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Fernando Pessoa Mensagem Cláudia Silva Página 1 Fernando António de Seabra Pessoa nasceu em Lisboa em 1888 e faleceu em 1935. Foi um dos maiores génios poéticos de toda a nossa literatura e um dos poucos escritores portugueses mundialmente conhecidos. Quando morreu tinha apenas publicado um livro em vida Mensagem. A Mensagem é uma obra épicolírica, simbólica e mítica. Épico = exaltação/ glorificação dos homens que manifestam em si a força do mito "sopro patriótico de exaltação e incitamento"; Lírica = função emotiva da linguagem subjectiva dada pelo "eu" poético; Riqueza semântica e estilística; atitude introspectiva do sujeito poético; Simbólica e mítica = vida e morte de um mundo: morte que será seguida de um renascimento » 5º Império . Génese, estrutura e classificação da obra Mensagem, o único livro de versos portugueses organizado e publicado por Fernando Pessoa, é, das suas obras, aquela onde a visão ocultista mais perfeitamente se concretiza, sendo também aquela onde o itinerário da sua inteligência poética nos aparece intimamente associado à realidade histórica. Considera o próprio autor que este livro se integra numa linha de criação poética que designa de «nacionalismo mítico». Em carta, de 1935, a Adolfo Casais Monteiro, sobre a génese dos heterónimos, escreve: «Concordo absolutamente consigo em que não foi feliz a estreia, que de mim mesmo fiz, com o livro da natureza da Mensagem . Sou, de facto, um nacionalista místico, um sebastianista racional. Mas sou; à parte disso, e até em contradição com isso, muitas outras coisas. E essas coisas, pela mesma natureza do livro, a Mensagem não as inclui.». Mais à frente, Pessoa diz que concorda com os factos (a publicação), acentuando que o aparecimento do livro coincide « com um dos momentos críticos (no sentido original da palavra) da remodelação do subconsciente nacional.». O facto de as poesias que constituem o livro possuírem datas que oscilam entre 1913 e 1934 ( o ano da publicação, que é o ano anterior à morte de F. Pessoa) pode ser visto como a afirmação da constância de uma linha de nacionalismo profético declarada já em 1912, em Texto1:

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Fernando António de Seabra Pessoa nasceu em Lisboa em 1888 e faleceu em 1935. Foi um

dos maiores génios poéticos de toda a nossa literatura e um dos poucos escritores portugueses

mundialmente conhecidos. Quando morreu tinha apenas publicado um livro em vida ­ Mensagem.

A Mensagem é uma obra épico­lírica, simbólica e mítica.

Épico = exaltação/ glorificação dos homens que manifestam em si a força do mito "sopro patriótico de exaltação e incitamento";

Lírica = função emotiva da linguagem subjectiva dada pelo "eu" poético; Riqueza semântica e estilística; atitude introspectiva do sujeito poético;

Simbólica e mítica = vida e morte de um mundo: morte que será seguida de um renascimento » 5º Império.

Génese, estrutura e classificação da obra Mensagem, o único livro de versos portugueses organizado e publicado por Fernando

Pessoa, é, das suas obras, aquela onde a visão ocultista mais perfeitamente se concretiza,

sendo também aquela onde o itinerário da sua inteligência poética nos aparece intimamente

associado à realidade histórica. Considera o próprio autor que este livro se integra numa linha

de criação poética que designa de «nacionalismo mítico». Em carta, de 1935, a Adolfo Casais

Monteiro, sobre a génese dos heterónimos, escreve: «Concordo absolutamente consigo em que não foi feliz a estreia, que de mim mesmo fiz, com o livro da natureza da Mensagem. Sou, de facto, um nacionalista místico, um sebastianista racional. Mas sou; à parte disso, e até em contradição com isso, muitas outras coisas. E essas coisas, pela mesma natureza do livro, a Mensagem não as inclui.». Mais à frente, Pessoa diz que concorda com os factos (a

publicação), acentuando que o aparecimento do livro coincide « com um dos momentos críticos (no sentido original da palavra) da remodelação do subconsciente nacional.».

O facto de as poesias que constituem o livro possuírem datas que oscilam entre 1913 e

1934 ( o ano da publicação, que é o ano anterior à morte de F. Pessoa) pode ser visto como a

afirmação da constância de uma linha de nacionalismo profético declarada já em 1912, em

Texto1:

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artigos sobre « A Nova Poesia Portuguesa », publicado na revista Águia. Aí se afirma o propósito de contribuir para a criação do «supra ­ Portugal de amanhã». O poema «

D.Fernando, Infante de Portugal », datado de 1913 constitui a reformulação de uma versão

que originalmente não pertencia ao projecto da obra (tendo sido publicado em Orpheu 3 com o título "Gládio") e cuja inserção nesta é indicadora da sua longa germinação. Conforme o estudo de Jacinto do Prado Coelho, «Cronologia e Variantes da Mensagem», «a obra nasce principalmente em três períodos criadores: do primeiro entre 1918, senão antes, e 1922, resulta "Mar Português" ; o segundo são os últimos meses de 1928, em que surgem predominantemente composições de Brasão; o terceiro são os primeiros meses de 1934, que precedem imediatamente a publicação do volume».

Constituem as datas dos poemas um elemento de ligação à sociedade e à cultura de

uma época, que seria motivo de equívoco se a sua leitura não mostrasse que o nacionalismo da Mensagem é uma porta de renascer para a diversidade, compatível com um ideal cosmopolita. A totalidade «Portugal» (o livro esteve para ser intitulado deste modo) é um mundo aberto para

o futuro que só existe num processo de criação dramática. Para Pessoa, a existência de

Portugal como nação anda a par com a sua existência poética e é esta que considera em

perigo, estagnada, propondo­se engrandecê­la. A concretização do «propósito impessoal de

engrandecer a pátria e contribuir para a evolução da humanidade» passa pelo fazer outra a

história nacional. Encontrar nela a disponibilidade que move. Sabê­la, como a si, uma ficção

interminável. Mensagem, enquanto poema épico­lírico, rivaliza com o canto épico da Literatura

Portuguesa ­ Os Lusíadas de Luís de Camões ­ e prossegue, noutro sentido, a História do Futuro do Padre António Vieira. Como parte do diálogo intertextual interior à obra de Fernando Pessoa, este livro conduz­nos perante aspectos fundamentais para a compreensão,

nomeadamente os seguintes:

­ A relação entre a estética e a política, ou melhor, entre a criação artística e o

empenhamento pluridimensional do autor, a sua responsabilidade perante a comunidade.

­ A conjugação do processo que dá origem ao « drama em gente » ( anti­mito da

personalidade) e a busca de uma supra­identidade, o mito do mito, do «nada que é tudo».

A ligação do pensamento poético­filosófico de Pessoa ao Saudosismo Profético da

tradição portuguesa.

Silvina Rodrigues Lopes in "Mensagem" de Fernando Pessoa, pp. 22­23

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Arquitectura e símbolos da Mensagem

As três partes em que se divide o livro, e a organização de cada uma delas revelam a

importância fundamental da estruturação triádica e a oscilação tendente para um esquema de

síntese quíntupla. As três divisões principais são as seguintes: Heráldica ­ Brasão; Descobertas ­ Mar Português; Profecia ­ O Encoberto.

A posição intermédia de «Mar Português» estabelece a sucessão Império ­ Material »» Império­ Espiritual, porquanto no mar se simboliza a essência de um ideal, Ser­se Português! ­ o estar com a distância é o jamais aceitar ser­se vencido, o não se contentar de ser vencedor.

A unidade do poema é construída a partir de valores simbólicos que integram o passado

histórico transfigurado em mito e a invenção de um futuro. Os heróis míticos figuram

sucessivamente: a formação e a consolidação da nacionalidade; as descobertas e a expansão

imperial; a esperança de um novo império. Em cada uma das partes que concorrem para a

totalidade podem encontrar­se figuras dominantes: Nun'Álvares, o Infante, D.Sebastião.

Todavia, o que resulta desse conjunto originado numa rigorosa selecção é que não são factos

ou feitos gloriosos, empíricos, que criam o Destino, mas antes o processo de mitologização que

lhes confere vida espiritual, fazendo que concorram para uma conjugação de atitudes e valores.

Num plural harmonioso reúne­se a inconsciência e a consciência, como motores de

acção; os heróis movidos por um instinto obscuro e os que agem voluntariamente. Nele

confluem o activo e o passivo, a coragem guerreira e a capacidade de sacrifício, o desejo de

posse e a contemplação sem objectivos.

Silvina Rodrigues Lopes in "Mensagem" de Fernando Pessoa, pp. 24­26

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Mensagem Primeira Parte Segunda Parte Terceira Parte

"Os Castelos"

Trata­se de apresentar Portugal. Para Pessoa, Portugal é o rosto da Europa, aquele que "fita", o mar ocidental, seu destino, seu futuro. Génese da mensagem = trazer o passado glorioso e projectá­lo para o futuro.

"O Infante" "Deus quer, o homem sonha, a obra nasce." Deus ­ agente da vontade, quer a unidade da Terra. O homem sonha e é o agente da vontade divina. Conclusão: o sonho cumpriu­se, desfez­se e deu lugar a um novo sonho, mas tal só acontecerá se o Senhor corresponder ao apelo "Falta cumprir­se Portugal". Esta conclusão é um apelo a Deus para que queira de novo e desencadeie um novo ciclo.

"Ulisses" Trata­se de um herói fundador, de base mítica. O mito, diz Pessoa, não existe, é o nada, mas tem a força de ser tudo, porque é fecundante. Para Pessoa não é importante que os heróis tenham ou não vivido, o que é importante é que tenham funcionado como força vivificadora do mito. Os mitos e as lendas são forças motriz que compelem o homem para as grandes façanhas.

"O Mostrengo"

Facto notável neste poema é o contraste entre o tom ameaçador das 4 perguntas do mostrengo e as respostas breves do marinheiro português nas duas primeiras estrofes, para na última o vermos mobilizar todas as energias e dar uma resposta relativamente longa e conclusiva, impondo a sua vontade.

"Quinto Império"

Trata­se de um poema que afirma uma filosofia sobre o homem e o viver. para o poeta, e retomando o que vinha a dizer desde a 1ª parte, o que faz sentido na vida é o sonho "Triste de quem vive em casa/ Contente do seu lar". Sem o sonho, capaz de remover montanhas, a vida é triste, ainda que no conforto sensato do lar. Para Pessoa, loucura é o sonho que impele o ir mais além. O que distingue o homem do animal é a capacidade de sonhar e de partir nas asas ou nas naus do sonho, para que a obra nasça.

"D.Dinis" Para Pessoa, D.Dinis era visto como o rei capaz de antever futuros, justamente porque poeta visionário. É visto como "plantador de naus a haver".

"D. Sebastião, rei de Portugal"

Hino à loucura como meio de atingir a grandeza, o sonho e o mito.

"Mar Português"

Poema épico­lírico em que o poeta sentiu, imaginando os trabalhos e as dores que o Império custou, procurando unir o trágico ao heróico. A ideia de Império aparece associada à de Portugal e às dores e sacrifícios. Verifica­se ainda intertextualidade com Camões. Todavia, a concepção de herói é diferente: em Pessoa é mítico e lendário, enquanto em Camões assume um carácter mais humano e mais terreno.

"Nevoeiro" O poema tem duas fases: uma voltada para a crise presente e outra que prenuncia uma redenção. Quando se pergunta: "Que ânsia distante perto chora" significa que a ânsia, indispensável, que a busca e o encontro, embora distantes, ela chora perto. Está viva. O último verso "É a hora" vem abrir­lhe a porta de um novo Império. A ânsia foi determinante nas descobertas, também o é agora no novo mundo a achar.

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Poemas da 1ª Parte ­ " Brasão "

"O dos Castelos"

P P P Poema de abertura da Mensagem. P P P Explicitação do título: aquele que apresenta castelos na sua bandeira, ou seja, Portugal; P P P Levantamento das características da Europa:

­ figura feminina que se apresenta numa postura estática: "(...)jaz, fitando";

­ importância dos olhos na globalidade do retrato, uma vez que o olhar é esfíngico (vazio) e

fatal;

P P P Descodificação do simbolismo presente na postura da Europa: um continente que já desvendou, no passado, o futuro ("O Ocidente, do futuro do passado."), assume agora uma atitude expectante e contemplativa;

P P P Referência, a partir do último verso, ao papel que cabe a Portugal, o de guiar a Europa e o mundo até a um império espiritual liderado por um "super­Portugal". Este aspecto constitui a essência do

nacionalismo profético que percorre toda a Mensagem.

"Ulisses"

P P P Justificação da referência a Ulisses num conjunto de poemas que glorificam a história e figuras nacionais.

P P P Segundo a lenda, após a vitória em Tróia e quando regressava a Ítaca, Ulisses perdeu­se no Mediterrâneo e durante essa viagem atribulada teria chegado até ao estuário do Tejo e fundado Lisboa.

Assim, e porque Lisboa significa aqui metonimicamente Portugal, esta referência a Ulisses, figura mítica

vinda do mar, simbolizaria o destino marítimo dos Portugueses.

P P P Explicitação do paradoxo contido no primeiro verso do poema: "o mito é nada" porque é uma Explicitação fantasiosa do real, no entanto, porque explica esse mesmo real, acaba por se tornar,

também ele, concreto:

P P P Constatação do valor e das possibilidades criadoras do mito presentes na 2ª estrofe; P P P Chamada de atenção para a valorização constante do mito, elevado pelo sujeito poético, a um estatuto criador e divino ("Assim a lenda escorre/ A entrar na realidade,/ E a fecundá­la decorre.");

P P P Constatação de que o tom eufórico que percorre todo o texto evolui para uma evidente disforia contida nos dois últimos versos, facto que evidencia, de novo, a valorização do mítico e do lendário e a

desvalorização do real e do concreto.

Poema 1

Poema 2

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"D.Dinis"

P P P D.Dinis foi um grande poeta, portanto considerado incapaz de governar o Mundo; P P P No entanto, provou o contrário:

* criou a marinha portuguesa

* mandou plantar o pinhal de Leiria, prevendo que haveria necessidade de madeira para

as armadas

P P P Simboliza a importância da poesia na construção do Mundo: visionário (profeta) e rei trovador.

" D.Fernando, Infante de Portugal"

P P P Símbolo da Santa Guerra; P P P A alma de D.Fernando é tão grande, que nada o atemoriza; P P P Valorização do herói, D.Fernando: é conduzido pelo Sonho, pela vontade divina que apela a ir sempre mais longe.

" D. Sebastião, Rei de Portugal"

P P P O sujeito de enunciação é a própria personagem; P P P Dramatismo »»» discurso na 1ª pessoa »»» afirmação e auto­interpretação; P P P o traço essencial do sujeito é a Loucura, mas uma loucura positiva »»» como singularidade na ousadia, no espírito de aventura, na coragem.

P P P Hino à loucura, como meio de atingir a grandeza.

Poema 3

Poema 4:

Poema 5

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Poemas da 2ª Parte ­ " Mar Português "

"O Infante"

P P P O primeiro verso constitui um Mote ou Aforismo P P P O percurso do poema é do geral para o particular e do particular para o colectivo; P P P Há uma economia de linguagem e uma densidade de sentidos; P P P Verifica­se a dinâmica da: Tese ­­> Antítese ­­> Síntese ( Cumpriu­se o sonho ­­> O sonho desfez­ se ­­>Falta nascer um novo sonho);

P P P A vontade de Deus é um requisito inicial e indispensável. Esta conclusão é uma Invocação a Deus para que queira de novo e desencadeie um novo ciclo.

"O Padrão"

P P P Homenagem ao monumento que os portugueses erigiam em terras que iam descobrindo, a testemunhar a civilização cristã;

P P P A navegação marítima é o caminho visível para a viagem transcendente.

"O Mostrengo"

P P P Simboliza os medos, os obstáculos naturais e as forças adversas da natureza que dificultaram a viagem dos Portugueses para a Índia;

P P P De salientar o nº 3 e os seus múltiplos : * 3 estrofes, com nove versos cada, tendo o refrão 6 sílabas;

* o mostrengo e o homem do leme falam 3 vezes;

* o mostrengo "voou 3 vezes";

* o homem do leme tremeu 3 vezes;

* "ergueu as mãos do leme 3 vezes e 3 vezes ao leme as reprendeu"

Poema 1

Poema 3

Poema 2

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"Mar Português"

P P P Poema épico­lírico em que o poeta sentiu, imaginando, os trabalhos e as dores que o Império custou, procurando unir o trágico e o heróico;

P P P 1ª estrofe »» o poeta procura apresentar e interiorizar uma realidade épica, os sacrifícios necessários para que o povo português conquistasse o mar;

P P P 2ª estrofe »» tece considerações sobre essa realidade, afirmando que "tudo vale a pena..." P P P A ideia de IMPÉRIO aparece então associada a dor e sacrifícios.

" Prece"

P P P Constitui como o título indica uma prece, uma súplica dirigida ao Senhor ( D.Sebastião? Deus? ...) para que devolva à Pátria a chama oculta debaixo das cinzas (símbolo da decadência do País);

P P P Constitui também o elo de ligação à 3ª parte.

Poema 4

Poema 5

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Poemas da 3ª Parte ­ " O Encoberto "

"O quinto Império"

P P P É um poema cujo tema se baseia na filosofia sobre o homem e o seu viver; P P P A História só se faz com os descontentes que se regem pelo sonho; P P P O sonho é o caminho que evita a mediocridade do viver e favorece a grandeza da alma; P P P O poeta sonhador profetiza a terra como palco de espiritualidade; P P P O 5º Império é sinónimo de luz e paz, mas só se concretizará com o regresso de D.Sebastião.

"António Vieira"

P P P Elogio àquele que foi o " Imperador da Língua Portuguesa" e também o visionário profético que criou a esperança do 5º Império.

"Terceiro"

P P P Poema Sebastianista: * a nação está em degradação;

* a frustração do presente faz ansiar a vinda do salvador;

* o salvador e a sua vinda revestem­se de mistério.

P P P O sebastianismo surge como uma nova religião que substituirá o cristianismo e trará a Paz Universal.

Poema 1

Poema 2

Poema 3

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Cláudia Silva Página 10

"Nevoeiro"

P P P O poema aponta para um tom geral de disforia, de tristeza, de melancolia, marcado por palavras e expressões de negatividade »» caracterizando uma situação de crise a vários níveis;

P P P "É a Hora!" »»» o poeta exclama no meio do nevoeiro, do incerto e derradeiro, quando tudo é disperso e nada inteiro, é uma exclamação mobilizadora, que chama a atenção para o facto de ser esse

o momento em que tudo começa, em que tem de começar­se a construir uma nova realidade, diferente,

melhor e mais Além.

Poema 4