MATEMÁTICA-MAKIYAMA

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MATEMÁTICAMATEMÁTICAMATEMÁTICAMATEMÁTICA

Números relativos inteiros e fracionários: operações e suas propriedades (adição, subtração, multiplicação, divisão e potenciação). Múltiplos e divisores: máximo divisor comum e mínimo múltiplo comum. Frações ordinárias e decimais. Números decimais: propriedades e operações. Expressões numéricas. Equações do 1º e 2º graus. Problemas. Sistemas de medida de tempo. Sistema métrico decimal. Sistema monetário brasileiro. Problemas, números e grandezas proporcionais: razões e proporções. Divisão em partes proporcionais. Regra de três simples e composta. Porcentagem. Juro simples: juros, capital, tempo, taxas e montantes. Fundamentos da Teoria dos Conjuntos; Conjuntos Numéricos: Números Naturais e Inteiros (divisibilidade, números primos, fatoração, Números Racionais e Irracionais (reta numérica, valor absoluto, representação decimal), Números Reais (relação de ordem e intervalos), Operações. Funções: Estudo das Relações, Definição da Função, Funções definidas por fórmulas: Domínio, Imagem e Contradomínio, Gráficos, Função Injetora, Sobrejetora e Bijetora, Funções par e ímpar, Funções crescentes e decrescentes, Função Inversa, Função Composta, Função Polinominal do 1º Grau, Quadrática, Modular, Exponencial e Logarítmica, Funções Trigonométricas. Resoluções de Equações, Inequações e Sistemas. Seqüências: Progressão Aritmética e Geométrica; Geometria Plana: Ângulos: Definição, Classificação, Unidades e Operações. Teorema de Tales. Feixes de paralelas cortadas por transversais e aplicações. Polígonos: Elementos e classificação, Diagonais, soma dos ângulos externos e internos, estudo dos quadriláteros e triângulos, congruências e semelhanças, relações métricas nos triângulos, Área: polígonos e suas partes. Álgebra: Matrizes, Determinantes, Análise Combinatória; Geometria Espacial: Retas e planos no espaço (paralelismo e perpendicularismo), poliedros regulares, pirâmides, prismas, cilindro, cone e esfera (elementos e equações). Geometria Analítica: Estudo Analítico do Ponto, da Reta e da Circunferência (elementos e equações). Números Complexos: Operações. Forma algébrica e trigonométrica.

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Números

Número é um objeto da Matemática usado para descrever quantidade, ordem ou medida. O conceito de númeroprovavelmente foi um dos primeiros conceitos matemáticos assimilados pela humanidade no processo decontagem.

Para isto, os números naturais eram um bom começo. O trabalho dos matemáticos nos levou a descobrir outrostipos de números. Os números inteiros são uma extensão dos números naturais que incluem os números inteirosnegativos. Os números racionais, por sua vez, incluem frações de inteiros. Os números reais são todos osnúmeros racionais mais os números irracionais.

O conceito de número na sua forma mais simples é claramente abstrata e intuitiva; entretanto, foi objeto deestudo de diversos pensadores. Pitágoras, por exemplo, considerava o número a essência e o princípio de todasas coisas; para Schopenhauer o conceito numérico apresenta-se "como a ciência do tempo puro". Outrasdefinições:

• Número é a relação entre a quantidade e a unidade (Newton); • Número é um composto da unidade (Euclides); • Número é o resultado da medida de uma grandeza (Brennes); • Número é uma coleção de objetos de cuja natureza fazemos abstração (Boutroux); • Número é o resultado da comparação de qualquer grandeza com a unidade (Benjamin Constant); • Número é o movimento acelerado ou retardado (Aristóteles); • Número é a representação da pluralidade (Kambly); • Número é uma coleção de unidades (Condorcet); • Número é a pluralidade medida pela unidade (Schuller, Natucci); • Número é a expressão que determina uma quantidade de coisas da mesma espécie (Baltzer); • Número é a classe de todas as classes equivalente a uma dada classe (Bertrand Russell).

Conjuntos de números

Naturais

Inteiros

Racionais

Reais Imaginários

Complexos Números hiper-reaisNúmeros hipercomplexos

Quaterniões Octoniões Sedeniões Complexos hiperbólicos Quaterniões hiperbólicosBicomplexos

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BiquaterniõesCoquaterniõesTessarines

Curiosidades sobre números• Número excessivo ou abundante: número cuja soma de seus divisores (excluído o próprio número) é

maior do que ele mesmo (p. ex.: 12). • Número perfeito: número cuja soma de seus divisores (excluído o próprio número) é igual a ele mesmo

(p. ex.: 6). • Número deficiente ou defectivo: número cuja soma de seus divisores (excluído o próprio número) é

menor do ele mesmo (p. ex.: 10). • Número levemente imperfeito: número cuja soma de seus divisores é o próprio número menos a unidade

(p. ex.: 4, 8, 16, 32, 2n). • Números amigáveis: são dois números cuja soma dos divisores de um resulta no outro e vice-versa.

Pares amigáveis: 220 e 284, 1184 e 1210, 17296 e 18416, 9363584 e 9437056. • Números sociáveis: grupo de três ou mais números que formam um círculo fechado, pois a soma dos

divisores do primeiro forma o segundo e assim por diante até que a soma dos divisores do último formao primeiro (p. ex.: 12496, 14288, 15472, 14536 e 14264).

• O número 26 é o único que existe que se encontra entre um quadrado (25 = 52) e um cubo (27 = 33)(provado por Fermat).

• O número 69 é o único que existe cujos algarismos que compõem seu quadrado (692 = 4761) e seu cubo(693 = 328509) formam todos os números entre 0 e 9 sem repetição.

• O número de Skewes (10^10^10^34 = 10^10^10.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000) é umdos maiores números que já serviram a algum propósito em Matemática (na fórmula de Gauss). Onúmero de Graham, ainda maior, aparece em problemas de combinatória.

• Uma pessoa levaria doze dias para contar de 1 até 1 milhão, se demorasse apenas um segundo em cadanúmero. Para chegar a 1 bilhão, ela precisaria de 32 anos.

Conjuntos NuméricosNúmeros NaturaisPertencem ao conjunto dos naturais os números inteiros positivos incluindo o zero. Representado pela letra Nmaiúscula. Os elementos dos conjuntos devem estar sempre entre chaves. N = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, ... }

- Quando for representar o Conjunto dos Naturais não – nulos (excluindo o zero) devemos colocar * ao lado doN. Representado assim: N* = {1, 2,3 ,4 ,5 ,6 ,7 ,8 ,9 ,10 ,11 ,12, ... }

A reticência indica que sempre é possível acrescentar mais um elemento. N = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, ...} ou N = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, ... }

Qualquer que seja o elemento de N, ele sempre tem um sucessor. Também falamos em antecessor de umnúmero. • 6 é o sucessor de 5. • 7 é o sucessor de 6. • 19 é antecessor de 20. • 47 é o antecessor de 48. Como todo número natural tem um sucessor, dizemos que o conjunto N é infinito.

Quando um conjunto é finito?

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O conjunto dos números naturais maiores que 5 é infinito: {6, 7, 8, 9, ...} Já o conjunto dos números naturais menores que 5 é finito: {0, 1, 2, 3, 4} Veja mais alguns exemplos de conjuntos finitos. • O conjunto dos alunos da classe. • O conjunto dos professores da escola. • O conjunto das pessoas que formam a população brasileira.

Operações com Números Naturais

Propriedades da adição:

Fechamento: A propriedade de fechamento é satisfeita pela adição pois a soma de dois números naturais ainda éum número natural, por exemplo: 3 e 5 são números naturais e somados resultam no número 8 que também éum número natural de maneira genérica essa propriedade pode ser representada pelo seguinte diagrama:

Associatividade: A adição no conjunto dos números naturais é associativa pois se somarmos, por exemplo, o

Existência de elemento neutro: Apesar do zero não ser considerado um número natural no sentido de não serproveniente de objetos de contagem natural vamos considerá-lo como um número natural pois ele possui asmesmas características algébricas dos números naturais. Sendo assim, existe no conjunto dos números naturaisum elemento neutro para soma que é o número zero, pois qualquer natural somado a zero é o próprio número,de maneira genérica esta propriedade pode ser representada pelo seguinte diagrama:

Comutatividade: A soma nos naturais é comutativa pois a ordem das parcelas não altera a soma, por exemplo,3+5=5+3=8. De maneira genérica esta propriedade pode ser representada pelo seguinte diagrama:

Propriedades da subtração

Fechamento: A subtração não possui a propriedade de fechamento pois, por exemplo, o número 3 - 5= -2 nãopertence ao conjunto dos naturais.

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Associatividade: A subtração não possui a propriedade de associatividade pois, por exemplo, (3-5) - 2 não éigual (5-2)-3

Existência de Elemento Neutro: Não existe elemento neutro na subtração pois, por exemplo, 0 - 3= -3 nãopertence aos naturais.

Comutatividade: Não existe comutatividade na subtração pois, por exemplo, 5 - 3= 2 não é igual a 3 - 5= -2.

Propriedades da Multiplicação

Fechamento: A propriedade de fechamento é satisfeita pois o produto de dois números naturais ainda é umnúmero natural. De maneira genérica esta propriedade pode ser representada pelo seguinte diagrama.

Associatividade: A propriedade de associatividade é satisfeita na multiplicação pois, por exemplo:

(3.5).2 =15.2 =30

3.(5.2) =3.10 =30

Comutatividade: A propriedade comutativa também é satisfeita pela multiplicação, pois a ordem dos fatores nãoaltera o produto. De maneira geral essa propriedade pode ser representada pelo seguinte diagrama.

Distributividade: Um jeito simples de explicar a propriedade distributiva é com o seguinte exemplo, tenho 3laranjas e ganho mais 5 laranjas então na verdade eu fiquei com (3 + 5) laranjas agora substituímos as laranjaspor um número, por exemplo, o número 6. Assim temos, 3.6 + 5.6 = (3 + 5) . 6. De maneira geral, podemosrepresentar a propriedade com o seguinte diagrama.

Propriedades da Divisão

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Fechamento: Esta propriedade não é satisfeita pela divisão, pois, por exemplo, 1 dividido por 2 não pertenceaos conjunto dos números naturais.

Associatividade: Esta propriedade não é satisfeita, pois (15/5)/3 é diferente de (3/5)/15, por exemplo.

Existência de Elemento Neutro: Esta propriedade não é satisfeita, pois, por exemplo, 2 dividido por 1 é 2, mas 1dividido por 2 não pertence aos naturais.

Comutatividade: Esta propriedade não é satisfeita, pois, por exemplo, 2 dividido por 1 é diferente de 1 divididopor 2, o qual nem pertence aos naturais.

Algoritmo da Adição

Vimos que a operação adição está ligada à idéia de juntar, acrescentar. Sendo a, b, e c números naturaisquaisquer, a sentença matemática que traduz esta operação é:

a + b = c onde, a e b são as parcelas da adição e c é a soma.

NÚMEROS INTEIROS Tendo em vista que já conhecemos os números Naturais (0, 1, 2, 3, 4 ...), vejamos alguns exemplos docotidiano onde esses números não são suficientes para representar as situações reais. 1º Exemplo: Quando dizemos que determinado fato ocorreu no ano 257, ficamos sem saber se esse fatoocorreu no ano 257 após o nascimento de Cristo ou antes do nascimento de Cristo. Isto é, o número natural 257não foi suficiente para representar essa situação. Podemos, então, utilizar o símbolo a.C. (antes de Cristo) paraidentificar fatos que ocorreram antes do nascimento de Cristo e d.C. (depois de Cristo) para identificar fatos queocorreram depois do nascimento de Cristo.

• 257 a.C. : ano 257 antes do nascimento de Cristo • 257 d.C. : ano 257 depois do nascimento de Cristo

2º Exemplo: Quando dizemos que a temperatura ambiente de uma determinada cidade, é de 2º Celsius, comisso não identificamos se esta temperatura está acima de zero ou abaixo de zero. Para representarmos a situação acima, podemos utilizar os símbolos + e - . Assim teremos:

• + 2ºC representa 2ºC positivos ou 2ºC acima de zero; • - 2ºC representa 2ºC negativos ou 2ºC abaixo de zero.

Essa notação também é utilizada para demonstrarmos uma conta bancária, uma dívida ou crédito no comércio,ou seja:

• Crédito de 100 reais ou saldo positivo de 100 reais (+ 100 reais); • Débito de 100 reais ou saldo negativo de 100 reais (- 100 reais).

Nas situações exemplificadas, utilizamos os números naturais precedidos pelos sinais + ou - . Os números precedidos pelo sinal + são chamados de números inteiros positivos ( +1, +2, +3, ...) Os números precedidos pelo sinal - são chamados de números inteiros negativos (-1, -2, -3, ...).

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Para visualizarmos melhor essas situações podemos utilizar a reta numérica, onde nosso referencial é o númerozero. Os números negativos ficarão à esquerda do zero e os números positivos ficarão à direita do zero.

Esses números formam o conjunto dos Números Inteiros ( representado pelo símbolo Z).

Operações com números inteiros (Z)

Qualquer adição, subtração ou multiplicação de dois números inteiros sempre resulta também um númerointeiro. Dizemos então que estas três operações estão bem definidas em Z ou, equivalentemente, que o conjuntoZ é fechado para qualquer uma destas três operações.As divisões, as potenciações e as radiciações entre dois números inteiros nem sempre têm resultado inteiro.Assim, dizemos que estas três operações não estão bem definidas no conjunto Z ou, equivalentemente, que Znão é fechado para qualquer uma destas três operações.

Adições e subtrações com números inteiros

Existe um processo que simplifica o cálculo de adições e subtrações com números inteiros. Observe osexemplos seguintes:

Exemplo1: Calcular o valor da seguinte expressão:10 - 7 - 9 + 15 - 3 + 4

Solução:Faremos duas somas separadas

• uma só com os números positivos: 10 + 15 + 4 = +29• outra só com os números negativos: (-7) + (-9) + (-3) = -19

Agora calcularemos a diferença entre os dois totais encontrados: +29 - 19 = +10

Atenção: É preciso dar sempre ao resultado o sinal do número que tiver o maior valor absoluto!

Exemplo2:Calcular o valor da seguinte expressão: -10 + 4 - 7 - 8 + 3 - 21º passo: Achar os totais (+) e (-): (+): +4 + 3 = +7 (-): -10 - 7 - 8 - 2 = -272º passo: Calcular a diferença dando a ela o sinal do total que tiver o maior módulo: -27 + 7 = - 20

Multiplicação

Os termos de uma multiplicação são chamados fatores e o resultado da operação de multiplicação édonominado produto.1º fator x 2º fator = produto

• O primeiro fator também pode ser chamado multiplicando enquanto o segundo fator pode ser chamadomultiplicador.

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• A ordem dos fatores nunca altera o resultado de uma multiplicação: a x b = b x a• O número 1 é o elemento neutro da multiplicação: 1 x a = a x 1 = a• Se adicionarmos uma constante k a um dos fatores, o produto será adicionado de k vezes o outro fator: a

x b = c ↔ (a + k) x b = c + (k x b)• Se multiplicarmos um dos fatores por uma constante k, o produto será multiplicado por k: a × b = c ↔

(a × k) × b = k × c• Podemos distribuir um fator pelos termos de uma adição ou subtração qualquer: a × (b ± c) = (a × b) ±

(a × c)

Divisão inteira

Na divisão inteira de N por D ≠ 0, existirá um único par de inteiros, Q e R, tais que:

Q × D + R = N e 0 ≤ R < R < |D| (onde |D| é o valor absoluto de D)

A segunda condição significa que R (o resto) nunca pode ser negativo.Os quatro números envolvidos na divisão inteira são assim denominados:N é o dividendo; D é o divisor (sempre diferente de zero);Q é o quociente; R é o resto (nunca negativo).

Exemplos:1) Na divisão inteira de 60 por 7 o dividendo é 60, o divisor é 7, o quociente é 8 e o resto é 4.

8 × 7 + 4 = 60 e 0 ≤ 4 < |7|

2) Na divisão inteira de -60 por 7 o dividendo é -60, o divisor é 7, o quociente é -9 e o resto é 3.

-9 × 7 + 3 = -60 e 0 ≤ 3 < |7|

• Quando ocorrer R = 0 na divisão de N por D, teremos Q × D = N e diremos que a divisão é exataindicando-a como N ÷ D = Q.

• Quando a divisão de N por D for exata diremos que N é divisível por D e D é divisor de N ou,equivalentemente, que N é múltiplo de D e D é fator de N.

• O zero é divisível por qualquer número não nulo: D ≠ 0 → 0 ÷ D = 0.• Todo número inteiro é divisível por 1: N ÷ 1 = N.• Se multiplicarmos o dividendo (N) e o divisor (D) de uma divisão por uma constante k ≠ 0, o quociente

(Q) não será alterado mas o resto (R) ficará multiplicado por k, se R × k < D, ou será igual ao resto dadivisão de R × k por D, se R × k ≥ D.

Multiplicação e divisões com números inteiros

Nas multiplicações e divisões de dois números inteiros é preciso observar os sinais dos dois termos daoperação:

Exemplos:

Sinais iguais (+) Sinais opostos (-)

(+) × (+) = + (+) × (-) = -

(-) × (-) = + (-) × (+) = -

(+) ÷ (+) = + (+) ÷ (-) = -

(-) ÷ (-) = + (-) ÷ (+) = -

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Números inteiros - Exercícios Resolvidos

1. Numa adição com duas parcelas, se somarmos 8 à primeira parcela, e subtraírmos 5 da segunda parcela, oque ocorrerá com o total?Solução:Seja t o total da adição inicial.Ao somarmos 8 a uma parcela qualquer, o total é acrescido de 8 unidades:

t + 8

Ao subtrairmos 5 de uma parcela qualquer, o total é reduzido de 5 unidades:

t + 8 - 5 = t + 3

Resposta: Portanto o total ficará acrescido de 3 unidades.

2. Numa subtração, a soma do minuendo com o subtraendo e o resto é igual a 264. Qual é o valor do minuendo?Solução: Sejam m o minuendo, s o subtraendo e r o resto de uma subtração qualquer, é sempre verdade que:

m - s = r → s + r = m

(a soma de s com r nos dá m)

Ao somarmos os três termos da subtração, m + s + r, observamos que a adiçõa das duas últimas parcelas, s + r,resulta sempre igual a m. Assim poderemos escrever:

m + (s + r) = m + m = 2m

O total será sempre o dobro do minuendo.Deste modo, temos:

m + s + r = 2642m = 264m = 264 ÷ 2 = 132

Resposta: O minuendo será 132.

3. Numa divisão inteira, o divisor é 12, o quociente é 5 e o resto é o maior possível. Qual é o dividendo?Solução:Se o divisor é 12, então o maior resto possível é 11, pois o resto não pode superar nem igualar-se ao divisor.Assim, chamando de n o dividendo procurado, teremos:n = (quociente) × (divisor) + (resto)n = 5 × 12 + 11n = 60 + 11n = 71

Resposta: O dividendo Procurado é 71.

Números racionais

Racionais Positivos e Racionais Negativos

O quociente de muitas divisões entre números naturais é um número racional absoluto.

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Números racionais positivos e números racionais negativos que sejam quocientes de dois negativos que sejamquocientes de dois números inteiros, com divisor diferente de zero.

Por exemplo:

(+17) : (-4) =

é um número racional negativo

Números Racionais Positivos

Esses números são quocientes de dois números inteiros com sinais iguais.

· (+8) : (+5)

· (-3) : (-5)

Números Racionais Negativos

São quocientes de dois números inteiros com sinais diferentes.

·(-8) : (+5)

· (-3) : (+5)

Números Racionais: Escrita Fracionária

têm valor igual a e representam o número racional .

Obs.: Todo número inteiro é um número racional, pois pode ser escrito na forma fracionária:

Denominamos número racional o quociente de dois números inteiros (divisor diferente de zero), ou seja, todonúmero que pode ser colocado na forma fracionária, em que o numerador e denominador são números inteiros.

Operações com números racionais

Adição e Subtração

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Para simplificar a escrita, transformamos a adição e subtração em somas algébricas. Eliminamos os parentesese escrevemos os números um ao lado do outro, da mesma forma como fazemos com os números inteiros.

Exemplo 1: Qual é a soma:

Exemplo 2: Calcule o valor da expressão

Multiplicação e divisão

Na multiplicação de números racionais, devemos multiplicar numerador por numerador, e denominador pordenominador, assim como é mostrado nos exemplos abaixo:

Na divisão de números racionais, devemos multiplicar a primeira fração pelo inverso da segunda, como émostrado no exemplo abaixo:

Potenciação e radiciação

Na potenciação, quando elevamos um número racional a um determinado expoente, estamos elevando onumerador e o denominador a esse expoente, conforme os exemplos abaixo:

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Na radiciação, quando aplicamos a raiz quadrada a um número racional, estamos aplicando essa raiz aonumerador e ao denominador, conforme o exemplo abaixo:

NÚMERO COMPLEXO

Definição: Dados dois números reais a e b , define-se o número complexo z como sendo: z = a + bi , onde i = Ö-1 é a unidade imaginária . Exs: z = 2 + 3i ( a = 2 e b = 3)w = -3 -5i (a = -3 e b = -5)u = 100i ( a = 0 e b = 100)

NOTAS:a) diz-se que z = a + bi é a forma binômica ou algébrica do complexo z .b) dado o número complexo z = a + bi , a é denominada parte real e b parte imaginária. Escreve-se : a = Re(z) ; b = Im(z) .c) se em z = a + bi tivermos a = 0 e b diferente de zero, dizemos que z é um imaginário puro . Ex: z = 3i .d)se em z = a + bi tivermos b = 0 , dizemos que z é um número real . Ex: z = 5 = 5 + 0i . e)do item (c) acima concluímos que todo número real é complexo, ou seja, o conjunto dos números reais é um subconjunto do conjunto dos números complexos.f) um número complexo z = a + bi pode também ser representado como um par ordenado z = (a,b) .

Exercícios Resolvidos:

1) Sendo z = (m2 - 5m + 6) + (m2 - 1) i , determine m de modo que z seja um imaginário puro.

Solução: Para que o complexo z seja um imaginário puro, sua parte real deve ser nula ou seja, devemos term2 - 5m + 6 = 0, que resolvida encontramos m=2 ou m=3.

2) Determine a parte real do número complexo z = (1 + i)12 .

Solução: Observe que (1 + i)12 = [(1 + i)2]6 . Nestas condições, vamos desenvolver o produto notável (1 + i)2 = 12 + 2.i + i2 = 1 + 2i -1 = 2i \ (1 + i)2 = 2i (isto é uma propriedade importante, que vale a pena sermemorizada). Substituindo na expressão dada, vem: (1 + i)12 = [(1 + i)2]6 = (2i)6 = 26.i6 = 64.(i2)3 = 64.(-1)3 = - 64. Portanto, o número complexo dado fica z = - 64 = - 64 + 0i e portanto sua parte real é igual a -64.

3) Determine a parte imaginária do número complexo z = (1 - i)200 .

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Solução: Podemos escrever o complexo z como: z = [(1 - i)2]100 . Desenvolvendo o produto notável (1 - i)2 = 12 - 2.i + i2 = 1 - 2i -1 = - 2i \ (1 - i)2 = - 2i (isto é uma propriedade importante, que merece sermemorizada). Substituindo na expressão dada, vem: z = (- 2i)100 = (- 2)100. i100 = 2100 . i100 = 2100 . ( i2 )50 = 2100. (- 1)50 = 2100 . 1 = 2100. Logo, o número complexo z é igual a 2100 e portanto um número real. Daí concluímos que a sua parteimaginária é zero.

CONJUGADO DE UM NÚMERO COMPLEXO

Dado um número complexo z = a + bi , chama-se conjugado de z e representa-se por , a um outro númerocomplexo que possui a mesma parte real de z e a parte imaginária o simétrico aditivo da parte imaginária de z .

z = a + bi ® = a - bi Ex: z = 3 + 5i ; = 3 - 5i

Obs : Sabemos que os números complexos podem também ser representados na forma de pares ordenados .Assim é que z = a + bi = (a,b). Portanto , por analogia com o sistema de coordenadas cartesianas , pode-se representar graficamente qualquernúmero complexo z num sistema de coordenadas cartesianas , bastando marcar a parte real a no eixo horizontale a parte imaginária b no eixo vertical . Neste caso , o eixo horizontal é chamado eixo real e o eixo vertical échamado eixo imaginário. O plano cartesiano, neste caso , denomina-se plano de Argand-Gauss. O ponto que representa o número complexo z , denomina-se afixo de z.

DIVISÃO DE NÚMEROS COMPLEXOS NA FORMA BINÔMIA

Regra : Para dividir um número complexo z por outro w ¹ 0 , basta multiplicar numerador e denominador pelocomplexo conjugado do denominador .

Ex: = = = 0,8 + 0,1 i

Agora que você estudou a teoria, tente resolver os seguintes exercícios:

1 - Calcule o número complexo i126 + i-126 + i31 - i180

2 - Sendo z = 5i + 3i2 - 2i3 + 4i27 e w = 2i12 - 3i15 , calcule Im(z).w + Im(w).z .

3 - UCMG - O número complexo 2z, tal que 5z + = 12 + 6i é:

4 - UCSal - Para que o produto (a+i). (3-2i) seja real, a deve ser:

5 - UFBA - Sendo a = -4 + 3i , b = 5 - 6i e c = 4 - 3i , o valor de ac+b é:

6 - Mackenzie-SP - O valor da expressão y = i + i2 + i3 + ... + i1001 é:

7) Determine o número natural n tal que (2i)n + (1 + i)2n + 16i = 0.Resp: 3Clique aqui para ver a solução.

8) Calcule [(1+i)80 + (1+i)82] : i96.240Resp: 1+2i

9) Se os números complexos z e w são tais que z = 2-5i e w = a+bi , sabendo-se que z+w é um número real ez.w .é um imaginário puro , pede-se calcular o valor de b2 - 2a. Resp: 50

10) Se o número complexo z = 1-i é uma das raízes da equação x10 + a = 0 , então calcule o valor de a.Resp: 32i

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Page 17: MATEMÁTICA-MAKIYAMA

11) Determine o número complexo z tal que iz + 2 . + 1 - i = 0.

12 - UEFS-92.1 - O valor da expressão E = x-1 + x2, para x = 1 - i , é:a)-3i b)1-i c) 5/2 + (5/2)i d) 5/2 - (3/2)i e) ½ - (3/2)i

13 -UEFS-93.2 - Simplificando-se a expressão E = i7 + i5 + ( i3 + 2i4 )2 , obtêm-se:a) -1+2i b) 1+2i c) 1 - 2i d) 3 - 4i e) 3 + 4i

14 - UEFS-93.2 - Se m - 1 + ni = (3+i).(1 + 3i), então m e n são respectivamente:a) 1 e 10 b) 5 e 10 c) 7 e 9 d) 5 e 9 e) 0 e -9

15 - UEFS-94.1 - A soma de um numero complexo z com o triplo do seu conjugado é igual a -8 - 6i. O módulode z é:a) Ö 13b) Ö 7 c) 13 d) 7 e) 5

16 - FESP/UPE - Seja z = 1+i , onde i é a unidade imaginária. Podemos afirmar que z8 é igual a:a) 16 b) 161 c) 32 d) 32i e) 32+16i

17 - UCSal - Sabendo que (1+i)22 = 2i, então o valor da expressão y = (1+i)48 - (1+i)49 é:a) 1 + i b) -1 + i c) 224 . i d) 248 . i e) -224 . i

GABARITO:

1) -3 - i2) -3 + 18i3) 4 + 3i4) 3/25) -2 + 18i6) i7) 3

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Page 18: MATEMÁTICA-MAKIYAMA

8) 1 + 2i9) 5010) 32i11) -1 - i 12) B13) D 14) A15) A16) A17) E

Fatoração

Fatorar é transformar equações algébricas em produtos de duas ou mais expressões, chamadas fatores.

Ex: ax + ay = a.(x+y)

Existem vários casos de fatoração como:

1) Fator Comum em evidência

Quando os termos apresentam fatores comuns

Observe o polinômio:ax + ay » Ambos os termos apresentam o fator a em evidência.

Assim: ax + ay = a.(x+y) Forma fatorada

Exs : Fatore:

a) bx + by - bz = b.(x+y-z)

b)

c)

d) (a+b)x + (a+b)y = (a+b).(x+y)

e)

2) Fatoração por agrupamento

Consiste em aplicar duas vezes o caso do fator comum em alguns polinômios especiais.

Como por exemplo:ax + ay + bx + byOs dois primeiros termos possuem em comum o fator a , os dois últimos termos possuem em comum o fator b.Colocando esses termos em evidência:

a.(x+y) + b.(x+y)

Este novo polinômio possui o termo (x+y) em comum. Assim colocando-o em evidência:

(x+y).(a+b)

Ou seja: ax + ay + bx + by = (x+y).(a+b)

Exs: Fatore:

a) x é fator a é fator (x-3) é fator comum Forma comum comum fatorada

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Page 19: MATEMÁTICA-MAKIYAMA

b) é fator é fator (2+a) é fator comumFormacomum comum fatorada

3) Fatoração por diferença de quadrados:

Consiste em transformar as expressões em produtos da soma pela diferença, simplesmente extraindo a raizquadrada de cada quadrado

Assim:

Exs: Fatore:

a)

b)

c) Note que é possível fatorar a expressão duas vezes

4) Fatoração do trinômio quadrado perfeito:

O trinômio que se obtém quando se eleva um binômio ao quadrado chama-se trinômio quadrado perfeito.

Por exemplo, os trinômios ( ) e ( ) são quadrados perfeitos porque são obtidosquando se eleva (a+b) e (a-b) ao quadrado, respectivamente.

Assim: | |

| | 2x 3y |__________| |2.2x.3y = 12xy » note que é igual ao segundo termo de

Portanto trata-se de um trinômio quadrado perfeito.

= » forma fatorada |_______________| Sinal

Logo: = » forma fatorada |_______________|Sinal

Exs:

a)

b)

*Convém lembrarmos que ao fatorarmos uma expressão algébrica, devemos fatorá-la por completo:

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Page 20: MATEMÁTICA-MAKIYAMA

Exs:

a)

b)

Outros casos de fatoração:

1)

2)

3)

Fatoração

1) Fatore, colocando os fatores comuns em evidência:

Exemplos:ax+2a = a(x+2)

a²-b² = (a+b)(a-b)

a² - 4ab + 4b² = (a-2b)²

2x²-2 = 2(x²-1) = 2(x+1)(x-1)

a) 3ax-7ay

b) x³ -x² + x

c) x³y² + x²y² + xy²

d) a²b² - ab³

e) a² + ab + ac + bc

f) x² - b²

g) x²-25

h) (x²/9 - y²/16)

i) x² + 4x + 4

j) a² + 6ab + 9b²

l) 144x²-1

m) ab + ac + 10b + 10c

n) 4a² - 4

o) x³y - xy³

p) x² + 16x + 64

q) 2x² + 4x + 2

r) ax³ + 2a²x² + a³x

Resolução do exercício e) a² + ab + ac + bc = a.(a+b) + c.(a+b) = (a+b).(a+c)

RAZÃO E PROPORÇÃO

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Page 21: MATEMÁTICA-MAKIYAMA

Razão Chama-se de razão entre dois números racionais a e b, com b ¹ 0, ao quociente entre eles. Indica-se a razão de apara b por a/b ou a : b.

Exemplo:

Na sala da 6ª B de um colégio há 20 rapazes e 25 moças. Encontre a razão entre o número de rapazes e onúmero de moças. (lembrando que razão é divisão)

Voltando ao exercício anterior, vamos encontrar a razão entre o número de moças e rapazes.

Lendo Razões

Termos de uma Razão

Grandezas EspeciaisEscala, é a razão entre a medida no desenho e o correspondente na medida real.

Exemplo:Em um mapa, a distância entre Montes Claros e Viçosa é representada por um segmento de 7,2 cm. A distânciareal entre essas cidades é de 4320km. Vamos calcular a escala deste mapa.

As medidas devem estar na mesma unidade, logo 4320km = 432 000 000 cm

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Page 22: MATEMÁTICA-MAKIYAMA

Velocidade média, é a razão entre a distância a ser percorrida e o tempo gasto. (observe que neste caso asunidades são diferentes)

Exemplo:

Um carro percorre 320km em 4h. determine a velocidade média deste carro.

Velocidade= 320/4 = 80

Densidade demográfica, é a razão entre o número de habitantes e a área.

Exemplo:

O estado do Ceará tem uma área de 148.016 km2 e uma população de 6.471.800 habitantes. Dê a densidadedemográfica do estado do Ceará.

Razões Inversas Vamos observar as seguintes razões.

Observe que o antecessor(5) da primeira é o conseqüente(5) da segunda.

Observe que o conseqüente(8) da primeira é o antecessor(8) da segunda.

O Produto das duas razões é igual a 1, isto é 5/8 x 8/5 =1

Dizemos que as razões são inversas.

Exemplos:

GRANDEZAS DIRETAMENTE PROPORCIONAIS

Duas grandezas são diretamente proporcionais quando, aumentando uma delas, a outra aumenta na mesmaproporção da primeira.

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Page 23: MATEMÁTICA-MAKIYAMA

Exemplo:

Um carro percorre:* 80 km em 1 hora* 160 km em 2 horas* 240km em 3 horas

Então, o tempo e a distância são grandezas diretamente proporcionais, pois aumentam na mesma proporção.

GRANDEZAS INVERSAMENTE PROPORCIONAIS

Duas grandezas são inversamente proporcionais quando, aumentando uma delas, a outra diminui na mesmarazão da primeira.

Exemplo:

Um carro faz um percurso em:* 1 hora com velocidade de 90km/h* 2 horas com velocidade de 45km/h* 3 horas com velocidade de 30km/h

Então, o tempo e a velocidade são grandezas inversamente proporcionais, conforme mostrado no exemploacima.

Exercícios de Grandezas Proporcionais

1) Um prêmio de R$ 600.000,00 vai ser dividido entre os acertadores de um bingo. Observe a tabela eresponda:

Número de acertadores Prêmio

3 R$ 200.000,00

4 R$ 150.000,00

a) Qual a razão entre o número de acertadores do prêmio de R$200.000,00 para o prêmio deR$150.000,00?

b) Qual a razão entre os prêmios da tabela acima, considerando 3 acertadores e 4 acertadores?

c) O número de acertadores e os prêmios são grandezas diretamente ou inversamente proporcionais?Resposta a:

Resposta b:

Resposta c:

Inversamente proporcionais.

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Page 24: MATEMÁTICA-MAKIYAMA

2) Diga se é diretamente ou inversamente proporcional:

a) Número de pessoas em um churrasco e a quantidade (gramas) que cada pessoa poderá consumir.

b) A área de um retângulo e o seu comprimento, sendo a largura constante.

c) Número de erros em uma prova e a nota obtida.

d) Número de operários e o tempo necessário para eles construírem uma casa.

e) Quantidade de alimento e o número de dias que poderá sobreviver um náufrago.

Resposta a:

Inversamente proporcionais.

Resposta b:

Diretamente proporcionais.

Resposta c:

Inversamente proporcionais.

Resposta d:

Inversamente proporcionais.

Resposta e:

Diretamente proporcionais.

3) Os números x, y e 32 são diretamente proporcionais aos números 40, 72, 128. Determine os números x e y.

128/32 = 4

Então,

x = 40 / 4 = 10

y = 72 / 4 = 18

4) Sabendo que a, b, c e 120 são diretamente proporcionais aos números 180, 120, 200 e 480, determine osnúmeros a, b e c.

480/120 = 4

Então,

a = 180/4 = 45

b = 120/4 = 30

c = 200/4 = 50

Seqüência NuméricaSeqüência é sucessão, encadeamento de fatos que se sucedem. É comum percebermos em nosso dia-a-dia conjuntos cujos elementos estão dispostos em certa ordem,obedecendo a uma seqüência. Por exemplo: Todos nós sabemos que o Brasil é penta campeão mundial de futebol e os anos, em ordem cronológica, em queele foi campeão mundial são: 1958, 1962, 1970, 1994 e 2002. Essas datas formam um conjunto com oselementos dispostos numa determinada ordem. O estudo de seqüência dentro da matemática é o conjunto de números reais dispostos em certa ordem. Assimchamado de seqüência numérica.

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Page 25: MATEMÁTICA-MAKIYAMA

Exemplo: • O conjunto ordenado (0, 2, 4, 6, 8, 10,...) é a seqüência de números pares. • O conjunto ordenado (7, 9, 11, 13,15) é a seqüência de números impares ≥ 7 e ≤ 15. • O conjunto ordenado (2, 10, 12, 16, 17, 18, 19, 200) é uma seqüência de números que começa com a letra D.

Matematicamente quando temos uma seqüência numérica qualquer, representamos o seu 1º termo por a1 assimsucessivamente, sendo o n-ésimo termo an. Exemplo: • (2, 4, 6, 8, 10) temos: a1 = 2; a2 = 4; a3 = 6; a4 = 8; a5 = 10

A seqüência acima é uma seqüência finita sua representação geral é (a1, a2, a3,..., an ), para as seqüências quesão infinitas a representação geral é (a1, a2, a3, an, ... ).

Para determinarmos uma seqüência numérica precisamos de uma lei de formação. Exemplo: A seqüência definida pela lei de formação an = 2n² - 1, n N*, onde n = 1, 2, 3, 4, 5, ... e an é o termo queocupa a n-ésima posição na seqüência. Por esse motivo, an é chamado de termo geral da sequência. Utilizando a lei de formação an = 2n² - 1, atribuindo valores para n, encontramos alguns termos da seqüência. • n = 1 → a1 = 2 . 1² - 1 → a1 = 1 • n = 2 → a2 = 2 . 2² - 1 → a2 = 7 • n = 3 → a3 = 2 . 3² - 1 → a3 = 17 • n = 4 → a4 = 2 . 4² - 1 → a4 = 31 . . . Assim a seqüência formada é (1, 7, 17, 31, ...)

Progressão aritmética e geométrica

1) Progressão aritmética• Definição

Progressão aritmética é uma sequência de números reais cuja diferença entre um termo e seuantecedente, a partir do segundo, é uma constante.

• Propriedades

2) Progressão geométrica

• DefiniçãoProgressão geométrica é uma sequência de números reais não nulos cujo quociente entre um termo e seu

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Page 26: MATEMÁTICA-MAKIYAMA

antecedente, a partir do segundo, é uma constante. • Propriedades

Progressão geométricaSoma de um número finito de termosNuma progressão geométrica (PG) com um número finito de termos é possível calcular a soma desses termos, aexemplo do que ocorre com a progressão aritmética (PA).

Somar os termos da PG significa fazerou, ainda,

Para encontrarmos uma expressão para calcular essa soma, multiplicaremos por "q" os dois membros daigualdade acima:

E, subtraindo a 1ª igualdade da 2ª:

Eis a fórmula da soma dos termos de uma PG finita.

No caso de uma PG com razão igual a 1, como, por exemplo, (2, 2, 2, 2, 2), essa fórmula não funciona, pois odenominador seria zero.

Nesse caso, a soma é igual ao número de termos multiplicado pelo 1º termo:

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Page 27: MATEMÁTICA-MAKIYAMA

PGs infinitasMas existe, ainda, outro caso: o das PGs infinitas.

Numa PG do tipo (2, 6, 18, 54, ...) não seria possível calcular exatamente a soma de termos que cresceminfinitamente. Essa soma seria infinita.

Porém, em casos em que a PG é decrescente, ou seja, possui razão 0 < q < 1, a soma é bastante intuitiva.

Considere, por exemplo, uma pessoa que possui uma barra de chocolate e não quer vê-la acabar tão cedo. Essapessoa decide, então, que vai comer sempre a metade do pedaço que ela tiver.

Assim, no primeiro dia comerá a metade da barra inteira. No segundo dia, a metade da metade que sobrou dodia anterior. No terceiro dia, comerá a metade do pedaço do dia anterior, e assim por diante.

Esses pedaços consumidos formam uma PG infinita (considerando-se que a pessoa conseguiria dividi-la

sempre) e decrescente: .

Porém, a soma de todas essas quantidades seria igual à barra toda, ou seja, 1.

Logo, é possível determinar a soma desse tipo de PG infinita, por meio da expressão:

Exercícios resolvidos1) Comprei um terreno e vou pagá-lo em 8 prestações crescentes, de modo que a primeira prestação é de 100unidades monetárias - e cada uma das seguintes é o dobro da anterior. Qual o valor do terreno?

Como sabemos o total de prestações (8), vamos calcular o valor do terreno por meio da soma da PG finita, poisas prestações estão em PG de razão 2.

Logo, o valor do terreno é de 25500 unidades monetárias.

2) Dê a fração geratriz da dízima periódica 0, 8888...

Podemos escrever a dízima da seguinte forma:

0, 8888... = 0, 8 + 0, 08 + 0, 008 + 0, 0008 + ..., o que seria igual à soma da PG infinita

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Page 28: MATEMÁTICA-MAKIYAMA

.A fração geratriz é, então, o valor da soma dessa PG.

3) Resolver a equação .

Mais uma vez, aplicaremos a fórmula da soma da PG infinita, pois o 1º membro da equação é uma PG infinita edecrescente.

A soma de uma número finito de termos de uma PASeja uma progressão aritmética, tal que:

an = an − 1 + r

Onde an é o termo atual e r é a razão.

Podemos encontrar a soma dos termos por:

Exercícios Resolvidos

1. 1. Determine o quarto termo da PA(3, 9, 15,...).

Resolução:a1=3a2=9r = a2 - a1 = 9 – 3 = 6(a1, a2, a3, a4,... )

Então:a4 = a1 + r + r + ra4 = a1 + 3ra4 = 3 + 3.6a4 = 3+18a4 = 21

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Page 29: MATEMÁTICA-MAKIYAMA

com a formula do termo geral:

an = a1 + (n - 1 ) ra4= 3 + (4 - 1) 6a4 = 3 + 3.6a4 = 9 + 18a4 = 21

2. 2. Determine o oitavo termo da PA na qual a3 = 8 e r = -3.

Resolução:a3 = 8r = -3(a1, ...,a3, a4, a5, a6, a7, a8,... )

Então:a8 = a3 + r + r + r + r + ra8 = a3 + 5ra8 = 8 + 5.-3a8 = 8 - 15a8 = - 7

com a formula do termo geral :

an = a1 + (n -1)ra8 = 15 + ( 8 -1) . (-3) --como a razão é negativa a PA é decrescente sendo a1 = 15a8 = 15 + (-21)a8 = -7

3. 3. Interpole 3 meios aritméticos entre 2 e 18.Resolução:Devemos formar a PA(2, ___, ___, ___, 18), em que:a1 = 2an = a5 = 18n = 2 + 3 = 5Para interpolarmos os três termos devemos determinar primeiramente a razão da PA. Então:a5 = a1 + r + r + r + ra5 = a1 + 4r18 = 2 + 4r16 = 4rr = 16/4r = 4Logo temos a PA(2, 6, 10, 14, 18)

Exercícios Resolvidos

1. 1. Calcule a soma dos 50 primeiros termos da PA(2, 6, 10,...).

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Page 30: MATEMÁTICA-MAKIYAMA

Resolução:a1 = 2r = a2 – a1 = 6 – 2 = 4Para podemos achar a soma devemos determinar o an(ou seja, a50):a50 = a1 + 49r = 2 + 49.4 = 2 + 196 = 198

Aplicando a fórmula temos:S50 = (a1+an).n/2 = (2+198).50/2 = 200.25=5000

2. 2. Um ciclista percorre 20 km na primeira hora, 17 km na segunda hora, e assim por diante, em progressãoaritmética. Quantos quilômetros percorrerá em 5 horas?

Resolução:PA = (20, 17,14,...)a1 = 20r = a2 – a1 = 17 - 20 = -3

Para podemos achar quantos quilômetros ele percorrerá em 5 horas devemos somas os 5 primeiros termos daPA e para isto precisamos do an (ou seja, a5):a5 = a1 + 4r = 20 + 4.-3 = 20 - 12 = 8

Aplicando a fórmula temos:S5 = (a1+an).n/2 = (20+8).5/2 = 14.5 = 70Logo ele percorreu em 5 horas 70 km.

EXERCICIOS

1) Qual é o décimo quinto termo da PA (4, 10......)? (R:88)

2) Qual é o centésimo número natural par? (R:198)

3) Ache o sexagésimo número natural ímpar (R:119)

4) Numa PA de razão 5 o primeiro termo é 4. Qual é a posição do termo igual a 44? (R:9ª)

5) Calcule o numero de termos da PA(5,10.....785) (R:157)

6) Ache a soma dos quarenta primeiros termos da PA(8, 2....) (R:-4360)

7) Numa progressão aritmética, a19=70 e a razão é 7 determine:---a)O primeiro termo (R:-56)---b)O décimo termo (R:7)---c)A soma dos 20 primeiros termos (R:210)

8) O vigésimo termo da Progressão Aritmética , 3, 8, 13, 18 .éobs: dados an= a1 + (n - 1)ra) 63b) 74 c) 87d) 98 (X)e) 104

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Page 31: MATEMÁTICA-MAKIYAMA

9)Se x, x + 5, -6 são termos consecutivos de uma progressão aritmética (PA) então o valor de x éa) -16 (X)b) -14c) -18d) -12e) -20

10) Achar o 14º termo da PA (3,10,17,.....)(R:94)

11) Escrever os três primeiros termos de uma PA de razão 2, sabendo que a32 =79 (R:17,19,21)

12)Determine a localização do número 22 na PA (82,76,70,....) (R:11)

13) Os termos consecutivos de uma progressão aritmética (PA) são x; 10; 12. Podemos concluir que x valea) 3b) 4c) 5d) 6e) 8 (X)

Porcentagem

Ao abrir um jornal, ligar uma televisão, olhar vitrines, é comum depararmos com expressões do tipo:

A inflação do mês foi de 4% (lê-se quatro por cento) Desconto de 10% (dez por cento) nas compras à vista. O índice de reajuste salarial de março é de 0,6% (seis décimos por cento)

A porcentagem é um modo de comparar números usando a proporção direta, onde uma das razões da proporçãoé uma fração cujo denominador é 100. Toda razão a/b na qual b=100 chama-se porcentagem.

Exemplos:

(1) Se há 30% de meninas em uma sala de alunos, pode-se comparar o número de meninas com o número totalde alunos da sala, usando para isto uma fração de denominador 100, para significar que se a sala tivesse 100alunos então 30 desses alunos seriam meninas. Trinta por cento é o mesmo que

30

100

= 30%

(2) Calcular 40% de R$300,00 é o mesmo que determinar um valor X que represente em R$300,00 a mesmaproporção que R$40,00 em R$100,00. Isto pode ser resumido na proporção:

40

100

=

X

300Como o produto dos meios é igual ao produto dos extremos, podemos realizar a multiplicação cruzada paraobter: 100X=12000, assim X=120

Logo, 40% de R$300,00 é igual a R$120,00.

(3) Li 45% de um livro que tem 200 páginas. Quantas páginas ainda faltam para ler?

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Page 32: MATEMÁTICA-MAKIYAMA

45

100

=

X

200o que implica que 100X=9000, logo X=90. Como eu já li 90 páginas, ainda faltam 200-90=110 páginas.

JUROS SIMPLES

O regime de juros será simples quando o percentual de juros incidir apenas sobre o valor principal. Sobre osjuros gerados a cada período não incidirão novos juros. Valor Principal ou simplesmente principal é o valorinicial emprestado ou aplicado, antes de somarmos os juros. Transformando em fórmula temos:

J = P . i . n

Onde:

J = jurosP = principal (capital)i = taxa de jurosn = número de períodos

Exemplo: Temos uma dívida de R$ 1000,00 que deve ser paga com juros de 8% a.m. pelo regime de jurossimples e devemos pagá-la em 2 meses. Os juros que pagarei serão:

J = 1000 x 0.08 x 2 = 160

Ao somarmos os juros ao valor principal temos o montante.

Montante = Principal + Juros Montante = Principal + ( Principal x Taxa de juros x Número de períodos )

M = P . ( 1 + i . n )

Exemplo: Calcule o montante resultante da aplicação de R$70.000,00 à taxa de 10,5% a.a. durante 145 dias.

SOLUÇÃO: M = P . ( 1 + (i.n) ) M = 70000 [1 + (10,5/100).(145/360)] = R$72.960,42

Observe que expressamos a taxa i e o período n, na mesma unidade de tempo, ou seja, anos. Daí ter dividido145 dias por 360, para obter o valor equivalente em anos, já que um ano comercial possui 360 dias.

Exercícios sobre juros simples:

1) Calcular os juros simples de R$ 1200,00 a 13 % a.t. por 4 meses e 15 dias.

0.13 / 3 = 0.0433.. implica que 13% a.t. equivale a 4,33..% a.m. 4 m 15 d = 4,5 m, pois 15 dias significa 0,5 m. Então j = 1200 x 0.0433..x 4,5 = 234

2 - Calcular os juros simples produzidos por R$40.000,00, aplicados à taxa de 36% a.a., durante 125 dias.

Temos: J = P.i.n A taxa de 36% a.a. equivale a 0,36/360 = 0,001 a.d. Agora, como a taxa e o período estão referidos à mesma unidade de tempo, ou seja, dias, poderemos calculardiretamente: J = 40000.0,001.125 = R$5000,00

3 - Qual o capital que aplicado a juros simples de 1,2% a.m. rende R$3.500,00 de juros em 75 dias?

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Temos imediatamente: J = P.i.n ou seja: 3500 = P.(1,2/100).(75/30) Observe que expressamos a taxa i e o período n em relação à mesma unidade de tempo, ou seja, meses. Logo, 3500 = P. 0,012 x 2,5 = P . 0,030; Daí, vem: P = 3500 / 0,030 = R$116.666,67

4 - Se a taxa de uma aplicação é de 150% ao ano, quantos meses serão necessários para dobrar um capitalaplicado através de capitalização simples?

Objetivo: M = 2.P Dados: i = 150/100 = 1,5 Fórmula: M = P (1 + i . n) Desenvolvimento:

2P = P (1 + 1,5 n)

2 = 1 + 1,5 n

n = 2/3 ano = 8 meses

JUROS COMPOSTOS

O regime de juros compostos é o mais comum no sistema financeiro e portanto, o mais útil para cálculos deproblemas do dia-a-dia. Os juros gerados a cada período são incorporados ao principal para o cálculo dos jurosdo período seguinte.

Chamamos de capitalização o momento em que os juros são incorporados ao principal. Após três meses decapitalização, temos:

1º mês: M =P.(1 + i) 2º mês: o principal é igual ao montante do mês anterior: M = P x (1 + i) x (1 + i) 3º mês: o principal é igual ao montante do mês anterior: M = P x (1 + i) x (1 + i) x (1 + i)

Simplificando, obtemos a fórmula:

M = P . (1 + i)n

Importante: a taxa i tem que ser expressa na mesma medida de tempo de n, ou seja, taxa de juros ao mês para nmeses.

Para calcularmos apenas os juros basta diminuir o principal do montante ao final do período:

J = M - P

Exemplo:

Calcule o montante de um capital de R$6.000,00, aplicado a juros compostos, durante 1 ano, à taxa de 3,5% aomês.

Resolução:

P = R$6.000,00 t = 1 ano = 12 meses i = 3,5 % a.m. = 0,035 M = ?

Usando a fórmula M=P.(1+i)n, obtemos:

M = 6000.(1+0,035)12 = 6000. (1,035)12 = 6000.1,511 = 9066,41.

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Portanto o montante é R$9.066,41

Relação entre juros e progressões

No regime de juros simples: M( n ) = P + P.i.n ==> P.A. começando por P e razão J = P.i.n

No regime de juros compostos: M( n ) = P . ( 1 + i ) n ==> P.G. começando por P e razão ( 1 + i ) n

Portanto:

• num regime de capitalização a juros simples o saldo cresce em progressão aritmética • num regime de capitalização a juros compostos o saldo cresce em progressão geométrica

Matrizes

Uma matriz de ordem m x n é qualquer conjunto de m . n elementos dispostos em m linhas e n colunas.

Representação

Cada elemento de uma matriz é localizado por dois índices: aij. O primeiro indica a linha, e o segundo, acoluna.

A matriz A pode ser representada abreviadamente por uma sentença matemática que indica a lei de formaçãopara seus elementos.

A = (aij)mxn | lei de formação.

Ex.: (aij)2x3 | aij = i . j

Classificação das Matrizes

Em função dos valores de m e n, classifica-se a matriz A = (aij)mxn em:

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Ex.: é uma matriz quadrada de ordem 3.

Numa matriz A = (aij)mxn quadrada de ordem n, os elementos aij com i = j constituem a diagonal principal. Oselementos aij com i + j = n + 1 formam a diagonal secundária.

Tipos de Matrizes

Matriz Nula

É a matriz onde todos os elementos são nulos.

Matriz OpostaMatriz oposta de uma matriz A = (aij)mxn é a matriz B = (bij)mxn tal que bij = -aij.

Exemplo de Matriz

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Operações com MatrizesMatriz Identidade ou Matriz Unidade

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Matriz Transposta (At)

É a matriz que se obtém trocando ordenadamente as linhas pelas colunas da matriz dada.

Se B = (bij)mxn é transposta de A = (aij)mxn, então bij = aij.

Matriz Diagonal

É uma matriz quadrada onde aij = 0, para i j, isto é, os elementos que não estão na diagonal principal sãonulos.

Matriz Simétrica

É uma matriz quadrada A tal que At = A, isto é, aij = aij para i j.

Matriz Anti-simétrica

É uma matriz quadrada A tal que At = -A , isto é, aij = -aij para i e j quaisquer.

Operações com Matrizes

Igualdade de Matrizes

Duas matrizes A = (aij)mxn e B = (bij)mxn de mesma ordem, são iguais se, e somente se, aij = bij.

Propriedades da Igualdade

- Se A = B, então At = Bt

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Page 38: MATEMÁTICA-MAKIYAMA

- (At)t = A

Adição e subtração de Matrizes

A soma de duas matrizes A = (aij)mxn e B = (bij)mxn de mesma ordem é uma matriz C = (aij)mxn tal que C =aij + bij.

A subtração de matrizes é dada pela sentença:

A – B = A + (– B )

Propriedades da adição de Matrizes

a) A + B = B + A (COMUTATIVA)

b) (A + B) + C = A + (B + C) (ASSOCIATIVA)

c) A + 0 = 0 + A = A (ELEMENTO NEUTRO)

d) A + (-A) = (-A) + A = 0 (ELEMENTO OPOSTO)

e) (A + B)T = AT + BT (TRANSPOSTA DA SOMA)

Matriz inversaSabemos calcular o inverso de um número real e o inverso de uma matriz segue o mesmo conceito. Quandoqueremos encontrar o inverso de um número real temos que nos orientar pela seguinte definição:

Sendo t e g dois números reais, t será inverso de g, se somente se, t . g ou g . t for igual a 1.

Quando um número real é inverso do outro, indicamos o inverso com um expoente -1: 1 / 5 = 5-1, dizemos que 1 /5 é o inverso de 5, pois se multiplicarmos 1 / 5 . 5 = 1

Dizemos que uma matriz terá uma matriz inversa se for quadrada e se o produto das duas matrizes for igual auma matriz identidade quadrada de mesma ordem das outras.

Dada duas matrizes quadradas C e D, C será inversa de D se, somente se, C . D ou D . C for igual à In.Portanto, dizemos que C = D-1 ou D = C-1.

Exemplo 1:

Verifique se a matriz A = e a matriz B = são inversas entre si.

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Page 39: MATEMÁTICA-MAKIYAMA

Para que seja verdade o produto A . B = I2.

Portanto, concluímos que as matrizes A e B não são inversas.

Exemplo 2:

Verifique se as matrizes G= e K= são inversas entre si.

Para que seja verdade o produto de G . K = I3

Portanto, concluímos que as matrizes G e K são inversas entre si.

DETERMINANTES de Matriz

Entenderemos por determinante , como sendo um número ou uma função, associado a uma matriz quadrada ,calculado de acordo com regras específicas .

É importante observar , que só as matrizes quadradas possuem determinante .

Regra para o cálculo de um determinante de 2ª ordem Dada a matriz quadrada de ordem 2 a seguir:

• O determinante de A será indicado por det(A) e calculado da seguinte forma : • det (A) = ½ A½ = ad - bc

Exemplo:

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Ora, senx.senx + cosx.cosx = sen2x + cos2x = 1 ( Relação Fundamental da Trigonometria ) . Portanto, odeterminante da matriz dada é igual à unidade.

Para o cálculo de um determinante de 3ª ordem pela Regra de Sarrus, proceda da seguinte maneira:

1 - Reescreva abaixo da 3ª linha do determinante, a 1ª e 2ª linhas do determinante.

2 - Efetue os produtos em "diagonal" , atribuindo sinais negativos para os resultados à esquerda e sinal positivopara os resultados à direita.

3 - Efetue a soma algébrica. O resultado encontrado será o determinante associado à matriz dada.

Exemplo:

.2 3 5

.1 7 4Portanto, o determinante procurado é o número real negativo .- 77.

Principais propriedades dos determinantes

P1) somente as matrizes quadradas possuem determinantes.

P2) o determinante de uma matriz e de sua transposta são iguais: det(A) = det( At ).

P3) o determinante que tem todos os elementos de uma fila iguais a zero , é nulo.Obs: Chama-se FILA de um determinante, qualquer LINHA ou COLUNA.

P4) se trocarmos de posição duas filas paralelas de um determinante, ele muda de sinal.

P5) o determinante que tem duas filas paralelas iguais ou proporcionais, é nulo.

P6) multiplicando-se (ou dividindo-se) os elementos de uma fila por um número, o determinante ficamultiplicado (ou dividido) por esse número.

P7) um determinante não se altera quando se substitui uma fila pela soma desta com uma fila paralela,multiplicada por um número real qualquer.

P8) determinante da matriz inversa : det( A-1) = 1/det(A) .

Se A-1 é a matriz inversa de A , então A . A-1 = A-1 . A = In , onde In é a matriz identidade de ordem n . Nestascondições , podemos afirmar que det(A.A-1) = det(In) e portanto igual a 1.Logo , podemos também escrever det(A) . det(A-1) = 1 ;logo , concluímos que: det(A-1) = 1 / det(A).

Notas:

1) se det(A) = 0 , não existe a matriz inversa A-1. Dizemos então que a matriz A é SINGULAR ou NÃO

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Page 41: MATEMÁTICA-MAKIYAMA

INVERSÍVEL .

2) se det A ¹ 0 , então a matriz inversa A-1 existe e é única . Dizemos então que a matriz A é INVERSÍVEL .

P9) Se todos os elementos situados de um mesmo lado da diagonal principal de uma matriz quadrada de ordemn , forem nulos (matriz triangular), o determinante é igual ao produto dos elementos da diagonal principal.

P10) Se A é matriz quadrada de ordem n e k Î R então det(k.A) = kn . det A

Exemplos:

1) Qual o determinante associado à matriz?

Observe que a 4ª linha da matriz é proporcional à 1ª linha (cada elemento da 4ª linha é obtido multiplicando oselementos da 1ª linha por 3). Portanto, pela propriedade P5 , o determinante da matriz dada é NULO.

2) Calcule o determinante:

Observe que a 2ª coluna é composta por zeros; FILA NULA Þ DETERMINANTE NULO , conformepropriedade P3 acima. Logo, D = 0.

3) Calcule o determinante:

Ora, pela propriedade P9 acima, temos: D = 2.5.9 = 90

Exercícios propostos:

1) As matrizes A e B , quadradas de ordem 3, são tais que B = 2.At , onde At é a matriz transposta de A. Se odeterminante de B é igual a 40 , então o determinante da matriz inversa de A é igual a:

*a) 1/5b) 5 c) 1/40d) 1/20e) 20

2) Seja a matriz A de ordem n onde aij = 2 para i = j e aij = 0 para i ¹ j .Se det (3A) = 1296 , então n é igual a:Resp: n = 4

3) Determine a soma dos elementos da diagonal principal da matriz A = ( aij )3 X 3 , onde aij = i + j se i ³ j ou aij = i - j se i < j. Qual o determinante de A?

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Resp: soma dos elementos da diagonal principal = 12 e determinante = 82

4) Se A = ( aij ) é matriz quadrada de ordem 3 tal que aij = i - j então podemos afirmar que o determinante damatriz 5 A é igual a:Resp: zero

Relação entre Matriz e Sistemas Lineares

Os sistemas lineares são formados por um conjunto de equações lineares de m incógnitas. Todos os sistemaspossuem uma representação matricial, isto é, constituem matrizes envolvendo os coeficientes numéricos e a

parte literal. Observe a representação matricial do seguinte sistema: .

Matriz incompleta (coeficientes numéricos)

Matriz completa

Representação Matricial

A relação existente entre um sistema linear e uma matriz consiste na resolução de sistemas pelo método deCramer.

Vamos aplicar a regra de Cramer na resolução do seguinte sistema: .

Aplicamos a regra de Cramer utilizando a matriz incompleta do sistema linear. Nessa regra utilizamos Sarrus nocálculo do determinante das matrizes estabelecidas. Observe o determinante da matriz dos sistemas:

Regra de Sarrus: soma dos produtos da diagonal principal subtraída da soma dos produtos da diagonalsecundária.

Substituir a 1ª coluna da matriz dos sistemas pela coluna formada pelos termos independentes do sistema.

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Page 43: MATEMÁTICA-MAKIYAMA

Substituir a 2ª coluna da matriz dos sistemas pela coluna formada pelos termos independentes do sistema.

Substituir a 3ª coluna da matriz dos sistemas pela coluna formada pelos termos independentes do sistema.

De acordo com regra de Cramer, temos:

Portanto, o conjunto solução do sistema de equações é: x = 1, y = 2 e z = 3.

Relação entre Matriz e Sistemas Lineares Os sistemas lineares são formados por um conjunto de equações lineares de m incógnitas. Todos os sistemaspossuem uma representação matricial, isto é, constituem matrizes envolvendo os coeficientes numéricos e a

parte literal. Observe a representação matricial do seguinte sistema: .

Matriz incompleta (coeficientes numéricos)

Matriz completa

Representação Matricial

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Page 44: MATEMÁTICA-MAKIYAMA

A relação existente entre um sistema linear e uma matriz consiste na resolução de sistemas pelo método deCramer.

Vamos aplicar a regra de Cramer na resolução do seguinte sistema: .

Aplicamos a regra de Cramer utilizando a matriz incompleta do sistema linear. Nessa regra utilizamos Sarrus nocálculo do determinante das matrizes estabelecidas. Observe o determinante da matriz dos sistemas:

Regra de Sarrus: soma dos produtos da diagonal principal subtraída da soma dos produtos da diagonalsecundária.

Substituir a 1ª coluna da matriz dos sistemas pela coluna formada pelos termos independentes do sistema.

Substituir a 2ª coluna da matriz dos sistemas pela coluna formada pelos termos independentes do sistema.

Substituir a 3ª coluna da matriz dos sistemas pela coluna formada pelos termos independentes do sistema.

De acordo com regra de Cramer, temos:

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Page 45: MATEMÁTICA-MAKIYAMA

Portanto, o conjunto solução do sistema de equações é: x = 1, y = 2 e z = 3.

Sistema de equações linearesSistemas lineares é um ramo da álgebra linear, uma matéria que é fundamental para a matemática moderna.Algoritmos computacionais para achar soluções são uma parte importante da álgebra linear numérica, e taismétodos têm uma grande importância na engenharia, física, química, ciência da computação e economia. Umsistema de equações não-lineares freqüentemente pode ser aproximado para um sistema linear, uma técnica útilquando se está fazendo um modelo matemático ou simulação computadorizada de sistemas complexos.

Técnicas de resoluçãoExistem vários métodos equivalentes de resolução de sistemas. Método da substituiçãoO método da substituição consiste em isolar uma incógnita em qualquer uma das equações, obtendo igualdadecom um polinômio. Então deve-se substituir essa mesma incógnita em outra das equações pelo polinômio aoqual ela foi igualada.

Sistemas com duas equaçõesUm sistema com duas equações lineares se apresenta por:

Onde e são as incógnitas.

Para solucioná-lo por substituição, substituem-se as variáveis em suas equações por seus polinômioscorrespondentes:

Portanto:

Método da somaO método da soma é o mais direto para se resolverem os sistemas, pois é uma forma simplificada de usar ométodo da substituição. Só é possível quando as equações são dispostas de forma que, ao subtrair ou somar ospolinômios das equações, todas as incógnitas, exceto uma, se anulam. É mais simples e direto que o outro

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Page 46: MATEMÁTICA-MAKIYAMA

método 3x = 21 x = 7y = 12 − 7 = 5

Sistemas com duas equaçõesPara solucionar um sistema como o apresentado a seguir por soma, onde e são as incógnitas, deve-sesubtrair os polinômios das equações.

O método da soma é possível apenas com determinadas incógnitas, dependendo das equações do sistema. Nessecaso, é possível apenas com uma. A outra deve ser determinada substituindo o valor descoberto para a primeiraincógnita em uma das equações do sistema.

Método da comparaçãoConsiste em compararmos as duas equações do sistema, após termos isolado a mesma variável (x ou y) nasduas equações. e as equações ficam mais detalhadas.

Pela regra de Cramer:

x =Dx

DEm que Dx é o determinante da matriz dos termos do sistema excluindo a linha dos coeficientes de x, e D é odeterminante da matriz dos coeficientes das incógnitas.

Dx =b e d f

D =a b c d

Para calcular o y basta trocar o Dx pelo Dy, que deve ser calculado da mesma forma, calculando o determinanteda matriz dos termos do sistema excluindo a coluna dos coeficientes de y.

Esse método serve para sistemas de qualquer tamanho, desde que o numero de incógnitas seja igual ao numerode equações. E muitas vezes esse método se mostra o caminho mais facil para solução de um sistema.

Determinantes - Exercícios resolvidos

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Page 47: MATEMÁTICA-MAKIYAMA

a) 64

b) 8

c) 0

d) -8

e) -64

RESPOSTA: D

a) 2 ou -2

b) 1 ou 3

c) -3 ou 5

d) -5 ou 3

e) 4 ou -4

RESPOSTA: A

a) não se define;

b) é uma matriz de determinante nulo;

c) é a matriz identidade de ordem 3;

d) é uma matriz de uma linha e uma coluna;

e) não é matriz quadrada.

RESPOSTA: B

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Page 48: MATEMÁTICA-MAKIYAMA

a) duas linhas proporcionais;

b) duas colunas proporcionais;

c) elementos negativos;

d) uma fila combinação linear das outras duas filas paralelas;

e) duas filas paralelas iguais.

RESPOSTA: D

a) -9

b) -6

c) 3

d) 6

e) 9

RESPOSTA: E

é igual a:

a) 7

b) 8

c) 9

d) 10

e) 11

RESPOSTA: C

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RESOLUÇÃO: det M = 21

a) 2

b) 1

c) -1

d) -2

e) 3

RESPOSTA: D

a) x > 2

b) 0 < x < 5

c) x < -2

d) x > 5

e) 1 < x < 2

RESPOSTA: C

a) -4

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Page 50: MATEMÁTICA-MAKIYAMA

b) -2

c) 0

d) 1

e) 1131

RESPOSTA: C

Conjunto Verdade e Conjunto Universo de uma Equação

Considere o conjunto A = {0, 1, 2, 3, 4, 5} e a equação x + 2 = 5.

Observe que o número 3 do conjunto A é denominado conjunto universo da equação e o conjunto {3} é oconjunto verdade dessa mesma equação.

Observe este outro exemplo:

• Determine os números inteiros que satisfazem a equação x² = 25 O conjunto dos números inteiro é o conjunto universo da equação.

Os números -5 e 5, que satisfazem a equação, formam o conjunto verdade, podendo ser indicado por: V = {-5,5}.

Daí concluímos que:

Conjunto Universo é o conjunto de todos os valores que variável pode assumir. Indica-sepor U.

Conjunto verdade é o conjunto dos valores de U, que tornam verdadeira a equação .Indica-se por V.

Observações:

• O conjunto verdade é subconjunto do conjunto universo.

• Não sendo citado o conjunto universo, devemos considerar como conjunto universo o conjunto dosnúmeros racionais.

• O conjunto verdade é também conhecido por conjunto solução e pode ser indicado por S.

Equações racionais

função racional é uma razão de polinômios. Para uma simples variável x, uma típica função racional é, portanto

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Page 51: MATEMÁTICA-MAKIYAMA

onde P e Q são polinômios tendo x como indeterminado, e Q não pode ser o polinômio zero. Qualquerpolinômio não-zero Q é aceitável; mas a possibilidade que um dado a assinalado para o x poderia fazer Q(a) = 0significa que a função racional, diferente dos polinômios, não possuem sempre uma função domínio dedefinição óbvia. De fato se nós temos

esta função é definida para qualquer número real x; mas não para números complexos, onde o denominador

assume o valor 0 para x = i e x = −i, onde i é .

Sistemas de equações lineares

Equação Linear É toda equação que possui variáveis e apresenta na seguinte forma a1x1 + a2x2 + a3x3 + ...+ anxn = b, em quea1, a2, a3, ....., são os coeficientes reais e o termo independente e representado pelo número real b. Exemplos:

x + y + z = 20 2x –3y + 5z = 6 4x + 5y – 10z = –3 x – 4y – z = 0

Sistema Linear Um conjunto de p equações lineares com variáveis x1, x2, x3,....,xn formam um sistema linear com p equaçõese n incógnitas. Exemplos:

x + y = 3 x – y = 1 Sistema linear com duas equações e duas variáveis.

2x + 5y – 6z = 24 x – y + 10z = 30 Sistema linear com duas equações e três variáveis.

x + 10y – 12z = 120 4x – 2y – 20z = 60 –x + y + 5z = 10 Sistema linear com três equações e três variáveis.

x – y – z + w = 10 2x + 3y + 5z – 2w = 21 4x – 2y – z + w = 16 Sistema linear com três equações e quatro variáveis.

Solução de um sistema linear Dado o sistema: x + y = 3 x – y = 1

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Dizemos que a solução deste sistema é o par ordenado (2,1), pois ele satisfaz as duas equações do sistemalinear. Observe: x = 2 e y = 1

2 + 1 = 3 3 = 3 2 – 1 = 1 1 = 1

Dado o sistema: 2x + 2y + 2z = 20 2x – 2y + 2z = 8 2x – 2y – 2z = 0 Podemos dizer que o trio ordenado (5, 3, 2) é solução do sistema, pois ele satisfaz as três equações do sistemalinear. Veja:

2 * 5 + 2 * 3 + 2 * 2 = 20 10 + 6 + 4 = 20 20 = 20 2 * 5 – 2 * 3 + 2 * 2 = 8 10 – 6 + 4 = 8 8 = 8 2 * 5 – 2 * 3 – 2 * 2 = 0 10 – 6 – 4 = 0 0 = 0

Classificação de um sistema linear

Todo sistema linear é classificado de acordo com o número de soluções apresentadas por ele.

SPD – Sistema Possível e Determinado – possui apenas uma solução. SPI – Sistema Possível e Indeterminado – possui infinitas soluções. SI – Sistema Impossível – não possui solução.

Associando um sistema linear a uma matriz

Um sistema linear pode estar associado a uma matriz, os seus coeficientes ocuparão as linhas e as colunas damatriz, respectivamente. Veja exemplo 1: O sistema: x + y = 3 x – y = 1 pode ser representado por duas matrizes, uma completa e outra incompleta. Matriz completa

1 1 3

1 -1 1

Matriz incompleta

1 1

1 -1

Exemplo 2 x + 10y – 12z = 120 4x – 2y – 20z = 60 –x + y + 5z = 10

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Matriz completa

1 10 -12 120

4 -2 -20 60

-1 1 5 10

Matriz incompleta

1 10 -12

4 -2 -20

-1 1 5

Obs.: O sistema também pode possuir uma representação matricial. Observe o sistema de equações lineares: x + 10y – 12z = 120 4x – 2y – 20z = 60 –x + y + 5z = 10

Equação matricial do sistema:

Regra de Cramer

A regra de Cramer é uma das maneiras de resolver um sistema linear, mas só poderá ser utilizada na resoluçãode sistemas que o número de equações e o número de incógnitas forem iguais.

Portanto, ao resolvermos um sistema linear de n equações e n incógnitas para a sua resolução devemos calcularo determinante (D) da equação incompleta do sistema e depois substituirmos os termos independentes em cadacoluna e calcular os seus respectivos determinantes e assim aplicar a regra de Cramer que diz:

Os valores das incógnitas são calculados da seguinte forma:

x1 = D1 D

x2 = D2 D

x3 = D3 ... xn = Dn D D

Veja no exemplo abaixo de como aplicar essa regra de Cramer:

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Dado o sistema linear , para resolvê-lo podemos utilizar da regra de Cramer, pois ele possui 3equações e 3 incógnitas, ou seja, o número de incógnitas é igual ao número de equações.

Devemos encontrar a matriz incompleta desse sistema linear que será chamada de A.

. Agora calculamos o seu determinante que será representado por D.

D = 1 + 6 + 2 + 3 – 1 + 4 D = 15.

Agora devemos substituir os temos independentes na primeira coluna da matriz A, formando assim umasegunda matriz que será representada por Ax.

. Agora calcularmos o seu determinante representado por Dx.

Dx = 8 + 4 + 3 + 2 – 8 + 6 Dx = 15

Substituímos os termos independentes na segunda coluna da matriz incompleta formando a matriz Ay.

. Agora calcularmos o seu determinante Dy.

Dy = -3 + 24 +4 – 9 – 2 + 16

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Dy = 30

Substituindo os termos independentes do sistema na terceira coluna da matriz incompleta formaremos a matrizAz.

. Agora calculamos o seu determinante representado por Dz.

Depois de ter substituído todas as colunas da matriz incompleta pelos termos independentes, iremos colocar emprática a regra de Cramer.

A incógnita x = Dx = 15 = 1 D 15

A incógnita y = Dy = 30 = 2 D 15

A incógnita z = Dz = 45 = 3 D 15

Portanto, o conjunto verdade desse sistema será V = {(1,2,3)}.

Exercícios resolvidos de equações de 1º grau com “uma” e “duas” variáveis

01 – Em um sítio, entre ovelhas e cabritos, há 200 animais. Se o número de ovelhas é igual a 1/3 do número decabritos, determine quantas são o número de ovelhas e quantos são o número de cabritos.

R.: Este problema se trata de uma equação do 1º grau com duas variáveis (ovelhas e cabritos).

Solução:

x = ovelhas

y = cabritos

Sabendo que x é igual 1/3 do total de 200 animais, temos o valor de ovelhas = 67 (valor arred.)

assim: x + y = 200

67 + y = 200

y = 200 – 67

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y = 133 >> S = {67,133}

Existem, desta forma, 67 ovelhas e 133 cabritos, totalizando 200 animais.

02 – Em um quintal existem porcos, avestruz e galinhas, fazendo um total de 60 cabeças e 180 pés.

Quantos são os animais de duas patas e quantos são os de quatro patas?

R.: Este problema se trata de uma equação do 1º grau com duas variáveis (animais de duas patas e animais dequatro patas).

Solução:

x = animais de duas patas (avestruz e galinhas)

y = animais de quatro patas (porcos)

x + y = 60 >> x = 60 – y

Assim: animais de duas pernas 2x, e quatro pernas 4y, logo são observados.

2x + 4y = 180

2(60 – y) + 4y = 180

120 – 2y + 4y = 180

2y = 180 – 120

2y = 60 >> y = 30

x + y = 60

x + 30 = 60

x = 60 -30 >> x = 30 >> S = {30,30}

Existem, então, 30 animais de 02 pernas e 30 animais de 04 pernas.

03 – Determine os valores da incógnita “x”, nas expressões abaixo:

a) 2x + 6 = 0

2x = -6

x = -6/2

x = -3 >> V = {-3}

b) 5x + 4 = 5 + 4x

5x – 4x = 5 – 4

x = 1 >> V = {1}

c) -10x + 6 = -18 + 2x

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-10x – 2x = -18 – 6

-12x = -24 (.-1) , multiplicar por (-1), pois a variável x está com valor negativo

12x = 24

x = 24/12 >> x = 2 >> V = {2}

04 – A soma de dois números dados é 8 e a diferença entre estes mesmos números é igual a 4. Quais sãos osnúmeros?

R.: Este problema se trata de uma equação do 1º grau com duas variáveis (aplica-se aqui o estudo da linguagemtextual).

x + y = 8

x – y = 4

x + x + y – y = 8 + 4

2x = 12

x = 12/2 >> x = 6

x – y = 4

6 – y = 4

-y = 4 – 6

-y = -2 (.-1) >> y = 2 >> S = {6,2}

Mais Exercícios:

1) Um número mais a sua metade é igual a 150. Qual é esse número?

Solução:n + n/2 = 1502n/2 + n/2 = 300/22n + n = 3003n = 300n = 300/3n = 100Resposta: Esse número é 100.

2) A diferença entre um número e sua quinta parte é igual a 36. Qual é esse número?

Solução:x - x/5 = 36(5 x - x)/5 = 364x /5 = 364x = 36.54x = 180x = 180/4x = 45Resposta: Esse número é 45.

3) O triplo de um número é igual a sua metade mais 20. Qual é esse número?

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Solução:3 m = m/2 + 206m/2 = (m+40)/26m = m + 406m - m =5m = 40m = 40/5m = 8Resposta: Esse número é 8.

4) O triplo de um número, mais 5, é igual a 254. Qual é esse número?

Solução:3p + 5 = 2543p = 254 - 53p = 249p = 249/3p = 83Resposta: Esse número é 83.

5)Resolver as equações:

a. 3x – 5 = 2x + 6Resolução

3x – 2x = 6 + 5x = 11S = {11}

b. 2 (x + 3) + 3 (x – 1) = 7 (x + 2)

Resolução

2x + 6 + 3x – 3 = 7x + 142x + 3x – 7x = 14 + 3 – 6–2x = 11

Exercícios resolvidos de equações de 2º grau

1) Resolver em R a equação x² - 4x = 0

Colocando o fator x em evidência, obtemos:

x(x – 4) = 0

Quando o produto de dois números reais é igual à zero, então pelo menos um dos fatores é igual a zero.

Portanto: x = 0 ou x – 4 = 0

x = 4

Logo as raízes são 0 e 4.

Verificação:

Para x = 0, temos: 0² - 4.0 = 0 – 0 = 0 (V)

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Para x = 4, temos: 4² - 4.4 = 16 – 16 = 0 (V)

Portanto a solução está correta.

2) Resolver em R a equação:

(2x + 5)² + 3x = 25

4x² + 20x + 25 +3x = 25

4x² + 23x = 0

x(4x + 23) = 0

x = 0 ou 4x + 23 = 0

4x = -23

x = -23/4

3) Resolver em R a equação:

4/2x – 3x = 2 + 2/x, sendo x ≠ 0

Multiplicando os dois membros da equação por 2x, para eliminar os denominadores vem:

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A partir do enunciado o número zero foi excluído da solução dessa equação (x ≠ 0), então: x = -2/3 é soluçãoúnica.

4) Resolver em R a equação:

Equações do tipo ax² + c = 0

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5) Resolver em R a equação 2x² - 18 = 0

Adicionamos 18 aos dois membros da equação:

2x² - 18 + 18 = 0 + 18

2x² = 18

Dividimos os dois membros da equação por 2

Então +3 e -3 são as raízes da equação.

6) Resolver em R a equação:

2x² + 4 = 0

Equações do tipo ax² = 0

A equação do tipo ax² = 0 admite uma única solução: x = 0

7) Resolver em R a equação 2x² = 0

Utilizando a fórmula de Bháskara, vamos resolver alguns exercícios:

1) 3x²-7x+2=0

a=3, b=-7 e c=2

= (-7)²-4.3.2 = 49-24 = 25

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Substituindo na fórmula:

=

e

Logo, o conjunto verdade ou solução da equação é:

2) -x²+4x-4=0

a=-1, b=4 e c=-4

= 4²-4.-1.-4 = 16-16 = 0

Subistituindo na fórmula de Bháskara:

» x=2

- Neste caso, tivemos uma equação do 2º grau com duas raízes reais e iguais. ( )

3) 5x²-6x+5=0

a=5 b=-6 c=5

= (-6)²-4.5.5 = 36-100 = -64

Note que <0 e não existe raiz quadrada de um número negativo. Assim, a equação não possui nenhuma raizreal.

Logo: » vazio

Equações Algébricas

Sendo P(x) um polinômio em C , chama-se equação algébrica à igualdade P(x) = 0 . Portanto, as raízes daequação algébrica , são as mesmas do polinômio P(x) . O grau do polinômio , será também o grau da equação .Exemplo: 3x4 - 2x3 + x + 1 = 0 é uma equação do 4º grau .

Propriedades importantes :

P1 - Toda equação algébrica de grau n possui exatamente n raízes .Exemplo: a equação x3 - x = 0 possui 3 raízes a saber: x = 0 ou x = 1 ou x = -1. Dizemos então que o conjuntoverdade ou conjunto solução da equação dada é S = {0, 1, -1}.

P2 - Se b for raiz de P(x) = 0 , então P(x) é divisível por x - b .Esta propriedade é muito importante para abaixar o grau de uma equação , o que se consegue dividindoP(x) por x - b , aplicando Briot-Ruffini.Briot - matemático inglês - 1817/1882 e Ruffini - matemático italiano - 1765/1822.

P3 - Se o número complexo a + bi for raiz de P(x) = 0 , então o conjugado a - bi também será raiz .Exemplo: qual o grau mínimo da equação P(x) = 0, sabendo-se que três de suas raízes são os

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números 5,3 + 2i e4 - 3i.Ora, pela propriedade P3, os complexos conjugados 3 - 2i e 4 + 3i são também raízes. Logo, por P1,concluímos que o grau mínimo de P(x) é igual a 5, ou seja, P(x) possui no mínimo 5 raízes.

P4 - Se a equação P(x) = 0 possuir k raízes iguais a m então dizemos que m é uma raiz de grau demultiplicidade k .Exemplo: a equação (x - 4)10 = 0 possui 10 raízes iguais a 4 . Portanto 4 é raiz décupla ou demultiplicidade 10 .Outro exemplo: a equação x3 = 0, possui três raízes iguais a 0 ou seja três raízes nulas com ordem demultiplicidade 3 (raízes triplas).A equação do segundo grau x2 - 8x + 16 = 0, possui duas raízes reais iguais a 4, (x’ = x’’ = 4). Dizemos entãoque 4 é uma raiz dupla ou de ordem de multiplicidade dois.

P5 - Se a soma dos coeficientes de uma equação algébrica P(x) = 0 for nula , então a unidade é raiz da equação(1 é raiz).Exemplo: 1 é raiz de 40x5 -10x3 + 10x - 40 = 0 , pois a soma dos coeficientes é igual a zero.

P6 - Toda equação de termo independente nulo , admite um número de raízes nulas igual ao menor expoente davariável .Exemplo: a equação 3x5 + 4x2 = 0 possui duas raízes nulas .A equação x100 + x12 = 0, possui 100 raízes, das quais 12 são nulas!

P7 - Se x1 , x2 , x3 , ... , xn são raízes da equação aoxn + a1xn-1 + a2xn-2 + ... + an = 0 , então ela pode serescrita na forma fatorada :ao (x - x1) . (x - x2) . (x - x3) . ... . (x - xn) = 0Exemplo: Se - 1 , 2 e 53 são as raízes de uma equação do 3º grau , então podemos escrever:(x+1) . (x-2) . (x-53) = 0 , que desenvolvida fica : x3 - 54x2 + 51x + 106 = 0 . (verifique!).

Relações de Girard - Albert Girard (1590-1633).

São as relações existentes entre os coeficientes e as raízes de uma equação algébrica .Para uma equação do 2º grau , da forma ax2 + bx + c = 0 , já conhecemos as seguintes relações entre oscoeficientes e as raízes x1 e x2 :x1 + x2 = - b/a e x1 . x2 = c/a .

Para uma equação do 3º grau , da forma ax3 + bx2 + cx + d = 0 , sendo x1 , x2 e x3 as raízes , temos asseguintes relações de Girard :x1 + x2 + x3 = - b/ax1.x2 + x1.x3 + x2.x3 = c/ax1.x2.x3 = - d/a

Para uma equação do 4º grau , da forma ax4 + bx3 + cx2 + dx + e = 0 , sendo as raízes iguais ax1 , x2 , x3 e x4 , temos as seguintes relações de Girard :

x1 + x2 + x3 + x4 = -b/ax1.x2 + x1.x3 + x1.x4 + x2.x3 + x2.x4 + x3.x4 = c/ax1.x2x3 + x1.x2.x4 + x1.x3.x4 + x2.x3.x4 = - d/ax1.x2.x3.x4 = e/a

NOTA: observe que os sinais se alternam a partir de ( - ) , tornando fácil a memorização das fórmulas

Determinação de raízes

Determinar as raízes de polinômios, ou "resolver equações algébricas", é um dos problemas mais antigos damatemática. Alguns polinômios, tais como f(x) = x2 + 1, não possuem raízes dentro do conjunto dos númerosreais. Se, no entanto, o conjunto de candidatos possíveis for expandido ao conjunto dos números imaginários,ou seja, se se passar a tomar em conta o conjunto dos números complexos, então todo o polinômio (não-

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constante) possui pelo menos uma raiz (teorema fundamental da álgebra).

Existe uma diferença entre a aproximação de raízes e a determinação de fórmulas concretas que as definem.Fórmulas para a determinação de raízes de polinômios de grau até ao 4º são conhecidas desde o século XVI(ver equação quadrática, Gerolamo Cardano, Niccolo Fontana Tartaglia). Mas fórmulas para o 5º grau têmvindo a escapar aos investigadores já há algum tempo. Em 1824, Niels Henrik Abel provou que não pode haveruma fórmula geral (envolvendo apenas as operações aritméticas e radicais) para a determinação de raízes depolinômios de grau igual ou superior ao 5º em termos de coeficientes (ver teorema de Abel-Ruffini). Esteresultado marcou o início da teoria de Galois, onde se aplica a um estudo detalhado das relações entre raízes depolinômios.

Definição (caso real)

Para a sucessão de termos (ou ) com , um polinômio de grau n (ou tambémfunção racional inteira) é uma função que possui a forma

Alternativamente, o polinômio pode ser escrito recorrendo-se à notação sigma

Os números são denominados de coeficientes do polinômio e o termo a0 de coeficiente constante,ou termo independente.

Cada elemento somado avxv do polinômio é denominado por termo. Um polinômio com um, dois ou trêstermos é chamado de monômio, binômio ou trinômio respectivamente.

Em relação ao grau, os polinômios podem ser classificados como a seguir:

• grau 0 - polinômio constante; • grau 1 - função afim (polinômio linear, caso a0 = 0); • grau 2 - polinômio quadrático; • grau 3 - polinômio cúbico. • ... • grau n - polinômio de grau n.

Pode-se estender a definição de polinômio para incluir f(x) = 0, chamado polinômio nulo. O polinômio nulonão possui grau definido.

Uma equação polinômica obtem-se quando o polinômio é igualado a zero, ou seja:

. Desta forma podemos falar em raízes do polinômio f(x) e encontrar os valores de x que tornam a igualdadeverdadeira, isto é, busca-se a raíz do polinômio f(x) que é um valor de x tal que torne f(x) = 0. Um número que

satisfaz uma equação polinômica é chamado de número algébrico. Por exemplo: é algébrico e valida o

polinômio x2 − 2 = 0 pois .

Definição (genérica)

A definição acima de um polinômio com coeficientes reais (ou complexos) pode ser generalizada para

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polinômios com coeficientes em estruturas algébricas mais gerais. O resultado é o anel de polinômios.

Seja um anel. Então podemos considerar o conjunto das funções que tem

suporte finito, ou seja, para as quais o conjunto é finito. Essas funções representam os coeficientes

do polinômio (notar que é uma forma de se escrever ).

O objetivo é escrever uma soma e um produto neste conjunto, de forma que as seqüências do tipo (k, 0, 0, ...)funcionem como os escalares, e a seqüência do tipo (0, 1, 0, ...) funcione como o x dos polinômios.

A definição de e é feita pelos seus coeficientes, ou seja:

Deve-se observar que as duas definições fazem sentido, pois a soma e o produto destas séries tem suporte finito.

Falta provar os axiomas de anel para , o que é fácil mas trabalhoso, e que a função

definida por:

é um isomorfismo entre A e .

Isso mostra que A pode ser visto como um sub-anel de .

Se o anel A possui identidade multiplicativa, então definindo x como a função:

verifica-se que os elementos de são todos da forma .

Notas

• Equações cujas soluções são números inteiros ou racionais são chamadas de Equações Diofantinas. • Os polinômios até o grau n e o polinômio nulo formam um espaço vectorial que é normalmente

denominado por Πn. •

• Os polinômios foram representados a partir de uma base monomial (ex.: 1,x,x2,...,xn) mas deve sernotado que qualquer outra sequência polinomial pode ser usada como base, como por exemplo ospolinômios de Chebyshev.

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• Se D é um domínio de integridade, então o anel dos polinômios também é um domínio deintegridade.

• Se F é um corpo, então o anel dos polinômios é uma álgebra sobre o corpo F. Como espaço

vectorial, tem uma base enumerável. A base canônica é o conjunto . Inequações de primeiro grau

Introdução

Denominamos inequação toda sentença matemática aberta por uma desigualdade.

As inequações do 1º grau com uma variável podem ser escritas numa das seguintes formas:

, , , , como a e b reais . Exemplos:

Representação gráfica de uma inequação do 1º grau com duas variáveisMétodo prático

• Substituímos a desigualdade por uma igualdade. • Traçamos a reta no plano cartesiano. • Escolhemos um ponto auxiliar, de preferência o ponto (0, 0) e verificamos se o mesmo satisfaz ou não a

desigualdade inicial. Em caso positivo, a solução da inequação corresponde ao semiplano ao qual pertence o ponto auxiliar.

Em caso negativo, a solução da inequação corresponde ao semiplano oposto aquele ao qual pertence o pontoauxiliar. Exemplos:

• Representamos graficamente a inequação

Tabela

x y (x, y)

0 4 (0, 4)

2 0 (2, 0)

Substituindo o ponto auxiliar (0, 0) na inequação

Verificamos:

(Afirmativa positiva, o ponto auxiliar satisfaz a inequação)

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A solução da inequação corresponde ao semiplano ao qual pertence o ponto auxiliar (0, 0).

Resolução Gráfica de um Sistema de Inequações do 1º grau

Para resolver um sistema de inequações do 1º grau graficamente, devemos:

• traçar num mesmo plano o gráfico de cada inequação; • determinar a região correspondente à intersecção dos dois semiplanos. Exemplos:

• Dê a resolução gráfica do sistema:

Solução

Traçando as retas -x + y = 4 e 3x + 2y = 6.

Tabela

x y (x, y)

0 4 (0, 4)

-4 0 (-4, 0)

Tabela

x y (x, y)

0 3 (0, 3)

1 3/2 (1, 3/2)

Gráfico

Inequações do segundo grau

Para resolver inequações do segundo grau, precisamos, antes, recordar que as inequações de primeiro grau sãoresolvidas seguindo-se o mesmo procedimento utilizado na resolução das equações de primeiro grau eobservando-se, claro, as propriedades das desigualdades e o significado da solução.

Assim, resolvendo , temos:

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Page 68: MATEMÁTICA-MAKIYAMA

É possível, para resolver inequações do segundo grau, proceder como em equações do segundo grau?

Vejamos o exemplo .

A resolução de equações do segundo grau se dá, entre outras formas, pela fórmula de Bhaskara:

E agora? Qual seria o significado dos valores encontrados para o conjunto solução? Se a inequação é, deveríamos escrever a solução como ou ? Que significado isso teria?

Na verdade, resolver a inequação é saber para quais valores de x a expressão épositiva.

Graficamente, essa expressão, em função de x, é uma parábola, uma função do segundo grau. Se estudarmos osinal da função do segundo grau, descobriremos para quais valores de x essa expressão é positiva.

Seu gráfico é:

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Estudando o sinal da função, temos:

Logo, os valores de x que fazem com que a expressão seja positiva são ou . E o conjunto solução dainequação é .

Exemplos:

1)

Achando as raízes da função, temos

E o estudo do sinal (a função é côncava para baixo, pois a < 0):

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A solução é .

2)

As raízes da função são

A função é côncava para baixo, pois a < 0. E o estudo do sinal fica assim:

A função é toda negativa, exceto no ponto x = 2, onde ela é nula.

Como, no exemplo, queremos saber onde a função é positiva ou nula , o único ponto que faz parte da

solução é x = 2.

A solução é .

3)

A função não possui raízes reais. Logo, ela não intercepta o eixo das abscissas. A concavidade é para baixo,pois a < 0.

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Como queremos saber onde a função é positiva, o conjunto solução da função é vazio. Logo, S = Ø.

Inequações de segundo grau com uma incógnitaPara resolver as inequações de segundo grau, existem dois métodos: o gráfico e o método por decomposição.

Método gráfico

Para encontrar, graficamente, os valores de x que verifiquem x2 + 3x – 10 > 0, teremos de desenhar a parábolax2 + 3x – 10 = y e encontrar os pontos para os quais ela assume valores positivos. Calculamos alguns paresordenados que compõem a parábola:

x –6 –5 –4 –3 –2 –1 0 1 2 3

y 8 0 –6 –10 –12 –12 –10 –6 0 8

Por estes pares ordenados, traçamos a parábola no gráfico e nela podemos ver que os valores positivos (em y)são dados a partir da união de duas semi-retas [– , – 5] e [2, + ] no eixo x. Observe que os valores –5 e 2estão excluídos da solução da inequação.

Por decomposição

Se resolvermos por decomposição, teremos de encontrar o produto de fatores lineares e estudar as possíveissoluções. Como já temos as duas raízes, podemos decompor a inequação diretamente:

x2+ 3x – 10 = (x – 2) (x + 5) >0

Que valores tornarão positiva tal expressão?

Um produto de dois fatores resulta positivo quando:

' Os dois fatores forem positivos, o que se verifica para x > 2.' Os dois fatores forem negativos, o que se verifica para x < –5.Desta forma, o conjunto solução da inequação x2+ 3x – 10 > 0será formado pela união das duas semi-retascitadas anteriormente.

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Função

Função é um dos conceitos mais importantes da matemática. Existem várias definições, dependendo da formacomo são escolhidos os axiomas.

A maioria dos livros representa uma função através da notação:

em que:

• D é um conjunto (chamado de domínio da função) • Y também é um conjunto (que pode ou não ser igual a D, chamado de contra-domínio da função) • f é uma lei que associa elementos do conjunto D ao conjunto Y, satisfazendo certos axiomas (abaixo

delineados) Se x é um elemento do domínio D, a função sempre associa a ele um único elemento f(x) docontra-domínio Y:

. O gráfico da função é o conjunto de pares ordenados (x, f(x)), sendo um subconjunto de D x Y.

Alguns livros chamam de função o que foi chamado aqui de seu gráfico; em alguns casos, este gráfico nemprecisa ser um conjunto, sendo uma classe.

Por outro lado, em alguns contextos são consideradas funções parciais (em que nem todos pontos do domínio Dtem um valor f(x)) ou funções multivariadas (em que alguns pontos do domínio D podem ter mais de um valorf(x)).

Conceito

O conceito de uma função é uma generalização da noção comum de "fórmula matemática". Funções descrevemrelações matemáticas especiais entre dois objetos, x e y=f(x). O objeto x é chamado o argumento ou domínio dafunção f e o objeto y que depende de x é chamado imagem de x pela f.

Intuitivamente, uma função é uma maneira de associar a cada valor do argumento x um único valor da funçãof(x). Isto pode ser feito especificando através de uma fórmula, um relacionamento gráfico entre diagramasrepresentando os dois conjuntos, e/ou uma regra de associação ou mesmo uma tabela de correspondência podeser construída; entre conjuntos numéricos é comum representarmos funções por seus gráficos, cada par deelementos relacionados pela função determina um ponto nesta representação, a restrição de unicidade daimagem implica um único ponto da função em cada linha de chamada do valor independente x.

Este conceito é determinístico, sempre produz o mesmo resultado a partir de uma dada entrada (a generalizaçãoaos valores aleatórios é chamada de função estocástica). Uma função pode ser vista como uma "máquina" ou"caixa preta" que converte entradas válidas em saídas de forma unívoca, por isso alguns autores chamam asfunções de relações unívocas.

O tipo de função mais comum é aquele onde o argumento e o valor da função são ambos numéricos, orelacionamento entre os dois é expresso por uma fórmula e o valor da função é obtido através da substituiçãodireta dos argumentos. Considere o exemplo

Que resulta em qualquer valor de x ao quadrado.

Uma generalização direta é permitir que funções dependam não só de um único valor, mas de vários. Porexemplo,

recebe dois números x e y e resulta no produto deles, xy.

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De acordo com o modo como uma função é especificada, ela pode ser chamada de função explícita (exemploacima) ou de função implícita, como em

que implicitamente especifica a função

A noção intuitiva de funções não se limita a computações usando apenas números. A noção matemática defunções é bem mais ampla. Assim, uma função liga um domínio (conjunto de valores de entrada) com umsegundo conjunto o contra-domínio (ou codomínio) de tal forma que a cada elemento do domínio estáassociado exactamente um elemento do contra-domínio. O conjunto dos elementos do contra-domínio que sãorelacionados pela f a algum x do domínio, é chamado de "conjunto-imagem" ou "imagem".

As funções são definidas abstractamente por certas relações. Por causa de sua generalização as funçõesaparecem em muitos contextos matemáticos e muitas áreas desta ciência baseiam-se no estudo de funções. Podenotar-se que as palavras "função", "mapeamento", "mapear" e "transformar" são geralmente usadas comotermos equivalentes. Além disso funções podem ocasionalmente ser referidas como funções bem definidas oufunção total.

Definição formal

Considere dois conjuntos X e Y. Uma função f de X em Y:

relaciona com cada elemento x em X, um único elemento y=f(x) em Y.

Outra maneira de dizer isto é afirmar que f é uma relação binária entre os dois conjuntos tal que:

1. f é unívoca: se y = f(x) e z = f(x), então y = z. 2. f é total: para todos x em X, existe um y em Y tal que y = f(x).

Se a segunda condição é atendida, mas a primeira não, temos uma função multivalorada, o termo funçãomultívoca é, por vezes utilizado na mesma acepção.

Se a primeira condição é atendida, mas a segunda não, temos uma função parcial.

Considere as três funções seguintes:

Esta não é uma função, pois oelemento 3 em X é associado comdois elementos (d e c) em Y (acorrespondência é funcional).Apesar de não ser uma função,representa uma funçãomultivalorada.

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Esta não é uma função, pois oelemento 1 em X não é associadocom, pelo menos, um elemento emY. Apesar de não ser uma função,representa uma função parcial.

Esta é uma função (no caso, umafunção discreta). Ela pode serdefinida explicitamente pelaexpressão:

Domínio, contradomínio e imagem

São três conjuntos especiais associados à função. O domínio é o conjunto que contém todos os elementos x paraos quais a função deve ser definida. Já o contradomínio é: o conjunto que contém os elementos que podem serrelacionados a elementos do domínio.

Também define-se o conjunto imagem como o conjunto de valores que efetivamente f(x) assume. O conjuntoimagem é, pois, sempre um subconjunto do contradomínio.

Note-se que a função se caracteriza pelo domínio, o contradomínio, e a lei de associação. A função

é diferente da função .

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Page 75: MATEMÁTICA-MAKIYAMA

Função x2, definida para { -3,-2,-1,0 }. Observar o conjunto domínio (D), contradomínio (CD) e imagem(delineado pela linha tracejada).

Funções sobrejetoras, injetoras e bijetoras

Os tipos de funções podem ser classificados de acordo com o seu comportamento com relação à regra umaúnica saída para cada entrada. Como não foi dito nada sobre as entradas, ou se as saídas tem que ser únicastemos que resolver estas ambiguidades. Ao fazer isto encontramos apenas três tipos de classes de funções( classe como em 'classificação' não classe de equivalência):

• Funções injectoras (ou injectivas) São funções em que cada elemento da imagem (da saída) está associado a apenas um elemento do domínio (da

entrada), isto é uma relação um para um entre os elementos do domínio e da imagem. Isto é, quando no

domínio então no contradomínio. A cardinalidade do contra-domínio é sempre maior ou igual àdo domínio em uma função inje(c)tora. Ressalta-se portanto que podem haver mais elementos no contra-domínio que no conjunto imagem da função. Exemplo:

• Funções sobrejetoras (ou sobrejetiva) Uma função em que todos os elementos do contra-domínio (da saída) estão associados a algum elemento dodomínio (da entrada). Em outras palavras, isso significa que o conjunto imagem é igual ao conjunto contra-domínio

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Page 76: MATEMÁTICA-MAKIYAMA

• Funções bijetoras (ou bijetiva) Se for sobrejetora e injetora, isto é, se todos os elementos do domínio estão associados a todos os elementos docontra-domínio de forma um para um e exclusiva.

a < b f(a) < f(b)

Podemos verificar este primeiro critério observando o gráfico da figura seguinte:

2. Uma função é crescente num intervalo se, para dois valores quaisquer a e b, se verifica que:

a < b f(a) f(b)

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Page 77: MATEMÁTICA-MAKIYAMA

Como não basta comparar dois pontos extremos, já que a amplitude entre esses dois pontos pode ter umcomportamento diferente (ver figura anterior), temos de estabelecer um critério válido para o crescimento numponto.

3. Uma função f(x) é crescente num ponto a se existir um intervalo que contenha a de maneira que os x desteintervalo verifiquem:

se x < a f(x) < f(a)

se x > a f(x) > f(a)

Podemos verificar este terceiro critério de crescimento de uma função observando o gráfico da figura seguinte :

Ao contrário do que acontece com as funções crescentes, numa função decrescente, quando aumentam osvalores de x, diminuem os valores de y. Esta particularidade fica perfeitamente definida observando o gráficoda figura seguinte:

Critérios de Decréscimo de uma Função:

1. Uma função é estritamente decrescente num intervalo se, para dois valores quaisquer a e b, se verifica que:

a < b f(a) > f(b)

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Page 78: MATEMÁTICA-MAKIYAMA

2. Uma função é decrescente num intervalo se, para dois valores quaisquer a e b, se verifica que:

a < b f(a) f(b)

À semelhança do que fizemos para o crescimento, temos de definir decréscimo num ponto.

3. Uma função f(x) é decrescente num ponto se existir um intervalo que contenha a de modo que os x desteintervalo verifiquem:

se x < a f(x) > f(a)

se x > a f(x) < f(a)

Verificamos este terceiro critério de decréscimo de uma função observando o gráfico da figura seguinte:

Funções Inversas

Analisemos inicialmente a função definida por .

Como não estamos dentro de um contexto particular, devemos considerar para seu domínio, como tambémpara contradomínio, o conjunto IR, isto é:

: IR ® IR

Assim observamos que:

· existem elementos distintos que possuem a mesma imagem;

· existem elementos do contradomínio que não fazem parte da imagem ( o (–1), por exemplo).

Esses fatos podem ser observados geometricamente quando:

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Page 79: MATEMÁTICA-MAKIYAMA

· traçamos uma reta paralela ao eixo das abscissas “acima“ desse eixo. Teremos dois pontos de intersecção

dessa reta com a curva, gráfico de ;

· traçamos uma reta paralela ao eixo das abscissas “abaixo“ desse eixo. Não teremos pontos de intersecção

dessa reta com a curva, gráfico de .

Com esses fatos, podemos constatar que se estabelecermos uma relação , inversa da :

: IR ¬ IR,

essa relação não será função pois:

· existem pontos de IR que não possuirão correspondentes em IR ( o (-4) por exemplo));

· existem elementos de IR que terão duas imagens.

Com essas considerações podemos dizer que existem funções que não possuem uma função inversa, a funçãodefinida acima é um exemplo. (Tens condições de apontar um bom número dessas funções.)

Assim, uma condição para que uma função possua uma função inversa, isto é, seja invertível, é a de que sejaum a um:

Se a, b Î Dom( ) e a ¹ b então (a) ¹ (b).

Além dessa exigência deveremos ter o contradomínio da igual ao domínio de sua inversa, ou melhor,

contradomínio da igual a sua imagem.

Desse modo:

Seja uma função um a um com domínio A e contradomínio B onde y = (x). Se existe uma função de

domínio B e contradomínio A tal que x= (y) se e só se y = (x), dizemos que é invertível e é sua funçãoinversa.

Notaremos como -1 . Assim

y = (x) Û x = -1(y)

É fácil ver que (importantíssimo):

( -1o )(x) = -1( (x)) = x, para todo x do Dom

( o -1)(x) = ( -1(x)) = x, para todo x do Dom -1

Observe que se é crescente (decrescente) então é um a um pois,

Se a, b Î Dom( ) e a < b então (a) < (b) (crescente)

Se a, b Î Dom( ) e a < b então (a) > (b) (decrescente)

e portanto temos uma das condições necessárias.

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Page 80: MATEMÁTICA-MAKIYAMA

Exemplos:

1) y = (x) =x 3. Dom =IR Im( ) = IR.

Se x1 e x2 são reais e x1 < x2 então (x1)=( x1)3< (x2)=( x2)3 – é um a um pois é crescente. (Faça suarepresentação geométrica).

Assim, para y =x 3 temos x = y3 Û y = = -1(x)

As representações de e -1 são simétricas à reta y = x.

2) Faça o trabalho do exemplo 1 para a função definida por y = (x) = ax + b com a e b reais.

3) Se é dada por (x)= e não é apresentado o seu domínio e contradomínio, devemos considerá-losrespectivamente [0, + µ) e IR. Desse modo, embora a função seja um a um, não possui imagem igual aocontradomínio e portanto não é invertível. No entanto a função

:[0, + µ) ® [0, + µ) tal que (x)= ,

é inversível e sua inversa é a função :[0, + µ) ® [0, + µ) dada por (x) = x2.

Analise os exemplos que seguem verificando se os domínios e contradomínios apresentados são adequadospara que existam:

4) (x) = ex -1(x)= ln(x) :IR ®(0, + µ)

5) (x)=sen(x), -1(x)=arc sen(x) ; :[-p/2; p/2] ®[-1; 1]

6) (x)=cos(x), -1(x)=arc cos(x) ; :[0; p] ®[-1; 1]

7) 5) (x)=tan(x), -1(x)=arc tan (x) ; :(-p/2; p/2) ®IR

Entre as representações que seguem estão as relacionadas com as restrições inversíveis apontadas nosexemplos 4, 5, 6, 7.

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Função QuadráticaA função quadrática (Parábola)

A função quadrática f:R->R é definida por

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Page 82: MATEMÁTICA-MAKIYAMA

f(x)=ax²+bx+c

onde a, b e c são constantes reais, sendo que Dom(f)=R, Im(f)=R. Esta função também é denominada funçãotrinômia do segundo grau, uma vez que a expressão

a x² + b x + c = 0

representa uma equação trinômia do segundo grau ou simplesmente uma equação do segundo grau. O gráficocartesiano desta função polinomial do segundo grau é uma curva plana denominada parábola.

Aplicações práticas das parábolas

Dentre as dezenas de aplicações da parábola a situações da vida, as mais importantes são:

Faróis de carros: Se colocarmos uma lâmpada no foco de um espelho com a superfície parabólica e estalâmpada emitir um conjunto de raios luminosos que venham a refletir sobre o espelho parabólico do farol, osraios refletidos sairão todos paralelamente ao eixo que contem o "foco" e o vértice da superfície parabólica.Esta é uma propriedade geométrica importante ligada à Ótica, que permite valorizar bastante o conceito deparábola no âmbito do Ensino Fundamental.

Antenas parabólicas: Se um satélite artificial colocado em uma órbita geoestacionária emite um conjunto deondas eletromagnéticas, estas poderão ser captadas pela sua antena parabólica , uma vez que o feixe de raiosatingirá a sua antena que tem formato parabólico e ocorrerá a reflexão desses raios exatamente para um únicolugar, denominado o foco da parábola, onde estará um aparelho de receptor que converterá as ondaseletromagnéticas em um sinal que a sua TV poderá transformar em ondas que por sua vez significarão filmes,jornais e outros programas que você assiste normalmente.

Radares: Os radares usam as propriedades óticas da parábola, similares às citadas anteriormente para a antenaparabólica e para os faróis.

Lançamentos de projéteis: Ao lançar um objeto no espaço (dardo, pedra, tiro de canhão) visando alcançar amaior distância possível tanto na horizontal como na vertical, a curva descrita pelo objeto é aproximadamenteuma parábola, se considerarmos que a resistência do ar não existe ou é pequena.

Sob estas circunstâncias o ângulo de maior alcance horizontal é de 45 graus.

O sinal do coeficiente do termo dominante

O sinal do coeficiente do termo dominante desta função polinomial indica a concavidade da parábola ("bocaaberta"). Se a>0 então a concavidade estará voltada para cima e se a<0 estará voltada para baixo.

Exemplo: A parábola, que é o gráfico da função f(x)=x²+2x-3, pode ser vista no desenho.

O modo de construir esta parábola é atribuir valores para x e obter os respectivos valores para f(x). A tabela aseguir mostra alguns pares ordenados de pontos do plano cartesiano onde a curva deverá passar:

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Page 83: MATEMÁTICA-MAKIYAMA

x -3 -2 -1 0 1 2

f(x) 0 -3 -4 -3 0 5Como a>0, a concavidade ("boca") da nossa parábola estará voltada para cima.

Exemplo: Construir a parábola f(x)=-x²+2x-3.

Este exemplo é análogo ao anterior, só que nesse caso, a<0, logo sua concavidade será voltada para baixo. Adiferença entre esta parábola e a do exemplo anterior é que, houve a mudança do sinal do coeficiente do termodominante. A construção da tabela nos dá:

x -1 0 1 2 3

f(x) -6 -3 -2 -3 -6

Relacionamento entre o discriminante e a concavidade

Podemos construir uma tabela que relaciona o sinal do discriminante com o sinal do coeficiente do termodominante da função polinomial.

Delta A parábola no plano cartesianoa>0

concavidade(boca) para cima

a<0 concavidade

(boca) para baixo

D > 0 Corta o eixo horizontal em 2 pontos

D = 0 Toca em 1 ponto do eixo horizontal

D < 0 Não corta o eixo horizontal

Exercícios: Construir o gráfico cartesiano de cada uma das funções do segundo grau:

a. f(x) = x²-3x-4b. f(x) = -3x²+5x-8c. f(x) = 4x²-4x+1

Máximos e mínimos com funções quadráticas

Existem muitas aplicações para a função quadrática e uma delas está relacionada com a questão de máximos emínimos.

Exemplo: Determinar o retângulo de maior área que é possível construir se o seu perímetro mede 36 m.

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Page 84: MATEMÁTICA-MAKIYAMA

Solução: Se x é a medida do comprimento e y é a medida da largura, a área será dada por: A(x,y)=xy, masacontece que 2x+2y=36 ou seja x+y=18, assim:

A(x) = x(18-x)

Esta parábola corta o eixo OX nos pontos x=0 e x=18 e o ponto de máximo dessa curva ocorre no ponto médioentre x=0 e x=18, logo, o ponto de máximo desta curva ocorre em x=9. Observamos que este não é umretângulo qualquer mas é um quadrado pois x=y=9 e a área máxima será A=81m²

Função exponencial

A função exponencial mais simples é a função . Cada ponto do gráfico é da forma pois aordenada é sempre o resultado de ex, ou seja, a exponencial de base e do número x.

O domínio da função é e a imagem é o conjunto .O eixo horizontal é uma assíntota do gráfico da função. O que queremos aqui é descobrir como é o gráfico deuma função exponencial geral, quando comparado ao gráfico de , a partir das transformações sofridas poresta função.

Função Logarítmica

Toda função definida pela lei de formação f(x) = logax, com a ≠ 1 e a > 0, é denominada função logarítmica debase a. Nesse tipo de função o domínio é representado pelo conjunto dos números reais maiores que zero e ocontradomínio, o conjunto dos reais.

Exemplos de funções logarítmicas:

f(x) = log2x f(x) = log3x f(x) = log1/2x f(x) = log10x f(x) = log1/3x f(x) = log4x f(x) = log2(x – 1) f(x) = log0,5x

Determinando o domínio da função logarítmica

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Page 85: MATEMÁTICA-MAKIYAMA

Dada a função f(x) = (x – 2)(4 – x), temos as seguintes restrições:

1) 4 – x > 0 → – x > – 4 → x < 4 2) x – 2 > 0 → x > 2 3) x – 2 ≠ 1 → x ≠ 1+2 → x ≠ 3

Realizando a intersecção das restrições 1, 2 e 3, temos o seguinte resultado: 2 < x < 3 e 3 < x < 4.

Dessa forma, D = {x Є R / 2 < x < 3 e 3 < x < 4}

Gráfico de uma função logarítmica

Para a construção do gráfico da função logarítmica devemos estar atentos a duas situações:

a > 1

0 < a < 1

Para a > 1, temos o gráfico da seguinte forma: Função crescente

Para 0 < a < 1, temos o gráfico da seguinte forma: Função decrescente

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Page 86: MATEMÁTICA-MAKIYAMA

Características do gráfico da função logarítmica, y = logax

O gráfico está totalmente à direita do eixo y, pois ela é definida para x > 0.

Intersecta o eixo das abscissas no ponto (1,0), então a raiz da função é x = 1.

Note que y assume todos as soluções reais, por isso dizemos que a Im(imagem) = R.

Através dos estudos das funções logarítmicas, chegamos à conclusão de que ela é uma função inversa daexponencial. Observe o gráfico comparativo a seguir:

Podemos notar que (x,y) está no gráfico da função logarítmica se o seu inverso (y,x) está na função exponencialde mesma base.

Funções trigonométricas A palavra trigonometria é formada por três radicais gregos: tri(três), gono(ângulos)e metron(medida);significando assim "medida dos triângulos". Inicialmente considerada como uma extensão da geometria, atrigonometria já era estudada pelos babilônios , que a utilizavam para resolver problemas práticos deAstronomia, de Navegação e de Agrimensura. Aliás, foram os astrônomos como o grego Hiparco (190 aC – 125aC), considerado o pai da Astronomia e da Trigonometria, que estabeleceu as primeiras relações entre os lados eos ângulos de um triângulo retângulo. No século VIII com o apoio de trabalhos hindus, matemáticos árabescontribuíram notavelmente para o avanço da trigonometria. Este avanço continuou após a construção daprimeira tábua trigonométrica, por um matemático alemão, nascido em Baviera, chamado Purback. Porém oprimeiro trabalho matemático sobre trigonometria foi o "tratado dos triângulos", escrito pelo matemáticoalemão Johann Müller, também chamado Regiomontanus. Sabe-se que Regiomaontanus foi discipulo dePurback. Atualmente a trigonometria não se limita apenas a estudar triângulos. Sua aplicação se estende naoutros campos da matemática, como a Análise, e a outros campos da atividade humana como a Eletricidade, aMecânica, a Acústica, a Música, a Topologia, a Engenharia Civil, etc.

Função seno

Definição

Chamamos de função seno a função f: R® R que a cada número real x, associa o seno desse número: f: R® R,f(x) = sen x

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Page 87: MATEMÁTICA-MAKIYAMA

O domínio dessa função é R e a imagem é Im [ -1,1] ; visto que, na circunferência trigonométrica o raio éunitário e, pela definição do seno, –1 £ sen x £ 1, ou seja:

Domínio de f(x) = sen x; D(sen x) = R.

Imagem de f(x) = sen x; Im(sen x) = [ -1,1] . Sinal da Função:

Como seno x é a ordenada do ponto-extremidade do arco:

f(x) = sen x é positiva no 1° e 2° quadrantes (ordenada positiva) • f(x) = sen x é negativa no 3° e 4° quadrantes (ordenada negativa)

Função cosseno

Definição

Chamamos de função cosseno a função f: R® R que a cada número real x , associa o cosseno desse número: f:R® R, f(x) = cos x.

O domínio dessa função é R e a imagem é Im [ -1,1] ; visto que, na circunferência trigonométrica o raio éunitário e, pela definição do cosseno, –1 £ cos x £ 1, ou seja:

Domínio de f(x) = cos x; D(cos x) = R.

Imagem de f(x) = cos x; Im(cos x) = [ -1,1] .

Sinal da Função: Como cosseno x é a abscissa do ponto-extremidade do arco:

f(x) = cos x é positiva no 1° e 2° quadrantes (abscissa positiva) • f(x) = cos x é negativa no 3° e 4° quadrantes (abscissa negativa)

Função tangente

Definição

Chamamos de função tangente a função f: E® R que a cada número xÎ E, com E = í xÎ R/ x ¹ ½ p + kp , kÎ Zýassocia a tangente desse número: f: E® R, f(x) = tg x.

O domínio dessa função é E e a imagem é R; visto que no 1° e 3° quadrantes, a função tg x varia de 0(zero) até¥ (infinito) e 2° e 4° quadrantes varia de -¥ (menos infinito) até 0(zero)

Domínio de f(x) = tg x; D(tg x) = E = í xÎ R/ x ¹ ½ p + kp , kÎ Zý .

Imagem de f(x) = tg x; Im(tg x) = R.

Sinal da Função: Como tangente x é a ordenada do ponto T interseção da reta que passa pelo centro de uma circunferênciatrigonométrica e o ponto-extremidade do arco, com o eixo das tangentes então:

f(x) = tg x é positiva no 1° e 3° quadrantes (produto da ordenada pela abscissa positiva) f(x) = tg x é negativa no 2° e 4° quadrantes (produto da ordenada pela abscissa negativa)

Função secante

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Page 88: MATEMÁTICA-MAKIYAMA

Definição

Denomina-se função secante a função f(x) = 1/cos x, definida para todo xÎ R diferente de ½p + kp , onde kÎ Z.

Sinal da função Como a função secante é a inversa da função cosseno, então os sinais da função secante são os mesmos dafunção cosseno.

Função cossecante

Definição

Denomina-se função cossecante a função f(x) = 1/sen x, definida para todo xÎ R diferente de kp , onde kÎ Z.

Sinal da função Como a função cossecante é a inversa da função seno, então os sinais da função cossecante são os mesmos dafunção seno.

Função cotangente

Definição

Denomina-se função cossecante a função f(x) = 1/sen x, definida para todo xÎ R diferente de kp , onde kÎ Z.

Sinal da função Como a função cossecante é a inversa da função seno, então os sinais da função cossecante são os mesmos dafunção seno.

Anexos

A função seno

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Page 89: MATEMÁTICA-MAKIYAMA

Observe que esse gráfico é razoável.

Pois:

Quando , 1º quadrante, o valor de sen x cresce de 0 a 1.

Quando , 2º quadrante, o valor de sen x decresce de 1 a 0.

Quando , 3º quadrante, o valor de sen x decresce de 0 a -1.

Quando , 4º quadrante, o valor de sen x cresce de -1 a 0.]

A função cosseno

Observe que esse gráfico é razoável.

Pois:

Quando , 1º quadrante, o valor do cos x decresce de 1 a 0.

Quando , 2º quadrante, o valor do cos x decresce de 0 a -1.

Quando , 3º quadrante, o valor do cos x cresce de -1 a 0.

Quando , 4º quadrante, o valor do cos x cresce de 0 a 1.

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Page 90: MATEMÁTICA-MAKIYAMA

A função tangente

Observe que esse gráfico é razoável. De fato:

Em primeiro lugar

ou seja, quando , 1º Quadrante, o valor da tg x cresce de 0 a ¥.

Em segundo lugar,

ou seja, quando , 2º Quadrante, o valor da tg x cresce de -¥ a 0.

Em terceiro lugar,

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Page 91: MATEMÁTICA-MAKIYAMA

ou seja, quando, 3º Quadrante, o valor da tg x cresce de 0 a ¥.

Finalmente,

ou seja, quando , 4º Quadrante, o valor da tg x cresce de -¥ a 0.

Função secante

Temos:

Definição: .

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Page 92: MATEMÁTICA-MAKIYAMA

Logo, o domínio da função secante é .

Também, a partir da circunferência trigonométrica, já sabemos que, na figura abaixo, para cada ,sec x é a medida algébrica do segmento OS ou do segmento OT.

Da figura, observamos também que, para todo , , onde k é um númerointeiro qualquer. Assim a função sec é periódica, de período 2p.

A fim de esboçar o gráfico de y=sec x, façamos a análise de como é a variação de y conforme x varia:

e, nesse intervalo, a função é estritamente crescente, ou seja, conforme xaumenta, y aumenta;

e, nesse intervalo, a função é estritamente crescente, ou seja, conforme xaumenta, y aumenta;

e, nesse intervalo, a função é estritamente decrescente, ou seja, conforme xaumenta, y diminui;

e, nesse intervalo, a função é estritamente decrescente, ou seja, conforme xaumenta, y diminui.

Observemos que as retas verticais de equação , para k inteiro, não nulo, são assíntotas ao gráfico dafunção.

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Page 93: MATEMÁTICA-MAKIYAMA

A função y=sec x tem como imagem o intervalo . Ela é uma função não limitada e periódica,de período 2p

função cossecante

Temos:

Definição: .

Logo, o domínio da função cossecante é

Também, a partir da circunferência trigonométrica, já sabemos que, na figura abaixo, para cada

, cossec x é a medida algébrica do segmento OU ou do segmento OC.

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Page 94: MATEMÁTICA-MAKIYAMA

Da figura, observamos também que, qualquer que seja , , ondek é um número inteiro qualquer. Assim a função cos sec é periódica, de período 2p.

A fim de esboçar o gráfico de y=cossec x, façamos a análise de como é a variação de y conforme x varia:

e, nesse intervalo, a função é estritamente decrescente, ou seja, conforme xaumenta, y diminui;

• e, nesse intervalo, a função é estritamente decrescente, ou seja, conforme xaumenta, y diminui;

Observemos que as retas verticais de equação , para k inteiro, não nulo, são assíntotas ao gráfico dafunção.

A função y=cotg x tem como imagem o intervalo . Ela é uma função não limitada e periódica.

Conclusão

Ramo da matemática que trata das relações entre os lados e ângulos de triângulos (polígonos com três lados). Atrigonometria plana lida com figuras geométricas pertencentes a um único plano, e a trigonometria esférica tratados triângulos que são uma seção da superfície de uma esfera.

A trigonometria começa como uma matemática eminentemente prática para determinar distâncias que nãopodiam ser medidas diretamente. Serve à navegação, à agrimensura e à astronomia. Ao lidar com adeterminação de pontos e distâncias em três dimensões, a trigonometria esférica amplia sua aplicação à física, àquímica e a quase todos os ramos da engenharia, em especial no estudo de fenômenos periódicos, como avibração do som e o fluxo de corrente alternada.

Relações Trigonométricas

As relações entre os valores das funções trigonométricas de um mesmo arco são denominadas relaçõestrigonométricas.

Observações:

a) cotg x = co-tangente de x

b) sec x = secante de x

c) cosec x = co-ssecante de x

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Page 95: MATEMÁTICA-MAKIYAMA

AplicaçãoSimplificar a expressão:

1 – sen x . cos x . tg

Aplicação

Calcular sen 75°.

Solução:

Podemos observar que 75º = 30º + 45º; logo sen 75º = sen (30º + 45º). A partir da fórmula, temos:

sen (30º + 45º) = sen 30º. cos 45º + sen 45º . cos 30º =

Fórmulas de adição de arcos

Ao somarmos dois ângulos e calcularmos uma função trigonométrica deles percebemos que não obteremos omesmo resultamos se antes de somarmos esses ângulos aplicarmos a propriedade da adição em alguns casos, ouseja, nem sempre podemos aplicar a seguinte propriedade cos (x + y) = cos x + cos y. Veja alguns exemplos:

Exemplo 1:

cos (π + π) = cos (2π + π) = cos (3π) = cos 270º = 0 2 2 2

cos (π + π) = cos π + cos π = cos 180° + cos 90º = -1 . 0 = 0

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Page 96: MATEMÁTICA-MAKIYAMA

2 2

Nesse exemplo foi possível obter o mesmo resultado, mas veja o exemplo abaixo:

Exemplo 2:

cos (π + π) = cos (2π) = cos 270º = 0 3 3 3

cos (π + π) = cos π + cos π = cos 60º + cos 60º = 1 + 1 = 1 3 3 3 3

Verificamos que a igualdade cos (x + y) = cos x + cos y não é verdadeira para qualquer valor que x e y assumir,por isso que concluímos que as igualdades:

sen(x + y) = sen x + sen y sen (x – y) = sen x -sen y cos (x + y) = cos x + cos y cos(x - y) = cos x + cos y tg(x + y) = tg x + tg y tg(x - y) = tg x + tg y

São igualdades que não são verdadeiras para qualquer valor que x e y assumirem, assim veja as verdadeirasigualdades para o cálculo da adição ou diferença de arcos do seno, cosseno e tangente.

• sen(x + y) = sen x . cos y + sen y . cos x

• sen(x - y) = sen x . cos y – sen y . cos x

• cos (x + y) = cos x . cos y – sen x . sen y

• cos (x – y) = cos x . cos y + sen x . sen y

• tg (x + y) = tg x + tg y 1 – tg x . tg y

• tg (x - y) = tg x - tg y 1 + tg x . tg y Polinômios

Uma expressão formada por adições e subtrações de vários monômios é denominada de polinômios. ( Poli =muitos ).

Observe a expressão:

5a – 6ab + b – 2ª + 3ab + b é um polinômio formado por seis monômios ou termos da sentença. Como existemtermos semelhantes na expressão ou neste polinômio, é possível reduzir os termos efetuando as operaçõesindicadas abaixo:

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Page 97: MATEMÁTICA-MAKIYAMA

A expressão encontrada é chamada de forma reduzida do polinômio, pois os termos restantes da sentença nãopodem ser mais efetuados.

Desta forma, para somar ou subtrair polinômios, basta reduzir seus termos semelhantes da sentença.

Ainda, se tratando da definição de polinômios, é uma expressão que se encontra na forma de:

Temos:

“n” que determina o grau do polinômios(em tutoriais posteriores estudaremos sobre este assunto)

“x” representa a variável do polinômio

n, n-1..., representam os coeficientes do polinômio.

Exemplos para fixação de conteúdo

a) Somar os polinômios abaixo:

3x²+ 2xy + y² +

x² + 4xy + 2y²

Solução:

(3x²+ 2xy + y²) + (x² + 4xy + 2y²) =

3x² + x² + 2xy + 4xy + y² + 2y² =

4x² + 6xy + 3y²

b) Subtrair os polinômios abaixo:

(-12ab + 6a) –

(-13ab + 5a)

Solução:

-12ab + 6a + 13ab – 5a =

-12ab + 13ab + 6a – 5a =

ab + a

Valor numérico dos Polinômios

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Page 98: MATEMÁTICA-MAKIYAMA

O valor numérico de um determinado polinômio P(x) para o valor de x = a, é o número que temos quando ésubstituído o valor de “x” pelo valor de “a” e efetuamos os devidos cálculos indicados na sentença P(x).

Exemplos para fixação de definição

a) Calcule o valor numérico da expressão

P(x) = x + 3x + 2

Para x = 4

P(4) = 4 + 3.4 + 2 = 18

b) Calcule o valor numérico

P(x) = 2x + 3x² + 5

Para x = 2

P(2) = 2.2 + 3.(2) ² + 5

P(2) = 4 + 3.4 + 5 = 21

Operações matemáticas com polinômios

Podemos realizar as operações de soma, subtração e multiplicação com polinômios. Também é possível realizara divisão, porém não será visto neste tutorial por se tratar de algo mais extenso, possivelmente visto em tutoriaisfuturos.

Serão exemplificadas todas as operações com polinômios, através de exercícios práticos com as respectivasrespostas.

Operação de soma

a) Dados os polinômios f(x) = 3x – 1, g(x) = 2x² - 5x, determine f(x) + g(x)

Resolução:

f(x) = 3x – 1 +

g(x) = 2x² - 5x

(3x – 1) + (2x² - 5x) = -2x + 2x² -1

b) Dados os polinômios (fx) = 2x² + 2, g(x) = 4x² - 2x e h(x) = 3x² - 5

Determine f(x) + g(x) + h(x)

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Page 99: MATEMÁTICA-MAKIYAMA

Resolução:

f(x) = 2x² + 2 +

g(x) = 4x² - 2x +

h(x) = 3x² - 5

(2x² + 2) + (4x² - 2x) + (3x² - 5) = 9x² - 2x – 3

Operação de subtração

a) Dados os polinômios f(x) = 5x + 7, g(x) = 5x² - 8x, determine f(x) - g(x)

Resolução:

f(x) = 5x + 7 -

g(x) = 5x² - 8x

(5x + 7) - (5x² - 8x) = 13x - 5x² +7

b) Dados os polinômios (fx) = 7x² + 2x + 4x, g(x) = 2x² - 5x e h(x) = 3x – 6

Determine f(x) – g(x) – h(x)

Resolução:

f(x) = 7x² + 2x + 4x -

g(x) = 2x² - 5x -

h(x) = 3x - 6

(7x² + 2x + 4x) – (2x² - 5x) – (3x – 6) = 5x² + 7x + x + 6

Operação de Multiplicação

a) Dados os polinômios f(x) = 4x + 2, g(x) = 3x² - 2x, determine f(x) . g(x)

Resolução:

f(x) = 4x + 2 .

g(x) = 3x² - 2x

(4x + 2) . (3x² - 2x) = 12x - 8x² + 6x² - 4x =

12x - 2x² - 4x

b) Dados os polinômios (fx) = 3x² + 2x + 3, g(x) = 2x - 5x

Determine f(x) . g(x)

Resolução:

f(x) = 3x² + 2x + 3 .

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g(x) = 2x - 5x

(3x + 2x + 3) . (2x - 5x) =

6x² - 15x² + 4x² - 10x² + 6x – 15x =

-15x² - 9x

Equação polinomial

Em matemática, Equações polinomiais monovariáveis são equações da forma:

onde é a incógnita, o número é chamado o grau da equação e os coeficientes são números reais,complexos ou, mais geralmente falando, elementos de certo anel dados.

Resolver a equação consiste em encontrar quais são os elementos que tornam a equação verdadeira. Esteselementos são chamados soluções da equação polinomial.

Exemplos

• ; • ;

• Relações entre os coeficientes e as raízes de um polinômio

Os coeficientes de um polinômio possuem informações sobre as raízes deste à medida que osrelacionam as raízes.

Seja: dividindo-se P(x) por , suas raízes não são

alteradas e temos:

1) Define-se a soma das raízes de P(x) , como sendo igual a:

.

2) Define-se a soma dos produtos das raízes tomadas duas a duas,

como sendo igual a .

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Page 101: MATEMÁTICA-MAKIYAMA

À seguir teremos os produtos das raízes tomadas três a três, quatro a quatro, e assim por diante.

Produto 3 a 3 igual a:

Produto 4 a 4 igual a :

Finalmente o produto das n raízes do polinômio, é igual a .

Essas relações, associadas a outras ferramentas permitem que avaliemos possíveis raízes de P(x) .

Exemplos:

1) Sejam a , b e a as raízes de um polinômio P(x) de 3º grau, cujo coeficiente de é 1 . CalcularP(1) dado que a + b + c = 7 , a . b + a . c + b . c = 14 e a . b . c = 8 .

Onde:

Portanto: P(1) = 1 - 7 + 14 - 8 = 0

x = 1 é raíz de P(x) .

2)

Sejam as raízes de P(x) , se P(x) tem duas raízes opostas, então: .

Sabemos que:

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Page 102: MATEMÁTICA-MAKIYAMA

temos:

c.q.d.

DICA: Você deve ter notado que no item anterior o sinal dos coeficientes do polinômio se alternaentre + e - , para fornecer as relações entre as raízes e os coeficientes. Uma regra prática é lembrarda relação:

e alternar sinais + e - , partindo da maior potência com sinal + .

Geometria Plana A geometria plana, também chamada geometria elementar ou Euclidiana, teve início na Grécia antiga. Esseestudo analisava as diferentes formas de objetos, e baseia-se em três conceitos básicos: ponto, reta e plano. Oconceito de ponto é um conceito primitivo, pois não existe uma definição aceita de ponto, temos nesse caso queaceitar sua existência e indicaremos um ponto por uma letra maiúscula do alfabeto(A, G, P,. . . ). Podemosdefinir uma reta como sendo um número infinito de pontos em seqüência. Não é difícil perceber que sobre umponto passa um número infinito de retas, porém sobre dois pontos distintos passa apenas uma reta distinta.

Uma reta que apenas passa por estes dois pontos é chamada de reta infinita, caso ela comece em um pontoqualquer e não tenha fim, ela será denominada reta semi-infinita, e no caso de ela se iniciar em um ponto eterminar em um outro ela será denominada de semi-reta. Indicaremos uma reta por uma letra minúsculaqualquer (r,s,t,. . . ). Se tivermos três pontos distintos, teremos então um plano o qual contém os três pontos e

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Page 103: MATEMÁTICA-MAKIYAMA

todas as retas que passarem por dois destes pontos estarão contidas no plano, assim como também estarãocontidas no plano todas as retas paralelas às retas citadas anteriormente. Indicaremos um plano por uma letraminúscula do alfabeto grego (a, b, g, ...).

Para saber relacionar no espaço as retas entre si temos que saber quais suas posições relativas, o que pode serfeito usando-se a definição de ângulo: O ângulo geométrico é dado pela união de duas retas não colineares(queestão na mesma linha) partindo da mesma origem. O ângulo entre estas duas retas é medido em graus, de talforma que caibam 180° em uma circunferência completa. Depois de conhecermos estes conceitos, poderemosintroduzir as definições das formas geométricas mais utilizadas, uma delas é o triângulo, que consiste nareunião de três segmentos de reta cujas extremidades se encontram sobre pontos não colineares. Chamamos delado oposto a um certo ângulo interno ao triângulo o segmento de reta que une os outros dois ângulos dotriângulo e lados adjacentes a um ângulos os segmentos de reta que partem deste ângulo. Chamamos também deângulo externo de um triângulo ao ângulo que é ao mesmo tempo adjacente e suplementar a algum de seusângulos internos.

Os triângulos podem ser classificados em diversos tipos de acordo com seus lados(Eqüiláteros - Possuem trêslados de mesmo comprimento, Isósceles - possuem dois lados de mesmo comprimento e Escalenos - possuemtrês lados de comprimentos diferentes) ou quanto a seus ângulos(Retângulos - possuem um ângulo de 90°graus, também chamado ângulo reto, Obtusângulos - possuem um ângulo obtuso, ou seja, um ângulo com maisde 90°, Acutângulos - possuem três ângulos agudos, ou seja, menores do que 90°). Polígonos são definidoscomo a figura formada po um número n maior ou igual a 3 de pontos ordenados de forma que três pontosconsecutivos sejam não colineares.

Um exemplo de polígono de 3 lados é um triângulo. Os polígonos possuem denominações particulares paraenes diferentes:n=3 - triângulo, n=4 - quadrilátero, n=10 - decágono, n=20 - icoságono). Estas denominaçõessão derivadas dos nomes dos números em grego. Outra forma importante da geometria plana é a circunferênciadefinida como sendo o conjunto de todos os pontos de um plano cuja distância a um ponto fixo desse plano éuma constante positiva. Chamamos de círculo ao conjunto de uma circunferência e seus pontos internos.Existem também certos casos especiais para quadriláteros como definiremos a seguir: é dado o nome detrapézio a um quadrilátero que possui dois lados paralelos.

Para o caso dos lados não paralelos serem congruentes dá-se a este trapézio o nome de trapézio isósceles, para ocaso de lados não paralelos não congruentes é dado o nome de trapézio escaleno, e um trapézio que possui umlado perpendicular as bases é chamado trapézio retângulo. Paralelogramo é um quadrilátero que possui os ladosopostos paralelos. Retângulo possui quatro ângulos congruentes entre si. O losango possui quatro ladoscongruentes entre si, e finalmente o quadrado que possui 4 lados e quatro ângulos congruentes entre si.

Congruência entre TriângulosDois triângulos (ou de forma geral, duas figuras planas) são congruentes quando têm a mesma forma e asmesmas dimensões, ou seja, o mesmo tamanho.

Já a semelhança entre triângulos, aborda o conceito mais amplo onde se tem triângulos com a mesma forma,mas não necessariamente com o mesmo tamanho. Em outras palavras, congruência é um caso particular desemelhança entre triângulos no sentido de que se dois triângulos são congruentes necessariamente eles sãosemelhantes, mas o contrário não é verdadeiro, como você observará daqui em diante.

Definição de Semelhança entre TriângulosDizemos que dois triângulos são semelhantes se, e somente se, possuem seus três ângulos ordenadamentecongruentes e os lados homólogos (homo = mesmo, logos = lugar) proporcionais.

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Page 104: MATEMÁTICA-MAKIYAMA

Traduzindo a definição em símbolos:

Observe que as três primeiras expressões entre os parêntesis indicam a congruência ordenada dos ângulos e aúltima a proporcionalidade dos lados homólogos.

Em bom português, podemos, ainda, definir a semelhança entre triângulos através da frase: dois triângulos sãosemelhantes se um pode ser obtido pela expansão uniforme do outro.

Razão de SemelhançaDenominamos o número real k, que satisfaz as igualdades abaixo entre os lados homólogos, como a razão desemelhança dos triângulos:

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ExemploDados os triângulos ABC e DEF semelhantes com as medidas dos lados indicadas abaixo, calcule as medidasdos lados e e d do segundo triângulo.

Solução:

Como os triângulos são semelhantes por hipótese, vem, pela razão de semelhança, que:

c = kf => k = c/f => k = 4/8 = 1/2

De forma análoga:

a = kd => 8 = (1/2)d => d = 16

b = ke => 6 =(1/2)e => e = 12

Propriedadesa) Reflexiva: Todo triângulo é semelhante a si próprio.

b) Simétrica: Se um triângulo é semelhante a um outro, este é semelhante ao primeiro.

c) Transitiva: Se um triângulo é semelhante a um segundo e este é semelhante a um terceiro, então o primeiro ésemelhante ao terceiro.

Teorema Fundamental

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Se uma reta é paralela a um dos lados de um triângulo e intercepta os outros dois em pontos distintos, então otriângulo que ela determina é semelhante ao primeiro.

A demonstração do Teorema Fundamental é feita a partir do Teorema de Tales, que por sua vez pode serdemonstrado a partir dos critérios de semelhança definidos abaixo (fica como exercício).

Se um feixe de retas paralelas tem duas transversais, então a razão entre dois segmentos quaisquerde uma é igual à razão entre os segmentos correspondentes na outra.

Demonstração do Teorema Fundamental:

A demonstração da congruência dos ângulos dos triângulos ABC e ADE (figura abaixo) decorre do fato de queângulos correspondentes determinados por duas paralelas são congruentes. Assim, o ângulo B é congruente aoD e o ângulo C é congruente ao E. Como o ângulo A é comum aos dois triângulos concluímos a primeira parteda demonstração.

Pelo Teorema de Tales temos que:

m(AD)/m(AB) = m(AE)/m(AC) [1]

Por E construímos a reta EF paralela a BD, conforme indicado na figura acima. Do paralelogramo BDEF temosque m(DE) = m(BF). E, novamente, pelo Teorema de Tales:

m(AE)/m(AC) = m(BF)/m(BC) => m(AE)/m(AC) = m(DE)/m(BC) [2]

De [1] e [2] vem que os lados homólogos são proporcionais, o que conclui a demonstração.

Observação: Nos termos do tipo m(AE), utilizados acima, imagine uma barra sobre AE para se ter a notaçãocorreta conforme indicado anteriormente.

Critérios de Semelhança de TriângulosCritério AA => Ângulo-Ângulo: Se dois triângulos têm dois ângulos internos correspondentes congruentes,

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Page 107: MATEMÁTICA-MAKIYAMA

então os triângulos são semelhantes.

Demonstração:

No caso dos dois triângulos serem congruentes, nada há ademonstrar, pois por definição de congruência os triângulos são necessariamente semelhantes. Suponhamos,então, como indicado na figura, o triângulo ABC maior que o triângulo DEF e construamos o triângulo AGH talque a medida do lado AG seja igual à medida do lado DE, o ângulo G congruente ao ângulo E e H sobre o ladoAC.

Além disso, como o ângulo A é congruente ao ângulo D, por hipótese, o triângulo AGH é congruente aotriângulo DEF (critério ALA da congruência entre triângulos) e portanto semelhantes.

Por outro lado, pelo Teorema Fundamental, temos que o triângulo AGH é semelhante ao triângulo ABC, já queo lado GH é paralelo ao lado BC. E, finalmente, como o triângulo ABC é semelhante ao triângulo AGH, eAGH, por sua vez, é semelhante a DEF, concluímos, pela propriedade transitiva, que o triângulo ABC ésemelhante ao triângulo DEF.

As demonstrações dos demais critérios ficam como exercício.

Critério AAA => Ângulo-Ângulo-Ângulo: Se os ângulos de um triângulo forem respectivamente congruentesaos ângulos correspondentes de outro triângulo, então os triângulos são semelhantes.

Critério LAL => Lado-Ângulo-Lado: Se as medidas de dois dos lados de um triângulo são proporcionais aoshomólogos do outro triângulo e os ângulos determinados por estes lados são congruentes, então os triângulossão semelhantes.

Critério LLL => Lado-Lado-Lado: Se as medidas dos lados de um triângulo são respectivamente proporcionaisàs medidas dos lados correspondentes de outro triângulo, então os triângulos são semelhantes.

Teorema de PitágorasUm triângulo é denominado retângulo se um de seus ângulos é reto, ou seja, tem 90 graus. O lado de maiormedida é denominado hipotenusa (a) e os outros dois lados de catetos (b e c).

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Page 108: MATEMÁTICA-MAKIYAMA

Pitágoras estabeleceu, então, em seu mais famoso teorema que: O quadrado da hipotenusa é igual a soma dosquadrados dos catetos, i.e.:

a2 = b2 + c2

Para finalizar o com chave de ouro vamos demonstrar o Teorema de Pitágoras com o uso dos critérios desemelhança.

Demonstração:

Observe que os triângulos ABH e ABC são semelhantes como decorrência do critério AA, uma vez que ambospossuem um ângulo reto e o ângulo B em comum. Daí tiramos a seguinte relação entre os lados homólogos:

c/a = m/c => c2 = a.m => c2 = a.(a – n) => c2 = a2 – an [1]

Pela mesma razão os triângulos AHC e ABC são semelhantes. Logo:

b/a = n/b => b2 = an [2]

Substituindo [2] em [1] vem que:

c2 = a2 – b2 => a2 = b2 + c2.

CircunferênciaCircunferência é o conjunto de todos os pontos de um plano eqüidistantes de um ponto fixo, desse mesmoplano, denominado centro da circunferência.A circunferência possui características não comumente encontradas em outras figuras planas.

Círculo (ou disco) é o conjunto de todos os pontos de um plano cuja distância a um ponto fixo 0 é menor ouigual que uma distância r dada.

Circunferência

A circunferência é o lugar geométrico de todos os pontos de um plano que estão localizados a uma mesmadistância r de um ponto fixo denominado o centro da circunferência.

A circunferência possui características não comumente encontradas em outras figuras planas, como o fato deser a única figura plana que pode ser rodada em torno de um ponto sem modificar sua posição aparente. Étambém a única figura que é simétrica em relação a um número infinito de eixos de simetria. A circunferência éimportante em praticamente todas as áreas do conhecimento como nas Engenharias, Matemática, Física,Química, Biologia, Arquitetura, Astronomia, Artes e também é muito utilizado na indústria e bastante utilizadanas residências das pessoas.

Algumas definições

Raio - Raio de uma circunferência (ou de um círculo) é um segmento de reta com uma

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extremidade no centro da circunferência e a outra extremidade num ponto qualquer da circunferência.

Arco – é uma parte da circunferência limitada por dois pontos, que se chamam extremidades do arco.

Corda – é um segmento de infinitos pontos alinhados, cujos pontos extremos com um ponto da circunferência.Quando esse segmento passa pelo centro da circunferência, temos o que chamamos de diâmetro.

O diâmetro é sempre a corda maior: como é a corda que passa pelo centro, sua medida é igual a duas vezes amedida do raio.

Assim, para medir a maior distância entre dois pontos de uma circunferência, deve medir o diâmetro, ou seja, oseu instrumento de medida (régua, trena ou fita métrica) deve passar pelo centro da circunferência. Em algunscasos, porém, apenas uma parte da circunferência é utilizada.

Tangente – é a reta que tem um único ponto comum à circunferência, este ponto é conhecido como ponto detangência ou ponto de contato.

Secante – é a reta que intercepta a circunferência em dois pontos distintos, se essa reta intercepta acircunferência em dois pontos quaisquer, podemos dizer também que é a reta que contem uma corda.

Para simbolizar a corda que une os pontos P e Q, utilizamos a notação de segmento de reta, ou seja, corda PQ.

Por outro lado, o arco também começa em P e termina em Q mas, como você pode ver, a corda e o arco sãodiferentes e por isso a simbologia também deve ser diferente. Para o arco, usamos PQ.

Da mesma forma que a maior corda é o diâmetro, o maior arco é aquele que tem as

extremidades em um diâmetro. Esse arco é chamado semicircunferência, e a parte do círculo correspondente échamada semicírculo.

O Comprimento da circunferência

Quanto maior for o raio (ou o diâmetro) de uma circunferência maior será o seu comprimento. Imagine quevocê vai caminhar em torno de uma praça circular: você andará menos em uma praça com 500 metros dediâmetro do que numa praça com 800 metros de diâmetro.

No exemplo abaixo, cada uma das três circunferências foi cortada no ponto marcado com uma tesourinha, e alinha do traçado de cada uma delas foi esticada.

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Page 110: MATEMÁTICA-MAKIYAMA

Círculo

Círculo (ou disco) é o conjunto de todos os pontos de um plano cuja distância a um ponto fixo 0 é menor ouigual que uma distância r dada. Quando a distância é nula, o círculo se reduz a um ponto. O círculo é a reuniãoda circunferência com o conjunto de pontos localizados dentro da mesma. É uma figura geométrica bastantecomum em nosso dia-a-dia. Observe à sua volta quantos objetos circulares estão presentes: nas moedas, nosdiscos, a mesa de refeição...

Agora pense, o que faríamos para:

* riscar no tecido o contorno de uma toalha de mesa redonda?

* desenhar um círculo no seu caderno?

* marcar o limite das escavações de um poço no chão?

Quando falamos em círculo, ninguém tem dúvida quanto ao formato dessa figura geométrica. No entanto, emgeometria, costuma-se fazer uma pequena distinção entre círculo e circunferência, sobre a qual você já deve terouvido falar.

A superfície de uma moeda, de uma pizza ou de um disco é um círculo.

Quando riscamos no papel ou no chão apenas o contorno do círculo, este contorno é chamado circunferência. Ocompasso é um instrumento utilizado para desenhar circunferências.

O compasso possui duas “pernas”, uma delas tem uma ponta metálica, que deve ser assentada no papel, no localque será o centro da circunferência, a outra ponta,

com a grafite, deve ser girada para obter o traçado da circunferência.

Antes de traçar uma circunferência, devemos decidir qual será a abertura entre as pernas do compasso.

À distância entre as duas pontas do compasso define o raio da circunferência.

Utilizando uma tachinha, um barbante e um giz podem-se riscar uma circunferência no chão ou no tecido. Os

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Page 111: MATEMÁTICA-MAKIYAMA

operários, jardineiros e pedreiros, por exemplo, costumam usar uma corda e duas estacas.

Equação reduzida da circunferência

Uma circunferência é determinada quando conhecemos a posição do seu centro e o valor do seu raio.Imaginando no plano cartesiano uma circunferência de centro no ponto C = (a, b) e com raio R, vamosrepresentar por P = (x, y) um ponto qualquer que pertence a essa circunferência. Que propriedade tem o pontoP?

Se P pertence à circunferência, sua distância até o centro é igual ao raio.

Como a distância do ponto C = (a, b) ao ponto P = (x, y) é igual a R, usando a fórmula da distância entre doispontos temos:

(x - a)2 + (y - b)2 = R

Elevando ao quadrado os dois membros, a expressão obtida é a equação da circunferência de centro (a, b) e raioR.

Portanto, (x - a)² + (y - b)² = r² é a equação reduzida da circunferência e permite determinar os elementosessenciais para a construção da circunferência: as coordenadas do centro e o raio.

Observação: Quando o centro da circunferência estiver na origem (C(0,0)), a equação da circunferência será x²+ y² = r² .

Exemplo:

Seja uma circunferência cuja equação é:

(x - 2) ² + (y - 3)² = 100

Verificar se a circunferência passa pela origem ,quais as coordenadas do centro e quanto vale o raio:

Pela expressão temos que: R = 10 e C(2,3)

Fazendo x=0 e y=0, temos que: (-2) ² + (-3) ² = 13

Como 13 é diferente de 100, logo a circunferência não passa pela origem.

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Equação geral da circunferência

Desenvolvendo a equação reduzida, obtemos a equação geral da circunferência:

Como exemplo, vamos determinar a equação geral da circunferência de centro C(2, -3) e raio r = 4.

A equação reduzida da circunferência é:

(x - 2)² +(y + 3) ² = 16

Desenvolvendo os quadrados dos binômios, temos:

Determinação do centro e do raio da circunferência, dada a equação geral

Dada a equação geral de uma circunferência, utilizamos o processo de fatoração de trinômio quadrado perfeitopara transformá-la na equação reduzida e , assim, determinamos o centro e o raio da circunferência.

Para tanto, a equação geral deve obedecer a duas condições:

* os coeficientes dos termos x² e y² devem ser iguais a 1;

* não deve existir o termo xy.

Então, vamos determinar o centro e o raio da circunferência cuja equação geral é

x² + y² - 6x + 2y - 6 = 0.

Observando a equação, vemos que ela obedece às duas condições. Assim:

* 1º passo: agrupamos os termos em x e os termos em y e isolamos o termo independente

x² - 6x + _ + y² + 2y + _ = 6

* 2º passo: determinamos os termos que completam os quadrados perfeitos nas variáveis x e y, somando aambos os membros as parcelas correspondentes

* 3º passo: fatoramos os trinômios quadrados perfeitos

(x - 3) ² + (y + 1) ² = 16

* 4º passo: obtida a equação reduzida, determinamos o centro e o raio

Posição de um ponto em relação a uma circunferência

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Em relação à circunferência de equação (x - a) ² + (y - b) ² = r², o ponto P(m, n) pode ocupar as seguintesposições:

a) P é exterior à circunferência

b) P pertence à circunferência

c) P é interior à circunferência

Assim, para determinar a posição de um ponto P(m, n) em relação a uma circunferência, basta substituir ascoordenadas de P na expressão (x - a) ² + (y - b) ² - r²:

* se (m - a) ² + (n - b) ² - r² > 0, então P é exterior à circunferência;

* se (m - a) ² + (n - b) ² - r² = 0, então P pertence à circunferência;

* se (m - a) ² + (n - b) ² - r² < 0, então P é interior à circunferência.

Posição de uma reta em relação a uma circunferência

Dadas uma reta s: Ax + Bx + C = 0 e uma circunferência α de equação (x - a) ² + (y - b)² = r², vamos examinaras posições relativas entre s e α :

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Também podemos determinar a posição de uma reta em relação auma circunferência calculando a distância da reta ao centro da

circunferência. Assim, dadas a reta s: Ax + By + C = 0 e a circunferência α :

(x - a) ² + ( y - b ) ² = r², temos:

Assim:

Condições de tangência entre reta e circunferência

Dados uma circunferência α e um ponto P(x, y) do plano, temos:

a) se P pertence à circunferência, então existe uma única reta tangente à circunferência por P

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Page 115: MATEMÁTICA-MAKIYAMA

b) se P é exterior à circunferência, então existem duas retas tangentes a ela por P

c) se P é interior à circunferência, então não existe reta tangente à circunferência passando pelo ponto P

Posições Relativas entre Ponto e Circunferência

* Externo:

d > r ;

d - r > 0

* Interno:

d < r

d - r < 0

* Pertence à Circunferência:

d = r

d - r = 0

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Page 116: MATEMÁTICA-MAKIYAMA

Posições Relativas entre Reta e Circunferência

* Tangente:

A reta tem um só ponto A comum com a circunferência, e os outros pontos da reta são exteriores àcircunferência. A tangente a um círculo, num ponto, é a perpendicular ao raio que tem extremidade nesse ponto.

d = r

* Secante:

A reta tem dois pontos distintos A e B comuns com a circunferência.

d < r

* Externo:

A reta não tem ponto comum com a circunferência. Todos os pontos da reta são exteriores à circunferência

d > r

Posições Relativas entre duas Circunferências

* Não se interceptam: (d = distância entre os Centros)

* Externamente:

A duas circunferências não têm ponto em comum.

d > r1 + r2

* Internamente:

As duas circunferências não têm pontos em comum e os pontos de uma delas são interiores à outra.

d < |r1 - r2|

* São Tangentes:

* Externamente:

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Page 117: MATEMÁTICA-MAKIYAMA

As duas circunferências têm um único ponto em comum e os demais pontos de uma delas são exteriores à outra.O ponto comum é o ponto de tangência.

d = r1 + r2

* Internamente:

As duas circunferências têm um único ponto em comum e os demais pontos de uma delas são interiores à outra.O ponto comum é o ponto da tangência.

d = |r1 - r2|

* São Secantes:

As duas circunferências têm dois pontos distintos em comum. São denominadas circunferências SECANTES.

|r1 - r2| < d < r1 + r2

* Caso particular: Concêntricas:

As duas circunferências são interiores e os centros das duas são coincidentes.

d = 0

Conclusão

Nosso trabalho consiste em falar sobre circunferência. Nesta ação, conseguimos compreender o que écircunferência; é o lugar geométrico de todos os pontos de um plano que estão localizados a uma mesmadistância r de um ponto fixo denominado o centro da circunferência.

Área e PerímetroPerímetro

O que é perímetro? E como o calculamos?

Perímetro é a medida do comprimento de um contorno.

Observe um campo de futebol, o perímetro dele é o seu contorno que está de vermelho.

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Page 118: MATEMÁTICA-MAKIYAMA

Pra fazermos o cálculo do perímetro devemos somar todos os seus lados: P = 100 + 70 + 100 + 70 P = 340 m

O perímetro da figura abaixo é o contorno dela, como não temos a medida de seus lados, para medir o seuperímetro devemos contorná-la com um barbante e depois esticá-lo e calcular a medida.

Por exemplo:

O perímetro da figura é a soma de todos os seus lados:

P = 10 + 8 + 3 + 1 + 2 + 7 + 2 +3

P = 18 + 4 + 9 + 5

P = 22 + 14

P = 36

A unidade de medida utilizada no cálculo do perímetro é a mesma unidade de medida de comprimento: metro,centímetro, quilômetro...

Área

Área é a medida de uma superfície.

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Page 119: MATEMÁTICA-MAKIYAMA

A área do campo de futebol é a medida de sua superfície (gramado).

Se pegarmos outro campo de futebol e colocarmos em uma malha quadriculada, a sua área será equivalente àquantidade de quadradinho. Se cada quadrado for uma unidade de área:

Veremos que a área do campo de futebol é 70 unidades de área.

A unidade de medida da área é: m2 (metros quadrados), cm2 (centímetros quadrados), e outros.

Se tivermos uma figura do tipo:

Sua área será um valor aproximado. Cada é uma unidade, então a área aproximada dessa figura será de 4unidades.

No estudo da matemática calculamos áreas de figuras planas e para cada figura há uma fórmula pra calcular asua área. Trigonometria no triângulo RetânguloO triângulo é a figura mais simples e uma das mais importantes da Geometria, ele é objeto de estudos desde ospovos antigos. O triângulo possui propriedades e definições de acordo com o tamanho de seus lados e medidados ângulos internos. Quanto aos lados, o triângulo pode ser classificado da seguinte forma:

Equilátero: possui os lados com medidas iguais. Isósceles: possui dois lados com medidas iguais. Escaleno: possui todos os lados com medidas diferentes.

Quanto aos ângulos, os triângulos podem ser denominados:

Acutângulo: possui os ângulos internos com medidas menores que 90º

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Page 120: MATEMÁTICA-MAKIYAMA

Obtusângulo: possui um dos ângulos com medida maior que 90º. Retângulo: possui um ângulo com medida de 90º, chamado ângulo reto.

No triângulo retângulo existem algumas importantes relações, uma delas é o Teorema de Pitágoras, que diz oseguinte: “A soma dos quadrados dos catetos é igual ao quadrado da hipotenusa”. Essa relação é muitoimportante na geometria, atende inúmeras situações envolvendo medidas.

As relações trigonométricas existentes no triângulo retângulo admitem três casos: seno, cosseno e tangente.

Vamos determinar as relações de acordo com o triângulo BAC com lados medindo a, b e c.

senoB = b/a cossenoB = c/a tangenteB = b/c

senoC = c/a cossenoC = b/a tangenteC = c/b

A trigonometria possui diversas aplicações no cotidiano, abrange áreas relacionadas à Astronomia, Física,Geometria, Navegação entre outras.

Circunferência trigonométricaA circunferência trigonométrica está representada no plano cartesiano com raio medindo uma unidade. Elapossui dois sentidos a partir de um ponto A qualquer, escolhido como a origem dos arcos. O ponto A serálocalizado na abscissa do eixo de coordenadas cartesianas, dessa forma, este ponto terá abscissa 1 e ordenada 0.Os eixos do plano cartesiano dividem o círculo trigonométrico em quatro partes, chamadas de quadrantes, ondeserão localizados os números reais α relacionados a um único ponto P. Os sentidos dos arcos trigonométricosestão de acordo com as seguintes definições:

Se α = 0, P coincide com A. Se α > 0, o sentido do círculo trigonométrico será anti-horário. Se α < 0, o sentido do círculo será horário.

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Page 121: MATEMÁTICA-MAKIYAMA

O comprimento do arco AP será o módulo de α.

Na ilustração a seguir estão visualizados alguns números importantes, eles são referenciais para a determinaçãoprincipal de arcos trigonométricos:

Uma volta completa no círculo trigonométrico corresponde a 360º ou 2π radianos, se o ângulo α a serlocalizado possuir módulo maior que 2π, precisamos dar mais de uma volta no círculo para determinarmos asua imagem.

Por exemplo, para localizarmos 8π/3 = 480º, damos uma volta completa no sentido anti-horário e localizamos oarco de comprimento 2π/3, pois 8π/3 = 6π/3 + 2π/3 = 2π + 2π/3.

Lei dos Senos e dos CossenosLei dos CossenosConsidere um triângulo ABC qualquer de lados a, b e c:

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Page 122: MATEMÁTICA-MAKIYAMA

Para esses triângulos podemos escrever:

Em qualquer triângulo quando um lado é igual à soma dos quadrados dos outros dois, menos duas vezes oproduto desses dois lados pelo cosseno do ângulo formado por eles.

Lei dos SenosA lei dos senos estabelece a relação entra a mediada de um lado e o seno do ângulo oposto a esse lado. Para umtriângulo ABC de lados a, b, c, podemos escrever.

A lei dos senos determina que a razão entre a medida de um lado e o seno do ângulo oposto é constante em ummesmo triângulo.

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Page 123: MATEMÁTICA-MAKIYAMA

Na localização da determinação principal de –17π/6 = –510º, devemos dar 2 voltas completas no sentidohorário e localizarmos o arco de comprimento –5π/6, pois –17π/6 = –12π/6 – 5π/6 = 2π – 5π/6.

Trigonometria em um Triângulo qualquer As relações trigonométricas se restringem somente a situações que envolvem triângulos retângulos. Na situação abaixo, PÔR é um triângulo obtusângulo, então não podemos utilizar das relações trigonométricasconhecidas. Para situações como essa, utilizamos a lei dos senos ou a lei dos cossenos, de acordo com o maisconveniente. Importante sabermos que: sen x = sen (180º - x) cos x = - cos (180º - x)

Lei dos senos

Resolvendo a situação da figura 1, temos:

Iremos aplicar a lei dos senos

Pela tabela de razões trigonométricas:

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Page 124: MATEMÁTICA-MAKIYAMA

Lei dos cossenos

a² = b² + c² - 2*b*c*cosAb² = a² + c² - 2*a*c*cosBc² = a² + b² - 2*a*b*cosC

Exemplo

Analise o esquema abaixo: Se optarmos pelo bombeamento da água direto para a casa, quantos metros de cano seriam gastos?

x² = 50² + 80² - 2*50*80*cos60º x² = 2500 + 6400 – 8000*0,5 x² = 8900 – 4000 x² = 4900 x = 70 m

Seriam gastos 70 metros de cano.

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Page 125: MATEMÁTICA-MAKIYAMA

Exercícios1) Uma pessoa está distante 80m da base de um prédio e vê um ponto mais alto do prédio sob um ângulo de 16°em relação à horizontal. Qual é a altura do prédio?

2) Um avião levanta vôo em B, e sobe fazendo um ângulo constante de 15° com a horizontal. A que alturaestará e qual a distância percorrida quando passar pela vertical que passa por uma igreja situada a 2km do pontode partida?

3) Uma torre vertical de altura 12m é vista sob um ângulo de 30° por uma pessoa que se encontra a umadistância x da sua base e cujos olhos estão no mesmo plano horizontal dessa base. Determina a distância x.

4) Dois observadores A e B vêem um balão, respectivamente, sob ângulos visuais de 20° e 40°. Sabendo que adistância entre A e B é de 200m, calcula a altura do balão. Obs.: os observadores encontram-se do mesmo ladoem relação ao balão.

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Page 126: MATEMÁTICA-MAKIYAMA

5) Num exercício de tiro, o alvo se encontra numa parede cuja base está situada a 82m do atirador. Sabendo queo atirador vê o alvo sob um ângulo de 12° em relação à horizontal, calcula a que distância do chão está o alvo.

6) A partir de um ponto, observa-se o topo de um prédio sob um ângulo de 30°. Caminhando 23m em direçãoao prédio, atingimos outro ponto, onde se vê o topo do prédio segundo um ângulo de 60°. Desprezando a alturado observador, calcula, em metros, a altura do prédio.

7) Um móvel parte de A e segue numa direção que forma com a reta AC um ângulo de 30°. Sabe-se que omóvel se desloca com uma velocidade constante de 50 km/h. Determina a que distância o móvel se encontra dareta AC após 3 horas de percurso.

8) Queremos encostar uma escada de 8m de comprimento numa parede, de modo que forme um ângulo de 60 0com o solo. A que distância da parede devemos apoiar a escada no solo?

9) Um avião levanta vôo sob um ângulo de 300. Quando tiver percorrido meio quilômetro, a que altura estarádo solo?

10) Um observador em A vê uma torre vertical CD sob um ângulo de 300 e caminhados 40m em direção a torrepassa a vê-la sob 400. Sabendo que a altura do observador é 1,70m, calcula a altura da torre e a que distânciaela se encontra do observador.

Respostas

1) h ≡ 22,93 m (sem levar em conta a altura da pessoa). 2) h ≡ 0,53589 km = 535,89 m d ≡ 2,07055 km = 2070,55 m 3) x ≡ 20,78 m 4) h ≡ 128,56 m 5) d ≡ 17,43 m 6) h = 19,92 m 7) h = 75 km 8) d = 4 m 9) h = 0,25 km = 250 m 10) h = 75,73 m d = 128,23 m Mais Exercícios

Sejam A e B dois ângulos tais que cos A = 1/2 e cos B = 1/3. Qual o valor do produto sen(A+B).sen(A-B) ?

Resposta = -5/36

Exercícios resolvidos - Circunferência 1. (USP) Os lugar geométrico dos pontos de coordenadas (x; y) tais que y2 + (x - 1)2 = 0 é:

a) a origem

b) duas retas concorrentes

c) um ponto que não é a origem

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Page 127: MATEMÁTICA-MAKIYAMA

d) conjunto vazio

e) uma reta.

RESPOSTA: C

02. (USP) A equação da reta perpendicular ao eixo das abscissas que passa pelo ponto médio do segmento AB,

onde A(2, 3) e B é o centro da circunferência de equação x2 + y2 - 8x - 6y + 24 = 0, é:

a) y = 3

b) y = 4

c) x = 4

d) x = 3

e) 3x + 4y = 0

RESPOSTA: D

03. (USP) Se M é o ponto médio do segmento AB e P é o ponto médio do segmento OM, determinar a equação

da circunferência de centro P e raio OP.

RESOLUÇÃO: (x - 1)2 + (y-1)2 = 2

04. Determinar a equação da tangente à circunferência x2 + y2 - 2x - 4y + 1 = 0 pelo ponto P(-1; 2).

RESOLUÇÃO: x + 1 = 0

05. Determinar as equações das retas (t) tangentes à circunferência x2 + y2 + 2x - 3 = 0 e que passam pelo

ponto P(5, 2).

RESOLUÇÃO: y - 2 = 0 e 3x - 4y - 7 = 0

06. (UEMT) Dada a circunferência C da equação (x - 1)2 + y2 = 1 e considerando o ponto P(2, 1), então asretas tangentes a C

passando por P:

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Page 128: MATEMÁTICA-MAKIYAMA

a) Têm equações y = 1 e x = 2.

b) não existem pois P é interno a C.

c) são ambas paralelas à reta y =1

d) Têm equações y = 1 (e só uma porque P está em C).

c) Têm equações x = 1 e y = 2.

RESPOSTA: A

07. A equação da circunferência que passa pelo ponto (2,0) e que tem centro no ponto (2, 3) é dada por:

a) x2 + y2 - 4x - 6y + 4 = 0

b) x2 + y2 - 4x - 9y - 4 = 0

c) x2 + y2 - 2x - 3y + 4 = 0

d) 3x2 + 2y2 - 2x - 3y - 4 = 0

e) (x - 2)2 + y2 = 9

RESPOSTA: A

08. A equação da circunferência que passa pelo ponto A = (0; 2) e é tangente na origem a reta r y + 2x = 0, é:

a) x2 + y2 - 2x - y = 0

b) x2 + y2 + 4x - 2y = 0

c) x2 + y2 - 4x - 2y = 0

d) x2 + y2 + 4x + 2y = 0

e) x2 + y2 + 4x + 2y = 0

RESPOSTA: C

09. A equação da circunferência que tangencia as retas x + y = 0 e x + y = 8 e que passa pelo ponto (0; 0) é:

a) 2 . x2 + 2y2 - 4x - 4y = 0

b) x2 + y2 - 2x - 6y = 0

c) x2 + y2 - 4x - 4y = 0

d) x2 + y2 + 4x + 4y = 0

e) n.d.a.

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Page 129: MATEMÁTICA-MAKIYAMA

RESPOSTA: C

10. A equação da reta tangente à circunferência (x - 4)2 + (y - 5)2 = 20 e que a tangencia no ponto de abscissa

2 é:

a) x - 2y - 4 = 0

b) x + 2y - 4 = 0 e x - 2y + 16 = 0

c) x + y - 2 = 0 e x - y + 16 = 0

d) x + 2y - 4 = 0 e x - 2y + 4 = 0

e) n.d.a.

RESPOSTA: B

ParalelismoParalelismo é uma noção que indica se dois objetos (retas ou planos) estão na mesma direção. Paralelismo de duas retas no planoSejam duas retas r e s pertencentes a um plano A. Diz-se que r é paralela a s (r//s) se, e somente se, r e s sãocoincidentes (r=s) ou se a intersecção de r e s é um conjunto vazio, ou seja, elas não possuem pontos comuns. Teorema das rectas paralelas" Se duas retas coplanares e distintas r e s, e uma transversal t, determinam um par de ângulos alternoscongruentes, então r é paralela a s."

Demonstração:

Hipótese: r, s, t pertencem ao plano A, com r distinta de s, e os ângulos â = ê, então:

Tese: r // s

Se r e s não fossem paralelas, então existiria um ponto P comum, r intersecção s. Considerando agora os pontosA e B, respectivamente intersecções das retas r e s com a transversal t, teríamos o triângulo ABP.

De acordo com o teorema do ângulo externo, teríamos â > ê, ou ê > â, se o ponto P estivesse no semi-planooposto ao determinado pela transversal t. O que é um absurdo de acordo com a hipótese, â = ê.

Logo, r é paralela a s, ou r // s.

O recíproco desse teorema, ou seja, se r // s, então â = ê, pode ser provado de maneira análoga ao anterior,buscando uma contradição com o postulado das paralelas (ou postulado de Euclides), que afirma que “por umponto P qualquer passa uma única reta paralela a uma reta dada.”

Paralelismo de retas no espaçoNo espaço, duas retas são paralelas que existe um plano que as contém, e se essas retas não se tocam. Assimsendo elas estão na mesma direção mesmo que estejam em sentidos opostos.

Ex: Os fios de um torre de transmissão de energia, eles estão na mesma direção e sentido mas jamais se tocam(nem se aproximam nem se afastam).

Paralelismo de uma reta e de um plano no espaçoNo espaço, uma reta e um plano são paralelos se não se intersectam.

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Page 130: MATEMÁTICA-MAKIYAMA

Paralelismo de planos no espaçoNo espaço, dois planos são paralelos se não se intersectam, ou seja que não possuem ponto em comum ou sãocoincidentes(iguais). Unicidade da paralelaPor um ponto passa uma única reta paralela a uma outra reta dada.

Perpendicularismo

perpendicularidade (ou ortogonalidade) é uma noção que indica se dois objetos (retas ou planos) fazem umângulo de 90º. Perpendicularidade de duas retasDuas retas são perpendiculares se o ângulo entre elas é 90º. Perpendicularidade de uma reta e de um planoUma reta r e um plano P são perpendiculares se r é perpendicular a qualquer recta de P que cruze essa reta r.

Esta propriedade é equivalente a r ser perpendicular a duas retas s e t distintas do plano P que passam peloponto de interseção de r e P.

Perpendicularidade de dois planosDois planos P e Q são perpendiculares se um deles contém uma reta que é perpendicular ao outro plano. Perpendicularidade de vetoresEm álgebra linear, definimos vectores perpendiculares a partir de um produto interno (também chamado deproduto escalar). Vectores cujo produto interno é zero são perpendiculares. Em um espaço vectorial de ndimensões (onde n é um número inteiro positivo) podem-se escolher conjuntos de n vectores, de modo que cadapar de vectores é um par de vectores perpendiculares. Este conjunto é uma base, que, pela propriedade deortogonalidade entre seus elementos, é chamada de uma base ortogonal.

As retas AB e CD são perpendiculares.Prisma

Prisma é um sólido geométrico delimitado por faces planas, no qual as bases se situam em planos paralelos.Quanto à inclinação das arestas laterais, os prismas podem ser retos ou oblíquos.

Prisma reto Aspectos comuns Prisma oblíquo

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Page 131: MATEMÁTICA-MAKIYAMA

Bases são regiões poligonaiscongruentes

A altura é a distância entreas bases

Arestas laterais são paralelascom as mesmas medidas

Faces laterais sãoparalelogramos

Objeto Prisma reto Prisma oblíquo

Arestas laterais têm a mesma medida têm a mesma medida

Arestas lateraissão perpendiculares

ao plano da basesão oblíquas

ao plano da base

Faces laterais são retangulares não são retangulares

Quanto à base, os prismas mais comuns estão mostrados na tabela:

Prisma triangular Prisma quadrangular Prisma pentagonal Prisma hexagonal

Base:Triângulo Base:Quadrado Base:Pentágono Base:Hexágono

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Page 132: MATEMÁTICA-MAKIYAMA

As faces laterais e as bases formam a envoltória deste sólido. Esta envoltória é uma "superfície" que pode serplanificada no plano cartesiano. Tal planificação se realiza como se cortássemos com uma tesoura estaenvoltória exatamente sobre as arestas para obter uma região plana formada por áreas congruentes às faceslaterais e às bases. A planificação é útil para facilitar os cálculos das áreas lateral e total.

Volume de um prisma

O volume de um prisma é dado por:

V(prisma) = A(base).h

Área lateral do prisma reto com base poligonal regular

A área lateral de um prisma reto que tem por base uma região poligonal regular de n lados é dada pela soma dasáreas das faces laterais. Como neste caso todas as áreas das faces laterais são iguais, basta tomar a área lateralcomo:

A(lateral) = n A(Face Lateral)

Uma forma alternativa para obter a área lateral de um prisma reto tendo como base um polígono regular de nlados é tomar P como o perímetro desse polígono e h como a altura do prisma.

A(lateral) = P.h

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Page 133: MATEMÁTICA-MAKIYAMA

PirâmidesDada uma região poligonal de n vértices e um ponto V fora da região (outro plano), ao traçarmos segmentos deretas entre os vértices da região poligonal e o ponto V, construímos uma pirâmide que será classificada deacordo com o número de lados do polígono da base.

Os segmentos AV, BV e CV são as arestas laterais da pirâmide. Os pontos A, B, C e V são os vértices. Os triângulos VAB,VBC e VCA são as faces laterais. O triângulo ABC é outra face da pirâmide e constitui a base. A distância do ponto V ao centro da base constitui a altura da pirâmide.

A classificação de uma pirâmide depende do número de arestas da região da área da base.

Base é um triângulo Nome: pirâmide triangular Número de faces: três faces laterais mais face da base, portanto, quatro faces.

Base é um quadrado Nome: pirâmide quadrangular Número de faces: quatro faces laterais mais face da base, portanto, cinco faces.

Base é um pentágono Nome: pirâmide pentagonal Número de faces: cinco faces laterais mais face da base, portanto, seis faces.

Base é um hexágono Nome: pirâmide de base hexagonal Número de faces: seis faces laterais mais face da base, portanto, sete faces.

Pirâmide triangular Pirâmide quadrangular Pirâmide pentagonal

Altura, apótema da base e apótema da pirâmide

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Page 134: MATEMÁTICA-MAKIYAMA

h: altura da pirâmide m’: apótema da pirâmide m: apótema da base

Pelo teorema de Pitágoras temos: m’² = h² + m²

Área da base

A área da base de uma pirâmide depende da área do polígono em questão, sendo calculada pela expressão:

onde P: perímetro do polígono e a: apótema do polígono.

Área lateral É a soma de todas as áreas laterais.

Área total Soma da área lateral com a área da base. At = Al + Ab

Volume

O volume de uma pirâmide é dado pela expressão:

onde Ab: área da base (depende do polígono) e h: altura da pirâmide.

Planificação de uma pirâmide

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Page 135: MATEMÁTICA-MAKIYAMA

Pirâmide triangular Pirâmide quadrangular Pirâmide pentagonal

Cilindros

Introdução aos cilindros

O conceito de cilindro é muito importante. Nas cozinhas encontramos aplicações intensas do uso de cilindros.Nas construções, observamos caixas d'água, ferramentas, objetos, vasos de plantas, todos eles com formascilíndricas.

Existem outras formas cilíndricas diferentes das comuns, como por exemplo o cilindro sinuzoidal obtido pelatranslação da função seno.

Aplicações práticas: Os cilindros abaixo sugerem alguma aplicação importante em sua vida?

A Construção de cilindros

Seja P um plano e nele vamos construir um círculo de raio r e tomemos também um segmento de reta AB quenão seja paralelo ao plano P e nem esteja contido neste plano P. Um cilindro circular é a reunião de todos ossegmentos congruentes e paralelos a AB com uma extremidade no círculo.

Observamos que um cilindro é uma superfície no espaço R³, mas muitas vezes vale a pena considerar o cilindrocomo a região sólida contida dentro do cilindro. Quando nos referirmos ao cilindro como um sólido usaremosaspas, isto é, "cilindro" e quando for à superfície, simplesmente escreveremos cilindro.

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Page 136: MATEMÁTICA-MAKIYAMA

A reta que contém o segmento AB é denominada geratriz e a curva que fica no plano do "chão" é a diretriz.

Em função da inclinação do segmento AB em relação ao plano do "chão", o cilindro será chamado reto ouoblíquo, respectivamente, se o segmento AB for perpendicular ou oblíquo ao plano que contém a curva diretriz.

Objetos geométricos em um "cilindro"

Em um cilindro, podemos identificar vários elementos:

1. Base: É a região plana contendo a curva diretriz e todo o seu interior. Num cilindro existem duas bases.2. Eixo: É o segmento de reta que liga os centros das bases do "cilindro".3. Altura: A altura de um cilindro é a distância entre os dois planos paralelos que contêm as bases do

"cilindro".4. Superfície Lateral: É o conjunto de todos os pontos do espaço, que não estejam nas bases, obtidos pelo

deslocamento paralelo da geratriz sempre apoiada sobre a curva diretriz.5. Superfície Total: É o conjunto de todos os pontos da superfície lateral reunido com os pontos das bases

do cilindro.6. Área lateral: É a medida da superfície lateral do cilindro.7. Área total: É a medida da superfície total do cilindro.8. Seção meridiana de um cilindro: É uma região poligonal obtida pela interseção de um plano vertical que

passa pelo centro do cilindro com o cilindro.

Extensão do conceito de cilindro

As características apresentadas antes para cilindros circulares, são também possíveis para outros tipos de curvasdiretrizes, como: elipse, parábola, hipérbole, seno ou outra curva simples e suave num plano.

Mesmo que a diretriz não seja uma curva conhecida, ainda assim existem cilindros obtidos quando a curvadiretriz é formada por uma reunião de curvas simples. Por exemplo, se a diretriz é uma curva retangular, temosuma situação patológica e o cilindro recebe o nome especial de prisma.

Em função da curva diretriz, o cilindro terá o nome de cilindro: elíptico, parabólico, hiperbólico, sinuzoidal(telha de eternit).

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Page 137: MATEMÁTICA-MAKIYAMA

Classificação dos cilindros circulares

1. Cilindro circular oblíquo: Apresenta as geratrizes oblíquas em relação aos planos das bases.2. Cilindro circular reto: As geratrizes são perpendiculares aos planos das bases. Este tipo de cilindro é

também chamado de cilindro de revolução, pois é gerado pela rotação de um retângulo.3. Cilindro eqüilátero: É um cilindro de revolução cuja seção meridiana é um quadrado.

Volume de um "cilindro"

Em um cilindro, o volume é dado pelo produto da área da base pela altura.

V = A(base) h

Se a base é um círculo de raio r, e pi=3,141593..., então:

V = pi r² h

Exercício: Calcular o volume de um cilindro oblíquo com base elíptica (semi-eixos a e b) e altura h.

Área lateral e área total de um cilindro circular reto

Em um cilindro circular reto, a área lateral é dada por A(lateral)=2pi.r.h, onde r é o raio da base e h é a altura docilindro. A área total corresponde à soma da área lateral com o dobro da área da base.

A(total) = A(lateral) + 2 A(base)A(total) = 2 pi r h + 2 pi r²

A(total) = 2 pi r(h+r)

Exemplo: Um cilindro circular equilátero é aquele cuja altura é igual ao diâmetro da base, isto é h=2r. Nestecaso, para calcular a área lateral, a área total e o volume, podemos usar as fórmulas, dadas por:

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Page 138: MATEMÁTICA-MAKIYAMA

A(lateral) = 4 pi r²A(base) = pi r²

A(total) = A(lateral) + 2 A(base) = 6 pi r²Volume = A(base).h = pi r².2r = 2 pi r³

Exercício: Seja um cilindro circular reto de raio igual a 2cm e altura 3cm. Calcular a área lateral, área total e oseu volume.

A(base) = pi.r² = pi.2² = 4 pi cm²A(lateral) = 2.pi.r.h = 2.pi.2.3 = 12 pi cm²A(total) = A(lateral) + 2 A(base) = 12pi + 8pi = 20 pi cm²Volume = A(base).h = pi.r²h = pi.4.3 = 12 pi cm³

Cones

O conceito de cone

Considere uma região plana limitada por uma curva suave (sem quinas), fechada e um ponto P fora desse plano.

Denominamos cone ao sólido formado pela reunião de todos os segmentos de reta que têm uma extremidadeem um ponto P (vértice) e a outra num ponto qualquer da região.

Elementos do cone

Em um cone, podem ser identificados vários elementos:

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1. Vértice de um cone é o ponto P, onde concorrem todos os segmentos de reta.2. Base de um cone é a região plana contida no interior da curva, inclusive a própria curva.3. Eixo do cone é quando a base do cone é uma região que possui centro, o eixo é o segmento de reta que

passa pelo vértice P e pelo centro da base.4. Geratriz é qualquer segmento que tenha uma extremidade no vértice do cone e a outra na curva que

envolve a base.5. Altura é a distância do vértice do cone ao plano da base.6. Superfície lateral de um cone é a reunião de todos os segmentos de reta que tem uma extremidade em P

e a outra na curva que envolve a base.7. Superfície do cone é a reunião da superfície lateral com a base do cone que é o círculo.8. Seção meridiana de um cone é uma região triangular obtida pela interseção do cone com um plano que

contem o eixo do mesmo.

Classificação do cone

Ao observar a posição relativa do eixo em relação à base, os cones podem ser classificados como retos ouoblíquos. Um cone é dito reto quando o eixo é perpendicular ao plano da base e é oblíquo quando não é umcone reto. Ao lado apresentamos um cone oblíquo.

Observação: Para efeito de aplicações, os cones mais importantes são os cones retos. Em função das bases, oscones recebem nomes especiais. Por exemplo, um cone é dito circular se a base é um círculo e é dito elíptico sea base é uma região elíptica.

Observações sobre um cone circular reto

Um cone circular reto é denominado cone de revolução por ser obtido pela rotação (revolução) de um triânguloretângulo em torno de um de seus catetos

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Page 140: MATEMÁTICA-MAKIYAMA

A seção meridiana do cone circular reto é a interseção do cone com um plano que contem o eixo do cone. Nafigura ao lado, a seção meridiana é a região triangular limitada pelo triângulo isósceles VAB.

Em um cone circular reto, todas as geratrizes são congruentes entre si. Se g é a medida da geratriz então, peloTeorema de Pitágoras, temos uma relação notável no cone: g²=h²+r², que pode ser "vista" na figura abaixo:

A Área Lateral de um cone circular reto pode ser obtida em função de g (medida da geratriz) e r (raio da basedo cone):

A(lateral) = pi.r.g

A Área total de um cone circular reto pode ser obtida em função de g (medida da geratriz) e r (raio da base docone):

A(total) = pi.r.g + pi.r² = = pi.r.(g+r)

Cones Equiláteros

Um cone circular reto é um cone equilátero se a sua seção meridiana é uma região triangular equilátera e nestecaso a medida da geratriz é igual à medida do diâmetro da base.

A área da base do cone é dada por:

A(base) = pi r²

Pelo Teorema de Pitágoras temos que (2r)²=h²+r², logo h²=4r²-r²=3r², assim:

h = r

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Page 141: MATEMÁTICA-MAKIYAMA

Como o volume do cone é obtido por 1/3 do produto da área da base pela altura, então:

V = (1/3) pi r3

Como a área lateral pode ser obtida por:

A(lateral) = pi.r.g = pi.r.2r = 2.pi.r²

então a área total será dada por:

A(total) = 3 pi r²

Exercícios resolvidos

Notação: Usaremos a notação R[3] para representar a raiz quadrada de 3.

1. A geratriz de um cone circular reto mede 20 cm e forma um ângulo de 60 graus com o plano da base.Determinar a área lateral, área total e o volume do cone.Como sen(60o)=h/20, então(1/2) R[3] = h/20h = 10 R[3] cmComo V = (1/3)×(A(base).h, então:V = (1/3) pi.r²hV = (1/3) pi.10².10 R[3]V = (1/3) 1000.R[3].pi cm³Se r=10cm; g=20cm e A(lateral)=pi.r.g, escreveremos:A(lataral) = pi.r.g = pi.10.20 = 200.pi cm²A(total) = A(lateral) + A(base) = pi.r.g + pi.r² = pi.r.(r+g) = pi.10.(10+20) = 300 pi cm²

2. A hipotenusa de umtriângulo retângulo mede2cm e um dos ângulosmede 60 graus. Girando-se o triângulo em tornodo cateto menor, obtem-se um cone. Qual é o seuvolume? Como sen(60º)=r/2, segue que:R[3]/2 = r/2r = R[3] cmSubstituindo os valores de g e de r, na relação g²=h²+r², obtemosh = 1cmV = (1/3).A(base).h = (1/3) pi.r²h = (1/3).pi.3 = pi cm³

3. Os catetos de um triângulo retângulo medem b e c, e a suaárea mede 2m². O cone obtido pela rotação do triângulo emtorno do cateto b tem volume 16 pi m³. Obteremos amedida do cateto c. Como a área do triângulo mede 2m²,segue que: (1/2)bc=2, o que garante que bc=4. Como a áreada base é dada por A(base)=pi.r²=pi.c², temos queV = 16 pi = (1/3) pi c² b

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Page 142: MATEMÁTICA-MAKIYAMA

c = 12 m

4. As áreas das bases de um cone circular reto e de um prisma quadrangular reto são iguais. O prisma temaltura 12 cm e volume igual ao dobro do volume do cone. Determinar a altura do cone.Seh(prisma) = 12A(base do prisma) = A(base do cone) = AV(prisma) = 2×V(cone)assim:A×h(prisma) = 2(A h)/3A 12 = (2/3)A hh = 18 cm

5. Anderson colocou uma casquinha de sorvete dentro de uma latacilíndrica de mesma base, mesmo raio r e mesma altura h da casquinha.Qual é o volume do espaço (vazio) compreendido entre a lata e acasquinha de sorvete?V = V(cilindro) - V(cone) = A(base).h - (1/3) A(base).h = pi.r².h - (1/3).pi.r².h = (2/3) pi.r².h cm³

Plano cartesiano A geometria analítica em duas dimensões usa a álgebra para descrever figuras planas e suas propriedades. Oprincipal recurso dessa geometria é o plano cartesiano, determinado por duas retas reais perpendiculares,horizontal e vertical.

No plano cartesiano, cada ponto está univocamente associado a um par ordenado, onde o primeiro e segundoelemento denotam respectivamente a abscissa (ou projeção do ponto no eixo horizontal) e a ordenada (ouprojeção do ponto no eixo vertical).CoordenadasAssim, os elementos do par ordenado constituem as coordenadas do ponto no plano cartesiano e o par de eixostem o nome de eixos coordenados.

Pontos sobre o eixo horizontal apresentam ordenada nula. Reciprocamente, pontos sobre o eixo verticalapresentam abscissa nula.

A (xA, yA)P (xp , 0)

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Page 143: MATEMÁTICA-MAKIYAMA

Q (0 , yp)

P Ox yp = 0Q Oy xq = 0

Um conjunto de pontos que obedece a um certo quesito tem o nome de lugar geométrico. Em geometriaanalítica, quesitos que definem figuras planas bidimensionais são descritos por sentenças a duas variáveis, x e y.

Exemplo: a sentença que explicita a propriedade comum a todos os pontos do eixo Ox das abscissas é y = 0,pois todos os pontos pertencentes a esse eixo apresentam y = 0. Dizemos então que a equação do eixo Ox é y =0. Do mesmo modo, a equação do eixo Oy é x = 0.

Assim, chamamos de equação de uma curva à sentença matemática que explicita a propriedade comum a todosos seus pontos e essa sentença relata, normalmente, a relação entre as variáveis x e y que são as coordenadasdos pontos da curva.

Exemplos:

a) A sentença ax + by + c = 0 define uma reta, para determinados a, b, c.

b) A sentença (x - x0)2 + (y - y0)2 = R2 define uma circunferência, que é o conjunto dos pontos do plano xyque distam R do ponto (x0,y 0).

As decorrências importantes das associações entre as sentenças matemáticas e as figuras geométricas são asseguintes:

• Se um ponto pertence a uma curva, então as coordenadas do ponto satisfazem à equação da curva.

para a curva C, f(x,y) = 0P C f(xp , yp) = 0

• Se um ponto pertence a várias curvas simultaneamente, as suas coordenadas devem satisfazer a todas asequações das ditas curvas.

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para a curva C, f(x,y) = 0para a curva K, g(x,y) = 0P C e P K f(xp , yp) = 0 e g(xp, yp) = 0

QuadrantesPontos que não pertencem a nenhum dos eixos coordenados pertencem a um dos quadrantes do planocartesiano:

Observe que pontos pertencentes ao mesmo quadrante devem obedecer aos mesmos quesitos:

P 1° quadrante xp > 0 e yp > 0P 2° quadrante xp < 0 e yp > 0P 3° quadrante xp < 0 e yp < 0P 4° quadrante xp > 0 e yp < 0

Veja que aqui fizemos a definição de lugares geométricos por meio de desigualdades. Cada reta define doissemiplanos e cada quadrante foi definido pela região comum a dois semiplanos.

Observe como se definem as regiões usando outras figuras além dos planos coordenados:

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Page 145: MATEMÁTICA-MAKIYAMA

(r ) x - y + 1 = 0

A reta r define dois semiplanos opostos, dos quais r é a fronteira. Na figura, a região hachurada corresponde aospontos em que x - y + 1 0.

(r ) y = x + 1

A circunferência (C) (x-1)2 + (y+1) 2 = 9 tem centro (1,-1) e raio 3; pontos do plano cartesiano cuja distânciaao ponto (1;-1) é maior que 3 são externos a C.

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Page 146: MATEMÁTICA-MAKIYAMA

(s) y = -6x + 60

Aqui, a região duplamente hachurada representa os pontos que satisfazem simultaneamente às restrições: y 2x -1 (semiplano dos pontos acima da reta r)ex2 + (y+1) 2 4 (pontos internos ou pertencentes à circunferência.)

Agora, uma região triangular, para você caracterizar:

As retas r, s e t, concorrentes duas a duas, determinam uma região triangular:

(t) y = -x + 10

Exercício Resolvido

O ponto A pertence ao semi-eixo positivo das ordenadas ; dados os pontos B(2 , 3) e C(-4 ,1) , sabe-se que doponto A se vê o segmento BC sob um ângulo reto . Nestas condições podemos afirmar que o ponto A é :

a) (3,0)b) (0, -1)c) (0,4)d) (0,5)e) (0, 3)

Solução:

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Page 147: MATEMÁTICA-MAKIYAMA

Como do ponto A se vê BC sob um ângulo reto, podemos concluir que o triângulo ABC é retângulo em A.Logo, vale o teorema de Pitágoras: o quadrado da hipotenusa é igual à soma dos quadrados dos catetos.Portanto, podemos escrever: AB2 + AC2 = BC2 (BC é a hipotenusa porque é o lado que se opõe ao ângulo retoA). Da fórmula de distância, podemos então escrever, considerando que as coordenadas do ponto A são (0,y) ,já que é dado no problema que o ponto A está no eixo dos y e portanto sua abscissa é nula:

AB2 = ( 0 - 2 )2 + ( y - 3 )2 = 4 + ( y - 3 )2AC2 = ( 0 - (-4))2 + ( y - 1)2 = 16 + ( y - 1 )2BC2 = ( 2 - (-4))2 + ( 3 - 1 )2 = 40Substituindo, vem: 4 + ( y - 3 )2 + 16 + ( y - 1 )2 = 40 \ ( y - 3 )2 + ( y - 1)2 = 40 - 4 - 16 = 20

Desenvolvendo, fica: y2 - 6y + 9 + y2 - 2y + 1 = 20 \ 2y2 - 8y - 10 = 0 \ y2 - 4y - 5 = 0 , que resolvida,encontramos y = 5 ou y = -1. A raiz y = -1 não serve, pois foi dito no problema que o ponto A está no semi-eixopositivo . Portanto, o ponto procurado é A(0,5), o que nos leva a concluir que a alternativa correta é a letra D.

3 - Ponto médio de um segmento

Dado o segmento de reta AB , o ponto médio de AB é o ponto M Î AB tal que AM = BM .Nestas condições, dados os pontos A(x1 , y1) e B(x2 , y2) , as coordenadas do ponto médioM(xm , ym) serão dadas por:

Exercício Resolvido

Sendo W o comprimento da mediana relativa ao lado BC do triângulo ABC onde A(0,0), B(4,6) e C(2,4) , entãoW2 é igual a:

a) 25b) 32c) 34d) 44e) 16

Solução:Chama-se mediana de um triângulo relativa a um lado, ao segmento de reta que une um vértice ao ponto médiodo lado oposto. Assim, a mediana relativa ao lado BC será o segmento que une o ponto A ao ponto médio deBC. Das fórmulas de ponto médio anteriores, concluímos que o ponto médio de BC será o ponto M( 3, 5).Portanto, o comprimento da mediana procurado será a distância entre os pontos A e M. Usando a fórmula dedistância encontramos AM = Ö 34 ou seja raiz quadrada de 34. Logo, W = Ö 34 e portanto W2 = 34, o que nosleva a concluir que a resposta correta está na alternativa C.

4 - Baricentro de um triângulo

Sabemos da Geometria plana , que o baricentro de um triângulo ABC é o ponto de encontro das 3 medianas .Sendo G o baricentro , temos que AG = 2 . GM onde M é o ponto médio do lado oposto ao vértice A (AM éuma das 3 medianas do triângulo).Nestas condições , as coordenadas do baricentro G(xg , yg) do triângulo ABC onde A(xa , ya) , B(xb , yb) eC(xc , yc) é dado por :

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Page 148: MATEMÁTICA-MAKIYAMA

Conclui-se pois que as coordenadas do baricentro do triângulo ABC, são iguais às médias aritméticas dascoordenadas dos pontos A , B e C.

Assim, por exemplo, o baricentro (também conhecido como centro de gravidade) do triângulo ABC onde A(3,5), B(4, -1) e C(11, 8) será o ponto G(6, 4). Verifique com o uso direto das fórmulas.

Exercício resolvido

Conhecendo-se o baricentro B(3,5), do triângulo XYZ onde X(2,5) , Y(-4,6) , qual o comprimento do segmentoBZ?

Solução:Seja o ponto Z(a,b). Temos, pela fórmula do baricentro:3 = (2 - 4 + a) / 3 e 5 = (5 + 6 + b) / 3Daí, vem que a = 11 e b = 4. O ponto Z será portanto Z(11, 4).Usando a fórmula da distância entre dois pontos, lembrando que B(3,5) e Z(11,4),encontraremos BZ = 651/2 u.c. (u.c. = unidades de comprimento).

Agora resolva este:

Os pontos A(m, 7), B(0, n) e C(3, 1) são os vértices de um triângulo cujo baricentro é o ponto G(6, 11). Calcule o valor de m2 + n2.Resposta: 850

Distância entre dois pontos do plano cartesiano

Teorema de Pitágoras: Em um triângulo retângulo, o quadrado da medida da hipotenusa a é igual à soma dosquadrados das medidas dos catetos b e c, isto é, a2=b2+c2.

Dados P=(x1,y1) e Q=(x2,y2), obtemos a distância entre P e Q, traçando as projeções destes pontos sobre os

eixos coordenados, obtendo um triângulo retângulo e usando o Teorema de Pitágoras.

O segmento PQ é a hipotenusa do triângulo retângulo PQR, o segmento PR é um cateto e o segmento QR é ooutro cateto, logo:

[d(P,Q)]2 = [d(P,R)]2 + [d(Q,R)]2

Como:

[d(P,R)]2 = | x1 - x2| 2 = (x1 - x2)2

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Page 149: MATEMÁTICA-MAKIYAMA

e

[d(Q,R)] 2 = | y1 - y2| 2 = (y1 - y2)2

então

Exemplos: A distância entre P=(2,3) e Q=(5,12) é

A distância entre a origem O=(0,0) e um ponto P=(x,y) é dada por:

Ponto médio de um segmento

Aplicação: Dados os pares ordenados P=(x1,y1) e Q=(x2,y2), pode-se obter o Ponto Médio M=(xm,ym) que está

localizado entre P e Q.

O ponto médio é obtido com o uso da média aritmética, uma vez para as abscissas e outra vez para asordenadas.

xm = (x1 + x2)/2, ym = (y1 + y2)/2

Observação: O centro de gravidade de um triângulo plano cujas coordenadas dos vértices são A=(x1,y1),

B=(x2,y2) e C=(x3,y3), é:

G=((x1+x2+x3)/3, (y1+y2+y3)/3 )

ESTUDO DA RETA

COEFICIENTE ANGULAR OU DECLIVIDADE DE UMA RETA

Coeficiente angular (m) de uma reta r não perpendicular ao eixo das abscissas é o número real m que expressa a

tangente trigonométrica de sua inclinação , ou seja:

m = tg

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Page 150: MATEMÁTICA-MAKIYAMA

EQUAÇÃO DA RETA

Equação geral da reta

Toda reta do plano possui uma equação da forma:

ax + by + c = 0

na qual a, b, c são constantes e a e b não simultaneamente nulos.

Exemplos:

a) – 5x + 3y - 1 = 0

b) 9x – 4y – 13 = 0

Equação reduzida da reta

É toda equação de reta onde a variável y fica isolada. Na equação da reta na forma reduzida podemos identificaro coeficiente angular do lado da variável x e o coeficiente linear (termo independente da equação).

Exemplos:

a) y = 8x – 10

Coeficiente angular = 8

Coeficiente linear = - 10

b) y = – 4x + 12

Coeficiente angular = – 4

Coeficiente linear = 12

CÁLCULO DO COEFICIENTE ANGULAR E DA EQUAÇÃO DA RETA

Para calcular o coeficiente angular (não possuindo o valor da inclinação ) e achar a equação da reta, utiliza-seuma única fórmula:

Importante: A partir da fórmula acima, podemos determinar o coeficiente angular e a equação da reta daseguinte forma:

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Page 151: MATEMÁTICA-MAKIYAMA

Coeficiente angular Equação da reta

2 valores para o y. O valor do m.

2 valores para o n. 1 valor para o n.

1 valor para o x.

Aplicação

Determine a equação da reta que passa pelos A (4, 12) e B (0, 4)

Solução:

1.º passo (cálculo do m – 2 valores para o y e 2 para o x):

2.º passo (equação da reta – o valor do m, 1 valor de y e um valor de x):,

Circunferência

Determinação do centro e do raio da circunferência, dada a equação geral

Dada a equação geral de uma circunferência, utilizamos o processo de fatoração de trinômio quadrado perfeitopara transformá-la na equação reduzida e , assim, determinamos o centro e o raio da circunferência.

Para tanto, a equação geral deve obedecer a duas condições:

• os coeficientes dos termos x2 e y2 devem ser iguais a 1; • não deve existir o termo xy.

Então, vamos determinar o centro e o raio da circunferência cuja equação geral é x2 + y2 - 6x + 2y - 6 = 0.

Observando a equação, vemos que ela obedece às duas condições. Assim:

• 1º passo: agrupamos os termos em x e os termos em y e isolamos o termo independente x2 - 6x + _ + y2 + 2y + _ = 6

• 2º passo: determinamos os termos que completam os quadrados perfeitos nas variáveis x e y, somando aambos os membros as parcelas correspondentes

• 3º passo: fatoramos os trinômios quadrados perfeitos ( x - 3 ) 2 + ( y + 1 ) 2 = 16

• 4º passo: obtida a equação reduzida, determinamos o centro e o raio

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Page 152: MATEMÁTICA-MAKIYAMA

Posição de um ponto em relação a uma circunferência

Em relação à circunferência de equação ( x - a )2 + ( y - b )2 = r2, o ponto P(m, n) pode ocupar as seguintesposições:

a) P é exterior à circunferência

b) P pertence à circunferência

c) P é interior à circunferência

Assim, para determinar a posição de um ponto P(m, n) em relação a uma circunferência, basta substituir ascoordenadas de P na expressão ( x - a )2 + ( y - b )2 - r2:

• se ( m - a)2 + ( n - b)2 - r2 > 0, então P é exterior à circunferência;• se ( m - a)2 + ( n - b)2 - r2 = 0, então P pertence à circunferência;• se ( m - a)2 + ( n - b)2 - r2 <>P é interior à circunferência.

Análise Combinatória

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Page 153: MATEMÁTICA-MAKIYAMA

1 - Introdução

Foi a necessidade de calcular o número de possibilidades existentes nos chamados jogos de azar que levou aodesenvolvimento da Análise Combinatória, parte da Matemática que estuda os métodos de contagem. Essesestudos foram iniciados já no século XVI, pelo matemático italiano Niccollo Fontana (1500-1557), conhecidocomo Tartaglia. Depois vieram os franceses Pierre de Fermat (1601-1665) e Blaise Pascal (1623-1662).A Análise Combinatória visa desenvolver métodos que permitam contar - de uma forma indireta - o número deelementos de um conjunto, estando esses elementos agrupados sob certas condições.

2 - Fatorial

Seja n um número inteiro não negativo. Definimos o fatorial de n (indicado pelo símbolo n! ) como sendo:

n! = n .(n-1) . (n-2) . ... .4.3.2.1 para n ³ 2.

Para n = 0 , teremos : 0! = 1.Para n = 1 , teremos : 1! = 1

Exemplos:

a) 6! = 6.5.4.3.2.1 = 720b) 4! = 4.3.2.1 = 24c) observe que 6! = 6.5.4!d) 10! = 10.9.8.7.6.5.4.3.2.1e) 10! = 10.9.8.7.6.5!f ) 10! = 10.9.8!

3 - Princípio fundamental da contagem - PFC

Se determinado acontecimento ocorre em n etapas diferentes, e se a primeira etapa pode ocorrer de k1 maneirasdiferentes, a segunda de k2 maneiras diferentes, e assim sucessivamente, então o número total T de maneiras deocorrer o acontecimento é dado por:T = k1. k2 . k3 . ... . kn

Exemplo:

O DETRAN decidiu que as placas dos veículos do Brasil serão codificadas usando-se 3 letras do alfabeto e 4algarismos. Qual o número máximo de veículos que poderá ser licenciado?

Solução:Usando o raciocínio anterior, imaginemos uma placa genérica do tipo PWR-USTZ.Como o alfabeto possui 26 letras e nosso sistema numérico possui 10 algarismos (de 0 a 9), podemos concluirque: para a 1ª posição, temos 26 alternativas, e como pode haver repetição, para a 2ª, e 3ª também teremos 26alternativas. Com relação aos algarismos, concluímos facilmente que temos 10 alternativas para cada um dos 4lugares. Podemos então afirmar que o número total de veículos que podem ser licenciados será igual a:26.26.26.10.10.10.10 que resulta em 175.760.000. Observe que se no país existissem 175.760.001 veículos, osistema de códigos de emplacamento teria que ser modificado, já que não existiriam números suficientes paracodificar todos os veículos. Perceberam?

4 - Permutações simples

4.1 - Permutações simples de n elementos distintos são os agrupamentos formados com todos os n elementos eque diferem uns dos outros pela ordem de seus elementos.

Exemplo: com os elementos A,B,C são possíveis as seguintes permutações: ABC, ACB, BAC, BCA, CAB eCBA.

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Page 154: MATEMÁTICA-MAKIYAMA

4.2 - O número total de permutações simples de n elementos distintos é dado por n!, isto éPn = n! Onde n! = n(n-1)(n-2)... .1 .

Exemplos:

a) P6 = 6! = 6.5.4.3.2.1 = 720b) Calcule o número de formas distintas de 5 pessoas ocuparem os lugares de um banco retangular de cincolugares.P5 = 5! = 5.4.3.2.1 = 120

4.3 - Denomina-se ANAGRAMA o agrupamento formado pelas letras de uma palavra, que podem ter ou nãosignificado na linguagem comum.

Exemplo:

Os possíveis anagramas da palavra REI são: REI, RIE, ERI, EIR, IRE e IER.

5 - Permutações com elementos repetidos

Se entre os n elementos de um conjunto, existem a elementos repetidos, b elementos repetidos, c elementosrepetidos e assim sucessivamente , o número total de permutações que podemos formar é dado por:

Exemplo:Determine o número de anagramas da palavra MATEMÁTICA.(não considere o acento)

Solução:Temos 10 elementos, com repetição. Observe que a letra M está repetida duas vezes, a letra A três , a letra T,duas vezes. Na fórmula anterior, teremos: n=10, a=2, b=3 e c=2. Sendo k o número procurado, podemosescrever: k= 10! / (2!.3!.2!) = 151200 Resposta: 151200 anagramas.

6 - Arranjos simples

6.1 - Dado um conjunto com n elementos , chama-se arranjo simples de taxa k , a todo agrupamento de kelementos distintos dispostos numa certa ordem. Dois arranjos diferem entre si, pela ordem de colocação doselementos. Assim, no conjunto E = {a,b,c}, teremos:a) arranjos de taxa 2: ab, ac, bc, ba, ca, cb.b) arranjos de taxa 3: abc, acb, bac, bca, cab, cba.

6.2 - Representando o número total de arranjos de n elementos tomados k a k (taxa k) por An,k , teremos aseguinte fórmula:

Obs : é fácil perceber que An,n = n! = Pn . (Verifique)

Exemplo:

Um cofre possui um disco marcado com os dígitos 0,1,2,...,9. O segredo do cofre é marcado por uma seqüência

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Page 155: MATEMÁTICA-MAKIYAMA

de 3 dígitos distintos. Se uma pessoa tentar abrir o cofre, quantas tentativas deverá fazer(no máximo) paraconseguir abri-lo?

Solução:

As seqüências serão do tipo xyz. Para a primeira posição teremos 10 alternativas, para a segunda, 9 e para aterceira, 8. Podemos aplicar a fórmula de arranjos, mas pelo princípio fundamental de contagem, chegaremosao mesmo resultado: 10.9.8 = 720.Observe que 720 = A10,3

7 - Combinações simples

7.1 - Denominamos combinações simples de n elementos distintos tomados k a k (taxa k) aos subconjuntosformados por k elementos distintos escolhidos entre os n elementos dados. Observe que duas combinações sãodiferentes quando possuem elementos distintos, não importando a ordem em que os elementos são colocados.

Exemplo:

No conjunto E= {a,b.c,d} podemos considerar:a) combinações de taxa 2: ab, ac, ad,bc,bd, cd.b) combinações de taxa 3: abc, abd,acd,bcd.c) combinações de taxa 4: abcd.

7.2 - Representando por Cn,k o número total de combinações de n elementos tomados k a k (taxa k) , temos aseguinte fórmula:

Nota: o número acima é também conhecido como Número binomial e indicado por:

Exemplo:

Uma prova consta de 15 questões das quais o aluno deve resolver 10. De quantas formas ele poderá escolher as10 questões?

Solução:

Observe que a ordem das questões não muda o teste. Logo, podemos concluir que trata-se de um problema decombinação de 15 elementos com taxa 10.

Aplicando simplesmente a fórmula chegaremos a:C15,10 = 15! / [(15-10)! . 10!] = 15! / (5! . 10!) = 15.14.13.12.11.10! / 5.4.3.2.1.10! = 3003

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Page 156: MATEMÁTICA-MAKIYAMA

Agora que você viu o resumo da teoria, tente resolver os 3 problemas seguintes:

01 - Um coquetel é preparado com duas ou mais bebidas distintas. Se existem 7 bebidas distintas, quantoscoquetéis diferentes podem ser preparados?Resp: 120

02 - Sobre uma circunferência são marcados 9 pontos distintos. Quantos triângulos podem ser construídos comvértices nos 9 pontos marcados?Resp: 84

03 - Uma família com 5 pessoas possui um automóvel de 5 lugares. Sabendo que somente 2 pessoas sabemdirigir, de quantos modos poderão se acomodar para uma viagem?Resp: 48

Exercício resolvido:

Um salão tem 6 portas. De quantos modos distintos esse salão pode estar aberto?

Solução:

Para a primeira porta temos duas opções: aberta ou fechadaPara a segunda porta temos também, duas opções, e assim sucessivamente.Para as seis portas, teremos então, pelo Princípio Fundamental da Contagem - PFC:N = 2.2.2.2.2.2 = 64Lembrando que uma dessas opções corresponde a todas as duas portas fechadas, teremos então que o númeroprocurado é igual a 64 - 1 = 63.

Resposta: o salão pode estar aberto de 63 modos possíveis.

PROBABILIDADE

A história da teoria das probabilidades, teve início com os jogos de cartas, dados e de roleta. Esse é o motivo dagrande existência de exemplos de jogos de azar no estudo da probabilidade. A teoria da probabilidade permiteque se calcule a chance de ocorrência de um número em um experimento aleatório.

Experimento Aleatório

É aquele experimento que quando repetido em iguais condições, podem fornecer resultados diferentes, ou seja,são resultados explicados ao acaso. Quando se fala de tempo e possibilidades de ganho na loteria, a abordagemenvolve cálculo de experimento aleatório.

Espaço Amostral

É o conjunto de todos os resultados possíveis de um experimento aleatório. A letra que representa o espaçoamostral, é S.

Exemplo:

Lançando uma moeda e um dado, simultaneamente, sendo S o espaço amostral, constituído pelos 12elementos:

S = {K1, K2, K3, K4, K5, K6, R1, R2, R3, R4, R5, R6}

1. Escreva explicitamente os seguintes eventos: A={caras e m número par aparece}, B={um número primoaparece}, C={coroas e um número ímpar aparecem}.

2. Idem, o evento em que: a) A ou B ocorrem;

b) B e C ocorrem;

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Page 157: MATEMÁTICA-MAKIYAMA

c) Somente B ocorre.

3. Quais dos eventos A,B e C são mutuamente exclusivos

Resolução:

1. Para obter A, escolhemos os elementos de S constituídos de um K e um número par: A={K2, K4, K6}; Para obter B, escolhemos os pontos de S constituídos de números primos: B={K2,K3,K5,R2,R3,R5}

Para obter C, escolhemos os pontos de S constituídos de um R e um número ímpar: C={R1,R3,R5}.

2. (a) A ou B = AUB = {K2,K4,K6,K3,K5,R2,R3,R5} (b) B e C = B Ç C = {R3,R5}

(c) Escolhemos os elementos de B que não estão em A ou C;

B Ç Ac Ç Cc = {K3,K5,R2}

3. A e C são mutuamente exclusivos, porque A Ç C = Æ

Conceito de probabilidade

Se em um fenômeno aleatório as possibilidades são igualmente prováveis, então a probabilidade de ocorrer umevento A é:

Por, exemplo, no lançamento de um dado, um número par pode ocorrer de 3 maneiras diferentes dentre 6igualmente prováveis, portanto, P = 3/6= 1/2 = 50%

Dizemos que um espaço amostral S (finito) é equiprovável quando seus eventos elementares têm probabilidadesiguais de ocorrência.

Num espaço amostral equiprovável S (finito), a probabilidade de ocorrência de um evento A é sempre:

Propriedades Importantes:

1. Se A e A’ são eventos complementares, então:

P( A ) + P( A' ) = 1

2. A probabilidade de um evento é sempre um número entre Æ (probabilidade de evento impossível) e 1(probabilidade do evento certo).

Probabilidade Condicional

Antes da realização de um experimento, é necessário que já tenha alguma informação sobre o evento que sedeseja observar. Nesse caso, o espaço amostral se modifica e o evento tem a sua probabilidade de ocorrênciaalterada.

Fórmula de Probabilidade Condicional

P(E1 e E2 e E3 e ...e En-1 e En) é igual a P(E1).P(E2/E1).P(E3/E1 e E2)...P(En/E1 e E2 e ...En-1).

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Page 158: MATEMÁTICA-MAKIYAMA

Onde P(E2/E1) é a probabilidade de ocorrer E2, condicionada pelo fato de já ter ocorrido E1;

P(E3/E1 e E2) é a probabilidade ocorrer E3, condicionada pelo fato de já terem ocorrido E1 e E2;

P(Pn/E1 e E2 e ...En-1) é a probabilidade de ocorrer En, condicionada ao fato de já ter ocorrido E1 e E2...En-1.

Exemplo:

Uma urna tem 30 bolas, sendo 10 vermelhas e 20 azuis. Se ocorrer um sorteio de 2 bolas, uma de cada vez esem reposição, qual será a probabilidade de a primeira ser vermelha e a segunda ser azul?

Resolução:

Seja o espaço amostral S=30 bolas, e considerarmos os seguintes eventos:

A: vermelha na primeira retirada e P(A) = 10/30

B: azul na segunda retirada e P(B) = 20/29

Assim:

P(A e B) = P(A).(B/A) = 10/30.20/29 = 20/87

Eventos independentes

Dizemos que E1 e E2 e ...En-1, En são eventos independentes quando a probabilidade de ocorrer um deles nãodepende do fato de os outros terem ou não terem ocorrido.

Fórmula da probabilidade dos eventos independentes:

P(E1 e E2 e E3 e ...e En-1 e En) = P(E1).P(E2).p(E3)...P(En)

Exemplo:

Uma urna tem 30 bolas, sendo 10 vermelhas e 20 azuis. Se sortearmos 2 bolas, 1 de cada vez e repondo asorteada na urna, qual será a probabilidade de a primeira ser vermelha e a segunda ser azul?

Resolução:

Como os eventos são independentes, a probabilidade de sair vermelha na primeira retirada e azul na segundaretirada é igual ao produto das probabilidades de cada condição, ou seja, P(A e B) = P(A).P(B). Ora, aprobabilidade de sair vermelha na primeira retirada é 10/30 e a de sair azul na segunda retirada 20/30. Daí,usando a regra do produto, temos: 10/30.20/30=2/9.

Observe que na segunda retirada forma consideradas todas as bolas, pois houve reposição. Assim, P(B/A)=P(B), porque o fato de sair bola vermelha na primeira retirada não influenciou a segunda retirada, já que elafoi reposta na urna.

Probabilidade de ocorrer a união de eventos

Fórmula da probabilidade de ocorrer a união de eventos:

P(E1 ou E2) = P(E1) + P(E2) - P(E1 e E2)

De fato, se existirem elementos comuns a E1 e E2, estes eventos estarão computados no cálculo de P(E1) eP(E2). Para que sejam considerados uma vez só, subtraímos P(E1 e E2).

Fórmula de probabilidade de ocorrer a união de eventos mutuamente exclusivos:

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Page 159: MATEMÁTICA-MAKIYAMA

P(E1 ou E2 ou E3 ou ... ou En) = P(E1) + P(E2) + ... + P(En)

Exemplo: Se dois dados, azul e branco, forem lançados, qual a probabilidade de sair 5 no azul e 3 no branco?

Considerando os eventos:

A: Tirar 5 no dado azul e P(A) = 1/6

B: Tirar 3 no dado branco e P(B) = 1/6

Sendo S o espaço amostral de todos os possíveis resultados, temos:

n(S) = 6.6 = 36 possibilidades. Daí, temos:P(A ou B) = 1/6 + 1/6 – 1/36 = 11/36

Exemplo: Se retirarmos aleatoriamente uma carta de baralho com 52 cartas, qual a probabilidade de ser um 8 ouum Rei?

Sendo S o espaço amostral de todos os resultados possíveis, temos: n(S) = 52 cartas. Considere os eventos:

A: sair 8 e P(A) = 4/52

B: sair um rei e P(B) = 4/52

Assim, P(A ou B) = 4/52 + 4/52 – 0 = 8/52 = 2/13. Note que P(A e B) = 0, pois uma carta não pode ser 8 e reiao mesmo tempo. Quando isso ocorre dizemos que os eventos A e B são mutuamente exclusivos.

EstatísticaA estatística utiliza-se das teorias probabilísticas para explicar a frequência da ocorrência de eventos, tanto emestudos observacionais quanto em experimento modelar a aleatoriedade e a incerteza de forma a estimar oupossibilitar a previsão de fenômenos futuros, conforme o caso.

Ou seja mais resumido: A estatística utiliza-se através das teorias probabilísticas para explicar a frequência defenômenos e para possibilitar a previsão desses fenômenos no futuro.

Algumas práticas estatísticas incluem, por exemplo, o planejamento, a sumarização e a interpretação deobservações. Dado que o objetivo da estatística é a produção da melhor informação possível a partir dos dadosdisponíveis, alguns autores sugerem que a estatística é um ramo da teoria da decisão.

A estatística é uma ciência que se dedica à coleta, análise e interpretação de dados. Preocupa-se com osmétodos de recolha, organização, resumo, apresentação e interpretação dos dados, assim como tirar conclusõessobre as características das fontes donde estes foram retirados, para melhor compreender as situações.

Análise combinatória

Para aprender como fazer cálculos de análise combinatória, útil para determinar probabilidades, veja umexercício resolvido:

Escrito há cerca de 3 mil anos, o "I - Ching" ou "Livro das Mutações" apresenta um conjunto de símboloscriados a partir de dois princípios (o masculino Yang, representado por uma linha inteira -, e o feminino Ying,representado por uma linha quebrada - - ).

Entre outras funções, esse conjunto de símbolos permitiria adivinhar o futuro, o que torna o livro muito popularainda hoje em dia. A base do sistema é um conjunto de três símbolos montados com as linhas Ying e Yang, quese constroem do seguinte modo:

1o símbolo 2o símbolo 3o símbolo

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Page 160: MATEMÁTICA-MAKIYAMA

A essas figuras chamadas Pa-Kua (as Oito Mutações), atribuíam-se nomes, características, imagens, papéisnuma estrutura familiar, além dos pontos cardeais, como se vê a seguir:

Norte Nordeste Leste Sudeste

Sul Sudoeste Oeste Noroeste

Combinando-se dois desses trigramas, obtém-se um hexagrama, figura de significado ainda mais amplo, queconstitui a resposta do oráculo a uma pergunta de quem o consulta. Por exemplo:

Sem entrar nas questões de caráter filosófico ou oracular do I-Ching, podemos nos perguntar: quantoshexagramas é possível formar com cada dois trigramas?

1o trigrama 2o trigrama Total: 64hexagramas8 possibilidades 8 possibilidades

Pensando de forma análoga, podemos considerar que se constrói um hexagrama escolhendo seis símbolos deum grupo de dois (linha inteira, linha quebrada). Assim, o total de símbolos será 26 = 64.

Usamos aqui um princípio multiplicativo que é a base da análise combinatória, um conjunto de procedimentosque sistematiza a contagem de agrupamentos.

O princípio fundamental da contagemUm evento ocorre em n etapas, sucessivas e independentes, de modo que a primeira etapa ocorre de k1maneiras, a segunda etapa ocorre de k2 maneiras, ..., e a enésima etapa ocorre de kn. Então, o evento podeocorrer de k1, k2, ... .Kn maneiras distintas.

Essa é a versão multiplicativa do princípio: para que ocorra o evento, todas as etapas devem ser cumpridas. Porexemplo: para se escolher um número de três algarismos, devemos escolher o algarismo das unidades e dasdezenas e também das centenas - não se podem omitir quaisquer etapas. Se as etapas não forem sucessivas, masalternativas, o princípio fica enunciado assim:

Um evento ocorre em n etapas, alternativas e independentes, de modo que a primeira etapa ocorre de k1maneiras, a segunda etapa ocorre de k2 maneiras, ..., e a enésima etapa ocorre de k2. Então, o evento podeocorrer de k12 + ... + Kn maneiras distintas.

Se, para o seu almoço, você pode escolher um lanche com ou sem maionese, então você pode escolher entre

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Page 161: MATEMÁTICA-MAKIYAMA

dois lanches!

AgrupamentosDe modo geral, pode-se resolver um grande número de situações de contagem usando os princípiosfundamentais. No entanto, alguns conjuntos podem ser agrupados por critérios que facilitam a suacompreensão; compreender a que classe de agrupamento pertence a situação que estamos tratando pode facilitarmuito a resolução.

Arranjos: são agrupamentos nos quais a ordem dos elementos é relevante. Três pessoas (A, B, C) que seinscrevem em um concurso que premia os dois primeiros lugares podem dar a esse concurso seis classificaçõesdistintas:

1o lugar 2o lugar

A B

A C

B A

B C

C A

C B

Observe que duas mesmas pessoas podem terminar o concurso de duas maneiras distintas.

O número de arranjos possíveis de p elementos tirados de um grupo de n elementos, com n p pode ser escrito

como:

Combinações: são agrupamentos em que a ordem dos elementos não é relevante. No exemplo anterior, se aspessoas A, B e C tivessem que se organizar para formar uma comissão de duas pessoas, só haveria trêspossibilidades : A e B, A e C, B e C. O número de combinações de p elementos tirados de um grupo de nelementos, com n p é:

As permutações são casos particulares de arranjos em que o número de elementos do agrupamento é igual aonúmero de elementos disponíveis:

A sistemática da análise combinatória não é novidade. Em toda a história do desenvolvimento matemático dohomem aparecem registros de investigações nos cálculos de possíveis agrupamentos:

• Na obra de Euclides (300 a.C.) há um método para se encontrar o valor de (1 + x)2;• Além da fórmula resolutiva para equações de 2o grau, Baskhara descreveu algumas situações práticas

em que se permutam possibilidades - na poesia, na arquitetura e na medicina; • Trabalhos do início da Era Cristã relacionados à cabala analisam combinações e permutações entre

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números inteiros; • Astrônomos da Idade Média calculavam as possíveis conjunções entre dois, três, n planetas, • À época do Renascimento, a pressão das recentes descobertas e necessidades mercantis fizeram com

que matemáticos europeus desenvolvessem a sistemática de combinatória na descrição de váriascircunstâncias: as possibilidades de n pessoas se sentarem em torno de uma mesa, as combinaçõespossíveis de fechaduras, os agrupamentos possíveis de objetos e, naturalmente, as chances nos jogos deazar.

Apesar de tantas outras motivações, foi o interesse pelos jogos de azar a grande motivação para odesenvolvimento da análise combinatória, nos trabalhos de Pascal e Fermat. Naturalmente, outros ramos damatemática usaram esse conhecimento e vieram a se desenvolver: a probabilidade, a teoria de grafos, osconjuntos e a criptologia. A chance de jogos como a MegaSena é um saber relacionado à análise combinatória.

EXPERIMENTOS ALEATÓRIOS, ESPAÇO AMOSTRAL E EVENTO.

Encontramos na natureza dois tipos de fenômenos: determinísticos e aleatórios.

Os fenômenos determinísticos são aqueles em que os resultados são sempre os mesmos, qualquer que seja onúmero de ocorrência dos mesmos.

Se tomarmos um determinado sólido, sabemos que a uma certa temperatura haverá a passagem para o estadolíquido. Esse exemplo caracteriza um fenômeno determinístico.

Nos fenômenos aleatórios, os resultados não serão previsíveis, mesmo que haja um grande número derepetições do mesmo fenômeno.

Por exemplo: se considerarmos a produção agrícola de uma determinada espécie, as produções de cada plantaserão diferentes e não previsíveis, mesmo que as condições de temperatura, pressão, umidade, solo sejam asmesmas para todas as plantas.

Podemos considerar como experimentos aleatórios os fenômenos produzidos pelo homem.

Exemplos:

a) lançamento de uma moeda;

b) lançamento de um dado;

c) determinação da vida útil de um componente eletrônico;

d) previsão do tempo.

A cada experimento aleatório está associado o resultado do mesmo, que não é previsível, chamado eventoaleatório.

Um conjunto S que consiste de todos os resultados possíveis de um experimento aleatório é denominado espaçoamostral.

PROBABILIDADE DE UM EVENTO

A probabilidade de um evento A, denotada por P(A), é um número de 0 a 1 que indica a chance de ocorrênciado evento A. Quanto mais próxima de 1 é P(A), maior é a chance de ocorrência do evento A, e quanto maispróxima de zero, menor é a chance de ocorrência do evento A. A um evento impossível atribui-se probabilidadezero, enquanto que um evento certo tem probabilidade 1,0.

As probabilidades podem ser expressas de diversas maneiras, inclusive decimais, frações e percentagens. Porexemplo, a chance de ocorrência de um determinado evento pode ser expressa como 20%; 2 em 10; 0,20 ou 1/5.

Conceito elementar de Probabilidade

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Page 163: MATEMÁTICA-MAKIYAMA

Seja U um espaço amostral finito e equiprovável e A um determinado evento ou seja, um subconjunto de U. Aprobabilidade p(A) de ocorrência do evento A será calculada pela fórmula

p(A) = n(A) / n(U)

onde:n(A) = número de elementos de A e n(U) = número de elementos do espaço de prova U.

Vamos utilizar a fórmula simples acima, para resolver os seguintes exercícios introdutórios:

1.1 - Considere o lançamento de um dado. Calcule a probabilidade de:

a) sair o número 3:Temos U = {1, 2, 3, 4, 5, 6} [n(U) = 6] e A = {3} [n(A) = 1]. Portanto, a probabilidade procurada será igual ap(A) = 1/6.

b) sair um número par: agora o evento é A = {2, 4, 6} com 3 elementos; logo a probabilidade procurada seráp(A) = 3/6 = 1/2.

c) sair um múltiplo de 3: agora o evento A = {3, 6} com 2 elementos; logo a probabilidade procurada será p(A)= 2/6 = 1/3.

d) sair um número menor do que 3: agora, o evento A = {1, 2} com dois elementos. Portanto,p(A) = 2/6 = 1/3.

e) sair um quadrado perfeito: agora o evento A = {1,4} com dois elementos. Portanto, p(A) = 2/6 = 1/3.

1.2 - Considere o lançamento de dois dados. Calcule a probabilidade de:

a) sair a soma 8Observe que neste caso, o espaço amostral U é constituído pelos pares ordenados (i,j), onde i = número no dado1 e j = número no dado 2.É evidente que teremos 36 pares ordenados possíveis do tipo (i, j) onde i = 1, 2, 3, 4, 5, ou 6, o mesmoocorrendo com j.As somas iguais a 8, ocorrerão nos casos:(2,6),(3,5),(4,4),(5,3) e (6,2). Portanto, o evento "soma igual a 8"possui 5 elementos. Logo, a probabilidade procurada será igual a p(A) = 5/36.

b) sair a soma 12Neste caso, a única possibilidade é o par (6,6). Portanto, a probabilidade procurada será igual a p(A) = 1/36.

1.3 – Uma urna possui 6 bolas azuis, 10 bolas vermelhas e 4 bolas amarelas. Tirando-se uma bola comreposição, calcule as probabilidades seguintes:

a) sair bola azulp(A) = 6/20 = 3/10 = 0,30 = 30%

b) sair bola vermelhap(A) = 10/20 =1/2 = 0,50 = 50%

c) sair bola amarelap(A) = 4/20 = 1/5 = 0,20 = 20%

Vemos no exemplo acima, que as probabilidades podem ser expressas como porcentagem. Esta forma éconveniente, pois permite a estimativa do número de ocorrências para um número elevado de experimentos. Porexemplo, se o experimento acima for repetido diversas vezes, podemos afirmar que em aproximadamente 30%dos casos, sairá bola azul, 50% dos casos sairá bola vermelha e 20% dos casos sairá bola amarela. Quantomaior a quantidade de experimentos, tanto mais a distribuição do número de ocorrências se aproximará dospercentuais indicados.

Estatística Descritiva

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Page 164: MATEMÁTICA-MAKIYAMA

A Estatística é uma ciência cujo campo de aplicação estende-se a muitas áreas doconhecimento humano. Entretanto, um equívoco comum que deparamos nos dias atuais é que,em função da facilidade que o advento dos computadores nos proporciona, permitindodesenvolver cálculos avançados e aplicações de processos sofisticados com razoável eficiência erapidez, muitos pesquisadores consideram-se aptos a fazerem análises e inferências estatísticassem um conhecimento mais aprofundado dos conceitos e teorias. Tal prática, em geral, culminaem interpretações equivocadas e muitas vezes errôneas...Em sua essência, a Estatística é a ciência que apresenta processos próprios para coletar,apresentar e interpretar adequadamente conjuntos de dados, sejam eles numéricos ou não. Pode-se dizer que seu objetivo é o de apresentar informações sobre dados em análise para que se tenhamaior compreensão dos fatos que os mesmos representam. A Estatística subdivide-se em trêsáreas: descritiva, probabilística e inferencial. A estatística descritiva, como o próprio nome jádiz, se preocupa em descrever os dados. A estatística inferencial, fundamentada na teoria dasprobabilidades, se preocupa com a análise destes dados e sua interpretação.A palavra estatística tem mais de um sentido. No singular se refere à teoria estatística e aométodo pelo qual os dados são analisados enquanto que, no plural, se refere às estatísticasdescritivas que são medidas obtidas de dados selecionados.A estatística descritiva, cujo objetivo básico é o de sintetizar uma série de valores demesma natureza, permitindo dessa forma que se tenha uma visão global da variação dessesvalores, organiza e descreve os dados de três maneiras: por meio de tabelas, de gráficos e demedidas descritivas.A tabela é um quadro que resume um conjunto de observações, enquanto os gráficos sãoformas de apresentação dos dados, cujo objetivo é o de produzir uma impressão mais rápida eviva do fenômeno em estudo.Para ressaltar as tendências características observadas nas tabelas, isoladamente, ou emcomparação com outras, é necessário expressar tais tendências através de números ouestatísticas. Estes números ou estatísticas são divididos em duas categorias: medidas de posição emedidas de dispersão.

Distribuição de Freqüência

Tabela Primitiva

Vamos considerar, neste capítulo, a forma pela qual podemos descrever os dados estatísticos resultantes devariáveis quantitativas, como é o caso de notas obtidas pelos alunos de uma classe, estaturas de um conjunto depessoas, salários recebidos pelos operários de uma fábrica etc.

Suponhamos termos feito uma coleta de dados relativos às estaturas de quarenta alunos, que compõem umaamostra dos alunos de um colégio A, resultando a seguinte tabela de valores:

TABELA 1

ESTATURAS DE 40 ALUNOS DA FACULDADE A

166 160 161 150 162 160 165 167 164 160

162 168 161 163 156 173 160 155 164 168

155 152 163 160 155 155 169 151 170 164

154 161 156 172 153 157 156 158 158 161

A esse tipo de tabela, cujos elementos não foram numericamente organizados, denominamos tabela primitiva.

Rol

Partindo dos dados acima – tabela primitiva – é difícil averiguar em torno de que valor tende a se concentrar as

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estaturas, qual a menor ou qual a maior estatura ou, ainda, quantos alunos se acham abaixo ou acima de umadada estatura.

Assim, conhecidos os valores de uma variável, é difícil formarmos uma idéia exata do comportamento do grupocomo um todo, a partir dos dados não ordenados. A maneira mais simples de organizar os dados é através deuma certa ordenação (crescente ou decrescente). A tabela obtida através da ordenação dos dados recebe o nomede rol.

TABELA 2

ESTATURAS DE 40 ALUNOS DA FACULDADE A

150 154 155 157 160 161 162 164 166 169

151 155 156 158 160 161 162 164 167 170

152 155 156 158 160 161 163 164 168 172

153 155 156 160 160 161 163 165 168 173

Agora, podemos saber, com relativa facilidade, qual a menor estatura (173 cm); que a amplitude de variação foide 173 – 150 = 23 cm; e, ainda, a ordem que um valor particular da variável ocupa no conjunto. Com um examemais acurado, vemos que há uma concentração das estaturas em algum valor entre 160 cm e 165 cm e, maisainda, que há poucos valores abaixo de 155 cm e acima de 170 cm.

Distribuição de Freqüência

No exemplo que trabalhamos, a variável em questão, estatura, será observada e estudada muito mais facilmentequando dispusermos valores ordenados em uma coluna e colocarmos, ao lado de cada valor, o número de vezesque aparece repetido.

Denominamos freqüência o número de alunos que fica relacionado a um determinado valor da variável.Obtemos, assim, uma tabela que recebe o nome de distribuição de freqüência:

TABELA 3

ESTATURAS(cm)

FREQ

150151152153154155156157158160161162163164165166167

11111431254223111

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168169170172173

21111

Total 40

Mas o processo dado é ainda inconveniente, já que exige muito mais espaço, mesmo quando o número devalores da variável (n) é de tamanho razoável. Sendo possível, a solução mais aceitável, pela própria naturezada variável contínua, é o agrupamento dos valores em vários intervalos.

Assim, se um dos intervalos for, por exemplo, 154 158— ׀ (é um intervalo fechado à esquerda e aberto àdireita, tal que: 154 ≤ x < 158), em vez de dizermos que a estatura de 1 aluno é de 154 cm; de 4 alunos, 155 cm;de 3 alunos, 156 cm; e de 1 aluno, 157 cm, dizemos que 9 alunos têm estaturas entre 154, inclusive, e 158 cm.

Deste modo, estaremos agrupando os valores da variável em intervalos, sendo que, em Estatística, preferimoschamar os intervalos de classes.

Chamando de freqüência de uma classe o número de valores da variável pertencente à classe, os dados daTabela 3 podem ser dispostos como na Tabela 4, denominada distribuição de freqüência com intervalos declasse:

Exemplo:

TABELA 4

ESTATURAS DE 40 ALUNOS DAFACULDADE A - 2007

ESTATURAS(cm)

FREQUÊNCIA

154— ׀ 150158— ׀ 154162— ׀ 158166— ׀ 162170— ׀ 166174— ׀ 170

4911853

Total 40

Dados fictícios.

Ao agruparmos os valores da variável em classes, ganhamos em simplicidade para perdermos em pormenores.Assim, na Tabela 3 podemos verificar, facilmente, que quatro alunos têm 161 cm de altura e que não existenenhum aluno com 1,71 cm de altura. Já na Tabela 4 não podemos ver se algum aluno tem a estatura de 159 cm.No entanto, sabemos, com segurança, que onze alunos têm estatura compreendida entre 158 e 162 cm.

O que pretendemos com a construção dessa nova tabela é realçar o que há de essencial nos dados e, também,tornar possível o uso de técnicas analíticas para sua total descrição, até porque a estatística tem por finalidadeespecífica analisar o conjunto de valores, desinteressando-se por casos isolados.

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Notas:

· Se nosso intuito é, desde o início, a obtenção de uma distribuição de freqüência com intervalos de classe,basta, a partir da Tabela 1, fazemos uma tabulação.

· Quando os dados estão organizados em uma distribuição de freqüência, são comumente denominados dadosagrupados.

Elementos de uma Distribuição de Freqüência

1) Classes de freqüência ou, simplesmente, classes são intervalos de variação da variável.

As classes são representadas simbolicamente por i, sendo i = 1, 2, 3, ..., k (onde k é o número total de classes dadistribuição).

Assim, em nosso exemplo, o intervalo 154 ι— 158 define a segunda classe (i = 2). Como a distribuição éformada de seis classes, podemos afirmar que k = 6.

2) Denominamos limites de classe os extremos de cada classe.

O menor número é o limite inferior da classe (li) e o maior número, o limite superior da classe (Li).

Na segunda classe, por exemplo, temos:

l2 = 154 e L2 = 158

Nota:

· Os intervalos de classe devem ser escritos, de acordo com a Resolução 886/66 do IBGE, em termos destaquantidade até menos aquela, empregando, para isso, o símbolo ׀— (inclusão de li e exclusão de Li). Assim, oindivíduo com uma estatura de 158 cm está incluído na terceira classe (i = 3) e não na segunda.

3) Amplitude de um intervalo de classe, ou, simplesmente, intervalo de classe é a medida do intervalo quedefine a classe.

Ela é obtida pela diferença entre os limites superior e inferior dessa classe e indicada por hi. Assim:

hi = Li - li

Na distribuição da Tabela 1.6.5.4, temos: h2 = L2 – l2 Þ h2 = 158 – 154 = 4 cm

4) Amplitude total da distribuição (AT) é a diferença entre o limite superior da última classe (limite superiormáximo) e o limite inferior da primeira classe (limite inferior mínimo):

AT = L(máx) – l(mín)

Em nosso exemplo, temos: AT = 174 – 14501 = 24 Þ AT = 24 cm

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Nota:

· É evidente que, se as classes possuem o mesmo intervalo, verificamos a relação:

AT ¸ hi = k

5) Amplitude amostral (AA) é a diferença entre o valor máximo e o valor mínimo da amostra:

AA = x(máx) – x(mín)

Em nosso exemplo, temos: AA = 173 - 150 = 23 Þ AA = 23 cm

Observe que a amplitude total da distribuição jamais coincide com a amplitude amostral.

6) Ponto médio de uma classe (xi) é, como o próprio nome indica, o ponto que divide o intervalo de classe emduas partes iguais.

Para obtermos o ponto médio de uma classe, calculamos a semi-soma dos limites de da classe (médiaaritmética):

xi = (li + Li) ¸ 2

Assim, o ponto médio da segunda classe, em nosso exemplo, é:

xi = (li + Li) ¸ 2 Þ x2 = (154 + 158) ¸ 2 = 156 cm

Nota:

· O ponto médio de uma classe é o valor que a representa.

7) Freqüência simples ou freqüência absoluta ou, simplesmente, freqüência de uma classe ou de um valorindividual é o número de observações correspondentes a essa classe ou a esse valor.

A freqüência simples é simbolizada por fi (lemos: f índice i ou freqüência da classe i).

Assim, em nosso exemplo, temos: f1 = 4, f2 = 9, f3 = 11, f4 = 8, f5 = 5 e f6 = 3

A soma de todas as freqüências é representada pelo símbolo de somatório (∑):

∑(i=1 → k)fi = n

Para a distribuição em estudo, temos: ∑(i=1 → 6)fi = 40 ou ∑fi = 40

Podemos, agora, dar à distribuição de freqüência das estaturas dos quarenta alunos da faculdade A, a seguinterepresentação tabular técnica:

TABELA 5ESTATURAS DE 40 ALUNOS DAFACULDADE A

iESTATURAS(cm)

fi

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123456

154— ׀ 150158— ׀ 154162— ׀ 158166— ׀ 162170— ׀ 166174— ׀ 170

4911853

∑fi = 40

Número de Classes – Intervalos de Classe

A primeira preocupação que temos, na construção de uma distribuição de freqüência, é a determinação donúmero de classes e, consequentemente, da amplitude e dos limites dos intervalos de classe.

Para a determinação do número de classes de uma distribuição podemos lançar mão da regra de Sturges, quenos dá o número de classes em função do número de valores da variável: i ≈ 1 + 3,3 . log n

onde:

i é o número de classe;

n é o número total de dados.

Essa regra nos permite obter a seguinte tabela:

TABELA 6

ESTATURAS(cm)

fi

5׀— ׀ 311׀— ׀ 6 22׀— ׀ 1246׀— ׀ 2390׀— ׀ 47181׀— ׀ 91 362׀— ׀ 182...

3456789...

Além da regra de Sturges, existem outras fórmulas empíricas que pretendem resolver o problema dadeterminação do número de classes que deve ter a distribuição (há quem prefira: i = Öh). Entretanto, a verdadeé que essas fórmulas não nos levam a uma decisão final; esta vai depender, na realidade, de um julgamentopessoal, que deve estar ligado à natureza dos dados, da unidade usada para expressa-los e, ainda, do objetivoque se tem em vista, procurando, sempre que possível, evitar classe com freqüência nula ou com freqüênciarelativa muito exagerada etc.

Decidido o número de classes que deve ter a distribuição, resta-nos resolver o problema da determinação daamplitude do intervalo de classe, o que conseguimos dividindo a amplitude total pelo número de classes:

h ≈ AT / i

Quando o resultado não é exato, devemos arredondá-lo para mais.

Outro problema que surge é a escolha dos limites dos intervalos, os quais deverão ser tais que forneçam, namedida do possível, para pontos médios, números que facilitem os cálculos – números naturais.

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Em nosso exemplo, temos:

Para n = 40, pela Tabela 6, i = 6

Logo: h = (173 -150) / 6 = 23/6 = 3,8 ≈ 4

Isto é, seis classes de intervalos iguais a 4.

Resolva:

1) As notas obtidas por 50 alunos de uma classe foram:

1 2 3 4 5 6 6 7 7 8

2 3 3 4 4 6 6 7 8 8

2 3 4 4 5 6 6 7 8 9

2 3 4 5 5 6 6 7 8 9

2 3 4 5 5 6 7 7 8 9

a. Complete a distribuição de freqüência abaixo:

i NOTAS xi fi

123456

2— ׀ 04— ׀ 26— ׀ 48— ׀ 610— ׀ 8

1................

1................

∑fi = 50

b. Agora responda:

1. Qual a amplitude amostral?

2. Qual a amplitude da distribuição?

3. Qual o número de classes da distribuição?

4. Qual o limite inferior da quarta classe?

5. Qual o limite superior da classe de ordem 2?

6. Qual a amplitude do segundo intervalo da classe?

c. Complete:

1. h3 = .... 2. n = .... 3. l1 = .... 4. L3 = .... 5. x2 = .... 6. f5 = ....

Tipos de Freqüências

1) Freqüências simples ou absolutas (fi) são os valores que realmente representam o número de dados de cada

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classe.

Como vimos, a soma das freqüências simples é igual ao número total dos dados:

∑ fi = n

2) Freqüências relativas (fri) são os valores das razões entre as freqüências simples e a freqüência total:

Como vimos, a soma das freqüências simples é igual ao número total dos dados:

fri = fi /∑ fi

Logo, a freqüência relativa da terceira classe, em nosso exemplo (Tabela 5), é:

fr3 = f3 /∑ f3 Þ fr3 = 11 / 40 = 0,275

Evidentemente: ∑ fri = 1 ou 100%

Nota:

·O propósito das freqüências relativas é o de permitir a análise ou facilitar as comparações.

3) Freqüência acumulada (Fi) é o total das freqüências de todos os valores inferiores ao limite superior dointervalo de uma dada classe:

Fk = f1 + f2 + ... + fk ou Fk = ∑ fi (i = 1, 2, ..., k)

Assim, no exemplo apresentado no início deste capítulo, a freqüência acumulada correspondente à terceiraclasse é:

F3 = ∑(i=1 → 3) fi = f1 + f2 + f3 Þ F3 = 4 + 9 + 11 = 24,

O que significa existirem 24 alunos com estatura inferior a 162 cm (limite superior do intervalo da terceiraclasse).

4) Freqüência acumulada relativa (Fri) de uma classe é a freqüência acumulada da classe, dividida pelafreqüência total da distribuição:

Fri = Fi / ∑ fi

Assim, para a terceira classe, temos: Fri = Fi / ∑ fi Þ Fri = 24/40 = 0,6

Considerando a Tabela 3, podemos montar a seguinte tabela com as freqüências estudadas:

TABELA 7

iESTATURAS(cm)

fi xi fri Fi Fri

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123456

154— ׀ 150158— ׀ 154162— ׀ 158166— ׀ 162170— ׀ 166174— ׀ 170

4911853

152156160164168172

0,1000,2250,2750,2000,1250,075

491324323740

0,1000,3250,6000,8000,9251,000

∑ = 40 ∑ = 1,000

O conhecimento dos vários tipos de freqüência ajuda-nos a responder a muitas questões com relativa facilidade,como as seguintes:

a. Quantos alunos têm estatura entre 154 cm, inclusive, e 158 cm?

Esses são os valores da variável que formam a segunda classe. Como f2 = 9, a resposta é : 9 alunos.

b. Qual a percentagem de alunos cujas estaturas são inferiores a 154 cm?

Esses valores são os que formam a primeira classe. Como fr1 = 0,100, obtemos a resposta multiplicando afreqüência relativa por 100:

0,100 x 100 = 10

Logo, a percentagem de alunos é 10%.

c. Quantos alunos têm estatura abaixo de 162?

É evidente que as estaturas consideradas são aquelas que formam as classes de ordem 1, 2 e 3. Assim, o númerode alunos é dado por:

F3 = ∑(i=1 → 3) fi = f1 + f2 + f3 Þ F3 = 24

Portanto, 24 alunos têm estatura abaixo de 162 cm.

d. Quantos alunos têm estatura não-inferior a 158 cm? O número de alunos é dado por:

∑(i=1 → 6) fi = f3 + f4 + f5 + f6 = 11 + 8 + 5 + 3 = 27

Ou, então:

∑(i=1 → 6) fi – F2 = n - F2 = 40 – 13 = 27

1.6.5.7 Distribuição de Freqüência sem Intervalos de Classe

Quando se trata de variável discreta de variação relativamente pequena, cada valor pode ser tomado como umintervalo de classe (intervalo degenerado) e, nesse caso, a distribuição é chamada distribuição sem intervalos declasse, tomando a seguinte forma:

TABELA 8

xi fri

x1 x2 ..

f1 f2 ..

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. xn

.fn

∑ fi = n

Exemplo:

Seja x a variável “número de cômodos das casas ocupadas por vinte famílias entrevistadas”:

TABELA 9

i xi fi

123456

234567

475211

∑ = 40

Completada com vários tipos de freqüência, temos:

TABELA 10

i xi fi fri Fi Fri

123456

234567

475211

0,200,350,250,100,050,05

41116181920

0,200,550,800,900,951,00

∑ = 20 ∑ = 1,00

Nota:

· Se a variável toma numerosos valores distintos, é comum trata-la como uma variável contínua, formandointervalos de classe de amplitude diferente de um.

Este tratamento (arbitrário) abrevia o trabalho, mas acarreta alguma perda de precisão.

Resolva:

1) Complete a distribuição abaixo, determinando as freqüências simples:

i xi fi Fi

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12345

23456

....

....

....

....

....

29212934

∑ = 20

Gráficos estatísticos

Os gráficos constituem uma forma clara e objetiva na apresentação de dados estatísticos, a intenção é deproporcionar aos leitores em geral a compreensão e veracidade dos fatos. De acordo com a característica dainformação precisamos escolher o gráfico correto, os mais usuais são: gráfico de segmentos, gráfico de barras egráfico de setores.

Gráfico de Segmento ou gráfico de linhas

Objetivos: simplicidade, clareza e veracidade.

Uma locadora de filmes em DVD registrou o número de locações no 1º semestre do ano de 2008. Os dadosforam expressos em um gráfico de segmentos.

Gráfico de Barras horizontal e vertical

Objetivo: representar os dados através de retângulos, com o intuito de analisar as projeções no períododeterminado.

O exemplo abaixo mostra o consumo de energia elétrica no decorrer do ano de 2005 de uma família.

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Gráfico de setores

Objetivos: expressar as informações em uma circunferência fracionada. É um gráfico muito usado nademonstração de dados percentuais.

O gráfico a seguir mostrará a preferência dos clientes de uma locadora quanto ao gênero dos filmes locadosdurante a semana.

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Medidas de posição

São as estatísticas que representam uma série de dados orientando-nos quanto à posição da distribuição emrelação ao eixo horizontal do gráfico da curva de freqüência. As medidas de posições mais importantes sãomédia aritmética, mediana e moda. Usaremos as seguintes notações:

* X: valor de cada indivíduo da amostra.

* : média amostral. : média amostral.

* n: tamanho amostral.

Média aritmética

Há dois tipos de média aritmética - simples ou ponderada.

• Média aritmética simples A média aritmética simples é a mais utilizada no nosso dia-a-dia. É obtida dividindo-se a soma das observaçõespelo número delas. É um quociente geralmente representado pelo símbolo . Se tivermos uma série de nvalores de uma variável x, a média aritmética simples será determinada pela expressão:

• Média aritmética ponderada Consideremos uma coleção formada por n números: , de forma que cada um esteja sujeito aum peso [Nota: "peso" é sinônimo de "ponderação"], respectivamente, indicado por: . A médiaaritmética ponderada desses n números é a soma dos produtos de cada um multiplicados por seus respectivospesos, dividida pela soma dos pesos, isto é:

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Obviamente, a média aritmética e a média ponderada podem ser generalizadas para estruturas algébricas maiscomplexas; a única restrição é que a soma dos pesos seja um número invertível (em particular, não pode serzero).

ExemplosUm aluno tirou as notas 5, 7, 9 e 10 em quatro provas. A sua média será (5 + 7 + 9 + 10) / 4 = 7.75

• Um aluno fez um teste (peso 1) e uma prova (peso 2), tirando 10 no teste e 4 na prova. A sua média(ponderada) será (10 x 1 + 4 x 2) / (1 + 2). Teríamos então: (10 + 8) / 3. Logo, o resultado da médiaaritmética ponderada para este exemplo é: 6. Se o teste e a prova tivessem mesmo peso (e não importaqual o valor do peso, importa apenas a relação entre os pesos), a média ponderada aritmética seriasempre 7. Isto é, se o aluno fizesse um teste (peso 3) e uma prova (peso 3) obtendo respectivamente amesma pontuação anterior (10 e 4), teríamos: (10 x 3 + 4 x 3) / (3 + 3). Continuando: (30 + 12) / 6. Oresultado para pesos iguais será sempre: "7". Veja: (30 + 12) / 6 = 7.

• Um triângulo no plano tem vértices dados pelas coordenadas cartesianas (2, 1), (4, -1) e (3, 6). O seubaricentro é a média dos vértices, ou seja (3, 2).

MedianaA mediana é uma medida de tendência central, um número que caracteriza as observações de uma determinadavariável de tal forma que este número (a mediana) de um grupo de dados ordenados separa a metade inferior daamostra, população ou distribuição de probabilidade, da metade superior. Mais concretamente, 1/2 dapopulação terá valores inferiores ou iguais à mediana e 1/2 da população terá valores superiores ou iguais àmediana.

A mediana pode ser calculada para um conjunto de observações ou para funções de distribuição deprobabilidade.

Cálculo da mediana para dados ordenadosNo caso de dados ordenados de amostras de tamanho n, se n for ímpar, a mediana será o elemento central

. Se n for par, a mediana será o resultado da média simples entre os elementos e .

ExemplosPara a seguinte população:

1, 3, 5, 7, 9

A mediana é 5 (igual à média)

No entanto, para a população:

1, 2, 4, 10, 13

A mediana é 4 (enquanto a média é 6)

Para populações pares:

1, 2, 4, 7, 9, 10

A mediana é (4+7)/2, que é 5.5.

Cálculo da mediana para dados classificadosQuando se trata de um conjunto de dados classificados, o cálculo da mediana é feito através do histograma, ouatravés da função cumulativa de frequências relativas. A mediana é o ponto do eixo das abcissas correspondentea 50% da frequência relativa acumulada.

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No caso de variáveis contínuas, a mediana é calculada pela solução da equação ou,

equivalentemente, .

No caso de variáveis discretas, e quando as frequências estão calculadas por unidade, a mediana é o ponto doeixo das abcissas para o qual a frequência relativa acumulada é inferior ou igual a 50% e superior ou igual a50% para o ponto imediatamente a seguir.

ModaA moda é o valor que detém o maior número de observações, ou seja, o valor ou valores mais frequentes. Amoda não é necessariamente única, ao contrário da média ou da mediana. É especialmente útil quando osvalores ou observações não são numéricos, uma vez que a média e a mediana podem não ser bem definidas.

A moda de {maçã, banana, laranja, laranja, laranja, pêssego} é laranja.

A série {1, 3, 5, 5, 6, 6} apresenta duas modas (bimodal): 5 e 6.

A série {1, 3, 2, 5, 8, 7, 9} não apresenta moda. Bimodal: possui dois valores modais Amodal: não possui moda.

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