Marketing educacional: Escola Interativa: conheça EXPEDIENTE

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Direção Geral: Armindo Vilson Angerer Gerência do CEEE: Sandra Poli Jornalista Responsável: Brisa Teixeira (Mtb 3654) Redação e fotos: Brisa Teixeira e Vitor Fóes Revisão: Kelly Lima e Vera Weidlich Design: Augusto de Paiva Vidal Neto Marketing: Jomara Teixeira Pré-Impressão: Alexandre Straube Fotolitos e Impressão (GLWRUD *U£njFD ([SRHQWH Antonio Both Av. Maringá, 350 – Pinhais-PR CEP: 83324-000 – Tel.: 41 3312 4350 Fax: 41 3312 4370 Tiragem: 15 000 exemplares. Impressão Pedagógica é uma publicação semestral, de circulação nacional, dirigida a diretores de escolas, coor- denadores e professores, sendo distribuída por mailing personalizado. Não nos responsabilizamos por opiniões expressas nos artigos assinados. Todos os direitos reservados. 4 14 28 30 Entrevista: educador português José Pacheco, da Escola da Ponte, fala sobre sabedoria e felicidade Marketing educacional: momento exige mudanças e adaptações imediatas Artigo: música na escola amplia a percepção de mundo das crianças Escola Interativa: conheça os canais e os novos conteúdos disponíveis EXPEDIENTE Caro Professor: Como sempre, a revista Impressão Pe- dagógica está repleta de assuntos de grande interesse e enriquecimento da atividade acadêmica para a Educação Básica. Isso nos enche de orgulho nes- ses 26 anos de Sistema de Ensino. E mais importante que o tempo é a con- vicção de que continuamos a evoluir. Heráclito, que viveu na Grécia em tor- no de 535 a.C., já dizia: “Nada existe de permanente, a não ser a mudança”. E é assim que nos sentimos no Expoente, mudando todo dia. Falando em mudança, apresentamos uma matéria com José Pacheco (Zé da Ponte), que iniciou em 1976 um profun- do processo de transformação na edu- cação em Portugal e hoje, aposentado, contribui para mudanças em escolas brasileiras. Em uma de suas frases, trata do quanto a mudança é irreversível, mas difícil. Diz ele: “O mais difícil de conse- guir não é mudar os comportamentos das crianças, é lograr mudanças nos adultos”. Exatamente por isso, temos que trabalhar desde cedo com nossas crianças, educando-as para a cidadania, ensinando valores, como responsabili- dade, respeito e tantos outros, ineren- tes ao ser humano. Mudar o jovem é mais fácil que mudar o adulto. Continuando a falar de mudanças, re- gistramos aqui mais um avanço que o grupo Expoente está realizando em seu Sistema de Ensino: já estamos traba- lhando a todo vapor no sentido de dis- ponibilizar neste ano alguns conteúdos digitais para tablets e iPads. É impor- tante destacar que estamos toman- do extremo cuidado para desenvolver conteúdos obedecendo a alguns cri- térios que nos parecem essenciais, no intuito de agregar real valor ao material didático, de tal forma que os conteú- dos disponibilizados tenham a mesma paginação do material didático e que as ilustrações dinâmicas, imagens 3D e vídeos realmente se somem ao texto. Em suma, estamos desenvolvendo uma solução que com- plemente o material impresso e não seja apenas um instru- mento de marketing. (QnjP FDURV FRQYH niados, estamos em mais um ano repleto GH WUDEDOKR H GHVDnjRV Leiam a revista com todo cuidado e atenção. Todos os seus conteúdos são para enriquecer o dia a dia pedagógico e administrativo de sua escola. Agradecemos a todos os nossos mais de 150 mil alunos e 8 500 professores que utilizam o Sistema Expoente de En- sino e reforçamos nosso compromisso por uma educação de qualidade e pro- fundo respeito aos valores humanos. 8 24 Capa: o que muda nas escolas com as novas tecnologias educacionais EJA: incentivo ao término dos estudos motiva alunos maiores de 16 anos Armindo Angerer Diretor-Geral Grupo Educacional Expoente Armindo Angerer

Transcript of Marketing educacional: Escola Interativa: conheça EXPEDIENTE

Direção Geral: Armindo Vilson AngererGerência do CEEE: Sandra Poli

Jornalista Responsável: Brisa Teixeira(Mtb 3654)

Redação e fotos: Brisa Teixeira e Vitor Fóes Revisão: Kelly Lima e Vera Weidlich

Design: Augusto de Paiva Vidal NetoMarketing: Jomara Teixeira

Pré-Impressão: Alexandre StraubeFotolitos e Impressão

(GLWRUD�*U£nj�FD�([SRHQWH� Antonio Both Av. Maringá, 350 – Pinhais-PR

CEP: 83324-000 – Tel.: 41 3312 4350Fax: 41 3312 4370

Tiragem: 15 000 exemplares.Impressão Pedagógica é uma publicação semestral, de

circulação nacional, dirigida a diretores de escolas, coor-denadores e professores, sendo distribuída

por mailing personalizado. Não nos responsabilizamos por opiniões expressas nos artigos assinados.

Todos os direitos reservados.

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Entrevista: educador português José Pacheco, da Escola da Ponte, fala sobre sabedoria e felicidade

Marketing educacional:momento exige mudanças e adaptações imediatas

Artigo: música na escolaamplia a percepção de mundodas crianças

Escola Interativa: conheça os canais e os novos conteúdos disponíveis

EXPEDIENTE

Caro Professor:

Como sempre, a revista Impressão Pe-dagógica está repleta de assuntos de grande interesse e enriquecimento da atividade acadêmica para a Educação Básica. Isso nos enche de orgulho nes-ses 26 anos de Sistema de Ensino. E mais importante que o tempo é a con-vicção de que continuamos a evoluir. Heráclito, que viveu na Grécia em tor-no de 535 a.C., já dizia: “Nada existe de permanente, a não ser a mudança”. E é assim que nos sentimos no Expoente, mudando todo dia.Falando em mudança, apresentamos uma matéria com José Pacheco (Zé da Ponte), que iniciou em 1976 um profun-do processo de transformação na edu-cação em Portugal e hoje, aposentado, contribui para mudanças em escolas brasileiras. Em uma de suas frases, trata do quanto a mudança é irreversível, mas difícil. Diz ele: “O mais difícil de conse-guir não é mudar os comportamentos

das crianças, é lograr mudanças nos adultos”. Exatamente por isso, temos que trabalhar desde cedo com nossas crianças, educando-as para a cidadania, ensinando valores, como responsabili-dade, respeito e tantos outros, ineren-tes ao ser humano. Mudar o jovem é mais fácil que mudar o adulto.Continuando a falar de mudanças, re-gistramos aqui mais um avanço que o grupo Expoente está realizando em seu Sistema de Ensino: já estamos traba-lhando a todo vapor no sentido de dis-ponibilizar neste ano alguns conteúdos digitais para tablets e iPads. É impor-tante destacar que estamos toman-do extremo cuidado para desenvolver conteúdos obedecendo a alguns cri-térios que nos parecem essenciais, no intuito de agregar real valor ao material didático, de tal forma que os conteú-dos disponibilizados tenham a mesma paginação do material didático e que as ilustrações dinâmicas, imagens 3D e vídeos realmente se somem ao texto.

Em suma, estamos desenvolvendo uma solução que com-plemente o material impresso e não seja apenas um instru-mento de marketing. (Qnj�P�� FDURV� FRQYH�niados, estamos em mais um ano repleto GH�WUDEDOKR�H�GHVDnj�RV��Leiam a revista com todo cuidado e atenção. Todos os seus conteúdos são para enriquecer o dia a dia pedagógico e administrativo de sua escola. Agradecemos a todos os nossos mais de 150 mil alunos e 8 500 professores que utilizam o Sistema Expoente de En-sino e reforçamos nosso compromisso por uma educação de qualidade e pro-fundo respeito aos valores humanos.

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Capa: o que muda nas escolas com as novas tecnologiaseducacionais

EJA: incentivo aotérmino dos estudosmotiva alunosmaiores de 16 anos

Armindo AngererDiretor-GeralGrupo Educacional Expoente

Armindo Angerer

Escolada Ponte inspira e expira

saberesA Escola da Ponte, localizada em Portugal,

transformou-se em referência para educadores de todo o mundo. José Pacheco, seu idealizador, mudou a realidade da escola em 1976, com base QR�SULQF¯SLR�GH�TXH�«�SRVV¯YHO�DOLDU�H[FHO¬QFLD�DFD�dêmica e inclusão social em uma escola que a to-dos acolhe e a cada qual dá condições de ser sábio H�IHOL]��&RP�H[FOXVLYLGDGH�SDUD�D�UHYLVWD�Impressão Pedagógica, Zé da Ponte, como é carinhosamente FKDPDGR��QRV�OHYD�D�UHǍ�HWLU�VREUH�FRPR�D�HGXFD©¥R�acontece de maneira recíproca entre os que convi-vem.

Hoje José Pacheco está aposentado, mas não parou de trabalhar. Escolheu o Brasil e visita escolas de todo o país, passando adiante seus conhecimen-WRV�H�H[SHUL¬QFLDV�YLYLGDV�SRU�PDLV�GH����DQRV�QD�Escola da Ponte. Pacheco diz que decidiu se juntar aos educadores brasileiros e provar que o país tem um grande potencial, a começar pelos educadores, TXH�� VHJXQGR� HOH�� SRVVXHP� VDEHUHV� VXnj�FLHQWHV�para quebrar barreiras e paradigmas.José Pacheco: idealizador da

Escola da Ponte, em Portugal.

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revi

sta

Impressão Pedagógica – Hoje a Escola da Ponte é um modelo mundial, mas como tudo come-çou?

José Pacheco – Para tentar acabar com a possibilidade de erigir uma escola em mito, direi que, em 1976, a escola funcionava num ve-lho edifício contíguo a uma lixeira. As poucas carteiras com buraco para o tinteiro ameaçavam desfazer-se. O banheiro estava em ruínas e não ti-nha porta. Havia classes chamadas de “lixo”, majoritariamente cons-tituídas por alunos com idade para sair da escola, mas que não sabiam ler. Os pais dos alunos não apare-ciam na escola, os alunos batiam HP�SURIHVVRUHV����(VW£YDPRV�QR�nj�P�de uma ditadura de 48 anos. Como imaginas, foi preciso ser ousado.

IP – Como foi possível mudar essa realidade?

JP – Em equipe, apoiados na comunidade e fundamentando teo-ricamente tudo aquilo que mudamos na nossa prática. Quando compre-endemos que precisávamos mais de interrogações que de certezas, GHnj�QLPRV� FRPR� REMHWLYR� FRQFUHWL�]DU� XPD� HIHWLYD� GLYHUVLnj�FD©¥R� GDV�aprendizagens, tendo por referên-cia uma política de direitos humanos que garantisse as mesmas oportu-nidades educacionais e de realiza-ção pessoal para todos. E, para isso, precisamos alterar a organização da escola, interrogar práticas educati-vas dominantes.

IP – As mudanças tiveram o apoio dos pais?

JP – Na Ponte, adotamos o provérbio africano que nos diz ser necessária uma tribo inteira para educar uma criança. Em centenas de reuniões, fomos apresentando e explicando aos pais sucessivas mudanças, acolhendo deles a per-missão para realizá-las. Perante os efeitos das mudanças, os pais tor-naram-se os maiores defensores do projeto. E uma das idiossincrasias da Ponte consiste no fato de, sendo

uma escola pública, os pais estarem em maioria no órgão de direção da escola.

IP – A arquitetura das escolas precisa mudar?

JP – A arquitetura escolar ain-da hoje se inspira num modelo her-dado do século XVIII. É evidente que terá de mudar. Na Ponte, adotamos o chamado modelo de escolas de área aberta, libertando a criança da rigidez dos espaços e do mobiliário tradicionais. As escolas P3 – como são conhecidas em Portugal – dis-põem de um grande espaço poliva-lente, uma interface de convivência, que facilita a integração no meio so-cial, tornando possível a sua utiliza-ção pela comunidade. Esse foi um passo importante para pedagogos e arquitetos, bem como para a livre expressão e desenvolvimento da espontaneidade e criatividade na-turais da criança.

IP – Quais os objetivos desse refazer de espaços?

JP – Eis alguns dos objetivos desse refazer de espaços: procu-rar o ambiente que encoraje uma melhor comunicação entre alunos e professores; mobilizar os profes-sores para o trabalho em equipe; facilitar a adaptação da organização escolar às diferenças individuais e à contínua aquisição de conhecimen-WRV�� D�nj�P�GH�SHUPLWLU�RV� UHDJUXSD�mentos funcionais de alunos; esti-mular nas crianças a multiplicação dos contatos pessoais e facilitar múltiplas e diversas organizações, transformações temporárias e, por vezes, permanentes; permitir as PDLV� YDULDGDV�PRGLnj�FD©·HV�� GDQGR�DVVLP�Ǎ�H[LELOLGDGH�Q¥R�Vµ�DRV�GLIH�rentes modos de organização es-colar, como também aos diferentes tipos de pedagogia; favorecer todas as formas possíveis de trabalho dos alunos.

IP – As gerações mudam, mas professores e instituições de ensi-no continuam os mesmos do sécu-

lo passado. Como o senhor analisa essa realidade?

JP – O modelo dito “tradicio-nal”, aquele em que é suposto ser possível transmitir conhecimen-to, como se professores e alunos fossem vasos comunicantes, faliu muito tempo atrás. Se o modelo epistemológico baseado na trans-missão faliu, por que razão se man-tém o modelo organizacional que o suporta? A manutenção de práticas obsoletas é criminosa. Ou seremos cegos perante a dura realidade de um país em que milhões de alunos não completam o Ensino Funda-mental, onde milhões de brasileiros sobrevivem na tragédia do analfa-betismo funcional.

“Não seránecessário

inventar novosconceitos ou

rebatizarconceitos

antigos.Necessário e

urgente éreinventar

as práticas.”

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IP – O que as escolas devem fazer?

JP – As escolas devem recusar missões que não são exclusivamen-te suas. E devem exigir de outras instituições uma atitude pedagó-gica e de colaboração, num projeto de “cidade educadora”. O Sistema Nacional Brasileiro é algo diverso e complexo e não poderei generali-zar. Mas à maioria das escolas falta a compreensão de que educar tam-bém passa por desburocratizar. E que é a máquina burocrática uma das responsáveis pelo mau funcio-namento do “sistema”. Quando se perceberá que as escolas não po-dem ser dirigidas do Planalto Cen-tral?

IP – Que habilidades e mu-danças são necessárias para o educador do século XXI?

JP – Não será necessário in-ventar novos conceitos, ou rebati-zar conceitos antigos. Necessário e urgente é reinventar as práticas. Para concretizar um trabalho em equipe de professores (professor sozinho na sala de aula não é uma equipe), poder-se-á considerar a criação de núcleos de espaços para grupos de alunos, fugindo ao tra-dicional sistema de turmas, por exemplo.

“O mais difícilde conseguirnão é mudar os comportamentos das crianças – é lograr mudanças na cultura dos adultos.”

IP – Como o senhor vê o tra-balho das instituições que buscam incentivar nos alunos a busca pelo próprio conhecimento?

JP – Vejo-as como indispen-sáveis, desde que se trate de inter-venções pautadas pela responsabi-lidade. Muitos docentes ainda são meros reprodutores de conteúdo. A aprendizagem vai muito além da de-coreba de conteúdos. Implica, no-meadamente, um posicionamento sociomoral diante da crise moral que o Brasil atravessa, a análise crí-tica da realidade em que os apren-dizes estejam inseridos, um movi-mento de emancipação em face de um consumismo exacerbado, uma reação à depredação do patrimô-nio natural, a substituição de uma cultura de competitividade por uma cultura de cooperação.

IP – Quais as principais carên-cias encontradas nas instituições educacionais hoje?

JP – Talvez a maior das carên-cias seja a ausência de uma práxis promotora de uma reelaboração da FXOWXUD� SHVVRDO� H� SURnjVVLRQDO� GRV�educadores. A maioria dos educa-dores é praticista, ignora que, qual-

quer que seja sua prática, ela não pode prescindir da fundamentação teórica (o inverso também é ver-dadeiro). À revelia dos contributos teóricos, que apelam ao trabalho cooperativo, à autonomia, a pro-njVV¥R�GH�SURIHVVRU�FRQWLQXD�VHQGR�desempenhada por seres humanos solitários e desprovidos de autono-mia. O mais difícil de conseguir não é mudar os comportamentos das crianças – é lograr mudanças na cul-tura dos adultos.

IP – Como o senhor vê a im-portância da arte como leitura de mundo?

JP – O centro das atividades da Ponte (quando o projeto caminha na sua forma “ideal”) é a área das artes. Se a beleza está nos olhos de quem vê, de quem sente, ela re-quer um exercício de sensibilidade, mas, num currículo que privilegia as áreas ditas nobres (Matemática, Língua Portuguesa…), as artes são remetidas para horários escusos, contraturnos e tempos livres. Sem a vivência da beleza, somos impe-didos de experimentar o amor e a liberdade, que, juntos, nos condu-zem pelos caminhos da sabedoria.

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VIVALDI NA ESCOLA

Nos idos de 1970, quando partilhava Vivaldi com os meus alunos, descobri que só amamos aquilo que conhecemos. Fiquei feliz por lhes ter dado a conhecer Vivaldi e muitos outros gênios GD�P¼VLFD��(�nj�TXHL�WULVWH�TXDQGR�FRQKHFL�R�)£ELR��2�PR©R�TXHULD�VHU�YLRORQFHOLVWD��PDV�GHFLGLX�estudar Direito. Disse-me: “Depois, quando eu tiver um emprego, se verá...”.

POESIA POR TODA A VIDA

Escreveu Murilo Mendes que a educação deveria formar as pessoas para serem poetas a vida inteira. Pessoas (porque as escolas são as pessoas que nelas vivem) que não somente sai-bam fazer versos, mas que vivam em poesia, que percorram o curso da existência a poetizar os seus gestos. Porém, muitas escolas tendem a formar bonsais humanos, criaturas que ignoram que quem nunca se comoveu com uma suíte de Bach para violoncelo talvez nunca tenha existido.

EDUCAÇÃO E CONVIVÊNCIA

Diz-nos Maturana que a educação acontece na convivência, de maneira recíproca entre os que convivem. Se a modernidade tende a remeter-nos para uma ética individualista, nunca será demais falar de convivência, diálogo e participação como condições de aprendizagem. Bachelard já disse que o ato de conhecer se dá contra um conhecimento anterior, que é impossível anular, de um só golpe, todos os conhecimentos habituais: deteremos causas da inércia às quais dare-mos o nome de obstáculos epistemológicos.

SABER CUIDAR

As escolas carecem de um novo sistema ético e de uma ma-triz axiológica clara, baseada no saber cuidar e conviver, porque os projetos humanos contemporâneos não se coadunam com as práticas escolares que ainda temos. Requerem que abando-nemos estereótipos e preconceitos, exigem que se transforme uma escola obsoleta em uma escola que a todos e a cada qual dê oportunidades de ser e de aprender.

GLOCALIZAR

Gradualmente, os projetos político-pedagógicos deverão dar lugar a projetos de desenvolvimento local, porque aprende-mos em múltiplos espaços sociais, uns com os outros, mediados pelo mundo, como diria o saudoso Paulo Freire. Será necessário glocalizar a educação. Mas prudentemente, porque, para atingir-mos grandes metas, deveremos dar pequenos passos. Os alunos merecem o nosso respeito, não são cobaias, e paga-se caro pelo aventureirismo pedagógico…

FAMÍLIA E ESCOLA

Professores e pais estão de costas uns para os outros. Existe divórcio entre família e es-FROD��,VVR�PH�VXUSUHHQGH��SRUTXH��VH�RV�SDLV�DPDP�RV�VHXV�nj� OKRV�H�GHVHMDP�R�PHOKRU�SDUD�HOHV��os professores também amam os seus alunos e para eles buscam o melhor... Talvez ainda haja quem considere que a família deve ser parceira da escola. Nós consideramos que a escola (tal como as igrejas, os centros culturais etc.) deve ser uma das parceiras da família. A família no cen-tro do processo educativo, a grande família, que é uma comunidade.

“Talvez devamos colocar no lugar

da expressão‘independência

ou morte’ aexpressão

interdependência ou morte’. Não

vivemos semos outros…”

REFLEXÕES DO EDUCADOR

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trabalhar os conteúdos muda, usando tecnologias educacionais como robótica, lousa digital, realidade virtual e redes sociais.

“Uau, como eu queria ter estudado assim!”. É comum escutar frases como essa de profes-sores que se encantam pelos novos recursos digitais que surgem a cada dia com o objetivo de apresentar os conteúdos do currículo escolar de maneira mais dinâmica, interativa e em perfeita sintonia com a geração Y, que vem nos dando uma lição de facilidade no uso da tecnologia.

Acompanhando essa geração, que nasce sabendo manusear os recursos digitais disponíveis, o Grupo Expoente inova. Hoje temos salas de aula com lousas digitais, professores ensinando e trocando ideias com seus alunos por meio de blogs próprios, aulas virtuais e de Robótica, realidade aumentada e ainda o início da elaboração do material didático também em formato digital, ofere-cendo recursos animados, garantindo uma aprendizagem mais interativa e envolvente.

Na Feira Educar deste ano, que ocorrerá em São Paulo, de 16 a 19 de maio, será possível acompanhar toda essa evolução no estande do Expoente e ainda conferir a demonstração do ma-terial didático digital, disponibilizado a partir de 2013.

O objetivo do Grupo Educacional Expoente é que os produtos elaborados para impressão em papel também sejam manuseados em mídias digitais, como projetores, lousas interativas, tablets e iPads, acrescentando aos produtos ferramentas de interatividade, sonoridade e imagem.

“O diferencial dessa ferramenta é que ela permite que os edi-WRUHV�SURGX]DP�EHORV�SURMHWRV�JU£njFRV�H�FRQWH¼GRV� LQWHUHVVDQWHV�para o iPad quase da mesma maneira como é criado o conteúdo para impressão”, diz o gerente de Tecnologia da Informação (TI) do Expo-ente, Dario Costa Martins. Além do setor de TI, o projeto vem sendo desenvolvido pelo Centro de Excelência em Educação, que está cui-dando de todos os detalhes e garantindo a qualidade de sempre.

Segundo Martins, a digitalização do material didático deve man-ter a estrutura atual do produto impresso para facilitar a localização do conteúdo por alunos e professores. Os primeiros materiais a pas-sar por essa transformação serão o livro Arte Leitura de Mundo e os PDWHULDLV�GH�*HRJUDnjD�H�&L¬QFLDV�GR��o ano.

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Como eu

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Terça-feira é um dia muito es-perado pelos alunos do 5o ano do Colégio Expoente Boa Vista. Nesse dia, eles têm aula de Robótica, uma atividade desenvolvida há mais de dez anos pelo Expoente e

Plugados e conectados(�RV�DOXQRV"�2�TXH�HOHV�HVW¥R�DFKDQGR�GLVVR�WXGR"�&RQnj�UD�D�RSLQL¥R�GHOHV�D�VHJXLU�

“Estudo no Expoente desde o maternal. Minha primeira aula de Robótica foi no 1o ano do Fundamental. Vemos muitas imagens em movimento que não estão nos livros que usamos. Aprendemos Ciências, Arte e Matemática fazendo as maquetes.”

Rangel Furlan Menezes, 5o ano

“A Robótica é um complemento do que vemos em sala de aula. É preciso muita pes-quisa para construir uma maquete. Robótica não usa apenas palavras, vemos movimento H�G£�SDUD�WHU�XPD�LGHLD�GH�FRPR�DV�FRLVDV�V¥R�QD�UHDOLGDGH��$V�DXODV�nj�FDP�PDLV�GLYHUWLGDV�e fáceis de entender.”

Julia Rosa Luz, 5o ano

“Ano passado vimos os vertebrados e os invertebrados usando o P3D e até hoje lem-bro dessa aula com todos os detalhes. É diferente de a professora desenhar no quadro. Aprendemos mais rápido e lembramos do que vimos, mesmo depois da prova.”

Geovanna Giusti, 8o ano

Alunos aprovam aulas de Robótica e P3Dque reúne materiais de sucata, peças diversas, motores, senso-res controláveis por computador e softwares para programar o funcio-namento de modelos.

Victor Gottardello Chie-rigacci é aluno novo no Expo-ente e se impressionou com a aula de Robótica. “Nunca tinha visto nada parecido. É tudo muito diferente. Fico mais concentrado nas aulas e aprendo muito mais”, diz o aluno. Para ele, qualquer atividade em que o profes-sor consiga aliar tecnologia ao tema estudado na aula nj�FD�PDLV� GLYHUWLGD� H� LQWH�ressante. “Fazemos lição

e conversamos com o profes-sor pelo computador. É tudo mais interativo e assim aprendemos mais”, destaca Victor.

Segundo a coordenadora de Robótica Educacional do Expoente, Rosana Romanó, a atividade tem grande aceitação por parte dos alu-nos porque os instiga a adquirir co-nhecimento por meio de investiga-ção e simulação de situações reais. “Os alunos criam um ambiente de aprendizagem cooperativa, possi-bilitando a busca de novas formas de pensar, pesquisar e construir o próprio conhecimento”, diz Rosana.

Ela explica que os professores são capacitados para que tenham condições de construir um proces-so de ensino interativo com o ob-jeto de estudo, tanto nas aulas de Robótica como em outras que se utilizam de recursos tecnológicos, como lousa digital e P3D – progra-ma de realidade virtual que projeta imagens em profundidade para vi-sualização em três dimensões.

Estudantes concentrados nas aulas de P3D - programa de realidade virtual.

quisa para construir uma maquete. Robótica não usa apenas palavras, vemos movimento

Aprendemos mais rápido e lembramos do que vimos, mesmo depois da prova.”

���_�LPSUHVV¥R Pedagógica

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Aulas virtuais

“As aulas virtuais são uma ótimaoportunidade para quem não tem a oportunidade defazer um cursinho preparatório parao vestibular.”Cláudia Notomi, coordenadora de tecnologias educacionais do Grupo Expoente

Cada vez mais, os jovens utilizam a internet como fonte de informação complementar a seus estudos. Sites, blogs e portais servem de auxílio na hora da preparação para o vestibular como novas ferramentas para aprimorar o que aprendem em classe.

Para quem quer se preparar de maneira intensa para os mais diversos vestibulares, se interessa por internet e não tem oportunidade de fazer um cursinho preparatório, agora existe a alternativa de acompanhar as aulas virtuais pelo Portal Escola In-terativa.

As aulas virtuais oportunizam, por meio de videoaulas, uma revisão de conteúdos vistos e trabalhados durante as aulas ou nas apostilas do Grupo Expoente e auxiliam o aluno a solucionar as dúvidas surgidas durante seus estudos. Segundo a coordena-dora de tecnologias educacionais, Cláudia Notomi, o grande dife-rencial das aulas virtuais é o fácil acesso para todos os vestibulandos. “As aulas virtuais são uma ótima oportunidade para quem não tem a oportunidade de fazer um cursinho preparatório para o vestibu-lar”, explica ela.

A aluna Andréia Monique Lermen comenta que as aulas virtuais ajudaram muito na preparação para o vestibular e continuam auxiliando seus estudos na faculdade. “Eu assinei as aulas virtuais do Expoente por dois anos e aprendi muito. O conteúdo é bom, os professores explicam muito bem as matérias e eu podia acessar o conteúdo da forma que qui-sesse. Hoje eu faço Engenharia Ambiental e continuo me lembrando do que estudei pelas aulas virtuais”, diz a aluna, que foi aprovada em cinco universidades diferentes.

Já a aluna Letícia Fernanda dos Santos destaca que o curso complementou o que ela estudava no colégio, e as matérias que ela não entendia podiam ser repetidas diversas vezes até que conseguisse entendê-las. “Sem as aulas do portal eu não conseguiria me preparar tão bem para o vestibular. Mantive uma rotina de estudos o ano inteiro e consegui passar em segundo lugar na cota pública da UEPG, no curso de Ciências Contábeis”, comenta Letícia.

Todos os alunos das escolas conveniadas ao Grupo Expoen-te têm acesso a esse material. É interessante que eles aprovei-tem essa oportunidade de aprimorar os conhecimentos e tirem as dúvidas por meio dessa ferramenta para melhor formação educacional.

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O professor que cria um blog, site ou canal nas redes so-ciais para se comunicar com seus alunos e aprimorar os con-teúdos da sala de aula tem grande chance de colaborar sig-QLnj�FDWLYDPHQWH�SDUD�R�DSUHQGL]DGR�GD�WXUPD��(VVH�«�R�FDVR�do professor Paulo Lee, do Colégio Expoente, criador do site Adoro Física. O site, além de receber o reconhecimento dos DOXQRV��nj�FRX�HQWUH�RV����PHOKRUHV�GR�%UDVLO�QD�FDWHJRULD�)¯�sica, segundo o site infoEnem, maior portal sobre o Enem na internet.

Com a popularização da internet e a explosão de informações na web, por volta de 1999, Lee passou a se preocupar com a GLnj�FXOGDGH�TXH�RV�DOXQRV�WLQKDP�HP�ORFD�OL]DU� LQIRUPD©·HV� FLHQW¯nj�FDV� FRQnj�£YHLV� H�de qualidade, especialmente quando en-volviam conhecimentos de física.

O principal objetivo do site, conta Lee, é contribuir para a melhoria da busca de informações sobre assuntos e temas da física e apresentar uma fonte cujas in-formações, além de estarem organizadas, foram previamente avaliadas. “Não pro-curo apenas produzir conteúdos próprios, mas destacar informações e conteúdos de qualidade de uma grande variedade de outros sites e autores, todos verdadeiros heróis em suas produções de qualidade”, comenta o professor.

Depois de selecionar centenas de sites e links�HVSHF¯nj��cos, ele resolveu disponibilizar sugestões, de maneira organi-zada, não somente para seus alunos, mas para toda a rede. “Já no primeiro ano passei a ter milhares de acessos diários e a re-ceber várias indicações e prêmios de revistas especializadas. No ano seguinte ao lançamento, o Adoro Física foi premiado com o TOP 5 iBest, como um dos 5 melhores sites nacionais na categoria ‘Pessoal – temas e variedades’, após concorrer com milhares de sites nacionais”, conta o professor.

Professor multimídia

“Não procuro apenasproduzir conteúdospróprios, mas destacarinformações e conteúdos de qualidade de umagrande variedade deoutros sites e autores,todos verdadeiros heróis em suas produções de qualidade.”

Para conferir o conteúdo e aprender um pouco mais sobre física, basta acessar o

endereço�ZZZ�DGRURƩ� VLFD�FRP�EU.

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O educador Marcos Cordiolli defende o uso das redes sociais na escola, tanto como ferramenta para melhorar a gestão escolar quanto para promover melhor interatividade e comunicação entre alunos e professores. As ações LQRYDGRUDV��VHJXQGR�&RUGLROOL��GHSHQGHP�GH�Y£ULRV�IDWRUHV��HQWUH�HOHV�DSRVWDU�QD�DGR©¥R�GH�FXUU¯FXORV�Ǎ�H[¯YHLV��QR�envolvimento crescente das famílias nos processos pedagógicos, na incorporação das tecnologias de informação e comunicação (TICs) e, em particular, no uso das redes sociais no cotidiano da sala de aula.

“As TICs, em particular as redes sociais, potencializam atividades pedagógicas mais amplas, envolvendo o co-tidiano dos estudantes, suas famílias e grupos de convívio, bem como estimulando ações nas comunidades. Essas ações escolares transcendem a sala de aula, integrando plenamente a vida cotidiana dos estudantes com o estudo e com a escola”, diz o educador. Nesse sentido, continua Cordiolli, os gestores precisam utilizar cotidianamente esses recursos, mantendo blogs��SHUnj�V�QR�7ZLWWHU�H�QR�)DFHERRN�H�RXWURV�LQVWUXPHQWRV�HP�IXQFLRQDPHQWR�H�DWX�alizados.

Redes sociais como aliadas do professor

Twitter e Facebook na prática Quatro exemplos de usos de redes sociais na sala de aula

Exercício 1 No Twitter, os estudantes podem criar uma #hashtag e publicar medidas que reduzam o consu-mo de água em casa. Exemplos:#PoupeÁgua Regule a vazão do vaso sanitário.#PoupeÁgua Desligue a torneira enquanto estiver escovando os dentes.#PoupeÁgua Nunca utilize a máquina de lavar enquanto ela não estiver cheia de roupas.

Exercício 22�SURIHVVRU�SRGH�FULDU�XP�SHUnj� O�QR�7ZLWWHU�H�DSUHVHQWDU�IUDVHV�GD�O¯QJXD�SRUWXJXHVD��SHUJXQ�WDQGR�VH�D�RUWRJUDnj�D�HVW£�FRUUHWD��([HPSOR�@CertoOuErrado Sou eu quem vai ganhar / ou Sou eu que vou ganhar? Os estudantes reúnem as respostas e analisam os resultados.

Exercício 3Os alunos podem compor quadros de informações sobre a obra de um autor, como Machado de Assis, utilizando uma página do Facebook. Cada grupo pode montar uma fan page para que os membros publiquem imagens, textos, vídeos e links sobre dife-rentes aspectos da obra desse autor.

Exercício 4(P� JUXSRV�� RV� HVWXGDQWHV� SRGHP� DGRWDU� XP� WHPD� HVSHF¯nj�FR��como as civilizações africanas anteriores ao século XVI. Cada grupo cria um blog sobre o tema estudado e convida os colegas (que não são da turma), pelo Twitter ou Facebook, a lerem, cri-ticarem ou complementarem as informações, comentando as publicações. Os alunos atualizam os posts ou publicam novas in-formações à medida que interagem com os colegas.

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O período atual é de grandes mo-GLnjFD©·HV� QR� PHUFDGR� HGXFDFLRQDO��Concorrência acirrada, exposição de grandes marcas e parcerias com sis-temas de ensino para apoio pedagógi-co e administrativo exigem mudanças e adaptações imediatas por parte das instituições de ensino, para vencerem a concorrência e se manterem ativas.

Com essas novas diretrizes, a fer-ramenta mais importante vem sendo deixada de lado: a marca.

Quando a marca é o diferencial, as estratégias desenvolvidas são coeren-tes e condizentes com as necessidades do mercado educacional, estabelecen-do cumplicidade, promovendo trans-formações e alcançando vantagem FRPSHWLWLYD��$�PDUFD�«�D�LGHQWLnjFD©¥R�H�a representatividade de uma instituição de ensino. É por meio dela que todos os seus atributos e qualidades são trans-mitidos.

A marca não surge de um dia para o outro, mas no ato de pensar em cada aluno, em cada pai, em cada profes-sor, em cada funcionário, na sociedade. É necessário construir uma marca de

Sua marca,sua força, seu

diferencial* Valéria Elsner Quidim

referência para eles, que contemple VHXV� LQWHUHVVHV�� TXH� LGHQWLnjTXH� VXDV�prioridades, que crie vínculos. A mar-ca de uma instituição de ensino é es-tabelecida pela relação entre missão, visão e valores, pelo posicionamento determinado, pelo fortalecimento das características que a permeiam, como UHSXWD©¥R�H�YLVLELOLGDGH��H��SRU�njP��SHOD�HVWUXWXUD©¥R�� SHUFHS©¥R� H� DnjQLGDGH�com todos os públicos-alvo.

As marcas fortes apresentam TXDWUR� SLODUHV� EHP� GHnjQLGRV� H� HVWUX-turados: diferenciação, relevância, es-tima e familiaridade.Ũ Diferenciação é a característica pró-pria perceptível aos públicos-alvo, é o que a instituição de ensino apresenta que agrega valor a ela, distinguindo-a de seus concorrentes.Ũ Relevância é a importância que os públicos-alvo dão aos diferenciais percebidos ou atribuídos à marca.Ũ Estima é a consideração, o respeito que os públicos-alvo têm pela marca.Ũ Familiaridade é o relacionamento afetivo, ligado à imagem e percepção que os públicos-alvo têm da marca.

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| art

igo

Todos esses atributos cons-tituem a base para a construção e a permanência da marca na mente dos consumidores, gerando empa-tia e diferenciando a instituição de ensino das demais.

As instituições de ensino pre-cisam se voltar para suas marcas, UHWRPDU� VHXV� SULQF¯SLRV�� LGHQWLnj�FDU�o que deu origem a elas e recuperar suas identidades. Voltar-se para a marca é assumir um novo modelo de gestão, promovendo a institui-ção e não o sistema de ensino, que tem por objetivo, na parceria, con-tribuir com uma educação melhor agregando valor aos produtos e ser-viços oferecidos, com planejamento estratégico estruturado, que apre-VHQWH� WRGRV� RV� DVSHFWRV� GHnj�QLGRV�de como a instituição pretende ser percebida, com diferenciais basea-dos na determinação do posicio-namento (tradição, excelência em ensino, foco pedagógico, preço ou diferencial de marca) e abordagem focada no aumento da atratividade, com base no pleno conhecimento de cada cliente para aplicação de ações direcionadas.

Como exemplo desse pro-cesso, pode-se fazer referência a uma das marcas mundiais mais

fortes, que determinou um padrão de consumo e de comportamento: McDonald’s. Em seu livro O nome da marca, a escritora Isleide Arru-da Fontenelle se refere de maneira crítica à marca como “forma e con-teúdo, essência e aparência, valor de uso e – principalmente – valor de troca. O que a marca McDonald’s menos vende é comida”. A autora UHFRQKHFH� R� SRGHU� H� D� LGHQWLnj�FD�ção da marca independentemente da nacionalidade e dos costumes de seus públicos-alvo. A marca McDonald’s mexe com emoções e é o modelo em fast food.

O objetivo desse exemplo é demonstrar que uma marca in-Ǎ�XHQFLD�D�GHFLV¥R�H�«�R�SULQFLSDO�ID�tor de diferenciação em relação aos concorrentes. Como então tornar a marca de uma instituição de ensino destaque entre as demais?

É simples: sua força depende, exclusivamente, do conhecimento de todos, sejam eles consumidores diretos (alunos, pais, fornecedores, parceiros e concorrentes) ou indi-retos (entidades governamentais, formadores de opinião e mídia), de sua comunicação e de seu relacio-namento.

Os públicos-alvo podem in-Ǎ�XHQFLDU� D�SHUFHS©¥R�GD�PDUFD�GL�reta ou indiretamente, de maneira positiva ou negativa, por isso é im-portante conhecê-los e acompa-nhá-los constantemente. A comu-QLFD©¥R� VH� ID]� SHOD� FRQnj�DELOLGDGH�e credibilidade transmitidas, pelos valores envolvidos, pela reputação e pela integração de todas essas características, expressadas por meio do design da logomarca. Des-se modo, é fundamental que o pa-GU¥R�YLVXDO�GHnj�QLGR�VHMD�FRQGL]HQWH�com o que a instituição de ensino é e pretende transmitir, traduzidos

em uma única linguagem. O relacionamento depende

exclusivamente da imagem que os diferentes públicos-alvo têm das atitudes da instituição. Sendo o público-alvo interno e(ou) exter-no, é preciso proporcionar a ambos o mesmo tratamento. O afeto, a atenção e o atendimento prestado aos pais e a cooperação, o respei-to e a amizade com os funcionários geram muito mais que satisfação: SURPRYHP�FRQnj�DQ©D�� FUHGLELOLGDGH�H��DFLPD�GH�WXGR��nj�GHOLGDGH��

A proximidade do cliente, o conhecimento a respeito dele e a inserção dos princípios e valores de maneira implícita, atrelados ao comportamento e à representati-vidade como instituição de ensino, são ferramentas essenciais para estabelecer a força de uma marca.

É isso que permite o cresci-mento e a permanência no mercado HGXFDFLRQDO� H� LQǍ�XHQFLD� D� HVFROKD�GH�DOXQRV�H�SDLV��DR�JHUDU�Dnj�QLGDGH�com relação a suas necessidades e VHXV� GHVHMRV�� $� PDUFD� «�� GHnj�QLWL�vamente, a principal ferramenta de diferenciação de uma instituição de ensino, basta valorizá-la.

*Valéria Elsner Quidim é assessora res-ponsável pelo marketing do Sistema de Ensino Expoente. Graduada em Publicida-de e Propaganda pela UNIFIEO e especia-lista em Gestão de Varejo pela PUCPR.

As instituições de ensino precisam se voltar para suasmarcas, retomarseus princípios,LGHQWLƩ� FDU�R�TXHdeu origem a elase recuperarsuas identidades.

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Xadrez escolar é destaquenos municípios de Ibirá e Serrana

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| púb

lica

Brasileira de Xadrez. Para o profes-sor, de modo geral, o praticante de xadrez tem mais facilidade em as-similar as informações e, dessa for-ma, acaba se sobressaindo.

O xadrez, quando aplicado em âmbito escolar, explica Junior, tor-na-se uma ferramenta pedagógica de grande valor. “Com o desenvol-vimento de tantas funcionalidades, o xadrez complementa o aprendiza-do escolar e estimula o aluno a com-preender melhor seu meio e a pro-FXUDU�VROX©·HV�SDUD�VHXV�GHVDnj�RVŤ��diz. Para ele, a formação educacio-nal com base na prática do xadrez faz com que o aprendiz torne-se um FLGDG¥R�FDSD]�GH�UHǍ�HWLU�H��DR�PHV�mo tempo, interagir com o meio ambiente de maneira sadia.

“O xadrez, quando aplicado na escola, torna-se não só um jogo, mas também uma ferramenta pe-

dagógica de auxílio ao desenvolvi-mento mental do aluno”, destaca Junior. No entanto, conta o profes-sor, não há muita regra para isso, pois o desenvolvimento da ativi-dade depende principalmente do aprendiz, que pode destacar-se em relação aos demais e adquirir co-nhecimento acima da média de sua idade.

Há países europeus e asiáticos que trabalham o xadrez como uma disciplina normal em sala de aula para todos os alunos, com a apli-cação de avaliações. Na opinião do professor, em um primeiro momen-to, para crianças na faixa etária de 5 a 7 anos, o xadrez pode fazer parte das atividades curriculares, já que o aluno ainda não sabe o que é o jogo e, dessa forma, poderá conhecê-lo. Após essa idade, ele acredita que a prática deva ser extracurricular,

A prática do xadrez contribui SDUD�TXH�D�FULDQ©D�DXPHQWH�VLJQLnj��cativamente seu grau de atenção, paciência, concentração e respeito aos colegas, além de tantas outras qualidades. De olho nesses benefí-cios, muitas instituições de ensino implantaram a atividade em suas grades curriculares ou extracurri-culares. A partir deste ano, na rede municipal de ensino de Ibirá (SP), alunos do 1o ao 5o ano receberão aulas de xadrez com o objetivo de auxiliar o desenvolvimento das de-mais disciplinas e aprimorar o racio-cínio lógico.

Os professores da rede mu-nicipal receberão capacitação para as aulas de xadrez com o professor José Antônio Souza Junior, ranque-ado na Federação Internacional de Xadrez e árbitro da Federação Pau-lista de Xadrez e da Confederação

. .

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pois reunirá nas aulas somente os alunos interessados em aprender. No município de Ibirá, as aulas são realizadas em horário oposto ao frequentado pelo aluno (contra-turno).

Igualdadecompetitiva

Após os primeiros anos de contato com o xadrez na escola, a criança é levada a enfrentar novos GHVDnj�RV��FRPR�FRPSHWL©·HV�FRQWUD�outras crianças de sua idade, além de atividades práticas e teóricas. Ao atingir a adolescência, o jovem con-tinua seu aprendizado em um grau mais elevado, que trabalha profun-damente o cálculo e o raciocínio ló-gico.

Na fase adulta, diz-se que a pessoa atinge a maturidade para o jogo, podendo compreender todos os aspectos que o envolvem e toda a psicologia por trás de uma partida. Vale lembrar que o xadrez é um dos poucos esportes, se não o único, que pode colocar em grau de igual-dade competitiva um adulto e uma criança, por ser uma disputa que dispensa o uso da atividade física.

A prática doxadrez escolar:

r ativa a concentração e a memória;

r promove o autocontrole;

r trabalha a paciência;

r estimula o raciocínio lógico;

r desenvolve a disciplina e a tomada

de decisões;

r demanda pensar antes de fazer;

r proporciona o respeito com o pró-

ximo;

r exige responsabilidade;

r instiga a imaginação.

Prefeiturade Serrana

Na prefeitura de Serrana (SP), devido aos bons resultados obtidos com o desen-volvimento do projeto “Xadrez na escola”, em 2011, foi possível expandi-lo por meio de uma parceria entre a Secretaria Municipal da Educação e a Secretaria Munici-pal de Esportes, com apoio da Pedra Agroindustrial S/A.

A parceria possibilitou uma nova fase de capacitação para os professores da rede municipal, per-mitindo a implantação do projeto nas escolas de Ensino Fundamental GH�V«ULHV�LQLFLDLV�QR�nj�QDO�GH�������

Segundo a coordenadora de xadrez, professora Vera Cecilia Oliveira, o projeto proporcionou

aos professores aperfeiçoamento

para desenvolver as aulas práticas

e, para os alunos, além do aperfei-

çoamento, desenvolvimento do

raciocínio e aquisição de disciplina. “Despertou a busca do conheci-mento, a motivação e a aquisição de técnica e tática de jogo, possibi-litando a participação em competi-ções e campeonatos, representan-do o município em toda a região”, conta ela.

O projeto motivou os alunos de tal maneira que fez com que al-guns deles passassem a dar trei-namento de xadrez no Centro de Ações Integradas de Serrana (Cras) para os jovens atendidos pelo pro-grama. Outros estão dando aulas de xadrez aos alunos do Lar Santo Antônio, que atende crianças ca-rentes do município, além de darem apoio aos professores que iniciaram

os trabalhos nas escolas municipais de Ensino Fundamental de séries iniciais.

Meu primeirolivro de xadrezAprender a jogar xadrez não

é tão difícil quanto parece. No vo-lume Meu primeiro livro de xadrez, editado pelo Grupo Expoente, os autores Augusto Tirado e Wilson Silva incentivam a prática da mo-dalidade com o objetivo de facilitar aos jovens o aprendizado de manei-ra simples e atrativa. A obra tam-bém é excelente para os docentes que querem aprender táticas de ensinar a modalidade para crianças e jovens, assim como para o apren-dizado individual, no qual o ritmo de progresso é determinado de acordo com cada um. com cada um.

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Impressão Pedagógica – Quais as maiores con-quistas na Secretaria de Educação de Morro Agudo desde que a senhora assumiu o cargo?

Helena Dutra da Silva Andrade – Foram grandes conquistas que transformaram a educação do municí-pio. Destaco a construção de três escolas para Educação Infantil, sendo duas creches e uma pré-escola, que hoje atende toda a demanda de Morro Agudo e zerou a lista de espera. Em 2005, eram atendidas 742 crianças na Edu-cação Infantil e, em 2012, são 1262 crianças. Outro be-nefício educacional foi a inauguração do Núcleo de Aten-dimento da Educação, órgão formado por especialistas em Psicologia, Psicopedagogia e Assistência Social, para onde são encaminhadas crianças da rede municipal com problemas de aprendizagem. A matriz curricular também IRL�PRGLnj�FDGD�SDUD�JDUDQWLU�PDLV�TXDOLGDGH�QR�DSUHQGL]D�do; introduzimos as disciplinas de inglês e informática no ensino regular, e natação, atletismo e dança nos projetos socioeducacionais.

Construção e reforma de escolas

Morro Agudotransformam a educação de

Cumprindo o compromisso de priorizar a educação desde a infância até a formação superior, o investimento na construção e reforma de escolas colaborou para que hoje Morro Agudo tenha oferta de vagas maior que a procura. Para a secretária de educação do município, Helena Dutra da Silva $QGUDGH��QR�FDUJR�GHVGH�������LQYHVWLU�QD�HGXFD©¥R�«�LQYHV�WLU�QR�IXWXUR��(P�������D�UHGH�PXQLFLSDO�GH�0RUUR�$JXGR�DG�TXLULX�R�6LVWHPD�GH�(QVLQR�([SRHQWH��HORJLDGR�SHORV�JHVWRUHV�tanto pela qualidade das capacitações de professores como pelo material didático personalizado e regionalizado.

&RQnj�UD� DV� FRQTXLVWDV� QD� HGXFD©¥R� GH�0RUUR�$JXGR� H�D�KLVWµULD�GD�SDUFHULD�FRP�R�*UXSR�(GXFDFLRQDO�([SRHQWH�QD�entrevista a seguir.

IP – Quais as perspectivas e metas para este ano?HDSA – Nossa meta é dar continuidade ao que

já está em andamento, como trazer todas as crianças em idade escolar para a escola, manter essas crianças matriculadas e melhorar cada vez mais a qualidade de ensino do município, buscando sempre a excelência no aprendizado.

IP – Como está o atendimento às crianças na creche atualmente?

HDSA – O atendimento nas creches está regu-larizado. Temos seis creches em funcionamento e, mesmo assim, há projeto para construção de mais um prédio destinado às crianças de 0 a 3 anos, para necessidades futuras. Para garantir a qualidade e boa nutrição, a merenda escolar tem a supervisão de nu-tricionistas. Outro diferencial são os pedagogos ha-bilitados nas salas do maternal II, para crianças de 3 anos.

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IP – A falta de formação docente é apontada muitas vezes como um dos principais entraves para o de-senvolvimento de práticas pedagógicas de sucesso. Como o município vem contornando essa situação?

HDSA – O desenvolvimento pedagógico é es-sencial para a qualidade da educação, por isso o mu-nicípio investe na formação do professor de quatro maneiras diferentes. Em parceria com o governo fe-deral, por meio do Plano de Ações Articuladas, são realizados cursos de formação inicial e continuada de acordo com a Plataforma Freire, e promovemos pe-riodicamente encontros e fóruns de atualização sobre temas de interesse da rede.

IP – Como ocorrem as capacitações promovidas pela Assessoria Pedagógica do Grupo Expoente?

HDSA – Bimestralmente, coordenadores ou ca-pacitadores do Grupo Expoente realizam a capacita-ção de nossos docentes por área e série. Ainda ocor-rem reuniões pedagógicas semanalmente, com os docentes e coordenadores dos colégios, nas quais são tratados assuntos de interesse e para crescimento do professor, do aluno e da escola. Essas ações contri-buem muito para o desenvolvimento prático-peda-JµJLFR�GH�WRGRV�RV�SURnj�VVLRQDLV�GD�£UHD��$�$VVHVVRULD�Pedagógica do Expoente colabora de maneira efetiva para o bom desenvolvimento e para a qualidade do en-sino em nossa rede, com seriedade, responsabilidade e competência. O grupo tem cumprido os compro-missos, mostrando interesse e envolvimento, levan-do em conta as metas e os objetivos que o município estabelece para seus cursos.

IP – Há quanto tempo a prefeitura de Morro Agudo uti-liza o Sistema de Ensino Expoente?

HDSA – A parceria se iniciou em 2008, e posso des-tacar a personalização de determinados conteúdos, como ocorreu no início da colaboração, uma vez que es-tes conteúdos eram voltados para a região Sul e foram DGHTXDGRV�SDUD�QRVVD�UHJL¥R�HVSHF¯nj�FD��R�6XGHVWH��5HV�salto também a excelente qualidade dos materiais didáti-cos e das capacitações aos professores.

IP – De que forma o material didático do Grupo Expoen-te contribui para a melhoria da educação no município?

HDSA – Em primeiro lugar, ele está de acordo com os parâmetros curriculares nacionais e ainda nos ofere-ce uma abrangência dos conteúdos de maneira adequa-da, que vai além de alguns materiais que conhecemos. O material do Grupo Expoente exige do aluno, mas, ao mesmo tempo, o atrai pela maneira como apresenta os temas e assuntos, levando o estudante e até a família ao interesse e à dedicação aos estudos. Priorizamos o siste-ma didático oferecido aos nossos alunos, pois sabemos da extrema importância da qualidade dos materiais para a formação educacional.

IP – Comente sobre o Portal Escola Interativa. Ele é uti-lizado por professores e alunos?

HDSA – Este é um ponto ainda a ser trabalhado com nossos professores. O Portal é de excelente qualidade, porém a rede de ensino tem feito uso e consultas parcial-mente. A união da tecnologia com o processo de ensino e aprendizagem é um caminho imprescindível, não há retorno. A escola e o educador que não aderirem a esse novo modelo, estarão à margem do desenvolvimento da educação. A tecnologia passou a ser uma ferramenta de trabalho importantíssima nos dias atuais.

“Nossa meta é darcontinuidade ao que jáestá em andamento, comotrazer todas as crianças em idade escolar para a escola, manter essas criançasmatriculadas e melhorarcada vez mais a qualidadede ensino do município,buscando sempre aexcelência noaprendizado.”Helena Dutra da Silva, secretária de educação do município.

Governo municipal investe na educação

morroagudense A administração municipal está sempre in-

vestindo na qualidade do ensino de Morro Agudo, fortalecendo o sistema educacional do município. Em fevereiro deste ano, uma creche e pré-escola foi inaugurada no bairro Martins Lourenço, com ca-pacidade para atender 120 crianças. Em 2010, um centro de convivência infantil para 500 crianças foi inaugurado no bairro Antônio José Abrahão. Isso além de todos os outros investimentos, como ali-mentação de qualidade, uniformes escolares e ma-teriais didáticos e esportivos gratuitos, que com-plementam o ensino municipal.

Imagine um sistema de ensino que oferece às escolas convenia-das material de qualidade, atuali-zado e com proposta única, pronto atendimento e acompanhamento prestado por uma equipe prepara-da para dar todo o suporte, que vai além do pedagógico. Agora pare de imaginar e conheça, nas próximas páginas, a Assessoria Pedagógica do Expoente.

2�PDLRU�GHVDnjR�GD�$VVHVVRULD�Pedagógica Expoente, segundo o gerente de Sistemas Pedagógicos, Renaldo Franque, é fazer com que professores e gestores das escolas pensem de maneira diferente da escola aristotélica na qual foram

além do

pedagógicoAssessoria

criados. “Nossa maior satisfação é quando vemos que o professor mudou sua postura enraizada por muitos anos e começou a propor ações educativas que estimulama criatividade e a aprendizagem de PDQHLUD�VLJQLnjFDWLYD�H�FRQVWUX¯GDŤ��diz.

É com essa proposta que a equipe de assessores pedagógi-cos do Grupo Expoente trabalha dia a dia nas prefeituras e escolas conveniadas distribuídas em todo o Brasil. Segundo o gerente de sistemas pedagógicos, Renaldo Franque, coordenadores, diretores e professores são orientados a usar o material didático em uma linha pedagógica construtivista socio-interacionista em que toda equipe acredita. “Acompanhamos, sugeri-mos, avaliamos e fazemos aconte-cer”, diz Franque.

Nossos diferenciaisAtendimento personalizado é

o grande diferencial, pois a proxi-midade e o conhecimento regio-nal, aliados ao pleno domínio das ferramentas didáticas e tecnológi-cas, contribuem fortemente para o sucesso da parceria e a excelência dos resultados. O atendimento é

regionalizado, mas a preparação é para o mundo. Prioriza-se o estudo cliente a cliente, com acompanha-mento sistemático e contínuo para garantir a personalização do servi-ço e assim realizar uma assessoria que vai além do que o mercado oferece.

Uma série de conteúdos e atividades está disponibilizada no Portal Escola Interativa. No ende-reço www.escolainterativa.com.br, escolas conveniadas podem aces-sar um ambiente virtual de apren-GL]DGR�FRP�LQIRJU£njFRV�DQLPDGRV��jogos, atividades on-line e galeria de imagens, entre outros atrati-vos digitais que complementam o material didático e proporcionam dinâmica, conhecimento e intera-tividade entre professores, alunos e pais.

Os Encontros Temáticos RIHUHFHP�SDOHVWUDV�H�RnjFLQDV�FRP�o intuito de promover atualização pedagógica e troca de experiên-cias. Eles ocorrem em todo o Brasil e são organizados com base nas preferências e realidades dos parti-cipantes. O objetivo é proporcionar PRPHQWRV�GH�UHǍH[¥R�H�GLVFXVV¥R�de temas considerados fundamen-tais para o desenvolvimento pes-VRDO�H�SURnjVVLRQDO�GRV�HGXFDGRUHV��

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“Nossa maior satisfação é quando vemos que o professor mudou suaposturaenraizada por muitos anos.”Renaldo Franque, gerente de Sistemas Pedagógicos do Grupo Expoente

Como ocorre a ação efetiva da AssessoriaPedagógica?

A assessoria é realizada de modo presencial, por telefone ou e-mail. Para realização do atendimento a cada conveniada, existe um planejamento que envol-YH�RV�VHWRUHV�SHGDJµJLFR��FRPHUFLDO�H�nj�QDQFHLUR�GR�Grupo Expoente e, principalmente, as escolas conve-niadas, que apresentam suas reais necessidades – do formato à data do atendimento.

O atendimento é personalizado e regionalizado?Sim, o atendimento é personalizado desde a

implantação do material didático, tendo continuidade em reuniões técnicas e temáticas, capacitações e pa-lestras para equipe pedagógica, educandos e família.

O atendimento também é regionalizado, graças à equipe de assessores que viaja por todo o Brasil para prestar atendimento presencial nas escolas conveniadas. Além disso, o Expoente produz ma-WHULDLV�UHJLRQDLV�GH�*HRJUDnj�D�H�+LVWµULD�GD�PDLRULD�dos estados para os estudantes de 3a série/4o ano do Ensino Fundamental e 3a série do Ensino Médio. Esse material regional acompanha o material didático UHJXODU�H�DSUHVHQWD�FRQWH¼GRV�HVSHF¯nj�FRV�UHIHUHQWHV�DRV�DVSHFWRV�KLVWµULFRV�H�JHRJU£nj�FRV�GH�FDGD�HVWDGR��

Como funciona a capacitação docente?Após a assinatura de contrato de convênio, um

assessor pedagógico entra em contato com a escola conveniada para marcar a implantação, momento em que professores, coordenadores e diretores são orientados quanto à proposta pedagógica e à utiliza-ção do Material Didático Expoente.

Professores especialistas e pedagogos estão à disposição para dar suporte aos professores con-veniados, que podem esclarecer dúvidas sobre os conteúdos do material. Esse serviço está disponível pelo telefone (41) 3312 4253 ou [email protected].

Como fazer o planejamento anual de uso domaterial didático?

A melhor maneira de os professores elabora-rem o planejamento é utilizar a Coletânea Anual do Material Didático – exemplar do professor, fornecida após a assinatura do contrato. Com os subsídios das Diretrizes Pedagógicas Expoente e a experiência da equipe, é possível proceder às adaptações necessá-rias à realidade de sua escola e de sua região.

A proposta pedagógica na qual o Material Didá-tico Expoente se fundamenta possibilita abertura e Ǎ�H[LELOLGDGH�QR�WUDWR�SHGDJµJLFR�SRU�SDUWH�GH�FDGD�escola. Vale lembrar que em qualquer planejamento pedagógico é fundamental, além de material dequalidade, bom atendimento às necessidades da clientela escolar.

Perguntas frequentes

O atendimento é regionalizado, graças à equipe de asses-sores que viaja por todo o Brasil para prestar atendimento presencial nas escolas conveniadas.

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...

A experiência dos assessores pedagógicos como professores ou coordenadores em instituições de ensino gera um diferencial de quali-dade no atendimento a prefeituras e escolas conveniadas. Adriana Márcia Souza, Adriana Fialho e Silvia Borges Martins vivencia-ram por muitos anos o dia a dia da escola, antes de se apaixonarem de vez pela Assessoria Pedagógica do Grupo Expoente.

A voz da experiênciaAdriana Márcia trabalhou da

Educação Infantil ao Ensino Médio, em escolas públicas e privadas. Ela conta que sua maior experiência foi na Escola Dominius, conveniada do Expoente há 20 anos. “Fui profes-sora e coordenadora da Dominius por oito anos, e foi ali que conheci o trabalho do Expoente. Sempre admirei o trabalho e o atendimento realizado, até que, certo dia, me

chamaram para fazer parte da equipe”. Ela conta que seu trabalho é focado no planejamento e, por causa disso, acredita ela, a escola consegue cumprir prazos e fazer projetos interdisci-plinares. “Consigo passar todo o meu conhecimento e entendo as angústias e expectativas de cada cliente, pois um dia estive no lugar deles”. A assessora Silvia Borges

Martins trabalhava em uma escola em Cuiabá quando decidiu fazer uma pesquisa sobre sistemas de ensino e escolher um para atuar

como parceiro na escola. “Decidi pelo Expoente quando assisti a um Encontro de Diretores em 2007. Passados três anos, comecei a trabalhar para o Expoente como free lancer, realizando palestras e capacitações, até que me contra-taram”, lembra. Para Silvia, a maior lição de trabalhar como coorde-nadora de escola é trabalhar bem a comunicação. “Tenho uma visão ampla, que faz com que eu tenha um ótimo relacionamento com as escolas, além de optar por realiza-ção de workshops com a intenção de motivar e aprimorar o conheci-mento dos professores”, diz.

DEZ ANOSAdriana Fialho, após muitos anos trabalhando

em escolas, descobriu uma nova satisfação pro-nj�VVLRQDO�DR�DFHLWDU�D�SURSRVWD�GR�*UXSR�([SRHQWH�para atuar na Assessoria Pedagógica. Hoje ela acu-mula dez anos como assessora, inspirando muitas pessoas a seguirem carreira na área pedagógica, DO«P�GH� VHUYLU� GH�H[HPSOR�SDUD�RXWURV�SURnj�VVLR�nais da área, inclusive concorrentes.

Para ela, o trabalho em equipe e o planeja-mento são fundamentais para o sucesso. “É gra-WLnj�FDQWH� YHU� QRVVRV� FOLHQWHV� FUHVFHQGR� FDGD� YH]�mais, em estrutura física e pedagógica”, diz Adria-na. Segundo ela, para realizar um trabalho de su-cesso, são necessários a análise de mercado, o ple-no domínio das ferramentas disponíveis e o estudo da região e de cada cliente.

p¤�JUDWLƩ� FDQWH�YHU�nossas escolasconveniadascrescendo cadavez mais, emestrutura físicae pedagógica.”Adriana Fialho,assessora pedagógica

“Tenho uma visãoampla, que faz comque eu tenha umótimo relacionamento com as escolas.”Silvia Borges Martins,assessora pedagógica

Adriana Fialho, Adriana Márcia e Silvia Borges: assessoras pedagógicas do Grupo Expoente.

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Depoimentos conveniadas

“A Assessoria Pedagógica faz um trabalho diferenciado. Trabalhamos textos que ajudam a PHOKRUDU�D�SRVWXUD�SURnj�VVLRQDO�GR�SURIHVVRU��2XWUR�GLIHUHQFLDO�IRL�R�ZRUNVKRS�UHDOL]DGR�SHOD�SUL�meira vez no ano passado, e que vamos repetir nos próximos anos. Trabalhamos muito a avaliação, a questão do trabalho em equipe, organização, respeito e evolução.” Rosângela Garcia, coordenadora geral do nível III ao 4o ano. Colégio Alef – Sinop (MT).

“O Expoente conta com uma Assessora Pedagógica dinâmica, responsável e comprometida com a educação. São oferecidos cursos para todos os segmentos da escola e recebemos orienta-ções e dicas que ajudam a organizar e dinamizar as aulas. A escola tem tido crescimento graças ao uso do Sistema de Ensino Expoente.”Adriane Fernandes dos Santos. CEC de Nova Friburgo (RJ).

“A Assessoria Pedagógica do Grupo Expoente nos dá maior apoio focado no trabalho diário

do professor, tornando o material didático ainda mais completo. A cada ano, percebemos a melho-

ria no atendimento, o que acaba contribuindo para o aprendizado efetivo dos nossos alunos. Sou fã

do material didático.”

Claudia V. da Silva Campos, diretora pedagógica. Dom Helder – Afogados de Ingazeira (PE).

“Somos atendidos em todas as nossas solicitações, destacando as questões de atendimen-

to, valorização e prestação de serviço. Conhecemos outras visões com relação à avaliação de

maneira mais clara. Percebemos uma nova postura dos professores, com a quebra de paradigmas,

surtindo efeito positivo.”

Maibi L. Castro e Maria I. Begiato, coordenadoras. Colégio Ideal – Santa Bárbara do Oeste (SP)

“Somos parceiros há mais de 15 anos. A cada ano temos um contato mais direto, que vai pro-gredindo com o passar do tempo. Lembro que estávamos confusos com as mudanças do Ensino Fundamental de 9 anos, não sabíamos por onde começar, e a Assessoria Pedagógica nos deu todo o suporte.” Magda C. Fonseca da Costa, diretora pedagógica. Colégio Imaculado – Quedas do Iguaçu (PR).

“Além do conjunto de materiais didáticos, recebemos assessoria em relação à elaboração do planejamento, uso do material didático e de materiais complementares, sugestões de atividades GLIHUHQFLDGDV�H�RULHQWD©·HV�GH�DYDOLD©¥R��2�UHVXOWDGR�GHVVD�SDUFHULD�YDL�UHǍ�HWLU�QR�IXWXUR��FRP�nossos alunos tendo mais conhecimento e sendo mais preparados para a vida.”Mara Suhre, Secretária Municipal de Educação de Itá.

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Minha vida do EJA

antes e depois

Heloisa Vidal tem hoje 41 anos. Parou de estudar aos 12, quando saiu do interior do Rio Grande do Sul para trabalhar em uma fábrica de sapatos em Novo Hamburgo. Heloisa conta que preci-

VDYD�DMXGDU�RV�SDLV�HP�FDVD�Ş�DO«P�GHOD��WLQKDP�PDLV�VHWH�nj� OKRV��Aos 15, engravidou pela primeira vez, e o sonho de terminar RV�HVWXGRV�IRL�nj�FDQGR�FDGD�YH]�PDLV�SDUD�WU£V��5HFHQWHPHQ�WH��FRP�RV�GRLV�nj� OKRV�FUHVFLGRV��+HORLVD�DFKRX�TXH�HVWDYD�QD�hora de retomar os estudos e dar um novo rumo a sua vida.

$RV� ��� DQRV�� PDWULFXORX�VH� QD� (GXFD©¥R� GH� -RYHQV�e Adultos (EJA) do Serviço Social da Indústria do Rio Grande

do Sul (SESI/RS) e hoje cursa o primeiro ano do Ensino Médio. $VVLP�TXH� WHUPLQDU� D�(-$�� VXD�SUµ[LPD�PHWD�«�R�(QVLQR�

6XSHULRU��ţ$LQGD�Q¥R�GHnj�QL�R�TXH�TXHUR�ID]HU��PDV�WHQKR�certeza de que vou conseguir entrar em uma univer-VLGDGHŤ�� GL]�+HORLVD�� FRQnj�DQWH��$WXDOPHQWH� HOD� HVW£�

em fase de treinamento como telefonista em uma multinacional e diz que, para crescer na empresa,

terminar os estudos é fundamental. Não mais pa-rar de estudar será um grande diferencial para sua vida de agora em diante.

Assim como Heloisa, muitas pessoas vol-taram a estudar e encontraram nas instituições

que oferecem a EJA a solução para terminar os estudos e realizar seus sonhos. Em todo o Brasil,

mais de 4 mil estudantes estão cursando a EJA uti-OL]DQGR�RV� OLYURV�GR�6LVWHPD�GH�(QVLQR�([SRHQWH��nos ensinos Fundamental e Médio, garantindo a permanência dos alunos com idade superior a 16

anos na sala de aula.

fábrica de sapatos em Novo Hamburgo. Heloisa conta que preci-VDYD�DMXGDU�RV�SDLV�HP�FDVD�Ş�DO«P�GHOD��WLQKDP�PDLV�VHWH�nj� OKRV��

Aos 15, engravidou pela primeira vez, e o sonho de terminar RV�HVWXGRV�IRL�nj�FDQGR�FDGD�YH]�PDLV�SDUD�WU£V��5HFHQWHPHQ�WH��FRP�RV�GRLV�nj� OKRV�FUHVFLGRV��+HORLVD�DFKRX�TXH�HVWDYD�QD�hora de retomar os estudos e dar um novo rumo a sua vida.

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em fase de treinamento como telefonista em uma multinacional e diz que, para crescer na empresa,

terminar os estudos é fundamental. Não mais pa-rar de estudar será um grande diferencial para sua vida de agora em diante.

taram a estudar e encontraram nas instituições que oferecem a EJA a solução para terminar os

estudos e realizar seus sonhos. Em todo o Brasil, mais de 4 mil estudantes estão cursando a EJA uti-OL]DQGR�RV� OLYURV�GR�6LVWHPD�GH�(QVLQR�([SRHQWH��nos ensinos Fundamental e Médio, garantindo a permanência dos alunos com idade superior a 16

anos na sala de aula.

| EJA

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Heloisa Vidal cursa oprimeiro ano do Ensino Médio, na EJA do SESI/RS

Modalidade semipresencialatrai alunos

Uma das características diferenciais do Sistema de Ensino Expoente é a possibilidade de utilização do material didático da EJA tanto de maneira presencial quanto semipresencial. O Departamento Regional do SESI/RS, instituição em que Heloisa estuda, é parceiro do Expoente há seis anos na modalidade semipresen-cial. Para o gerente da Educação do SESI/RS, Mário Ro-naldo Oliveira da Silva, o material didático do Expoente preocupa-se em promover a autonomia intelectual e a DSUHQGL]DJHP�GRV�DOXQRV��DVSHFWRV�HVVHV�TXH�TXDOLnj��cam a educação e contribuem para a elevação da esco-laridade. Silva comemora o sucesso da EJA na região e já adianta que o SESI/RS está em processo de creden-ciamento de mais quatro polos, o que dará oportunida-de para mais 5 000 alunos completarem os estudos.

Para a gerente do Centro de Excelência em Edu-cação Expoente, Sandra Poli, a elaboração do material didático destinado à Educação de Jovens e Adultos FRQVWLWXL�XP�V«ULR�GHVDnj�R��ţ3DUD�DOFDQ©DU�RV�REMHWLYRV�a que se propõe, o Grupo Expoente elaborou um ma-terial didático que aborda conteúdos básicos, os quais visam à democratização dos bens socioculturais”, diz. O material produzido e editado pelo Expoente, conta ela, já vem sendo utilizado em diversas escolas brasilei-ras, tanto no setor público quanto no privado, há mais de 10 anos.

Um dos destaques do Sistema de Ensino Expo-ente, apontado pela gerente, é o Portal Escola Inte-rativa www.escolainterativa.com.br. “O estudante da EJA pode acessar os gabaritos referentes às questões abertas, apresentadas no material didático. Além dis-so, tem à disposição informações complementares SDUD�DPSOLD©¥R�GH�FRQKHFLPHQWRV�QRV�FDQDLV�)LORVRnj�D��Artes Visuais, Atividades On-line, Obras Literárias e Enem, entre outros, assim como conteúdo pedagógico complementar e palestras virtuais sobre temas de rele-vância para o segmento”, diz.

“O material didáticodo Expoente preocupa-se em promover a autonomia intelectual e a aprendizagem dos alunos.”Mário Ronaldo Oliveira da Silva, gerente da Educação do SESI/RS.

Estudo agora é prioridade No Cepu Florianópolis (SC), 600 alunos estudam

na modalidade da EJA. Para a auxiliar administrativa Ana Maria Machado, o material didático apresenta lin-guagem acessível, preocupando-se com a qualidade pedagógica, e foco voltado à realidade do aluno. “Num mundo onde o tempo deve ser bem aproveitado, a se-leção desse conhecimento precisa ser mais objetiva e bem aplicada”, diz Ana Maria.

Para o aluno Humberto Garcia, de 26 anos, o prin-cipal diferencial do Cepu de Florianópolis é a qualidade do corpo docente. “Quero ser professor e pretendo manter contato com todos os docentes do Cepu”, diz ele, que parou de estudar quando tinha 17 anos por SUREOHPDV�nj�QDQFHLURV��PDV�TXH�DJRUD�HVW£�D�XP�SDV�so de concluir o Ensino Médio. “Hoje os estudos são a minha prioridade, qualquer que seja o problema que aparecer na minha vida, nunca mais deixarei os estu-dos”, diz.

Quem compartilha das palavras de Humberto é Rosicleia Gonçalves de Freitas. Hoje ela é estudante do curso de Pedagogia, mas, até chegar à faculdade, VXD�YLGD�IRL�PDUFDGD�SRU�PXLWDV�GLnj�FXOGDGHV��TXH�FR�meçaram aos 15 anos, quando teve de parar de es-tudar. “Fiquei 16 anos sem estudar, sem entrar numa sala de aula. Com o apoio do meu marido, me matri-culei na EJA”, lembra Rosicleia. No Colégio Sistema de Tucumã, ela lembra que estudava uma vez por sema-na, aos sábados, e se encantou com os professores da instituição. “Minha vida mudou depois que terminei os estudos. Sem conhecimento, a gente não chega a lu-gar algum.”

Alunos da EJA do SESI/RS estudam no módulo semipresencial

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“Os alunos observam conteúdos elaborados para a faixa etáriadeles, sempre com links relacionados a suas experiências.”Jurandir dos Santos Cubo,coordenadora da EJA de Itanhaém.

Prefeituras conveniadas

Algumas escolas municipais de prefeituras como Itanhaém (SP), Cam-pos dos Goytacazes (RJ), Morro Agudo (SP) e Pinhal da Serra (RS) também utilizam o Sistema de Ensino Expoente, requisitando o material para o en-sino da EJA.

A coordenadora da EJA de Itanhaém, Jurandir dos Santos Cubo, con-ta que a Educação de Jovens e Adultos do município utiliza como material didático as apostilas do Grupo Expoente há aproximadamente cinco anos. Entre os diferenciais da parceria, ela destaca o acesso ao Portal Escola In-terativa, que, segundo ela, agrega valor aos processos de pesquisa e nave-gação na internet.

“Os alunos observam conteúdos elaborados para a faixa etária deles, sempre com links relacionados a suas experiências e aspectos relevantes da realidade que os cerca” diz. Nesses materiais os alunos têm a possibilidade de tran-sitar entre os textos e temas do Material Didático Expoen-WH�� LGHQWLnj�FDQGR� VXDV� QHFHV�sidades de aprendizagem e podendo aprimorar o estudo de determinados conteúdos, adquirindo assim maior auto-nomia – caminhando para se tornarem cidadãos sociais.

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Música regular

* André Godinho

A observação e a imitação de sons da natureza foram as primeiras formas de exploração sonora realizadas pelo ser humano, que, com o passar do tem-po, desenvolveu a capacidade de emitir novos sons por meio de instrumentos musicais primitivos.

A princípio, a música tinha função ritual, era parte das cerimônias religio-sas e festas de tribos espalhadas por todo o mundo. Na Grécia Antiga, as re-lações matemáticas entre os sons mu-sicais foram estudadas por Pitágoras, que, ao sistematizá-las, fez da música também uma ciência. A maior parte da música ocidental produzida desde en-tão se baseia nessa estrutura.

Para estruturar a abordagem da música no ensino regular, podemos con-siderá-la com base em duas concepções principais: como arte e como entreteni-mento. A música como arte traz a ideia de “expressão de caráter elevado”, que pode ou não ser associada a emoções. Como entretenimento, ela proporcio-na diversão e prazer. Diferentemente de uma aula de instrumento musical, cujo objetivo principal é tocar, as aulas de música no ensino regular têm entre

seus objetivos ampliar a percepção de PXQGR� GDV� FULDQ©DV� H� UHǍHWLU� VREUH� D�música em seu contexto histórico, so-cial e cultural.

Durante as aulas no ensino regu-lar, é possível praticar a leitura e a es-crita musical por meio de instrumen-tos adequados ao trabalho em grupo, desenvolver a percepção auditiva, co-nhecer diferentes instrumentos e gê-neros musicais e trabalhar músicas de variadas culturas e épocas. Entretanto as atividades devem ser adequadas às particularidades das diferentes fases de desenvolvimento das crianças.

Entre 0 e 2 anos, aproximada-mente, período que Piaget denomina “sensório-motor”, as crianças passam por grande desenvolvimento cogniti-vo e motor. Nessa etapa, as atividades musicais mais adequadas são cantar e explorar o som de diferentes instru-mentos musicais. Os instrumentos musicais despertam o interesse da criança por meio da emissão sonora, as canções contribuem para o desenvol-vimento da linguagem e as atividades musicais em grupo colaboram para o desenvolvimento da “noção do outro”.

no ensino

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| art

igo

Após os 2 anos de idade, as crianças apresentam maior capa-cidade de concentração. Realizam jogos musicais com gestos, explo-ram a sonoridade dos instrumentos com maior coordenação motora, compreendem histórias sonoriza-das e se interessam por canções e melodias. Piaget denomina essa fase, que se estende até aproxima-damente 7 anos, de “pré-operacio-nal”.

Por volta dos 4 ou 5 anos, as crianças já cantam canções inteiras, tocam instrumentos de percussão com boa coordenação motora e LGHQWLnj�FDP� DOJXQV� SDU¤PHWURV� VR�noros como dinâmica, andamento, duração e timbre. Canções folclóri-cas têm muita utilidade, pois além de estimularem a musicalidade das crianças, promovem um resgate cultural.

A sensibilidade auditiva pode ser exercitada por meio de jogos de percepção de timbres. Entre 6 e 7 anos, a criança apresenta capaci-dade de imaginação bastante de-senvolvida, e jogos com associação HQWUH�VRP�H�nj�JXUDV�SRGHP�VHU�UHD�lizados, além de narrativas sonori-zadas com instrumentos musicais. É possível tocar instrumentos de percussão em conjunto, de modo sincronizado, praticando a execu-ção musical em grupo.

A partir de 7 ou 8 anos, com as crianças já alfabetizadas, ampliam--se muito as possibilidades práti-cas musicais. Canções podem ser

aprendidas com o auxílio do texto, a leitura musical pode ser iniciada, e execuções musicais mais comple-xas são possíveis. Essa fase é exce-lente para iniciar o aprendizado de um instrumento musical. É o início do período denominado por Piaget “operatório concreto”, que vai até aproximadamente 12 anos.

Em todas essas fases, a música contribui para o desenvolvimento cognitivo, afetivo e social das crian-ças. É uma grande evolução, por-tanto, ter a música presente entre os conteúdos curriculares da edu-cação brasileira.

A música passou a ser conteúdo obrigatório no ensino regular brasi-leiro graças à Lei 11.769/2008, tor-nando possível formar uma geração de cidadãos com valores mais hu-manitários, pois entre os benefícios da educação musical está o desen-volvimento da sensibilidade. As crianças são naturalmente sensí-veis, e a música “alicerça” essa sen-sibilidade, que pode acompanhá-las por toda a vida.

Apesar de o Brasil ser um país musicalmente riquíssimo, a carên-FLD� GH� SURnj�VVLRQDLV� FRP� IRUPD©¥R�HVSHF¯nj�FD� HP� HGXFD©¥R� PXVLFDO� «�muito grande. Nos últimos anos, tem-se observado um aumento da quantidade de cursos superiores de Licenciatura em Música, mas esse número ainda está longe de atender à demanda nacional.

Entre os problemas enfren-WDGRV� SHORV� SURnj�VVLRQDLV� GD� £UHD��HVW¥R�R�EDL[R�UHWRUQR�nj�QDQFHLUR�H�D�falta de estrutura das escolas. São poucos os colégios que apresentam piano, violão e instrumentos de per-cussão, entre outros. Os que têm essa estrutura, normalmente, são colégios particulares.

Outro aspecto da Lei 11.769 é

permitir que licenciados em outras áreas do conhecimento ministrem aulas de música no ensino regular, desde que tenham algum conheci-mento musical, o que foi uma gran-de polêmica durante a aprovação dessa lei.

O fato é que a educação musi-cal é uma ciência interdisciplinar re-lativamente recente. O que houve anteriormente nas escolas brasilei-ras, principalmente antes da Dita-dura Militar, foram práticas musicais com ênfase no canto orfeônico ou em bandas marciais, que tinham como um dos grandes responsá-veis e articuladores o compositor Heitor Villa-Lobos. Essas práticas musicais foram muito válidas, mas muitas vezes restringiam-se a ob-jetivos cívicos.

A música existe desde que o ser humano existe, e sua impor-tância na escola está em oferecer às crianças uma vivência musical orientada. Essa vivência proporcio-na alegria, socialização e exercício da disciplina e do trabalho em gru-po, além de desenvolver a coorde-nação motora, o raciocínio lógico, a criatividade, a percepção auditiva e o senso estético musical, entre tan-tos outros aspectos, formando jo-vens e adultos musicalmente mais críticos e seletivos.

A músicacontribui para odesenvolvimentocognitivo, afetivo e social das crianças.

* André Godinho é professor de Música do Colégio Expoente e graduado em Educação

Musical pela Universidade Federal do Paraná.

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���_�LPSUHVV¥R Pedagógica

Canais atualizados e novos conteúdosO Portal Escola Interativa está com muitas novidades para alunos e professo-

res. O leiaute dos canais foi atualizado, assim como sua estrutura e seus conteúdos. “O Portal está mais fácil de ser acessado e mais organizado, tanto para os professo-UHV�SUHSDUDUHP�VXDV�DXODV�TXDQWR�SDUD�RV�DOXQRV�HVWXGDUHPŤ��Dnj�UPD�D�FRRUGHQDGRUD�de tecnologias educacionais do Grupo Expoente, Cláudia Notomi.

&RQƩ� UD�DV�ÕOWLPDV�QRYLGDGHV� r O canal Arte em Estudo foi refor-mulado e está de cara nova, mais atrativo e com vários conteúdos di-ferentes, entre eles arte-educação, artes visuais, música e dança, teatro e atividades.

PortalEscolaInterativa

r No canal ,QIRJU¼Ʃ� FRV� $QLPDGRV, você pode conferir tudo sobre poli-nização por meio de vídeos e anima-ções. r Vários artigos novos foram publica-dos no Canal Amplie seus Conheci-mentos, que permite realizar leituras GH�WH[WRV�HGXFDFLRQDLV�H�JHUDLV��D�nj�P�de adquirir informações.

r Novos cartões foram acrescentados ao canal Cartões Virtuais, alguns dos quais são animados! Visite o canal e veja as opções inéditas parar Dia do Professor;r Dia das Mães;r Dia dos Pais;r aniversários.

www.escolainterativa.com.br

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