Marnoto_Dezembro2011

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O MARNOTO DEZEMBRO 2011 DEZEMBRO 2011 JORNAL ESCOLAR N.º 39 DEZEMBRO 2011 COLÉGIO D. JOSÉ I SANTA JOANA 3810-284 AVEIRO TELF: 234 310 351 FAX: 234 311 996 1 MARNOTO Linguagem de amor Numa sociedade marcada pelo tecnológico em que todos os aparelhos desenvolvem funcionalidades baseadas no toque, sem teclas e à distância, sinto, cada vez mais, que nos afastamos da sensibilidade. Usamos o tátil como interface, mas fugimos do essencial: a sensibilidade. Esta é a subtileza da busca, do procurar conhecer. Não o conhecimento mesquinho e interesseiro da “cusquice”, mas a busca do amigo, do colega, do confidente, do “fiel depositário” das nossas preocupações, angústias, sonhos e projetos. A nossa sensibi lidade fica, muitas vezes, ofuscada pela máquina, pela técnica. A nossa sociedade lê demasiados artigos e ouve demasiados estudiosos sobre as formas como criar laços, unir as pessoas, juntá- -las no mesmo ideal. Mas isso não vai só com livros e grandes dissertações. Os amigos encontram-se, falam, comunicam, transmi- tem emoções e desabafos, bem como questões profundas e amargamente inquietantes… que depois de contadas, passam a estar partilhadas, corresponsabilizadas. Por muitos livros e estudos ou conferências que interiorizemos, temos de ir ao encontro, temos de dar o primeiro passo. É que cada um é único, logo um novo livro a descobrir, um novo turbilhão de emoções e de buscas que nos enriquecem e nos constroem. Todos ouvimos dizer que o olhar não mente. É certo que esta forma de expressão não é fácil de iludir. Mas eu digo ainda mais: é no toque sincero, no abraço sentido, no beijo vivo que medimos a força e a validade daquele que se aproxima de nós. As tecnologias constroem pontes que ajudam a talhar novos caminhos, novos rumos e novos desafios. Mas, outras muitas vezes, são entrave, são “mentira” escondida por trás de um nome ao qual não conseguimos “ver os olhos”. É uma história pessoal que se procura, mas que sem a interação pessoal, sem ouvir o tom da voz, a intensidade das palavras ou a força do olhar, não nos permite conhecê-la na sua plenitude. Soluções? Sem procurar ser demasiado idealista, penso que temos de dar o primeiro passo: levantar da cadeira, deixar a comodida- de e o anonimato da tecnologia e do conforto do meu espaço, e partir ao encontro do outro, onde ele está. Para quê? Para, com ele, buscar ser mais, ir mais longe, sentir o seu apoio e a sua força. O ideal do Natal é aquele que mais aproxima as pessoas e os povos. Atendendo ao conturbado dos tempos que vivemos, deixemos, este ano, que aquilo que somos se sobreponha àquilo que podemos comprar. Pois, como dizia o Principezinho “não há fábricas de amigos!”. Logo, como não se compra nem se vende, ousemos dar-nos. Professor Sérgio Óscar Professores Bem, os professores são daquelas pessoas que, às vezes, irri- tam… Quando já todos perceberam o que é, por exemplo, uma mesa, ainda estão a dizer que é uma tábua com quatro pernas. E quando passam aqueles resumos, que não parecem resumos, mas sim cópias retiradas de um livro de 1457 com 800 páginas, e ainda nos dizem para não reclamarmos e que é pouca coisa! Gosto quando eles estão a falar sobre uma árvore e, depois, já estão a falar sobre um filme em que uma árvore caiu… e depois ainda perguntam “Bem onde é que íamos? Com isto tudo já não me lembro…” O que me irrita é quando eles “dão uns ganda sermões”, e, depois, ainda dizem que perderam metade da aula (eu sei que quando eles dão os sermões, foi por causa dos alunos), mas aqueles sermões… estão sempre a matutar no mesmo assunto. Mas, o melhor desta coisa toda é que eles vão intervir no meu futuro… portanto são boas pessoas… Ana Patrícia Ayres, Clube de Jornalismo e Fotografia 28 DAR VOZ A...

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Jornal do Colegio

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O MARNOTO O MARNOTO

DEZEMBRO 2011 DEZEMBRO 2011

JORNAL ESCOLAR N.º 39

DEZEMBRO 2011 ◊ COLÉGIO D. JOSÉ I ◊ SANTA JOANA ◊ 3810-284 AVEIRO ◊ TELF: 234 310 351 ◊ FAX: 234 311 996 ◊ 1 MARNOTO

Linguagem de amor Numa sociedade marcada pelo tecnológico em que todos os aparelhos desenvolvem funcionalidades baseadas no toque, sem teclas

e à distância, sinto, cada vez mais, que nos afastamos da sensibilidade. Usamos o tátil como interface, mas fugimos do essencial: a

sensibilidade.

Esta é a subtileza da busca, do procurar conhecer. Não o conhecimento mesquinho e interesseiro da “cusquice”, mas a busca do

amigo, do colega, do confidente, do “fiel depositário” das nossas preocupações, angústias, sonhos e projetos. A nossa sensibilidade

fica, muitas vezes, ofuscada pela máquina, pela técnica.

A nossa sociedade lê demasiados artigos e ouve demasiados estudiosos sobre as formas como criar laços, unir as pessoas, juntá-

-las no mesmo ideal. Mas isso não vai só com livros e grandes dissertações. Os amigos encontram-se, falam, comunicam, transmi-

tem emoções e desabafos, bem como questões profundas e amargamente inquietantes… que depois de contadas, passam a estar

partilhadas, corresponsabilizadas.

Por muitos livros e estudos ou conferências que interiorizemos, temos de ir ao encontro, temos de dar o primeiro passo. É que cada

um é único, logo um novo livro a descobrir, um novo turbilhão de emoções e de buscas que nos enriquecem e nos constroem.

Todos ouvimos dizer que o olhar não mente. É certo que esta forma de expressão não é fácil de iludir. Mas eu digo ainda mais: é no

toque sincero, no abraço sentido, no beijo vivo que medimos a força e a validade daquele que se aproxima de nós.

As tecnologias constroem pontes que ajudam a talhar novos caminhos, novos rumos e novos desafios. Mas, outras muitas vezes,

são entrave, são “mentira” escondida por trás de um nome ao qual não conseguimos “ver os olhos”. É uma história pessoal que se

procura, mas que sem a interação pessoal, sem ouvir o tom da voz, a intensidade das palavras ou a força do olhar, não nos permite

conhecê-la na sua plenitude.

Soluções? Sem procurar ser demasiado idealista, penso que temos de dar o primeiro passo: levantar da cadeira, deixar a comodida-

de e o anonimato da tecnologia e do conforto do meu espaço, e partir ao encontro do outro, onde ele está. Para quê? Para, com ele,

buscar ser mais, ir mais longe, sentir o seu apoio e a sua força.

O ideal do Natal é aquele que mais aproxima as pessoas e os povos. Atendendo ao conturbado dos tempos que vivemos, deixemos,

este ano, que aquilo que somos se sobreponha àquilo que podemos comprar. Pois, como dizia o Principezinho “não há fábricas de

amigos!”. Logo, como não se compra nem se vende, ousemos dar-nos.

Professor Sérgio Óscar

Professores Bem, os professores são daquelas pessoas que, às vezes, irri-

tam… Quando já todos perceberam o que é, por exemplo, uma

mesa, ainda estão a dizer que é uma tábua com quatro pernas.

E quando passam aqueles resumos, que não parecem resumos,

mas sim cópias retiradas de um livro de 1457 com 800 páginas,

e ainda nos dizem para não reclamarmos e que é pouca coisa!

Gosto quando eles estão a falar sobre uma árvore e, depois, já

estão a falar sobre um filme em que uma árvore caiu… e depois

ainda perguntam “Bem onde é que íamos? Com isto tudo já não

me lembro…”

O que me irrita é quando eles “dão uns ganda sermões”, e,

depois, ainda dizem que perderam metade da aula (eu sei que

quando eles dão os sermões, foi por causa dos alunos), mas

aqueles sermões… estão sempre a matutar no mesmo assunto.

Mas, o melhor desta coisa toda é que eles vão intervir no meu

futuro… portanto são boas pessoas…

Ana Patrícia Ayres, Clube de Jornalismo e Fotografia

28 DAR VOZ A...

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O MARNOTO O MARNOTO

DEZEMBRO 2011 DEZEMBRO 2011

O NOSSO JORNAL

FICHA TÉCNICA

COLÉGIO D. JOSÉ I

RUA LUÍS DE CAMÕES SANTA JOANA

3810-284 AVEIRO TELEFONE: 234 310 351

FAX: 234 311 996 WWW.COLDJOSE1.PT

HTTP://COLDJOSE1.BLOGSPOT.COM WWW.FACEBOOK.COM

E-MAIL: [email protected]

ANO XIII - NÚMERO 39

DEZEMBRO 2011

COORDENAÇÃO

CARLA MOREIRA, MAGDA BARJONA MENDES E VASCO MENDES

REDAÇÃO

ANA PATRÍCIA AYRES, BÁRBARA MARQUES, CARLA MOREIRA, DINIS DA MOTA, EVA DIAS, JOSÉ

MACHADO, LEILA PIMENTEL, MAGDA BARJONA MENDES, MARIANA DOS LOUROS, TOMÁS ARADA E

VASCO MENDES

PAGINAÇÃO E ARRANJOS

GRÁFICOS

CARLA MOREIRA, MAGDA BARJONA MENDES E VASCO MENDES

EDITORIAL

Os presentes do presente

Vivemos tempos de pressa, tempos que se aceleram e, nesta celeridade,

silenciamos, muitas vezes, ainda que inadvertida e impensadamente, os

prodigiosos desafios que o presente nos oferece.

A sociedade presenteia-nos, cada vez mais, com um cem número de

instrumentos que nos facilitam o (re)traçar dos nossos objetivos e das nossas

ações no mundo.

A possibilidade de ser (e de ser de outro modo), a oportunidade de agir, e

consequentemente, a oportunidade do crescer humano e humanitário reside

no mais íntimo de cada um de nós, e a Educação é o lugar, por excelência, de

construção de uma matriz humanista das nossas vivências e,

consequentemente, da nossa história.

Neste presente que se veste e reveste de pressas, de incompreensões, de

desentendimentos, de crises e incertezas, a Educação assume-se, sem

sombra de dúvida, como o presente no qual a humanidade pode florescer,

como a possibilidade de aprender a cuidar de um futuro melhor.

Importa, pois, abraçar a possibilidade formativa oferecida pela inquietude deste

presente.

Na esteira de mais um ano letivo, assente na inconstância dos tempos, é nos

presentes que o presente nos oferece que um conjunto de olhares se vai

assentando: não há como construir um mundo mais humano se, cada um de

nós não arrogar a responsabilidade dos seus atos; não há como edificar um

mundo mais solidário se não nos posicionarmos, inteiros, perante os desafios;

não há como erguer um mundo mais afável e compreensivo se não

concedermos, a cada um de nós, a solidariedade e a confiança que o ser

humano merece.

Estes são os caminhos da Educação que defendemos, estes são os trilhos da

Escola que queremos e assumimos construir.

A Direcção Pedagógica

(Celeste Maria Machado e Jorge Daniel Arada)

LETRINHAS 2 27

4.º ano

Os alunos do 4.º ano andam muito

entusiasmados com tudo aquilo que

andam a aprender. Os projetos são uma

constante na sua rotina. Deixamo-vos

aqui algumas fotografias para partilhar

convosco o seu entusiasmo.

A pele

A pele

Dia Mundial da Alimentação

Os meninos e meninas do 4.º ano fizeram uma visita ao quartel dos

Bombeiros Velhos de Aveiro. Esta visita surgiu no âmbito do estudo

da temática “Regras de prevenção de incêndios nas florestas e em

edifícios”. Os alunos puderam ter algum conhecimento dos

diferentes espaços existentes num quartel e respetivas funções.

Tiveram também a possibilidade de observar os diferentes fatos e

instrumentos utilizados por estes profissionais na extinção de

incêndios, assim como de conhecer os diferentes tipos de veículos,

utilizados em diferentes situações de incêndio.

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LETRINHAS UM OLHAR SOBRE...

“CRESCER… comigo e com os outros”

No âmbito da disciplina de Seminário, as alunas estagiárias da

Universidade de Aveiro, Joana Tavares e Rita Gonçalves, que

estão a desenvolver a sua prática pedagógica na turma do 3.º

ano estão a desenvolver o projeto “CRESCER… comigo e

com os outros”. O objetivo deste projeto é desenvolver em

cada criança o interesse espontâneo pelo Outro, o reconheci-

mento dos seus próprios sentimentos e dos outros, conhecer as

suas características pessoais, as diferentes formas de relação

com os seus pares e a sensibilidade para com as necessidades,

perspetivas e sentimentos dos outros… e assim nasce o blog que podem conhecer em http://

crescercomigoecomosoutros.blogspot.com/, no qual se partilham os momentos mas sig-

nificativos das sessões. Aguardamos pela vossa visita, sugestões e comentários.

Ajudem-nos a crescer!

3.º ANO

Um poema… ao estilo de Eugénio

de Andrade

Faz de conta

- Faz de conta que sou um pássaro.

- Eu serei os ovos do ninho!

- Faz de conta que sou a primavera.

- Eu serei o verão!

Faz de conta que sou a França.

- Eu serei Paris!

Biografia de Miguel Sousa Tavares

Miguel Andresen de Sousa Tavares nasceu no dia 25 de junho de 1952, no Porto. Ele é

um escritor e jornalista português.

É filho de Francisco de Sousa Tavares e de Sophia de Mello Breyner Andresen, uma grande

poetisa.

A primeira profissão exercida pelo autor foi advocacia, durante doze anos. O autor escreve

essencialmente crónicas e reportagens. Em 1997, escreveu um conto infantil chamado “O

segredo do rio”.

Atualmente, trabalha no jornal Expresso, na TVI e no jornal “A Bola”.

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Dia da Hispanidade No dia 13 de outubro, celebrou-se o Día de la Hispanidad.

Numa perspetiva comemorativa, foi proposto aos alunos que

fizessem um trabalho alusivo ao tema, na disciplina de espanhol,

começando por fazer uma investigação que respondesse a algu-

mas questões que surgiram nas aulas, nomeadamente e a título

de exemplo, o que seria concretamente o Dia da Hispanidade, a

razão da efeméride, regiões de comemoração e o seu impacto na

cultura dos países hispanófobos. Do interesse dos alunos pelo

tema nasceram vários cartazes e variadas apresentações em

PowerPoint. As apresentações multimédia foram, depois, apre-

sentadas no polivalente do Colégio com música ambiente, espa-

nhola, claro está!

A julgar pelas questões que foram colocadas, aquando da apre-

sentação dos trabalhos no polivalente, por outros alunos que não

frequentam a disciplina, poderá entender-se que os trabalhos

surtiram o efeito esperado, infor-

mando acerca da efeméride e sus-

citando a curiosidade para esse

universo linguístico e cultural que é

a língua espanhola.

Sempre a acelerar

no Dia Europeu das Línguas

O Centro de Informação Europe Direct de Aveiro, no âmbito das comemora-

ções do Dia Europeu das Línguas, celebrado a 26 de setembro, promoveu

um peddy-paper para assinalar a data e sublinhar a elevada importância da

aprendizagem das línguas numa Europa a 27, que se pretende cada vez

mais unida.

A representação do Colégio D. José I esteve a cargo da turma do 1.º ano do

Curso de Educação e Formação de Jovens de Mecânica de Veículos Ligei-

ros, que se dividiu em três equipas de cinco alunos cada.

Findos os 90 minutos de duração da prova e analisados os resultados, o

vencedor, entre as 17 escolas participantes, foi o Colégio D. José I, mais propriamente a equipa laranja.

Do dia, para além do entusiasmo e de uma tarde diferente, ficaram, também, os prémios de participação e, enquanto vencedores,

dois dicionários de línguas para marcar o momento para a posteridade.

No dia 10 de outubro, os alunos da turma de Mecânica de Veícu-

los Ligeiros do Curso de Educação e Formação de Jovens deslo-

caram-se às instalações do Diário de Aveiro, em Aveiro.

O primeiro momento da visita foi preenchido com uma visita guia-

da às próprias instalações da redação do Diário de Aveiro, tendo

os alunos ficado a conhecer as diferentes secções do diário avei-

rense e analisado vários

jornais.

Depois, seguiu-se uma

visita à rádio Aveiro FM,

que incluiu uma breve con-

versa com a locutora de

serviço, Maria João, e com

os nossos alunos a serem

convidados para fazer uma

entrevista em direto.

No dia 17 de outubro, a

atividade continuou, des-lll—-

ll ll ll ll ll ll ll ll ll ll ll ll ll l ll ll ll ll ll ll ll ll ll ll ll ll ll ll

ta vez cabendo aos mesmos alunos receber o Diá-

rio de Aveiro, mais propriamente a Ana Génio. O

objetivo desta visita foi a redação de uma notícia.

A Ana Génio trouxe títulos de notícias, a partir dos quais os

alunos redigiram a sua própria notícia, sempre respeitando a

sua estrutura.

No final, os alunos leram os textos que redigiram e compara-

ram-nos com os textos originais.

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UM OLHAR SOBRE... LETRINHAS

Pequenos escritores!

2.º ano

Que coisa esquisita!

Se eu estou feliz,

sai tudo a preceito:

o trabalho, as fichas, os jogos

e assim tudo a eito.

Sei perfeitamente

todo o meu trabalho,

não há que espantar.

Mas se estou distraído,

Que coisa esquisita:

esqueço tudo,

tropeço nos problemas,

dou respostas erradas

e sei que pareço tolinho.

Ponho-me a pensar:

que é que me fará

assim tantas vezes

só atrapalhar.

Os alunos do 2.º ano

Em janeiro, como ovos moles de Aveiro

Em fevereiro, pesco no ribeiro

Em março, vou ao circo ver o palhaço

Em abril, faço frango de caril

Em maio, lanço o papagaio

Em junho, a corrida ganho

Em julho, cresce o milho

Em agosto, como entrecosto

Em setembro, estudo o dobro

Em outubro, dói-me o ombro

Em novembro, de tudo me esqueço e de

nada me lembro

Em dezembro, as prendas abro.

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Em Formação Cívica,

decidimos trabalhar

ao longo do ano leti-

vo num grande proje-

to que se chama

“Escola Aberta –

acessibilidade para

todos”.

Desde então, temos

falado sobre a escola

como espaço de inclusão de crianças especiais, ou seja, a esco-

la como espaço aberto a todos, sejam quais forem as suas

necessidades.

Sabendo que o nosso Colégio tem uma Oficina de Língua Ges-

tual, decidimos convidar a professora responsável para nos expli-

car o que é ser surdo numa escola e também para nos ensinar

alguns gestos.

Então, no dia 17 de novembro, a nossa turma recebeu a sua

visita, que para nós foi muito importante.

Fizemos perguntas, aprendemos o alfabeto, aprendemos os

meses e ouvimos como é possível e simples a inclusão dos aaagggggggggggggggggggggggggggggggggggggggggggggggaa

alunos surdos nas escolas.

Foi realmente um momento importante para nós, e, de certeza,

que não esqueceremos tudo o que ouvimos e aprendemos.

Outra atividade que estamos a fazer e que nos está a trazer

muita alegria é a leitura de pequenos contos às turmas do 1.º

Ciclo.

Esta atividade permite-nos treinar a nossa leitura e capacidade

de expressão, assim como realizar atividades diferentes daque-

las que fazemos normalmente. Assim, todas as sextas-feiras,

durante alguns minutos do nosso intervalo da manhã, estare-

mos a ler para os mais pequenos.

A Sociedade Portuguesa de Matemática (SPM) está a organizar,

este ano letivo, as XXX Olimpíadas Portuguesas de Matemáti-

ca.

A primeira eliminatória decorreu no dia 9 de novembro de 2011,

às 15.30H e com uma duração de duas horas.

As Olimpíadas Portuguesas de Matemática são disputadas nas

categorias Pré-Olimpíadas, Júnior, Categoria A e Categoria B.

As Pré-Olimpíadas são destinadas a alunos

que frequentam o 5.º ano de escolaridade, a

categoria Júnior é destinada aos alunos dos

6.º e 7.º anos de escolaridade, a Categoria A

é destinada a alunos que frequentam os 8.º e

9.º anos de escolaridade e a Categoria B é

destinada aos alunos do ensino secundário.

No Colégio, que só realizou as provas Pré-

-Olimpíadas, Júnior e Categoria A, inscreve-

ram-se vinte e quatro alunos na Categoria

Pré-Olimpíadas, vinte alunos na categoria

Júnior e dezassete alunos na Categoria A. Realizaram a prova

dezanove, dezassete e catorze alunos, respetivamente, nas

categorias Júnior e Categoria A. No total realizaram a prova

cinquenta alunos.

A realização das provas decorreu nas salas 26, 28 e 30, sob a

vigilância de professores que lecionam a disciplina de matemá-

tica no Colégio.

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LETRINHAS UM OLHAR SOBRE... 24

1.º ano

No dia 23 de novembro, os alunos do 1.º ano

decidiram meter a mão na massa e mostrar

os seus dotes culinários e artísticos na

preparação de maravilhosos “cake pops”. Foi

delicioso observar a motivação dos alunos e

o seu empenho na preparação destes chupa-

-chupas de bolo de chocolate.

Dia do animal

Com o intuito de consciencializar os alunos para a

importância de proteger os animais e para os cuidados a

ter com estes, a turma do 1.º ano e os seus amiguinhos do

Pré-Escolar comemoraram o Dia do Animal no parque

Infante D. Pedro, participando com entusiasmo nas

atividades promovidas pela Câmara Municipal de Aveiro.

O contato próximo com diversos animais foi, para os

alunos, o momento mais motivador e empolgante.

5

O Dia Nacional da Cultura Científica comemora-se a 24 de novembro

e foi instituído em 1997, em homenagem a Rómulo de Carvalho, pro-

fessor, metodólogo, investigador e autor de manuais escolares, de

livros de divulgação científica e de poesia, estes últimos sob o pseudó-

nimo de António Gedeão.

Este dia foi também comemorado no Colégio D. José I, com um con-

junto de atividades dinamizadas pelos docentes do Departamento de

Ciências Exatas, que tiveram como principais objetivos sensibilizar os

alunos para a importância da ciência e das suas aplicações na socie-

dade, fomentar o gosto pelo estudo das ciências, promover o contacto

com as novas tecnologias, especificamente da informação e multimé-

dia, com vista a uma melhor integração na sociedade do futuro,

fomentar o gosto pelo trabalho experimental, desenvolver o espírito

científico e dar a conhecer alguns recursos minerais.

Durante a manhã, o laboratório esteve aberto a toda a comunidade

educativa, tendo sido, também, visitado

por algumas turmas do 1.º Ciclo. Aqui,

os alunos puderam observar preparações de

células ao microscópio ótico, o funcionamen-

to de diferentes órgãos e sistemas do corpo

humano, modelos atómicos e experiências

químicas.

No período de almoço, dinamizaram-se

jogos matemáticos e realizou-se um work-

shop de fotografia digital.

Ao longo do dia, realizou-se uma Feira de

Minerais, onde os alunos puderam apreciar

e adquirir diferentes rochas, minerais e fós-

seis, bem como peças de bijutaria contendo

amostras de minerais.

Homem

Inútil definir este animal aflito.

Nem palavras,

nem cinzéis,

nem acordes,

nem pincéis

são gargantas deste grito.

Universo em expansão.

Pincelada de zarcão

desde mais infinito a menos infinito.

António Gedeão, in Movimento Perpétuo

Amostra sem valor

Eu sei que o meu desespero não interessa a ninguém.

Cada um tem o seu, pessoal e intransmissível:

com ele se entretém

e se julga intangível.

Eu sei que a Humanidade é mais gente do que eu,

sei que o Mundo é maior do que o bairro onde habito,

que o respirar de um só, mesmo que seja o meu,

não pesa num total que tende para infinito.

Eu sei que as dimensões impiedosos da Vida

ignoram todo o homem, dissolvem-no, e, contudo,

nesta insignificância, gratuita e desvalida,

Universo sou eu, com nebulosas e tudo.

António Gedeão

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LETRINHAS UM OLHAR SOBRE... 23

Neste ano letivo, o Colégio assumiu um compromisso com as

famílias e os alunos, implementando um conjunto de ofertas

educativas que vêm enriquecer e transformar o Pré-Escolar,

contribuindo assim para uma educação de maior qualidade.

A oferta é constituída por cinco oficinas: “Mini Chefs”,

“Experimentar brincando”, “Eu e Tu às Sextas”, “Preparação

para a transição para o 1.º Ciclo”, “Desenvolvimento artístico” e

“Oficina da música”, sendo os dois últimos lecionados por

professores especializadas nas áreas.

Os alunos têm agora a oportunidade de vivenciar inúmeras

experiências, de realizar várias descobertas em diferentes

campos e adquirir conhecimentos que enriquecem o seu crescimento e os preparam para o

futuro.

Em cada uma das oficinas, as nossas crianças colocam mãos à obra desde a confeção de uma

receita deliciosa, à compreensão das leis da natureza através da realização de experiências,

passando pela sensibilização dos sons e melodias ou por uma explosão de criatividade e

sensibilidade estética. Existem ainda momentos em que o grupo partilha as suas opiniões e

ideias sobre a relação com o outro e é notável o empenho dos mais velhos na sua preparação

para um novo ciclo.

Esta novidade educativa no Colégio tem tido uma aceitação positiva pelos pais que

demonstram um enorme empenho, contribuindo com materiais, ideias e participação na

confeção de uma receita no atelier de culinária.

O Colégio marca assim a sua presença no universo educativo, tornando-se uma mais valia na

preparação dos nossos alunos e contribuindo para a sua construção cognitiva e social.

… com a culinária … com as ciências … com arte

Oficinando...

… com a música … “Eu e Tu às Sextas” … com a matemática

Pré-Escolar 6

Para comemorar o 22.º aniversário da Declaração Universal dos Direitos da Criança, o 9.ºA dedicou

uma aula de Formação Cívica ao visionamento e discussão de uma curta-metragem da coletânea

“Crianças Invisíveis”. A curta-metragem escolhida foi “Tanza”.

Esta leva-nos a África e começa com um grupo de guerrilheiros armados, a maioria dos quais ainda

crianças, a correr contra o sol. Num confronto com militares, um destes jovens é atingido e acaba por

morrer, segundo ele, porque “teve medo”. Tanza, a personagem principal, não tem medo de encarar

um exército de frente. Porém, quando chega a uma aldeia totalmente desfeita e abandonada, afasta-se

do grupo e vai direito a uns esconderijos onde guarda os seus maiores tesouros: os seus brinquedos.

Ao chegar à aldeia alvo que esta milícia pretende atacar, Tanza inveja umas crianças que brincam na rua.

À noite, durante o ataque, Tanza é encarregue de colocar uma bomba-relógio num edifício, que afinal é uma escola.

Ao som do “tic… tic… tic…” da bomba, Tanza observa tudo o que o rodeia num misto de inveja e curiosidade: os brinquedos, um

globo terrestre, uma fotografia dos alunos, o quadro onde estão registadas algumas questões para o dia seguinte, …

Por fim, Tanza decide sentar-se numa das cadeiras, descalça as botas e deita a cabeça sobre a bomba. Ouve-se um último “tic”

seguido de silêncio. Tanza, lavado em lágrimas, fecha os olhos e sorri.

Acaba o filme. Subentende-se o desfecho.

O visionamento desta curta-metragem cumpriu o seu objetivo: conseguiu, de facto, chamar

a nossa atenção para a realidade, infelizmente ainda muito atual, de muitas crianças, em

África. O filme dá voz a essas crianças, tornando-as visíveis e, ao mesmo tempo, mostran-

do os seus sentimentos e histórias na primeira pessoa. “Tanza” simboliza, de forma muito

expressiva, todas as crianças que não têm salvaguardados os seus direitos, nomeadamen-

te o direito à proteção, o direito à educação e o direito a brincar.

Faz-nos pensar nas nossas próprias vidas.

Faz-nos refletir sobre tudo o que temos por garantido.

Faz-nos valorizar as oportunidades que nos foram dadas.

Já agora: as perguntas que estavam no quadro eram “Quem escreveu o Livro da Selva?”, “Quantas pessoas vivem em África?” e

“Qual é a capital da França?”.

Antes de se sentar, Tanza escreveu no quadro as respostas corretas: “R. Kipling”, “800 milhões” e “Paris”.

Susana Pereira (diretora de turma) e alunos do 9.ºA

Oficina de atividades da vida diária Os alunos com necessidades educativas especiais de caráter permanente, que usufruem de um currículo específico individual, têm,

neste ano letivo, novas valências no seu currículo, com o objetivo de o tornar o mais funcional possível. Assim, na oficina de ativi-

dades da vida diária, foram abordados, utilizando metodologias práticas e

dinâmicas, temas como a alimentação, a higiene corporal, os sistemas do

corpo humano, a família e as suas tradições. Com a abordagem destas temá-

ticas pretende-se desenvolver a autonomia destes alunos no cuidado a ter

com o seu corpo, relativamente à higiene, alimentação, saúde, bem como

ajudar a promover atitudes e valores que facilitem a convivência em socieda-

de. Dado que outro dos objetivos desta oficina consiste na promoção de com-

petências essenciais a uma vida independente, ainda neste período, estes

alunos deslocar-se-ão a uma estação de correios, acompanhados pela pro-

fessora de educação especial e pela psicóloga escolar, para se familiarizarem

com o processo de envio de uma carta.

Educação Especial e Serviço de Psicologia e Orientação

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LETRINHAS UM OLHAR SOBRE... 22

Suplemento Infantil - Pré-Escolar e 1.º Ciclo

Letrinhas

O primeiro dia de aulas e o regresso à escola é sempre um momento bastante

importante e significativo na vida dos nossos alunos. Com o intuito de tornar o

momento único e inesquecível, a educadora e as professoras do 1.º ciclo prepararam

uma surpresa para as suas crianças.

Logo pela manhã, assim que chegaram ao Colégio, os olhinhos dos alunos brilharam

repletos de espanto, animação e entusiasmo, não só por reverem os seus colegas e

professores, como também pelo enorme insuflável que esperava por eles.

Como lembrança deste dia, os alunos elaboraram uma moldura, para onde poderão

olhar sempre que lhes apetecer recordar os seus colegas e este dia magnífico.

.... com muita alegria

E assim se iniciou o nosso ano letivo...

7

A nossa Biblioteca está diferente!

Desde o início do ano letivo, têm sido muitas as novidades, desde a mudan-

ça do espaço físico, passando pela dinamização semanal de atividades

(concursos, passatempos, jogos, projeção de filmes) até à aquisição de

novos materiais, incluindo jogos lúdico-didáticos.

Outra das grandes novidades é que, ao participares nas diferentes ativida-

des, poderás enriquecer o teu saber e ainda ganhar prémios, pois a Bibliote-

ca criou para ti um cartão, que acumula pontos ao participares nas diversas

atividades e, no final do ano letivo, recebes um prémio. Pede já o teu junto de

um funcionário da Biblioteca.

Ao longo deste primeiro período letivo, foram muitas as atividades desenvol-

vidas pela Biblioteca e que contaram com a adesão de bastantes alunos,

sobretudo do 2.º Ciclo. Assim, no dia 25 de outubro, a Biblioteca organizou

um Bibliopaper “À

procura do livro per-

dido” de forma a

assinalar o Dia da Biblioteca Escolar. Nos dias 26 de outubro e 7 de dezem-

bro, os alunos puderam assistir a uma sessão de cinema com direito a pipo-

cas. Os filmes escolhidos foram “That’s what I am” e “O Mágico”. No dia 15

de novembro, comemorámos o Dia Nacional da Língua Gestual, através de

inúmeros materiais que a professora Ana Catarina Maio trouxe. Os alunos

puderam aperceber-se da diferença entre língua e linguagem gestual, assim

como aprender, em língua gestual, o alfabeto, as cores, os nomes de ani-

mais, entre outros.

O mês de novembro foi um mês em grande para os pais dos nossos alunos

e não só… Para a concretização da atividade “Pais em cena”, convidámos

pais a vir ao Colégio, a fim de criar um mundo de ilusão e fantasia, através

da leitura de histórias encantadas. A nossa Biblioteca tornou-se num espa-

ço pequeno para tantos ouvintes.

Em suma, resta-nos salientar que todas as

atividades desenvolvidas visam, essencial-

mente, fomentar o estímulo dos alunos pelo

livro e pela leitura, bem como pelo espaço

Biblioteca, como local de estudo e de aprendi-

zagem lúdica.

Vem visitar-nos, pois as novidades não fica-

ram por aqui. São mui-

tas as surpresas que

estamos a preparar

para todos. Não deixes

de nos visitar diaria-

mente!

Page 8: Marnoto_Dezembro2011

O MARNOTO O MARNOTO

DEZEMBRO 2011 DEZEMBRO 2011

DAR VOZ A... UM OLHAR SOBRE... 21 8

Estratégias para pais

O distúrbio de hiperatividade e défice de atenção (DHDA) consis-

te numa síndrome que causa prejuízos ao próprio e aos outros

em pelo menos dois contextos diferentes (geralmente em casa e

na escola/trabalho). Entre 3% e 6% das crianças em fase escolar

foram diagnosticadas com este problema. Entre 30 a 50% dos

casos persistem até à idade adulta.

O Dicionário de Saúde Mental atual (DSM IV) subdivide o DHDA

em três tipos:

DHDA com predomínio de sintomas de desatenção

(comete, frequentemente, erros por descuido; tem dificulda-

de em concentrar-se; é desorganizado; perde frequentemen-

te objetos…);

DHDA com predomínio de sintomas hiperatividade/

impulsividade (tem dificuldade em permanecer sentado, fala

demais, tem dificuldade em esperar pela sua vez, intromete-

-se nas conversas/brincadeiras dos outros…);

DHDA combinado (com sintomas das duas anteriores).

Os principais fatores identificados como causa são uma susceti-

bilidade genética em interação direta com fatores ambientais. Os

processos de atenção, motivação e planeamento ficam compro-

metidos, relacionando-se indiretamente com a doença.

Sabe-se, atualmente, que a área do cérebro envolvida neste pro-

cesso é a região frontal (parte da frente do cérebro) responsável

pela inibição do comportamento, pela atenção sustentada, pelo

autocontrolo e pelo planeamento do futuro.

Estas crianças são facilmente rotuladas de mal-educadas. Exis-

tem algumas estratégias que os pais e adultos que lidam com a

criança podem pôr em prática para ajudá-la. Para começar, os

pais devem analisar as caraterísticas da criança e refletir sobre a

tipologia das reações familiares face aos problemas actuais da

mesma. Para facilitar este processo, os pais podem tentar des-

crever as caraterísticas da criança, bem como as suas caraterís-

ticas e o impacto/consequências que o comportamento do filho

tem nas suas vidas. Esta reflexão deve servir para perceber que

comportamentos dos pais estão a manter os sintomas da crian-

ça.

Para além desta reflexão, os pais devem estar familiarizados

com algumas técnicas de intervenção que levam à modificação

de comportamentos:

Reforço social/verbal: dar elogios; prestar atenção aos

comportamentos adequados, verbalizando-os; recorrer ao

contato físico afetivo…

Utilizar o tempo especial: tempo em que é dada à criança

a oportunidade de escolher uma atividade para realizar

com os pais. Nesse período (que pode não exceder os 10

minutos diários) a atenção dos pais deve estar exclusiva-

mente focada na criança e nas suas competências positi-

vas;

Tipologia de ordens: devem ser dadas em frases curtas,

claras, imperativas, concisas e terminar pela chave

(repetição);

Definir, de forma muito clara, as regras que a criança

deve cumprir e os castigos a que está sujeito;

Ignorar as respostas inapropriadas (passíveis de ser igno-

radas, isto é, que não sejam lesivas para o próprio nem

para outros);

Estabelecimento de um sistema de créditos: a criança

ganha pontos/fichas/ peças sempre que cumpre o estabe-

lecido e, no final, ganha um prémio (combinado entre os

pais e a criança). A partir de certa altura, podem descon-

tar-se pontos quando a criança incorre num comportamen-

to desadequado (mas, também ele, previamente definido);

Introdução do TIME-OUT: quando a criança apresenta um

comportamento desadequado, deve ser, sistematicamen-

te, encaminhada para um local pobre em estímulos, onde

deve permanecer uns minutos.

Estas técnicas devem inicialmente utilizar-se em ambientes

familiares e só depois ser generalizadas para locais públicos.

Maria Manuel Figueiral (Serviço de Psicologia e Orientação)

e Andreia Pinho (Educação Especial)

Distúrbio de hiperatividade e défice de atenção

A manhã do dia 7 de novembro reuniu, à volta da fogueira, todo

o Colégio D. José I para a comemoração do “Guy Fawkes Day”.

Na atividade, foram queimados os espantalhos construídos

pelos alunos, numa alusão ao soldado católico inglês que partici-

pou na "conspiração da pólvora” (Gunpowder Plot), na qual pre-

tendiam assassinar o rei protestante Jaime I de Inglaterra e

todos os membros do parlamento, durante uma sessão, em

1605, de forma a iniciar um levantamento católico. Guy Fawkes

era o responsável por guardar os barris de pólvora que seriam

utilizados para explodir o Parlamento do Reino Unido, durante a

sessão. Porém, a conspiração foi desarmada e após o seu inter-

rogatório e tortura, Guy Fawkes foi executado na forca por eeeeeee

traição e tentativa de assassinato. Os restantes conspiradores

acabaram por ter o mesmo destino. A sua captura é celebrada

no dia 5 de novembro na "Noite das Fogueiras" (Bonfire Night).

No dia 29 de setembro, o Colégio abriu as suas portas ao projeto Mundo

Brilhante, mais propriamente ao psicólogo Alfredo Leite, que veio dinamizar

uma atividade de pré-leitura das obras “O segredo do rio” (destinada aos

alunos dos 2.º e 3.º anos) e “O cavaleiro da Dinamarca” (destinada aos alu-

nos do 7.º ano).

Com esta ação, pretendeu-se motivar os discentes para a leitura e estudo

das referidas obras, uma vez que irão ser objeto de abordagem nas aulas de

Língua Portuguesa.

COMEMORAÇÃO DO DIA DE S. MARTINHO

O Clube Verde, que tem ao seu encargo o cultivo da “Horta do Xavier”, não podia deixar de celebrar o São

Martinho. Assim, no dia 8 de novembro, ao final da tarde, realizou um magusto, onde se assaram as tradi-

cionais castanhas e se proporcionou a toda a comunidade educativa um momento de convívio.

LENDA DE SÃO MARTINHO

Martinho nasceu entre o ano de 315 e

317 em Sabaria, atualmente território

da Hungria. Era filho de um soldado do

exército romano e acabou por seguir a profissão do pai.

Num dia frio e chuvoso de inverno, perto da localidade francesa

de Amiens, Martinho ia a cavalo quando viu um mendigo com

um ar miserável e quase sem roupa. Como não tinha nenhuma

moeda para lhe dar, Martinho cortou a sua capa ao meio e deu

metade ao mendigo, para ele se agasalhar. Reza a lenda que o

mendigo seria Jesus, o qual, depois de ter recebido metade da

capa de Martinho, fez com que a chuva parasse e o sol apare-

cesse. A partir desse dia, Martinho sentiu-se um homem novo e

decidiu afastar-se da vida militar. Com o tempo, as suas prega-

ções e a sua vida simples fizeram dele um homem considerado

Santo e seguido por muitas pessoas, tendo sido aclamado Bis-kkk

po de Tours em 371. São Martinho faleceu no dia 8 de novem-

bro, mas as cerimónias fúnebres só aconteceram a 11 de

novembro, tendo o seu culto começado logo após a sua morte.

Hoje em dia, em Portugal, as festas em honra de São Martinho

não passam sem os magustos, onde não faltam as castanhas

assadas, o vinho novo e a jeropiga ou a água-pé.

Page 9: Marnoto_Dezembro2011

O MARNOTO O MARNOTO

DEZEMBRO 2011 DEZEMBRO 2011

A SABER... DE OLHO NOS CLUBES... 9 20

Clube de Xadrez Um Clube Novo no Colégio

É com enorme satisfação que nos apresentamos nesta primeira

aparição no jornal “O Marnoto”. Já fazia falta no Colégio o Clube

de Xadrez e o seu propósito de, através de uma atividade lúdica,

ajudar os alunos a estruturar o seu raciocínio, tornando-o mais

metódico, ágil e concentrado.

Os objetivos no imediato são modestos: consolidar nos alunos

participantes um sentimento de conjunto, aprender as regras

básicas do jogo e, principalmente, levá-los a considerar o xadrez

como uma atividade extremamente divertida.

Em Portugal, o xadrez encontra-se em franca expansão, apesar

de ainda não ser muito divulgado. Esperamos que os nossos

alunos assumam a tarefa de, junto das suas famílias, o divulgar e

fazer dele uma alternativa aos jogos eletrónicos e sua redutora

individualidade.

O xadrez não é um jogo recente, de facto existem diversas len-

das associadas à sua aparição. A mais famosa atribui a criação

do xadrez a um jovem indiano chamado Sessa. Há muitas cente-

nas de anos, reinava numa província indiana um Rajá que havia

perdido o seu único filho em batalha.

O Rajá andava em constante depressão e sem energia para se

dedicar aos assuntos do seu reino. Certo dia, este Rajá foi visita-

do por Sessa, que apresentou o seu tabuleiro com 64 casas

brancas e negras e diversas peças, representando a infantaria, a

cavalaria, carros de combate, condutores de elefantes, o princi-

pal Vizir e o próprio Rajá.

Sessa explicou que a prática do jogo daria ao Rajá conforto

espiritual e a cura para a sua inter-

minável depressão, o que de facto

acabou por acontecer. O Rajá,

agradecido, quis agraciar Sessa e,

para isso, sugeriu-lhe que fizesse

um pedido como recompensa pela

sua invenção. Sessa, ao princípio

recusou, mas perante a insistência

do Rajá, pensou um pouco e aca-

bou por responder que aceitava um

grão de trigo pela primeira casa do tabuleiro, dois pela segunda,

quatro pela terceira e assim sucessivamente até à sexagésima

quarta casa.

O Rajá, espantado com a modéstia do pedido, ordenou que

assim fosse e que se processasse o pedido de Sessa. Todavia,

os sábios do Rajá ficaram boquiabertos quando calcularam a

quantidade em causa. Esta havia atingido toda a safra do Reino

para os próximos 2000 anos, portanto uma quantia manifesta-

mente impossível de obter dada a sua exorbitância!

O Rajá, impressionado com a inteligência de Sessa, convidou-o

para ser o principal conselheiro do Reino, tendo Sessa voltado

atrás no seu pedido, satisfeito pelo reconhecimento do Rajá das

suas capacidades. Esta será, talvez, a lenda mais comum para

explicar o aparecimento do xadrez, uma vez que não se pode

provar a sua origem com exatidão.

Sabe-se hoje, no entanto, e de acordo com a maioria dos inves-

tigadores, que as origens do xadrez estejam de facto, algures,

na região onde hoje se situa a Índia, tendo aparecido por volta

do século VI a. C..

Porquê é que a água do mar é salgada?

A água dos oceanos é salgada por vários motivos e têm várias origens:as

rochas da crosta vão-se desgastando por erosão e há uma parte dissolvida

desse material que é transportada para o oceano pelos rios.

As erupções vulcânicas submarinas libertam substâncias voláteis tais como

dióxido de carbono, cloro e sulfato. A chuva formou cursos de água que

iam dissolvendo lentamente rochas ricas em cloreto de sódio, nas quais o

sal comum é encontrado em abundância, e transportado para o oceano

pelos rios. E isso tudo acontecendo durante centenas de milhões de anos.

Se gostas de surf, lê isto!

Os primeiros relatos do surf dizem que ele foi introduzido no Havai pelo rei polinésio

Thaito. Mas oficialmente o primeiro facto concreto que revelou a existência do des-

porto foi feito pelo navegador James Cook, que descobriu o arquipélago do Havai e

viu os primeiros surfistas em ação.

Na época, o navegador gostou do desporto por se tratar de uma forma de relaxa-

mento, mas a Igreja Protestante desencorajou por mais de 100 anos a prática do

surf. O reconhecimento mundial veio com o campeão olímpico de natação e pai do

surf moderno, o havaiano Duke Paoa Kahanamoku. Ao vencer os jogos de 1912,

em Estocolmo, o atleta disse ser um surfista e passou a ser o maior divulgador do desporto no mundo. Com isso, o arquipélago e o

desporto passaram a serem reconhecidos internacionalmente.

Após a vitória nas Olimpíadas, Duke introduziu o desporto nos Estados Unidos e na Austrália com grande sucesso. O sucesso do

desporto foi tão grande que hoje em dia é um dos mais praticados em todo o mundo. Os filmes no cinema e a publicidade na televi-

são foram fundamentais para a exposição da modalidade. Atualmente a ASP (Associação dos Surfistas Profissionais) é quem

regulamenta e traça as diretrizes do desporto. Os maiores surfistas do mundo disputam anualmente o WCT (World Championship

Tour) e daí sagra-se o campeão mundial.

José Machado, Clube de Jornalismo e Fotografia

O ano do morcego 2011-2012 O Ano do Morcego coincide em 2011 com o Ano Internacional das Florestas. Neste contexto, pretende-se a preservação de popula-

ções viáveis de morcegos, bem como o equilíbrio dos ecossistemas em bosques e florestas.

Muitas espécies de morcegos são polinizadoras e dispersam sementes de muitas árvo-

res em florestas tropicais e temperadas, ajudando assim à regeneração e à manuten-

ção do meio florestal que corresponde a cerca de um terço da superfície terrestre do

planeta. Apesar de, em Portugal, isto não acontecer a uma escala tão elevada, os mor-

cegos continuam a ser fundamentais para o equilíbrio dos ecossistemas em meio flo-

restal.

A associação entre os morcegos e as florestas é particularmente forte nas espécies

arborícolas, ou seja, as espécies que se abrigam em cavidades ou sob a casca de

árvores. No entanto, todas as espécies de morcegos podem utilizar diversos tipos de florestas naturais e seminaturais para se ali-

mentarem, explorando muitas vezes áreas específicas em meio florestal, como charcos, linhas de água ou clareiras, onde os inse-

tos tendem a ser mais abundantes.

A distribuição, diversidade e densidade de morcegos depende do tipo de floresta e de como esta é gerida. É assim fundamental

adotar medidas que permitam compatibilizar a exploração de produtos florestais e a preservação ou mesmo melhoria do estado de

conservação das populações de morcegos.

Leila Pimentel, Clube de Jornalismo e Fotografia

Page 10: Marnoto_Dezembro2011

O MARNOTO O MARNOTO

DEZEMBRO 2011 DEZEMBRO 2011

A SABER... DE OLHO NOS CLUBES... 19 10

Clube da Matemática: vamos jogar o

jogo do Semáforo?

Conheces o jogo “Semáforo”? É um dos jogos que costumamos jogar no Clube da Matemática…

Além de ser muito simples de jogar, exige muito pouco material e facilmente o consegues construir!

Ensinamos-te tudo o que precisas saber!

Material

8 peças verdes, 8 amarelas e 8 vermelhas e um tabuleiro como o que se apresenta ao lado.

Objetivo do jogo

Ser o primeiro a conseguir uma linha de 3 peças da mesma cor na horizontal, na vertical ou

na diagonal.

Regras

O jogo realiza-se no tabuleiro, inicialmente vazio. As peças são colocadas ao lado do tabu-

leiro e são partilhadas por ambos os jogadores.

Os jogadores jogam alternadamente e, em cada jogada, cada jogador realiza uma das

seguintes ações:

- Coloca uma peça verde num quadrado vazio;

- Substitui uma peça verde do tabuleiro por uma peça amarela;

- Substitui uma peça amarela do tabuleiro por uma peça vermelha.

De notar que as peças vermelhas não podem ser substituídas por nenhuma outra. Isto significa que o jogo tem sempre um fim. À

medida que o tabuleiro fica com peças vermelhas, é inevitável que surja uma linha de 3 peças.

Nenhuma jogada é reversível, ou seja, não pode ser desfeita.

Nos diagramas seguintes usam-se as cores branca, cinzenta e preta para representar respe-

tivamente o verde, o amarelo e o vermelho.

O seguinte diagrama mostra uma situação com três possibilidades de vitória imediata:

- Substituir a peça verde na casa a3 por uma amarela (consegue-se uma linha vertical de

amarelas);

- Substituir a peça amarela na casa d1 por uma vermelha (consegue-se uma linha diagonal

de vermelhas);

- Colocar uma peça verde na casa c1 (consegue-se uma linha diagonal de verdes).

O exemplo seguinte é de um fim de partida. Se analisarmos o tabuleiro, verificamos que já

só restam duas jogadas que não levam à derrota.

Consegues descobrir quais são?

Aparece no Clube da Matemática!

Vem jogar connosco!

Solução: Colocar uma peça verde na casa b1 ou substituir a peça verde na casa d2 por uma amarela.

Este ano, e para não escapar à tendência verificada nos últimos tempos, o Clube da Guitarra teve uma procu-

ra muito elevada, pois são cada vez mais os alunos que querem aprender a tocar guitarra. Cerca de 19 alu-

nos aceitaram o desafio e, com mais ou menos jeito, lá se vão dedicando ao árduo esforço de fazer a guitar-

ra produzir sons agradáveis, estando cada dia mais próximos do grande objetivo: produzir música. É certo

que a paciência, a dedicação e a persistência são ingredientes fundamentais para que a música possa sur-

gir do instrumento que os seus regaços acolhem.

Mas há muito caminho pela frente. Há muitas horas de prática ainda por vir. É necessário continuar, não

desistir, porque essa atitude desenvolve em nós capacidades que, às vezes, pensamos não ter. A persistên-

cia do querer é que vai fazer o projeto chegar a bom porto.

Clube da

G U I T A R R

A

O dia internacional das pessoas com deficiência é uma data comemorativa

internacional promovida pela Organização das Nações Unidas desde 1998,

com o objetivo de promover uma maior compreensão dos assuntos concer-

nentes à deficiência e para mobilizar a defesa da dignidade, dos direitos e o

bem estar das pessoas. Procura também aumentar a consciência dos benefí-

cios trazidos pela integração das pessoas com deficiência em cada aspeto da vida política, social, económica e cultural. A cada ano

o tema deste dia é baseado no objetivo do exercício pleno dos direitos humanos e da participação na sociedade, estabelecido pelo

Programa Mundial de Ação a respeito das pessoas com deficiência, adotado pela Assembleia Geral da ONU em 1982.

Prémio Sanofi Oncologia

Cancro do ovário: Investigadores portugueses premiados

A Sociedade Portuguesa de Oncologia (SPO) e a multinacional farmacêutica Sanofi premiaram um estudo na área do cancro do ová-

rio desenvolvido por uma equipa de investigadores do IPO do Porto, que analisou a interferência de uma molécula inflamatória com o

prognóstico desta patologia, o tumor mais letal nas mulheres.

O estudo “conduzido no IPO do Porto, juntamente com o grupo de oncologia molecular, foi retrospetivo em termos de colheita e de

reunião de dados, e demorou um ano a ser feito, tendo estudado uma molécula inflamatória associada ao desenvolvimento do carci-

noma epitelial, da qual foram encontradas duas variantes genéticas.” O estudo desta molécula inflamatória que contribui para a for-

mação de novos vasos que alimentam o tumor “serve para percebermos se esta variação genética tem impacto ao nível da doença

em termos de prognóstico, de sobrevivência e em termos de resposta às terapêuticas que se fazem”, afirma a investigadora.

Recorde-se que o “Prémio Sanofi Oncologia” foi criado em 2005 e tem como objectivo incentivar a investigação, destacando o

melhor trabalho desenvolvido em Portugal na área da oncologia. Na edição de 2011 foram avaliados seis estudos.

In Portal da Pessoa com Deficiência

Mariana dos Louros, Clube de Jornalismo e Fotografia

1- Utilizar alimentos de qualidade: limpos e frescos;

2- Tomar sempre o pequeno-almoço;

3- Incluir nas refeições alimentos de todos os sectores da roda

dos alimentos, nas proporções por ela sugeridas;

4- Variar o mais possível de alimentos;

5- Não passar mais de três horas e meia sem comer;

6- Evitar alimentos com muito sal;

7- Evitar alimentos açucarados (bolos, rebuçados, refrigeran-

tes, etc.);

8- Evitar os fritos ou ementas com muita gordura;

13- Consumir diariamente sopa;

14- Preferir pão escuro (mistura de centeio e trigo) do tipo

saloio ao pão mais branco (trigo).

Eva Dias, Clube de Jornalismo e Fotografia

Page 11: Marnoto_Dezembro2011

O MARNOTO O MARNOTO

DEZEMBRO 2011 DEZEMBRO 2011

DE OLHO NOS CLUBES... OFICINA DA HISTÓRIA 11 18

Outro ano no Colégio D. José I e nova temporada de Robótica à nossa espera! Este ano, o

Clube conta com um novo espaço e com novos alunos que, naturalmente, com as suas ideias

vêm enriquecer o Clube, trazendo uma nova dinâmica!

Mas nem todos os elementos são novos! Os que já faziam parte da equipa, no ano passado ou

em anos anteriores, têm tido um papel fundamental nesta nova equipa, ao ajudarem na inte-

gração, que se pretende ser tão natural, quanto possível, dos novos colegas. O espírito do

Clube, os dinamizadores, os objetivos e as competições também se mantêm intactas. Como

sempre, o Clube começará por preparar a participação no próximo Festival Nacional de Robótica (Robótica 2012), cuja realização

está prevista para meados do mês de abril de 2012c em Guimarães, no Pavilhão Multiusos local. A nossa participação passará pela

presença nas provas de Dança/Teatro Juniores, Seguimento de Pista e Busca e Salvamento Júnior. Esta competição constitui sem-

pre um “trampolim” para o evento mundial para as equipas melhores classificadas nas suas provas. Apesar de difícil, não deixa de

nos fazer sonhar com uma possível presença do nosso Clube, repetindo os feitos alcançados em 2004, em Lisboa, e em 2005, em

Osaka, no Japão.

Em cada prova, os robôs são testados em situações diversas, as quais, para além do objetivo lúdico da construção e programação

destas máquinas, servem também para testar novas tecnologias que permitam facilitar o nosso quotidiano.

Quanto às competições de Dança/Teatro, estas traduzem-se nas mais interessantes e abertas à criatividade de cada participante.

Cada equipa terá de explorar as potencialidades do seu robô, a versatilidade, a maneabilidade, a rapidez, a estrutura e sincroniza-

ção com a música e/ou com os próprios elementos da equipa. A prestação de cada equipa terá por base o nível da programação, a

qualidade da construção, a originalidade da indumentária e coreografia, bem como o nível do entretenimento conseguido.

No que toca ao Seguimento de Pista, tal como o próprio nome indica, a tarefa do robô passa por cumprir um trajeto pré-definido,

utilizando para o efeito um conjunto de sensores de luz que, através de infravermelhos, permitem ao robô identificar a linha que defi-

ne a pista. Esta prova é composta por vários níveis de dificuldade, os quais passam pela colocação de obstáculos no caminho do

robô (rampas, interrupção da linha da pista, objetos a contornar,…) e a prestação da equipa passa, obviamente, pela rapidez na

execução do percurso, bem como no seu cumprimento integral. A nossa equipa tentará ainda programar o robô para estar apto a

competir na prova Busca e Salvamento. Esta prova é complementar à do Seguimento de pista, uma vez que o robô, para além ter

de cumprir um trajeto, terá também de procurar e detetar “vítimas” (cartolinas prateadas) dispostas ao longo da pista. Dadas as suas

caraterísticas, esta prova engloba um conjunto de técnicas mais elaboradas que as usadas nas provas anteriores, constituindo

assim um desafio mais aliciante, mas ao mesmo tempo mais difícil.

A criatividade consiste apenas em perceber o que já esta lá. Sabias que

os sapatos direito e esquerdo só foram inventados há pouco mais de um século?"

Bernice Fitz-Gibbon

Olá a todos! Cá esta-

mos nós por cá mais

uma vez e este ano

somos mais de vinte!

Uma sala cheia! Iniciá-

mos o ano letivo com a

arrumação, a organização dos nossos materiais e

a decoração da nossa caixa individual de trabalho.

Este período, estamos a trabalhar com serapilhei-

ra e feltro. Coser serapilheira nem sempre é tarefa

fácil… mas nós, os Art&Manhosos, somos pes-

soas persistentes! Deixamos-te algumas ideias!

Mãos à obra!

Porque podemos aprender a brincar, então brinca!

As Reformas Religiosas

Os humanistas criticaram a situação da Igreja Católica. Conheces as suas propostas refor-

mistas?

Completa o texto.

Martinho Lutero: Por que razão o ____________ não edifica ele, com o seu próprio

dinheiro, a Basílica de S. Pedro, em vez de utilizar o dos pobres fiéis? As indulgências só

têm um mérito: o de acrescentar ______________. Todo o cristão tem direito à remissão

dos seus _______________ mesmo sem ______________ e indulgências. Só a

___________ nos dá justiça, liberdade e felicidade. A única fonte da Fé é pois a

__________ e deve ser chefe da Igreja do seu país e não o Papa.

O triunfo das Revoluções Liberais Coloca no devido lugar os números relativos aos acontecimentos.

A Revolução Francesa A Revolução Francesa significou o fim do Antigo Regime e tornou-se o símbolo das revoluções liberais. E quais foram os primeiros movimentos revolucionários? Completa as palavras cruzadas.

pecados bulas Bíblia fiéis Papa fé dinheiro

Horizontais

1. Significou a queda do

poder político

2. Assembleia de deputa-

dos do Terceiro Estado

3. Regime instituído em

França que limita o poder

do rei pela Constituição

4. Consagrado Imperador

em 1804

5. Representantes da

pequena burguesia

Verticais

1. Reunião realizada

em 1789

2. Representantes da

grande burguesia

3. Fase da revolução

de cariz popular

4. Exigência de modali-

dade de votação do 3º

Estado

5. Modalidade de vota-

ção defendida pela

nobreza

Page 12: Marnoto_Dezembro2011

O MARNOTO O MARNOTO

DEZEMBRO 2011 DEZEMBRO 2011

TALLER DE ESPAÑOL DE OLHO NOS CLUBES... 17 12

Era uma vez um Cavaquinho

Era uma vez um Cavaquinho que vivia em cima de

um armário onde o seu dono o tinha deixado há mui-

tos e muitos anos. Antigamente, o seu dono tocava-o

todas as noites em festas e romarias, onde os rapa-

zes namoriscavam as raparigas. Muitas vezes, ao meio da semana, o

seu dono, às escondidas da patroa, catrapiscava-o para animar uma

“festaça”, só porque uns rapazolas tinham ido às sortes (inspeção médi-

ca militar).

Tempos bonitos e saudosos em que o dono do Cavaquinho o cuidava

com esmero. Tinha cuidado com a humidade e o calor, nunca faltando

carrinhos de cordas suplentes (o n.º 6, o n.º 9 e o n.º 10), bem como as

unhas postiças do indicador e do polegar.

Sabem... (pensava o Cavaquinho em melodias tocadas de mansinho), o

meu dono tinha certa graça e mantínhamos uma certa relação de com-

panheirismo, onde a palavra amizade se escrevia com punhos de ren-

da. Quantas vezes lhe pedi que me fizesse um saquinho de retalhos ou

de cordel, para me preservar do frio. Sim porque um estojo… só para

gente endinheirada. Mas, o Ti Zé nunca foi na conversa.

Onde ele tinha mais graça era quando me metia pela boca dentro os

carrinhos e as unhas que retirava quando a

“festança” estava de “vento em popa”. Como

tenho uma boca em raia, o entrar era simples

mas o sair, já não digo o mesmo. Há histórias de

se lhe tirar o chapéu.

Não sei se já alguma vez viu mudar uma corda a

um Cavaquinho? Quando a arte é do Violeiro,

que possui o “zingarelho” necessário e o calo da

experiência, tudo é simples, mas o meu dono,

Deus benza a sua alma, não tinha jeitinho ne-

nhum para estas andanças. Quando a “prima”, a

minha, ou seja a 1.ª corda, a mais fina e delica-

da se passava da cabeçorra, isto é se finava, o

meu dono ficava pior que uma barata, ou seja

fora de validade. Como quem manda no Cava-

quinho é a prima, que remédio senão fazer a sua substituição. Que se

dane a “bailação” porque o tocador deu cabo da “prima”. […[

Entretanto o meu dono, com um pente e calos de enxada, enrolava o

“lacete” para que a corda do carrinho n.º 10 desse voz de soprano à

minha gostosa “prima”. Estrebuchava o “carrilão” de modo a que esta

gostosa dama gritasse quando soltava a tonalidade de Mi. Também era

o que faltava se a minha prima não gostasse de “Mi”. […]

Quantas histórias, eu Cavaquinho, tenho para vos contar. Foi numa

noite de março que o meu dono se finou. Entre a tragédia e o estar,

fiquei sem saber se a vida continuava com o sabor do sentir. Nós so-

mos um povo… não sei se sabiam? É que já vi chorar por não saber rir

e já vi rir por não ter lágrimas. Sabem, é que eu Cavaquinho, sou do

tempo em que apareceu uma caixinha de madeira dita de Telefonia que

contava ditos e reditos, tristezas e “toledos” da Guerra de 1914 a 1918.

O meu dono era de outras andanças e para essa velhaca, eu sempre

tive “varejo” para dar e vender. Depois a caixa humanizou-se e não só

falava como tinha bonecos. Eram homens e mulheres, presidentes e

ramaldeiras, fazia rir e chorar e eu sentia-me abandonado. Agora, aqui

estou eu à procura de um novo dono já que os meus novos proprietá-

rios me olham com desprezo, não entendendo a minha necessidade de

ser um instrumento musical.

Se puder aprenda-me a tocar. Talvez possamos viver o amor com cará-

ter de urgência, ou simplesmente ser bons amigos.

Autor: José Lúcio Ribeiro de Almeida (www.jose-lucio.com)

É bem verdade!

O ano letivo começou e, com ele, quase 45 alunos fizeram a sua inscrição no Clube. Perante

este facto, os professores responsáveis viram-se “obrigados” a fazer provas de seleção, divididas em várias audições.

Tratou-se de um processo cansativo, mas também divertido, uma vez que os alunos apresentaram algumas atuações bem conse-

guidas e com bastante qualidade.

Assim, e após as provas de seleção, optou-se pela formação de dois grupos de trabalho: a classe dos iniciados e a classe dos

intermédios, que irão apresentar num futuro próximo os seus trabalhos. Refira-se que, em virtude do número elevado de alunos a

frequentar o Clube, o Colégio D. José I adquiriu material áudio específico, nomeadamente um microfone sem fios. Sem dúvida uma

mais valia para o nosso Clube.

En casa

La fiesta de la Navidad se distingue fundamentalmente por ser una fiesta familiar. El 24 de di-

ciembre se llama Nochebuena y después de cenar mucha genta va a la Misa de Gallo a media-

noche. Todas las familias españolas celebran la Cena de Nochebuena. La comida típica de

esta cena es el "Pavo de Navidad". La comida se acompaña con un numeroso y variado surtido

de dulces de Navidad como por ejemplo: roscos de vino, mantecados, polvorones, alfajores,

hojaldrinas, mazapanes, peladillas y los famosos turrones.

El turrón es un dulce rico que está hecho de una mezcla de miel y almendras.

Hoy existen muchísimas variedades de turrones: turrón de almendra, de chocolate, de frutas, de yemas de huevo.

Villancicos

Cuando se termina la cena se suele cantar Villancicos, son canciones alusivas a la Navidad con instrumentos especiales como son

la zambomba, pandereta, palillos y el almirez.

Nochevieja

La otra cena importante es la de Nochevieja, esta cena es mas abierta que la anterior, pues a ella asisten también amigos.

También hay grupos de amigos que organizan una cena con un baile posterior que dura hasta la mañana siguiente. A las doce de la

noche cuando se tocan las doce campanadas es costumbre tomar en cada campanada una uva. Si lo consigues se dice que será un

buen año con éxito y suerte.

Los Reyes Magos

Otra característica de la Navidad Española es el día de víspera del 6 de enero de Re-

yes Magos.

Es una fiesta típica para los niños. El día 5 de enero se celebra la "Cabalgata de los

Reyes Magos", que significa un gran desfile formado por carrozas muy bien adornadas

con motivos de la Navidad y también de figuras de los cuentos infantiles. Los niños

disfrutan muchísimo de este desfile. Cuando termina la Cabalgata, los padres mandan

a los niños a dormir.

Cuando duermen los Reyes Magos les traen los juguetes y naturalmente al día si-

guiente los niños se levantan muy temprano para ver los regalos que han traído.

Ya con la fiesta de Reyes Magos, se dan por finalizadas las fiestas de la Navidad. ¿Qué significa "atinada"? Frase de Papá Noel a niños malos. (¡A tí nada!)

Entro al médico y señalando con el dedo en varias partes del cuerpo le digo: -Me duele aquí y aquí y este sitio. Aquí también ¿qué me ocurre doctor? Se me queda mirando muy serio y me dice.... -Que tiene el dedo roto.

Entra un hombre corriendo al hospital y le dice al médico: -Señor, ¿no sabe en qué sala está mi amigo el que lo atropelló un tren? Y el doctor le contesta: -Sí, está en la sala 56 , 57 , 58 y 59

Voy al mercado, me compro una bella y cuando llego a mi casa, me pongo a llorar con ella.

Blanca soy, del mar nací ricos y pobres se sirven de mi.

cebolla

sal

Page 13: Marnoto_Dezembro2011

O MARNOTO O MARNOTO

DEZEMBRO 2011 DEZEMBRO 2011

DE OLHO NOS CLUBES... 13 16

Novas aragens em matéria de informática... Este novo ano letivo trouxe algumas novidades ao Colégio, sendo o Clube Multi-

média uma dessas boas novas. O Clube funciona à terça-feira, entre as 16.30h e

as 18.00h, sendo o espaço indicado para começares a tomar contacto com as

novas tecnologias. Desde o início deste ano letivo que o Clube tem vindo a dar

os seus passos, contando, para já, com 11 elementos. Os trabalhos começaram com a aprendizagem de uma nova ferramenta, o

Publisher, onde os alunos puderam produzir alguns folhetos alusivos ao clube. Já se trabalhou também com o vídeo e a fotografia,

estando para breve as primeiras apresentações multimédia para todo o Colégio. Em breve teremos algumas novidades!

Todos os participantes deste Clube partilham entre si o gosto pelas novas tecnologias, pelo vídeo, pela fotografia e, como não

podia deixar de ser, pela Internet. Mas, mesmo neste caso, as boas práticas são trabalhadas no Clube Multimédia, onde os alunos

têm aprendido algumas técnicas de pesquisa e de conversa na Web. Por fim, o trabalho mais visível do Clube Multimédia foi a

publicação da edição n.º 4 do Boletim Informativo do Colégio D. José I, repleto de imagens e sensações boas, vividas em pleno

Colégio.

Por isso já sabes, se quiseres trabalhar o teu gosto pelas novas tecnologias, o Colégio tem o espaço perfeito para ti.

O fim de um mito… Steve Jobs O mundo das tecnologias ficou mais pobre. No passado dia 5 de outubro, Steve Jobs, o fundador da Apple morreu, com 56 anos,

depois de anos com vários problemas de saúde, entre os quais

um tipo raro de cancro do pâncreas. Homem dotado de rara inteli-

gência, subiu a pulso na sua vida. Steve Jobs fundou a Apple, aos

21 anos, e ajudou a criar a indústria dos computadores pessoais.

Foi despedido da empresa e chefiou o estúdio que criou Toy

Story, o primeiro filme de animação moderno. Foi coordenador

executivo da Apple até agosto, cargo que tinha desde 1997, ano

em que regressou à empresa e a salvou de uma situação difícil,

lançando-a numa série de sucessos consecutivos. Pelo caminho,

mudou o mundo da música e dos telemóveis.

Steven Paul Jobs nasceu a 24 de fevereiro de 1955, em São

Francisco, na Califórnia. Tanto o pai (um sírio a estudar ciência

política) como a mãe (uma universitária americana) acharam que

eram muito novos para o criar. Foi adotado por um casal de clas-

se média que morava em Mountain View, também na Califórnia. A

partir daí, a sua vida foi rodeada de muitos estudos e dedicação à

causa tecnológica. Célebres ficaram algumas das suas frases: “A morte é muito provavelmente a melhor invenção da vida”,

“Computadores são como bicicletas para a nossa mente”, “Nascemos, vivemos por um momento breve e morremos. Tem sido

assim há muito tempo. A tecnologia não está a mudar muito este cenário” e “Para se ter sucesso, é necessário amar de verdade o

que se faz. Caso contrário, levando em conta apenas o lado racional, tu simplesmente desis-

tes. É o que acontece com a maioria das pessoas.”

Homem que ficou na história, não só pelo que disse como pelo que fez, sendo da sua auto-

ria o famoso Mac e os mais recentes IPhone, que, geração atrás de geração, permitem colo-

car nas nossas mãos toda a tecnologia e o poder de tornar o mundo mais pequeno. Perdeu-

-se uma mente brilhante, mas a sua inteligência e trabalho irão perdurar para a eternidade .

Os alunos do Clube Multimédia

L’ ATELIER DU FRANÇAIS

«C’est un surdoué!» Peut-être as-tu déjà entendu cette expression? En fait, c’est la mesure du

quotient intellectuel qui permet de dire si un enfant est surdoué ou pas. Mais, c’est quoi, ce quo-

tient intellectuel ou ce QI?

Sais-tu comment on mesure le QI d’une personne?

Grâce à un test: une série d’exercices qui portent sur le langage, la mémoire, la rapidité et la logi-

que.

Les résultats de ce test sont compris entre 40 et 160. Le niveau moyen en France est de 100.

Cela veut dire que la moitié de la population est au-dessus de 100 et l’autre moitié au-dessous.

Car on peut calculer le QI de tout le monde!

Comment le QI est-il né?

Le QI a été inventé en 1905 par des psychologues français. Ils ont mis au point ce test pour détecter les élèves en difficulté.

L’armée américaine s’est ensuite servie du test du QI pour sélectionner ses soldats. Ceux dont le QI était le plus élevé étaient direc-

tement nommés aux postes de chefs! Les autres devenaient de simples soldats.

Le QI est-il un test fiable?

Les scientifiques sont de plus en plus critiques. Ils trouvent ce test un

peu limité car il ne mesure pas la créativité d’une personne. Par exem-

ple, des enfants extrêmement doués en dessin ou en musique obtien-

nent des résultats moyens à ce test! De plus, des chercheurs britan-

niques viennent de découvrir que le QI d’une personne n’est pas tou-

jours au même niveau. À la période de l’adolescence: le QI peut perdre

ou gagner plus de 20 points! Plus le cerveau est stimulé, plus il aurait

de chances de gagner des points. Une très bonne nouvelle pour les

amateurs de sudoku!

Sur cette photo, tu peux voir l’œuvre d’un artiste belge: un cerveau humain posé sur une paire de chaussures! Drôle d’idée?

Mais sache que pour étudier notre QI, les scientifiques étudient toutes les parties de notre cerveau. Rien ne leur échappe!

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O MARNOTO O MARNOTO

DEZEMBRO 2011 DEZEMBRO 2011

ENGLISH WORKSHOP OFICINA DO PORTUGUÊS 15 14

T omas Tranströmer, poeta, psicólogo e tradutor sueco foi o vencedor do Prémio Nobel da Literatura de 2011. Este ano, este prémio, que tem o valor monetário de dez milhões de coroas suecas, cerca de 1,1 milhões de

euros, premiou novamente um poeta, facto que não acontecia desde 1996, ano em que foi eleita a poetisa polaca Wislawa Szymborska. A academia sueca anunciou como justificação para a atribuição do prémio que Tranströmer mereceu a distinção "porque, através das suas imagens condensadas e translúcidas, dá-nos um aces-so fresco à realidade". Tomas Tranströmer nasceu em Estocolmo em 1931. Na sua infância, passou muitos verões na ilha de Runmarö, o que veio a inspirar diretamente a matriz dos seus poemas, bem como o seu interesse pela pintura, música, arqueologia e ciências naturais em geral. O galardoado começou cedo a escrever, tinha 13 anos e andava na escola de latim Södra. Foi influenciado pelas leituras de poe-sia, género que começou a apreciar.

O seu primeiro livro foi publicado quando tinha 23 anos (17 dikter - 17 Poemas, 1954). Os seus poemas são construídos a partir da sua própria experiência, das perce-ções psicológicas e inter-pretações metafísicas do seu mundo. Em 1997, a cidade operá-ria de Vaesteraas, onde viveu 30 anos, antes de regressar a Estocolmo nos anos 1990, criou o Prémio Tranströemer, em sua homenagem. Em 1990, Tranströmer sofreu um acidente vascular cerebral que lhe afetou a fala, deixando-o parcialmente afásico e hemi-plégico. Contudo, continua a escrever, tendo desde então publi-cado três obras. Tomas Tranströmer é um poeta que tem uma produção peque-na, tendo ao todo cerca de 15 obras numa longa carreira dedi-cada à escrita. Vencedor de numerosos prémios literários, como o Prémio Literário do Conselho Nórdico, em 1990, escre-ve a maior parte da sua obra em verso livre. O seu universo literário descreve um imaginário de magia, assumindo o surreal lugar de destaque para além de temas como a morte, a história, a memória e é conhecido pelas suas metáforas. Traduzida em mais de 60 línguas, Tranströmer não tem obra traduzida em português. No entanto, está representado na cole-tânea 21 poetas suecos, editada pela Vega, em 1981. Neste livro, escreveu dois poemas: “Lisboa”, onde o poeta sueco des-taca elementos típicos das zonas históricas da capital portugue-sa, e “Funchal”, onde destaca o mar, a receita atlântica do pei-xe com tomate e a "língua estranha". O poeta vive, atualmente, numa ilha da Suécia.

Prémio Nobel da Literatura 2011

LISBOA

No bairro de Alfama os elétricos amarelos cantavam nas subidas. Havia duas prisões. Uma delas era para os gatunos. Eles acenavam através das grades. Eles gritavam. Eles queriam ser fotografados! "Mas aqui", dizia o revisor e ria baixinho, maliciosamente, "aqui sentam-se os políticos". Eu vi a fachada, a fachada, a fachada e em cima, a uma janela, um homem, com um binóculo à frente dos olhos, espreitando para além do mar. A roupa pendia no azul. Os muros estavam quentes. As moscas liam cartas microscópicas. Seis anos mais tarde, perguntei a uma dama de Lisboa: Isto é real, ou fui eu que sonhei?

Tomas Tranströmer, in 21 poetas suecos

Here are some tips which may help you!

Speak without fear

The biggest problem most people face in learning a new lan-

guage is their own fear. They worry that they won’t say things

correctly or that they will look stupid so they don’t talk at all. Don’t

do this. The fastest way to learn anything is to do it – again and

again until you get it right. Like anything, learning English re-

quires practice. Don’t let a little fear stop you from getting what

you want.

Use all of your resources

Even if you study English at school it doesn’t mean you can’t

learn outside of class. Using as many different sources, methods and tools as possible, will allow you to learn faster. There are many

different ways you can improve your English, so don’t limit yourself to only one or two. The internet is a fantastic resource for virtually

anything, but for the language learner it's perfect.

Surround yourself with English

The absolute best way to learn English is to surround yourself with it. Take notes in English, put English books around your room,

listen to English language radio broadcasts, watch English news, movies and television. Speak English with your friends whenever

you can. The more English material that you have around you, the faster you will learn and the more likely it is that you will begin

“thinking in English”.

Watch English Films and Television

This is not only a fun way to learn but it is also very effective. By watching English films (especially those with English subtitles) you

can expand your vocabulary and hear the flow of speech from the actors. If you listen to the news you can also hear different ac-

cents.

Listen to English Music

Music can be a very effective method of learning English. In fact, it is often used as a way of improving comprehension. The best way

to learn is to get the lyrics (words) to the songs you are listening to and try to read them as the artist sings. There are several good

internet sites where one can find the words for most songs. This way you can practice your listening and reading at the same time.

And if you like to sing, fine.

Study As Often As Possible!

Only by studying things like grammar and vocabulary and doing exercises, can you really improve your knowledge of any language.

Finally

Have fun!

What do elves learn in school?

[The Elf-abet!]

Mom, can I have a dog for Christmas?

[No, you can have turkey like everyone else.]

What do you call a cat on the beach at Christmastime?

[Sandy Claws!]

Why did Santa spell Christmas N-O-E?

[Because the angel had said, "No L!"]

Who is never hungry at Christmas?

[The turkey, he is always stuffed.]

What do you call people who are afraid of Santa Claus?

[Claustrophobic.]