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  • Memorial Descritivo

    Progresso para Professor Titular

    Edital 001/2017

    Jefferson Fagundes Loss

    Junho 2017

  • 2

    A minha amada esposa

    e querida filha

  • 3

    SUMRIO

    INTRODUO ............................................................................................................................ 4

    Mestrado em Engenharia Mecnica .......................................................................................... 7

    Doutorado em Engenharia Mecnica ........................................................................................ 9

    CAPTULO 1 GERAO DE CONHECIMENTO................................................................ 11

    Desenvolvimento de metodologias ......................................................................................... 12

    Avaliao postural ................................................................................................................... 15

    Mtodo Pilates ......................................................................................................................... 16

    Avaliao da Produo Cientfica ........................................................................................... 17

    CAPITULO 2 FORMAO DE RECURSOS HUMANOS .................................................. 19

    Graduao ............................................................................................................................... 19

    Especializao ......................................................................................................................... 21

    Mestrado .................................................................................................................................. 22

    Doutorado ................................................................................................................................ 26

    Orientaes em andamento ..................................................................................................... 28

    CAPITULO 3 RECONHECIMENTO E LIDERANA ACADMICA ............................... 31

    CAPITULO 4 ATIVIDADES ADMINISTRATIVAS E OUTROS ........................................ 36

    AGRADECIMENTOS ................................................................................................................ 38

  • 4

    INTRODUO

    Este documento apresenta a trajetria acadmica de um engenheiro que

    pleiteia ascender ao cargo de Professor Titular do Departamento de Educao Fsica

    (DEFI) da Escola de Educao Fsica, Fisioterapia e Dana (ESEFID) da Universidade

    Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

    Engenheiro? Professor Titular na ESEFID? Acredito que antes de descrever

    minha trajetria acadmica propriamente dita, cabe um esclarecimento a este respeito.

    Durante a infncia e a adolescncia gostava da prtica esportiva. Nunca gostei muito de

    jogar futebol, mas os outros esportes, eu adorava. Na escola praticava mais o handebol.

    De tanto incomodar meu professor de Educao Fsica para termos jogos de vlei, o

    Professor Batista me convidou para jogar na SOGIPA, onde ele era o treinador da

    equipe infantil. Competi pela SOGIPA nas categorias iniciais, me consagrando inclusive

    Campeo Gacho Infantil, o que no reflete um mrito meu, mas da equipe na qual eu

    estava inserido. Nesta poca tambm fiz algumas incurses pelo basquete, na escolinha

    do Grmio Futebol Porto Alegrense, mas neste caso, sem nenhuma projeo. Desde os

    primeiros anos do ensino fundamental e mdio (primrio, secundrio e segundo grau,

    como eram nomeadas estas etapas na poca) fui um aluno exemplar, com boas notas, e

    em especial em disciplinas das reas exatas, como matemtica e cincias, sempre

    auxiliando meus colegas de turma. Nesta poca eu era muito procurado para dar aulas

    particulares, minha primeira fonte de renda. No final do ano de 1980, ainda com 16 anos,

    me inscrevi para o vestibular. Minha primeira opo era Fsica, mas seguindo os

    conselhos da minha me, me inscrevi em Engenharia Eltrica, pois, segundo ela, com a

    minha opo, o meu futuro estaria limitado a ser apenas um professor de escola.....

    Passei no vestibular, apenas na PUCRS, uma universidade privada, cuja

    continuidade dos estudos somente foi possvel graas ao crdito educativo. At hoje,

    atribuo minha falha em ser aprovado no vestibular da UFRGS aos 16 pontos, de um total

    possvel de 80, que tirei na redao. Ao ingressar na Universidade, com uma carga horria

    semestral de 34 horas, interrompi minha carreira esportiva, pois a rotina diria de

    treinos era incompatvel com a quantidade de aulas para assistir e a quantidade de

    contedos para assimilar. Me lembro como se fosse hoje da minha primeira matricula.

    No havia, naquele momento, como optar individualmente por disciplinas em horrios

    especficos. Recebamos uma grade pronta com duas opes, cursar as 8 disciplinas todas

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    as manhs e todas as tardes, ou todas as tardes e todas as noites. Ao optar pelos turnos da

    manh e tarde, uma nica alternativa nos era dada: fazer a disciplina de Laboratorio de

    Fsica I, no horrio vespertino de sexta-feira, ou no sbado pela manh. Para o espanto de

    todos que me rodeavam na poca, no tive dvidas, entre assistir aula sexta noite, depois

    de uma semana lotada, e acordar cedo no sbado somente para uma aula de dois perodos,

    optei pelo sbado! Relato isto em detalhes pois hoje tenho conscincia que aquele x

    que marquei na folha, definiu meu encontro com o Professor Joo Carlos Gasparin,

    coordenador do Laboratrio de Fsica I, que foi o meu mentor durante a graduao, e cujo

    trabalho me inspirou a alicerceou as bases do Grupo de Pesquisa que hoje coordeno. Antes

    do final do primeiro semestre eu j me sentava junto com os monitores da disciplina, e

    a partir do ano seguinte, me inscrevi e fui selecionado como monitor da disciplina. Ao

    longo de todo o curso de graduao fui monitor de diversas disciplinas, mas sempre

    mantendo o meu vinculo inicial, como monitor do Laboratrio de Fsica I. Ao iniciar o

    curso de Engenharia, todos me diziam: o difcil so os dois primeiros anos, o chamado

    bsico, por causa das cadeiras de clculo, lgebra, computao, fsica e qumica,

    passando por isso, vem a parte aplicada e as coisas ficam mais fceis. A quantidade de

    conhecimentos a que fomos submetidos era brutal, mas fascinante. Eram mais de 30

    crditos por semestre (em 1982/1 foram 40!), o que significava praticamente dois turnos

    completos, apenas assistindo aula. Muita matemtica (Clculo I, Clculo II, Clculo III,

    Clculo IV, Clculo Computacional, Clculo Avanado I, Clculo Avanado II, lgebra

    Linear, Equaes Diferenciais....), Fsica (Fisica I, Fisica II, Fsica III, Fsica IV,

    Laboratrio de Fsica I, Laboratrio de Fsica II, Laboratrio de Fsica III, Laboratrio de

    Fsica IV, Mecnica Geral, Eletricidade...), entre outras disciplinas bsicas.... Eu

    simplesmente AMEI o bsico! Foi durante este tempo que conheci meu segundo

    mentor, que seria posteriormente meu orientador de mestrado e doutorado, o professor

    Milton Zaro.

    Mesmo aps ter terminado o bsico, nunca deixei de ser monitor das

    disciplinas das etapas iniciais. Minha experincia auxiliando aos colegas estimulou e

    aperfeioou o gosto pela docncia. Mas ao final do curso, 6 anos depois, eu era um

    engenheiro, um engenheiro com corao de professor, mas ainda assim, um engenheiro.

    Fiz vestibular para o curso de Educao Fsica na UFRGS, ingressando na ento, Escola

    Superior de Educao Fsica, em maro de 1986. Tentei durante trs semestres avanar

    no currculo, mas os horrios das disciplinas oferecidas na poca no permitiam um

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    planejamento compatvel com quem tinha uma jornada de 40 horas de trabalho semanal

    mais a faculdade a noite. Naquela poca, fui estimulado pelo professor Milton Zaro a

    fazer o mestrado. Mas pouco ou nada entendia do que significava ser mestre, tampouco

    parecia contribuir para a carreira de um engenheiro.

    Meu primeiro emprego, como engenheiro, foi no Hospital So Lucas da

    PUCRS, na Engenharia Biomdica. Embora bem empregado e com um bom salrio eu

    no me sentia satisfeito, e imaginei que talvez eu pudesse me encontrar em outro curso.

    Como funcionrio da PUCRS me era disponibilizado fazer os cursos de graduao da

    universidade com descontos bastante expressivos, alm da possibilidade estudar noite.

    Ento, aproveitando a oportunidade, cursei disciplinas nos cursos de Letras, Matemtica,

    Fsica... sem no entanto concluir nenhum deles. Durante minha passagem pelo curso de

    Fsica conheci a professora Rita Almeida, tambm professora e orientadora na UFRGS.

    Tnhamos discusses acaloradas sobre Fsica Quntica, e em uma destas aulas ela me

    falou sobre a tese de doutorado de Schrdinger, que equacionou o tomo de hidrognio.

    Quando eu fiz uma referncia elogiosa ao feito de Schrdinger, ela rebateu: sem dvida,

    uma mente brilhante, mas imagine o orientador dele, que o colocou na direo certa.....

    Naquele momento no tive mais dvidas, era isto que eu queria ser, um orientador.....

    Aps algumas tentativas frustradas (engenheiro de automao industrial,

    professor de computao para crianas, professor de fsica, empreendedor autnomo)

    aceitei o convite do professor Milton Zaro, que terminara o seu doutorado e iria comear

    a orientar em uma linha de pesquisa que ele estava criando, a Biomecnica. Fui seu

    primeiro aluno de mestrado junto ao Progra