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Mercosul for export for export for export for export for export Revista bimestral da Câmara de Comércio do Mercosul e Américas www.ccmercosul.org.br Março/Abril 2009 A hora e a vez do Mercosul Especialistas afirmam que momento atual é decisivo para o bloco A hora e a vez do Mercosul Especialistas afirmam que momento atual é decisivo para o bloco TURISMO Os mais de 300 dias de sol atraem dois milhões de pessoas a Natal todos os anos NEGÓCIOS Sistema de Pagamento em Moeda Local agiliza o comércio entre Brasil e Argentina CULTURA Escritor explica o processo de construção do livro “O filho eterno”, sucesso de crítica em 2008

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Mercosulfor exportfor exportfor exportfor exportfor export

Revista bimestral da Câmara de Comércio do Mercosul e Américas

www.ccmercosul.org.br Março/Abril 2009

A hora e avez do

MercosulEspecialistas afirmam que momento

atual é decisivo para o bloco

A hora e avez do

MercosulEspecialistas afirmam que momento

atual é decisivo para o bloco

TURISMOOs mais de300 dias desol atraemdois milhõesde pessoas aNatal todosos anos

NEGÓCIOSSistema dePagamento emMoeda Localagiliza ocomércio entreBrasil eArgentina

CULTURAEscritor explicao processo deconstrução dolivro “O filhoeterno”, sucessode crítica em2008

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EDITORIAL

De olho em 2009

Miguel Lujan PalettaPresidente da Câmara de Comércio do Mercosul e Américas

O ano de 2008 ficou marcadocomo um ano no qual o sistema fi-nanceiro mundial foi fragilizado.Iniciada nas principais economiasmundiais, a crise financeira se espa-lhou por todo o mundo, afetandotambém o setor produtivo, depen-dente da oferta de crédito.

Neste cenário, a América Lati-na se viu numa posição diferentedas encontradas nas últimas crisesem escala global. Com uma capaci-dade de reação muito maior, os pa-íses da região estão conseguindomanter certa estabilidade. Os prin-cipais fatores que assombram estasnações são o pessimismo e o medo.Embora a área já tenha sido afeta-da pela crise financeira das econo-mias desenvolvidas, estes sentimen-tos são os que mais podem com-prometer o desenvolvimento paraestes países, que estão tomandomedidas preventivas.

Em muitos países, a economiareal ainda não foi fortemente afeta-da pela turbulência internacionalbaseada na restrição de crédito, masjá sofre retração resultante de ex-cessiva cautela. A Câmara doMercosul tem trabalhado direta-mente com os países latino-ameri-canos e constatado que o comérciona região está aquecido. Um núme-ro cada vez maior de demandas temchegado à entidade, vindo dos maisdiferentes países do mundo, quebuscam na América Latina um mer-cado alternativo às economias cen-trais, tanto na compra como no for-necimento de produtos e serviços.Isso sem falar do fluxo de comér-cio intra-regional, que cresce com atendência protecionista e regional,comum em períodos de instabilida-de internacional.

Portanto, o Brasil, como maioreconomia da região, tem condiçõesde continuar desenvolvendo um pa-

pel de liderança na América Latina,atendendo um número crescente dedemandas locais para os mais diver-sos produtos e serviços.

Com os mercados cada vez maisglobalizados, ampliaram-se muito asalternativas e oportunidades paraempresas do mundo todo. Em al-guns casos, vender um produto aoutro país pode ser mais simplesque atingir o próprio mercado in-terno. Muitas empresas já percebe-ram isso e estão diversificando seusmercados e desfrutando das vanta-gens em exportar e importar. Nes-te cenário, os pequenos e médiosempresários podem e devem bus-car novas alternativas para comer-cialização de seus produtos demodo a garantir uma proteção con-tra os efeitos da crise internacional,sentida com maior força em deter-minados setores. Portanto, o mo-mento faz com que a escolha dasestratégias e canais de distribuiçãomais eficientes ao setor de atuaçãoseja fundamental.

Assim, o lançamento da RevistaOficial da Câmara de Comércio doMercosul e Américas no Brasil é maisque oportuna. Atingindo os princi-pais tomadores de decisão dos seto-res público e privado, esta publicaçãovem com o objetivo de se tornar umaeficiente ferramenta para que o seuleitor possa estar atento às oportuni-dades e temas de grande relevânciano Mercosul e América Latina.

Em consonância a esta iniciati-va, a recém criada TV Mercosul trazà Câmara de Comércio do Mercosule Américas um conjunto de instru-mentos mais integrado, poten-cializando ainda mais a atuação daentidade como um facilitador denegócios para empresários, associa-ções de classe e governos.

Um ótimo ano de 2009 a todos.Boa leitura!

Arquivo

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ÍNDICE

ExpedienteRevista bimestral da Câmara de Comércio do Mercosul e Américas

Presidente da Câmara de Comércio do Mercosul e Américas: Miguel Lujan PalettaJornalista responsável: Tanara DanileviczRedação e reportagem: Martha Romano e Tanara DanileviczDesign e diagramação: Martha RomanoFiguras: site www.sxc.huPublicidade: Fábio TorquatoTel: +55 (11) 41119665/ (11) 80612851 / (19) 92663881 - Email: [email protected]úvidas e sugestões: [email protected]

Toda edição na Mercosul for export08 Curtas

Prefeitura em ação16Novas ferramentas20

24 Case de Sucesso

28

26

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Novos parceiros

Oportunidades de negócioMercosul em foco

32 AconteceAgenda47Novos associados/parceiros48

12De olhos bem abertos

Em período de crise, os númerosde demissões assustam e os boatosde falência começam a causar inse-gurança nas empresas. Contudo, es-pecialistas afirmam que são nessassituações que surgem as grandesoportunidades.

Capa

34 Juventude engajadaONG reúne jovens ao redor do mundo

36 Cidade do solClima elevado atrai mais de dois milhões de pessoas a Natal por ano

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Poços de Caldas - a princesa da serraCidade mineira mostra porque atrai tantas pessoas em busca de descanso

De pai para filhoEscritor expõe dificuldades de um pai para criar filho com síndrome de Down

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O QUE LEVA UM ARGENTINOA CONSUMIR AUTOMÓVEIS BRASILEIROS?

A AÇÃO DA APEX-BRASIL.

Em um ano, a Apex-Brasil, em parceria com 63 setores produtivos, realizou mais de 700 eventos de negócio em 60 países, contribuindo para inserção de novas empresas no comércio exterior. Sempre que o produto nacional conquista o mundo, quem ganha são os brasileiros.O sucesso do País tem a marca da Apex-Brasil. www.apexbrasil.com.br

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CURTAS

BancosO lucro do banco paulista Nossa Caixa subiu

113,3% em 2008, totalizando R$ 646,5 milhões.Segundo dados divulgados pela instituição, a car-teira de crédito encerrou o ano com saldo de R$12,9 bilhões. Esse número é 47,6% maior do queo registrado no ano anterior, que não chegou aR$ 9 bilhões. Em dezembro, o banco acertou avenda das ações pertencentes ao governo do es-tado de São Paulo ao Banco do Brasil.

Custo de vidaAs cidades de Belo Horizonte e Brasília têm o

que comemorar, segundo dados da Fundação Getú-lio Vargas (FGV): a inflação calculada pelo Índice dePreços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) registrouforte queda nas duas capitais em fevereiro. No pri-meiro caso, o IPC-S passou de 0,40% para 0,12%,enquanto na capital federal, a taxa caiu de 0,55% para0,15%. A situação em São Paulo também é anima-dora. O indicador passou de 0,50% para 0,29%.

JurosA taxa média de

juros cobrada nasoperações com che-que especial pessoafísica caiu após oitomeses de alta. No

ano de 2008, os juros do cheque especial avançaram36,8% chegando a 174,9% ao ano em dezembro.Em janeiro, a taxa recuou para 172%.

MercosulOs deputados e senadores que

integram a Representação Brasi-leira no Parlamento do Mercosulaprovaram em fevereiro o ingres-so da Venezuela no bloco. Jáaprovado na Câmara dos Depu-tados, o protocolo de adesão ain-da depende de votação na Comis-são de Relações Exteriores (CRE)e no plenário.

Montadoras IParte da produção de veículos da montadora japonesa Mitsubishi

pode ser transferida para o Brasil, afirma o jornal econômico japonêsNikkei. Segundo a publicação, a empresa pretende montar no país umaplataforma de exportação para a América Latina. A alta do iene e astarifas diferenciadas entre as nações do Mercosul e do acordo entreBrasil e México seriam as principais causas para essa mudança.

Montadoras IIApesar de as montadoras terem optado por medidas para contro-

lar a produção, o segmento começa a reagir e deve prosperar em 2009com o foco no mercado interno. Para que isso seja possível, o setoragrícola, que demanda metade da produção nacional de caminhões,será fundamental. Entre as boas notícias está a redução aprovada pelogoverno em 5% do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI)sobre veículos pesados.

TelefoniaA empresa TIM

Participações cresceu163,8% em 2008 e re-gistrou um lucro deR$ 180 milhões. A

base total de clientes também au-mentou. A companhia encerrou oano com mais de 36 milhões de usu-ários. 16,5% a mais do que em 2007.

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AcordoO governo dos Estados Unidos pode acabar

com uma fatia de 36% do Citigroup após acordoanunciado dia 27 de fevereiro. A troca de ações pre-ferenciais por ações ordinárias acontecerá em umaoperação na qual os EUA não injetará recursos adi-cionais nas instituições. A conversão das ações podechegar a até US$ 25 bilhões. O objetivo é protegeracionistas de perdas futuras.

CriseApós 26 anos, os EUA tiveram o maior recuo do

PIB. No quarto trimestre de 2008, entre os meses deoutubro e dezembro, o país teve uma queda de 6,2%do Produto Interno Bruto. Apesar da contração, a eco-nomia americana ainda fechou o ano com expansãodevido ao crescimento do primeiro semestre.

LucroA seguradora Porto Seguro não quer saber da crise.

A empresa anunciou um lucro líquido de R$ 78,6 mi-lhões, no quarto trimestre de 2008, o que representa umaalta de 10,7%. Durante um ano, as receitas tiveram au-mento devido ao maior faturamento com prêmios dadivisão Azul Seguros para o segmento de automóveis.No acumulado do ano, o lucro teve uma queda de 30,9%.

SalárioA pesquisa de Emprego e Desem-

prego da Fundação Seade revelou umaumento nos rendimentos médios. Deacordo com os dados, em dezembro de2008, os ocupados e assalariados passa-ram a ter um rendimento médio equi-valente a R$1.257. Em novembro domesmo ano, esse valor era de R$1.211.

TecnologiaA Microsoft anunciou

que vai capacitar 2 milhõesde pessoas na plataformaWindows. O projeto, chama-do Elevate America, teráduranção de três anos e co-meçará gratuitamente nosEstados Unidos. O objetivoé manter a posição, preparan-do mão-de-obra para o mer-cado futuro. A empresa noBrasil já tem projetos simila-res desde 2003 atuando nosetor de inclusão social ecapacitação.

UniãoO presidente Lula alertou para o risco de uma pequena economia como o

Uruguai se associar a uma super-potência como os Estados Unidos. Lula refe-ria-se à recente assinatura de um tratado de comércio do Uruguai com os Esta-dos Unidos, um acontecimento polêmico cuja importância tem sidopotencializada pela próxima visita de George W. Bush ao país. Especula-se queo governo de esquerda uruguaio pode tentar avançar para um tratado de livre

comércio. Para ele, o Uruguai deve ser livre para maximizar as suas relações comerciais com os EUA, maslembrou que o Mercosul tem regras que o obrigam a determinados procedimentos e que proíbem a assinaturade tratados de livre comércio com países não pertencentes ao bloco.

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Crise de Gestão ouGestão de Crise?

Os executivos vêm sendo cadavez mais pressionados a desenvolvercompetências e comportamentos queos capacitem a identificar crises e alidar com elas mediante respostas rá-pidas e assertivas, que minimizem des-dobramentos negativos e gerem con-dições de superar as perdas e preser-var a dinâmica organizacional.

Para uma empresa, as consequên-cias de uma crise mal gerenciada po-dem ser dramáticas: perda de confi-ança, perda de credibilidade e a perdade competitividade.

Os executivos de todos os níveisda organização são contratados paragerenciar crises. Suas competênciassão testadas quando têm que enfren-tar crises significativas como a atual.

A intensidade com que a atual cri-se passou a fazer parte do cotidianoorganizacional desafia o profissional,no sentido de analisar, decidir e agirsob a pressão dos stakeholders da Or-ganização (colaborador, cliente, for-necedor, comunidade e investidor). Em pesquisa recente sobre o queos executivos brasileiros pensamsobre gestão de crise e co-mo eles estão preparados (conduzi-da pela Imagem Corporativa -www.imagemcorporativa.com.br)constam indicadores preocupantes.À pergunta “se ocorresse uma criseem sua empresa...?” mais de 70% res-ponderam que ela estaria “parcial-mente” ou “não preparada”. Por ou-tro lado, à pergunta “qual é a impor-tância que sua empresa atribui a pla-nos de prevenção e gestão de crises?”mais de 80% responderam entre“fundamental” e “importante”.

Em assim sendo, como enfatiza apesquisa, praticamente 10% das em-presas estão cada vez mais preocupa-das em criar e implementar programas

de prevenção e gestão de crises.Respostas personalizadas às cri-

ses são essenciais, porque nem to-das são iguais. A Gestão de Crise éuma questão de postura que implicana adoção de algumas práticas como intuito de se preparar para enfren-tar problemas inesperados, ou seja,para evitar uma Crise de Gestão.

O que fazer? Damos aqui al-gumas dicas básicas para umaGestão de Crise:

1 - Prepare um plano da conti-nuidade do negócio, identificandoaquelas funções e processos que sãocríticos ao negócio e que podemcomprometer o relacionamentocom um ou mais stakeholder chave;

2 – Anuncie, imediata e clara-mente para toda a Organização queas únicas pessoas a falarem sobre acrise em ambiente externo são osmembros da Alta Direção;

3 - Dê a informação exata e cor-reta para evitar a “vingança” de umainformação mascarada;

4 - Mova-se rapidamente. A ges-tão mais eficaz da crise ocorre quan-do a crise é detectada e tratada an-tes que possa impactar o negócio daOrganização ou seu relacionamen-to com os stakeholders;

5 – Envolva o corpo gerenciale, eventualmente, crie uma “Equi-pe de Crise”; ao decidir ações,considere não somente as perdasa curto prazo, mas também osefeitos a longo prazo.

Acima de tudo, lembre que, emchinês, o símbolo da palavra “Cri-se” é formado pelos ideogramas daspalavras “risco” e “oportunidade”.Portanto, crie seu 2009, transfor-mando o risco de uma “Crise deGestão” na oportunidade de uma“Gestão de Crise”!

Divulgação

Werner K.P. KugelmeierDiretor-proprietário da WK PRISMA -

Educação Corporativa Modular

O conteúdo deste artigo é de inteira responsabilidade do autor e pode não refletir a opinião da Câmara.

OPINIÃO

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De olhos bemabertos

De olhos bemabertos

CAPA

Para especialistas, enxergar oportunidadesdiante da crise é essencial

Em período de crise, os núme-ros de demissões assustam e os bo-atos de falência começam a causarinsegurança nas empresas. Contu-do, especialistas afirmam que sãonessas situações que surgem asgrandes oportunidades.

No Brasil, de acordo com da-dos do Departamento Intersindical

Tanara Danilevicz

Colaboração: Marcelo Casagrande

de Estatística e Estudo Socioeco-nômico (Dieese) e da Fundação Sis-tema Estadual de Análise de Dados(Seade), o desemprego no final doano diminuiu nas seis regiões me-tropolitanas (Belo Horizonte, Por-to Alegre, Recife, Salvador, São Pau-lo e Distrito Federal). Também con-siderando a taxa de desempregoacumulada do ano, esta foi a menordos últimos dez anos.

Economista e atual presidente doInstituto de Pesquisa Econômica Apli-

cada (Ipea) da Universidade Estadualde Campinas (Unicamp), MárcioPochmann, acredita que essa crise dei-xou clara a falta de capacidade do mun-do organizado de girar apenas em tor-no de uma única economia.

Dessa forma, para ele esse mo-mento é decisivo e oportuno parao Mercosul entrar na disputa pelocentro dinâmico do mundo. “Domeu ponto de vista, o Brasil temmais condições de liderar esse pro-cesso de forma mais rápida, princi-

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palmente pelo fato de ter reduzi-do sua dependência externa”,afirma Pochmann. Hoje em dia,no Brasil, que possui 24 anos depresidência neo-democrática, so-mente 46% do comércio externoé feito com países ricos.

Em matéria divulgada pelaagência de notícias Efe, a vice-presidente do Banco Mundial(BM) para a América Latina e oCaribe, Pamela Cox, também afir-ma que o Brasil, ao lado do Chi-le, é o país da América Latina quemenos sentirá a crise.

Alguns dados já revelam essesaldo positivo. De acordo com apesquisa do Instituto Brasileiro deGeografia e Estatística (IBGE), aprodução industrial brasileiracresceu 2,3% em janeiro desteano. Esse índice representa umcrescimento após três meses (desetembro a dezembro) de resulta-dos negativos no setor.

Ainda para Pochmann, essa éuma crise muito heterogênea naqual existem regiões do Brasil queforam muito afetadas, como é ocaso da Sudeste – em especial SãoPaulo –, e outras que devido assuas atividades, não sentiram aforça com a mesma intensidade,como é a situação da região Nor-deste. “Podemos passar pela crisesem sentir os efeitos de outras na-ções”, diz o presidente do Ipea.

Em entrevista concedida ao Jor-nal Nacional, o secretário-geral

ibero-americano, Enrique Iglesias,declarou que as áreas da AméricaLatina estão atraindo a atenção dosinvestidores espanhóis, pois no ce-nário de crise não estão sendo atin-gidas como a Europa e os EstadosUnidos. Hoje, a Espanha tem umcontingente de cerca de três milhõesde pessoas sem emprego.

Apesar disso, os especialistas acre-ditam em maiores medidas governa-mentais. Como as grandes corpora-ções têm seu controle decisório ins-talado nos países nos quais a crise émais grave, Márcio Pochmann acre-dita que não podemos deixar a deci-são da economia brasileira serconduzida do mesmo modo.

Assim, para ele, o governo temdesempenhado direto o seu papel,porém com atitudes apenas adequa-das. “Precisamos de atitudes gover-namentais mais ousadas. O pacoteeconômico dos Estados Unidos daAmérica, por exemplo, é apenasuma medida de emergência, umasalvação para os bancos”, destaca.

Essas medidas são soluções delonga duração. “Ao meu ver, existeuma falta de convergência políticano caso das medidas anunciadaspelos EUA e a sua bolsa”, afirma oeconomista. Segundo ele, é precisoatenção pois a crise é sistêmica, atin-gindo não só o setor econômico,como também o social.

Outro economista e professorda Unicamp, Fernando Sarti, acre-dita que nesse momento os progra-

Do meu ponto de vista, o Brasil temmais condições de liderar esseprocesso de forma mais rápida,principalmente pelo fato de ter

reduzido sua dependência externa

Márcio Pochmann,economista e atual

presidente do Ipea daUnicamp

Fotos: Divulgação Ipea/Gustavo Granata

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mas de auxílio são bem-vindos e ex-tremamente necessários para o de-senvolvimento dos países, como é ocaso dos recursos disponibilizadospelo Banco do Brasil, Caixa Econô-mica Federal e também pelo BancoNacional de Desenvolvimento Eco-nômico e Social (BNDES).

Para o especialista, além dossetores que irão se destacar na re-cuperação da crise, como o setorda construção civil e os seus res-pectivos fornecedores, o momen-to traz uma boa oportunidadepara as redes de franquias solidi-ficadas. “Uma alternativa é adqui-rir franquias de redes consolida-das. Eu acredito que o modelo defranchising (franquias) é mais se-guro para investir nesse momen-to”, afirma Sarti.

Além desses setores, outras áre-as que devem apresentar crescimen-to são a têxtil e a calçadista. “Como câmbio favorecendo o mercadointerno e, consequentemente, se de-fendendo de produtos importados,estes setores devem voltar a gerarempregos e reaquecer a economia”.

Visão das empresasA Capri Brinquedos, empresa

que atua no segmento de CandyToys há mais de 20 anos, começou2009 melhor do que o ano passadofazendo com que a crise não tenhasurtido grandes efeitos. “Por pos-

suirmos um produto com valoragregado baixo, acreditamos quenão afete o bolso do consumidor.Para ter uma noção melhor, a únicamudança que tivemos foi o aumen-to no quadro de funcionários devi-do ao crescimento das vendas”, afir-ma o diretor comercial da empresaHenrique Sprovieri Galletti.

Apesar dos bons resultados, acompanhia sabe da desconfiança doconsumidor a longo prazo, masacredita que a curto prazo todosestão confiantes. E, segundoPochmann, a empresa tem razão.“Dados do Ipea mostraram que oconsumidor está apreensivo, masnão com falta de confiança. O co-mércio, por exemplo, teve um anointeressante”, explica.

Já a GGD Metals S/A, empresade siderurgia, sofreu algumas mu-danças devido à crise, porém vê omomento como sinônimo de pro-gresso para grandes profissionais.

De acordo com o ge-rente-geral de marketing daempresa, André Monteiro, a estra-tégia da organização foi focar pro-visoriamente, de outubro de 2008a fevereiro de 2009, no mercado na-cional devido ao processo de fusãode grandes companhias do setor.“Já estamos novamente analisandoo Mercosul com visitas em feiras eeventos e investimento em veícu-los de comunicação”, diz.

Para passar por essa turbulên-cia, a empresa está evitando gastosexacerbados que sejam sem cálculoe sem estudo dos analistas demarketing, no entanto, continuamcontratando uma média de dez pro-fissionais mensais e investindo maisde R$2 milhões em marketing.

Hoje em dia, a GGD MetalsS/A é patrocinadora do levantadorda seleção brasileira de vôlei, do trioelétrico da Ivete Sangalo (2009,

Henrique SprovieriGalletti, diretorcomercial da CapriBrinquedos

Divulgação

A única mudança que tivemosfoi o aumento no quadro de

funcionários devido aocrescimento das vendas

CAPA

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2010 e 2011) e de todo o proces-so de Branding com a fusão.

Apesar da necessidade de mu-danças, como maior controleoperacional, contratação de bonsprofissionais, estruturação emtreinamentos e prof iss iona-lização, a empresa está vendo be-nefícios na crise. “A crise leva-nos à criatividade, às invenções,aos descobrimentos e às grandesestratégias. Tivemos melhoria nasadministrações internas, equilí-

brio e ajuste econômico e estratégiasbem estruturadas. Devemos tomarmuito cuidado com a crise, pois falarde crise é promovê-la, e calar-se so-bre ela é exaltar o conformismo. De-vemos trabalhar”, conclui Monteiro.

De mesma opinião é a MCSConstruções, companhia de umdos setores mais atingidos pelacrise, o de construção. Para eles,antes da crise o mercado estavasuperaquecido, o que ocasionouuma inf lação nos preços dos

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Novos caminhos

Considerando as oportunidades em âmbito re-gional o presidente da Câmara de Comércio doMercosul e Américas, Miguel Paletta, acredita queas empresas não devem se preocupar com a cri-se, mas buscar novos caminhos para evitá-la.

“Independente do setor de atuação da empre-sa, a configuração do momento nos ensina duaslições: às empresas que atuam apenas no mer-cado brasileiro, internacionalizem-se; às que atu-am no exterior, alinhem-se às instituições”, afir-ma. Segundo ele, o processo de globalização estácada vez mais avançado e tornam-se prejudica-dos aqueles que se prendem a uma localizaçãoespecífica.

insumos e matéria–prima. Deacordo com o diretor AndersonGarcia, não se encontrava mão-de-obra qualificada e muitas em-presas sem capacidade técnica es-tavam entrando no mercado,aproveitando-se do momento decrescimento, o que ocasionou umdesequilíbrio competitivo do se-tor. “A crise serviu para ajustaros preços e o mercado aos pata-mares normais, o que trará bene-fícios para todos”, analisa.

André Monteiro,gerente-geral de

marketing da GGDMetals S/A

Devemos tomar muitocuidado com a crise, pois

falar de crise é promovê-la,e calar-se sobre ela éexaltar o conformismo

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PREFEITURA EM AÇÃO

Situada no coração de SãoPaulo, o estado mais desenvolvi-do do Brasil, Campinas vive seumelhor momento em décadas,tanto no campo econômicoquanto no social.

A cidade está hoje entre as dez quemais empregam no Brasil e, segundoestudo produzido pela Fundação

Getúlio Vargas, é a melhor cidade parase trabalhar do interior do país.

Vários motivos levam o empre-sário a decidir a sua vinda para a ci-dade, muitos destes motivos têmsido alcançados pelo empenho dosetor público municipal, em conjun-to com as outras esferas de poder,e, principalmente, pelo contato eapoio dos setores produtivos e or-ganizações não-governamentais.

O primeiro destes motivos éa localização privilegiada da cida-de. Campinas é sede de uma Re-gião Metropolitana composta por19 municípios que responde por3% do PIB nacional. Num raiode apenas 200 km, concentram-se mais de 30 milhões de habi-tantes, população equivalente aduas vezes a do Chile.

Um segundo importante fator

Valeria Abras

Romeu Santini *

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Campinas parainvestir, produzir

e viver

Campinas parainvestir, produzir

e viver

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de investimento na cidade é a infra-estrutura logística, que contemplaos modais ferroviário, rodoviário,aeroportuário e hidroviário. Asmais importantes e melhores ro-dovias do país cruzam Campinas,ligando a cidade às principais ca-pitais brasileiras.

O Aeroporto Internacional deViracopos, que já é o maior ae-roporto de cargas da América La-tina, é o grande portal de comér-cio exterior que interliga 180 pa-íses em todo o mundo. A malhaferroviária, permite o transportede cargas diretamente de Campi-nas até o Porto de Santos e embreve unirá, através do Trem deAlta Velocidade (TAV), Campi-nas ao Rio de Janeiro, passandopor São Paulo.

Outros pontos importantessão o capital humano e a forma-ção deste capital. Com escolastécnicas e profissionalizantes, 11faculdades e duas Universidades,entre elas, a Unicamp, Campinasconsegue atender as necessidadesdos empresários em relação amão-de-obra qualificada, no ní-vel superior e técnico.

Junto a isso, os diversos centrostecnológicos aliados ao pólo acadê-mico e as áreas exclusivas para em-presas de tecnologia formam a ca-pital da ciência e tecnologia comodesenvolvimento de conhecimentoe novos produtos.

Os pontos aqui citados trans-formam a cidade diariamente etrazem à tona sua vocação cos-mopolita e de relevância interna-cional. Os congressos nas áreasde negócios, saúde, esporte, edu-cação e turismo, entre outros, ul-trapassam os seis mil eventos/ano, mas, ainda sim, a responsa-bilidade social, econômica, eco-lógica, cultural e étnica, são tra-tados com respeito à susten-tabilidade e eqüidade de valorese de propósitos.

A cidade conta, apesar da pro-ximidade com a capital, com di-versos consulados, representaçõesinternacionais e câmaras de co-mércio bilaterais, que promovem

ainda mais a internacionalizaçãode nosso Município.

Neste ponto, soma-se a este pro-jeto a Secretaria Municipal de Coo-peração Internacional. Criada em1994, a Secretaria foi a primeira dogênero no âmbito Municipal, em todoo país. Mostrando, com isto, estarantenada com às mudanças globais.

Com dois objetivos principais,sendo o primeiro, a cooperação téc-nica nos mais diversos setores comosaúde, educação, política, entre outros,a secretaria elabora e recepciona pro-jetos que possam melhorar a vida dosseus cidadãos, como o intercâmbiocom outros países. Como segundoponto, a Secretaria trabalha no de-

Luiz Granzotto

senvolvimento econômico, atravésda divulgação das potencialidadesdo Município no exterior, da capta-ção de recursos e novos investimen-tos empresariais e também para oincremento do comércio exteriordas empresas aqui situadas.

Desta maneira, a Secretaria se co-loca como o primeiro parceiro lo-cal daqueles que pretendem empre-ender e se relacionar com a cidadede Campinas, que é hoje o melhorlugar para investir, produzir e viver.

Valeria AbrasLagoa doTaquaral

(esq.); Vistageral de

Campinas(acima); e o

Secretário RomeuSantini

* Secretário de CooperaçãoInternacional da Prefeitura deCampinas.

O conteúdo deste artigo é de inteira responsabilidade do autor e pode não refletir a opinião da Câmara.

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NOVAS FERRAMENTAS

Novastransações

Novastransações

SML pode ajudar comércio entre Brasil e ArgentinaTanara Danilevicz

Desde o dia 8 de outubro de2008, as transações de importaçãoe exportação entre Brasil e Argen-tina já podem ser feitas através desuas moedas locais, pelo Sistema dePagamento em Moeda Local(SML). A medida foi acordada pe-los bancos centrais dos respecti-vos países e tem como principaisobjetivos o maior acesso dos peque-nos e médios exportadores. Entreos benefícios previstos, a médio elongo prazo, estão a agilidade nas

negociações e a redução de custos,tanto financeiro como administra-tivo, já que será eliminada a figurado contrato de câmbio, operaçãomuitas vezes elitizada.

O sistema, a princípio, só podeser utilizado em operações de mer-cadorias com prazo que não exce-da a 360 dias contados do embar-que. Já os serviços, somente serãoadmitidos quando fizerem parte daprópria transação comercial, porexemplo, no caso da inclusão de fre-te e seguro, se fizerem parte de umaoperação de exportação. Em uma

venda CFR (custo e frete) além dopreço da própria mercadoria, inclui-se o valor de custos para embarquee o frete internacional. Tambémpoderão entrar no SML, as despe-sas bancárias que se constarem dascondições de venda pactuada.

Outra vantagem está também nataxa SML que será, teoricamente, maisfavorável aos agentes, pois é forma-da pelas taxas interbancárias real/dó-lar (PTAX) e peso/dólar (taxa de re-ferência). Essa taxa é divulgada napágina da internet do Banco Centraldo Brasil, no quadro de taxas, per-

SML pode ajudar comércio entre Brasil e Argentina

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manecendo disponível até a divulga-ção da taxa do dia útil seguinte.

De acordo com Angelo L.Lunardi, técnico em Comércio In-ternacional e consultor da Aduanei-ras para assuntos de Câmbio, Pa-gamentos Internacionais, In-coterms e Carta de Crédito, essamedida não deve ser vista comouma solução para todos os males.

“Certamente é mais uma opçãode negócios a ser testada por expor-tadores e importadores. E essa ope-ração só será realizada na medida emque for interessante para as duas par-tes, especialmente no que diz respei-to à taxa de câmbio dos dois países.Sendo de caráter facultativo e, por-tanto, mais uma opção de negócio,certamente a médio e longo prazostrará resultados positivos”.

Apesar de os bancos centrais es-tarem atuando apenas comointermediadores e o momento ser decautela nas empresas, devido à crise,o número das operações já realiza-das pelo SML, de outubro até de-zembro está aumentando cada vezmais (ver gráfico Estatísticas).

Gonzalo Martin Varas, do Go-verno de San Luis, da Argentina,acredita que o sistema irá aumen-tar as transações comerciais entreos dois países, porém sempre den-tro de uma ordem de equilíbrio de

interesses e acordos com benefí-cios mútuos. “O principal bene-ficiado será o empresário indus-trial, da pequena ou média empre-sa, que ao meu ver é o motor deuma economia, principalmentequando se está em crise”.

Diante desse cenário é impor-tante salientar que o momento desua implantação não foi dos me-lhores. “Em fins de setembro, co-meço de outubro, encontrávamosno olho do furacão da crise mun-dial. Nesses momentos os empre-sários não gostam de arriscar mui-to”, afirma Lunardi.

Novas oportunidadesA empresa especializada em de-

senvolvimento de software para Co-mércio Exterior, Softway, já ofere-ce em algumas das suas soluções, ocontrole da operação do SML. Naopinião do gerente de produtos dosistema de câmbio da Softway, CarloRomano, muitas empresas que têmtransações comerciais com a Argen-tina ainda não conhecem o SML ounão pararam para analisar suas pos-síveis vantagens.

“Por ser uma operação recente,ainda há uma certa insegurança emrealizar esta operação. Em outras al-terações já ocorridas na legislaçãocomo, por exemplo, a possibilida-

Estatísticas

*Fonte: Banco Central do Brasil

de de pagar as obrigações no exte-rior com recursos oriundos de ex-portação mantidos em contas noexterior, percebemos a cautela dasempresas, dúvidas operacionais eaté mesmo uma incerteza em rela-ção às exigências da Receita Fede-ral”, explica Romano.

Apesar disso, o gerente daSoftway ainda alerta que essa me-dida pode ser mais uma oportuni-dade diante da crise mundial e citaalgumas vantagens, dependendo daanálise de cada empresa. Entre elas:

- Redução de custo da operaçãoem relação a um contrato de câm-bio: não há o custo do contrato decâmbio no SML e de taxas de cor-retagem. No caso do SML, podehaver a cobrança de tarifa bancária,que fica a critério de cada institui-ção financeira.

- Variação cambial: para os expor-tadores brasileiros elimina o risco davariação cambial e para osimportadores, o risco da variaçãocambial será transferido do dólar ame-ricano para o peso argentino, o que,dependendo do caso, é vantajoso.

De mesma opinião, o professorde câmbio, Lunardi, ainda revela queesse, na verdade, é um projeto pilo-to e que pode ser posteriormenteaberto para outros países, principal-mente do Mercosul.

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CASE DE SUCESSO

Para Primo Mamadeiras, parceria com aCâmara de Comércio do Mercosul é essencial

Há apenas seis meses com par-ceria firmada junto à Câmara de Co-mércio e Indústria do Mercosul eAméricas, a Primo Mamadeiras,empresa especializada em puericul-tura leve e pesada, já se tornou umverdadeiro caso de sucesso.

A companhia acabou de fecharum novo acordo na Europa e acre-dita nos benefícios para os consu-midores locais. “No nosso novoprojeto, realizado com outra empre-sa do segmento, teremos um au-mento de mix considerável, o queirá beneficiar o consumidor brasi-leiro, bem como de outros países”.

O diretor da Primo Mamadei-ras, José Roberto P. Campos, afir-ma que a colaboração da Câmara,com seus apoios oficiais, será es-sencial para dar mais agilidade nes-sa etapa, pois seus produtos neces-

Tanara Danilevicz sitam de vários registros, gerandodemora nos processos.

Ele ainda explica que o objetivoinicial com a parceria é a expectati-va de negócios com países comoArgentina, Cuba e México. Comuma ampla carteira de produtos aempresa passou a atingir tambémtodas as classes sociais.

“Queremos expandir o nossomercado consumidor e a parceriacom a Câmara é excelente no sentidode orientar, traduzir a cultura local econcretizar negócios. Além disso ain-da contamos com a colaboração, nosentido de gerar distribuidores e no-vas alternativas de negócios”.

De acordo o diretor de RelaçõesInternacionais da Câmara de Co-mércio do Mercosul, FábioTorquato, a parceria já está mostran-do resultados e a probabilidade éde que estes sejam ainda melhores.“Sempre que trabalhamos com al-

guma empresa, analisamos seu per-fil, e com a Primo não foi diferen-te. Verificamos um grande poten-cial para se desenvolver noMercosul, contando com o apoioda Câmara em todas as etapas doprocesso de internacionalização”.

Para 2009, as expectativas de cres-cimento são excelentes e ficam porconta tanto do mercado interno,como do mercado externo. Em con-junto com a Câmara, a intenção atualda Primo é focar nas feiras internaci-onais, isso devido ao sucesso que foia Feira Alimentaria 2008, em BuenosAires, já que o público era desupermercadistas e, portanto, compoder de decisão para definir mix.

“Como a agilidade é fundamen-tal, contamos com a Câmara queoferece aos seus associados uma es-trutura vertical de negócios o quefacilita muito a vida das pequenas emédias empresas”, conclui Campos.

A empresa existe há 10 anosaproximadamente. Anteriormen-te atuavam exportando para Ale-manha, onde era uma unidade deprodução da Julius Zollnner, com-panhia alemã com mais de 50 anosno mercado. A partir de 2008,

Para Primo Mamadeiras, parceria com aCâmara de Comércio do Mercosul é essencial

Primo MamadeirasPrimo Mamadeiras

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com a procura por novos merca-dos, como o grande varejo brasi-leiro e argentino, os atacadistasbrasileiros e os Baby Shops inici-aram uma nova etapa na empre-sa, na qual o foco no consumi-dor e o serviço ao parceiro co-

mercial passaram a ser tarefas di-árias. Atualmente operam em todoo território nacional no segmen-to de puericultura leve e pesada:mamadeiras, chupetas, bicos,brinquedos, acessórios infantis ecadeiras de segurança.

Contrato coma Europa

Contrato coma Europa

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NOVOS PARCEIROS

Crise: Momentopara juntar forçasCrise: Momentopara juntar forças

Parceiro há pouco mais de umano da Câmara de Comércio doMercosul e Américas, o Governo deSan Luis, Argentina, busca unir for-ças para superar a crise. Segundo oassessor e representante do gover-no argentino no Brasil GonzaloMartin Varas, o país está acostuma-do a passar por crises.

Com isso ele acredita que esse éo momento certo para trabalhar emconjunto. “Vejo essa como maisuma crise, só que global. Dessemodo sempre busco tirar algo depositivo dessa situação. Em relaçãoao meu país, vejo que irá superá-la,assim como o Brasil, porque somospaíses, por natureza, muito ricos”.

Gonzalo acredita que, para

Tanara Danilevicz

2009, as expectativas são muitas eo principal objetivo está na conquis-ta de novos mercados, negócios eparceiros, sejam privados ou públi-cos, porém que sejam principal-mente dentro do Mercosul.“Estamos com ações para colabo-rar com o Mercosul. Acreditamosque algum dia, esse possa vir a serum bloco econômico unido, respei-tado e forte. Os economistas vãofalar que é um ‘bloco perfeito’,como o da comunidade européia”.

De acordo com o presidente daCâmara, Miguel Paletta, dentro daconfiguração do Mercosul e daAmérica Latina, a Argentina repre-senta uma das maiores economias,depois de Brasil e México.

“Hoje a Argentina é o maiorparceiro comercial do Brasil, umgrande comprador de seus produ-tos. Fatos como esses explicam aimportância do país no comércioregional e, portanto, parcerias quefortaleçam ainda mais a relação dopaís com os demais integrantes dobloco são muito positivas”, diz opresidente da Câmara.

Segundo declaração do governoargentino, o Produto Interno Bru-to (PIB) do país cresceu 7% em2008, porém alguns analistas acre-ditam que o número real girou emtorno de 4% a 6%. Já no Brasil, oministro da Fazenda, Guido Man-tega, afirmou em entrevista que aintenção é fazer o país crescer 4%

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em 2009. Outra previsão positi-va veio do presidente do BancoCentral, Henrique Meirelles, quedeclarou que, neste ano, o Brasilterá um crescimento da economiaacima da média mundial.

Entre os pontos principais quemotivaram a aliança com a Câmarade Comércio do Mercosul estão aconfiança, segurança e respeito peloempresário. “Primeiro de tudo,acredito na integração de pessoas,culturas, pensamentos e, sobre tudo,dos negócios. Além de conhecer o

presidente há um bom tempo, es-ses motivos nos levam a acreditarna Câmara”, afirma Gonzalo.

Para Paletta, a parceria como Governo de San Luis cheganum momento muito importan-te para o desenvolvimento denegócios na região, devido à tur-bulência internacional e a maiornecessidade das empresas por umapoio de instituições para se de-senvolver em suas atividades.

“Com este tipo de união, po-deremos fazer com que as diver-

sas oportunidades de negóciosexistentes, neste caso da Argen-tina, cheguem aos empresários,criando maiores opções de inves-timentos, intercâmbio comerciale transferência de tecnologia”,esclarece Paletta.

Ele explica que essa parceriafortalecerá o Mercosul e Améri-ca Latina como um todo, uma vezque hoje há um déficit na propa-gação de boas oportunidades, si-tuação que a Câmara tem traba-lhado para reverter.

Vejo essa como mais umacrise, só que global. Dessemodo sempre busco tiraralgo de positivo dessasituação

Gonzalo MartinVaras, assessor erepresentante do

Governo San Luis,Argentina, no

Brasil

Arquivo

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OPORTUNIDADES DE NEGÓCIOS

Ofertas

Materiais para ManufaturaEmpresa de Massachusetts

(USA), produtora de partes metáli-cas de canetas, instrumentos médi-cos, embalagens de cosméticos, par-tes automotivas, ferramentas, itensde decoração e afins. A empresatambém pode manufaturar de acor-do com o pedido do cliente. Buscaparceiros/distribuidores/represen-tantes no Brasil. Cód. 004.

Serviços em SaúdeEmpresa de Massachusetts

(USA) que gere TI para ciências davida. Busca parceiros que conheçamas necessidades do mercado brasi-leiro para pequenas e médias em-presas a fim de entender como es-tas gerenciam seus dados. Cód. 025.

HospitaisHospital de Massachusetts (USA)

ligado à Universidade de Harvard com184 anos de história dedicados em for-necer cuidados de primeira classe a pa-cientes e no ensino e pesquisa dedisfunções dos olhos, ouvidos, nariz,garganta, cabeça e pescoço. A equipedo Escritório Internacional coordenao tratamento de pacientes estrangei-ros. O Hospital busca instituições par-ceiras, pacientes e profissionais interes-sados. Cód. 020.

Materiais de ConstruçãoEmpresa de Massachusetts (USA)

especializada em produtos capazes detornar qualquer tipo de piso (seja in-terno ou externo) antiderrapante,bem como banheiras, sem alterar aaparência da superfície e tendo suaeficiência mantida por um períodomínimo de cinco anos para pisos ede um ano para banheiras. Busca par-ceiros/distribuidores/representantesno Brasil. Cód. 013.

ConstruçãoEmpresa da Colômbia de estru-

turas metálicas busca parceiros, dis-tribuidores ou representantes noBrasil. Cód. 059.

CerâmicaEmpresa da Nicarágua produto-

ra de equipamentos sanitários em ce-râmica busca parceiros, distribuidoresou representantes no Brasil. Cód. 060.

BrinquedosFábrica argentina de jogos

educativos, busca empresas brasilei-ras importadoras, distribuidoras,atacadistas e supermercados parasua linha de jogos didáticos para es-tímulo de bebês e crianças com ida-de pré-escolar. Cód. 048.

Biotecnologia / MedicinaEmpresa de Massachusetts

(USA) produtora de kits de análi-se para diagnósticos em laborató-rios clínicos, kit de teste para do-ença de Lyme pelo método ELISAe Western Blot (teste HIV ecisticercose) e miniblotters parapesquisa de proteína e hibri-dizações, busca parceiros/distri-buidores/representantes no Brasil.Cód. 001.

Bens de ConsumoEmpresa de Massachusetts

(USA) especializada em produtos li-gados à saúde, sexo seguro e beleza.Sua linha inclui diferentes tipos depreservativos (masc. e fem.), preser-vativos customizados (com logo daempresa), lubrificante íntimo, cami-setas, roupa íntima e outros. Buscaparceiros/distribuidores/represen-tantes no Brasil. Cód. 005.

BebidasEmpresa brasileira da Bahia, pro-

dutora de cachaça, busca parceiros/distribuidores/representantes na re-gião sudeste e no exterior. Cód. 065.

Frutos do MarEmpresa do Panamá produtora

de camarão de cultivo, busca par-ceiros, distribuidores ou represen-tantes no Brasil. Cód. 058.

Ferramentas PneumáticasEmpresa de Massachusetts

(USA) produz ferramentas de arcomprimido. Sua linha inclui ferra-mentas para cortar, moldar e des-travar, especialista em ferramentasmanuais pneumáticas e ferramen-tas de design customizado. Buscaparceiros/distribuidores/represen-tantes no Brasil. Cód. 015.

Equipamentos HospitalaresEmpresa de Massachusetts (USA)

é produtora especializada em equipa-mentos de imagens médicas (radio-grafias digitais e outros) e equipamen-tos de suspensão de pacientes. Está àprocura de distribuidores para seusequipamentos no Brasil. Cód. 018.

SaúdeEmpresa argentina dedicada

desde 1958 a embalagens e acessó-rios para laboratórios médicos, cos-méticos e alimentícios, está interes-sada em realizar intercâmbio co-mercial com industriais e/ou dis-tribuidores brasileiros. Cód. 049.

SaúdeEmpresa argentina dedicada a

importação, distribuição, fabricação evenda de insumos e equipamentosmédicos, habilitada pela ANMAT ecom clientes em todo o país, buscacomprador ou sócio para incrementarseus volumes de negócios. Cód. 051.

SaúdeEmpresa argentina de desenvolvi-

mento de software, especializada emengenharia de processos, busca em-presas no Brasil para comercializarseus produtos e serviços. Cód. 050.

Materiais de ConstruçãoEmpresa brasileira de torneiras

e metais sanitários busca parceiros/distribuidores no exterior. Cód. 066.

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Demandas

CalçadosEmpresa do Equador busca for-

necedores de acessórios para calça-dos, como couro sintéticos, plan-tas PVC, etc. Cód. 054.

Matéria-primaEmpresa da Espanha busca for-

necedores de produtos fabricadosem cartão PVC, polipropileno ecouros para uso escolar. Cód. 056.

AlimentosEmpresa do Peru busca forne-

cedores de polpa de frutas comqualidade de exportação. Cód. 063.

Cama, mesa e banhoEmpresa argentina busca forne-

cedores de toalhas de todos os ta-manhos. Cód. 047.

Matéria-primaEmpresa estatal de Cuba procura

fornecedores de matéria-prima parafabricação de PET e embalagens.Possui a fábrica mas necessita maté-ria-prima. Disponível a importação,produção cooperada, consignação ouqualquer outra modalidade que sejaatrativa para ambos. Cód. 046.

AlimentosEmpresa do Peru busca forne-

cedores de sucos concentrados defrutas tropicais e não tropicais.Cód. 052

MadeiraEmpresa da Bolívia busca for-

necedores de madeiras serradas,verniz, cola, etc. Cód. 055.

TecnologiaEmpresa de Cuba necessita

tecnologia para produzir móveis eutensílios para cozinha, de aço ino-xidável. Disponível a importação,produção cooperada, consignaçãoou qualquer outra modalidade queseja atrativa para ambos, pois jápossui compradores para seus pro-dutos. Cód. 041.

EletrodomésticoEmpresa de Cuba procura

fornecedores de eletrodomésti-cos, televisores ou eletrodomés-ticos que sejam econômicos. Pos-sui uma fábrica de televisorescom capacidade para produzir300 por dia. Disponível a reali-zar uma produção cooperada.Cód. 036.

HigieneEmpresa da Argentina busca

fornecedores de fraldas des-cartáveis. Cód. 057.

Higiene e limpezaEmpresa estatal de Cuba pro-

cura fornecedores de concentra-dos para produtos de higiene elimpeza. Disponível a importa-ção, produção cooperada, con-signação ou qualquer outra mo-dalidade que seja atrativa paraambos. Cód. 042.

HotelariaEmpresa de Cuba procura for-

necedores de equipamentos parahotéis em geral, como carrinhos,mesas inoxidáveis, etc. Disponívela importação, produção cooperada,consignação ou qualquer outramodalidade que seja atrativa paraambos. Cód. 031.

Matéria-primaEmpresa de Cuba procura for-

necedores de resinas de diferentestipos para a produção de produtosplásticos. Consomem aproximada-mente 20.000 toneladas por ano dediferentes tipos. Disponível a im-portação, produção cooperada,consignação ou qualquer outramodalidade que seja atrativa paraambos. Cód. 039.

Matéria-primaEmpresa de Cuba procura for-

necedores de matéria-prima parafabricação de móveis metálicos ede madeira. Possuem uma fábrica.Disponível a importação, produçãocooperada, consignação ou qual-quer outra modalidade que seja atra-tiva para ambos. Cód. 040.

Matéria-primaEmpresa de Cuba procura for-

necedores de polipropileno, poispossuem uma fábrica de bolsasplásticas e embalagens em geral,incluindo garrafas plásticas. Dispo-nível a importação, produção coo-perada, consignação ou qualqueroutra modalidade que seja atrativapara ambos. Cód. 037.

Infra-estruturaEmpresa de Cuba procura for-

necedores de luminárias públicas edomésticas, incluindo seus supor-tes. Disponível a importação, pro-dução cooperada, consignação ouqualquer outra modalidade que sejaatrativa para ambos. Cód. 033.

Matéria-primaEmpresa estatal de Cuba procu-

ra fornecedores de poliespuma, poisproduzem molas flutuantes com essematerial. Disponível a importação,produção cooperada, consignaçãoou qualquer outra modalidade queseja atrativa para ambos. Cód. 044.

TecnologiaEmpresa de Cuba possui cen-

tro de pesquisas sobre antenas eprocura parceiros que possam for-necer know-how e tecnologia. Dis-ponível a importação, produçãocooperada e consignação. Cód. 030.

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MERCOSUL EM FOCO

Os númerosnão mentem

Desde 2003 exportações da região doMercosul cresceram acima da média mundial

A evolução do comércio mun-dial nas últimas décadas atingiu pa-tamares elevados e importantes parao desenvolvimento das nações. Re-flexo da melhora no panorama eco-nômico dos países em desenvolvi-mento, este crescimento esteve ba-seado nas transformações da estru-tura produtiva global.

Houve um importante movi-mento nos países em desenvolvi-mento, no qual passaram a hospe-dar empresas ligadas, principalmen-

te, a bens industriais manufaturadosenquanto suas matrizes focaram suasatividades em seus core business. Issotudo é resultado do desenvolvimen-to das práticas de administração seadequando às novas tecnologias e ànova realidade mundial.

Dados do Fundo MonetárioInternacional (FMI) e da Organi-zação para a Cooperação e Desen-volvimento Econômico (OCDE)mostram um crescimento vertigino-so do comércio mundial entre adécada de 1980 e os dias atuais, fatoeste impulsionado pelo movimen-to de liberalização do comércio

mundial na década de 1990. Vejamosum exemplo: nos anos 90, as expor-tações mundiais mais que dobraramem relação à década anterior, en-quanto que somente entre os anosde 2000 e 2007 o crescimento rela-cionado aos anos 90 já era de 60%.

Seguindo esta disposição das re-lações comerciais mundiais, oMercosul também cresceu, indo alémda média mundial. Considerandocomo “Mercosul Ampliado” os paí-ses da América do Sul, vemos que aregião conseguiu desenvolver suasrelações comerciais ao mesmo tem-po em que alguns países, como Bra-

Fábio Torquato*

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sil, Argentina, Venezuela, Colômbiae Chile, acumularam nos últimos anosimportantes reservas internacionais.Aliando o crescimento do ProdutoInterno Bruto (PIB) acima da médiamundial ao relativo controle da infla-ção, estes países têm apresentado umbom crescimento econômico, prin-cipalmente nos últimos anos.

Analisando as exportações des-te “Mercosul Ampliado”, nota-seque desde o ano de 2003 as expor-tações da região cresceram acima damédia mundial e muito acima dosíndices apresentados pelos paísesdesenvolvidos. Com relação às im-portações, a região também supe-rou o crescimento mundial médio,assim como o das economias cen-trais, o que demonstra que o volu-me de comércio na região esteve econtinua aquecido nos últimosanos. Isso exibe não só um desen-

volvimento nas relações comerciais,como também é reflexo do desen-volvimento industrial destes países.

Desde a assinatura do Tratado deAssunção, que criou o Mercosul, fo-ram firmados uma série de acordosde cooperação econômicos, financei-ros e comerciais entre os países daregião e do bloco com outras partesdo globo. Estes atos internacionaisforam responsáveis por impulsionaro comércio industrial na América doSul, que ganhou maior dinamismo. Seanalisarmos as taxas de crescimentomédio do PIB destes países compa-radas aos mesmos dados relativos aomundo, verificamos que, desde 2004o “Mercosul Ampliado” tem supera-do o crescimento médio mundial.

Assim, podemos observar que,mesmo com os impasses da Rodadade Doha na Organização Mundial doComércio e as críticas ao Mercosul,

verificamos que os poucos tratadosfirmados ajudaram os países da re-gião a se desenvolver e crescer acimada média mundial. A atual conjuntu-ra internacional traz maior força à jáexistente pré-disposição em aproxi-mar-se de países vizinhos e desenvol-ver relações internacionais regionais.Neste sentido, o Brasil se encontra emuma posição privilegiada, uma vez quemantém um bom relacionamentocom os países latino-americanos.

Os números do comércio inter-nacional são positivos para os paísesdo Mercosul e região, cabe aos playersdeste jogo assumir os fatos e conti-nuar agregando bons resultados às es-tatísticas e seus negócios.

* Fábio Torquato é diretor deRelações Internacionais da Câ-mara de Indústria e Comércio doMercosul e Américas.

Reservas Internacionais, em milhões de dólares

2008

2004

2005

2006

2007

Chile Argentina Colômbia Venezuela Brasil

15938.2

16133.4

17237.2

16792.2

20505.5

17197.8

23703.6

25577.7

41013.1

47740.9

11599.8

13724.2

14660.8

19372.0

22544.7

22461.4

27846.3

32301.1

29323.8

35084.9

50820.2

58524.4

67964.5

142689.5

200139.7

*Fonte: Banco Central de cada país

Taxa de crescimento das exportações em relação ao ano anterior (%)

*Fonte: Monetário Internacional (FMI)

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ACONTECE

O Secretário de Cooperação Internaci-onal de Campinas, Romeu Santini (esq.),e o presidente da Câmara de Comérciodo Mercosul e Américas, Miguel LujanPaletta (dir.), durante reunião na sede daCâmara em São Paulo.

O encontro, que aconteceu em feve-reiro, marca o início do convênio entre asentidades que tem como objetivo criarmais oportunidades de negócios às em-presas da região de Campinas.

Fábio Torquato

Oportunidades de negócios

Fábio Torquato

No final de fevereiro, o vereador pelo PC do B,Netinho de Paula (dir.), reuniu-se com o presi-dente da Câmara de Comércio do Mercosul eAméricas, Miguel Lujan Paletta (esq.), na sededa entidade. O incentivo às exportações de em-presários brasileiros foi a pauta da reunião, quetambém serviu como troca de experiências so-bre a TV Mercosul.

Mais exportações

O diretor de negócios de empresabelga de cerveja, Jean-PierreMispreuve (dir.), encontrou o presiden-te da Câmara de Comércio do Mercosule Américas, Miguel Lujan Paletta (esq.),na sede da Câmara para negociar aentrada de seus produtos no Mercosul.

De olho no Mercosul

Fábio Torquato

Fábio Torquato

Fevereiro também foi o mês em que aconteceuo encontro entre o Representante do Governo deSan Luis no Brasil, Gonzalo Martín Varas (esq.), opresidente da Câmara de Comércio do Mercosul eAméricas, Miguel Lujan Paletta, e o advogado doLopes da Silva & Associados, Mauricio AníbalCanero (dir.), na sede da Câmara. Na ocasião, foinegociada a assinatura de Convênio com o Go-verno de San Luis para cooperação nas áreas decomércio exterior e investimento estrangeiro.

Investimento estrangeiro

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Fábio Torquato

O intercâmbio comercial entre Marrocose o Mercosul foi o tema do encontro entreo presidente da Câmara de Comércio doMercosul e Américas, Miguel Lujan Paletta(esq.), e o presidente da Câmara deComércio e Indústria Brasil-Marrocos,Bouchaib Safir (dir.), no final de janeiro.Na reunião, que aconteceu na sede daCâmara de Comércio e Indústria Brasil-Marrocos em São Paulo, foi discutida apossibilidade da abertura de Comitê doMercosul no país.

Parcerias

O diretor de Relações Internacionais da Câmara de Comércio do Mercosule Américas, Fábio Torquato, conversou com o secretário executivo da Agên-cia do Grande ABC, Fausto Cestari Filho, sobre as possíveis parcerias entre asduas entidades. O encontro aconteceu durante as comemorações do dia doComércio Exterior e o lançamento oficial do ABCex – Fomento ao ComércioExterior do Grande ABC no dia 28 de janeiro.

Comércio Exterior

Fotos: ABCex

O presidente da Câmara de Comércioe Indústria Brasil-Iraque, Jalal Jamel D.Chaya (esq.), e o presidente da Câmarade Comércio do Mercosul e Américas,Miguel Lujan Paletta (dir.), reuniram-seno início de fevereiro para negociar a com-pra e venda de produtos dos associadosdas duas entidades. O encontro aconte-ceu na sede da Câmara de Comércio eIndústria Brasil-Iraque em São Paulo.

Intercâmbio

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RESPONSABILIDADE SOCIAL

JuventudeengajadaJuventudeengajada

Com atividades que promovem valoreshumanos, ONG reúne jovens ao redor do mundo

Acordado em Campinas, o gran-de diferencial da entidade é justa-mente a proposta divertida e sériados jovens voluntários que precisamdedicar apenas um período do diapor mês no projeto. Seja por meiode atividades educativas ou apenasrecreativas, ele explica que esses co-laboradores são os responsáveis porformar elos de consciência social eestimular a absorção de valores im-portantes pelas crianças.

Mas engana-se quem pensa queo perfil jovem do grupo pode atra-palhar em algo o trabalho da insti-tuição. Voluntário há dois anos,Agustini conta que, além de ajudarna interação com as crianças, essacaracterística é uma das grandes res-ponsáveis pelo sucesso da entida-de. Somente em Campinas, o gru-po possui um banco de 500 cola-boradores e atende, aproximada-mente, mil crianças por ano. Da

mesma forma como aconteceu comele, a semelhança de idade faz comque as pessoas se aproximem e aca-bem chamando seus amigos paraparticiparem das atividades promo-vidas pela ONG. “A parte de juven-tude ajuda também no relaciona-mento entre voluntários, que mui-tas vezes saem juntos e promovemconfraternizações”, comenta.

Assim como Agustini, Leonar-do Zuluaga, diretor do “SoñarDespierto” em Medellín (246 km deBogotá), Colômbia, acredita que apouca idade dos voluntários da en-tidade é um ponto positivo. Se noinício pode causar estranheza porparte de alguns, basta conhecermelhor o trabalho da ONG paraperceber a seriedade com que essesjovens tratam o assunto. Zuluagaafirma ainda que a relação com asempresas parceiras é excelente, por-que elas logo vê em que a equipe é

Martha Romano

Divulgação

EEEEEEm 1998, um jovem mexicanoda cidade de Monterrey (949 km daCidade do México), México, deci-diu criar uma Organização Não-Governamental (ONG) que desper-tasse o interesse da juventude. Paraisso, era necessário um projeto queatraísse pessoas dispostas a contri-buir na formação e no desenvolvi-mento de uma nova sociedade. Efruto desse desejo de um garoto de19 anos foi que o “SoñarDespierto”, conhecido no Brasilcomo Sonhar Acordado, surgiu. 11anos depois, a ONG, que tem comoprincipal pilar a promoção de valo-res humanos a crianças mais caren-tes, está presente em diversas cida-des da América do Sul, Europa,Estados Unidos e México.

Segundo Rodrigo Agustini, di-retor de Comunicação do Sonhar

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composta por pessoas sérias, orga-nizadas e, acima de tudo, criativas.“Em vez de se voltarem exclusiva-mente aos estudos e ao trabalho, es-ses jovens dedicam-se a fazer o bemaos demais”, disse. Com uma basede quase dois mil voluntários, a uni-dade de Medellín beneficia mais decinco mil crianças todos os anos.

No Brasil, o Sonhar Acordadoestá presente nas cidades de SãoPaulo, Rio de Janeiro, Belo Hori-zonte, Fortaleza, Maringá, Brasília,Recife, Porto Alegre, Campinas eCuritiba. Já na Colômbia, a institui-ção atua em Medellín, Bogotá,Bucaramanga, Manizales, Barran-quilla, Pereira, Armenia e Tunja.

Danilo Nannini conheceu o trabalho do SonharAcordado por meio de uma amiga de infância. Na épo-ca, ele participou do Dia de Sonho (ver Box Projetos doSonhar Acordado em Campinas) e gostou muito. Porconta disso, resolveu conhecer outros eventos promovi-dos pela ONG e começou a sugerir idéias. Após seis mesesparticipando das atividades, ele conta que sentiu a vonta-de de ser mais ativo dentro da organização.

No final de 2008, ele passou a ser o responsável peladiretoria financeira da unidade de Campinas. “Duranteas atividades é um momento mágico aonde esquecemos dosnossos problemas. Nos divertimos muito com as crianças.O tempo passa voando e no final restam ótimas lembrançase muita canseira, já que elas tem muita energia e não paramum minuto”, ressalta.

Trabalho voluntário

Projetos do Sonhar Acordado em Campinas

Sonhando JuntosPossui a difícil tarefa de levar

alegria e esperança a crianças debaixa renda internadas com doen-ças crônicas ou em fase terminal.Através de jovens voluntários, de-vidamente capacitados, são reali-zadas atividades educativas e recre-ativas com o objetivo de realizarum sonho de cada uma deles.

Amigos para SempreProjeto realizado por jovens

voluntários que desenvolvem ati-vidades com crianças carentes que

vão desde oficinas musicais e artís-ticas dentro da instituição a ativida-des culturais, esportivas eambientais fora da instituição (Ci-nema no Espaço Cultural, parqueecológico). Os objetivos são ativi-dades que estimulem a absorção devalores importantes pelas crianças.

Dia de SonhoO Dia de Sonho nasceu para dar

uma dimensão mágica ao contatoentre a criança e o voluntário. Estedia é transformado numa grandefesta na qual são transmitidos sen-

timentos e valores tão necessáriosà formação das crianças. O Dia deSonho é realizado com o apoio doHopi Hari.

Festa de NatalAs crianças participam de uma

festa de Natal muito especial, emque, envolvidas em uma atmosfe-ra de sonho, assistem a shows, par-ticipam de oficinas educativas e re-cebem o carinho e a atenção dosvoluntários. No fim da festa, elasrecebem um presente muito espe-cial das mãos do Papai Noel.

Durante uma das atividades doSonhar Acordado na Colômbia;Unidade de Medellín beneficiamais de cinco mil criançastodos os anos

Fotos divulgação

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TURISMO

Cidade do SolCidade do SolBelezas naturais e clima quente atraem mais dedois milhões de pessoas a Natal todos os anos

Martha Romano para que o crescimento do setorchegue a 5%”, revela.

São mais de 300 dias de sol porano, fator que torna a capital do esta-do do Rio Grande do Norte deten-tora do título de “Cidade do Sol”. Si-tuada entre o Rio Potengi e o Ocea-no Atlântico, o que faz com que aregião receba ventos constantes, Na-tal é conhecida também por ter o armais puro e renovável das Américasde acordo com a agência norte-ame-ricana NASA (Administração Naci-onal de Aeronáutica e Espaço).

Além de ser uma boa opção paraas pessoas que pretendem fugir dapoluição e buscar tranquilidade, o

secretário de turismo destaca ainfra-estrutura e as opções de lazerencontradas na cidade. No distritoturístico Via Costeira, por exemplo,os visitantes encontram hotéis eresorts à beira mar circundados porum parque natural formado pordunas e mata atlântica. “As opçõesde lazer, gastronomia e entretenimen-to atendem a todas as faixas etárias.Isso tudo no entorno de uma cidadeconsiderada a capital menos violentado Brasil”, diz.

Paisagens paradisíacas. Climaagradável. Ar puro. Infra-estrutura.Apesar de contar com essas carac-terísticas, Lima Junior conta que a

Martha Romano

EEEEEEm média, a cidade de Natalrecebe mais de dois milhões de tu-ristas por ano, afirma o secretáriode turismo do município, Francis-co Soares de Lima Junior. Para seter uma idéia, este número corres-ponde a mais do que o dobro dapopulação da cidade que, segundoa contagem realizada pelo InstitutoBrasileiro de Geografia e Estatísti-ca (IBGE), era de quase 800 mil ha-bitantes em 2008.

Contudo, engana-se quem pen-sa que Lima Junior pretende pararpor aí. “Para 2009 trabalharemos

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Fotos: Martha Romano

Praia de Ponta Negra(esq.); Vista durante

passeio de Buggy(acima); Área de

Proteção Ambiental(APA) das Dunas de

Genipabu (dir.)

Prefeitura Municipal de Natal estáincomodada com a forma com quea imagem do turismo da cidade estásendo veiculada.

Para mostrar essa preocupa-ção, foi lançada recentementepela prefeita Micarla de Souza acampanha “Natal Feliz Cidade”.O objetivo dessa iniciativa é le-vantar a auto-estima da popula-ção local, mostrando que o povopotiguar é feliz e sabe receberbem o turista.

Questionado sobre se a criseeconômica mundial pode atrapa-lhar seus planos para este ano, osecretário é otimista. “Embora a

crise econômica realmente venhagradativamente atingindo a ativida-de turística em todo o mundo, oque se espera com relação ao Nor-deste do Brasil é uma possível re-dução do fluxo internacional, masum crescimento considerável nademanda nacional e regional”.

Ele ainda explica que a desva-lorização do real frente ao dólaraquecerá o mercado nacional. Emcontrapartida, será necessário in-vestir um pouco mais na área decaptação de eventos para que sepossa melhorar os equipamentosde convenções, com criatividadee investimentos em mídia.

Mais desenvolvimentoO Plano Estratégico de Desen-

volvimento Turístico aparece tam-bém como outra ação voltada parao setor. O consultor de turismo Pau-lo Gaudenzi chegou a Natal no iní-cio de fevereiro para iniciar os tra-balhos de elaboração do Plano. Oobjetivo desta medida é dotar o mu-nicípio de um instrumento capaz deorientar as ações respaldadas por to-das as entidades que atuam na área.

Segundo o Secretário de Turis-mo, esse plano se reveste de grandeimportância para o município, aopasso que as propostas apresenta-das resultaram da análise de idéias

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TURISMO

praias do litoral norte, lagoas deáguas doces, restaurantes de comidaregional, de passear de dromedárioe de praticar o “esquibunda”. Nestaatividade, os interessados descem asdunas em cima de pranchas de ma-deira até cair na lagoa.

No outro extremo, a 85km deNatal, no município de Tibau do Sul,localiza-se uma das praias mais fa-mosas do Rio Grande do Norte.Pipa, que originalmente era uma al-deia de pescadores frequentada ape-nas por surfistas, hoje é conhecidapor ter uma das noites mais movi-mentadas do estado.

Para os interessados em história,o Forte dos Reis Magos é uma para-da obrigatória. Com um formato se-melhante ao de uma estrela, a forta-leza foi o marco inicial da cidade deNatal e encontra-se no lado esquer-do da barra do Rio Potengi, próxi-mo à Ponte Newton Navarro. Rece-beu este nome em função da datade início da sua construção, 6 de ja-neiro de 1598, dia de Reis pelo ca-lendário católico.

Ponte Newton Navarro: encontro do Rio Potengi e domar (acima); Praia do Amor em Pipa (abaixo).

Fotos: Martha Romano

Se o início de dezembroé o período em que o visi-tante escolheu para visitarNatal, é preciso ficar aten-to. É nesta época que acon-tece o maior carnaval fo-ra de época do país, oCarnatal.

Durante 18 anos, o e-vento recebeu mais de 13milhões de pessoas do Bra-sil inteiro que tomaramconta das ruas.

Neste tempo, forammais de 20 blocos e asprincipais bandas de su-

Carnatal

apontadas por quem vive o dia-a-dia da atividade na capital potiguar.Para Lima Junior, os principais de-safios na elaboração do Plano se-rão exatamente a identificação edefinição correta dos entraves quedificultam o desenvolvimento daatividade e, ao mesmo tempo, apre-sentar as soluções compatíveis, con-siderando os aspectos técnicos, po-líticos e financeiros.

Atrações turísticasCom emoção ou sem emoção?

Ao ouvir essa pergunta o turistaprecisa prestar atenção. Ela geral-mente será feita antes do passeiode Buggy que tem início nas du-nas de Genipabu, praia localizadano litoral norte a 25 km de Natal,no município de Extremoz. Mas seoptar pela primeira opção o visi-tante não precisará ter medo. Ape-nas profissionais credenciados sãoautorizados a fazer o passeio parazelar pela segurança.

Ao longo do passeio que dura odia inteiro, a pessoa também terá aoportunidade de conhecer outras

cesso da música baiana.No entanto, se o turistanão gosta deste tipo defesta, basta ficar longe daárea em que os blocospassam, principalmente apartir das 16h00.

Mas se a pessoa buscaagito, axé e animação,deve anotar no calendárioos dias que acontecerá oCarnatal deste ano – 3 a 6de dezembro – e começara programar-se.

Mais informações no sitewww.carnatal.com.br.

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TURISMO

Poços de Caldas -a princesa da serraCom cachoeiras e cascatas, a cidade mineira mostraporque atrai tantas pessoas em busca de descanso

Poços de Caldas -a princesa da serra

Rosmally

Com cachoeiras e cascatas, a cidade mineira mostraporque atrai tantas pessoas em busca de descanso

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Conhecida por sua beleza etranquilidade, Poços de Caldas é umacidade localizada no sul de Minas Ge-rais, na Serra da Mantiqueira. Comdestaque para suas águas sulforosas,as fontes e nascentes chamam a aten-ção dos turistas. Em entrevista con-cedida à revista Mercosul for export,a secretária municipal de turismo ecultura de Poços de Caldas, TerezaNavarro, fala sobre as belezas natu-rais do lugar e nos conta as progra-mações do local.

Mercosul for export - Quais sãoas principais atrações de Poços deCaldas?Tereza Navarro - A cidade de Po-ços de Caldas recebe turistas que vemem busca, principalmente, de descan-so e lazer. A procura pelas águas quecuram e relaxam são responsáveis pelafundação da cidade, e são muito pro-curadas até os dias de hoje. Além dis-so, o clima de montanha convida aosprazeres da boa cozinha mineira, dosdoces-de-leite e queijos mineiros. Jáos atrativos naturais como cachoei-ras e cascatas, montanhas e mata exu-berante, são convites ao vôo livre eao turismo ecológico. O mais novoatrativo da cidade é a Sinfonia dasÁguas, um espetáculo musical ao arlivre com a apresentação da Orques-tra Sinfônica Municipal.

ME - Vocês estão sendo afeta-dos pela crise?TN - Temos informações que a ci-dade está sendo afetada pela crise

no que diz respeito à arrecadaçãomunicipal, no entanto no setor tu-rístico, a previsão é que a crise fa-voreça o mercado interno. Com aalta do dólar e consequente aumen-to dos pacotes turísticos para o ex-terior, a tendência é que as pessoasprocurem destinos mais baratos nopróprio território brasileiro.

ME - Na sua visão, o que os go-vernos devem fazer para que oturismo não seja tão atingidopela crise?TN - Atualmente, o turista procu-ra por experiências únicas e autên-ticas de turismo. O contato com anatureza e com a cultura local sãomuito valorizados. Os destinos tu-rísticos devem se preparar paraconcorrer no mercado turístico in-terno, oferecendo opções de atra-tivos turísticos diferenciados.

ME – E quais são as medidasque vocês estão tomando paraevitar os efeitos da crise?TN - O município tem buscado ino-var a atividade turística local,implementando outros segmentos doturismo. O setor de eventos já é umarealidade, com um calendário rico ediversificado. A cidade tem sediadoeventos da área científica, médica, es-portiva, cultural, entre outros, graças aparcerias firmadas entre o poder pú-blico, iniciativa privada e sociedade ci-vil. Dentro das premissas estabelecidasno Plano Nacional do Turismo (2007/2010), Poços de Caldas está inseridono Programa de Regionalização – Ro-teiros do Brasil, buscando alavancar o

turismo regional. Trabalhando com oapoio do Ministério do Turismo e daSecretaria de Estado de Turismo deMinas Gerais, foi criado o Circuito Tu-rístico Caminhos Gerais.

ME – Qual o objetivo do Circui-to Turístico Caminhos Gerais?TN - O objetivo do circuito é desen-volver a atividade turística regional sus-tentavelmente, unindo suaspotencialidades, infra-estrutura e ser-viços dos municípios envolvidos emum produto final diferenciado. Dian-te da identidade regional, o CircuitoCaminhos Gerais tem potencialidadespara desenvolver o Turismo Ecológi-co, Turismo de Aventura, TurismoCultural, Turismo Rural, entre outros.

ME – Quais são os municípiosenvolvidos no Circuito turísticoCaminhos Gerais?TN - Atualmente conta com 14 mu-nicípios do Sul de Minas e do Estadode São Paulo, sendo Poços de Caldasa cidade-pólo do circuito.

ME – Para este ano, existemoutros projetos para atrair oturismo?TN - Poços de Caldas, em con-junto com a Associação CircuitoTurístico Caminhos Gerais pre-vê projetos de roteirização turís-tica que irão incluir diversos atra-tivos regionais, proporcionandoao turista uma experiência dife-renciada no local. Além disso,estão em análise projetos demelhoria dos pontos turísticosexistentes e das festas locais.

Tanara Danilevicz

Rosmally

Parque JoséAfonso Junqueira

(esq.); PraçaPedro Sanches

(dir.)

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CULTURA

Em livro, Tezza expõe as dificuldades de umpai para criar filho com síndrome de Down

Contudo, para o escritor Cristo-vão Tezza, não foi simples tratar des-se tema. Pai de um filho comsíndrome de Down que dá nome aopersonagem do livro, ele conta quelevou anos para enfrentar o medode escrever sobre o assunto. “O mai-or medo era que o peso do temaacabasse por destruir a sua dimen-são literária. Fiz uma aposta muitoperigosa com esse livro”, disse.

Apesar de ter um tom confes-sional, a obra é escrita em terceirapessoa, fato que, segundo Tezza, foium detalhe fundamental. Como opróprio autor diz, embora o esque-leto narrativo de “O filho eterno”seja biográfico, a obra possui elemen-tos ficcionais da primeira à última pá-gina. “A terceira pessoa me permitiutrabalhar com graus de afastamentoe proximidade da figura do pai, sem

jamais me confundir com ele”.Outro ponto determinante foi o

de, por conta da doença, Felipe nãoter abstração. Tezza explica que ja-mais teria escrito o livro se seu filhofosse capaz de compreender a his-tória. “Ele me deu a medida. E otema central é justamente esse abis-mo de comunicação, que, no livro, opai terá de suprir de outras formas”.

Cruel em muitos momentos, anarrativa explora sentimentos mes-quinhos como a vergonha e o res-sentimento. Por conta disso, o au-tor alerta: “O romance tem uma in-tensidade que pode agredir um paiou uma mãe de um filho especialnum momento de fragilidade. É umlivro de maturidade”. Confira a se-guir parte da entrevista concedidapor Cristovão Tezza à revistaMercosul for export:

Martha Romano

De pai para filhoDe pai para filho

Ana Tezza

DDDDDDécada de 1980. Um jovem es-critor de 28 anos aguarda na salade espera de um hospital a notíciada chegada de seu primeiro filho.Meio atordoado, ele descobre quea criança nascera diferente. Preganos cantos dos olhos, pálpebraoblíqua, dedo mindinho das mãosarqueado para dentro, achatamen-to da parte posterior do crânio...Essas foram algumas das palavrasditas pelos médicos para explicaro diagnóstico ao pai. Felipe trou-xera as características da trissomiado cromossomo 21, a chamadasíndrome de Down, conhecida naépoca como “mongolismo”. E éa partir dessa relação pai-filho queo livro “O Filho Eterno” (ed.Record 7, 20) se desenrola.

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Mercosul for export - Até queponto este livro pode ser consi-derado autobiográfico? Existemelementos de ficção?Cristovão Tezza - Para a estrutu-ra da ficção, um fato real e um fatoinventado têm exatamente o mes-mo peso. Numa autobiografia a fi-delidade aos fatos é um princípioético intransponível – autor e lei-tor transitam no terreno aberto efranco da realidade. Já a ficção apro-veita-se da realidade com outrosfins, para criar uma nova realidade,um mundo paralelo, com unidadee fechamento (começo, meio, fim),que é uma forma de reconhecimen-to do mundo diferenciada. “O fi-lho eterno” está pontilhado de ele-mentos ficcionais da primeira à úl-tima página, embora o esqueletocentral narrativo seja biográfico.

ME - Como o sr. lida com a rea-ção dos pais de crianças especiais?CT - É uma sensação forte vocêsentir que o livro toca alguém pro-fundamente. Mas eu sempre gos-to de lembrar que se trata de umaobra literária, que trabalha o tem-

po todo com a relativização dosconceitos e das experiências. Te-nho um certo receio de passar aidéia de especialista ou mesmoconselheiro na área. E também mepreocupa a idéia de que alguém quepassou recentemente por essa ex-periência vá buscar no livro umaespécie de apoio. O romance temuma intensidade que pode agredirum pai ou uma mãe de um filhoespecial num momento de fragili-dade. É um livro de maturidade.

ME - Qual a sensação que o sr.teve quando “O filho eterno” fi-cou pronto?CT - Escrever um romance é umprocesso de envolvimento muitogrande, durante muito tempo. A sen-sação ao final de um livro, qualquerum, é sempre boa, mas com algunssurtos de insegurança – ao terminar,estou ainda muito próximo do livropara ter uma noção nítida do que es-crevi, o que só a distância é capaz dedar. No caso de “O filho eterno”,por se tratar de um tema muito pes-soal, confesso que fiquei um poucoassustado ao reler o texto, mas foi

uma coisa de momento.Relendo mais vezes, aospedaços, comecei a per-ceber a intensidade doque eu havia escrito.

ME - O fato de ter es-crito o livro em tercei-ra pessoa o ajudou alidar melhor com otema?CT - Certamente. Foium detalhe técnico fun-damental para mim. Pri-meiro, porque me deudistância e a necessária“indiferença”, digamosassim, com relação aopersonagem, para podertratá-lo literariamentecom absoluta liberdade.A terceira pessoa mepermitiu trabalhar comgraus de afastamento eproximidade da figurado pai, sem jamais meconfundir com ele.

ME Se o grau de compreensãode Felipe fosse outro, o livro se-ria diferente?CT - Isso é absolutamente ver-dadeiro – eu jamais teria escritoesse livro se o grau de compreen-são e de abstração do Felipe fos-se capaz de alcançar as implica-ções da própria história e delemesmo. Ele me deu a medida. Eo tema central é justamente esseabismo de comunicação, que, nolivro, o pai terá de suprir de ou-tras formas.

ME - Certa vez, o sr. disse : “Opersonagem é uma versão exa-cerbada de mim mesmo. Nãosou esse monstro.” Após ter-minar o livro, qual era o seumaior medo?CT - Fiquei com medo de come-çar o l ivro. Levei anos paraenfrentá-lo. Mas, depois que co-mecei, o livro avançou exatamen-te como qualquer outro. Entreinaquele processo meio autista, acabeça dentro do livro sem olharpara fora. Ao final, levei algunssustos, é verdade, mas logo come-cei a dominar minha relação como romance, digamos assim. Omaior medo era que o peso dotema acabasse por destruir a suadimensão literária. Fiz uma apos-ta muito perigosa com esse livro.

Fotos: Artur Makos

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ME - Dos anos 1980 para hoje,o sr. acredita que a visão das pes-soas em relação às crianças es-peciais mudou muito?CT - Mudou bastante sim, menospor ausência de preconceito e maispor pura informação. Hoje crian-ças e jovens com Down já aparece-ram até em novelas – isto é, todomundo sabe o que é a síndrome emais ou menos como elas são. Esseprimeiro estranhamento já está seapagando, felizmente.

ME - O peso da responsabilida-de de ser tido por muitos críticosum dos maiores escritores da atu-alidade não atrapalha na elabora-ção de outras obras?CT - As pessoas têm me falado mui-to nisso que eu começo a ficar preo-cupado... Mas acho que não, não atra-palha. Se eu fosse mais jovem, talvezfosse afetado pela repercussão do li-vro. Mas a essa altura, eu já estou tãomergulhado no meu mundo de es-critor que um livro é só outro livro.

Prêmios do livro “O filho eterno”

Prêmio Jabuti - melhor romancePrêmio da Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA)- melhor obra de ficçãoPrêmio Bravo! - Livro do AnoPrêmio Portugal - Telecom de Literatura em LínguaPortuguesa - 1º lugar

Prêmio São Paulo de Literatura - Melhor livro do ano 2008

Artur Makos

CULTURA

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Artesanato IO sucesso do artesanato do Piauí é responsável por gerar

emprego para mais de 100 famílias em Teresina. A atividadetem difundido a cultura do estado no Brasil e no mundo. Parase ter uma idéia, no pólo cerâmico-artesanal da cidade são pro-duzidas mais de 20 mil unidades ao ano.

Artesanato IIA parceria entre criadores de carneiro e artesãs está gerando

bons frutos em Tibagi, interior do Paraná. Enquanto a carnevai para os frigoríficos, a lã passa por processo de lavagem e viramatéria-prima para artesanato. Segundo os moradores da re-gião, os produtos são muito procurados pelos turistas.

Bossa novaO violonista e compositor brasileiro

Jayme Marques, introdutor da bossa novana Europa, diz que o gênero mudou a mú-sica mundial há cinquenta anos. Segundoele, a “espontaneidade” foi fundamentalpara que a bossa nova caísse no gosto dopúblico e na história da música. O artistanasceu em Campo Grande, MS, mas vivena Espanha desde 1960.

CarnavalA cidade de Olinda, PE, recebeu mais de

1,5 milhões de pessoas em cinco dias de carna-val, afirmou o prefeito Renildo Calheiros (PCdo B). O tradicional bloco Bacalhau do Batata,que partiu do Alto da Sé, no sítio histórico deOlinda, encerrou as comemorações do feriadocom desfile na manhã da quarta-feira de cin-zas seguido por centenas de foliões.

OscarA audiência da 81ª edição da entrega do Oscar teve

um aumento de 13% em relação ao ano passado, sendovista por mais de 36 milhões de pessoas. Contudo, nãofoi suficiente e a cerimônia de 2009 se transformou naterceira menos vista nos últimos 40 anos, informou aimprensa local. A edição mais vista foi em 1998, quandoo filme Titanic levou 11 estatuetas.

CinemaA conhecida história de Robin

Hood ganhará nova versão nos cine-ma. O épico, que será dirigido porRidley Scott, deve ser filmado no Rei-

no Unido e contará com os atores Cate Blanchett eRussell Crowe como protagonistas.

MúsicaO saxofonista Ornette Coleman se apresentará

no Brasil no dia 12 de maio no Via Funchal, SãoPaulo, segundo site oficial. Tido como um dos mai-ores músicos do estilo free jazz, Coleman tambémfará shows na Argentina e no Chile.

Drops

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OPINIÃO

Os negócios internacionais, apartir de 1960, tomaram um rumode suma importância para os paí-ses em desenvolvimento, que atra-vés da macroeconomia passarama desenvolver acordos de coope-ração não só entre si mas tambémenfrentando as dificuldades de re-lacionamento com os países deforte economia.

Os estudos através das ciênciasda administração demonstraram aimportância da inclusão das em-presas nesse cenário da nova or-dem mundial, dando ênfase aosprojetos de internacionalização daempresa, da marca e dos produtos.

O problema de como as empre-sas se internacionalizam atraiu aatenção de inúmeros pesquisado-res, considerando que um dos mo-delos mais conhecidos que buscaexplicar este processo foi desenvol-vido na Suécia na década de 1970pela Escola de Uppsala.

Este modelo assumia que asempresas entrariam primeiro emmercados com os quais se sentis-sem mais familiarizadas e à medi-da que adquirissem experiência e,com ela maior conhecimento demercado, ocorreria maior com-prometimento de recursos e a em-presa aprofundaria sua inserçãointernacional em maior escala, e,claro, com muito mais segurança.

Outra importante contribuiçãoà compreensão do processo deinternacionalização de empresasfoi o modelo de estágios sucessi-vos, que propunha que as empre-sas começariam seu processo deinternacionalização utilizando aexportação indireta, um modo de

Internacionalizaçãodas empresas

entrada menos arriscado. Nesseprocesso define-se que uma Em-presa Comercial Exportadora/Importadora, ou ainda umaTrading Company, assumiria asresponsabilidades de revender oproduto do fabricante em merca-dos que mostrassem viabilidadecomercial e operacional.

Podemos então analisar queesse modo foi, e ainda é, um tan-to quanto pouco explorado pelasempresas brasileiras, pois o con-ceito em nosso país é de que es-sas empresas são consideradas“atravessadoras”, cujo conceito étotalmente equivocado.

Há de se considerar que ainternacionalização é o produtode uma série de decisõesincrementais. Todas as decisõesque, em conjunto, constituem oprocesso de internacionalização,isto é, decisões para começar aexportar, para estabelecer canaisde vendas no exterior e para esta-belecer uma subsidiária no exte-rior, têm algumas característicascomuns, que também são muitoimportantes para a subsequenteinternacionalização.

Após esse estágio, considera-do intermediário, que inclui agen-te internacional de negócios, dis-tribuidores e consignatários, opasso final seria estabelecer umasubsidiária no exterior, com van-tagens competitivas e qualitativasnos mercados-alvo, porém a ob-servação clássica é a de que a em-presa deve se planejar com muitacautela e poder de análise apura-da, medindo sua capacidade depoder atender mercados externos.

Nelson Ludovico consultor internacional e presidente do Licex-Ludovico Instituto

de Comércio Exterior

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Arquivo pessoal

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Agenda

10 a 14 de MarçoFeira Internacional deCaprinos e Ovinos(Feinco) – São Paulo –Brasil

23 a 25 de MarçoFeira Internacional deProdutos e Serviços paraGastronomia, Hotelaria eTurismo (FISTUR) – SãoPaulo – Brasil

31 de Março a 03 deAbril2ª Feira e Congresso de Manutenção eEquipamentosIndustriais – Joinville –Brasil

14 a 18 de AbrilFeira Internacional deAutopeças, Equipamentose Serviços (AUTOMEC) –São Paulo – Brasil

14 a 16 de AbrilFeira de Logística,Transportes e ComércioExterior (IntermodalSouth America 2009) –São Paulo – Brasil

22 a 24 de AbrilFeira Internacional daIndústria da Moda (PeruModa 2009) – Lima – Peru

22 a 24 de AbrilExpofarma Interphex(Farmacêutica) – Cidade doMéxico – México

27 de Abril a 02 de MaioAGRISHOW – FeiraInternacional do Agronegócio– Ribeirão Preto – Brasil

01 a 10 de Maio21ª Feira Internacional deArtesanato (Feirarte RS2009) – Porto Alegre - Brasil

05 a 07 de Maio8ª Feira Sul Americana doTabaco, Presentes e BebidasFinas (Epicure 2009) – SãoPaulo - Brasil

12 a 14 de MaioXII Feira Internacional deSegurança Eletrônica,Empresarial e Patrimonial(Exposec 2009) – São Paulo -Brasil

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Novos sócios/parceirosEMPRESA SETOR SITE

LBT- Laser Brasil TechnologyComércio e Exportação

Beleza e Estética www.bellaskin.com.br

Base Fértil Comercial Agrícola Fertilizantes www.basefertilagricola.com.br

DaColônia Alimentos Naturais Alimentos www.dacolonia.com.br

DL Mato Grosso Com.Imp.e Exp. www.dlmatogrosso.com.brAlimentos

DSM Trading Company Trading www.dsmtrading.com.br

EME Extruder MaschinenfabrikMetalúrgica

Metalurgia www.emeextruder.com.br

Impala Brasil Editores www.impalabrasil.com.brEditora

Moldabem Plásticos Plásticos www.moldabem.com.br

Multiangulari Usinagem de Precisão Peças www.multiangulari.com.br

PAG- Eletrodomesticos Eletrodomésticos www.e-commercemercosur.com

Proqualit Telecom Telecomunicação www.proeletronic.com.br

Poly Hidrometalurgica Metais sanitários www.metaispoly.com.br

Polynike Indústria e Comércio Polimentoindustrial

www.polynike.com.br

Sigvaris do Brasil Ind. e Com Saúde www.sigvaris.com.br

SMA Hoteis Flats e Turismo Hotelaria www.matsubarahotel.com.br

Vince Com.Cosméticos Cosméticos www.vincecosmetivos.com.br

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Mercosul: Serviços na esteira dos produtos

Seguindo o caminho já trilhado pelosprodutos, o setor de serviços procuraampliar seu campo e expandir negócios.As oportunidades abertas ao setor pro-dutivo com a criação e solidificação doMERCOSUL como Mercado Comum e seusparceiros como potenciais clientes, sen-do tudo isso ratificado pelos signatários,constituem um novo horizonte para em-presas prestadoras dos mais diversos ti-pos de serviços.

A realidade do MERCOSUL hoje, princi-palmente no que concerne a seus signa-tários fundadores, tem sido sedimentadadia-a-dia, quer seja pela lista crescentedas NCM (Nomenclatura Comum doMercosul), que ao codificar e unificar sobum mesmo arcabouço de especificaçõescada produto produzido permite,concomitantemente, que os órgãos res-ponsáveis pelo controle aduaneiro e tri-butário de cada país elaborem, aproveme implementem a normatização adequa-da, regulamentando o comércio inter-fron-teiras; quer seja com o fortalecimentodeste comércio entre as empresas, comestas se adequando às necessidades dosdemais países e gerando uma demandacada vez maior de insumos, seja matéria-prima ou serviços.

Atendo-nos a este último caso, a deman-

da de serviços pode ser avaliada sob duasabordagens diferentes, haja vista haveremduas claras etapas evolutivas neste setor,sendo a primeira a demanda direta porparte dos clientes já estabelecidos que pas-saram a comercializar internamente noMERCOSUL, e todo um novo horizonte declientes provenientes dos demais paísesque necessitam de assessoramento e mão-de-obra para se adequarem ao novo desti-no de suas mercadorias.

Na primeira etapa, as empresas pres-tadoras de serviços foram incitadas porseus clientes, que passaram a co-mercializar com os países vizinhos, a pres-tar uma gama maior de serviços e emmaior quantidade, bem como elevando onível destes serviços com o intuito de aten-der os novos requisitos internacionais. Esteefeito foi sentido de imediato por todos osprovedores de serviços, os quais detinhamcontratos com essas empresas produto-ras, e agora exportadoras.

Isso é facilmente ilustrado na situaçãoem que uma empresa passa a vender seusprodutos no mercado vizinho cuja legisla-ção desconhece. Em razão de tal fato, essaempresa demandará uma consultoria es-pecializada para, por exemplo, saber quaisas informações que devem constar do ró-tulo do produto. A partir dessa consultoria

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especializada, será necessário criar umnovo rótulo, o que também demandaránova diagramação do rótulo, o que farácom que a empresa responsável pela im-pressão tenha uma nova demanda. Esteé um encadeamento normal de demanda,a partir de uma nova demanda primária.

Em contrapartida, temos o que poderí-amos chamar de segunda etapa, ou umsegundo passo na evolução e sedimenta-ção do mercado de serviços nesta novaordem estabelecida pelo MERCOSUL.

Neste contexto, com a capacitação deprofissionais, quer seja em áreas especí-ficas ou num grupo multidisciplinar, pode-se atender tanto a demanda nacionalquanto àquela das empresas dos outrospaíses signatários que estejam procuran-do trazer seus produtos onde o prestadorde serviços está sediado.

Parece bem clara a condição de quea abertura dada pelo MERCOSUL às mer-cadorias teria um impacto direto nosserviços, mas nem todas as empresasde serviços se adaptaram e outras ape-nas vislumbram um pequeno pedaço donovo mercado, atendo-se apenas às so-licitações dos clientes.

Há um mercado em potencial quandoempresas, além de exportar seus produ-tos, passam a se interessar em ter umponto de presença nos novos mercados.O leque de serviços se torna ainda maiore uma nova abordagem é necessária aosprestadores de serviços para que possamse colocar numa posição de destaque, paraserem vistos como referência pelas em-presas de ambos os países.

A busca por parceiros é um primeiro

passo para se estabelecer no mercado,assim se oferece aos clientes novos servi-ços de qualidade mesmo distante da sede.Com a parceria firmada se deve absorvero máximo de conhecimento, incorporan-do o know how dos parceiros e principal-mente expondo a esses parceiros a capa-cidade e segurança da empresa nos ser-viços que presta. O intercâmbio de de-mandas é de extremo interesse às em-presas que desejam ser reconhecidas porsua excelência na prestação de serviços,deixando os parceiros seguros de que aprestação de serviços de alto nível abreportas para novas oportunidades. Ainterdependência e a possibilidade dadapelos parceiros aos clientes de serem aten-didos dentro e fora do território nacional,estejam onde estiverem, insere a empre-sa numa rede de demanda por serviços,alavancando-a tanto no que diz respeitoao faturamento, quanto na abrangência evisibilidade no mercado comum.

A verdade é que, com o mercado de todoum continente se descortinando, as opçõesse multiplicam, e para se estabelecer nes-te mercado, o prestador de serviços temque investir na capacitação do seu staff,especializado e/ou multidisciplinar, forta-lecer o foco nas necessidades dos clientes,nacionais e internacionais, e flexibilizar, deforma criteriosa, a seleção e relação comos parceiros. Oportunidades existem, sãoreais assim como o estágio de sedimenta-ção a que chega o MERCOSUL, como tra-tado e como bloco econômico, por isso, háque se investir e estar preparado para pres-tar os serviços que surgem na esteira dosprodutos.

Mário Anderson KawahalaConsultor Empresarial. Pós-graduado Latu Sensu em Análise e GestãoEmpresarial pela FMU-SP, graduando em Direito, pelo Mackenzie-SP.

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Panorama de Sustentabilidade

Responsabilidade socialempresarial

O mundo dos negócios se renova otempo todo. A cada dia surgem novosconceitos empresariais, tecnologias epráticas de gestão. Na busca por ino-vação, muitos conceitos surgiram e,vários outros, entraram em desuso.

Contudo, os princípios da responsa-bilidade social e da sustentabilidade en-traram, definitivamente, para a agen-da das empresas modernas. Ascorporações modernas se renovam ediscutem seu presente e seu futuro comos públicos com os quais se relaciona.O desafio do sucesso, nos dias de hoje,vai além da relação empresa-cliente.

A lógica empresarial mudou, tornou-se mais complexa. Além de produzir ecomercializar seus produtos e serviços,as companhias precisam gerenciar pes-soas, contribuir com a conservação doplaneta e cooperar com a solução dediversos conflitos sociais. A Responsa-bilidade Social Empresarial se tornouestratégia inerente ao próprio negócio.

O exercício perene da ação social pro-

voca transformações significativas naidentidade das companhias e cria vín-culos profícuos com seus stakeholders.As empresas que priorizam negóciossustentáveis investem na construçãode relacionamentos éticos e transpa-rentes com seus públicos de interes-se. É a busca por uma gestão empre-sarial que preze pela qualidade nasrelações sociais e geração comparti-lhada de valores.

Frente a este cenário, percebe-segrande movimento no meio empresari-al para qualificar suas práticas de in-vestimento social. Segundo um levan-tamento do IPEA (Instituto de PesquisaEconômica Aplicada) 59% das empre-sas brasileiras declarou realizar algumtipo de ação social para a comunidade.

Para o Grupo Votorantim, ser umaempresa responsável e sustentável éser capaz de garantir continuidade ecrescimento dos negócios no longo pra-zo, antecipando motivações das par-tes interessadas e incorporando-as aos

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Panorama de Sustentabilidade

objetivos da empresa. A diferença dodesenvolvimento sustentável está emgerar valor com respeito aos interes-ses dos diversos públicos que se rela-cionam com a empresa.

O Instituto Votorantim, organismo dogrupo dedicado à responsabilidade so-cial, tem como missão qualificar o in-vestimento social externo das empre-sas do Grupo nas comunidades ondeatuam. É uma área de conhecimentodedicada à Responsabilidade SocialCorporativa (RSC) e a serviço da sus-tentabilidade do Grupo Votorantim.

Seu papel é, antes de tudo, incenti-var a prática da RSC alinhada à ges-tão dos negócios de forma estratégi-ca. Neste sentido, seus programas eprojetos são ligados diretamente àgestão das empresas, afinal a Respon-sabilidade Social é algo totalmenteassociada às estratégias do negócio.

Os desafios do trabalho do Institu-to Votorantim são muitos. Um grupo,presente em mais de 300 municípiosbrasileiros, e com um portifólio de pro-dutos tão diversificado, torna a mis-são do Instituto ainda mais comple-

xa. Contudo, a companhia, que pos-sui uma bagagem de mais de 90 anosde atuação, com destacado investi-mento na área social, aprendeu a uti-lizar seu potencial inovador e a forçade sua cadeia de valor a favor da éti-ca e da transparência.

Para gerir sua ampla carteira deprojetos e parceiros, o Instituto Voto-rantim se reinventa a cada ano. Hoje,a maior parte das ações é realizadacom o apoio de parceiros dos diver-sos setores da sociedade. Ao longode sua história, o Instituto percebeuque apenas o trabalho em rede e aatuação alinhada às políticas públi-cas nacionais é que poderia garantircapilaridade, eficiência e relevânciaàs intervenções sociais.

Planejar e coordenar investimentossociais são afirmações do compromis-so do Grupo Votorantim com o desen-volvimento sustentável do País. Comdiretrizes claras e objetivas para a atu-ação social, é possível a qualquer em-presa contribuir de maneira relevantepara a construção de um Brasil maisjusto para todos.

Para saber mais sobre o Instituto Votorantim: www.institutovotorantim.org.br

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