Memorial de Cáluloo de Instalação de Gás GLP BSC

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INSTALAÇÕES

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1.0 TIPOS DE GÁS . 1.1 - Gás Natural – O gás natural é constituído em sua maior parte de Metano, um hidrocarboneto extraído das profundezas do solo próximo da região marítima. É o gás obtido em geração de craqueamento pela contenção do Nafta no estado do Petróleo que destila entre 200 a 250º C. Também chamado Gás de Rua. 1.2 – Gás Liquefeito de Petróleo ( GLP ) – Trata-se de uma mistura dos gases Propano e Butano, de alto pode calorífico, e é fornecido ao consumidor , em embalagens adequadas como botijões (bujões) e garrafões. Também é chamado Gás Engarrafado. E é obtido pela destilação do Petróleo. 1.3 – Observações: a) O Gás de Rua é próprio das Grandes Cidades, onde o

consumidor recebe o Gás diretamente da rede de rua; b) O Gás GLP é distribuído ao consumidor por firmas

especializadas, por solicitação deste. c) Iremos focar o Memorial no Gás GLP, porque é o Gás que é

utilizado na maioria das cidades Brasileiras, podemos citar o Estado de Goiás e o Distrito Federal.

2.0 - Generalidades: A utilização do GLP em escala cada vez maior se deve a vantagem que apresenta em relação a maioria dos combustíveis. Assim possui :

a) Elevado rendimento; Elevado poder calorífico , que varia de 11.000 a 18.000 Cal/Kgf . Comparando, temos de 1,0 Kgf de Gás GLP corresponde a : - 2,0 Kgf de Carvão de lenha; - 1,4 kgf de Querosene; - 2,4 a 3,0 m³ de Gás Natural (Nafta);

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- 14 Quilowatts de Energia Elétrica; b) Ausência de tóxicos, c) Facilidade e rapidez de operação, d) Ausência de sub produtos de queima, sólidos ou corrosivos.

3.0 – Distribuição do Gás GLP: - O Gás GLP é distribuído pelas empresas especializadas que o comercializam em duas modalidades: - Em recipientes transportáveis - A granel.

4.0 Projeto; 4.1 Pressão de instalação, conforme tipo de embalagem, é de 50 a 150 psi (3,5 a 10,0 Kgf); 4.2 Modalidade de distribuição do GLP, para se usar no projeto; a) Residências de pequeno porte: - Usa-se botijão de 13,0 Kg (mais 01 de reserva), alimentando o fogão e instalados externamente à residência. Sendo que as ligações ao fogão, são feitas em tubos de cobre recozido ou tubo ferro galvanizado e vão da válvula do botijão ao aparelho a que servem. b) Residência de grande porte: - Neste caso é usado o cilindro em vez de botijões. Então projeta – se a Central de GLP, localizada sempre externamente com relação a obra. c) Edifícios Residenciais (Apartamentos) : - Instalação individualizada – cada apartamento com o seu botijão de gás. - Instalação coletiva, com medição individualizada, com cilindros de 45 ou 90 Kg. Em edifícios multiplus de grande porte, usa-se o reservatório de Gás, que pode externo ou enterrado. 4.3 Cálculo da potencia a ser instalada: - Da tabela 11.1 (Do livro de Instalações Hidráulicas Residenciais e Industriais de Joseph Macinteyre), tiramos o

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consumo ou capacidade do aparelho em Kcal/min (Capacidade de vaporização). Com a capacidade de vaporização, vamos a tabela 12.1, do mesmo livro acima citado e tiramos a quantidade e o tipo de recipientes e o diâmetro nominal do Manifold. 4.4 Tubulações:

cobre 22 28 35 54 66 79 104 mm

fºgº 3/4 1 11/4 11/2 21/2 3 4 “ pol

a) Tubulação de GLP sob baixa pressão: - Vazão de GLP em tubos FºGº é igual a:

Q = 1.350x√ xhf/sxf Onde:

Q = vazão em m³/h ; d = diâmetro do entorno do tubo em

polegada; hf = perda de pressão em polegada de coluna d’água;

s = densidade do Gás em relação ao ar; comprimento total da

linha em jarda (1 jarda = 3 pés = 0,9144 m).

b) Tubulação para GLP sob alta pressão:

c) Q = 2.600X√ xhf/sxf

4.5 Central de Gás: A quantidade de recipientes calculado é sempre colocada em dobro, sendo um conjunto em uso e o outro de reserva. - Central de Gás deverá ter as paredes do fundo e laterais, em alvenaria de 0,15m rebocadas e pintadas, o piso de concreto a 0,10m do piso circundante, com acabamento e o forro em laje de concreto impermeabilizado com queda para frente e para terminar porta tipo veneziana com duas folhas, para ventilar. Dimensões, exemplificadas:

Comprim Largura P dir Fun P dir fren Recipient

2,00 0,60 1,00 O,85 8x13,0Kg

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1,00 0,60 1,75 1,60 2x45,0Kg

A Central de Gás deverá ser localizada em local com a distância maior que 3,0m de qualquer ponto de ignição, inclusive garagem de veículos e também de ralos e canaletas com grelha, TABELAS: CONSUMO DE GÁS TABELA 11.1

Aparelho Queimador Modo Resid Modo Comerc

Aqueced H20 Simples 200 Kcal/min ----------------

Fogão Simples 35 Kcal/min 45 Kcal/min

Fogão Duplo 45 Kcal/min 75 Kcal/min

Forno Fogão Simples 45 Kcal/min 75 Kcal/min

Forno Fogão Duplo 75 Kcal/min 130 Kcal/min

Forno Parede Duplo 80 Kcal/mi -----------------

Banho Maria Simples -------------- 75 Kcal/min

Banho Maria Duplo -------------- 130 Kcal/min

Chapa Simples -------------- 75 Kcal/min

Chapa Duplo -------------- 130 Kcal/min

NÚMERO DE CILINDROS EM FUNÇÃO DA POTENCIA REQUERIDA 12.1:

Quant e tip Recip

Capac em Kgf

Capac em Kgf/h

Capac em Btu/h

Capac Kcal/h

Diâm do Manifold

4x45 180 2,10 100.000 25.200 3/4 “

6x45 270 2,62 125.000 31.500 3/4”

8x45 ou 4x90

360 4,20 200.000 50.400 11/4”

10x45 450 5,25 250.000 63.000 11/4”

12x45 540 6,30 360.000 75.600 11/4”

16x50 ou 8x90

720 8,40 400.000 100.000 11/4”

10x90 900 10,40 500.000 126.000 11/4”

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12x90 1.080 12,60 600.000 154.200 11/4”

EXEMPLO 01: Calcular a cocção de um Restaurante para 400 pessoas. Usando - se o livro de Instalações Hidráulicas Residenciais e Industriais de Joseph Macinteyre, temos:

a) Consumo, tabela 11.1, tiramos: - Consumo fogão restaurante ...............................75 Kcal/min - Consumo forno .................................................130 Kcal/min - Total....................................................205 Kcal/min

b) Com este valor vamos a tabela 12.1 do mesmo autor e tiramos, transformando o valor encontrado em Kca/hora, 205x60 = 12.300 Kcal/hora, 04 botijões de 45,0 Kg e o

diâmetro do Manifold igual a 3/4” Considerando – se que é um restaurante de grande porte, vamos levar em conta que o sistema de gás funcione assim: 2,0 h na parte da manhã para fazer o almoço e 2,0 h na parte da tarde para fazer a janta. Então temos para 4,0h, o consumo de 12.300x4 = 49.200 Kcal/dia, indo a tabela 12.1 temos: - 04 botijões de 90,0 Kg e tubulação do Manifold igual a 11/4”. EXEMPLO 02: Calcular o consumo de Gás GLP para um Edifício Residencial com 12 pavimentos tipo, com 04 apartamentos de 3 quartos por andar, após calcular o consumo calcular a capacidade e número dos recipientes.

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a) Cálculo do consumo, usando-se a tabela 11.2 do livro do Macinteyre.

- Por apto.---- forno/fogão ----------------------------------75 Kcal/min - Por andar ------- 75x4 -------------------------------------300 Kcal/min - No Edifício ------300x12 --------------------------------3.600 Kca/min

b) Cálculo da quantidade e volume dos recipientes, usando-se a tabela 12.1, do livro do Macinteyre.

- 3.600 Kcal/min------------------------------------------- 43.200 Kcal/h Com este valor vamos a tabela e tiramos: 08 recipientes de 45Kg ou 04 de 90 Kg.

c) Cálculo dos diâmetros localizados, usando-se os dados já levantados:

- Por Apto ------------------------------------------------- 3/4" - Por andar ------------------------------------------------ 3/4" - No Edifício -----------------------------------------------11/4" Observação: Para calcular os diâmetros da prumada é só seguir o mesmo raciocínio. 5.0 MEDIDORES: É obrigatório para cada residência ou apartamento,a previsão do local do medidor individual. As caixas de medição individual poderão serem concentradas no pavimento térreo ou concentradas nas circulações dos pavimentos tipo. 6.0 CHAMINÉS:

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A chaminé é dimensionada em função da capacidade nominal do aparelho. Assim na tabela 11.9 consideram-se 85% da capacidade nominal do aquecedor para obtenção das dimensões da seção transversal chaminé secundária. 6.1 Chaminés Individuais: - As Chaminés Individuais devem ser fabricadas com materiais não combustíveis, termo sensível, em cimento amianto, chapa de alumínio chapas de cobre ou chapas de aço inoxidável. 6.2 Chaminés Coletivas: Podem-se reunir em um duto os gases provenientes das chaminés primárias e secundárias de vários aquecedores, de modo a conduzi-los para o ar livre. Esse duto constitui uma chaminé coletiva. 05 de dezembro de 2011 Engº Bartolomeu Muniz Granja

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BIBLIOGRAFIA ABNT- NORMAS TÉCNICAS: NBR 12178 - 1992 - Dispositivos de Segurança no Recipiente de GLP; NBR 12178 - 1992 - Dispositivos de Segurança no Recipiente de GLP; NBR 12919 - 1993 - Veiculo Ferroviário - Instalação para Utilização de GLP; NBR 13523 - 2008 - Central de gás liquefeito de petróleo – GLP; NBR 13932 - 1997 - Instalações Internas de GLP; NBR 13933 - 1997 - Instalações Internas de Gás Natural (GN) - Projeto e Execução; NBR EB 560 - 1974 - Mangueiras para Solda a Gás; BORGES, RUTH SILVEIRA E WELLINGTON LUIZ BORGES – INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS SANITÁRIAS E DE GÁS; CREDER, HELIO, INSTALAÇÕES HIDRÁULICA E SANITÁRIAS. MACINTYRE, ARCHIBALD JOSEPH – INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS PREDIAS E INDUSTRIAIS;