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Material de Penso - II ParteEscrito por Ana Paula Dinis Tera, 26 Setembro 2006 22:22 - Actualizado em Domingo, 01 Outubro 2006 01:16

O desenvolvimento cientfico no mbito das cincias mdicas verificado nos ltimos anos contribuiu de forma significativa para o conhecimento da fisiologia da cicatrizao. Aliado a esse conhecimento, e ao desenvolvimento tecnolgico, comearam a surgir na dcada de 80 materiais de penso de especificidade crescente.

Ana Paula Dinis*

Caracterizao e Sistematizao do Material de Penso (continuao)

Material

Desbridante

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Como o prprio nome indica, este material de penso caracteriza-se primariamente pela sua capacidade de promover o desbridamento de tecidos necrticos responsveis pelo atraso do processo de cicatrizao. Dentro deste grupo podem incluir-se:

Desbridantes autolticos Desbridantes enzimticos

Desbridantes

autolticos

So compostos essencialmente base de gua (cerca de 80%), a qual responsvel pela hidratao dos tecidos secos, favorecendo assim, a sua dissoluo e consequentemente a autlise pelo prprio organismo.Dessa forma, esto indicados em primeira linha em feridas secas com ou sem necrose, ou pouco exsudativas.

O facto de fornecerem humidade

ferida, contribui para a promoo da angiogenese e

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re-epitelizao, sendo ainda responsveis pela diminuio da dor por humedecimento das terminaes nervosas.

Esse material existe comercializado sito (ver Figura 1).

sob duas formas de apresentao gel amorfo e ap

Figura 1 Hidrogel sob a

forma de apsito.

O gel deve ser aplicado sobre a ferida com um mnimo de 5 mm de espessura (ver Figura 2) e posteriormente coberto com um apsito secundrio - gaze, pelcula semi-permevel ou poliuretano (se existir algum exsuaddo).

Em relao apresentao sob a forma de apsitos, estes podem ter rebordo ou no, sendo que neste caso, requerem um penso secundrio. Ambas podem permanecer na ferida at um mximo de 3 dias, dependendo das suas caractersticas (presena de exsudado, infeco, etc.)

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Figura 2 Aplicao do

hidrogel amorfo.

Actualmente, esto disponveis geles compostos por alginatos, pectinas, carboximetilcelulose entre outros compostos, que para alm de fornecerem gua aos tecidos, fazem a gesto dos exsudados, diminuindo dessa forma a macerao dos tecidos e da pele perilesional.

Desbridantes autoliticos

comercializados:

Geles amorfos Askina Gel (B.Braun); Intrasite gel (Smith & Nephew); (Jonhson & Jonhson); Varihesive

Nu-gel

Gel (Convatec).

Apsitos Suprasorb (Novamed).

Intrasite conformable (Smith & Nephew); Hydrasorb (Hartmann); G

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Desbridantes

enzimticos

So assim denominados, devido ao facto de serem compostos por enzimas proteolticas responsveis pela quebra das pontes de colagnio que prendem o tecido necrosado base da ferida (ver Figura 3). Os pptidos resultantes da degradao do colagnio, tm um efeito quimiotatico sobre os macrofagos e fibroblastos, atraindo-os para a base da ferida com a consequente estimulao do processo de granulao.

A colagenase a nica enzima comercializada em Portugal e est disponvel sobre a forma de pomada, estando indicada no desbridamento enzimtico dos tecidos necrosados ou fibrinosos, sendo que a sua eficcia depende da penetrao na crosta. pois por isso recomendada, a realizao de alguns cortes na mesma para facilitar a penetrao da pomada atravs dos tecidos necrosados secos.

Figura 3 Quebra das fibras de colagnio pelas enzimas (representadas a vermelho e verde) que prendem o tecido necrtico ferida.

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Previamente da aplicao da pomada, a ferida deve ser devidamente limpa, tendo o cuidado de no utilizar solues ou pomadas que contenham metais pesados (ex. iodo, prata, zinco) uma vez que podem destruir a enzima, e posteriormente coberta com um penso adequado, o qual deve ser refeito pelo menos uma vez por dia.

Desbridante enzimtico

comercializado: Ulcerase (Smith & Nephew)

Material

Impregnado

De uma forma simplista, pode definir-se material impregnado como todo aquele que composto por uma gaze impregnada por uma substncia dotada ou no de efeito teraputico.

Assim, e uma vez que neste grupo podemos incluir uma variedade enorme de pensos disponveis, importante subdividi-los em dois grupos: as gazes impregnadas com substncias sem efeito teraputico e as dotadas de efeito teraputico.

Material de

Penso Impregnado com Gordura

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Dentro do primeiro grupo incluem-se uma compressa primria l base de algodo hidrfilo,

as gazes gordas, que podem ser compostas por natura ,

ou sinttica de celulose ou viscose, impregnada por uma substncia gordurosa vaselina, parafina ou lanolina - cujo efeito proteger a aderncia da compressa ao leito da ferida, evitando desse modo a destruio dos tecidos neoformados aquando da substituio do penso (ver Figura 4).

Esto por isso indicadas em feridas quantidade de exsudado, como sejam enxertos, lceras, entre outras.

na fase de granulao, secas ou com baixa as queimaduras de 1. ou 2. graus, abrases,

Figura 4 Compressa

impregnada de substncias gordurosas.

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As vrias marcas existentes no mercado diferem quanto ao tipo de compressa (natural ou sinttica), tamanho da malha (mais aberta ou fechada) e ainda substncia gordurosa.

Convm ainda salientar que as de algodo deixam mais tecido aderente ferida e absorvem menos exsudado do que as sintticas.

Estas compressas so aplicadas directamente sobre a feria previamente limpa podendo permanecer durante 1 a 3 dias.

Em caso de necessidade podem ser tamanho da ferida.

cortadas medida, de forma a ajustarem-se ao

Material de Penso Impregnado com

Gordura comercializado:

Adaptic (Johnson & Johnson); Atrauman (Hartmann); Grassolind (Hartmann); (Smith & Jelonet Nephew); Lomatuell

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(Novamed).

Material de

Penso Impregnado com Iodo

O iodo bem como os seus derivados (ex. iodopovidona), apresenta um elevado espectro de actividade contra bactrias gram positivas, gram negativas, fungos, vrus, esporos e protozorios, tornando-o bastante til no tratamento e profilaxia de infeces, nomeadamente de leses cutneas.

Encontram-se comercializadas dois tipos de material de penso com iodo - compressa impregnada com iodopovidona a 10% e gaze impregnada com cadexmero de iodo. Ambas permitem uma libertao controlada do iodo, contribuindo por esse facto, para um aumento da sua eficincia.

No que concerne compressa impregnada com iodopovidona, esta consiste numa viscose impregnada com polietillenoglicol (PEG) contendo 10% de iodopovidona equivalente a 1% de iodo activo. Quando em contacto com o exsudado da ferida, a iodopovidona libertado da base de PEG para o leito da ferida. Em relao ao cadexmero de iodo, esta consiste numa matriz polissacardea (amido) biodegradavel na qual est inserido o iodo. Em contacto com o exsudado da ferida, a pasta de amido absorve-o e liberta o iodo para a ferida formando um gel.

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Este material de penso est no entanto contra-indicado no caso de hipersensibilidade ao iodo ou iodopovidona, em doentes com tiridite de Hashimoto, doena de Grave nodular no txica, em mulheres grvidas ou em perodo de aleitao, devendo ainda ser usado com precauo em doentes com histria de doena da tiride ou com alteraes graves da funo renal.

Previamente aplicao de qualquer um desses materiais, a ferida deve ser limpa e a seleco de um ou outro deve ser fundamentalmente efectuada em funo da quantidade de exsudado - se baixo deve ser usada a gaze impregnada com idodopovidona, se abundante o cadexmero de iodo.

Ambos requerem um penso secundrio e podem permanecer na ferida at um mximo de 3 a 4 dias, dependendo da presena de infeco e do grau de exsudado.

Material de Penso Impregnado com

iodo ou derivados comercializado:

Inadine

(Johnson & Johnson); Iodosorb (Smith & Nephew).

Material de

Penso Impregnado com Clorohexidina 0,5%

A clorohexidina um anti-sptico com espectro de aco inferior ao iodo, tendo apenas actividade sobre bactrias gram positivas e gram negativas.

O seu uso est portanto indicado na

profilaxia e tratamento de feridas infectadas.

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A gaze impregnada com clorohexidina deve ser aplicada directamente sobre a ferida previamente limpa requerendo um penso secundrio que a fixe. A frequncia de mudana est sempre dependente das caractersticas da ferida. No entanto se esta estiver infectada, dever ser diria.

Na figura 5 pode-se ver um exemplo

desse tipo de compressa.

Figura 5 Aplicao de uma

compressa de clorohexidina a 0,5%.

Material de Penso Impregnado com

clorohexidina comercializado:

Bactigras (Smith &

Nephew).

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Material de

Penso Impregnado com Prata

A prata um potente agente antimicrobiano, que actua por ligao aos grupos sulfidrlicos, carboxlicos, fosfatados, aminados, levando alterao fsico-qumica das protenas e eventualmente sua precipitao causando assim alteraes estruturais na parede e membranas bacterianas.

Devido sua aco bactericida, a prata tem sido usada desde tempos remotos no tratamento de vrias doenas incluindo a epilepsia, infeces venreas, acne, lceras de perna, etc. Foi utilizada primariamente sob a forma de nitrato de prata e mais tarde, em 1960 como sulfadiazina de prata de grande utilidade no tratamento de queimaduras infectadas, sendo que o seu uso ainda se mantm na actualidade.

A sua eficcia contra Pseudomonas aeruginosa, Staphylococcus aureus, Candida albicans entre outros microrganismos, associada ao baixo teor de resistncias, suscitou o interesse da indstria farmacutica para o fabrico de vrios materiais de penso. Assim, existem hoje disponveis vrios materiais ( ver Quadro 1) com capacidade de gesto de exsudado, mantendo um ambiente hmido na interface ferida/penso e que simultaneamente combatem ou previnem a infeco. Convm no entanto salientar que, a infeco de uma ferida ou dos tecidos subjacentes deve ser devidamente comprovada e o seu tratamento requer muitas vezes antibioterapia sistmica, constituindo nesses casos o material de penso com prata um adjuvante.

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Quadro 1.

Material de penso actualmente comercializado em Portugal contendo prata.

Material de Penso Nome Comercial

Composio Alginato com prata

Calgitrol

Ag

com prata inica

com uma camada de espuma. com prata

Hidroalginato

Silvercel fibras de carboximetilcelulose Carvo activado Actisorb Carvo activado com prata

com prata inica.

com prata

Silver

220

Compressa

com prata

Atrauman

Ag

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mpressa no aderente com Hidrofibras

prata inica.

com prata

Aquacel metlica.

Ag

arboximetilcelulose com prata Prata nanocristalina Acticoat

leno com nanopartculas

de prata reactivas.

Como se pode verificar no Quadro 1, so diversas as apresentaes com prata, as quais aliam as propriedades dos vrios materiais j anteriormente referidos.

A sua seleco deve ser feita em ferida.

funo do estdio ou da quantidade de exsudado da

Na sua grande maioria, a prata est disponvel na forma inica (a mais activa), sendo cedida de forma controlada para o leito da ferida. O penso de carvo activado com prata (Actisorb Silver 220) constitui uma excepo, uma vez que, quando aplicado na ferida adsorve toxinas, produtos de degradao da ferida, compostos volteis e as bactrias que so posteriormente inactivadas no prprio penso, como se pode verificar na figura 6.

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Figura 6 Fibras de carvo

activado com as bactrias adsorvidas.

Particular chamada de ateno para o penso com prata nanocristalina, no qual a prata reduzida a partculas muito pequenas (ver figura 7) o que vai permitir um aumento da superfcie de contacto e assim uma maior actividade.

Figura 7 Nanoparticulas de

prata.

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Embora a maior parte desses pensos mantenham uma actividade microbiana durante vrios dias, a frequncia de mudana depende das caractersticas da ferida e da quantidade de exsudado, sendo que, de um modo geral as feridas infectadas devem ser analisadas diariamente.

Para uma utilizao correcta de cada um desses materiais, recomendado o conhecimento das caractersticas de cada um, que podem ser facultadas pelo Laboratrio.

Promotores da

cicatrizao

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Os promotores da cicatrizao devem ser utilizados apenas quando a ferida se apresenta estagnada, ou seja, sem evoluo, permitindo estimular a angiognese ou a granulao. Normalmente mimetisam produtos endgenos que por motivos vrios no exercem a sua actividade convenientemente (casos do cido hialurnico ou do colagnio).

Ester do cido

hialurnico

O cido hialornico de um hidrato de carbono que existe na matriz extracelular da pele, joelhos, olhos - entre outros rgos e tecidos - e est implicado na migrao e proliferao celular, nomeadamente na formao e orientao do tecido de granulao, na modelao da resposta inflamatria e na estimulao da angiogenese.

Assim, a sua utilizao tem por objectivo ajudar a reproduzir o ambiente natural da cicatrizao. Na presena do exsudado da ferida forma-se um gel que proporciona um meio rico em cido hialornico capaz de promover a cicatrizao, estando indicado em feridas crnicas lceras de presso, do p e da perna, livres de tecido necrosado e infeco.

O apsito deve ser colocado directamente sob a ferida limpa, requerendo um penso secundrio (ex. gaze, espuma) e pode permanecer na ferida at um mximo de 3 dias. Assim que a epitelizao se tiver iniciado, a sua aplicao deve ser suspensa.

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Material de Penso com cido

hialurnico comercializado: Hyalofill (Convatec).

Colagnio

O colagnio uma protena endgena presente na pele e que est implicado na diviso e migrao dos fibroblastos e no crescimento dos queratincitos.

O colagnio comercializado obtido a partir da cartilagem da traqueia dos bovinos e, apresenta-se sob a forma de p altamente higroscpio, capaz de manter um ambiente hmido na interface ferida/penso favorvel ao processo de cicatrizao. Estimula ainda a angiognese e o crescimento dos fibroblastos, promovendo a proliferao e migrao dos fibroblastos e criando uma barreira protectora contra as infeces bacterianas.

Est indicado em feridas crnicas sem evoluo, isentas de tecido necrtico ou fibrinoso e de infeco, previamente limpas. A sua aplicao deve ser realizada de forma uniforme sobre a rea lesada requerendo um penso secundrio (ex. gaze, espuma). Atendendo a que se trata de uma substncia biodegradvel, a sua remoo deve ser realizada com soro fisiolgico.

Material de Penso com Colagneo

comercializado: Catrix (ICN Portugal).

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Colagnio com

Celulose Regenerada Oxidada

Consiste numa matriz seca congelada e estril de colagnio (55%) e celulose regenerada oxidada (45%). Na presena de exsudado da ferida, a matriz absorve-o formando um gel biodegradavel que se liga s proteases metaloproteases, elastases e plasminas - enzimas que produzidas em excesso degradam as fibras de colagnio, impedindo desse modo a cicatrizao. Para alm disso, tm ainda capacidade de ligao a factores de crescimento protegendo-os.

Assim sendo, est indicado em feridas crnicas (lceras de presso, vasculares e diabticas) isentas de tecido necrosado ou infeco.

Como penso secundrio pode ser utilizada gaze, hidrocolide ou poliuretano, podendo permanecer na ferida 1 a 3 dias dependendo da quantidade de exsudado.

Material de Penso com Colagneo Promogran

e celulose regenerada oxidada comercializado:

(Johnson & Johnson).

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Filmes

Neste grupo incluem-se as pelculas semi-permeveis, ou seja, permeveis ao vapor de gua e aos gases, mas impermeveis gua e aos microorganismos. Podem ser compostos por diversos tipos de materiais, dependendo da marca comercial poliuretano, silicone, hidrocolide, copolmero acrlico com ou sem lcool, oxido de polietileno com gua.

Podem ser usados como apsitos primrios na fase final do processo de granulao e epitelizao em feridas com pouco ou mesmo nenhum exsudado ou ainda para proteger a pele s de frices. Podem igualmente ser usados como apsito secundrio na fixao de outro material de penso.

Caracterizam-se pela sua transparncia (ver Figura 8) permitindo pois a visualizao da ferida, podendo permanecer nesta at um mximo de 7 dias.

Esto no entanto contra-indicados

em feridas infectadas.

Figura 8 Apsito sob a

forma de filme de hidrocolide.

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Filmes comercializado:

Poliuretano: Alevin Thin (3M); Omiderm

(Smith & Nephew); Hydrofilm (Hartmann); Tegaderm 3M

(JMV); Opsite (Smith & Nephew); F Thin (Novamed); Suprasorb

Silicone: Silon TSR

(Expomdica);

Hidrocolide: Varihesive 3M Tegasorb Suprasorb (Novamed);

Extra Fino (Convatec); Askina Biofilm Transparente (B. Braun); Thin (3M); H

Copolmero acrlico com lcool:

Band-Aid Spray (Johnson& Johnson);

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Copolmero acrlico sem lcool:

Calilon (3M);

xido de polietileno com gua:

2nd skin (JMV)

Consideraes Finais

A seleco adequada do material de penso um processo complexo dependente de vrios factores entre os quais se destacam o tipo de ferida a tratar (etipologia, exteno, localizao, presena de exsudado, de infeco, etc.), o estado de sade do doente bem como do conhecimento das caractersticas de todos e cada um dos materiais disponveis. Assim, importante definir um plano de tratamento que passa primariamente pela avaliao da ferida, posteriormente pela definio da prioridade do tratamento, qual se segue a definio do objectivo do material a utilizar e finalmente devero ser consideradas as diferentes opes.

Para que essa seleco seja rigorosa, deve assentar em critrios cientficos baseados em informao fidedigna, objectiva e rigorosa mas, tambm em critrios econmicos, sendo ainda de primordial importncia a experincia e os conhecimentos de todos os profissionais envolvidos.

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Assim dever sempre que possvel existir uma equipa multidisciplinar mdico, enfermeiro, farmacutico, nutricionista - em torno deste complexo assunto, de forma a que a conjugao do saber de todos possa contribuir para a sade e bem estar do doente.

* Farmacutica

Especialista em Farmcia Hospitalar

Tcnica Superior de Sade - Centro Hospitalar de Coimbra

Hospital Geral

[email protected]

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