Marnoto_Dezembro2011
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O MARNOTO O MARNOTO
DEZEMBRO 2011 DEZEMBRO 2011
JORNAL ESCOLAR N.º 39
DEZEMBRO 2011 ◊ COLÉGIO D. JOSÉ I ◊ SANTA JOANA ◊ 3810-284 AVEIRO ◊ TELF: 234 310 351 ◊ FAX: 234 311 996 ◊ 1 MARNOTO
Linguagem de amor Numa sociedade marcada pelo tecnológico em que todos os aparelhos desenvolvem funcionalidades baseadas no toque, sem teclas
e à distância, sinto, cada vez mais, que nos afastamos da sensibilidade. Usamos o tátil como interface, mas fugimos do essencial: a
sensibilidade.
Esta é a subtileza da busca, do procurar conhecer. Não o conhecimento mesquinho e interesseiro da “cusquice”, mas a busca do
amigo, do colega, do confidente, do “fiel depositário” das nossas preocupações, angústias, sonhos e projetos. A nossa sensibilidade
fica, muitas vezes, ofuscada pela máquina, pela técnica.
A nossa sociedade lê demasiados artigos e ouve demasiados estudiosos sobre as formas como criar laços, unir as pessoas, juntá-
-las no mesmo ideal. Mas isso não vai só com livros e grandes dissertações. Os amigos encontram-se, falam, comunicam, transmi-
tem emoções e desabafos, bem como questões profundas e amargamente inquietantes… que depois de contadas, passam a estar
partilhadas, corresponsabilizadas.
Por muitos livros e estudos ou conferências que interiorizemos, temos de ir ao encontro, temos de dar o primeiro passo. É que cada
um é único, logo um novo livro a descobrir, um novo turbilhão de emoções e de buscas que nos enriquecem e nos constroem.
Todos ouvimos dizer que o olhar não mente. É certo que esta forma de expressão não é fácil de iludir. Mas eu digo ainda mais: é no
toque sincero, no abraço sentido, no beijo vivo que medimos a força e a validade daquele que se aproxima de nós.
As tecnologias constroem pontes que ajudam a talhar novos caminhos, novos rumos e novos desafios. Mas, outras muitas vezes,
são entrave, são “mentira” escondida por trás de um nome ao qual não conseguimos “ver os olhos”. É uma história pessoal que se
procura, mas que sem a interação pessoal, sem ouvir o tom da voz, a intensidade das palavras ou a força do olhar, não nos permite
conhecê-la na sua plenitude.
Soluções? Sem procurar ser demasiado idealista, penso que temos de dar o primeiro passo: levantar da cadeira, deixar a comodida-
de e o anonimato da tecnologia e do conforto do meu espaço, e partir ao encontro do outro, onde ele está. Para quê? Para, com ele,
buscar ser mais, ir mais longe, sentir o seu apoio e a sua força.
O ideal do Natal é aquele que mais aproxima as pessoas e os povos. Atendendo ao conturbado dos tempos que vivemos, deixemos,
este ano, que aquilo que somos se sobreponha àquilo que podemos comprar. Pois, como dizia o Principezinho “não há fábricas de
amigos!”. Logo, como não se compra nem se vende, ousemos dar-nos.
Professor Sérgio Óscar
Professores Bem, os professores são daquelas pessoas que, às vezes, irri-
tam… Quando já todos perceberam o que é, por exemplo, uma
mesa, ainda estão a dizer que é uma tábua com quatro pernas.
E quando passam aqueles resumos, que não parecem resumos,
mas sim cópias retiradas de um livro de 1457 com 800 páginas,
e ainda nos dizem para não reclamarmos e que é pouca coisa!
Gosto quando eles estão a falar sobre uma árvore e, depois, já
estão a falar sobre um filme em que uma árvore caiu… e depois
ainda perguntam “Bem onde é que íamos? Com isto tudo já não
me lembro…”
O que me irrita é quando eles “dão uns ganda sermões”, e,
depois, ainda dizem que perderam metade da aula (eu sei que
quando eles dão os sermões, foi por causa dos alunos), mas
aqueles sermões… estão sempre a matutar no mesmo assunto.
Mas, o melhor desta coisa toda é que eles vão intervir no meu
futuro… portanto são boas pessoas…
Ana Patrícia Ayres, Clube de Jornalismo e Fotografia
28 DAR VOZ A...
O MARNOTO O MARNOTO
DEZEMBRO 2011 DEZEMBRO 2011
O NOSSO JORNAL
FICHA TÉCNICA
COLÉGIO D. JOSÉ I
RUA LUÍS DE CAMÕES SANTA JOANA
3810-284 AVEIRO TELEFONE: 234 310 351
FAX: 234 311 996 WWW.COLDJOSE1.PT
HTTP://COLDJOSE1.BLOGSPOT.COM WWW.FACEBOOK.COM
E-MAIL: [email protected]
ANO XIII - NÚMERO 39
DEZEMBRO 2011
COORDENAÇÃO
CARLA MOREIRA, MAGDA BARJONA MENDES E VASCO MENDES
REDAÇÃO
ANA PATRÍCIA AYRES, BÁRBARA MARQUES, CARLA MOREIRA, DINIS DA MOTA, EVA DIAS, JOSÉ
MACHADO, LEILA PIMENTEL, MAGDA BARJONA MENDES, MARIANA DOS LOUROS, TOMÁS ARADA E
VASCO MENDES
PAGINAÇÃO E ARRANJOS
GRÁFICOS
CARLA MOREIRA, MAGDA BARJONA MENDES E VASCO MENDES
EDITORIAL
Os presentes do presente
Vivemos tempos de pressa, tempos que se aceleram e, nesta celeridade,
silenciamos, muitas vezes, ainda que inadvertida e impensadamente, os
prodigiosos desafios que o presente nos oferece.
A sociedade presenteia-nos, cada vez mais, com um cem número de
instrumentos que nos facilitam o (re)traçar dos nossos objetivos e das nossas
ações no mundo.
A possibilidade de ser (e de ser de outro modo), a oportunidade de agir, e
consequentemente, a oportunidade do crescer humano e humanitário reside
no mais íntimo de cada um de nós, e a Educação é o lugar, por excelência, de
construção de uma matriz humanista das nossas vivências e,
consequentemente, da nossa história.
Neste presente que se veste e reveste de pressas, de incompreensões, de
desentendimentos, de crises e incertezas, a Educação assume-se, sem
sombra de dúvida, como o presente no qual a humanidade pode florescer,
como a possibilidade de aprender a cuidar de um futuro melhor.
Importa, pois, abraçar a possibilidade formativa oferecida pela inquietude deste
presente.
Na esteira de mais um ano letivo, assente na inconstância dos tempos, é nos
presentes que o presente nos oferece que um conjunto de olhares se vai
assentando: não há como construir um mundo mais humano se, cada um de
nós não arrogar a responsabilidade dos seus atos; não há como edificar um
mundo mais solidário se não nos posicionarmos, inteiros, perante os desafios;
não há como erguer um mundo mais afável e compreensivo se não
concedermos, a cada um de nós, a solidariedade e a confiança que o ser
humano merece.
Estes são os caminhos da Educação que defendemos, estes são os trilhos da
Escola que queremos e assumimos construir.
A Direcção Pedagógica
(Celeste Maria Machado e Jorge Daniel Arada)
LETRINHAS 2 27
4.º ano
Os alunos do 4.º ano andam muito
entusiasmados com tudo aquilo que
andam a aprender. Os projetos são uma
constante na sua rotina. Deixamo-vos
aqui algumas fotografias para partilhar
convosco o seu entusiasmo.
A pele
A pele
Dia Mundial da Alimentação
Os meninos e meninas do 4.º ano fizeram uma visita ao quartel dos
Bombeiros Velhos de Aveiro. Esta visita surgiu no âmbito do estudo
da temática “Regras de prevenção de incêndios nas florestas e em
edifícios”. Os alunos puderam ter algum conhecimento dos
diferentes espaços existentes num quartel e respetivas funções.
Tiveram também a possibilidade de observar os diferentes fatos e
instrumentos utilizados por estes profissionais na extinção de
incêndios, assim como de conhecer os diferentes tipos de veículos,
utilizados em diferentes situações de incêndio.
O MARNOTO O MARNOTO
DEZEMBRO 2011 DEZEMBRO 2011
LETRINHAS UM OLHAR SOBRE...
“CRESCER… comigo e com os outros”
No âmbito da disciplina de Seminário, as alunas estagiárias da
Universidade de Aveiro, Joana Tavares e Rita Gonçalves, que
estão a desenvolver a sua prática pedagógica na turma do 3.º
ano estão a desenvolver o projeto “CRESCER… comigo e
com os outros”. O objetivo deste projeto é desenvolver em
cada criança o interesse espontâneo pelo Outro, o reconheci-
mento dos seus próprios sentimentos e dos outros, conhecer as
suas características pessoais, as diferentes formas de relação
com os seus pares e a sensibilidade para com as necessidades,
perspetivas e sentimentos dos outros… e assim nasce o blog que podem conhecer em http://
crescercomigoecomosoutros.blogspot.com/, no qual se partilham os momentos mas sig-
nificativos das sessões. Aguardamos pela vossa visita, sugestões e comentários.
Ajudem-nos a crescer!
3.º ANO
Um poema… ao estilo de Eugénio
de Andrade
Faz de conta
- Faz de conta que sou um pássaro.
- Eu serei os ovos do ninho!
- Faz de conta que sou a primavera.
- Eu serei o verão!
Faz de conta que sou a França.
- Eu serei Paris!
Biografia de Miguel Sousa Tavares
Miguel Andresen de Sousa Tavares nasceu no dia 25 de junho de 1952, no Porto. Ele é
um escritor e jornalista português.
É filho de Francisco de Sousa Tavares e de Sophia de Mello Breyner Andresen, uma grande
poetisa.
A primeira profissão exercida pelo autor foi advocacia, durante doze anos. O autor escreve
essencialmente crónicas e reportagens. Em 1997, escreveu um conto infantil chamado “O
segredo do rio”.
Atualmente, trabalha no jornal Expresso, na TVI e no jornal “A Bola”.
3 26
Dia da Hispanidade No dia 13 de outubro, celebrou-se o Día de la Hispanidad.
Numa perspetiva comemorativa, foi proposto aos alunos que
fizessem um trabalho alusivo ao tema, na disciplina de espanhol,
começando por fazer uma investigação que respondesse a algu-
mas questões que surgiram nas aulas, nomeadamente e a título
de exemplo, o que seria concretamente o Dia da Hispanidade, a
razão da efeméride, regiões de comemoração e o seu impacto na
cultura dos países hispanófobos. Do interesse dos alunos pelo
tema nasceram vários cartazes e variadas apresentações em
PowerPoint. As apresentações multimédia foram, depois, apre-
sentadas no polivalente do Colégio com música ambiente, espa-
nhola, claro está!
A julgar pelas questões que foram colocadas, aquando da apre-
sentação dos trabalhos no polivalente, por outros alunos que não
frequentam a disciplina, poderá entender-se que os trabalhos
surtiram o efeito esperado, infor-
mando acerca da efeméride e sus-
citando a curiosidade para esse
universo linguístico e cultural que é
a língua espanhola.
Sempre a acelerar
no Dia Europeu das Línguas
O Centro de Informação Europe Direct de Aveiro, no âmbito das comemora-
ções do Dia Europeu das Línguas, celebrado a 26 de setembro, promoveu
um peddy-paper para assinalar a data e sublinhar a elevada importância da
aprendizagem das línguas numa Europa a 27, que se pretende cada vez
mais unida.
A representação do Colégio D. José I esteve a cargo da turma do 1.º ano do
Curso de Educação e Formação de Jovens de Mecânica de Veículos Ligei-
ros, que se dividiu em três equipas de cinco alunos cada.
Findos os 90 minutos de duração da prova e analisados os resultados, o
vencedor, entre as 17 escolas participantes, foi o Colégio D. José I, mais propriamente a equipa laranja.
Do dia, para além do entusiasmo e de uma tarde diferente, ficaram, também, os prémios de participação e, enquanto vencedores,
dois dicionários de línguas para marcar o momento para a posteridade.
No dia 10 de outubro, os alunos da turma de Mecânica de Veícu-
los Ligeiros do Curso de Educação e Formação de Jovens deslo-
caram-se às instalações do Diário de Aveiro, em Aveiro.
O primeiro momento da visita foi preenchido com uma visita guia-
da às próprias instalações da redação do Diário de Aveiro, tendo
os alunos ficado a conhecer as diferentes secções do diário avei-
rense e analisado vários
jornais.
Depois, seguiu-se uma
visita à rádio Aveiro FM,
que incluiu uma breve con-
versa com a locutora de
serviço, Maria João, e com
os nossos alunos a serem
convidados para fazer uma
entrevista em direto.
No dia 17 de outubro, a
atividade continuou, des-lll—-
ll ll ll ll ll ll ll ll ll ll ll ll ll l ll ll ll ll ll ll ll ll ll ll ll ll ll ll
ta vez cabendo aos mesmos alunos receber o Diá-
rio de Aveiro, mais propriamente a Ana Génio. O
objetivo desta visita foi a redação de uma notícia.
A Ana Génio trouxe títulos de notícias, a partir dos quais os
alunos redigiram a sua própria notícia, sempre respeitando a
sua estrutura.
No final, os alunos leram os textos que redigiram e compara-
ram-nos com os textos originais.
O MARNOTO O MARNOTO
DEZEMBRO 2011 DEZEMBRO 2011
UM OLHAR SOBRE... LETRINHAS
Pequenos escritores!
2.º ano
Que coisa esquisita!
Se eu estou feliz,
sai tudo a preceito:
o trabalho, as fichas, os jogos
e assim tudo a eito.
Sei perfeitamente
todo o meu trabalho,
não há que espantar.
Mas se estou distraído,
Que coisa esquisita:
esqueço tudo,
tropeço nos problemas,
dou respostas erradas
e sei que pareço tolinho.
Ponho-me a pensar:
que é que me fará
assim tantas vezes
só atrapalhar.
Os alunos do 2.º ano
Em janeiro, como ovos moles de Aveiro
Em fevereiro, pesco no ribeiro
Em março, vou ao circo ver o palhaço
Em abril, faço frango de caril
Em maio, lanço o papagaio
Em junho, a corrida ganho
Em julho, cresce o milho
Em agosto, como entrecosto
Em setembro, estudo o dobro
Em outubro, dói-me o ombro
Em novembro, de tudo me esqueço e de
nada me lembro
Em dezembro, as prendas abro.
25 4
Em Formação Cívica,
decidimos trabalhar
ao longo do ano leti-
vo num grande proje-
to que se chama
“Escola Aberta –
acessibilidade para
todos”.
Desde então, temos
falado sobre a escola
como espaço de inclusão de crianças especiais, ou seja, a esco-
la como espaço aberto a todos, sejam quais forem as suas
necessidades.
Sabendo que o nosso Colégio tem uma Oficina de Língua Ges-
tual, decidimos convidar a professora responsável para nos expli-
car o que é ser surdo numa escola e também para nos ensinar
alguns gestos.
Então, no dia 17 de novembro, a nossa turma recebeu a sua
visita, que para nós foi muito importante.
Fizemos perguntas, aprendemos o alfabeto, aprendemos os
meses e ouvimos como é possível e simples a inclusão dos aaagggggggggggggggggggggggggggggggggggggggggggggggaa
alunos surdos nas escolas.
Foi realmente um momento importante para nós, e, de certeza,
que não esqueceremos tudo o que ouvimos e aprendemos.
Outra atividade que estamos a fazer e que nos está a trazer
muita alegria é a leitura de pequenos contos às turmas do 1.º
Ciclo.
Esta atividade permite-nos treinar a nossa leitura e capacidade
de expressão, assim como realizar atividades diferentes daque-
las que fazemos normalmente. Assim, todas as sextas-feiras,
durante alguns minutos do nosso intervalo da manhã, estare-
mos a ler para os mais pequenos.
A Sociedade Portuguesa de Matemática (SPM) está a organizar,
este ano letivo, as XXX Olimpíadas Portuguesas de Matemáti-
ca.
A primeira eliminatória decorreu no dia 9 de novembro de 2011,
às 15.30H e com uma duração de duas horas.
As Olimpíadas Portuguesas de Matemática são disputadas nas
categorias Pré-Olimpíadas, Júnior, Categoria A e Categoria B.
As Pré-Olimpíadas são destinadas a alunos
que frequentam o 5.º ano de escolaridade, a
categoria Júnior é destinada aos alunos dos
6.º e 7.º anos de escolaridade, a Categoria A
é destinada a alunos que frequentam os 8.º e
9.º anos de escolaridade e a Categoria B é
destinada aos alunos do ensino secundário.
No Colégio, que só realizou as provas Pré-
-Olimpíadas, Júnior e Categoria A, inscreve-
ram-se vinte e quatro alunos na Categoria
Pré-Olimpíadas, vinte alunos na categoria
Júnior e dezassete alunos na Categoria A. Realizaram a prova
dezanove, dezassete e catorze alunos, respetivamente, nas
categorias Júnior e Categoria A. No total realizaram a prova
cinquenta alunos.
A realização das provas decorreu nas salas 26, 28 e 30, sob a
vigilância de professores que lecionam a disciplina de matemá-
tica no Colégio.
O MARNOTO O MARNOTO
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LETRINHAS UM OLHAR SOBRE... 24
1.º ano
No dia 23 de novembro, os alunos do 1.º ano
decidiram meter a mão na massa e mostrar
os seus dotes culinários e artísticos na
preparação de maravilhosos “cake pops”. Foi
delicioso observar a motivação dos alunos e
o seu empenho na preparação destes chupa-
-chupas de bolo de chocolate.
Dia do animal
Com o intuito de consciencializar os alunos para a
importância de proteger os animais e para os cuidados a
ter com estes, a turma do 1.º ano e os seus amiguinhos do
Pré-Escolar comemoraram o Dia do Animal no parque
Infante D. Pedro, participando com entusiasmo nas
atividades promovidas pela Câmara Municipal de Aveiro.
O contato próximo com diversos animais foi, para os
alunos, o momento mais motivador e empolgante.
5
O Dia Nacional da Cultura Científica comemora-se a 24 de novembro
e foi instituído em 1997, em homenagem a Rómulo de Carvalho, pro-
fessor, metodólogo, investigador e autor de manuais escolares, de
livros de divulgação científica e de poesia, estes últimos sob o pseudó-
nimo de António Gedeão.
Este dia foi também comemorado no Colégio D. José I, com um con-
junto de atividades dinamizadas pelos docentes do Departamento de
Ciências Exatas, que tiveram como principais objetivos sensibilizar os
alunos para a importância da ciência e das suas aplicações na socie-
dade, fomentar o gosto pelo estudo das ciências, promover o contacto
com as novas tecnologias, especificamente da informação e multimé-
dia, com vista a uma melhor integração na sociedade do futuro,
fomentar o gosto pelo trabalho experimental, desenvolver o espírito
científico e dar a conhecer alguns recursos minerais.
Durante a manhã, o laboratório esteve aberto a toda a comunidade
educativa, tendo sido, também, visitado
por algumas turmas do 1.º Ciclo. Aqui,
os alunos puderam observar preparações de
células ao microscópio ótico, o funcionamen-
to de diferentes órgãos e sistemas do corpo
humano, modelos atómicos e experiências
químicas.
No período de almoço, dinamizaram-se
jogos matemáticos e realizou-se um work-
shop de fotografia digital.
Ao longo do dia, realizou-se uma Feira de
Minerais, onde os alunos puderam apreciar
e adquirir diferentes rochas, minerais e fós-
seis, bem como peças de bijutaria contendo
amostras de minerais.
Homem
Inútil definir este animal aflito.
Nem palavras,
nem cinzéis,
nem acordes,
nem pincéis
são gargantas deste grito.
Universo em expansão.
Pincelada de zarcão
desde mais infinito a menos infinito.
António Gedeão, in Movimento Perpétuo
Amostra sem valor
Eu sei que o meu desespero não interessa a ninguém.
Cada um tem o seu, pessoal e intransmissível:
com ele se entretém
e se julga intangível.
Eu sei que a Humanidade é mais gente do que eu,
sei que o Mundo é maior do que o bairro onde habito,
que o respirar de um só, mesmo que seja o meu,
não pesa num total que tende para infinito.
Eu sei que as dimensões impiedosos da Vida
ignoram todo o homem, dissolvem-no, e, contudo,
nesta insignificância, gratuita e desvalida,
Universo sou eu, com nebulosas e tudo.
António Gedeão
O MARNOTO O MARNOTO
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LETRINHAS UM OLHAR SOBRE... 23
Neste ano letivo, o Colégio assumiu um compromisso com as
famílias e os alunos, implementando um conjunto de ofertas
educativas que vêm enriquecer e transformar o Pré-Escolar,
contribuindo assim para uma educação de maior qualidade.
A oferta é constituída por cinco oficinas: “Mini Chefs”,
“Experimentar brincando”, “Eu e Tu às Sextas”, “Preparação
para a transição para o 1.º Ciclo”, “Desenvolvimento artístico” e
“Oficina da música”, sendo os dois últimos lecionados por
professores especializadas nas áreas.
Os alunos têm agora a oportunidade de vivenciar inúmeras
experiências, de realizar várias descobertas em diferentes
campos e adquirir conhecimentos que enriquecem o seu crescimento e os preparam para o
futuro.
Em cada uma das oficinas, as nossas crianças colocam mãos à obra desde a confeção de uma
receita deliciosa, à compreensão das leis da natureza através da realização de experiências,
passando pela sensibilização dos sons e melodias ou por uma explosão de criatividade e
sensibilidade estética. Existem ainda momentos em que o grupo partilha as suas opiniões e
ideias sobre a relação com o outro e é notável o empenho dos mais velhos na sua preparação
para um novo ciclo.
Esta novidade educativa no Colégio tem tido uma aceitação positiva pelos pais que
demonstram um enorme empenho, contribuindo com materiais, ideias e participação na
confeção de uma receita no atelier de culinária.
O Colégio marca assim a sua presença no universo educativo, tornando-se uma mais valia na
preparação dos nossos alunos e contribuindo para a sua construção cognitiva e social.
… com a culinária … com as ciências … com arte
Oficinando...
… com a música … “Eu e Tu às Sextas” … com a matemática
Pré-Escolar 6
Para comemorar o 22.º aniversário da Declaração Universal dos Direitos da Criança, o 9.ºA dedicou
uma aula de Formação Cívica ao visionamento e discussão de uma curta-metragem da coletânea
“Crianças Invisíveis”. A curta-metragem escolhida foi “Tanza”.
Esta leva-nos a África e começa com um grupo de guerrilheiros armados, a maioria dos quais ainda
crianças, a correr contra o sol. Num confronto com militares, um destes jovens é atingido e acaba por
morrer, segundo ele, porque “teve medo”. Tanza, a personagem principal, não tem medo de encarar
um exército de frente. Porém, quando chega a uma aldeia totalmente desfeita e abandonada, afasta-se
do grupo e vai direito a uns esconderijos onde guarda os seus maiores tesouros: os seus brinquedos.
Ao chegar à aldeia alvo que esta milícia pretende atacar, Tanza inveja umas crianças que brincam na rua.
À noite, durante o ataque, Tanza é encarregue de colocar uma bomba-relógio num edifício, que afinal é uma escola.
Ao som do “tic… tic… tic…” da bomba, Tanza observa tudo o que o rodeia num misto de inveja e curiosidade: os brinquedos, um
globo terrestre, uma fotografia dos alunos, o quadro onde estão registadas algumas questões para o dia seguinte, …
Por fim, Tanza decide sentar-se numa das cadeiras, descalça as botas e deita a cabeça sobre a bomba. Ouve-se um último “tic”
seguido de silêncio. Tanza, lavado em lágrimas, fecha os olhos e sorri.
Acaba o filme. Subentende-se o desfecho.
O visionamento desta curta-metragem cumpriu o seu objetivo: conseguiu, de facto, chamar
a nossa atenção para a realidade, infelizmente ainda muito atual, de muitas crianças, em
África. O filme dá voz a essas crianças, tornando-as visíveis e, ao mesmo tempo, mostran-
do os seus sentimentos e histórias na primeira pessoa. “Tanza” simboliza, de forma muito
expressiva, todas as crianças que não têm salvaguardados os seus direitos, nomeadamen-
te o direito à proteção, o direito à educação e o direito a brincar.
Faz-nos pensar nas nossas próprias vidas.
Faz-nos refletir sobre tudo o que temos por garantido.
Faz-nos valorizar as oportunidades que nos foram dadas.
Já agora: as perguntas que estavam no quadro eram “Quem escreveu o Livro da Selva?”, “Quantas pessoas vivem em África?” e
“Qual é a capital da França?”.
Antes de se sentar, Tanza escreveu no quadro as respostas corretas: “R. Kipling”, “800 milhões” e “Paris”.
Susana Pereira (diretora de turma) e alunos do 9.ºA
Oficina de atividades da vida diária Os alunos com necessidades educativas especiais de caráter permanente, que usufruem de um currículo específico individual, têm,
neste ano letivo, novas valências no seu currículo, com o objetivo de o tornar o mais funcional possível. Assim, na oficina de ativi-
dades da vida diária, foram abordados, utilizando metodologias práticas e
dinâmicas, temas como a alimentação, a higiene corporal, os sistemas do
corpo humano, a família e as suas tradições. Com a abordagem destas temá-
ticas pretende-se desenvolver a autonomia destes alunos no cuidado a ter
com o seu corpo, relativamente à higiene, alimentação, saúde, bem como
ajudar a promover atitudes e valores que facilitem a convivência em socieda-
de. Dado que outro dos objetivos desta oficina consiste na promoção de com-
petências essenciais a uma vida independente, ainda neste período, estes
alunos deslocar-se-ão a uma estação de correios, acompanhados pela pro-
fessora de educação especial e pela psicóloga escolar, para se familiarizarem
com o processo de envio de uma carta.
Educação Especial e Serviço de Psicologia e Orientação
O MARNOTO O MARNOTO
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LETRINHAS UM OLHAR SOBRE... 22
Suplemento Infantil - Pré-Escolar e 1.º Ciclo
Letrinhas
O primeiro dia de aulas e o regresso à escola é sempre um momento bastante
importante e significativo na vida dos nossos alunos. Com o intuito de tornar o
momento único e inesquecível, a educadora e as professoras do 1.º ciclo prepararam
uma surpresa para as suas crianças.
Logo pela manhã, assim que chegaram ao Colégio, os olhinhos dos alunos brilharam
repletos de espanto, animação e entusiasmo, não só por reverem os seus colegas e
professores, como também pelo enorme insuflável que esperava por eles.
Como lembrança deste dia, os alunos elaboraram uma moldura, para onde poderão
olhar sempre que lhes apetecer recordar os seus colegas e este dia magnífico.
.... com muita alegria
E assim se iniciou o nosso ano letivo...
7
A nossa Biblioteca está diferente!
Desde o início do ano letivo, têm sido muitas as novidades, desde a mudan-
ça do espaço físico, passando pela dinamização semanal de atividades
(concursos, passatempos, jogos, projeção de filmes) até à aquisição de
novos materiais, incluindo jogos lúdico-didáticos.
Outra das grandes novidades é que, ao participares nas diferentes ativida-
des, poderás enriquecer o teu saber e ainda ganhar prémios, pois a Bibliote-
ca criou para ti um cartão, que acumula pontos ao participares nas diversas
atividades e, no final do ano letivo, recebes um prémio. Pede já o teu junto de
um funcionário da Biblioteca.
Ao longo deste primeiro período letivo, foram muitas as atividades desenvol-
vidas pela Biblioteca e que contaram com a adesão de bastantes alunos,
sobretudo do 2.º Ciclo. Assim, no dia 25 de outubro, a Biblioteca organizou
um Bibliopaper “À
procura do livro per-
dido” de forma a
assinalar o Dia da Biblioteca Escolar. Nos dias 26 de outubro e 7 de dezem-
bro, os alunos puderam assistir a uma sessão de cinema com direito a pipo-
cas. Os filmes escolhidos foram “That’s what I am” e “O Mágico”. No dia 15
de novembro, comemorámos o Dia Nacional da Língua Gestual, através de
inúmeros materiais que a professora Ana Catarina Maio trouxe. Os alunos
puderam aperceber-se da diferença entre língua e linguagem gestual, assim
como aprender, em língua gestual, o alfabeto, as cores, os nomes de ani-
mais, entre outros.
O mês de novembro foi um mês em grande para os pais dos nossos alunos
e não só… Para a concretização da atividade “Pais em cena”, convidámos
pais a vir ao Colégio, a fim de criar um mundo de ilusão e fantasia, através
da leitura de histórias encantadas. A nossa Biblioteca tornou-se num espa-
ço pequeno para tantos ouvintes.
Em suma, resta-nos salientar que todas as
atividades desenvolvidas visam, essencial-
mente, fomentar o estímulo dos alunos pelo
livro e pela leitura, bem como pelo espaço
Biblioteca, como local de estudo e de aprendi-
zagem lúdica.
Vem visitar-nos, pois as novidades não fica-
ram por aqui. São mui-
tas as surpresas que
estamos a preparar
para todos. Não deixes
de nos visitar diaria-
mente!
O MARNOTO O MARNOTO
DEZEMBRO 2011 DEZEMBRO 2011
DAR VOZ A... UM OLHAR SOBRE... 21 8
Estratégias para pais
O distúrbio de hiperatividade e défice de atenção (DHDA) consis-
te numa síndrome que causa prejuízos ao próprio e aos outros
em pelo menos dois contextos diferentes (geralmente em casa e
na escola/trabalho). Entre 3% e 6% das crianças em fase escolar
foram diagnosticadas com este problema. Entre 30 a 50% dos
casos persistem até à idade adulta.
O Dicionário de Saúde Mental atual (DSM IV) subdivide o DHDA
em três tipos:
DHDA com predomínio de sintomas de desatenção
(comete, frequentemente, erros por descuido; tem dificulda-
de em concentrar-se; é desorganizado; perde frequentemen-
te objetos…);
DHDA com predomínio de sintomas hiperatividade/
impulsividade (tem dificuldade em permanecer sentado, fala
demais, tem dificuldade em esperar pela sua vez, intromete-
-se nas conversas/brincadeiras dos outros…);
DHDA combinado (com sintomas das duas anteriores).
Os principais fatores identificados como causa são uma susceti-
bilidade genética em interação direta com fatores ambientais. Os
processos de atenção, motivação e planeamento ficam compro-
metidos, relacionando-se indiretamente com a doença.
Sabe-se, atualmente, que a área do cérebro envolvida neste pro-
cesso é a região frontal (parte da frente do cérebro) responsável
pela inibição do comportamento, pela atenção sustentada, pelo
autocontrolo e pelo planeamento do futuro.
Estas crianças são facilmente rotuladas de mal-educadas. Exis-
tem algumas estratégias que os pais e adultos que lidam com a
criança podem pôr em prática para ajudá-la. Para começar, os
pais devem analisar as caraterísticas da criança e refletir sobre a
tipologia das reações familiares face aos problemas actuais da
mesma. Para facilitar este processo, os pais podem tentar des-
crever as caraterísticas da criança, bem como as suas caraterís-
ticas e o impacto/consequências que o comportamento do filho
tem nas suas vidas. Esta reflexão deve servir para perceber que
comportamentos dos pais estão a manter os sintomas da crian-
ça.
Para além desta reflexão, os pais devem estar familiarizados
com algumas técnicas de intervenção que levam à modificação
de comportamentos:
Reforço social/verbal: dar elogios; prestar atenção aos
comportamentos adequados, verbalizando-os; recorrer ao
contato físico afetivo…
Utilizar o tempo especial: tempo em que é dada à criança
a oportunidade de escolher uma atividade para realizar
com os pais. Nesse período (que pode não exceder os 10
minutos diários) a atenção dos pais deve estar exclusiva-
mente focada na criança e nas suas competências positi-
vas;
Tipologia de ordens: devem ser dadas em frases curtas,
claras, imperativas, concisas e terminar pela chave
(repetição);
Definir, de forma muito clara, as regras que a criança
deve cumprir e os castigos a que está sujeito;
Ignorar as respostas inapropriadas (passíveis de ser igno-
radas, isto é, que não sejam lesivas para o próprio nem
para outros);
Estabelecimento de um sistema de créditos: a criança
ganha pontos/fichas/ peças sempre que cumpre o estabe-
lecido e, no final, ganha um prémio (combinado entre os
pais e a criança). A partir de certa altura, podem descon-
tar-se pontos quando a criança incorre num comportamen-
to desadequado (mas, também ele, previamente definido);
Introdução do TIME-OUT: quando a criança apresenta um
comportamento desadequado, deve ser, sistematicamen-
te, encaminhada para um local pobre em estímulos, onde
deve permanecer uns minutos.
Estas técnicas devem inicialmente utilizar-se em ambientes
familiares e só depois ser generalizadas para locais públicos.
Maria Manuel Figueiral (Serviço de Psicologia e Orientação)
e Andreia Pinho (Educação Especial)
Distúrbio de hiperatividade e défice de atenção
A manhã do dia 7 de novembro reuniu, à volta da fogueira, todo
o Colégio D. José I para a comemoração do “Guy Fawkes Day”.
Na atividade, foram queimados os espantalhos construídos
pelos alunos, numa alusão ao soldado católico inglês que partici-
pou na "conspiração da pólvora” (Gunpowder Plot), na qual pre-
tendiam assassinar o rei protestante Jaime I de Inglaterra e
todos os membros do parlamento, durante uma sessão, em
1605, de forma a iniciar um levantamento católico. Guy Fawkes
era o responsável por guardar os barris de pólvora que seriam
utilizados para explodir o Parlamento do Reino Unido, durante a
sessão. Porém, a conspiração foi desarmada e após o seu inter-
rogatório e tortura, Guy Fawkes foi executado na forca por eeeeeee
traição e tentativa de assassinato. Os restantes conspiradores
acabaram por ter o mesmo destino. A sua captura é celebrada
no dia 5 de novembro na "Noite das Fogueiras" (Bonfire Night).
No dia 29 de setembro, o Colégio abriu as suas portas ao projeto Mundo
Brilhante, mais propriamente ao psicólogo Alfredo Leite, que veio dinamizar
uma atividade de pré-leitura das obras “O segredo do rio” (destinada aos
alunos dos 2.º e 3.º anos) e “O cavaleiro da Dinamarca” (destinada aos alu-
nos do 7.º ano).
Com esta ação, pretendeu-se motivar os discentes para a leitura e estudo
das referidas obras, uma vez que irão ser objeto de abordagem nas aulas de
Língua Portuguesa.
COMEMORAÇÃO DO DIA DE S. MARTINHO
O Clube Verde, que tem ao seu encargo o cultivo da “Horta do Xavier”, não podia deixar de celebrar o São
Martinho. Assim, no dia 8 de novembro, ao final da tarde, realizou um magusto, onde se assaram as tradi-
cionais castanhas e se proporcionou a toda a comunidade educativa um momento de convívio.
LENDA DE SÃO MARTINHO
Martinho nasceu entre o ano de 315 e
317 em Sabaria, atualmente território
da Hungria. Era filho de um soldado do
exército romano e acabou por seguir a profissão do pai.
Num dia frio e chuvoso de inverno, perto da localidade francesa
de Amiens, Martinho ia a cavalo quando viu um mendigo com
um ar miserável e quase sem roupa. Como não tinha nenhuma
moeda para lhe dar, Martinho cortou a sua capa ao meio e deu
metade ao mendigo, para ele se agasalhar. Reza a lenda que o
mendigo seria Jesus, o qual, depois de ter recebido metade da
capa de Martinho, fez com que a chuva parasse e o sol apare-
cesse. A partir desse dia, Martinho sentiu-se um homem novo e
decidiu afastar-se da vida militar. Com o tempo, as suas prega-
ções e a sua vida simples fizeram dele um homem considerado
Santo e seguido por muitas pessoas, tendo sido aclamado Bis-kkk
po de Tours em 371. São Martinho faleceu no dia 8 de novem-
bro, mas as cerimónias fúnebres só aconteceram a 11 de
novembro, tendo o seu culto começado logo após a sua morte.
Hoje em dia, em Portugal, as festas em honra de São Martinho
não passam sem os magustos, onde não faltam as castanhas
assadas, o vinho novo e a jeropiga ou a água-pé.
O MARNOTO O MARNOTO
DEZEMBRO 2011 DEZEMBRO 2011
A SABER... DE OLHO NOS CLUBES... 9 20
Clube de Xadrez Um Clube Novo no Colégio
É com enorme satisfação que nos apresentamos nesta primeira
aparição no jornal “O Marnoto”. Já fazia falta no Colégio o Clube
de Xadrez e o seu propósito de, através de uma atividade lúdica,
ajudar os alunos a estruturar o seu raciocínio, tornando-o mais
metódico, ágil e concentrado.
Os objetivos no imediato são modestos: consolidar nos alunos
participantes um sentimento de conjunto, aprender as regras
básicas do jogo e, principalmente, levá-los a considerar o xadrez
como uma atividade extremamente divertida.
Em Portugal, o xadrez encontra-se em franca expansão, apesar
de ainda não ser muito divulgado. Esperamos que os nossos
alunos assumam a tarefa de, junto das suas famílias, o divulgar e
fazer dele uma alternativa aos jogos eletrónicos e sua redutora
individualidade.
O xadrez não é um jogo recente, de facto existem diversas len-
das associadas à sua aparição. A mais famosa atribui a criação
do xadrez a um jovem indiano chamado Sessa. Há muitas cente-
nas de anos, reinava numa província indiana um Rajá que havia
perdido o seu único filho em batalha.
O Rajá andava em constante depressão e sem energia para se
dedicar aos assuntos do seu reino. Certo dia, este Rajá foi visita-
do por Sessa, que apresentou o seu tabuleiro com 64 casas
brancas e negras e diversas peças, representando a infantaria, a
cavalaria, carros de combate, condutores de elefantes, o princi-
pal Vizir e o próprio Rajá.
Sessa explicou que a prática do jogo daria ao Rajá conforto
espiritual e a cura para a sua inter-
minável depressão, o que de facto
acabou por acontecer. O Rajá,
agradecido, quis agraciar Sessa e,
para isso, sugeriu-lhe que fizesse
um pedido como recompensa pela
sua invenção. Sessa, ao princípio
recusou, mas perante a insistência
do Rajá, pensou um pouco e aca-
bou por responder que aceitava um
grão de trigo pela primeira casa do tabuleiro, dois pela segunda,
quatro pela terceira e assim sucessivamente até à sexagésima
quarta casa.
O Rajá, espantado com a modéstia do pedido, ordenou que
assim fosse e que se processasse o pedido de Sessa. Todavia,
os sábios do Rajá ficaram boquiabertos quando calcularam a
quantidade em causa. Esta havia atingido toda a safra do Reino
para os próximos 2000 anos, portanto uma quantia manifesta-
mente impossível de obter dada a sua exorbitância!
O Rajá, impressionado com a inteligência de Sessa, convidou-o
para ser o principal conselheiro do Reino, tendo Sessa voltado
atrás no seu pedido, satisfeito pelo reconhecimento do Rajá das
suas capacidades. Esta será, talvez, a lenda mais comum para
explicar o aparecimento do xadrez, uma vez que não se pode
provar a sua origem com exatidão.
Sabe-se hoje, no entanto, e de acordo com a maioria dos inves-
tigadores, que as origens do xadrez estejam de facto, algures,
na região onde hoje se situa a Índia, tendo aparecido por volta
do século VI a. C..
Porquê é que a água do mar é salgada?
A água dos oceanos é salgada por vários motivos e têm várias origens:as
rochas da crosta vão-se desgastando por erosão e há uma parte dissolvida
desse material que é transportada para o oceano pelos rios.
As erupções vulcânicas submarinas libertam substâncias voláteis tais como
dióxido de carbono, cloro e sulfato. A chuva formou cursos de água que
iam dissolvendo lentamente rochas ricas em cloreto de sódio, nas quais o
sal comum é encontrado em abundância, e transportado para o oceano
pelos rios. E isso tudo acontecendo durante centenas de milhões de anos.
Se gostas de surf, lê isto!
Os primeiros relatos do surf dizem que ele foi introduzido no Havai pelo rei polinésio
Thaito. Mas oficialmente o primeiro facto concreto que revelou a existência do des-
porto foi feito pelo navegador James Cook, que descobriu o arquipélago do Havai e
viu os primeiros surfistas em ação.
Na época, o navegador gostou do desporto por se tratar de uma forma de relaxa-
mento, mas a Igreja Protestante desencorajou por mais de 100 anos a prática do
surf. O reconhecimento mundial veio com o campeão olímpico de natação e pai do
surf moderno, o havaiano Duke Paoa Kahanamoku. Ao vencer os jogos de 1912,
em Estocolmo, o atleta disse ser um surfista e passou a ser o maior divulgador do desporto no mundo. Com isso, o arquipélago e o
desporto passaram a serem reconhecidos internacionalmente.
Após a vitória nas Olimpíadas, Duke introduziu o desporto nos Estados Unidos e na Austrália com grande sucesso. O sucesso do
desporto foi tão grande que hoje em dia é um dos mais praticados em todo o mundo. Os filmes no cinema e a publicidade na televi-
são foram fundamentais para a exposição da modalidade. Atualmente a ASP (Associação dos Surfistas Profissionais) é quem
regulamenta e traça as diretrizes do desporto. Os maiores surfistas do mundo disputam anualmente o WCT (World Championship
Tour) e daí sagra-se o campeão mundial.
José Machado, Clube de Jornalismo e Fotografia
O ano do morcego 2011-2012 O Ano do Morcego coincide em 2011 com o Ano Internacional das Florestas. Neste contexto, pretende-se a preservação de popula-
ções viáveis de morcegos, bem como o equilíbrio dos ecossistemas em bosques e florestas.
Muitas espécies de morcegos são polinizadoras e dispersam sementes de muitas árvo-
res em florestas tropicais e temperadas, ajudando assim à regeneração e à manuten-
ção do meio florestal que corresponde a cerca de um terço da superfície terrestre do
planeta. Apesar de, em Portugal, isto não acontecer a uma escala tão elevada, os mor-
cegos continuam a ser fundamentais para o equilíbrio dos ecossistemas em meio flo-
restal.
A associação entre os morcegos e as florestas é particularmente forte nas espécies
arborícolas, ou seja, as espécies que se abrigam em cavidades ou sob a casca de
árvores. No entanto, todas as espécies de morcegos podem utilizar diversos tipos de florestas naturais e seminaturais para se ali-
mentarem, explorando muitas vezes áreas específicas em meio florestal, como charcos, linhas de água ou clareiras, onde os inse-
tos tendem a ser mais abundantes.
A distribuição, diversidade e densidade de morcegos depende do tipo de floresta e de como esta é gerida. É assim fundamental
adotar medidas que permitam compatibilizar a exploração de produtos florestais e a preservação ou mesmo melhoria do estado de
conservação das populações de morcegos.
Leila Pimentel, Clube de Jornalismo e Fotografia
O MARNOTO O MARNOTO
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A SABER... DE OLHO NOS CLUBES... 19 10
Clube da Matemática: vamos jogar o
jogo do Semáforo?
Conheces o jogo “Semáforo”? É um dos jogos que costumamos jogar no Clube da Matemática…
Além de ser muito simples de jogar, exige muito pouco material e facilmente o consegues construir!
Ensinamos-te tudo o que precisas saber!
Material
8 peças verdes, 8 amarelas e 8 vermelhas e um tabuleiro como o que se apresenta ao lado.
Objetivo do jogo
Ser o primeiro a conseguir uma linha de 3 peças da mesma cor na horizontal, na vertical ou
na diagonal.
Regras
O jogo realiza-se no tabuleiro, inicialmente vazio. As peças são colocadas ao lado do tabu-
leiro e são partilhadas por ambos os jogadores.
Os jogadores jogam alternadamente e, em cada jogada, cada jogador realiza uma das
seguintes ações:
- Coloca uma peça verde num quadrado vazio;
- Substitui uma peça verde do tabuleiro por uma peça amarela;
- Substitui uma peça amarela do tabuleiro por uma peça vermelha.
De notar que as peças vermelhas não podem ser substituídas por nenhuma outra. Isto significa que o jogo tem sempre um fim. À
medida que o tabuleiro fica com peças vermelhas, é inevitável que surja uma linha de 3 peças.
Nenhuma jogada é reversível, ou seja, não pode ser desfeita.
Nos diagramas seguintes usam-se as cores branca, cinzenta e preta para representar respe-
tivamente o verde, o amarelo e o vermelho.
O seguinte diagrama mostra uma situação com três possibilidades de vitória imediata:
- Substituir a peça verde na casa a3 por uma amarela (consegue-se uma linha vertical de
amarelas);
- Substituir a peça amarela na casa d1 por uma vermelha (consegue-se uma linha diagonal
de vermelhas);
- Colocar uma peça verde na casa c1 (consegue-se uma linha diagonal de verdes).
O exemplo seguinte é de um fim de partida. Se analisarmos o tabuleiro, verificamos que já
só restam duas jogadas que não levam à derrota.
Consegues descobrir quais são?
Aparece no Clube da Matemática!
Vem jogar connosco!
Solução: Colocar uma peça verde na casa b1 ou substituir a peça verde na casa d2 por uma amarela.
Este ano, e para não escapar à tendência verificada nos últimos tempos, o Clube da Guitarra teve uma procu-
ra muito elevada, pois são cada vez mais os alunos que querem aprender a tocar guitarra. Cerca de 19 alu-
nos aceitaram o desafio e, com mais ou menos jeito, lá se vão dedicando ao árduo esforço de fazer a guitar-
ra produzir sons agradáveis, estando cada dia mais próximos do grande objetivo: produzir música. É certo
que a paciência, a dedicação e a persistência são ingredientes fundamentais para que a música possa sur-
gir do instrumento que os seus regaços acolhem.
Mas há muito caminho pela frente. Há muitas horas de prática ainda por vir. É necessário continuar, não
desistir, porque essa atitude desenvolve em nós capacidades que, às vezes, pensamos não ter. A persistên-
cia do querer é que vai fazer o projeto chegar a bom porto.
Clube da
G U I T A R R
A
O dia internacional das pessoas com deficiência é uma data comemorativa
internacional promovida pela Organização das Nações Unidas desde 1998,
com o objetivo de promover uma maior compreensão dos assuntos concer-
nentes à deficiência e para mobilizar a defesa da dignidade, dos direitos e o
bem estar das pessoas. Procura também aumentar a consciência dos benefí-
cios trazidos pela integração das pessoas com deficiência em cada aspeto da vida política, social, económica e cultural. A cada ano
o tema deste dia é baseado no objetivo do exercício pleno dos direitos humanos e da participação na sociedade, estabelecido pelo
Programa Mundial de Ação a respeito das pessoas com deficiência, adotado pela Assembleia Geral da ONU em 1982.
Prémio Sanofi Oncologia
Cancro do ovário: Investigadores portugueses premiados
A Sociedade Portuguesa de Oncologia (SPO) e a multinacional farmacêutica Sanofi premiaram um estudo na área do cancro do ová-
rio desenvolvido por uma equipa de investigadores do IPO do Porto, que analisou a interferência de uma molécula inflamatória com o
prognóstico desta patologia, o tumor mais letal nas mulheres.
O estudo “conduzido no IPO do Porto, juntamente com o grupo de oncologia molecular, foi retrospetivo em termos de colheita e de
reunião de dados, e demorou um ano a ser feito, tendo estudado uma molécula inflamatória associada ao desenvolvimento do carci-
noma epitelial, da qual foram encontradas duas variantes genéticas.” O estudo desta molécula inflamatória que contribui para a for-
mação de novos vasos que alimentam o tumor “serve para percebermos se esta variação genética tem impacto ao nível da doença
em termos de prognóstico, de sobrevivência e em termos de resposta às terapêuticas que se fazem”, afirma a investigadora.
Recorde-se que o “Prémio Sanofi Oncologia” foi criado em 2005 e tem como objectivo incentivar a investigação, destacando o
melhor trabalho desenvolvido em Portugal na área da oncologia. Na edição de 2011 foram avaliados seis estudos.
In Portal da Pessoa com Deficiência
Mariana dos Louros, Clube de Jornalismo e Fotografia
1- Utilizar alimentos de qualidade: limpos e frescos;
2- Tomar sempre o pequeno-almoço;
3- Incluir nas refeições alimentos de todos os sectores da roda
dos alimentos, nas proporções por ela sugeridas;
4- Variar o mais possível de alimentos;
5- Não passar mais de três horas e meia sem comer;
6- Evitar alimentos com muito sal;
7- Evitar alimentos açucarados (bolos, rebuçados, refrigeran-
tes, etc.);
8- Evitar os fritos ou ementas com muita gordura;
13- Consumir diariamente sopa;
14- Preferir pão escuro (mistura de centeio e trigo) do tipo
saloio ao pão mais branco (trigo).
Eva Dias, Clube de Jornalismo e Fotografia
O MARNOTO O MARNOTO
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DE OLHO NOS CLUBES... OFICINA DA HISTÓRIA 11 18
Outro ano no Colégio D. José I e nova temporada de Robótica à nossa espera! Este ano, o
Clube conta com um novo espaço e com novos alunos que, naturalmente, com as suas ideias
vêm enriquecer o Clube, trazendo uma nova dinâmica!
Mas nem todos os elementos são novos! Os que já faziam parte da equipa, no ano passado ou
em anos anteriores, têm tido um papel fundamental nesta nova equipa, ao ajudarem na inte-
gração, que se pretende ser tão natural, quanto possível, dos novos colegas. O espírito do
Clube, os dinamizadores, os objetivos e as competições também se mantêm intactas. Como
sempre, o Clube começará por preparar a participação no próximo Festival Nacional de Robótica (Robótica 2012), cuja realização
está prevista para meados do mês de abril de 2012c em Guimarães, no Pavilhão Multiusos local. A nossa participação passará pela
presença nas provas de Dança/Teatro Juniores, Seguimento de Pista e Busca e Salvamento Júnior. Esta competição constitui sem-
pre um “trampolim” para o evento mundial para as equipas melhores classificadas nas suas provas. Apesar de difícil, não deixa de
nos fazer sonhar com uma possível presença do nosso Clube, repetindo os feitos alcançados em 2004, em Lisboa, e em 2005, em
Osaka, no Japão.
Em cada prova, os robôs são testados em situações diversas, as quais, para além do objetivo lúdico da construção e programação
destas máquinas, servem também para testar novas tecnologias que permitam facilitar o nosso quotidiano.
Quanto às competições de Dança/Teatro, estas traduzem-se nas mais interessantes e abertas à criatividade de cada participante.
Cada equipa terá de explorar as potencialidades do seu robô, a versatilidade, a maneabilidade, a rapidez, a estrutura e sincroniza-
ção com a música e/ou com os próprios elementos da equipa. A prestação de cada equipa terá por base o nível da programação, a
qualidade da construção, a originalidade da indumentária e coreografia, bem como o nível do entretenimento conseguido.
No que toca ao Seguimento de Pista, tal como o próprio nome indica, a tarefa do robô passa por cumprir um trajeto pré-definido,
utilizando para o efeito um conjunto de sensores de luz que, através de infravermelhos, permitem ao robô identificar a linha que defi-
ne a pista. Esta prova é composta por vários níveis de dificuldade, os quais passam pela colocação de obstáculos no caminho do
robô (rampas, interrupção da linha da pista, objetos a contornar,…) e a prestação da equipa passa, obviamente, pela rapidez na
execução do percurso, bem como no seu cumprimento integral. A nossa equipa tentará ainda programar o robô para estar apto a
competir na prova Busca e Salvamento. Esta prova é complementar à do Seguimento de pista, uma vez que o robô, para além ter
de cumprir um trajeto, terá também de procurar e detetar “vítimas” (cartolinas prateadas) dispostas ao longo da pista. Dadas as suas
caraterísticas, esta prova engloba um conjunto de técnicas mais elaboradas que as usadas nas provas anteriores, constituindo
assim um desafio mais aliciante, mas ao mesmo tempo mais difícil.
A criatividade consiste apenas em perceber o que já esta lá. Sabias que
os sapatos direito e esquerdo só foram inventados há pouco mais de um século?"
Bernice Fitz-Gibbon
Olá a todos! Cá esta-
mos nós por cá mais
uma vez e este ano
somos mais de vinte!
Uma sala cheia! Iniciá-
mos o ano letivo com a
arrumação, a organização dos nossos materiais e
a decoração da nossa caixa individual de trabalho.
Este período, estamos a trabalhar com serapilhei-
ra e feltro. Coser serapilheira nem sempre é tarefa
fácil… mas nós, os Art&Manhosos, somos pes-
soas persistentes! Deixamos-te algumas ideias!
Mãos à obra!
Porque podemos aprender a brincar, então brinca!
As Reformas Religiosas
Os humanistas criticaram a situação da Igreja Católica. Conheces as suas propostas refor-
mistas?
Completa o texto.
Martinho Lutero: Por que razão o ____________ não edifica ele, com o seu próprio
dinheiro, a Basílica de S. Pedro, em vez de utilizar o dos pobres fiéis? As indulgências só
têm um mérito: o de acrescentar ______________. Todo o cristão tem direito à remissão
dos seus _______________ mesmo sem ______________ e indulgências. Só a
___________ nos dá justiça, liberdade e felicidade. A única fonte da Fé é pois a
__________ e deve ser chefe da Igreja do seu país e não o Papa.
O triunfo das Revoluções Liberais Coloca no devido lugar os números relativos aos acontecimentos.
A Revolução Francesa A Revolução Francesa significou o fim do Antigo Regime e tornou-se o símbolo das revoluções liberais. E quais foram os primeiros movimentos revolucionários? Completa as palavras cruzadas.
pecados bulas Bíblia fiéis Papa fé dinheiro
Horizontais
1. Significou a queda do
poder político
2. Assembleia de deputa-
dos do Terceiro Estado
3. Regime instituído em
França que limita o poder
do rei pela Constituição
4. Consagrado Imperador
em 1804
5. Representantes da
pequena burguesia
Verticais
1. Reunião realizada
em 1789
2. Representantes da
grande burguesia
3. Fase da revolução
de cariz popular
4. Exigência de modali-
dade de votação do 3º
Estado
5. Modalidade de vota-
ção defendida pela
nobreza
O MARNOTO O MARNOTO
DEZEMBRO 2011 DEZEMBRO 2011
TALLER DE ESPAÑOL DE OLHO NOS CLUBES... 17 12
Era uma vez um Cavaquinho
Era uma vez um Cavaquinho que vivia em cima de
um armário onde o seu dono o tinha deixado há mui-
tos e muitos anos. Antigamente, o seu dono tocava-o
todas as noites em festas e romarias, onde os rapa-
zes namoriscavam as raparigas. Muitas vezes, ao meio da semana, o
seu dono, às escondidas da patroa, catrapiscava-o para animar uma
“festaça”, só porque uns rapazolas tinham ido às sortes (inspeção médi-
ca militar).
Tempos bonitos e saudosos em que o dono do Cavaquinho o cuidava
com esmero. Tinha cuidado com a humidade e o calor, nunca faltando
carrinhos de cordas suplentes (o n.º 6, o n.º 9 e o n.º 10), bem como as
unhas postiças do indicador e do polegar.
Sabem... (pensava o Cavaquinho em melodias tocadas de mansinho), o
meu dono tinha certa graça e mantínhamos uma certa relação de com-
panheirismo, onde a palavra amizade se escrevia com punhos de ren-
da. Quantas vezes lhe pedi que me fizesse um saquinho de retalhos ou
de cordel, para me preservar do frio. Sim porque um estojo… só para
gente endinheirada. Mas, o Ti Zé nunca foi na conversa.
Onde ele tinha mais graça era quando me metia pela boca dentro os
carrinhos e as unhas que retirava quando a
“festança” estava de “vento em popa”. Como
tenho uma boca em raia, o entrar era simples
mas o sair, já não digo o mesmo. Há histórias de
se lhe tirar o chapéu.
Não sei se já alguma vez viu mudar uma corda a
um Cavaquinho? Quando a arte é do Violeiro,
que possui o “zingarelho” necessário e o calo da
experiência, tudo é simples, mas o meu dono,
Deus benza a sua alma, não tinha jeitinho ne-
nhum para estas andanças. Quando a “prima”, a
minha, ou seja a 1.ª corda, a mais fina e delica-
da se passava da cabeçorra, isto é se finava, o
meu dono ficava pior que uma barata, ou seja
fora de validade. Como quem manda no Cava-
quinho é a prima, que remédio senão fazer a sua substituição. Que se
dane a “bailação” porque o tocador deu cabo da “prima”. […[
Entretanto o meu dono, com um pente e calos de enxada, enrolava o
“lacete” para que a corda do carrinho n.º 10 desse voz de soprano à
minha gostosa “prima”. Estrebuchava o “carrilão” de modo a que esta
gostosa dama gritasse quando soltava a tonalidade de Mi. Também era
o que faltava se a minha prima não gostasse de “Mi”. […]
Quantas histórias, eu Cavaquinho, tenho para vos contar. Foi numa
noite de março que o meu dono se finou. Entre a tragédia e o estar,
fiquei sem saber se a vida continuava com o sabor do sentir. Nós so-
mos um povo… não sei se sabiam? É que já vi chorar por não saber rir
e já vi rir por não ter lágrimas. Sabem, é que eu Cavaquinho, sou do
tempo em que apareceu uma caixinha de madeira dita de Telefonia que
contava ditos e reditos, tristezas e “toledos” da Guerra de 1914 a 1918.
O meu dono era de outras andanças e para essa velhaca, eu sempre
tive “varejo” para dar e vender. Depois a caixa humanizou-se e não só
falava como tinha bonecos. Eram homens e mulheres, presidentes e
ramaldeiras, fazia rir e chorar e eu sentia-me abandonado. Agora, aqui
estou eu à procura de um novo dono já que os meus novos proprietá-
rios me olham com desprezo, não entendendo a minha necessidade de
ser um instrumento musical.
Se puder aprenda-me a tocar. Talvez possamos viver o amor com cará-
ter de urgência, ou simplesmente ser bons amigos.
Autor: José Lúcio Ribeiro de Almeida (www.jose-lucio.com)
É bem verdade!
O ano letivo começou e, com ele, quase 45 alunos fizeram a sua inscrição no Clube. Perante
este facto, os professores responsáveis viram-se “obrigados” a fazer provas de seleção, divididas em várias audições.
Tratou-se de um processo cansativo, mas também divertido, uma vez que os alunos apresentaram algumas atuações bem conse-
guidas e com bastante qualidade.
Assim, e após as provas de seleção, optou-se pela formação de dois grupos de trabalho: a classe dos iniciados e a classe dos
intermédios, que irão apresentar num futuro próximo os seus trabalhos. Refira-se que, em virtude do número elevado de alunos a
frequentar o Clube, o Colégio D. José I adquiriu material áudio específico, nomeadamente um microfone sem fios. Sem dúvida uma
mais valia para o nosso Clube.
En casa
La fiesta de la Navidad se distingue fundamentalmente por ser una fiesta familiar. El 24 de di-
ciembre se llama Nochebuena y después de cenar mucha genta va a la Misa de Gallo a media-
noche. Todas las familias españolas celebran la Cena de Nochebuena. La comida típica de
esta cena es el "Pavo de Navidad". La comida se acompaña con un numeroso y variado surtido
de dulces de Navidad como por ejemplo: roscos de vino, mantecados, polvorones, alfajores,
hojaldrinas, mazapanes, peladillas y los famosos turrones.
El turrón es un dulce rico que está hecho de una mezcla de miel y almendras.
Hoy existen muchísimas variedades de turrones: turrón de almendra, de chocolate, de frutas, de yemas de huevo.
Villancicos
Cuando se termina la cena se suele cantar Villancicos, son canciones alusivas a la Navidad con instrumentos especiales como son
la zambomba, pandereta, palillos y el almirez.
Nochevieja
La otra cena importante es la de Nochevieja, esta cena es mas abierta que la anterior, pues a ella asisten también amigos.
También hay grupos de amigos que organizan una cena con un baile posterior que dura hasta la mañana siguiente. A las doce de la
noche cuando se tocan las doce campanadas es costumbre tomar en cada campanada una uva. Si lo consigues se dice que será un
buen año con éxito y suerte.
Los Reyes Magos
Otra característica de la Navidad Española es el día de víspera del 6 de enero de Re-
yes Magos.
Es una fiesta típica para los niños. El día 5 de enero se celebra la "Cabalgata de los
Reyes Magos", que significa un gran desfile formado por carrozas muy bien adornadas
con motivos de la Navidad y también de figuras de los cuentos infantiles. Los niños
disfrutan muchísimo de este desfile. Cuando termina la Cabalgata, los padres mandan
a los niños a dormir.
Cuando duermen los Reyes Magos les traen los juguetes y naturalmente al día si-
guiente los niños se levantan muy temprano para ver los regalos que han traído.
Ya con la fiesta de Reyes Magos, se dan por finalizadas las fiestas de la Navidad. ¿Qué significa "atinada"? Frase de Papá Noel a niños malos. (¡A tí nada!)
Entro al médico y señalando con el dedo en varias partes del cuerpo le digo: -Me duele aquí y aquí y este sitio. Aquí también ¿qué me ocurre doctor? Se me queda mirando muy serio y me dice.... -Que tiene el dedo roto.
Entra un hombre corriendo al hospital y le dice al médico: -Señor, ¿no sabe en qué sala está mi amigo el que lo atropelló un tren? Y el doctor le contesta: -Sí, está en la sala 56 , 57 , 58 y 59
Voy al mercado, me compro una bella y cuando llego a mi casa, me pongo a llorar con ella.
Blanca soy, del mar nací ricos y pobres se sirven de mi.
cebolla
sal
O MARNOTO O MARNOTO
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DE OLHO NOS CLUBES... 13 16
Novas aragens em matéria de informática... Este novo ano letivo trouxe algumas novidades ao Colégio, sendo o Clube Multi-
média uma dessas boas novas. O Clube funciona à terça-feira, entre as 16.30h e
as 18.00h, sendo o espaço indicado para começares a tomar contacto com as
novas tecnologias. Desde o início deste ano letivo que o Clube tem vindo a dar
os seus passos, contando, para já, com 11 elementos. Os trabalhos começaram com a aprendizagem de uma nova ferramenta, o
Publisher, onde os alunos puderam produzir alguns folhetos alusivos ao clube. Já se trabalhou também com o vídeo e a fotografia,
estando para breve as primeiras apresentações multimédia para todo o Colégio. Em breve teremos algumas novidades!
Todos os participantes deste Clube partilham entre si o gosto pelas novas tecnologias, pelo vídeo, pela fotografia e, como não
podia deixar de ser, pela Internet. Mas, mesmo neste caso, as boas práticas são trabalhadas no Clube Multimédia, onde os alunos
têm aprendido algumas técnicas de pesquisa e de conversa na Web. Por fim, o trabalho mais visível do Clube Multimédia foi a
publicação da edição n.º 4 do Boletim Informativo do Colégio D. José I, repleto de imagens e sensações boas, vividas em pleno
Colégio.
Por isso já sabes, se quiseres trabalhar o teu gosto pelas novas tecnologias, o Colégio tem o espaço perfeito para ti.
O fim de um mito… Steve Jobs O mundo das tecnologias ficou mais pobre. No passado dia 5 de outubro, Steve Jobs, o fundador da Apple morreu, com 56 anos,
depois de anos com vários problemas de saúde, entre os quais
um tipo raro de cancro do pâncreas. Homem dotado de rara inteli-
gência, subiu a pulso na sua vida. Steve Jobs fundou a Apple, aos
21 anos, e ajudou a criar a indústria dos computadores pessoais.
Foi despedido da empresa e chefiou o estúdio que criou Toy
Story, o primeiro filme de animação moderno. Foi coordenador
executivo da Apple até agosto, cargo que tinha desde 1997, ano
em que regressou à empresa e a salvou de uma situação difícil,
lançando-a numa série de sucessos consecutivos. Pelo caminho,
mudou o mundo da música e dos telemóveis.
Steven Paul Jobs nasceu a 24 de fevereiro de 1955, em São
Francisco, na Califórnia. Tanto o pai (um sírio a estudar ciência
política) como a mãe (uma universitária americana) acharam que
eram muito novos para o criar. Foi adotado por um casal de clas-
se média que morava em Mountain View, também na Califórnia. A
partir daí, a sua vida foi rodeada de muitos estudos e dedicação à
causa tecnológica. Célebres ficaram algumas das suas frases: “A morte é muito provavelmente a melhor invenção da vida”,
“Computadores são como bicicletas para a nossa mente”, “Nascemos, vivemos por um momento breve e morremos. Tem sido
assim há muito tempo. A tecnologia não está a mudar muito este cenário” e “Para se ter sucesso, é necessário amar de verdade o
que se faz. Caso contrário, levando em conta apenas o lado racional, tu simplesmente desis-
tes. É o que acontece com a maioria das pessoas.”
Homem que ficou na história, não só pelo que disse como pelo que fez, sendo da sua auto-
ria o famoso Mac e os mais recentes IPhone, que, geração atrás de geração, permitem colo-
car nas nossas mãos toda a tecnologia e o poder de tornar o mundo mais pequeno. Perdeu-
-se uma mente brilhante, mas a sua inteligência e trabalho irão perdurar para a eternidade .
Os alunos do Clube Multimédia
L’ ATELIER DU FRANÇAIS
«C’est un surdoué!» Peut-être as-tu déjà entendu cette expression? En fait, c’est la mesure du
quotient intellectuel qui permet de dire si un enfant est surdoué ou pas. Mais, c’est quoi, ce quo-
tient intellectuel ou ce QI?
Sais-tu comment on mesure le QI d’une personne?
Grâce à un test: une série d’exercices qui portent sur le langage, la mémoire, la rapidité et la logi-
que.
Les résultats de ce test sont compris entre 40 et 160. Le niveau moyen en France est de 100.
Cela veut dire que la moitié de la population est au-dessus de 100 et l’autre moitié au-dessous.
Car on peut calculer le QI de tout le monde!
Comment le QI est-il né?
Le QI a été inventé en 1905 par des psychologues français. Ils ont mis au point ce test pour détecter les élèves en difficulté.
L’armée américaine s’est ensuite servie du test du QI pour sélectionner ses soldats. Ceux dont le QI était le plus élevé étaient direc-
tement nommés aux postes de chefs! Les autres devenaient de simples soldats.
Le QI est-il un test fiable?
Les scientifiques sont de plus en plus critiques. Ils trouvent ce test un
peu limité car il ne mesure pas la créativité d’une personne. Par exem-
ple, des enfants extrêmement doués en dessin ou en musique obtien-
nent des résultats moyens à ce test! De plus, des chercheurs britan-
niques viennent de découvrir que le QI d’une personne n’est pas tou-
jours au même niveau. À la période de l’adolescence: le QI peut perdre
ou gagner plus de 20 points! Plus le cerveau est stimulé, plus il aurait
de chances de gagner des points. Une très bonne nouvelle pour les
amateurs de sudoku!
Sur cette photo, tu peux voir l’œuvre d’un artiste belge: un cerveau humain posé sur une paire de chaussures! Drôle d’idée?
Mais sache que pour étudier notre QI, les scientifiques étudient toutes les parties de notre cerveau. Rien ne leur échappe!
O MARNOTO O MARNOTO
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ENGLISH WORKSHOP OFICINA DO PORTUGUÊS 15 14
T omas Tranströmer, poeta, psicólogo e tradutor sueco foi o vencedor do Prémio Nobel da Literatura de 2011. Este ano, este prémio, que tem o valor monetário de dez milhões de coroas suecas, cerca de 1,1 milhões de
euros, premiou novamente um poeta, facto que não acontecia desde 1996, ano em que foi eleita a poetisa polaca Wislawa Szymborska. A academia sueca anunciou como justificação para a atribuição do prémio que Tranströmer mereceu a distinção "porque, através das suas imagens condensadas e translúcidas, dá-nos um aces-so fresco à realidade". Tomas Tranströmer nasceu em Estocolmo em 1931. Na sua infância, passou muitos verões na ilha de Runmarö, o que veio a inspirar diretamente a matriz dos seus poemas, bem como o seu interesse pela pintura, música, arqueologia e ciências naturais em geral. O galardoado começou cedo a escrever, tinha 13 anos e andava na escola de latim Södra. Foi influenciado pelas leituras de poe-sia, género que começou a apreciar.
O seu primeiro livro foi publicado quando tinha 23 anos (17 dikter - 17 Poemas, 1954). Os seus poemas são construídos a partir da sua própria experiência, das perce-ções psicológicas e inter-pretações metafísicas do seu mundo. Em 1997, a cidade operá-ria de Vaesteraas, onde viveu 30 anos, antes de regressar a Estocolmo nos anos 1990, criou o Prémio Tranströemer, em sua homenagem. Em 1990, Tranströmer sofreu um acidente vascular cerebral que lhe afetou a fala, deixando-o parcialmente afásico e hemi-plégico. Contudo, continua a escrever, tendo desde então publi-cado três obras. Tomas Tranströmer é um poeta que tem uma produção peque-na, tendo ao todo cerca de 15 obras numa longa carreira dedi-cada à escrita. Vencedor de numerosos prémios literários, como o Prémio Literário do Conselho Nórdico, em 1990, escre-ve a maior parte da sua obra em verso livre. O seu universo literário descreve um imaginário de magia, assumindo o surreal lugar de destaque para além de temas como a morte, a história, a memória e é conhecido pelas suas metáforas. Traduzida em mais de 60 línguas, Tranströmer não tem obra traduzida em português. No entanto, está representado na cole-tânea 21 poetas suecos, editada pela Vega, em 1981. Neste livro, escreveu dois poemas: “Lisboa”, onde o poeta sueco des-taca elementos típicos das zonas históricas da capital portugue-sa, e “Funchal”, onde destaca o mar, a receita atlântica do pei-xe com tomate e a "língua estranha". O poeta vive, atualmente, numa ilha da Suécia.
Prémio Nobel da Literatura 2011
LISBOA
No bairro de Alfama os elétricos amarelos cantavam nas subidas. Havia duas prisões. Uma delas era para os gatunos. Eles acenavam através das grades. Eles gritavam. Eles queriam ser fotografados! "Mas aqui", dizia o revisor e ria baixinho, maliciosamente, "aqui sentam-se os políticos". Eu vi a fachada, a fachada, a fachada e em cima, a uma janela, um homem, com um binóculo à frente dos olhos, espreitando para além do mar. A roupa pendia no azul. Os muros estavam quentes. As moscas liam cartas microscópicas. Seis anos mais tarde, perguntei a uma dama de Lisboa: Isto é real, ou fui eu que sonhei?
Tomas Tranströmer, in 21 poetas suecos
Here are some tips which may help you!
Speak without fear
The biggest problem most people face in learning a new lan-
guage is their own fear. They worry that they won’t say things
correctly or that they will look stupid so they don’t talk at all. Don’t
do this. The fastest way to learn anything is to do it – again and
again until you get it right. Like anything, learning English re-
quires practice. Don’t let a little fear stop you from getting what
you want.
Use all of your resources
Even if you study English at school it doesn’t mean you can’t
learn outside of class. Using as many different sources, methods and tools as possible, will allow you to learn faster. There are many
different ways you can improve your English, so don’t limit yourself to only one or two. The internet is a fantastic resource for virtually
anything, but for the language learner it's perfect.
Surround yourself with English
The absolute best way to learn English is to surround yourself with it. Take notes in English, put English books around your room,
listen to English language radio broadcasts, watch English news, movies and television. Speak English with your friends whenever
you can. The more English material that you have around you, the faster you will learn and the more likely it is that you will begin
“thinking in English”.
Watch English Films and Television
This is not only a fun way to learn but it is also very effective. By watching English films (especially those with English subtitles) you
can expand your vocabulary and hear the flow of speech from the actors. If you listen to the news you can also hear different ac-
cents.
Listen to English Music
Music can be a very effective method of learning English. In fact, it is often used as a way of improving comprehension. The best way
to learn is to get the lyrics (words) to the songs you are listening to and try to read them as the artist sings. There are several good
internet sites where one can find the words for most songs. This way you can practice your listening and reading at the same time.
And if you like to sing, fine.
Study As Often As Possible!
Only by studying things like grammar and vocabulary and doing exercises, can you really improve your knowledge of any language.
Finally
Have fun!
What do elves learn in school?
[The Elf-abet!]
Mom, can I have a dog for Christmas?
[No, you can have turkey like everyone else.]
What do you call a cat on the beach at Christmastime?
[Sandy Claws!]
Why did Santa spell Christmas N-O-E?
[Because the angel had said, "No L!"]
Who is never hungry at Christmas?
[The turkey, he is always stuffed.]
What do you call people who are afraid of Santa Claus?
[Claustrophobic.]