando o reconhecimento das atividades do Cefet/RJ,

exigindo, cada vez mais do setor de comunicação social a criação de novos ambientes virtuais

que se demonstram através do site institucional, pelas redes sociais e outros canais afins.

O principal canal de informação do Cefet/RJ é o sítio institucional (www.cefet-rj.br),

que vem recebendo o reconhecimento do público interno e externo. Pesquisas revelam que a

média diária de acessos desde 19 de junho de 2015, quando o sítio passou por uma reformulação

total, para atender a com a Instrução Normativa nº 8 da Secretaria da Comunicação Social da

Presidência da República (SECOM), de 19 de dezembro de 2014, que estabelece a padronização

de todos os órgãos do poder executivo federal já ultrapassa 8.500 visitas diárias. Antes dessa

reformulação o site institucional não alcançava mais que 300 visitas diárias.

2.2 GESTÃO DO CONHECIMENTO

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De acordo com a pesquisa feita por Stallbaum (2005), o conhecimento científico e

tecnológico disponibilizado pelas teses e dissertações realizadas em um país, constituem um

dos seus produtos mais relevantes. Mesmo que a maioria dessas pesquisas não traga um retorno

revolucionário e imediato para a ciência e para a sociedade, todas são fruto de um considerável

empenho e determinação na busca de um conhecimento, muitas vezes feita durante anos de

dedicação e que depois de publicadas caem no esquecimento, quando muito são revividas,

apenas, pela própria comunidade acadêmica, servindo como referência para outras pesquisas,

continuando a seguir longe do alcance da sociedade e não despertando a atenção da mídia.

Portanto, muitas pesquisas que poderiam ser de grande valor para a população e para o mercado

de trabalho, quem sabe até recebendo verbas governamentais e de empresas interessadas em

patrocinar o desenvolvimento dessa pesquisa tornam-se apenas mais um dado estatístico

arquivado em algum banco digital de teses e dissertações.

Conforme Bueno (2010), a divulgação científica tem se destacado nos principais debates

científicos nacionais e internacionais, partindo-se do conceito de que essa prática não

caracteriza apenas pela disseminação da informação entre seus pares, mas também, pela

democratização na informação do conhecimento, sendo considerada, até mesmo, como a

alfabetização científica. Nesse aspecto, pode-se observar a diferença entre a comunicação

científica e a divulgação científica. A primeira trabalha o intercâmbio das informações para um

público específico e a segunda cumpre o mesmo papel, mas, também, contempla o público em

geral.

A divulgação científica cumpre seu principal objetivo quando propicia o conhecimento

para o público leigo, sua prática pode ser feita, não somente, pelos veículos tradicionais, mas,

também, através de folhetos explicativos, peças teatrais com a temática e até mesmo por meio

de histórias em quadrinhos. A ideia é mais voltada para a inclusão desse público tão distante da

cultura científica, de uma forma mais atraente. Entretanto, as duas modalidades não impedem,

uma a outra, de alcançarem seus objetivos. É importante ressaltar que o compartilhamento da

ciência é uma ramificação da Gestão do Conhecimento, que é considerada uma estratégia

organizacional e consequentemente a divulgação científica pode contribuir, de maneira

considerável, para a inovação institucional, podendo influenciar, de forma favorável, na

competitividade pela oferta dos seus serviços (SILVA, 2002).

O papel social desempenhado tanto pela comunicação científica quanto pela divulgação

científica dentro de uma instituição depende da formalização de canais com esse objetivo, de

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sistemas de informação adequados e da atualização constante desses canais. É um trabalho que

envolve muita responsabilidade e dedicação para que a instituição não fique desacreditada

perante o público de interesse (FUJINO, PRAZERES e OLIVEIRA, 2007).

A internet é considera como o meio de comunicação mais rápido e de fácil acesso e de

maior alcance populacional. A utilização das redes sociais tornou-se um fenômeno mundial e a

maioria das organizações adotaram essas ferramentas a seu favor como um termômetro de

satisfação dos seus stakeholders. Esses canais não só proporcionam a divulgação da instituição

para um público mais diversificado, como se tornaram a maneira mais eficiente para a pesquisa

de opiniões, para a troca de informações e para sugestões. Nessa interação é extremamente

importante que as organizações aproveitem essa oportunidade para analisarem a participação

desses usuários na identificação de problemas, visando à inovação e o crescimento institucional

(RODRIGUES, 2011).

Pesquisas realizadas por Lordêlo e Porto (2011) mostram que não há dúvidas que a

internet contribuiu muito para o avanço da divulgação científica, para o avanço da comunicação

científica e para o avanço dos sistemas de informação principalmente no Brasil, por sua grande

densidade demográfica, essa prática estreitou a comunicação e a informação propiciando

intercâmbio cultural entre diversos grupos sociais conforme seus interesses, proporcionando

vários debates sobre assuntos contemporâneos significativos. A difusão da informação pelo site

da instituição garante que a população esteja sempre atualizada sobre os diversos temas de

interesse, com rapidez e confiabilidade, estreitando a relação entre os usuários e a organização.

A utilização das redes sociais e do sistema fale conosco demonstram bons resultados. Essa

participação voluntária tem ajudado de forma significativa para a solução de diversos

problemas, promovendo discussões proveitosas visando melhorias para a população. Deve-se

ressaltar que toda informação precisa ser esclarecedora, pois do contrário, pode causar confusão

e até mesmo o desinteresse do usuário. Hoje, os profissionais das grandes mídias quando

precisam fazer uma matéria sobre determinada pauta, primeiramente percorrem os sites oficiais

em busca de informações confiáveis.

2.3 MARKETING CIENTÍFICO

O marketing científico tem atuado positivamente na divulgação da ciência por promover

a produção científica institucional, dando mais visibilidade à pesquisa, possibilitando seu

acompanhamento no que concerne ao seu impacto diante de diversos públicos, de forma

responsável, podendo contribuir no crescimento de empresas de produção científica e

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tecnológica. O marketing científico desenvolve uma série de ações estrategicamente

organizadas visando alcançar públicos que ultrapassam os limites da comunidade científica,

principalmente se trabalhado de forma digital (ARAÚJO, 2015).

Segundo pesquisas realizadas por Vilhena e Crestana (2002) os periódicos indexados

no Institute for Scientific Information (ISI) distribuídos nas áreas: Science Citation Index

Expanded, Social Sciences Citation índex e Arts & Humanities Citation Index passam por um

processo baseado em dois critérios que o ISI utiliza para selecionar os periódicos que

determinam suas bases de dados: a sua periodicidade e o seu impacto, medido pela quantidade

de referências dos seus artigos em outras revistas. O Brasil detém mais de 1% da produção

mundial, medido por fatores de impactos analisados pelo ISI, divulgados pelo Journal Citation

Reports, que utiliza critérios matemáticos de avaliação definido pela quantidade de citações de

determinado artigo em determinada revista, em um período de dois anos e essa quantidade é

dividida pelo número de artigos dessa mesma revista, publicados no mesmo período.

O JCR oferece uma perspectiva para avaliação e comparação de periódicos por

meio da acumulação e tabulação de contagens de citações e artigos de

praticamente todas as especialidades nos campos da ciência. Possui mais de

10.500 revistas, entre as mais citadas do mundo, em 232 disciplinas, mais de

2.500 editores em 82 países e mais de 1.400 revistas regionais.

É uma importante ferramenta para auxiliar tanto para pesquisadores, que

poderão determinar onde publicar seus trabalhos e quais periódicos utilizar em

suas pesquisas, quanto para bibliotecários que realizam análises de coleções de

periódicos para aquisição. O JCR permite identificar nos periódicos indexado

na Web of. Science. (UFSCAR, 2015).

Na verdade, essas divulgações, apesar de ter um valor incalculável para o autor que tem

seu artigo publicado em um periódico divulgado no JCR, ainda não nos permite identificar

quantos desses artigos contribuíram para o mercado profissional e nem para a sociedade, elas

apenas indicam quantas vezes determinado artigo foi utilizado por outros pesquisadores.

A socialização do saber é mais complicada do que se pensa. Ao se repassar uma pesquisa

científica, de forma aberta, para a população, deve-se tomar alguns cuidados para que não haja

conflito entre o pesquisador, o divulgador e o leitor. Uma das formas de divulgação científica

seria com o simples repasse de conteúdo, mas geralmente o texto é confuso para o usuário leigo.

No processo de divulgação científica existem três personagens importantes: o cientista, o

divulgador e a sociedade em geral, onde o cientista é o ator principal e sendo assim, caberá ao

divulgador respeitar a publicação original e decidir qual a melhor forma e qual o melhor canal

para fazer esse tipo de divulgação, visando o melhor resultado pretendido (OLIVEIRA, 2007).

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A implementação da prática de um canal aberto para a produção científica de uma

instituição exige obediência a uma série de normas estabelecidas, aqui representadas pelo

Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT, 2012). Existem três formas

de se fazer a socialização do saber: através da biblioteca digital, do repositório institucional e

da divulgação científica, as três desenvolvidas pelo site institucional. Muitos confundem o papel

da biblioteca digital com o do repositório institucional, mas eles têm características diferentes.

A primeira é responsável por armazenar, organizar e preservar a memória de todo o

material produzido internamente e do material recebido de fontes externas. Essa atividade é

desenvolvida pela biblioteca central da instituição. A segunda forma, de Repositório

Institucional (RI), objetiva somente o armazenamento de toda a pesquisa científica produzida

dentro da instituição, de maneira organizada, visando, também, a preservação da memória

institucional. Essa prática e desenvolvida preferencialmente pela Biblioteca Central da

instituição, mas pode ser administrada por outro setor conforme designação superior. As duas

primeiras formas necessitam de um software específico para o desenvolvimento do trabalho.

O repositório institucional necessita, também, que seja elaborado um documento de

implantação de políticas internas bem definidas, de acordo com as já existentes no setor

bibliotecário da organização e deverá ser aprovado pelo órgão máximo da instituição. O

documento deve ser bem abrangente, deixando bem claro os seus objetivos, o serviço que será

prestado, as responsabilidades durante o desenvolvimento da implantação, as responsabilidades

de administração e atualização dos dados e as ações para a preservação autoral. Sua gerência

não precisa, necessariamente, ficar sob a responsabilidade das bibliotecas, isso vai depender do

que esteja acordado no documento de políticas internas de implantação. Algumas instituições

de ensino superior que possuem um canal para RIs contam com a presença constante das

Assessorias de Comunicação, pois, nas diretrizes traçadas pelo documento de implantação elas

têm papel importante na construção do plano estratégico de marketing, na divulgação dos RIs,

são responsáveis por solucionar dúvidas, gerenciam problemas relacionados aos direitos

autorais, funcionam como uma ponte para soluções de problemas tecnológicos e gerenciam

problemas de relacionamento com os pesquisadores (VIANA E ARELLANO, 2006).

A pesquisa de Medeiros e Ferreira (2014) que envolveu onze instituições de ensino

superior brasileiras sobre a implementação de RIs, constatou que a maioria delas esbarrou nos

critérios políticos de implantação e, por conseguinte não conseguiram a oficialização dos RIs

em suas organizações. Os problemas surgiram com a confecção do documento de implantação,

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com a compra do software adequado, com recursos humanos e até problemas de

relacionamentos. Diante disso, o IBICT resolveu dar uma abertura com relação à

obrigatoriedade dos depósitos de toda a produção acadêmica nos RIs, consentindo que os

depósitos fossem voluntários, o que não garantiu o cumprimento da política estabelecida. A

pesquisa demonstra que a prática de socialização da ciência através dos repositórios

institucionais ainda é muito deficiente e, pelos problemas encontrados, os RIs não configuram

como a forma mais eficaz de se divulgação aberta da ciência.

Já a terceira forma, pode ser feita diretamente no site institucional, necessitando, apenas,

de um link com uma página específica e as postagens podem ser feitas normalmente como

qualquer outra informação. Nessa forma, a disponibilização do conteúdo é voluntária e as

postagens são feitas de maneira criativa, com chamadas que prendam a atenção do leitor, não

sendo alterado, de forma nenhuma, o texto do autor. Essa atividade é desenvolvida e mantida

pelos setores de Comunicação Social da instituição.

A proposta desta pesquisa baseia-se nas experiências da Universidade de São Paulo

(USP), da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e da Universidade Federal do Rio

Grande do Sul (UFRGS) que implantaram um link em seus sites institucionais intitulado Núcleo

de Divulgação Científica, que tem como característica a difusão da ciência, de forma aberta, de

uma maneira mais cativante e agradável, contemplando seus diversos segmentos. A equipe

mantenedora da página do Núcleo é formada por profissionais da área de Comunicação Social,

preferencialmente por jornalistas, que fazem a ponte entre a comunidade acadêmica e os demais

públicos de interesses (USP e UFMG).

Inovadora na prática da popularização da ciência, a Universidade de São Paulo (USP)

desenvolve essa atividade desde 1995 através da Agência USP de Notícias. Em sua trajetória e

conforme o avanço tecnológico, a USP desenvolveu vários meios e serviços de comunicação

em cada um deles, sempre houve a preocupação em destinar parte do trabalho para a divulgação

da ciência.

O Núcleo de Divulgação Científica da USP foi criado prioritariamente para atingir o

público jovem, como uma alfabetização científica, seu primeiro momento, o conteúdo

disponibilizado era direcionado para as grandes mídias de rádios, jornais e TVs, mas diante das

novas práticas de comunicação, a coordenação do Núcleo precisou adequar-se a essa nova

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realidade, pois o jovem já não acompanha as notícias dessas mídias mais tradicionais, passando

a utilizar outras mídias como o YouTube, o Facebook e o Twitter.

A ideia principal desse Núcleo de Divulgação Científica é despertar o interesse do jovem

para a ciência, aumentar o nível cultural dos estudantes que chegam à Universidade e,

consequentemente, contribuir para o crescimento profissional desses jovens (IEA, 2015).

A seguir, a figura 3 demonstra o portal de Divulgação Científica da USP:

Figura 3: Portal do Núcleo de Divulgação Científica da Universidade de São Paulo (USP).

Fonte: USP (2016).

A ideia de criar um Núcleo de Divulgação Científica na Universidade Federal de Minas

Gerais (UFMG) veio com a percepção de que a ciência se apresenta de várias formas, em

diversos canais da mídia, podendo-se concluir que a ciência está presente no cotidiano do

público em geral. Com essa percepção, o Núcleo, formado por profissionais da área de

Comunicação, pesquisadores e alunos, iniciou seus trabalhos apresentando suas pesquisas de

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forma mais atraente, com chamadas cativantes, com o propósito de atingir toda a população

(CIENCIAR, 2016).

A seguir, a figura 4 demonstra o Portal de Divulgação Científica da UFMG:

Figura4: Portal do Núcleo de Divulgação Científica da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Fonte: UFMG (2016).

O portal de divulgação científica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, o

UFRGS Ciência, foi criado com a proposta de tornar público as pesquisas realizadas na

instituição. O portal utiliza uma linguagem totalmente jornalística, objetivando a publicidade

em diversas mídias e mais interação entre os grupos de pesquisas e comunidades com práticas

científicas. Com início em março de 2016, o portal foi desenvolvido em conjunto com a

Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (UFRGS, 2016).

No início do desenvolvimento do UFRGS Ciência, em entrevista, o reitor da

universidade declarou ser de extrema importância a popularização das pesquisas científicas

realizadas na UFRGS:

Todos sabemos que a atividade científica é a coluna vertebral da Universidade.

E isso nós fazemos muito e fazemos muito bem, mas não comunicamos com a

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mesma competência. Aqui, se produz pesquisas com impacto nacional e

internacional. E muitas vezes a própria comunidade universitária sabe muito

pouco sobre o que fazemos (UFRGS Notícias, 2016).

A seguir, a figura 5 demonstra o Portal criado para a divulgação científica da UFRGS:

Figura 5: Portal de Divulgação Científica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS.

Fonte: UFRGS (2016).

Em sua pesquisa, Candotti (2202) conclui que a instituição de ensino que compartilha

os resultados dos seus estudos científicos de forma aberta para o público em geral assume o

compromisso com a sociedade de revelar, de forma ética e transparente, as pesquisas que foram

realizadas com recursos provenientes das organizações de fomento.

O Estudo de Bertolli Filho (2006) enfoca a ética no jornalismo científico e o papel social

que essa prática desempenha. O autor defende que a divulgação científica deve fazer parte do

cotidiano familiar, com propostas de utilidade pública, visando em longo prazo o jovem que

ainda busca sua orientação vocacional. Defende, também, a responsabilidade social que o

acesso livre aos estudos científicos desempenha, atuando como estratégia política e econômica

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almejando um povo mais articulado quando se trata de tomada de decisões. Acrescenta, ainda,

que o conhecimento científico proporciona a todo cidadão oportunidades que podem contribuir

para o seu crescimento pessoal e profissional e que, diante dessas responsabilidades, a

divulgação científica tem que ser repassada para o público de forma ética e transparente.

A pesquisa de Rublescki (2009) destaca que o bom profissional de divulgação científica

deve primeiramente verificar a procedência da informação e o repasse dessa informação para a

sociedade deve ser de forma compreensível mais ao mesmo tempo respeitosa à publicação do

autor, pois uma única informação repassada de forma incorreta pode ter uma repercussão difícil

de reverter. A autora destaca, também, que o jornalismo científico, ao longo do tempo, procurou

se adequar as novas formas e canais de divulgação, utilizando recursos visuais que tendem a

chamar mais a atenção do leitor como o marketing científico que vem ganhando força no mundo

científico por apresentar vantagens como a promoção da pesquisa e consequentemente a

promoção dos autores e das instituições e para o público leigo, que pode dispor dessa forma

mais atrativa de conhecimento.

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3 METODOLOGIA

3.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA

Em sua pesquisa, Godoy (1995) apresenta três oportunidades de questionamento

qualitativo: a pesquisa documental, a etnografia e o estudo de caso que será a metodologia

utilizada nesta pesquisa para a abordagem da coleta de dados, pois o tema requer uma análise

mais profunda de um determinado universo. Ainda segundo Godoy (1995), o estudo de caso

utilizado de forma exploratória, abre possibilidades para novas descobertas, podendo apresentar

dimensões bem complexas, requerendo do pesquisador uma técnica de observação mais rígida

na apuração dos resultados.

Segundo Yin (2015), a abordagem na forma de estudo de caso é a mais adequada para

os assuntos contemporâneos, mas alerta sobre os desafios que o pesquisador poderá enfrentar,

enfatizando que não se subestime as consequências da pesquisa e que o pesquisador deve estar

preparado para diferentes opiniões dos entrevistados e orienta que é fundamental que o

pesquisador esteja confiante com a sua proposta e muito bem amparado por sua revisão da

literatura, para que ao final, sua pesquisa obtenha o resultado esperado e contribua de forma

positiva para todos os envolvidos no processo.

Esta dissertação utiliza o método de estudo de caso com base em uma pesquisa

qualitativa, aplicada em um ambiente institucional, em que o principal objetivo é investigar a

opinião dos diversos segmentos envolvidos diretamente com o tema desta dissertação e por

exigir uma análise dos resultados mais refinada, pois a realização do trabalho proposto neste

estudo só será viável com a aprovação da maioria dos respondentes, haja vista que o produto

final correspondente ao tema depende das atividades desenvolvidas pelos investigados. Sendo

assim, a pesquisa deve ser realizada de forma elucidativa em todos os seus questionamentos,

para que não haja dúvidas sobre os benefícios que a proposta desta dissertação, que trata da

criação de um canal aberto, disponibilizado no sítio institucional, para divulgar as pesquisas

cientificas produzidas no Cefet/RJ, possa trazer, tanto para os autores e para a instituição,

quanto para o público em geral.

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É importante ressaltar que a utilização do método de estudo de caso vai proporcionar

uma análise da pesquisa mais completa, porque vai demonstrar, em cada questão, a aceitação,

ou não, desta proposta, possibilitando a discussão dos pontos positivos e negativos detectados

nos resultados desta pesquisa, para os acertos futuros caso o trabalho seja implantado.

3.2 DELIMITAÇÃO DA PESQUISA

A presente pesquisa é fundamentada no estudo de caso sobre a proposta de implantação

de um canal aberto à população em geral para a divulgação da produção científica do Cefet/RJ.

De acordo com Leite e Costa (2007), antes da implantação de qualquer modelo de gestão

do conhecimento científico deve-se observar o ambiente organizacional responsável pela

informação, suas diretrizes de comunicação e seus públicos afins, conforme seus perfis. Afirma,

também, que no ambiente das universidades essa prática de gestão do conhecimento não é muito

comum, comprometendo o resultado esperado.

O resultado da pesquisa de Torres et al (2012) conclui que, para se fazer divulgação

científica com eficácia, é recomendável que primeiramente se faça um mapeamento do material

científico produzido na instituição, após, esse material deverá se classificado por ordem de

especificidade. Esse procedimento será fundamental para as atividades de comunicação na

prática de divulgação científica. Acrescenta, ainda, que esse processo facilita na busca para o

acesso às diversas áreas de conhecimento, dá mais visibilidade para o pesquisador e vai ajudar

a identificar o conhecimento mais buscado para possível investimento de recursos nessa área

de atuação.

A pesquisa de Porto et al (2011) aponta os profissionais de Comunicação Social como

sendo o principal elo entre os cientistas e o público em geral, mas há de se ter uma boa política

de comunicação institucional, com traços das principais diretrizes e comprometimentos dos

dirigentes da instituição e da comunidade acadêmica para que a prática de divulgação científica

não seja deficitária.

A delimitação da pesquisa desta dissertação se baseou em seu próprio tema, buscando a

investigação em um universo previamente definido, com segmentos qualificados para a

aplicação do questionário da pesquisa para que, ao final, os resultados fossem apresentados de

formas mais eficazes.

3.3 INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS

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O instrumento de coleta de dados utilizado nesta dissertação foi atribuído aos docentes

dos cursos de pós-graduação e aos docentes dos cursos de graduação lotados no campus

Maracanã do Cefet/RJ. A escolha desses segmentos se dá pelo fato de que esses docentes fazem

parte do grupo de interesses deste estudo e podem contribuir para um resultado investigativo

mais eficaz.

Para a pesquisa foi aplicado um questionário, comum aos dois segmentos, contendo 10

perguntas fechadas e 01 espaço aberto, com o propósito de identificar as percepções dos

entrevistados sobre o tema da pesquisa. Os respondentes não foram identificados e as respostas

foram mantidas em sigilo, cabendo, apenas, a divulgação dos resultados consolidados da

pesquisa.

Cada uma das perguntas fechadas conteve uma pequena abordagem sobre o tema da

dissertação, reconhecida por um autor referenciado, com propósito elucidativo sobre o tema

deste trabalho para os respondentes, com possibilidade de 05 alternativas classificadas pelo

grau de relevância, desenvolvidas como: nada relevante; pouco relevante; relevante; muito

relevante e; desconheço o assunto, não posso responder. O espaço aberto proporcionou aos

respondentes a oportunidade de demonstrar suas ideias sobre a proposta desta pesquisa. O

questionário em questão está disponibilizado no Apêndice desta dissertação.

Os instrumentos de pesquisas aqui utilizados, em sua teoria, é fundamentado nas

produções intelectuais classificadas na Webqualis, compreendida entre o período de 1995 a

2016, em diferentes áreas como Ciências Sociais Aplicadas, Educação, Engenharias III e

Ensino e, em sua maioria, indexadas nas bases Scielo e Scopus. Esta pesquisa foi realizada

preferencialmente no portal de periódicos da CAPES, durante o período de janeiro de 2015 a

maio de 2016.

Vale ressaltar que, embora o tema desta pesquisa seja antigo, em discussão desde o

século XV, as publicações a respeito de divulgação científica são recentes, da década de 1990

até agora e desde então muitos movimentos a cerca do assunto contribuíram para novas

pesquisas.

3.3.1 – Universo e amostra

Para resultados mais eficazes da proposta desta pesquisa, o questionário, com 10

perguntas fechadas e 01 espaço aberto a comentários sobre o propósito da pesquisa foi aplicado

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para 25 docentes, 10 docentes dos cursos de pós-graduação e 15 docentes dos cursos de

graduação do Cefet/RJ.

A pesquisa procurou contemplar um docente de cada área acadêmica para que essa

amostra pudesse refletir de forma mais fidedigna os resultados da pesquisa. Os 15 docentes dos

cursos de graduação foram selecionados a partir das áreas de Engenharia de Produção; de

Engenharia Civil; de Engenharia Mecânica; de Engenharia de Controle e Automação; de

Engenharia Eletrônica; de Engenharia Elétrica; de Engenharia de Telecomunicações; de

Administração; de Informática; de Meio Ambiente; de Física; de Matemática; de Ciências

Aplicadas e; de Línguas Estrangeiras Aplicadas.

Para os 10 respondentes dos cursos de pós-graduação, foram selecionados docentes dos

programas stricto-sensu em Engenharia de Produção e Sistemas; em Ensino de Ciências e

Matemática; em Engenharia Mecânica e Tecnologia de Materiais; em Engenharia Elétrica; em

Ciência, Tecnologia e Educação; em Relações Étnico-raciais; em Instrumentação e Óptica

Aplicada e; em Filosofia e Ensino.

Todos os entrevistados estão lotados no Cefet/RJ, campus Maracanã.

Conforme o exposto, o questionário aplicado foi estruturado conforme demonstrado na

figura 6, a seguir:

INSTRUMENTOS DA

PESQUISA

DOCENTES DOS CURSOS

DE PÓS-GRADUAÇÃO

10

DOCENTES DOS CURSOS DE

GRADUAÇÃO

15

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Figura 06: Instrumentos de pesquisa.

Fonte: Elaborado pela autora (2017).

3.3.2 Pré-teste do questionário

O questionário da pesquisa é a ferramenta mais adequada para se obter o resultado de

um estudo. O questionário tem caráter investigativo e, normalmente é aplicado para um grupo

de pessoas relacionadas ao tema da pesquisa. O questionário deve ser muito bem elaborado para

que não seja dúbio e não leve a outras interpretações. As questões devem ser feitas de forma

lógica e objetiva, evitando-se pressuposições para que o respondente não fique confuso e, assim,

perca o foco e o interesse ao respondê-lo (AMARO, PÓVOA e MACEDO, 2005).

Ao se utilizar o questionário como ferramenta para coleta de dados da pesquisa,

recomenda-se fazer um pré-teste para que se tenha um resultado mais eficaz na análise dos

dados. As questões do questionário devem ser claras para os entrevistados e devem estar ligadas

diretamente aos objetivos da pesquisa, não deixando dúvidas para os respondentes. A aplicação

do pré-teste é recomendada, pois confirma se o instrumento de coleta de dados utilizado foi

elaborado de forma adequada para que os questionados não percam muito tempo com as

respostas e ao respondê-lo se tornem atraídos pelo tema da pesquisa. A validação do

questionário deve ser feita, somente, após esse procedimento e, então, o pesquisador poderá se

sentir seguro para a aplicação definitiva do questionário e obter resultados mais eficientes na

conclusão dos estudos (GRAY, 2012).

Para o pré-teste desta pesquisa foram selecionados 03 colaboradores do setor de

Comunicação Social da instituição, 02 Jornalista, Doutores em Comunicação e Cultura e 01

Relações Públicas, Mestre em Sistema de Gestão.

Após a aplicação do pré-questionário da pesquisa concluiu-se que os respondentes não

tiveram dificuldades para respondê-lo levando em média 15min para a conclusão das respostas.

Eles consideraram as questões elucidativas e de fácil compreensão levando em conta o grupo

de interesses deste estudo a ser investigado.

3.3.3 Fundamentação da construção do questionário

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Os segmentos que fazem parte da investigação deste estudo de caso estão alinhados

diretamente com a proposta da pesquisa. As perguntas do questionário estão diretamente ligadas

ao tema central desta dissertação, conforme apresentado no Quadro 1 a seguir:

SEGMENTOS PEQUISADOS

QUESTÕES RELACIONADAS À PROPOSTA

DA PESQUISA

DOCENTES DOS CURSOS DE PÓS-

GRADUAÇÃO (10)

DOCENTES DOS CURSOS DE GRADUAÇÃO

(15)

AS 10 PERGUNTAS DO QUESTIONÁRIO DA

PESQUISA FORAM APLICADAS

IGUALMENTE PARA OS DOIS SEGMENTOS

INVESTIGADOS.

Quadro 1: Correlação dos seguimentos pesquisados com o questionário da pesquisa.

Fonte: Elaborado pela autora (2017).

A seguir, no quadro 2, são demonstrados os principais autores referenciados no estudo,

relacionadas aos temas centrais desta pesquisa.

TEMAS CENTRAIS DA REVISÃO

DA LITERATURA

PRINCIPAIS AUTORES

DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA

ALBAGLI (1996); BUENO (2010); CALVO; CANDOTTI

(2002); HERNANDO (2005); COLETTA (2007); FOUREZ

(1995); LEITE (2009); MACHADO (2005); MATEUS E

GONÇALVES(2012); MOREIRA E MASSANI (2002);

MUELLER E CARIBÉ (2010); OLIVA (2012); OLIVEIRA

(2007); SILVA (2002); ); SILVA, ROSSONI E FERREIRA

(2008); STALLBAUM (2005); THOMSON REUTERS

INOVAÇÃO NO BRASIL (2013); VALERIO E BAZZO (2006);

VILHENA E CRESTANA (2002)..

GESTÃO DO CONHECIMENTO

CARDOSO E MACHADO (2008); CRUZ (2010); FUJINO E

PRAZERES (2007); INAZAWA (2009); LEITE E COSTA

(2007); NICOLAU (2003); SANCHEZ (2006); SANTOS E

RODRIGUEZ (2008); SENADO (2002); SILVA (2008);

SOUZA (2006);

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MARKETING CIENTÍFICO

CAMATI E FACHINETTI (2010); CANDOTTI (2002);

COLETTA (2007); GOMES E SILVA (2013); INAZAWA

(2009); LEITE (2009); LORDÊLO E PORTO (2011);

MACHADO (2005); MASCARENHAS (2007); MEDEIROS E

FERREIRA (2014); PORTO, BROTAS E BORTOLIERO

(2011); SILVA (2006); VILHENA E CRESTANA (2002).

Quadro nº 2: Principais autores referenciados no estudo, relacionadas aos temas centrais desta pesquisa.

Fonte: Elaborado pela autora (2017).

As perguntas da pesquisa foram elaboradas com base nos autores referenciados Neste

estudo de caso de acordo com os principais temas pesquisados: Divulgação Científica, Gestão

do Conhecimento e Marketing Científico, conforme demonstrado no quadro 3, a seguir:

TEMAS CENTRAIS

REFERÊNCIAS

QUESTÕES

DIVULGAÇÃO

CIENTÍFICA

VALÉRIO E BAZZO (2006); SILVA

(2002); STALLBAUM (2005); BUENO

(2010) e; CANDOTTI (2002).

1, 4, 5, 6 e 7.

GESTÃO DO

CONHECIMENTO

SENADO (2002) e; SANCHEZ (2006).

2 e 8.

MARKETING

CIENTÍFICO

LORDÊLO E PORTO (2011) e; USP

(2016).

3, 9 e 10.

Quadro 3: Correlação das perguntas do questionário com a revisão da literatura.

Fonte: elaborado pela autora (2017).

3.4 ANÁLISE DOS DADOS

Para a análise dos dados, esta pesquisa utilizou um questionário contendo 10 perguntas

fechadas com respostas precisas que vão ajudar, de maneira mais rápida e eficaz, na análise dos

resultados e um espaço para que os entrevistados, se assim desejarem, possam fazer

comentários sobre o tema do estudo. Cabe informar que a amostragem desta pesquisa foi feita

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através de um universo homogêneo, conforme previamente definido durante o desenvolvimento

da pesquisa.

De acordo com a pesquisa de Badin (2011), existem três fases cronológicas no

desenvolvimento da análise de conteúdo: a pré-análise, a exploração do material e o tratamento

dos resultados (inferência e interpretação). A primeira fase se caracteriza pela organização do

estudo, onde será definido o universo da pesquisa e qual o tipo de abordagem será utilizada para

a coleta de dados. Após a conclusão de que os procedimentos adotados na primeira fase foram

satisfatórios, a segunda fase, exploração do material, cuidará da administração desses

procedimentos. Esse é o momento em que o pesquisador vai interagir diretamente com os

segmentos da pesquisa. Finalmente, na terceira fase, o tratamento dos resultados, os dados

coletados serão analisados e validados de forma fidedigna para o resultado final da pesquisa.

A pesquisa de Mozzato e Grzybovski (2011) conclui que as análises de conteúdos

referentes às pesquisas qualitativas, aplicadas na administração, têm contribuído de forma

significativa para o desenvolvimento organizacional.

Para a conclusão da análise, as perguntas foram tratadas individualmente e seus

resultados foram apresentados em números, por tabelas que retrataram o cômputo dos

resultados dos segmentos investigados em separado e o somatório dos dois segmentos e, ao

final, apresentou-se o cômputo geral, com o resultado de todas as questões demonstrando o grau

de relevância do trabalho da pesquisa por segmento e o total geral computado.

O resultado da análise dos dados foi computado, também, em percentuais, demonstrados

em gráficos, para cada pergunta do questionário, contemplando os dois segmentos pesquisados

e, no cômputo geral, foram apresentados os resultados totais, em separado e, finalmente, foi

apresentado o resultado geral da pesquisa.

O espaço aberto para os respondentes fazerem suas considerações sobre esta pesquisa

foi de grande importância, pois apontou alguns itens que vão contribuir para a eficácia na

implantação do trabalho da pesquisa.

Após o resultado final da pesquisa, foram apresentadas as considerações feitas pelos

respondentes sobre o trabalho pretendido.

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4 RESULTADOS DA PESQUISA

A presente pesquisa estuda a proposta de criação de um canal aberto para a divulgação

da produção científica do Cefet/RJ, objetivando a projeção institucional, mais visibilidade para

os pesquisadores da instituição e a difusão do conhecimento para o público em geral.

Em seu desenvolvimento, este capítulo fará uma breve apresentação da instituição

pesquisada, contando um pouco da sua história e como foi desenhado o seu perfil institucional,

desde a sua criação no ano de 1917 e, a seguir, vai apresentar a análise dos dados coletados por

meio de um questionário que teve como entrevistados 25 docentes, sendo 10 do ensino de pós-

graduação e 15 do ensino de graduação do Cefet/RJ.

4.1 PERFIL DO CEFET/RJ

O Cefet/RJ é uma instituição de ensino centenária, fundada em 1917, com o nome de

Escola Normal de Artes e Ofícios Wenceslau Brás e, nessa época, se caracterizava pela oferta

do ensino profissionalizante. Vinte e sete anos após sua fundação, em1944, a Escola Normal de

Artes e Ofícios teve sua primeira mudança, e passa a ofertar cursos de ensino técnico específicos

para a área industrial. Com essa transformação, a escola passa a se chamar Escola Técnica

Nacional. Em 1978, a escola cresce com a sua segunda transformação que, pela Lei 6545

estabelece a instituição como uma autarquia ligada ao Ministério da Educação ofertando, além

dos cursos técnicos, cursos de graduação, passando a se chamar Centro Federal de Educação

Tecnológica Celso Suckow da Fonseca, o Cefet/RJ. No ano de 2008, pela Lei 11.892, de 29 de

dezembro, o Cefet/RJ se estabelece como instituição de ensino superior, passando a ofertar,

também, cursos de pós-graduação. Essa mesma Lei transforma todos os Centros Federais do

país, ao todo 33, em Institutos Federais de Ciência e Tecnologia, com exceção do Cefet/RJ e

do Cefet/MG, conforme o Art. 18, abaixo:

Art. 18. Os Centros Federais de Educação Tecnológica Celso Suckow da

Fonseca CEFET-RJ e de Minas Gerais - CEFET-MG, não inseridos no

reordenamento de que trata o art. 5o desta Lei, permanecem como entidades

autárquicas vinculadas ao Ministério da Educação, configurando-se como

instituições de ensino superior pluricurriculares, especializadas na oferta de

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educação tecnológica nos diferentes níveis e modalidades de ensino,

caracterizando-se pela atuação prioritária na área tecnológica, na forma da

legislação (LEI nº 11.892, 2008).

A partir de 2003, com a expansão da Rede Federal de Educação Profissional, Científica

e Tecnológica, a instituição, que só possuía um campus no bairro Maracanã, no Rio de Janeiro,

inaugura mais sete campi, no estado, o primeiro na cidade de Nova Iguaçu, em 2003, o segundo

em 2006 no bairro de Maria da Graça, em 2008, dois na região serrana, nas cidades de Petrópolis

e de Nova Friburgo e em 2010, mais três campi, nas cidades de Itaguaí, de Valença e de Angra

dos Reis.

O Cefet/RJ tem como Missão:

Promover a educação mediante atividades de ensino,

pesquisa e extensão que propiciem, de modo reflexivo e crítico,

a formação integral (humanística, científica e tecnológica, ética,

política e social) de profissionais capazes de contribuir para o

desenvolvimento científico, cultural, tecnológico e econômico da

sociedade (PDI 2015-2019, pg.21).

“A visão do Cefet/RJ é tornar-se Universidade Federal de Ciências Aplicadas do Rio de

Janeiro” (PDI 2015-2016, pg.21).

Hoje, a instituição conta com 21 cursos técnicos distribuídos em todos os seus campi,

também, com 21 cursos de graduação, distribuídos em todos os campi, com exceção do campus

Maria da Graça que só oferta cursos técnicos e com 9 cursos de pós-graduação stricto-sensu,

no campus Maracanã.

4.2 DESCRIÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS

4.2.1 Questionário aplicado aos docentes do ensino de pós-graduação e de graduação

A coleta de dados foi feita por meio de um questionário, aplicado para 10 docentes dos

cursos de pós-graduação e para 15 docentes dos cursos de graduação do Cefet/RJ do campus

Maracanã, contendo 10 questões fechadas baseadas no referencial teórico desta pesquisa,

seguindo um grau de relevância e de um espaço aberto para que cada respondente pudesse, se

desejar, tecer algumas considerações sobre o tema da pesquisa. O conteúdo do questionário foi

único, para os dois segmentos pesquisados, e os respondentes foram selecionados de forma a

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48

contemplar diversas áreas de formação do Centro, para que a investigação apresentasse um

resultado mais fiel sobre a proposta desta pesquisa.

A seguir, serão apresentados os resultados da coleta de dados do questionário aplicado

nesta pesquisa, primeiramente serão demonstrados os resultados para cada pergunta do

questionário e, ao final, será apresentado o resultado geral para cada um dos segmentos

separadamente e o cômputo geral de todas as respostas do questionário, para os dois segmentos.

A divulgação científica aberta aumenta o interesse cultural da sociedade, cria reflexões

sobre determinado tema e influencia positivamente no comportamento humano, alimentando

esperanças, criando perspectivas e projeções para o futuro (VALÉRIO e BAZZO, 2006). A

primeira pergunta buscou a opinião dos respondestes sobre a conclusão do autor em referência.

A seguir, a tabela 1 demonstra o resultado numérico da primeira questão:

QUESTÃO 01

SEGMENTOS PESQUISADOS

TOTAL DOCENTES DOS

CURSOS DE PÓS-

GRADUAÇÃO

DOCENTES DOS

CURSOS DE

GRADUAÇÃO

Nada relevante; 0 0 0

Pouco relevante; 1 0 1

Relevante; 2 7 9

Muito relevante; 6 8 14

Desconheço o assunto. Não

posso responder 1 0 1

Tabela 1: Resultados, em números, da primeira questão.

Fonte: Elaborada pela autora (2017).

Após a análise dos primeiros resultados, baseados nas respostas da primeira questão da

pesquisa, percebe-se que os respondentes já demonstram o interesse pela proposta desta

dissertação, quando dentre 25 respondentes, 9 tratam o tema como relevante e 14 como muito

relevante e, considerando que o universo pesquisado teve como amostra os segmentos que

geram o principal produto para a realização do trabalho desta dissertação, a produção científica,

pode-se concluir que alguns pontos ainda terão que ser trabalhados, mas a maioria dos

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49

respondentes concordam que a divulgação aberta da produção científica possa contribuir, de

forma relevante, para o aumento do interesse cultural da sociedade.

A seguir, o gráfico 1 com os resultados, em percentual, da primeira questão:

Gráfico1: Resultados da primeira questão (%).

Fonte: Elaborado pela autora (2017).

Conforme demonstrado no gráfico de número 1, inicialmente, pode-se observar que, na

primeira pergunta 56% dos respondentes consideraram que a divulgação científica aberta é

muito relevante, contribuindo positivamente no comportamento humano, criando perspectivas

para o futuro, 36% dos investigados consideraram relevante essa conclusão, 4% consideraram

pouco relevante e, também, 4% informaram que desconhecem o assunto e, portanto, não

poderiam responder. Sendo assim, conclui-se que a maioria dos entrevistados considera muito

relevante essa prática.

A divulgação científica institucional tem contribuído diretamente para o crescimento

do número de estudantes interessados em progredir culturalmente e para a formação cultural

do país. A prática tem aumentado, de forma considerável, o número de estudantes mestres e

doutores formados nos últimos anos (SENADO, 2002). A segunda questão investiga a opinião

dos respondentes sobre essa constatação.

A seguir, a tabela 2 demonstra o resultado numérico da questão de número 2:

0% 4%

36%

56%

4%

Resultados da primeira questão (%)

Nada relevante

Pouco relevante

Relevante

Muito relevante

Desconheço o assunto.

Não posso responder

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50

QUESTÃO 02

SEGMENTOS PESQUISADOS

TOTAL DOCENTES DOS

CURSOS DE PÓS-

GRADUAÇÃO

DOCENTES DOS

CURSOS DE

GRADUAÇÃO

Nada relevante; 0 0 0

Pouco relevante; 1 0 1

Relevante; 3 7 10

Muito relevante; 5 7 12

Desconheço o assunto. Não

posso responder 1 1 2

Tabela 2: Resultados, em números, da segunda questão.

Fonte: Elaborada pela autora (2017).

A tabela de número 2 demonstra os resultados da segunda questão, confirmando, em

sua maioria, que os respondentes concordam que a divulgação científica vem aumentando o

número de estudantes que buscam sua formação através da qualificação acadêmica e,

consequentemente, o interesse alavanca o número de mestres e doutores formados nos últimos

anos.

Considerando que as pesquisas conclusivas sobre a prática da divulgação científica são

mais presentes nas décadas de 1990, 2000 e 2010, torna-se perfeitamente aceitável que alguns

respondentes desconheçam o assunto ou que considerem essa prática pouco relevante, não

significando que discordem dessa constatação e acredita-se que o questionário desta dissertação

pode elucidar diversos pontos que, a princípio, eram desconhecidos por alguns entrevistados.

A seguir, o gráfico 2 com os resultados percentuais das respostas a segunda questão:

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51

Gráfico 2: Resultados da segunda questão (%).

Fonte: Elaborado pela autora (2017).

O gráfico de número 2 retrata os resultados da questão de número dois, sobre a

divulgação científica aberta contribuir para o crescimento do número de estudantes mestres e

doutores formados nos últimos anos e consequentemente, contribuindo também para a

formação cultural do país, após análise, observa-se que 48% dos entrevistados concordam que

essa conclusão é muito relevante, 40% consideraram relevante, 8% disseram não conhecer o

assunto e 4% acharam a informação pouco relevante, concluindo-se, também, que a maioria

dos respondentes, baseado nas informações prestadas na questão, acreditam que essa prática é

muito relevante.

A questão de número 3 traz a informação constatada através de pesquisas realizadas de

que a difusão da informação pelo site institucional garante que a população esteja sempre

atualizada sobre os diversos temas de interesse, com rapidez e confiabilidade, estreitando a

relação entre os usuários e a organização. Essa participação é voluntária e tem ajudado de

forma significativa para a solução de diversos problemas e promovendo discussões

proveitosas visando melhorias para a população (LORDÊLO E PORTO, 2011). A questão

investiga a opinião dos respondentes sobre a conclusão desses autores.

A seguir, a tabela 3 demonstra os resultados numéricos da questão de número 3:

0% 4%

40%

48%

8%

Resultados da segunda questão (%)

Nada relevante

Pouco relevante

Relevante

Muito relevante

Desconheço o assunto.

Não posso responder

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52

QUESTÃO 03

SEGMENTOS PESQUISADOS

TOTAL DOCENTES DOS

CURSOS DE PÓS-

GRADUAÇÃO

DOCENTES DOS

CURSOS DE

GRADUAÇÃO

Nada relevante; 0 1 1

Pouco relevante; 0 3 3

Relevante; 6 5 11

Muito relevante; 4 5 9

Desconheço o assunto. Não

posso responder 0 1 1

Tabela 3: Resultados, em números, da terceira questão.

Fonte: Elaborada pela autora (2017).

Os resultados da tabela de número 3 demonstram que alguns dos respondentes temem

que algumas informações disponibilizadas nos sítios institucionais possam não refletir a

realidade da organização, comprometendo o objetivo da divulgação, mas os avanços

tecnológicos tem garantido o fiel repasse das informações numéricas e a procura de estudantes

pela formação de profissionais na área de Tecnologia da Informação possibilita a contratação

de mão de obra qualificada para a realização de tarefas que mantenham o monitoramento do

sítio institucional atualizado e confiável para os seus usuários.

De qualquer forma, observa-se que a maioria dos respondentes consideraram a

informação relevante e muito relevante para esta pesquisa.

A seguir, gráfico 3 com os resultados, em percentual, das respostas à terceira questão:

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53

Gráfico 3: Resultados da terceira questão (%).

Fonte: Elaborado pela autora (2017).

Com relação à terceira questão sobre a difusão da informação, pelo site institucional,

garantir transparência e confiabilidade, estreitando a relação entre os usuários e a instituição

sobre diversos temas, 44% dos entrevistados consideraram essa constatação relevante, 36%

consideraram essa constatação muito relevante, 12% acharam pouco relevante, 4%

consideraram nada relevante e, também, 4% não souberam responder, por desconhecerem o

assunto. Então, pode-se concluir que apesar da maioria dos respondentes considerarem a

informação relevante, surgem algumas dúvidas sobre a importância dessa constatação que

podem ser sanadas mediante ao trabalho realizado pelos profissionais das áreas de

Comunicação Social e de Tecnologia da Informação que, em conjunto, podem garantir o

resultado esperado.

A questão de número 4 traz a conclusão, através de pesquisas, que o compartilhamento

da ciência é uma ramificação da Gestão do Conhecimento, que é considerada uma estratégia

organizacional. Sendo assim, a prática de divulgação científica pode contribuir

consideravelmente para a inovação institucional, podendo influenciar favoravelmente na

competitividade pela oferta dos seus serviços (SILVA, 2002). A procura saber a opinião dos

respondentes sobre o assunto.

A seguir, a tabela 4 demonstra, em números, os resultados dessa investigação:

4%

12%

44%

36%

4% 0%

Resultados da terceira questão (%)

Nada relevante

Pouco relevante;

Relevante;

Muito relevante;

Desconheço o assunto.

Não posso responder.

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54

QUESTÃO 04

SEGMENTOS PESQUISADOS

TOTAL DOCENTES DOS

CURSOS DE PÓS-

GRADUAÇÃO

DOCENTES DOS

CURSOS DE

GRADUAÇÃO

Nada relevante; 0 0 0

Pouco relevante; 0 0 0

Relevante; 6 8 14

Muito relevante; 4 7 11

Desconheço o assunto. Não

posso responder 0 0 0

Tabela 4: Resultados, em números, da questão de número 4.

Fonte: Elaborada pela autora (2017).

Após análise dos resultados da questão de número 4, constata-se que todos os

respondentes concordam com a sua afirmativa e dos 25 entrevistados, 14 a consideraram

relevante e 11 a consideraram muito relevante. Portanto, pode-se considerar que a divulgação

científica é uma ferramenta importantíssima para o crescimento institucional, para o

crescimento da nação e para a projeção do autor da pesquisa.

A seguir, o gráfico 4 apresenta, em percentual, os resultados da questão de número 4:

Gráfico 4: Resultados da quarta questão (%).

Fonte: Elaborado pela autora (2017).

0%0%

56%

44%

0%

Resultados da quarta questão (%)

Nada relevante

Pouco relevante;

Relevante;

Muito relevante;

Desconheço o assunto.

Não posso responder.

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55

O gráfico de número 4, que traz os resultados da quarta questão do questionário da

pesquisa, que trata da informação de que o compartilhamento da ciência, uma ramificação da

gestão do conhecimento, é considerada como uma estratégia organizacional, podendo

contribuir para a inovação institucional e, também, positivamente na competitividade pela

oferta dos seus serviços. O gráfico acima demonstra que 56% dos entrevistados consideram

essa conclusão relevante e que 44% consideram a informação muito relevante.

Com base no resultado dessa pesquisa, percebe-se que por unanimidade, os

respondentes consideram o compartilhamento da ciência importante.

A questão de número 5 afirma através de pesquisas que, muitas pesquisas de grande

valor para a sociedade e para o mercado de trabalho poderiam ter melhor reconhecimento pelos

órgãos governamentais e até mesmo pelas empresas interessadas em patrocinar o

desenvolvimento dessas pesquisas, se divulgadas de forma mais aberta. A questão procura

saber a opinião dos respondentes sobre o assunto.

A seguir, a tabela 5 demonstra o resultado numérico da questão:

QUESTÃO 05

SEGMENTOS PESQUISADOS

TOTAL DOCENTES DOS

CURSOS DE PÓS-

GRADUAÇÃO

DOCENTES DOS

CURSOS DE

GRADUAÇÃO

Nada relevante; 0 0 0

Pouco relevante; 0 0 0

Relevante; 4 6 10

Muito relevante; 6 9 15

Desconheço o assunto. Não

posso responder 0 0 0

Tabela 5: Resultados, em número, da quinta questão.

Fonte: Elaborada pela autora (2017).

Mais uma vez, e agora com resultados mais expressivos, os respondentes concordam

que a divulgação científica possibilita a difusão da pesquisa não só para a sociedade em geral

como também para o mercado de trabalho e para os órgãos de fomento que podem alavancar o

desenvolvimento dessas pesquisas.

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56

Os resultados se tornam mais atraentes mediante que dos 25 entrevistados, 10

consideraram a afirmativa relevante e 15 a consideraram muito relevante.

A seguir, o gráfico de número 5 demonstra, em percentual, o resultado da questão de

número 5:

Gráfico 5: Resultados da quinta questão (%).

Fonte: Elaborado pela própria autora (2017).

O gráfico de número 5 traz os resultado da questão de número 5 do questionário da

pesquisa que trata sobre a possibilidade da divulgação científica aberta dar mais visibilidade

para a pesquisa, podendo despertar mais interesse dos órgãos de fomento e de empresas

particulares interessadas no patrocínio do desenvolvimento dessas pesquisas, o gráfico 5

demonstra que 60% dos respondentes consideraram a informação muito relevante e que 40% a

consideraram relevante, apresentando, novamente, uma unanimidade sobre a importância,

também, dessa informação.

A questão de número 6 aborda que a divulgação científica tem se destacado nos

principais debates científicos nacionais e internacionais. Partindo-se do conceito de que essa

prática não se caracteriza apenas pela disseminação da informação entre os pares, mas também,

pela democratização na informação do conhecimento, sendo considerada por vários autores

como a alfabetização científica, a pergunta investiga a opinião dos respondentes sobre essa

constatação.

A seguir, a tabela 6 apresenta o resultado numérico desta questão:

0% 0%

40%

60%

0%

Resultados da quinta questão (%)

Nada relevante

Pouco relevante;

Relevante;

Muito relevante;

Desconheço o assunto.

Não posso responder.

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57

QUESTÃO 06

SEGMENTOS PESQUISADOS

TOTAL DOCENTES DOS

CURSOS DE PÓS-

GRADUAÇÃO

DOCENTES DOS

CURSOS DE

GRADUAÇÃO

Nada relevante; 0 0 0

Pouco relevante; 0 0 0

Relevante; 4 6 10

Muito relevante; 6 9 15

Desconheço o assunto. Não

posso responder 0 0 0

Tabela 6: Resultados, em números, da sexta questão.

Fonte: Elaborada pela autora (2017).

Os resultados da pesquisa da questão de número 6 demonstram que os respondentes

acreditam que a propagação da divulgação científica, através de debates científicos nacionais e

internacionais tem caráter elucidativo para os pesquisadores que desconhecem essa atividade e

que essa prática favorece para a democratização na informação do conhecimento para o público

leigo. Essa constatação foi aqui representada por 25 entrevistados sendo que 10 consideraram

a informação relevante e 15 consideraram a informação muito relevante.

A seguir, o gráfico 6 apresenta o resultado percentual da pergunta de número 6.

Gráfico 6: Resultados da sexta questão (%).

Fonte: Elaborado pela autora (2017).

0% 0%

40%

60%

0%

Resultados da sexta questão (%)

Nada relevante

Pouco relevante;

Relevante;

Muito relevante;

Desconheço o assunto.

Não posso responder.

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58

Sobre a pergunta de número seis, que traz a informação de que a divulgação científica

tem ocupado um lugar de destaque nos principais debates nacionais e internacionais, sendo

considerada como a alfabetização científica, novamente constata-se que os respondentes

consideram, também, por unanimidade, essa constatação importantíssima, pois, 60%

consideraram muito relevante e 40% relevante.

A questão de número 7 aborda, baseada em conclusões de pesquisas que, a instituição

que se dispõe a divulgar a sua produção acadêmica, além de objetivar o seu crescimento, assume

o compromisso com a sociedade de revelar, de forma ética e transparente, as pesquisas

realizadas com recursos provenientes de órgãos de fomento, além de promover o

reconhecimento do pesquisador e valorizar a sua pesquisa científica (CANDOTTI, 2002). Com

base na conclusão do autor, a questão investiga a opinião dos respondentes sobre esse outro

viés da divulgação científica.

Abaixo, a tabela 7 apresenta o resultado numérico sobre a questão:

QUESTÃO 07

SEGMENTOS PESQUISADOS

TOTAL DOCENTES DOS

CURSOS DE PÓS-

GRADUAÇÃO

DOCENTES DOS

CURSOS DE

GRADUAÇÃO

Nada relevante; 0 0 0

Pouco relevante; 0 0 0

Relevante; 1 3 4

Muito relevante; 9 12 21

Desconheço o assunto. Não

posso responder 0 0 0

Tabela7: Resultados, em números, da questão de número 7.

Fonte: Elaborada pela autora (2017).

Este resultado demonstra o comprometimento dos respondentes com a sociedade e com

os órgãos de fomento que disponibilizam recursos para as suas pesquisas. Os investigados

acreditam que a disponibilização dessas pesquisas, quando feitas pela instituição, aumenta a

possibilidade de reconhecimento do pesquisador e a valorização da sua pesquisa. Essa

constatação se torna clara pela análise do resultado dessa questão, apontando que dos 25

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59

respondentes dessa pesquisa, 4 consideraram essa prática relevante e 21 respondentes a

consideram muito relevante.

A seguir, o gráfico 7 representa, em percentual, o resultado da pergunta de número 7:

Gráfico 7: Resultados da sétima questão (%).

Fonte: Elaborado pela autora (2017).

Sobre considerar que a instituição que se dispõe a divulgar, abertamente, a sua produção

acadêmica para a população em geral, assume o compromisso de revelar de forma ética e

transparente o resultado das pesquisas realizadas através de recursos de órgãos governamentais,

os entrevistados consideraram, quase que por unanimidade, 84%, essa prática muito relevante.

Os outros 16%, a consideraram relevante.

Através de conclusões de pesquisas obteve-se a informação de que a prática de

divulgação científica aberta garante troca de saberes, mudanças positivas nas atitudes dos

colaboradores no que se refere ao crescimento institucional, integração e o comprometimento

na disseminação do conhecimento para o público em geral podendo, inclusive, elevar o nível

do padrão cultural de um cidadão (SANCHEZ, 2006). De acordo com a conclusão do

autor, a pergunta de número 8 pesquisa a opinião dos respondentes sobre esse assunto.

A seguir, a tabela 8 apresenta o resultado numérico da questão de número 8:

0%0%

16%

84%

0%

Resultados da sétima questão (%)

Nada relevante

Pouco relevante;

Relevante;

Muito relevante;

Desconheço o assunto.

Não posso responder.

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60

QUESTÃO 08

SEGMENTOS PESQUISADOS

TOTAL DOCENTES DOS

CURSOS DE PÓS-

GRADUAÇÃO

DOCENTES DOS

CURSOS DE

GRADUAÇÃO

Nada relevante; 0 0 0

Pouco relevante; 1 2 3

Relevante; 3 6 9

Muito relevante; 6 7 13

Desconheço o assunto. Não

posso responder 0 0 0

Tabela 8: Resultados, em números, da questão de número 8.

Fonte: Elaborada pela autora (2017).

Os resultados da questão de número 8, assim como os das questões de números 1 e 2,

ainda demonstram dúvidas, dos dois perfis, principalmente com relação à possibilidade da

divulgação científica aumentar o nível cultural dos cidadãos. Apesar de essa informação ser

comprovada através de pesquisas, alguns dos entrevistados não estão certos de que essa

possibilidade seja considerada. De certo que a divulgação da ciência não desperta o interesse

da grande maioria da população, mas, em sua conclusão, o autor dessa pesquisa afirma que a

difusão do conhecimento pode aumentar o interesse de um cidadão e consequentemente, elevar

o seu nível cultural, despertando novas perspectivas em sua formação acadêmica e profissional.

A seguir, o gráfico 8 apresenta o resultado percentual da pergunta de número 8:

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61

Gráfico8: Resultados da oitava questão (%).

Fonte: Elaborado pela autora (2017).

Conforme demonstrado no gráfico 8 acima, com relação a questão de número oito, que

considera a divulgação científica aberta muito importante para o público em geral, pois traz

mudanças positivas nas atitudes dos colaboradores, projeção institucional, integração e

aumento do nível cultural de um cidadão, 52% consideraram a informação muito relevante,

36% a consideraram relevante e 12%, pouco relevante. Conclui-se, então, que em sua maioria,

os respondentes acreditam que essa prática é importante.

Várias universidades já disponibilizam em seu site institucional um canal aberto para a

divulgação científica da sua comunidade acadêmica. A disponibilização do conteúdo é

voluntária e as postagens são feitas de maneira criativa, com chamadas que prendam a atenção

do leitor, não sendo alterado o texto do autor. A organização e a atualização desse canal são

feitas exclusivamente por profissionais da área de Comunicação Social em conformidade com

a comunidade acadêmica (USP, 2016).

Com base nessa experiência, a pergunta de número 9 pesquisa a opinião dos

respondentes sobre a possibilidade da disponibilização de um canal aberto, no site

institucional, para a divulgação da produção científica do Cefet/RJ.

A seguir, a tabela 9 demonstra o resultado numérico para a questão de número 9:

0%

12%

36%52%

0%

Resultados da oitava questão (%)

Nada relevante

Pouco relevante;

Relevante;

Muito relevante;

Desconheço o assunto.

Não posso responder.

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62

QUESTÃO 09

SEGMENTOS PESQUISADOS

TOTAL DOCENTES DOS

CURSOS DE PÓS-

GRADUAÇÃO

DOCENTES DOS

CURSOS DE

GRADUAÇÃO

Nada relevante; 0 0 0

Pouco relevante; 0 0 0

Relevante; 3 1 4

Muito relevante; 7 14 21

Desconheço o assunto. Não

posso responder 0 0 0

Tabela 9: Resultados numéricos da questão de número 9.

Fonte: Elaborada pela autora (2017).

A questão de número 9 tem grande importância porque define a viabilização do

trabalho proposto nessa dissertação e, após análise dos resultados, pode-se afirmar que todos

os entrevistados concordam que as instituições de ensino superior divulguem, de forma aberta,

suas produções científicas para o público em geral.

As divulgações das pesquisas científicas feitas através do sítio institucional podem ser

consideradas a maneira mais democrática e atraente de divulgação da ciência pois, embora

tenham objetivos em comum possuem características diferentes dos repositórios institucionais.

De acordo com a pesquisa realizada por Medeiros e Ferreira (2014), a maioria das

universidades que se dispuseram a implantar RIs em sua instituição esbarrou em diversos

critérios políticos, dificultando a manutenção e continuidade do trabalho. Conforme

orientações contidas do manual de práticas para a construção de repositórios institucionais da

produção científica do IBCTI (2012), após a implantação, as postagens das publicações

acadêmicas das instituições tornam-se obrigatórias e essa prática não foi muito bem aceita

pelos pesquisadores. A divulgação científica no sítio institucional é voluntária e, embora a

publicação científica seja apresentada para o público em geral de forma jornalística, com

chamadas que desperte a atenção do leitor, a publicação mantém formato original.

Sendo assim, com base nos resultados da tabela de nº 9 que demonstraram que dos 25

entrevistados, 4 apontaram a prática de divulgação científica como sendo relevante e 21

apontaram com sendo muito relevante e, pela exposição de informações feitas acima, pode-se

concluir que todos os entrevistados concordam com o a implementação de um canal de

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63

divulgação da produção científica da instituição no sítio institucional e pode-se esperar que os

autores colaborem com a disponibilização de suas pesquisas, contribuindo para que as

postagens mantenham-se atualizadas e, contribuindo, também, para a continuidade dessa

atividade.

A seguir, o gráfico 9 demonstra, em percentual, o resultado da pergunta de número 9:

Gráfico 9: Resultados da nona questão (%).

Fonte: Elaborado pela autora (2017).

A pergunta de número nove questiona os entrevistados sobre a possibilidade da criação

de um canal aberto, disponibilizado no site institucional, para a divulgação da produção

acadêmica do Cefet/RJ a exemplo de algumas universidades brasileiras que já possuem esse

canal.

Através dos resultados pode-se constatar que, por unanimidade, todos os docentes

entrevistados demonstraram interesse em poder contar com um veículo dessa natureza para a

divulgação das suas pesquisas científicas, pois 84% dos respondentes consideraram muito

relevante essa possibilidade e 16% a consideraram relevante.

Com base nas pesquisas dos autores citados para a elaboração do questionário desta

pesquisa e nas experiências de universidades que já utilizam um canal aberto para a divulgação

de sua produção acadêmica, a pergunta de número 10 questiona sobre como os respondentes

consideraram uma relação mais estreita entre o setor de Comunicação Social e a comunidade

acadêmica, visando os interesses da comunidade acadêmica e da instituição.

0%0%

16%

84%

0%

Resultados da nona questão (%)

Nada relevante

Pouco relevante;

Relevante;

Muito relevante;

Desconheço o assunto.

Não posso responder.

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64

A seguir, a tabela 10 apresenta o resultado da pesquisa para a questão de número 10:

QUESTÃO 10

SEGMENTOS PESQUISADOS

TOTAL DOCENTES DOS

CURSOS DE PÓS-

GRADUAÇÃO

DOCENTES DOS

CURSOS DE

GRADUAÇÃO

Nada relevante; 0 0 0

Pouco relevante; 0 0 0

Relevante; 1 5 6

Muito relevante; 8 10 18

Desconheço o assunto. Não

posso responder 1 0 1

Tabela 10: Resultado numérico para a pesquisa da pergunta de número 10.

Fonte: Elaborada pela autora (2017).

Os resultados positivos da questão de número 10 são fundamentais para a realização

da proposta desta dissertação, pois o trabalho de divulgação científica institucional só pode ser

feito mediante a colaboração do autor da pesquisa e para tal, a relação entre os profissionais

da área de Comunicação Social e os pesquisadores da instituição precisam estar alinhadas para

que se obtenha um bom resultado.

A seguir, o gráfico 10 apresenta o resultado percentual da pergunta de número 10:

Gráfico10: Resultados da décima questão (%).

Fonte: Elaborado pela autora (2017).

0%0%

24%

72%

4%

Resultados da décima questão (%)

Nada relevante

Pouco relevante;

Relevante;

Muito relevante;

Desconheço o assunto.

Não posso responder.

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65

A pergunta de número dez que questiona sobre a possibilidade de uma relação mais

estreita dos profissionais do setor de Comunicação Social com a comunidade acadêmica, para

a construção de um canal aberto, no site institucional, para a divulgação científica do Cefet/RJ,

visando os interesses dos docentes e da instituição. Sobre a investigação, o gráfico acima

demonstra que 72% dos respondentes consideram a possibilidade muito relevante, 24% a

consideraram relevante, e 4% desconhecem o assunto, portanto, não puderam responder.

Pelos gráficos de números 11 e 12 a seguir, serão demonstrados os resultados, em

separado, do cômputo geral dos dois segmentos pesquisados, os docentes do ensino dos cursos

de pós-graduação e os docentes do ensino de graduação do Cefet/RJ:

Gráfico 11: Resultado geral para os docentes de pós-graduação.

Fonte: Elaborado pela autora (2017).

No cômputo geral dos resultados analisados do questionário desta pesquisa aplicado

para os docentes dos cursos de pós-graduação, conclui-se que, quase por unanimidade os

entrevistados concordam com a proposta desta dissertação. Essa constatação pode ser feita pelo

gráfico 11 quando 33% dos respondentes consideram a proposta relevante e 61% consideraram

a proposta muito relevante, ou seja, 94% dos investigados acreditam na viabilidade da proposta

desta dissertação.

0% 3%

33%

61%

3%

Docentes - Pós Graduação (%)

Nada relevante

Pouco relevante;

Relevante;

Muito relevante;

Desconheço o assunto.

Não posso responder.

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66

Gráfico12: Resultado geral para os docentes da graduação.

Fonte: Elaborado pela autora (2017).

O gráfico de número 12 apresenta o cômputo geral da pesquisa realizada com os

docentes dos cursos de graduação da instituição. O gráfico demonstra que 95% dos

entrevistados concordam com a proposta desta dissertação e, mais uma vez, o percentual para

as alternativas do questionário desta pesquisa “muito relevante” supera a alternativa “relevante”

de maneira considerável.

A seguir, será apresentado na tabela 11 o cômputo numérico geral, em relação às opções

de relevância para o tema da pesquisa:

CÔMPUTO GERAL

NUMÉRICO

SEGMENTOS PESQUISADOS

TOTAL DOCENTES DOS

CURSOS DE PÓS-

GRADUAÇÃO

DOCENTES DOS

CURSOS DE

GRADUAÇÃO

Nada relevante; 0 1 1

Pouco relevante; 3 5 8

Relevante; 33 54 87

Muito relevante; 61 88 149

Desconheço o assunto. Não

posso responder 3 2 5

Tabela 11: Cômputo geral numérico.

Fonte: Elaborada pela autora (2017).

1% 3%

36%

59%

1%

Docentes - Graduação (%)

Nada relevante

Pouco relevante;

Relevante;

Muito relevante;

Desconheço o assunto.

Não posso responder.

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67

No cômputo geral numérico do questionário desta pesquisa contendo 10 questões,

aplicado para 25 pessoas, sendo 15 docentes dos cursos de graduação e 10 docentes dos cursos

de pós-graduação da instituição pesquisada, 250 respostas foram analisadas e após o resultado

final, apenas uma resposta foi dada para a opção “nada relevante”, 8 foram dadas para a opção

“pouco relevante”, 87 para a opção “relevante” e 149 respostas apontaram que a proposta desta

dissertação é muito relevante. Cinco respostas informaram desconhecer o assunto desta

dissertação.

O gráfico 13, a seguir, apresenta o cômputo percentual geral do resultado da pesquisa,

para todas as questões investigadas:

Gráfico 13: Resultado geral da pesquisa (%).

Fonte: Elaborado pela autora (2017).

Com base no gráfico 13 que demonstra o cômputo geral dos resultados do presente

estudo de caso, pode-se concluir que a proposta desta dissertação foi muito bem aceita pelos

dois segmentos pesquisados, totalizando 60% para a alternativa muito relevante, 35% para a

alternativa relevante, 3% consideraram a proposta pouco relevante, 2% desconheciam o assunto

e não puderam responder e apenas 1 respondente considerou que uma das questões não possuía

relevância alguma e, por isso, não obteve representatividade suficiente para constar nesse

gráfico.

A seguir, são apresentados alguns destaques das considerações feitas pelos

entrevistados, na única opção aberta do questionário, onde os respondentes, caso desejassem,

tiveram a oportunidade de tecer algum comentário sobre o tema da pesquisa.

0% 3%

35%

60%

2%

Resultado geral da pesquisa (%)

Nada relevante

Pouco relevante;

Relevante;

Muito relevante;

Desconheço o assunto.

Não posso responder.

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68

A excelência conceitual apresentada no questionário da pesquisa que

proporcionou uma melhor compreensão sobre a proposta deste estudo de caso,

fazendo com que a escolha entre as alternativas disponíveis refletisse a opinião

desejada;

A criação de um canal aberto ao público em geral, para a divulgação da produção

científica, promove o aumento do respeito pela instituição perante o meio

acadêmico;

Trata-se de um projeto inovador, de extrema relevância, que democratiza o

acesso à pesquisa e ao conhecimento científico;

É de suma importância a criação de um canal de divulgação científica dentro do

viés da Comunicação Social e não apenas um repositório da produção científica;

A ideia da pesquisa é muito pertinente. É preciso que se divulgue e compartilhe

a produção acadêmica de docentes e discentes tanto do ensino de pós-graduação,

quanto do ensino de graduação;

A pesquisa pode contribuir para que o corpo discente desconstrua a ideia de que

certas produções acadêmicas, como dissertações e teses, são de difícil

complexidade e demandam leitores específicos da própria área investigada;

O tema da pesquisa é de grande importância para o crescimento cultural do país;

O tema da pesquisa é muito relevante, recomendando diálogo com a comunidade

acadêmica e a Comunicação Social do Cefet/RJ;

Toda e qualquer informação serve para tomada de decisão. Recomenda-se uma

ampla discussão sobre o tema da pesquisa para o melhor aproveitamento do

objetivo desejado;

Realmente é preciso divulgar o conhecimento científico. Deve-se democratizar

o acesso a “publicar”. Desestimula o pesquisador ver a dificuldade de levar seus

resultados aos seus públicos de interesse;

A ampla divulgação científica, por todos os meios de comunicação disponíveis

é extremamente relevante desde que se garanta a proteção dos direitos autorais;

É muito importante que se mantenha um canal aberto para a divulgação das

pesquisas científicas. Enquanto pesquisador, disponho-me a colaborar com os

colegas da comunicação sempre que solicitado.

5 PROPOSTAS PRÁTICAS E PROJEÇÕES FUTURAS

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Diante dos resultados desta pesquisa, este capítulo intenciona apresentar os principais

procedimentos práticos para o desenvolvimento do trabalho pretendido, quais sejam: 1)

apresentação das formas mais adequadas para a realização do trabalho da pesquisa; 2) recursos

humanos; 3) a prática de divulgação científica; 4) interação entre a comunidade acadêmica e a

Comunicação Social e; 5) projeções futuras.

5.1 OPÇÕES PARA A REALIZAÇÃO DO TRABALHO DA PESQUISA

Em sua proposta, esta pesquisa já define que o canal criado para a divulgação científica

da instituição estudada seria disponibilizado no site institucional e, em seu desenvolvimento,

após a comparação entre algumas formas dessa prática, chega-se a conclusão de que um canal

exclusivo, organizado, monitorado e mantido pela Comunicação Social seja a mais prática, a

mais transparente e a mais acessível forma de levar o conhecimento científico para toda a

população, pois os profissionais dessa área, em sua formação, já são preparados para exercer

esse tipo de trabalho, levando a informação para os diversos públicos de acordo com as suas

fontes, dando, apenas, uma linguagem mais leve e criativa para captar o interesse do leitor.

Algumas propostas devem ser avaliadas, em conjunto com os pesquisadores e o

dirigente maior da instituição, para a realização do trabalho, quais sejam: a disponibilização de

um link no site da Pós-Graduação do Cefet/RJ; a disponibilização de um link na página principal

do site localizado na Comunicação Social ou; a criação de um Núcleo de Divulgação Científica

disponibilizado, também, na página principal da instituição.

A primeira proposta acarretaria um aumento dos trabalhos desenvolvidos pela Diretoria

de Pesquisa e Pós-Graduação, pois a diretoria possui um portal separado do site institucional e

a atualização e a manutenção desse portal é feita somente pelos colaboradores que atuam no

setor possibilitando à Comunicação uma pequena contribuição e a logística também não

favorece. A segunda proposta, a criação de um portal para a divulgação científica institucional,

no menu Comunicação, está mais adequada ao formato pretendido para a realização do

trabalho, pois todas as tarefas seriam desenvolvidas pelo setor de Comunicação cabendo à

Diretoria de Pesquisa e Pós-Graduação a recomendação e a disponibilização das pesquisas

desenvolvidas na instituição. A terceira proposta, sobre a criação de um Núcleo de Divulgação

Científica da produção acadêmica do Cefet/RJ, embora seja a que mais se identifique com o

modelo de universidade, pode ser considerada como uma projeção mais para o futuro, pois

exige uma série de trâmites legais que serão tratados mais a diante nesta dissertação. O mais

importante é que não se perca o foco deste trabalho que visa o atendimento aos diversos

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70

públicos, sejam eles formados pelos grupos de interesses da pesquisa, estudantes que procuram

um viés para sua formação, empresas em busca de inovação tecnológica e até mesmo o público

leigo, lembrando que a ideia da divulgação científica é transmitir o conhecimento científico de

forma jornalística, com chamadas atrativas que cativem e prendam a atenção do leitor,

ressaltando que esse formato só seria utilizado na página principal desse portal, não interferindo

no formato e no conteúdo original do autor da pesquisa.

A figura 7, a seguir, demonstra como a divulgação científica seria feita caso fosse

utilizada a primeira proposta. Dessa forma, a página ficaria exposta no menu Pesquisa, na

página principal do Cefet/RJ e lincada para o site da Diretoria de Pesquisa e Pós-Graduação,

demonstrado na figura 8, na sequência:

Figura 7: Portal do Centro federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca – CEFET/RJ.

Fonte: CEFET/RJ (2016).

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71

Figura 8: Portal da Diretoria de Pesquisa e Pós-Graduação do Cefet/RJ.

Fonte: DIPPG/CEFET-RJ (2016).

Para a segunda opção a página da Divulgação Científica ficaria diretamente no menu da

Comunicação, na página principal do Cefet/RJ, conforme demonstrado na figura 9.

Figura 9: Portal do Centro Federal de Educação Tecnológica Ceçlso Suckow da Fonseca – Cefet/RJ

Fonte: CEFET/RJ (2016)

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72

5.2 RECURSOS HUMANOS

Para a implantação do trabalho desta pesquisa, qualquer das formas apresentadas

necessita de uma comissão formada por colaboradores, designados por uma portaria e que

estejam comprometidos com todo o processo de desenvolvimento do portal de divulgação

científica, como: administração, organização, manutenção, busca de conteúdo, seleção do

conteúdo, atualização do conteúdo, atendimento aos usuários do portal e programação visual.

Para que todas as etapas do processo de desenvolvimento do portal de divulgação

científica sejam cumpridas, alguns colaboradores precisam estar disponíveis para a realização

das tarefas. Nesse contexto, espera-se contar com pelos menos dois colaboradores da área de

Pesquisa e Pós-Graduação que possam fazer a ponte entre a comunidade acadêmica e a

Comunicação no que se refere à recomendação e disponibilização da produção científica

divulgada no portal, dois colaboradores da área de Tecnologia da Informação que serão

responsáveis pela inserção e manutenção do portal no site institucional e cinco colaboradores

da área de Comunicação Social, 02 Jornalistas, 01 Relações Públicas, 01 Programador Visual

e 01 Revisor de Textos que vão coletar as informações sobre as pesquisas divulgadas, trabalhar

nos textos das informações, trabalhar no visual do portal e manter o portal de divulgação

científica sempre atualizado. Cabe informar que, nesse momento, nenhuma das propostas

apresentadas necessita de recursos financeiros.

5.3 A PRÁTICA DA DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA

Embora a prática de divulgação científica exista a mais de seis séculos, com suas

primeiras manifestações na Europa, no Brasil essa prática teve seus primeiros movimentos na

época imperial, a pouco mais de um século e talvez essa seja a razão pela qual alguns

pesquisadores brasileiros ainda sejam reticentes com relação ao assunto.

Com base no referencial teórico apresentado nesta pesquisa pode-se perceber o longo

caminho percorrido na busca de maior compreensão sobre o assunto e constatou-se que há

muito que fazer em relação às dúvidas ainda existentes. Diante dessa constatação, esta pesquisa

apresentou um questionário em que cada questão continha uma pequena abordagem sobre a

conclusão de cada autor referente ao assunto questionado e essa proposta foi muito bem aceita

pelos respondentes, apenas 2% dos entrevistados deixaram de responder alguma pergunta por

desconhecer o assunto.

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Na instituição pesquisada, o Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da

Fonseca, a prática da divulgação científica aberta não é feita. Ela existe em outro formato,

através do informativo eletrônico institucional #CEFET_RJ, que tem publicação mensal e esse

informativo contempla, também, assuntos relacionados às pesquisas realizadas na instituição,

ou seja, a proposta de trabalho desta pesquisa é totalmente nova para o Cefet/RJ e com base nos

excelentes resultados desta pesquisa, considera-se que essa prática seja muito bem aceita pela

comunidade acadêmica da instituição.

5.4 COMUNIDADE ACADÊMICA E COMUNICAÇÃO SOCIAL

A relação entre a comunidade acadêmica e a Comunicação Social do Cefet/RJ é

satisfatória e acredita-se que não haverá obstáculos para a implantação da proposta de trabalho

desta pesquisa na instituição, mas algumas modificações de relacionamento devem ser feitas

para um retorno mais rápido e eficaz.

As atividades de Comunicação Social são, em sua maioria, de caráter imediato. Para

suprir esse imediatismo, a Divisão de Comunicação Social (DICOM) do Cefet/RJ lançou no

ano passado uma linha direta com os docentes da instituição que se chama Banco de Fontes

Jornalísticas, disponibilizada na intranet, onde os interessados podem deixar registradas suas

especialidades e o seu contato. Esse Banco de Fontes é direcionado, exclusivamente para

atendimento à imprensa e as informações são mantidas ocultas para os outros usuários, somente

a comunicação tem acesso ao conteúdo.

O Banco de Fontes Jornalísticas tem dado certo, já possui um grande número de

docentes cadastrados, mas percebe-se que a maioria desses docentes atuam somente no ensino

técnico, os que atuam na graduação e na pós-graduação são raros. Diante dessa experiência,

para tornar o trabalho da pesquisa mais eficiente, seria interessante criar outra linha, também

na intranet, mas com outro formato, direcionada somente para os pesquisadores da instituição,

para atendimento da página de divulgação científica. Nesse formato, a produção científica dos

discentes também será contemplada, mas somente com a apresentação do orientador.

5.5 PROJEÇÕES FUTURAS

Como projeções para o futuro, este estudo propõe novas pesquisas relacionadas ao seu

objetivo geral, para o aperfeiçoamento e crescimento do trabalho proposto que tem como tema

a criação de um canal aberto, disponibilizado no site institucional, para a divulgação da

produção científica do CefetRJ.

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74

A proposta da pesquisa atende a um dos requisitos institucionais para a sua

transformação em Universidade Federal de Ciências Aplicadas do Rio de Janeiro, conforme o

documento Exposições de Motivos, encaminhado para o MEC, em dezembro de 2005

(CEFET/RJ, pg.6) e cumprir uma das metas estabelecidas no Plano de Desenvolvimento

Institucional que recomenda a criação de instrumentos de comunicação com abrangência

nacional e internacional para a divulgação da sua produção científica e tecnológica (PDI 2015-

2019, pg.22). A princípio, um portal de divulgação científica, hospedado no site institucional,

supriria essa recomendação, mas a implantação de um Núcleo de Divulgação Científica daria

um cunho universitário para a instituição.

Diferentemente do portal de divulgação científica, o Núcleo de Divulgação Científica

deve ser construído em longo prazo devido aos procedimentos governamentais que não podem

ser desrespeitados e, por isso, se apresenta como uma projeção futura.

Para a criação de um núcleo institucional, independentemente do seu objetivo,

primeiramente é preciso vontade política do dirigente máximo da instituição. O próximo passo

seria eleger uma comissão para a elaboração do projeto de criação. Esse projeto precisa ser

aprovado pelo Conselho Superior da organização. Após a aprovação do Conselho, a instituição

deverá encaminhar ao MEC o organograma com a inclusão do novo núcleo para aprovação do

governo. E por fim, se aprovado, o dirigente máximo da instituição deverá eleger um servidor,

através de portaria, para coordenar o núcleo. Todos esses procedimentos são necessários,

também, porque justifica uma função gratificada para o coordenador do núcleo. Esses

procedimentos fazem parte do Estatuto do Cefet/RJ, regulamentado pela Portaria nº 3,796, de

1º de novembro (Brasil, 2005), expedida pelo Ministro de Estado da Educação.

Além do trabalho já proposto nesta dissertação, a aprovação desse Núcleo de

Divulgação Científica desencadearia uma série de outros projetos que seriam disponibilizados

neste portal, como o de desenvolvimento de uma rádio comunitária, pelo Plano Nacional de

Outorgas de Radiodifusão Comunitária, do Ministério das Comunicações e o de Web TV. Esses

dois projetos seriam exclusivos para a divulgação das produções científicas realizadas na

instituição, com apresentações de programas de rádio e vídeo das pesquisas e entrevistas com

os autores, docentes e discentes.

O trabalho desenvolvido nesse Núcleo contemplaria, também, um canal exclusivo entre

os pesquisadores, o setor de Comunicação e os diversos públicos de interesse, possibilitando

um feedback para todos os segmentos envolvidos.

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Acredita-se que, qual seja o trabalho implantado, o portal de divulgação científica ou o

Núcleo de Divulgação Científica, vá movimentar a comunidade acadêmica, causando um

impacto positivo na produção científica da instituição, despertando o interesse do público leitor

e, principalmente, estimulando novas pesquisas.

Finalizando, acredita-se que as propostas apresentadas como projeções para o futuro

irão contribuir significativamente para o aperfeiçoamento deste estudo e para o crescimento

institucional.

6 CONCLUSÃO

Após a análise dos dados coletados pode-se constar que a proposta da pesquisa foi muito

bem aceita pelos segmentos investigados neste estudo de caso. Diante de um projeto inovador

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para o Cefet/RJ, os resultados foram além do esperado, contribuindo positivamente para a

implantação de um canal aberto, no site institucional, para divulgar a produção científica do

Centro.

A prática de difusão do conhecimento tem provocado grande impacto no meio

acadêmico. Muitas universidades já disponibilizam algum tipo de canal para a divulgação das

suas pesquisas. Fundamentado na revisão da literatura, este estudo de caso procurou apresentar

diretrizes para a criação de um canal aberto ao público em geral, disponibilizado no portal

institucional, visando a divulgação das pesquisas científicas produzidas no Cefet/RJ.

O questionário utilizado para a pesquisa possibilitou um resultado satisfatório da

percepção dos respondentes sobre o tema do trabalho. Para resultados mais eficazes, para a

amostra analisada foram escolhidos segmentos que estivessem diretamente alinhados com a

proposta apresentada observando-se o ambiente organizacional. Nesse sentido, docentes dos

cursos de graduação e docentes dos cursos de pós-graduação puderam se manifestar sobre o

grau de relevância desta pesquisa.

Os resultados desta pesquisa demonstraram que a proposta do trabalho foi muito bem

aceita pelos dois segmentos investigados, mas os docentes dos cursos de pós-graduação

apresentaram muito mais compreensão sobre o assunto estudado, enquanto que os docentes dos

cursos de graduação demonstraram preocupações com relação a alguns pontos pesquisados,

principalmente quanto à relevância da difusão da ciência trazer benefícios para o público em

geral. Essas preocupações são baseadas em suas experiências em sala de aula, pois a maioria

dos seus alunos considera que dissertações e teses são de difícil compreensão e demandam

leitores específicos da própria área investigada. Esses docentes esperam que a implementação

desse trabalho desconstrua essa ideia fazendo com que seus alunos sejam motivados a

persistirem no crescimento da sua formação acadêmica.

O resultado geral da pesquisa demonstrou que 60% dos entrevistados consideraram a

proposta desta dissertação muito relevante, 35% a consideraram relevante, 3% a consideraram

pouco relevante e apenas 2% dos docentes pesquisados responderam que desconheciam o

assunto. A alternativa que considerava o tema do trabalho nada relevante não obteve

representatividade suficiente para ser computada.

Considerando os resultados obtidos sugere-se que, após esta dissertação ser finalizada,

o dirigente máximo da instituição concorde com o imediato desenvolvimento para a

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implantação deste trabalho, pois diante das expectativas dos respondentes, se não houver uma

movimentação nesse sentido, a pesquisa pode cair em descrédito, comprometendo a perspectiva

da instituição na sua transformação em Universidade Federal de Ciências Aplicadas do Rio de

Janeiro, haja vista que um dos compromissos assumidos na sua Exposição de Motivos para essa

transformação e uma das metas do seu Plano de Desenvolvimento Institucional foi justamente

a propagação do conhecimento através da divulgação das pesquisas científicas produzidas na

instituição.

Por se tratar de um trabalho inovador dentro do Cefet/RJ e pelos resultados da pesquisa,

acredita-se que a implantação deste trabalho seja bem sucedida e que os colaboradores

envolvidos estarão comprometidos com o propósito deste estudo.

Através desta pesquisa foi possível perceber o quanto a comunidade acadêmica carece

pela divulgação da sua produção científica. Quando os resultados do estudo foram altamente

positivos para o tema da pesquisa pode-se confirmar essa percepção.

Este estudo apontou, também, como pesquisas futuras a possibilidade de implantação

de um Núcleo de Divulgação Científica, considerando que esse núcleo possa desenvolver outras

atividades, além das já pretendidas, como o trabalho com uma rádio educativa e web TV,

fortalecendo o trabalho de divulgação científica.

O Núcleo de Divulgação Científica seria formado por profissionais da área de

Comunicação Social, contemplando 02 jornalistas, 01 revisor de texto e 01 programador visual,

que seriam os responsáveis, respectivamente, pela produção das matérias, pela revisão das

matérias e pela arte visual do site. A Diretoria de Pesquisa e Pós-Graduação (DIPPG) seria a

responsável pela seleção das pesquisas científicas divulgadas e o Departamento de Tecnologia

da Informação (DTINF) seria o responsável pela manutenção técnica desse site.

As pesquisas científicas selecionadas seriam disponibilizadas no site do Núcleo de

Divulgação Científica, com chamadas criativas que remeteriam para a publicação original do

autor. Este site possuiria um canal de interação com o público em geral, para perguntas e

respostas e também para medir o impacto de cada pesquisa na sociedade.

Ninguém pode ser considerado melhor ou pior do que o outro. O que faz a diferença

entre as pessoas é o conhecimento que elas adquirem ao longo da vida e as oportunidades que

lhes são apresentadas e, se este trabalho puder contribuir de forma positiva para a formação de

qualquer pessoa, estará colaborando para a construção de um mundo mais justo.

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Finalizando, a perspectiva é que este estudo alcance seus objetivos de maneira

satisfatória e que possa contribuir para outras pesquisas.

REFERÊNCIAS

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APÊNDICE

QUESTIONÁRIO DA PESQUISA

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Prezado(a) Docente,

O presente questionário faz parte da minha pesquisa da dissertação de mestrado e

objetiva o levantamento de interesses sobre a criação de um canal aberto para a divulgação

científica do Cefet/RJ, disponibilizado no site institucional, com o objetivo de dar mais

visibilidade à produção científica realizada neste Centro Federal, projeção institucional e

divulgação do conhecimento científico para o público em geral.

As questões são baseadas no referencial teórico desta pesquisa e as opções para as

repostas seguem um grau de relevância.

Sua colaboração é de extrema importância, pois você faz parte do grupo de interesses

desta pesquisa. Sua identidade não será revelada.

Muito obrigada!

Mariana Thereza Pereira Sant’Anna

Marque a resposta desejada.

1) A divulgação científica aberta aumenta o interesse cultural da sociedade, cria reflexões sobre

determinado tema e influencia positivamente no comportamento humano, alimentando

esperanças, criando perspectivas e projeções para o futuro (VALÉRIO e BAZZO, 2006).

Como você considera esta afirmativa?

( ) Nada relevante;

( ) Pouco relevante;

( ) Relevante;

( ) Muito relevante;

( ) Desconheço o assunto. Não posso responder.

2) A divulgação científica em canal institucional aberto tem contribuído diretamente para o

crescimento do número de estudantes interessados em progredir culturalmente e para a

formação cultural do país. A prática tem aumentado, de forma considerável, o número de

estudantes mestres e doutores formados nos últimos anos (SENADO, 2002).

Qual a sua consideração sobre essa constatação?

( ) Nada relevante;

( ) Pouco relevante;

( ) Relevante;

( ) Muito relevante;

( ) Desconheço o assunto. Não posso responder.

3) A difusão da informação pelo site institucional garante que a população esteja sempre

atualizada sobre os diversos temas de interesse, com rapidez e confiabilidade, estreitando a

relação entre os usuários e a organização. Essa participação voluntária tem ajudado de forma

significativa para a solução de diversos problemas e promovendo discussões proveitosas

visando melhorias para a população (LORDÊLO E PORTO – 2011).

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Qual a sua opinião sobre a conclusão dos autores?

( ) Nada relevante;

( ) Pouco relevante;

( ) Relevante;

( ) Muito relevante;

( ) Desconheço o assunto. Não posso responder.

4) O compartilhamento da ciência é uma ramificação da Gestão do Conhecimento, que é

considerada uma estratégia organizacional. A divulgação científica pode contribuir, de

maneira considerável para a inovação institucional, podendo influenciar, de forma favorável,

na competitividade pela oferta dos seus serviços (SILVA – 2002).

Com base no resultado da pesquisa do autor, qual a sua consideração sobre essa conclusão?

( ) Nada relevante;

( ) Pouco relevante;

( ) Relevante;

( ) Muito relevante;

( ) Desconheço o assunto. Não posso responder.

5) Muitas pesquisas de grande valor para a sociedade e para o mercado de trabalho poderiam ter

melhor reconhecimento pelos órgãos governamentais e até mesmo por empresas interessadas

em patrocinar o desenvolvimento dessas pesquisas, se divulgadas de uma forma mais aberta

(STALLBAUM – 2005).

Como considera a conclusão do autor?

( ) Nada relevante;

( ) Pouco relevante;

( ) Relevante;

( ) Muito relevante;

( ) Desconheço o assunto. Não posso responder.

6) A divulgação científica tem se destacado nos principais debates científicos nacionais e

internacionais, partindo-se do conceito de que essa prática não se caracteriza apenas pela

disseminação da informação entre seus pares, mas também, pela democratização na

informação do conhecimento, sendo considerada, até mesmo, como a alfabetização científica

(BUENO, 2010).

De acordo com a constatação do autor, como você considera essa prática?

( ) Nada relevante;

( ) Pouco relevante;

( ) Relevante;

( ) Muito relevante;

( ) Desconheço o assunto. Não posso responder.

7) A instituição que se dispõe a divulgar a sua produção acadêmica, além de objetivar o seu

crescimento, assume o compromisso com a sociedade de revelar, de forma ética e transparente,

as pesquisas realizadas com recursos provenientes de órgãos de fomento, além de promover o

reconhecimento do pesquisador e valorizar sua pesquisa científica (CANDOTTI, 2002).

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Como você considera esse outro viés de confirmação do autor sobre a divulgação científica?

( ) Nada relevante;

( ) Pouco relevante;

( ) Relevante;

( ) Muito relevante;

( ) Desconheço o assunto. Não posso responder.

8) A prática de divulgação científica aberta para a população em geral garante troca de saberes,

mudanças positivas nas atitudes dos colaboradores no que se refere ao crescimento

institucional, integração e o comprometimento na disseminação do conhecimento para a

população podendo, inclusive, elevar o nível do padrão cultural de um cidadão (SANCHEZ,

2006).

Como considera a conclusão do autor?

( ) Nada relevante;

( ) Pouco relevante;

( ) Relevante;

( ) Muito relevante;

( ) Desconheço o assunto. Não posso responder.

9) Várias universidades já disponibilizam em seu site institucional um canal aberto para a

divulgação científica da sua comunidade acadêmica. A disponibilização do conteúdo é

voluntária e as postagens são feitas de maneira criativa, com chamadas que prendam a atenção

do leitor, não sendo alterado o texto do autor. A organização e a atualização desse canal são

feitas exclusivamente por profissionais da área de Comunicação Social em conformidade com

a comunidade acadêmica (USP, 2016).

Com base nessa experiência, como você considera a possibilidade da disponibilização de um

canal aberto, no site institucional, para a divulgação da produção científica do Cefet/RJ?

( ) Nada relevante;

( ) pouco relevante;

( ) Relevante;

( ) Muito relevante;

( ) Desconheço o assunto. Não posso responder.

10) Com base nas pesquisas dos autores acima citados e nas experiências de universidades que já

utilizam um canal aberto para a divulgação de sua produção acadêmica, como você

consideraria uma relação mais estreita entre o setor de Comunicação Social e a comunidade

acadêmica, visando os interesses dos docentes e da instituição?

( ) Nada relevante;

( ) Pouco relevante;

( ) Relevante;

( ) Muito relevante;

( ) Desconheço o assunto. Não posso responder.

Se desejar, faça considerações sobre o tema da pesquisa.

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