Mensageiro Luterano - Outubro 2014

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Revista Mensageiro Luterano (IELB) - Outubro/2014

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Mensageiro | outubro 2014 3

Outubro2014 Leia nesta ediçãOMens aGeiRO LUteRanO | anO 97 | nº 1.196

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vida cristã04 ao leitor

05 mensagem do presidente

06 estudo da lllb

07 adoração e louvor

08 reflexão

10 capa

18 origem das palavras

24 eméritos

26 educação teológica

30 congresso de universitários

32 entidades sociais

33 tribuna virtual

34 virando a página

09em foco Responsabilidade do voto

liderança jovem

Discipulado é tema de encontro da JELB 20

Comer é um ato político

dia do idoso

Quem vai cuidar de nós depois dos 60 anos? 22

Comer é algo tão natural que nem sempre nos damos conta de que há milhões de pessoas no mundo privadas desse ato essencial para viver. Comer é um direito de cada pessoa, pelo simples fato de ser humana. A comida, o oxigênio e a água são elementos sem os quais não há vida. Os que não creem na Bíblia dizem que estes elementos são dádivas da natureza. Os cristãos reconhecem que são criação e dádivas de Deus para uma vida abundante (Gn 2.15).

O cristão eo sucesso

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foto: © forestpath/ Dreamstime.com

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Pessoas e eventos especiais

O mês de outubro reserva, entre outras datas especiais, o Dia do Idoso (1), Dia da Criança (12), Dia do Professor (15), Dia do Médico (18), Dia do Seminário Concórdia (27) e Dia da Reforma (31). Os dois últimos, mais relacionados a nós, membros da IELB, e à história da Igreja Cristã. No caso da Reforma, relembramos este decisivo evento histórico, liderado por Martinho Lutero, em nossa matéria de capa, com uma exegese do hino “Castelo Forte”.

As pessoas lembradas de forma especial nestes dias, com a sua presença e cuidados, conselhos e exemplos, sabedoria e trabalho, lutas e conquistas, alegrias e tristezas, fizeram e fazem a diferença em nossa vida. Há uma inter-relação entre as crianças, os professores, os idosos e os médicos. Vejo neste conjunto de pessoas e funções, o descritivo da nossa caminhada terrena. Pois os médicos assistem a todos, desde antes

do nascimento até à morte. E eles também já foram crianças, precisaram dos cuidados dos seus pais, talvez, hoje, já idosos, e foram ensinados pelos seus professores.

Em outras palavras, através dos pais, Deus nos dá a vida, nos sustenta e nos forma com valores afetivos, morais, éticos e religiosos para a vida em família e em sociedade. Os professores são os nossos aliados mais próximos em todos os níveis da nossa formação intelectual e acadêmica, ensinando-nos e instruindo-nos nas letras, ciências e artes, indispensáveis para a vida profissional e o livre exercício da cidadania. Os idosos são o porto seguro da vida na prática, das experiências e dos conselhos úteis. Afinal, eles já foram crianças e jovens, pais e professores, aprenderam e ensinaram, conquistaram e compartilharam, acolheram todos. Os médicos nos acolhem em tempos de necessidades, zelam pela nossa saúde

e bem-estar, so-correm-nos e nos a c o m p a n h a m nas horas mais difíceis, iniciais e finais da nossa vida aqui no mundo. Todos são dádivas de Deus, que assim se sintam e assim sejam reconhecidos!

Por fim, procuramos oferecer aos nossos leitores uma pauta diversificada, com estu-dos, informações, reflexões, em diferentes níveis de abordagem e interatividade, desde as crianças, com conteúdo, diagramação e espaço diferenciados (nesta edição do Men-sageiro das Crianças), passando pelos jovens, por eventos especiais e as muitas atividades congregacionais no Encarte, até os idosos, com o seu encontro da OBEM! A todos uma boa leitura e até próxima edição do ML, se Deus assim o permitir!

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capa: f5 Digital /© hecke01/Dreamstime.com

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Filiada À associação de editores cristãos (asec) EndErEço av. são Pedro, 633, Bairro são Geraldo, ceP 90230-120, Porto alegre, rsFonE/Fax (51) 3272 3456SitE www.editoraconcordia.com.brtwittEr twitter.com/edconcordia FacEbook facebook.com/concordiaeditora Email [email protected] [email protected]

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4 Mensageiro | outubro 2014

ConcórdiaE d i t o r a

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dirEtoria nacional 2014/2018 prESidEntE egon Kopereck vicE-prES. EnSino rony r. Marquardt vicE-prES. ExpanSão miSSionária Geraldo W. schülervicE-prES. Educação criStã Martinho sonntag vicE-prES. ação Social airton s. schroeder vicE-prES. comunicação aline G. K. albrecht vicE-prES. adminiStração renato Bauermann A IELB crê, confessa e ensina que os livros canônicos das Escrituras Sagradas, do Antigo e do Novo Testamento, são a Palavra infalível revelada por Deus e aceita, como exposição correta dessa Palavra, os livros simbólicos da Igreja Evangélica Luterana, reunidos no Livro de Concórdia do ano 1580.

IGREJA EVANGÉLICA LUTERANA DO BRASIL

| ao leitor |

Nilo WachholzEditor-Redator | [email protected] | [email protected]

iSSn 1679-0243

Órgão oficial da igreja evangélica luterana do Brasil (ielB) de periodicidade mensal (exceto janeiro e fevereiro - edição única). registrado sob nº 249, livro M, nº 1, em dezembro de 1935, no registro de títulos e documentos do rio de Janeiro, conforme o decreto-lei de imprensa nº 24776 de 14/07/1934.

projEto E produção GráFica editora concórdia ltda.rEdação [email protected] Nilo Wachholz - Mtb 42140/sP aSSiStEntE Editorial daiene Bauer Kühl - Mtb 14623/rs rEviSão Mônica Hoffmann teichmann jornaliSta-diaGramador leandro da rosa camaratta dESiGnEr christian schünke colaboradorES FixoS Bruno ries, carlos W. Winterle, clóvis Vitor Gedrat, Marcos schmidt, Mona liza Fuhrmann, rosemarie K. lange, Vitor radünz, Waldyr HoffmanndEpartamEnto comErcial Nilson Krick (gerente), Gilberto ellwanger, lianete schneider de souza, Marcelo de azambuja aSSinaturaS Gilberto ellwangerloGíStica Jorge de oliveira e luciano de azambuja

aSSinatura no braSil anual r$ 65,00; Bianual r$ 115,00 aSSinatura para outroS paíSES anual Us$ 52,00; Bianual Us$ 100,00

tiraGEm dESta Edição 10 mil exemplares

A Redação reserva-se o direito de publicar ou não o material enviado, bem como editá-lo para fins de publicação. Matérias assinadas não expressam necessariamente a opinião da Redação ou da Administração Nacional da IELB. O conteúdo do Mensageiro pode ser reproduzido, mencionados o autor e a fonte.

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Seguir o caminho certo

O mês de outubro é reche-ado de assuntos e temas importantes para a Igreja, para a sociedade, para o

país e para a família.

ELEiçõEs MaJORitáRias E PROPORciOnais

Deus queira que nosso povo esteja participando, envolvendo-se e decidindo as eleições com muita oração e consciência da importância de participar, votar, escolher os futuros governantes do país e dos Estados.

Deus, em sua infinita bondade e miseri-córdia, abençoe-nos.

Datas fEstivasComeçamos homenageando nossos ido-

sos. Desde 2006, com a criação do Estatuto do Idoso, a Lei 11.433 oficializou o dia 1º de outubro como o Dia do idoso. No Salmo 92, versículos 14 e 15, diz: “Na velhice darão muitos frutos, serão cheios de seiva e de vigor, para anunciar que o Senhor é reto”. Quantas oportunidades e belos exemplos temos e podemos ver dos nossos idosos apontando para Jesus, a fonte da água viva, participando, incentivando e levando filhos e netos para mais perto da presença de Deus.

Deus vos abençoe e fortaleça, queridos idosos, pais e avós, na sublime caminhada da vida cristã.

Depois de homenagearmos os idosos, logo adiante, no dia 12, lembramo-nos das crianças. O alerta de Salomão, “Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele” (Pv 22.6), deve sempre ecoar firme e forte nos ouvidos e corações de cada pai e mãe, na sublime vocação de criar, educar e ensinar seus filhos na disciplina e admoestação do Senhor (Ef 6.4). Cuidemos das nossas crianças

e, nesse Dia da criança, sejamos, mais uma vez, lembrados que o maior presente que podemos dar a elas é criá-las nesse caminho de Deus, mostrando-lhes nosso exemplo de vida, fé e amor. Feliz Dia da Criança.

Se os nossos idosos são o exemplo e os filhos, nosso cuidado, os professores cris-tãos são nosso pedido, incentivo e destaque.

Dia do Professor, 15 de outubro. Profes-sores, Deus vos dê muito amor, paciência e dedicação para este sublime ofício. Vocês têm a oportunidade de lapidar estas joias preciosas que Deus deu aos casais e que ca-minham, a largos passos, para dentro de um mundo hostil, adverso e perigoso. Deus vos recompense pelo trabalho feito com amor e fidelidade em favor de uma sociedade e de um mundo melhor.

Mês Da EDucaçãO tEOLógicaComo cristãos luteranos, entre as datas

importantes em outubro, sem dúvida, não podemos esquecer os dias 27 e 31. Nesse últi-mo, lembramos a Reforma na Igreja, iniciada pelo dr. Martinho Lutero em 1517. Aquelas 95 teses, afixadas na porta da igreja de Wit-tenberg, deram um novo rumo à história da Igreja, e à própria história universal. Lutero, além de apontar e batalhar por verdades claras e puras da Palavra de Deus, que ha-viam sido adulteradas, também lutava pela educação e por uma vida mais digna do ser humano. A nossa Igreja, neste 31 de outubro, agradece a Deus por ter usado esse homem, Martinho Lutero, para batalhar pela verdade e, a partir da Bíblia Sagrada, fundamentar toda a doutrina e ensino.

Hoje a Igreja Luterana no mundo continua pregando, ensinando e defendendo que somos salvos por graça, pela fé no Senhor e Salvador Jesus, e é isso que nos revela a Bíblia

Sagrada, única fonte de doutrina e verdade. Para defender essas convicções, procuramos zelar por uma boa formação teológica dos nossos pastores, mantendo nosso Seminário e suplicando a Deus por professores fiéis e dedicados, que sejam responsáveis e verdadeiros baluartes da sã doutrina bíblica e da fé cristã. E assim, dia 27, comemoramos 111 anos do nosso Seminário.

Deus nos proteja, defenda e conduza para que jamais nos deixemos levar por vãs filosofias deste mundo, mas sempre apegados à verdade possamos, à luz da Palavra de Deus, perma-necer firmes e inabaláveis na doutrina pura e verdadeira, vivendo e proclamando o “Cristo Para Todos”, em palavras e atitudes.

foto: arquivo eDitora concórDia

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Egon KopereckPastor Presidente da IELB| [email protected]

| mensagem do presidente |

Pastor Presidente da IELB| [email protected]

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| adoração e louvor |

P or mais que a Bíblia esteja presente no culto, também nas diferentes partes da li-turgia, ela aparece de modo

todo especial nas leituras. Usamos, na Igreja Luterana, juntamente com outras igrejas, a assim chamada série trienal. Como o nome diz, é uma série de leituras bíblicas para três anos. No primeiro ano, ganha destaque Mateus. No ano seguinte, Marcos.

leituras de Epístola não estão necessaria-mente conectadas com o tema das outras leituras, embora, quando menos se espera, percebe-se uma conexão. O Salmo do do-mingo introduz, na medida do possível, a temática do dia.

Conhecer este critério para a escolha dos textos de cada domingo ajuda a ouvir (e pregar) essas leituras. Exemplificamos com as leituras de um domingo em que o tema central é a própria Palavra de Deus. Trata-se do 5º domingo após Pentecostes da série A, em que estão previstas as leituras de Salmo 65.9-13, Isaías 55.10-13, Romanos 8.12-17 e Mateus 13.1-9,18-23.

Embora listadas nesta sequência, a leitura que é “cabeça de chave” é Mateus 13, a parábola do semeador. A leitura do Antigo Testamento, Isaías 55, foi escolhida em função da temática do Evangelho, que afirma que a Palavra de Deus não volta vazia. E, em Isaías 55, existe uma compa-ração com um processo da agricultura (a terra que produz), além de uma referência ao semeador (“dar semente ao semeador”). Vê-se que a leitura de Isaías 55, nesse dia, não é acidente de percurso. Salmo 65, por sua vez, lembra que Deus torna a terra boa e rica (v. 9). Isto é verdade no âmbito natural e é verdade também no campo espiritual. Resta ver se a leitura da epístola, Romanos 8, encaixa-se nisto. Aparentemente, não. Mas, relendo o texto, percebe-se uma ênfase na ação do Espírito de Deus (algo apropriado neste período pós-Pentecostes). O Espírito nos torna filhos de Deus. Pode-se dizer que ele torna o solo bom. Assim, nosso foco não deveria ser a reflexão sobre que tipo de solo nós somos – algo que sempre é lei e tende a resultar em “legalismo” – mas que, apesar de todas as evidências em contrá-rio – fracasso sobre fracasso, a vinda das aves do céu, pouca umidade, espinhos –, a Palavra de Deus produz a trinta, sessenta e cem por um!

O culto cristão histórico, conforme a liturgia luterana, tem dois eixos ou pontos focais: a proclamação da Palavra de Deus e a celebração da Santa Ceia. Na primeira parte do culto, o ponto alto é a leitura da Bíblia e a pregação ou o sermão.

vilson scholz | Professor no Seminário Concó[email protected]

A presença da Bíblia no culto

E o terceiro ano é de Lucas. O Evangelho de João é lido ao longo dos três anos, um pouco a cada ano. Assim, ao longo de três anos são lidos longos trechos dos quatro Evangelhos. Quanto ao restante da Bí-blia, dos 66 livros, 59 aparecem na série trienal. Isso significa que, nessa série, sete livros bíblicos não vão ser lidos no culto da igreja: Esdras, Ester, Cântico dos Cânticos, Naum, Obadias, 2João e 3João. Nada impede, porém, que sejam lidos e estudados à parte. Que tal uma série de estudos bíblicos sobre “os esquecidos da série trienal”?

Com a série trienal, lê-se um bo-cado de Bíblia na igreja. Diz-se que membros de outras igrejas, os assim chamados “crentes”, leem muito mais a Bíblia do que membros de igrejas históricas, como a luterana. Isto pode

até ser verdade, mas quando se trata de ler a Bíblia em público, a coisa não é bem assim. Não há exagero em dizer que, no culto público, lê-se mais Bíblia na Igreja Luterana, Episcopal ou Católica do que nas igrejas pentecostais.

Em cada culto temos um salmo, uma leitura do Antigo Testamento, um trecho de Epístola e uma leitura do Evangelho. E a sequência não é aleatória. Ela segue um protocolo: primeiro fala o profeta, na leitura do antigo testamento; depois fala o apóstolo, na Epístola; e, no final, fala o próprio senhor Jesus, no Evangelho.

A leitura principal do culto sempre é o Evangelho. Em função dele é escolhida a leitura do Antigo Testamento, que faz uma dobradinha com o Evangelho do dia. Porque precisam “rimar” tematicamente com o Evangelho do dia, os textos do Antigo Tes-tamento não aparecem em ordem fixa dos livros. Ou seja, não existe uma sequência de leituras de Isaías, por exemplo. Com as epístolas é diferente. Elas costumam apare-cer em leitura contínua, ou seja, aparecem várias leituras da mesma carta do Novo Testamento em domingos sucessivos. E as

foto: arquivo eDitora concórDia

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500 ANOS DA REFORMA

SALMO 46E HINO CASTELO FORTE

foto: arquivo eDitora concórDia

10 Mensageiro | outubro 2014

O jubileu pelos 500 anos da Reforma Luterana nos leva a agradecer e louvar a Deus por ter nos preservado, através de tantas lutas, a verdade. Suplicamos a Deus para que, por sua graça, nos mantenha fiéis a essa verdade, conceda-nos sabedoria, ânimo, força e coragem para testemunhar da mesma.Entre os muitos momentos históricos e bênçãos que merecem atenção, análise e reflexão, está o hino “Castelo Forte é nosso Deus”.Provavelmente Lutero escreveu letra e música num fôlego só. Cada palavra e cada nota musical nesse hino tem um sentido profundo. Esse hino trouxe consolo, ânimo e força para muitos na luta pela verdade e, até hoje, não perdeu sua força. O Salmo 46 serviu de base a Lutero para este hino, "Castelo Forte é nosso Deus"!

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SALMO 46E HINO CASTELO FORTE

SALMO 46

Mensageiro | outubro 2014 11

Contexto do Salmo 46Ao mestre de canto, ou diretor de

música em vozes de soprano, dos filhos do levita Corá. O pai, Corá, havia-se re-belado contra Moisés no deserto e foi castigado por Deus (Nm 16; Nm 26.11). Os filhos não acompanharam o pai nessa rebelião, e muitos de sua descendência tornaram-se músicos no templo.

Os Salmos 42 a 72 compõem o se-gundo livro dos Salmos. Salmos de súpli-ca por restauração da presença de Deus no templo, como nós ainda hoje oramos: “Não retires de mim o teu Espírito San-to” (Sl 51.10). São salmos litúrgicos.

O significado da palavra “Selá”, que aparece em algumas traduções da Bí-blia, é desconhecido. Pode ser uma pau-sa para indicar o fim das estrofes, ou para o rufar dos tambores ou o clangor das trombetas durante as procissões.

Alguns estudiosos da Bíblia tentam fixar um fato histórico que tenha moti-vado o poeta a escrever esta oração. Por exemplo, quando o rei de Judá, Josafá, foi afrontado pela multidão de Moabe e de Amon e clamou ao Senhor, que lhe deu maravilhoso livramento (2Cr 20). Ou quando o rei da Assíria, Senaqueribe (2Cr 32; Is 37), cercou Jerusalém, e Deus providenciou milagroso livramento a Judá. É bem provável que, neste último episódio, o povo já conhecesse o salmo. Não temos mais informações a respeito.

Deus é o nosso refúgio e fortaleza... Essas são palavras de uma fé simples e

forte. Somos filhos de Deus pela fé na gra-ça de Cristo. Mas o que fazer quando so-mos atingidos por aflições, perigos, neces-sidades e ficamos angustiados? Será que a necessidade poderá nos prostrar e ven-cer? Seremos derrotados? Se Deus é nosso refúgio, o Deus Todo-Poderoso, o socorro bem presente na angústia está ao nosso lado? Sim! Não precisamos temer, mesmo diante de grandes catástrofes da natureza, terremotos, maremotos ou o fim do mun-do (Lc 21.25), mesmo que nossa natureza trema e se espante. Quando os discípulos tremeram por ocasião da tempestade no mar, eles acordaram Jesus, que dormia na proa do barco, clamando: "Senhor, salva--nos"! O perigo estava ali. Eles estavam prestes a naufragar, e Jesus, dormindo (Mt 8.23-27). Jesus censurou a incredulida-de dos discípulos. Mesmo em momentos de grande necessidade, Jesus está perto dos seus. Ele disse: “Ora, ao começarem estas coisas a suceder, exultai e erguei a vossa cabeça, porque a vossa redenção se aproxima” (Lc 21.28). O próprio apóstolo Paulo ainda escreve: “Mesmo que seja eu oferecido por libação sobre o sacrifício e serviço da vossa fé, alegro-me e, com to-dos vós, me congratulo” (Fp 2.17). E, “para mim o morrer é lucro” (Fp 3.7). Nas mãos de Cristo estamos protegidos.

Há um rio, cujas correntes alegram a cidade de Deus... “Então, me mostrou o rio da água da

vida, brilhante como cristal, que sai do trono de Deus e do Cordeiro. No meio da sua praça, de uma e outra margem do rio, está a árvore da vida, que produz doze frutos, dando o seu fruto de mês em mês, e as folhas da árvore são para a cura dos povos” (Ap 22.1-2). Como o rio no Jardim do Éden (Gn 2.10), que se dividia em quatro rios, há agora, nova-mente, um rio, no Novo Testamento, que alegra a cidade de Deus, o santuário do Altíssimo. Este é o rio da graça de Deus, do perdão dos pecados, que dá vida e salvação, que brota da cruz e da sepultu-ra aberta de Cristo. Em outras palavras, a boa notícia do Evangelho, do perdão que Jesus mandou proclamar ao mundo. (Mc 16.16; Mt 28.19-20).

No dia de Pentecostes, os apóstolos começaram a proclamar esta boa-nova do Evangelho (At 2). Eles diziam: “E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos” (At 4.12). O apóstolo Paulo afirma: “Pois não me en-vergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego; visto que a justiça de Deus se re-vela no evangelho, de fé em fé, como está escrito: O justo viverá por fé” (Rm 1.16-17). E o mesmo apóstolo diz assim: “... se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fi-zeram novas. Ora, tudo provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação, a saber, que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mun-do, não imputando aos homens as suas transgressões, e nos confiou a palavra da reconciliação. De sorte que somos em-baixadores em nome de Cristo, como se Deus exortasse por nosso intermédio. Em nome de Cristo, pois, rogamos que vos re-concilieis com Deus. Aquele que não co-nheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus” (2Co 5.17-21).

O Salmo se divide em três estrofes, caracterizadas no

final pelo “selá”. Primeira estrofe: A confiança no

Senhor em tempos de perigo (v.1-3); segunda estrofe:

O consolo da presença do Senhor, que proporciona

livramento (v.4-7); terceira estrofe: O rio que alegra

a cidade de Deus, que é o evangelho, que põe termo à

guerra e confere paz (v.8-11).

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12 Mensageiro | outubro 2014

O “rio da graça” corre pelo mundo até o dia do Juízo Final. A cidade de Deus é agora a “nova Jerusalém”, a Jerusalém que é testemunhada de cima, e tem de cima o seu ser, a saber, a Una Santa Igre-ja Cristã, a comunhão dos santos. (Gl 4.26; Hb 12.22; Ap 21.2,3). Deus está re-conciliado por Cristo com a humanidade e habita em sua igreja, nos fiéis. Deus a ampara e ajuda. Aqui eles ainda estão sob a cruz, mas jamais abandonados por Deus. Cristo está ao lado dos seus em todas suas necessidades. Em breve ele virá julgar vivos e mortos. Bramem as nações, reinos se abalem. Com que fúria o império Romano lutou e comba-teu a Igreja Cristã. Com que crueldade o comunismo perseguiu os cristãos. Estes reinos, no entanto, pereceram, e o Cris-tianismo continua e ficará até a volta de Cristo em glória, pois o Senhor dos exér-citos está com a Igreja, o Deus de Jacó é nosso refúgio. Portanto, não temeremos. Jesus ampara os seus. Por isso,

Vinde contemplai...Agora Deus se volta aos furiosos ini-

migos e convida os fiéis para contem-plarem os juízos de Deus sobre os incré-dulos e observarem o auxílio que Deus presta aos fiéis.

As nações e os povos devem vir e olhar para as obras, as ações e os feitos de Deus. Se olharmos para a história das guerras do Antigo Testamento ou para a história geral em nossos dias, o que vemos? Vemos o terrível juízo de Deus sobre os incrédulos e as nações dos ím-pios; e vemos a milagrosa proteção de Deus à sua Igreja. Na atualidade vimos a fúria do comunismo e, mais recente-mente, vemos a fúria do Islã contra o Cristianismo. Por outro lado, vemos as furiosas tentativas de Satanás contra a Igreja Cristã; e também a multiplicação das seitas que distorcem a verdade, bem como as grandes tentações que Satanás coloca diante da juventude para que se volte ao mundo. Deus consola sua Igre-ja. O Salmista afirma: “Ele põe termo à guerra até aos confins do mundo, que-bra o arco e despedaça a lança; queima os carros no fogo. Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus” (v.9-10). No livro de Apocalipse, Deus nos mostra: O Senhor

é Deus, dirige e protege a sua Igreja. E o que diz sua Igreja? “O Senhor dos

Exércitos está conosco; o Deus de Jacó é o nosso refúgio” (v.11). Lutero e muitos ou-tros fiéis do AT e do NT e, em nossos dias, viveram e vivem tal experiência. Eles cantam de coração o hino: Castelo Forte é nosso Deus, defesa e boa espada.

O Salmo 46 foi consolo para Lutero em suas muitas lutas e serviu-lhe de texto para o hino “Castelo Forte”. Não sabemos ao certo em que ocasião o texto e a melo-dia deste maravilhoso hino brotaram-lhe do coração. Os pesquisadores divergem. Há estudos e sugestões que vão desde 1521 até 1529. Alguns apontam os acon-tecimentos em Worms (18/04/1521), quando Lutero confessou corajosamente sua fé diante do imperador. Quando seus amigos o aconselharam a não ir a Worms, Lutero respondeu: “Mesmo se houver tan-tos diabos quantas telhas nos telhados de Worms, eu irei”. O historiador Johannes Sleidanus, um jovem conterrâneo de Lu-tero, escreve: “Por mais que se pense ser o hino Castelo Forte forjado em Coburg, durante os dias de preparação para a de-fesa da fé na Dieta de Augsburgo (1530), achou-se um hinário de 1529, no qual o hino Castelo Forte consta”. O hinólogo Ph. Wachernagel julga que em 1529 Lutero estava em melhores condições para levan-tar seus olhos aos montes e compor o hino do que no ano seguinte, durante a Dieta de Augsburgo, quando, por ser proscrito, ficou em Coburg. Sabemos de seu secre-tário, Veit Dietrich, o qual ficou com o frei Martinho no castelo de Coburg, que Lute-ro gastava pelo menos três das melhores horas do dia (de manhã) em oração e can-tava hinos, entre os quais Castelo Forte, em oração para si.

Karl Ferdinand Theodor Schneider, em seu livreto: Dr. Martin Luthers geistliche Lieder (Hinos espirituais do dr. Martinho

Lutero), com um comentário sobre o sur-gimento dos hinos, coloca o surgimento do hino Castelo Forte na data de 1° de novembro de 1527, dia do décimo aniver-sário da Reforma. O impulso para isso te-ria sido a morte de mártir de dois monges agostinianos nos Países Baixos (Bélgica). Isso comoveu muito Lutero, que disse: “Eu preferiria ser considerado digno de glori-ficar a Deus com minha morte”. Nos mes-mos dias houve perseguição semelhante na Baviera, onde vários evangélicos foram mortos por padres da Igreja Católica. Tam-bém a notícia da morte de seu amigo Leo-nhard Käfer, que, por ordem do bispo de Ulm, foi queimado. No dia 1° de novembro de 1527, apesar da tristeza devido à morte de mártir de vários fiéis, Lutero celebrou com seus amigos este dia, com o Salmo 46. Mas o dr. Geffken, na Deutsche Zeitschrift, contesta esta data, junto com Cyträus, Cö-lestin, Weidan, Weltler e Seneccer, e afir-ma que o hino foi composto em 1529. Não há nenhum hinário antes de 1529 que te-nha o hino. Seria inacreditável que Lutero, se tivesse composto o hino antes, o tivesse retido por alguns anos, sem dá-lo à publi-cação. Assim, a data mais provável e mais aceita é o ano de 1529.

Texto e melodia são de Lutero. A melo-dia reforça o conteúdo do texto. Provavel-mente Johann Walther fez a harmoniza-ção da mesma. Católicos acusaram Lutero de ter plagiado o hino Exsultat coelum laudibus. Quem comparar os hinos verá, imediatamente, que a acusação não tem fundamento.

HINO CASTELO FORTE

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Page 9: Mensageiro Luterano - Outubro 2014

Mensageiro | outubro 2014 13

O hino tem quatro estrofes. Em alguns hinários antigos

encontra-se ainda uma quinta estrofe, uma alusão ao Gloria

Patri. Em resumo, podemos dizer:

1ª estrofe: O castelo atacado2ª estrofe: A defesa do Castelo

3ª estrofe: A coragem dos moradores do Castelo

4ª estrofe: O fundamento certo dos moradores do Castelo

O castelo atacado Você já teve a oportunidade de visitar

um castelo da Idade Média ou assistir a um filme que se desenrola num castelo? Que fortaleza para uma época na qual a pólvo-ra era pouco conhecida, na qual se lutava com espadas, lanças e flechas. Muros altos e largos. Em derredor uma rampa, circun-dada com um fosso com água, muitas vezes corrente, de um rio. Outras vezes, constru-ído no alto de um rochedo. Jerusalém era uma dessas cidades inconquistáveis. Nela, as pessoas sentiam-se seguras. Era um re-fúgio certo. O hino afirma, à base do Salmo 46, que Deus é tal castelo seguro, refúgio certo. Defesa e boa espada.

O Deus triúno, único e verdadeiro, onis-ciente e onipotente, gracioso e misericor-dioso, diz aos fiéis: “Não temas, chamei-te pelo teu nome, tu és meu” (Is 43.1)

Esse castelo forte é atacado continua-mente pelo arqui-inimigo de Deus e de to-dos os seus seguidores, Satanás. Nenhuma força humana poderá livrar-nos dele.

Investe Satã... ele foi derrotado, mas tem certa liberdade de ação até o Juízo

Final, para agir e atuar até onde Deus lhe permite. Ele procura por todos os meios desviar os fiéis da fé. Ora pelo emprego da força, ele tenta amedrontar e eliminar os fiéis: perseguições, torturas, prisões, exe-cuções; ora por tentações, para voltarem a amar o mundo. Tenta, especialmente, pelos meios de comunicação, crianças e jovens ao amor às coisas do mundo. Nisto ele en-contra em cada um de nós um aliado, nossa carne pecaminosa, nossa natureza carnal com suas inclinações ao pecado. “Porque do coração procedem maus desígnios, homicídios, adultérios, prostituição, fur-tos, falsos testemunhos, blasfêmias” (Mt 15.19). O apóstolo nos recomenda: “... resis-ti ao diabo e ele fugirá de vós” (Tg 4.7; 2Tm 2.22; 1Co 6.18). “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação” (Mc 14.38). Como se faz isso? Como resistir, como vigiar, como fugir? Vigiar é dar atenção, para reconhe-cer os perigos e as tentações que o diabo nos apresenta camuflados como fontes de prazer e de alegria. Resistir é lutar contra as tentações. Fazemos isto com a Palavra de Deus, tomando a espada do Espírito,

1 Castelo Forte é nosso Deus,defesa e boa espada; da angústia livra desde os céusnossa alma atribulada.Investe Satãcom hábil afã e sabe lutarcom força e ardil sem par; igual não há na terra.

ANáLISE Do tExto Do hIno

HINO CASTELO FORTE

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14 Mensageiro | outubro 2014

vestindo a armadura de Deus (Ef 6.10-20; Gl 5.16-26). É manter a mente ocupada com a Palavra de Deus, hinos cristãos, ora-ção e versículos bíblicos. É manter-se ocu-pado com um bom trabalho ou serviço ao próximo.

Da angústia livra desde os céus nossa alma atribulada...Angústia expressa sofrimento, sem

esperança. nossa maior angústia é, sem dúvida, a angústia da alma, que é causa-da pela acusação de nossa consciência. Contra isso não há consolo humano, nem na psicologia, nem na distração ou no divertimento. Só há um remédio: a graça de Deus, o perdão dos pecados pelos mé-ritos de Cristo. O perdão dos pecados que Deus oferece, gratuitamente, pelo Evange-lho, ao pecador arrependido. Este é o único consolo, o único meio para devolver paz, tranquilidade e esperança à alma, quan-do Deus nos diz: “Tem bom ânimo... estão perdoados os teus pecados” (Mt 9.2). Como Jesus disse ao malfeitor na cruz, quan-do este lhe suplicou: “Jesus, lembra-te de mim quando vieres no teu reino. Jesus lhe respondeu: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso” (Lc 23.42,43). Neste momento voltou a paz e a esperança à alma do malfeitor na cruz. É importante notar que Jesus não lhe tirou os sofrimen-tos finais. Quanta coisa ele ainda precisou sofrer. Quebraram-lhe as pernas para apu-rar sua morte. Em tudo isso, porém, ele estava consolado e cheio de esperança da Vida Eterna, pois Jesus perdoou-lhe os pe-cados e prometeu-lhe o céu. O perdão dos pecados, que Deus oferece gratuitamente ao pecador, é o único consolo para uma alma angustiada, pela qual ela volta à paz.

Investe Satã, com hábil afã... Satanás ataca impiedosamente, com

muita astúcia, até o dia do Juízo Final. O livro de Apocalipse nos mostra quantas lutas a Igreja Cristã terá de enfrentar. Perto do fim, Satanás obterá muitas vitórias. Ele reunirá Gog e Magog, que parece serem inimigos entre si, mas no final juntam suas mãos e julgam poder exterminar a Igre-ja Cristã do mundo; então virá o fim. (Pv 18.10; Ap 12.9,12; Ef 6.9-12).

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A defesa do Castelo ForteO primeiro passo para a vitória é o reconhecimento de que com nossas forças

nada podemos fazer contra este poderoso inimigo. É o reconhecimento de nosso estado de miseráveis pecadores. É essa a nossa confissão na prática? Ou julgamos que com nossas forças, nosso planejar, nosso empenho construiremos o Reino de Deus e venceremos a Satanás? Sem dúvida, temos necessidade de planejar, de nos empenhar com força e dedicação; mesmo assim, oramos: “Do poder de Deus depen-de tudo o que o homem empreende, e não de outro bem qualquer” (HL 478).

Louvado seja Deus que nos chamou ao conhecimento da verdade, mantém-nos na fé e conduz-nos em triunfo. Por nós batalha e irá vencer quem Deus tem esco-lhido. E a quem Deus escolheu? A Jesus Cristo, que venceu Satanás e está com sua Igreja, conforme a promessa: “... eis estou convosco todos os dias até à consumação do século” (Mt 28.20).

– Pois outro Deus não há; triunfará na luta. O apóstolo Paulo afirma: “... para nós há um só Deus, o Pai, de quem são todas as coisas e para quem existimos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós também, por ele” (1Co 8.6). O Deus triúno é o único e verdadeiro Deus, Senhor dos senhores, Rei dos reis. Tudo lhe é subordinado. Jesus Redentor triunfará na luta. Essa é nossa certeza, firmada nas promessas do Evangelho (Sl 60.11-12; Sl 24.7-10; Hb 6.13).

A coragem dos habitantes do CasteloA terceira estrofe é o auge do hino.

O profeta Isaías afirma: “... aquele que crer não foge” (Is 28.16). Os habitantes do castelo, firmados, fortalecidos pelo Espírito Santo, não temem. Nossa car-ne teme, mas, fortalecidos na alma pelo Espírito Santo, os mártires cantavam louvores enquanto eram queimados, lançados diante de leões, etc. Estevão,

Sem força para combater,teríamos perdido.Por nós batalha e irá vencerquem Deus tem escolhido.Quem é vencedor?Jesus redentor,o próprio Jeová,pois outro Deus não há; triunfará na luta.

o mundo venham assaltardemônios mil, furiosos,jamais nos podem assombrar,seremos vitoriosos.Do mundo o opressor,com todo rigorjulgado ele está;vencido cairápor uma só palavra.

ao ser apedrejado, viu os céus abertos e orou por seus inimigos (Atos 7). Com que coragem Lutero foi a Worms, como já vimos anteriormente. “O mundo ve-nham assaltar, demônios mil, furiosos”. Assim assaltaram a Igreja dos apóstolos, assim foi no tempo da Reforma, assim governos de todos os tempos tentaram sufocar o Cristianismo; o diabo ainda hoje luta contra os cristãos, mas nós sa-bemos: seremos vitoriosos.

foto: arquivo eDitora concórDia

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O mundo venham assaltar, demônios mil, furiososImagine, no tempo de Lutero, uma

cavalaria de mil cavaleiros avançando com suas baionetas sobre um pequeno grupo de dez pessoas. Um quadro pa-recido Lutero deve ter tido diante de seus olhos ao compor este verso. Assim ele se sentia diante do império do Papa, de Roma, do imperador Carlos V e dos ataques de Satanás. Hoje, as guerras com aviões e bombas, até atômicas, são cruéis; mesmo diante desses terríveis inimigos, cantamos: “Jamais nos podem assombrar, seremos vitoriosos”. Aqui lembramos a história do Antigo Testa-mento, quando o rei da Assíria, Sena-queribe, ameaçou a cidade de Jerusalém, mas Deus, milagrosamente, livrou o rei de Judá. Um anjo matou todos os solda-

dos do poderoso rei assírio. Lembramos também o muro de Berlim. Duas sema-nas antes da queda, os líderes políticos da Alemanha Oriental ainda ameaçavam o Ocidente, mas o muro caiu. Assim po-deríamos citar outros tantos momentos na história em que Deus providenciou milagroso livramento para sua Igreja. O rei Davi canta no salmo: “Preparas-me uma mesa na presença dos meus adver-sários” (Sl 23.5).

E a estrofe continua: “julgado ele está; vencido cairá por uma só palavra”. Bem disse Jesus: “(Deus) edificará sua igreja, e as portas do inferno não preva-lecerão contra ela” (Mt 16.18).

Mas, por enquanto, Satanás é o prín-cipe deste mundo (Jo 12.31; 14.30). Não no sentido de ser absoluto. Ele só pode ir até onde Deus lhe permite. Ele até pre-

cisou pedir a permissão de Jesus para entrar nos porcos. (Mt 4.9) E Jesus afir-ma: “Contudo, não se perderá um só fio de cabelo da vossa cabeça” (Lc 21.18).

O mundo jaz no maligno. (1Jo 5.19; Ap 19.2). Os incrédulos odeiam a Jesus e a sua Igreja e estão sedentos do san-gue dos justos (Ap 17.6). Mesmo assim, só podem fazer o que Deus lhes permite. E o que Deus permite, mesmo os muitos mártires do tempo do império romano, dos muitos perseguidos, encarcerados e mortos pelo comunismo, hoje pelo Islã, tudo isso serviu e serve para o cresci-mento da Igreja. Os fiéis prostram as investidas de Satanás e do mundo “por uma só palavra”. Pela proclamação da Palavra e por suas orações governam com Cristo e ordenam: “Retira-te, Sata-nás” (Mt 4.10).

o mundo venham assaltardemônios mil, furiosos,jamais nos podem assombrar,seremos vitoriosos.Do mundo o opressor,com todo rigorjulgado ele está;vencido cairápor uma só palavra.

4 o Verbo eterno ficará,sabemos com certeza,e nada nos perturbarácom Cristo por defesa.Se vierem roubaros bens, vida e o lar –que tudo se vá! Proveito não lhes dá.o céu é nossa herança.

O firme fundamento dos moradores do CasteloOs fiéis têm certeza de que Deus, por sua graça, irá conservá-los na fé até

o fim e que herdarão a Vida Eterna. Eles têm certeza de que a Igreja perma-necerá até o fim. Eles têm certeza de que haverá Juízo Final, no qual Satanás e todos os seus seguidores serão lançados no fogo do inferno, e Deus criará novo céu e nova terra, na qual habitará justiça (Ap 21.1; 22.14; 2Pe 3.13).

O Verbo eterno ficará. Por seu Espírito Santo, Jesus ajuda, ampara, con-cede dons. Dons para o estudo da Palavra, para traduções, para clarificação da doutrina, para a apologia contra falsos profetas. Ele firma os fiéis na luta, fortalece os atribulados, encarcerados e mártires na fé. Eles cantam a plenos pulmões: “Se vierem roubar os bens, a vida e o lar – que tudo se vá! Proveito

não lhes dá. O céu é nossa herança”. Jesus lhes diz: “Não temais, ó pequenino rebanho; porque vosso Pai se agradou em dar-vos o seu reino” (Lc 12.32). Alguém poderá di-zer: “Que reino? Vocês, cristãos, são odiados pelo mundo, expulsos da vossa pátria e mortos”. Mesmo assim, não há o que temer. Tudo isso não é novidade para os cristãos. Jesus o predisse: “Lembrai-vos da palavra que eu vos disse: não é o servo maior do que seu senhor. Se me perseguiram a mim, também perseguirão a vós outros: se guar-daram a minha palavra, também guardarão a vossa. Tudo isto, porém, vos farão por causa do meu nome, porquanto não conhecem aquele que me enviou” (Jo 15.20,21).

Aqui no Brasil, onde ainda vivemos com “liberdade religiosa” – sabe-se lá até quando – Satanás persegue os fiéis por outros meios. Quantos de nossos jovens vol-tam ao mundo? Quantos membros relapsos que não tomam o Cristianismo a sério? Quantos fracassam na fé? Quão parcas são nossas ofertas para a causa de Deus? São outros métodos que Satanás usa para tentar derrotar a Igreja. Importa acrescentar aqui o hino:

Erguei-vos, Cristãos, o clarim já soou./ À luta vos chama quem vos libertou./ Cin-gindo a armadura, por Cristo marchai!/ À sombra da cruz corajosos lutai! (HL 295).

horsT r. KuchEnbEcKErPastor emérito da IELB, São Leopoldo, RS

[email protected]: arquivo eDitora concórDia

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Quem vai cuidar de nós depois dos 60 anos? “Como recompensa, eu lhes darei vida longa e mostrarei que sou o seu Salvador” (Sl 91.16).

E u me alegro e me emociono quando vejo idosos, indivi-dualmente ou ca-

sais, sendo amparados e ampa-rando-se mutuamente nos tempos finais de sua caminhada terrena.

Por outro lado, me dói muito no coração quando vejo idosos sendo jogados ou mal cuidados no fim de sua jornada aqui.

Será que tanto os bem cuidados como os malcuidados tem destinos pré-definidos para terem no fim da vida a melhor ou a pior das idades?

NÃO, NÃO E NÃO. Se olharmos o Salmo 91, per-

cebemos que o salmista, antes de escrever que Deus recompensará e dará vida longa, no versículo 18, afirma, no versículo 14, que “Deus diz: Eu salvarei aqueles que me amam...” .

Lembremos que Jesus não faz distinção, não dicotomiza (divide em duas partes) a lei: “Amarás o Se-nhor, teu Deus, de todo o coração, e amarás o teu próximo como a ti mesmo”. A lei ou a vontade de Deus é um bloco só, poderíamos até dizer, em dois compartimentos.

Uma terceira idade harmoniosa e feliz, mesmo sujeita aos limites que a idade im-põe, está diretamente relacionada a uma caminhada de AMOR, primeiro a Deus, segundo ao cônjuge e, terceiro, aos familiares. Podemos até dizer que este tripé é um requisito indis-pensável para que o fim da vida não seja um vale de lágrimas e angústias, mas de amparo e calor humano.

Quero compartilhar duas histórias ve-rídicas, com as quais podemos aprender o que é ter cuidado ou não com aqueles que nos cuidam ou irão cuidar de nós depois dos 60, quando, talvez, voltaremos a ser como crianças: dependentes da bondade alheia.

O primeiro episódio é sobre um casal de idosos, membros da Paróquia que eu aten-dia. Celebrei as Bodas de Ferro deste casal (65 anos de casamento). Ela faleceu com 87 anos, fiz a cerimônia de sepultamento. Ele faleceu no ano seguinte, quando eu já era pastor em outra congregação, com a idade de 88 anos, provavelmente tendo como um

dos agravantes a saudade da esposa com quem tinha convivido por 70 longos anos.

| dia do idoso |

“Uma terceira idade harmoniosa e feliz,

mesmo sujeita aos limites que a idade impõe, está diretamente relacionada

a uma caminhada de AMOR”.

foto: arquivo eDitora concórDia

22 Mensageiro | outubro 2014

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Quem vai cuidar de nós depois dos 60 anos?

Longa vida foi a sua recompensa. Prepararam-se para o “depois dos 60” e, enquanto puderam, cuidaram um do outro. Quando a morte levou um dos dois, parece que o outro perdeu a vontade de viver, talvez pelo sentimento de dever cumprido.

O segundo episódio foi muito triste. O filho, quando se casou, fez uma casa no terreno da casa dos pais. Tempos depois, brigou com seu pai e ficou oito anos sem falar com ele, talvez o vendo todos os dias. Não sei se este filho reconciliou-se com seu pai, tomara que sim. Mas eu o menciono aqui para mostrar o outro lado da moeda, o lado triste, que teve como desfecho, mais tarde, seu abandono por parte dos filhos, que com ele aprenderam a plantar espinhos, sem as rosas...

Quando faleceu a esposa deste homem, nenhum filho quis ficar com o “velho” em casa e muito menos cuidar dele. Os filhos ficaram com quase todos os seus bens, restando-lhe apenas um carro velho e uma parte do terreno que lhe coube no inven-tário com a morte da esposa. O filho com quem foi morar quando ficou viúvo, depois de um tempo, colocou-o na rua, só com o carro velho e com mais de 70 anos de idade

Desesperado, ameaçou suicidar-se. Bateu na casa de uma irmã que o acolheu em sua casa até à sua morte, para que ele não mor-resse debaixo de uma ponte ou coisa pior. O mal que esse senhor fez a seu pai, seus filhos repetiram com ele, porque com ele aprende-ram. Pode ter sido vida longa, mais de 70, mas não foi uma vida feliz e abençoada.

QuEM vai cuiDaR DE nós

DEPOis DOs 60 anOs? A esposa, o marido, os filhos, algum

parente estão cuidando ou cuidarão de nós depois dos 60? É na velhice ou já antes dela que os nossos cacoetes e atitudes ranzinzas tendem a se intensificar conforme a vida avança. Precisamos estar atentos e levar as nossas “manias e caprichos pessoais” sob controle, desde agora, para que não venham atrapalhar os nossos relacionamentos mais adiante...

Li, há muito tempo, que até os 35 anos de vida podemos mais facilmente dominar nossas tendências destrutivas, e que a partir de lá a coisa só se intensifica e complica. As manias ficam cada vez mais intensas. Estamos atentos?

Quantos casais, depois de os filhos tornarem-se adultos ou estarem todos fora do “ninho”, separam-se, indo cada um parar na casa de algum filho, num asilo ou ficam morando sozinhos, como se não tivessem família. Quando mais precisam um do outro, viram-se as costas, abandonam-se, viram inimigos, esquecem que um dia fizeram juras de amor eterno.

Não acontece da noite para o dia. É o desfecho de uma caminhada desastrosa e malsucedida, cheia de palavras e atitudes er-radas. As sementes do mal, jogadas ao longo da jornada de desencontros, brotam e produ-zem toda a sorte de revoltas e sofrimentos.

John Stott, anglicano, em A Bíblia Toda, o Ano Todo (p.64), diz: “O aumento da expectativa de vida e da idade média da população no mundo ocidental tem gerado um número crescente de pessoas idosas e enfermas, muitas delas negligenciadas e até mesmo esquecidas por seus filhos. Trata-se de um fenômeno chocante, que tem acon-tecido principalmente no mundo ocidental (cristão?). Na África e na Ásia, a família, de modo geral, sempre encontra espaço para os idosos. Na tradicional cultura chinesa também é assim. Penso que devemos deixar com o apóstolo Paulo a pa-lavra final sobre este assunto: ‘Se alguém não cuida dos seus parentes, e especialmente dos de sua própria família, negou a fé e é pior que um descrente’ (1Tm 5.8)”.

Por outro lado, vemos, sim, tantos casais cumprindo com muita dedicação a promessa de amor pronunciada no dia do casamento. Lembro-me de uma situação em que o marido sofreu um AVC e ficou em total dependência sobre uma cama por mais de 10 anos. A dedicada esposa, dia e noite, doou-se ao marido até o último dia de vida dele. Em seu estado vegetativo, o marido talvez não mais soubesse quem ela era, mas a esposa sabia quem ele tinha sido: companheiro de longos anos na alegria e na tristeza.

Um dos fatores positivos que faz com que casais tenham longa vida conjugal é a CUMPLICIDADE. Um pensa, fala, quer ou faz algo, o outro concorda, dá apoio, estimula, elogia e vai junto com o empreendimento. O contrário, ser do contra, discordar, por melhor que seja a ideia do outro, é tomar direção diferente ou até contrária no vi-

ver matrimonial. Casais que caminham juntos, num relacionamento harmonioso, certamente terão um final abençoado, pois construíram a sua vida matrimonial e familiar, sob as bênçãos do Pai do Céu e de seus familiares.

QuEM vai cuiDaR DE nós DEPOis DOs 60 anOs?

“Nós, casados, cuidamos um do outro enquanto um de nós não partir”, deveria ser a resposta automática. E depois disso, o natural é que os filhos nos cuidem. É a sequência natural da vida. Faz parte do planejamento conjugal pensarmos desta maneira e nos prepararmos, para que não haja traumas, desencontros, abandonos ou coisas piores quando a fase final da vida chegar, mas, sim, amor, carinho, respeito e acolhimento, com o sentimento de uma LONGA VIDA como recompensa.

Recebi uma mensagem cuja autoria des-conheço, mas creio que muitos dos leitores já a conheçam, pois versões semelhantes circulam pela Internet.

Um casal de idosos vivia muito bem em seu casamento. Certo dia, a esposa sofreu um AVC e foi internada num hospital, onde permaneceu por meses, e no final de sua vida entrou em coma por mais uma porção de dias, até à sua morte. O marido, já idoso, levantava cedo todos os dias e ia ao hospital para ver sua amada, com quem tinha con-vivido por mais de 50 anos de casamento. Ela não reconhecia mais ninguém. Mesmo assim, ele repetia todos os dias a mesma maratona. Não via chegar o outro dia para ir ao hospital. Por ela estar na UTI, não podia ficar mais que meia hora junto dela. Chega-va, beijava a esposa na face, acariciava as suas mãos e a olhava longamente nos olhos, que, mesmo abertos, estavam desligados da realidade. Chovesse ou fizesse sol, lá ia o vovô visitar sua querida companheira.

Certo dia, uma enfermeira, vendo a de-dicação de carinho deste senhor para com sua esposa em estado de coma, fez-lhe a seguinte pergunta: “Vovô, sua esposa sabe quem é o senhor?” Com muita calma, com lágrimas a rolarem pela face, o velhinho respondeu: “Não, ela não sabe quem eu sou. Mas eu sei quem ela é!”

hEldo E. brEdow | Pastor da IELBReside em Curitiba, PR

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| congresso de universitários |

Universitários luteranos reúnem-se em Brasília

E ntre os dias 25 e 27 de ju-lho, aconteceu em Brasília, DF, na Chácara Shekinah, o Congresso da Associação

Nacional de Universitários Luteranos (Anul). O vice-presidente de Educação Cristã da IELB, pastor Martinho Sonntag, dirigiu o evento que teve a presença de cerca de 60 universitários, seis pastores e um professor.

A Anul, reativada há dois anos, realizou o Encontro Nacional, em agosto de 2012, na cidade de Florianópolis, SC, e também pro-moveu dois encontros regionais: Vila Velha, ES, e João Pessoa, PB. No Congresso Nacio-nal, em Brasília, foi definida a estruturação da Anul. Além das palestras, os congressis-tas aprovaram o estatuto da Associação, que é o instrumento de estruturação da entidade e determina o seu funcionamento. Foi eleita também uma diretoria para con-duzir a Anul até 2016.

O pastor Martinho deixa o cargo de coordenador nacional da organização, agra-decendo a Deus pela oportunidade que teve

de trabalhar pela Anul. “Agradeço também aos fiéis companheiros e a todos os univer-sitários que participaram até agora, bem como à diretoria da IELB”, pontua.

O evento contou com palestras e mo-mentos de louvor e confraternização. Na sexta-feira, dia 25, os congressistas partici-param de devoção e da abertura oficial. No sábado pela manhã, prestigiaram a palestra “Ética cristã x células-tronco”, realizada pelo pastor Rafael Juliano Nerbas. À tarde aconteceu a sessão administrativa, onde ouviram a breve palestra “Como iniciar um trabalho com universitários”, proferida pelo pastor Martinho; após foi aprovado o estatuto e eleita a diretoria. O Congresso encerrou no domingo, com culto e almoço de confraternização.

O pastor Martinho lembra com carinho dos organizadores do evento. “Registro meu agradecimento ao pessoal de Brasília pelo apoio e trabalho de organização local deste Congresso. Cito, de maneira especial, Edu-ardo e Simone Stahlhoefer, Hellen Caroline

Littig, pastores Aramis Jacoby e Roberto Kunzendorff Jr., diretoria da Congregação e demais colaboradores.”

dirEToria

Presidente: Fernando pires hartwig (Pelotas, RS)Vice: Thaís roos ribeiro Euzébio (Cariacica, ES)Secretário: maurício antônio malaszkiewicz (Cachoeirinha, RS)2ª Secretária: mariah Feijó pfluck (Alvorada, RS)Tesoureiro: Jairo moran carvalho ribeiro (Caxias do Sul, RS)2º tesoureiro: matheus andré agliardi becker (Cachoeirinha, RS)Pastores conselheiros: rafael Juliano nerbas (Gravataí, RS) e Felipe Erdmann Euzébio (Cariacica, ES)Conselho fiscal: nicolas rincón reis (Belo Horizonte, MG), greice zschornack (Pelotas, RS) e vivian helena Kohn (Canoas, RS)

fotos: martinho sonntag

30 Mensageiro | outubro 2014

Page 15: Mensageiro Luterano - Outubro 2014

Universitários luteranos reúnem-se em Brasília

MÍRiaM KLiPPEL, 25 anos, mestranda em Engenharia Mecânica, é membro da Congre-gação São Marcos, de Barcelona, Serra, ES. No Congresso da Anul, ela fez novos amigos e des-

taca o quão maravilhoso é saber que Deus cui-da de cada um e como possibilita momentos de comunhão. “Somos muitos universitários, entretanto, somos um só corpo, unidos pela fé em Cristo Jesus. Temos diferentes dons, segundo a graça de Deus. Sendo assim, a Anul é importante porque proporciona uma comunhão no compartilhar experiências e no ouvir a Palavra de Deus. E isso é tudo de bom!” finaliza.

Mestre em Admi-nistração de Empresas, JaiRO MORan caRva-LHO RiBEiRO, 43 anos, é membro na Congre-gação Paz, de Caxias do Sul, RS. Ele conta que o Congresso contou com

estudantes e formados de diferentes idades e estados, o que foi impor-tante para despertar em seus participantes a necessidade de levar a Palavra da salvação de Cristo ao meio acadêmico, abrangendo não somente os universitários luteranos, mas todos os demais estudantes e formados. “O Congresso contou ainda com palestras de temas atuais, como Ética cristã x células--tronco, e de como iniciar um trabalho com universitários, bem como de um tema que nos acompanha a vida toda: A Maravilhosa Graça de Deus”, contribui.

Ribeiro ressalta que os congressos pos-

sibilitam momentos de convivência e de intercâmbio de conhecimentos necessários à aprendizagem cristã. “Cada participante tem a possibilidade de levar a mensagem aprendida para repassá-la em sua comunidade e no meio acadêmico no qual está inserido.”

fREDERicO Da siL-va REis, o Fred, como é conhecido na IELB, tem 46 anos, é membro da Congregação Bom Pastor, de Belo Hori-zonte, MG, e professor de Matemática na Uni-

versidade Federal de Ouro Preto. Ele diz que este Congresso da Anul foi um dos eventos mais profícuos de que participou na IELB, no que se referiu ao debate e à profundidade dos estudos, tanto o temático (Bioética Cristã) quanto o bíblico (Graça de Deus). Além disso, o propósito de consolidação da Anul foi alcan-çado com a eleição de uma Diretoria Nacional. “Certamente, representa um start-up no trabalho com esse importante segmento!”

Fred, que é ex-presidente da JELB e atual presidente do Conselho Diretor da IELB, con-sidera importante não só os congressos, mas principalmente o trabalho com universitários em todas as congregações. “Como profes-sor universitário, vejo que muitos jovens luteranos (e de outras denominações), ao se depararem com a realidade do ambiente universitário, ou se adequam abrindo mão de valores/princípios cristãos, ou não sabem como defender/testemunhar sua fé cristã. Des-sa forma, a natureza e o princípio dos temas

Opiniões sobre o Congresso

que podem ser explorados no trabalho com os universitários da IELB podem contribuir para que eles sejam “diferentes” em meio a uma diversidade de “iguais”! Além disso, por abranger não só estudantes de graduação como também de pós-graduação e profissio-nais formados, parece-me óbvio que, com a “congregacionalização” da Anul, estaremos fomentando a formação continuada de lide-ranças para a nossa Igreja!“, argumenta.

Membro da Congre-gação São Marcos, de Alvorada, RS, MaRiaH fEiJó PfLucK, 21 anos, é estudante do curso de Relações Interna-cionais, da Escola Su-perior de Propaganda

e Marketing (ESPM), de Porto Alegre, RS. Ela lembra que o meio acadêmico é repleto de teorias e métodos que às vezes questionam a fé cristã. “Além do mais, em ambientes como este, por vezes é difícil manifestar a nossa crença. Há certo despreparo dos universitá-rios cristãos ao lidar com estas questões, e aí entra a Anul, que visa instruir e preparar os acadêmicos, solidificando a fé por meio de estudos e debates. Da mesma forma, os acadêmicos têm muito a contribuir com o crescimento e desenvolvimento da Igreja, e a Anul objetiva também uma inclusão mais incisiva de seus associados nas lideranças das comunidades”, afirma.

Gerações de presidentes da JELB reunida: Martinho Sonntag, Eduardo Stahlhoefer e Frederico Reis com o atual presidenteda organização, Lucas Albuquerque.

daiEnE bauEr Kühl | Equipe editorial

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Mensageiro | outubro 2014 31

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A�Reforma�Luterana�Martinho�Lutero

Martinho Lutero nasceu na pequena cidade de Eisleben, na Alemanha, no dia 10 de novembro de 1483. Casou-se com Catarina von Bora e tiveram seis filhos.

No dia 31 de outubro de 1517, na porta da igreja do Castelo de Wittenberg, na Alemanha, Lutero fixou uma lista com 95 ideias sobre como Deus oferece o perdão às pessoas. Essa lista ficou conhecida como as 95 Teses de Martinho Lutero e estava baseada na própria Bíblia.

Martinho Lutero traduziu a Bíblia do original, do hebraico e do grego. Queria que todas as pessoas pudessem ler a Bíblia e assim crescer na fé e no conhecimento da Palavra de Deus.

Lutero escreveu o Catecismo Menor para que os pais pudessem, em casa, ensinar a seus filhos as partes principais da fé.

Ele baseou toda a sua obra na leitura da Bíblia. A Bíblia nos ensina que vamos para o céu por causa de Jesus, não por causa de coisas boas que fazemos. Quem crer nisto, será salvo!

As coisas boas que fazemos, nosso trabalho, não é para conseguirmos nossa salvação. Deus não precisa de nosso trabalho.

As pessoas ao nosso redor, sim, precisam de nós: nossos pais, irmãos, amigos, professores, pastores ... É assim que Deus cuida da sua criação e se alegra conosco!

Lutero também nos lembra da importância do nosso Batismo. Podemos ficar em paz porque sabemos que somos batizados.

Lutero considerava a música muito importante. Certa vez ele disse: “A música é um presente de Deus que faz as pessoas se sentirem felizes”. Ele escreveu muitos hinos, e dois dos mais famosos são: “Eu venho desde os altos céus” e “Castelo Forte”.

FAÇA DE CONTA QUE

VOCÊ É LUTERO! TRADUZA O

VERSÍCULO ABAIXO, QUE

ESTÁ EM HEBRAICO, PARA O

PORTUGUÊS. CONFIRA A

RESPOSTA EM GÊNESIS 1.3

Tradução: ................................................................................................................................................

Em dezembro comemoramos o aniversário de Jesus. Faça um desenho do aniversariante mais importante de todos, tire uma foto e mande para o Mensageiro das Crianças. Depois entregue o desenho a um amiguinho que ainda não sabe disso e conte a ele a maravilhosa história do natal.

Envie a foto para [email protected] ou para o endereço: Mensageiro das criançasAv. São Pedro, 633 – bairro São GeraldoCEP: 90230-120 – Porto Alegre, RS

Comunicando sempre - Jesus, a fonte da água viva

Encarte do Mensageiro Luterano de outubro de 2014

FOTO DAS CRIANÇAS DA ESCOLA

DOMINICAL DA CONGREGAÇÃO

CONCÓRDIA, DE RIO DO SUL - SC, COM AS PROFESSORAS ELENICE LIPPEL,

EDINARA J. HAHN E MARI L. BREHM.

Beatriz Raymann

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Page 17: Mensageiro Luterano - Outubro 2014

______________ ____________ _______________ _____ ______________

16 + 15 + 9 + 19 16 + 5 + 12 + 1 7 + 18 + 1 + 3 + 1 4 + 5 4 + 5 + 21 + 19

_______________ ______________ __________________

22 + 15 + 3 + 5 + 19 19 + 5 + 18 + 1 + 15 19 + 1 + 12 + 22 + 15 + 19

__ _____ ________________________ __________ _____

5 21 + 13 16 + 18 + 5 + 19 + 5 + 14 + 20 + 5 4 + 1 + 4 + 15 16 + 15 + 18

____________ . Na Bíblia em: _____________________2.8

4 + 5 + 21 + 19 5 + 6 + 5 + 19 + 9 + 15 + 19

JESUS ME AMA. ELE É O

MEU SALVADOR.

JESUS É O ÚNICO

CAMINHO PARA O CÉU.

SOU BATIZADO

E SOU SALVO

POR JESUS.

A BÍBLIA FOI ESCRITA PELO MEU PASTOR.

A BÍBLIA É A PALAVRA DE DEUS.

SOMENTE A BÍBLIA

Também chamada de Escritura ou Escrituras Sagradas.

Em Latim:SOLA SCRIPTURA

O que significa isso? Somente a Bíblia é a Palavra de Deus. Leia na Bíblia em 2Timóteo 3.16: “Pois toda a Escritura é inspirada por Deus e é útil para ensinar a verdade, condenar o erro, corrigir as faltas e ensinar a maneira certa de viver.”

MARTINHO LUTERO NOS ENSINOU MUITAS COISAS IMPORTANTES. ELE DISSE: “PRESTEM

ATENÇÃO: É NISTO QUE CREMOS”!

VOCÊ SABE QUAIS SÃO

ESTAS COISAS?

QUAL É O VERSÍCULO BÍBLICO QUE ESTÁ

ESCRITO NESTA MENSAGEM SECRETA?

DEPOIS DE DESCOBRIR A MENSAGEM, NÃO

ESQUEÇA DE COLOCAR OS ACENTOS E

CEDILHAS NOS SEUS LUGARES!

FALSO OU VERDADEIRO?

DESENHE UM ROSTO SORRIDENTE PARA A FRASE VERDADEIRA.

DESENHE UM ROSTO

TRISTE PARA A FRASE FALSA.

SOMENTE A GRAÇA

Em Latim: SOLA GRATIA

O que significa isso? Graça é receber alguma coisa que não merecemos. Deus nos ama tanto que nos deu o maior presente possível: Jesus, que morreu por nós e nos salvou. E dele também recebemos a fé. Leia na Bíblia em Efésios 2.8: “Pois pela graça de Deus vocês são salvos por meio da fé. Isso não vem de vocês, mas é um presente dado por Deus.”

SOMENTE PELA FÉEm Latim: SOLA FIDE

O que significa isso? Somos salvos pela fé em Jesus, não por coisas boas que fazemos. Leia na Bíblia em Romanos 1.17: “Pois o evangelho mostra como é que Deus nos aceita: é por meio da fé, do começo ao fim. Como dizem as Escrituras Sagradas: 'Viverá aquele que, por meio da fé, é aceito por Deus'.”

AGORA, VOCÊ É O

TRADUTOR! AS PALAVRAS

ESTÃO EM LATIM;

PROCURE NO TEXTO

ACIMA A TRADUÇÃO

PARA O PORTUGUÊS.

SOLA FIDE

SOLA SCRIPTURA

SOLA GRATIA

Tradução: .............................................

Tradução: .............................................

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22 + 15 + 3 + 5 + 19 19 + 5 + 18 + 1 + 15 19 + 1 + 12 + 22 + 15 + 19

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5 21 + 13 16 + 18 + 5 + 19 + 5 + 14 + 20 + 5 4 + 1 + 4 + 15 16 + 15 + 18

____________ . Na Bíblia em: _____________________2.8

4 + 5 + 21 + 19 5 + 6 + 5 + 19 + 9 + 15 + 19

JESUS ME AMA. ELE É O

MEU SALVADOR.

JESUS É O ÚNICO

CAMINHO PARA O CÉU.

SOU BATIZADO

E SOU SALVO

POR JESUS.

A BÍBLIA FOI ESCRITA PELO MEU PASTOR.

A BÍBLIA É A PALAVRA DE DEUS.

SOMENTE A BÍBLIA

Também chamada de Escritura ou Escrituras Sagradas.

Em Latim:SOLA SCRIPTURA

O que significa isso? Somente a Bíblia é a Palavra de Deus. Leia na Bíblia em 2Timóteo 3.16: “Pois toda a Escritura é inspirada por Deus e é útil para ensinar a verdade, condenar o erro, corrigir as faltas e ensinar a maneira certa de viver.”

MARTINHO LUTERO NOS ENSINOU MUITAS COISAS IMPORTANTES. ELE DISSE: “PRESTEM

ATENÇÃO: É NISTO QUE CREMOS”!

VOCÊ SABE QUAIS SÃO

ESTAS COISAS?

QUAL É O VERSÍCULO BÍBLICO QUE ESTÁ

ESCRITO NESTA MENSAGEM SECRETA?

DEPOIS DE DESCOBRIR A MENSAGEM, NÃO

ESQUEÇA DE COLOCAR OS ACENTOS E

CEDILHAS NOS SEUS LUGARES!

FALSO OU VERDADEIRO?

DESENHE UM ROSTO SORRIDENTE PARA A FRASE VERDADEIRA.

DESENHE UM ROSTO

TRISTE PARA A FRASE FALSA.

SOMENTE A GRAÇA

Em Latim: SOLA GRATIA

O que significa isso? Graça é receber alguma coisa que não merecemos. Deus nos ama tanto que nos deu o maior presente possível: Jesus, que morreu por nós e nos salvou. E dele também recebemos a fé. Leia na Bíblia em Efésios 2.8: “Pois pela graça de Deus vocês são salvos por meio da fé. Isso não vem de vocês, mas é um presente dado por Deus.”

SOMENTE PELA FÉEm Latim: SOLA FIDE

O que significa isso? Somos salvos pela fé em Jesus, não por coisas boas que fazemos. Leia na Bíblia em Romanos 1.17: “Pois o evangelho mostra como é que Deus nos aceita: é por meio da fé, do começo ao fim. Como dizem as Escrituras Sagradas: 'Viverá aquele que, por meio da fé, é aceito por Deus'.”

AGORA, VOCÊ É O

TRADUTOR! AS PALAVRAS

ESTÃO EM LATIM;

PROCURE NO TEXTO

ACIMA A TRADUÇÃO

PARA O PORTUGUÊS.

SOLA FIDE

SOLA SCRIPTURA

SOLA GRATIA

Tradução: .............................................

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PINTE A ROSA DE LUTERO DE ACORDO COM ESTE MODELO OU NAS CORES QUE VOCÊ MAIS GOSTA!

As cores deste símbolo têm significados. Veja quais são:

Círculo dourado (amarelo): eternidade: as promessas de Deus são para sempre.Azul: Alegria pela Salvação que Jesus nos deu. Rosa Branca: A paz do Senhor. Coração vermelho: Perdão e justificação que temos em Jesus Cristo. Cruz preta: Jesus morreu por nós, em nosso lugar.

Page 20: Mensageiro Luterano - Outubro 2014

A Reforma Luterana Martinho Lutero

Martinho Lutero nasceu na pequena cidade de Eisleben, na Alemanha, no dia 10 de novembro de 1483. Casou-se com Catarina von Bora e tiveram seis filhos.

No dia 31 de outubro de 1517, na porta da igreja do Castelo de Wittenberg, na Alemanha, Lutero fixou uma lista com 95 ideias sobre como Deus oferece o perdão às pessoas. Essa lista ficou conhecida como as 95 Teses de Martinho Lutero e estava baseada na própria Bíblia.

Martinho Lutero traduziu a Bíblia do original, do hebraico e do grego. Queria que todas as pessoas pudessem ler a Bíblia e assim crescer na fé e no conhecimento da Palavra de Deus.

Lutero escreveu o Catecismo Menor para que os pais pudessem, em casa, ensinar a seus filhos as partes principais da fé.

Ele baseou toda a sua obra na leitura da Bíblia. A Bíblia nos ensina que vamos para o céu por causa de Jesus, não por causa de coisas boas que fazemos. Quem crer nisto, será salvo!

As coisas boas que fazemos, nosso trabalho, não é para conseguirmos nossa salvação. Deus não precisa de nosso trabalho.

As pessoas ao nosso redor, sim, precisam de nós: nossos pais, irmãos, amigos, professores, pastores, ... É assim que Deus cuida de sua criação e se alegra conosco!

Lutero também nos lembra da importância do nosso Batismo. Podemos ficar em paz porque sabemos que somos batizados.

Lutero considerava a música muito importante. Certa vez ele disse: “A música é um presente de Deus que faz as pessoas se sentirem felizes”. Ele escreveu muitos hinos, e dois dos mais famosos são: “Eu venho desde os altos céus” e “Castelo Forte”.

FAÇA DE CONTA QUE

VOCÊ É LUTERO! TRADUZA O

VERSÍCULO ABAIXO, QUE

ESTÁ EM HEBRAICO, PARA O

PORTUGUÊS. CONFIRA A

RESPOSTA EM GÊNESIS 1.3

Tradução: ................................................................................................................................................

Em dezembro comemoramos o aniversário de Jesus. Faça um desenho do aniversariante mais importante de todos, tire uma foto e mande para o Mensageiro das Crianças. Depois entregue o desenho a um amiguinho que ainda não sabe disso e conte a ele a maravilhosa história do natal.

Envie a foto para [email protected] ou para o endereço: Mensageiro das criançasAv. São Pedro, 633 – bairro São GeraldoCEP: 90230-120 – Porto Alegre, RS

Comunicando sempre - Jesus, a fonte da água viva

Encarte do Mensageiro Luterano de outubro de 2014

FOTO DAS CRIANÇAS DA ESCOLA

DOMINICAL DA CONGREGAÇÃO

CONCÓRDIA, DE RIO DO SUL - SC, COM AS PROFESSORAS ELENICE LIPPEL,

EDINARA J. HAHN E MARI L. BREHM.

Beatriz Raymann

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