Mês de agosto obaluaê
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Diretor geral: Caio Augusto
Novidades, textos, eventos,
matérias, tudo que você
Umbandista procura.
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Editorial:
Amigos esse mês de luz deixo essa reza para abrirmos bem essa edição axé;
Dominador das epidemias. De todas as doenças e da peste.
Omulu, Senhor da Terra. Obaluaê, meu Pai Eterno.
Dai-nos saúde para a nossa mente, dai-nos saúde para nosso corpo.
Reforçai e revigorai nossos espíritos para que possamos enfrentar todos os males e infortúnios da
matéria. Atotô meu Obaluaê!
Atotô meu Velho Pai! Atotô Rei da Terra! Atotô Babá!
Ass.: Caio Augusto Presidente do Jornal.
NOTA:
Comunicamos que, o Jornal de Umbanda Sagrada
Portal Caminhos de Ogum é um espaço livre que
autores enviam seus textos e trabalhos, e é
comunicado na mídia Umbandista, cada um tem
total responsabilidade por seu texto, então o jornal
em geral só si responsabiliza pela montagem e
divulgação! Boa leitura.
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(Caio augusto)
Olá meu amigo querido leitor dessa ferramenta linda que é esse jornal, hoje refletindo vou escrever algo que tenho comigo que todos já passaram na vida, bem vamos lá. A pessoas que são como simples gatos perdidos quando vê você da um carinho único e sempre estão por perto, mais só por que sabem que você esta implantando algo, é meu amigo é incrível como o humano é, se ele quer algo ele arranja não conquista..... Pois imagina você acordar na madrugada ir trabalhar para manter seus projetos, nunca que um amigo de hora certa ia querer uma coisa dessas longe dele, pessoas que fazem isso é fraqueza de espírito, contarei uma historia que ocorreu com um amigo. Um belo dia Fernando decidiu abrir sua casa de santo, lá ele imaginava vários amigos dando aulas palestras e afins, assim que o amigo da hora certa ficou sabendo, começou a bajular Fernando, e todo humano gosta disso acaba se abrindo. Um belo dia Fernando inocente chama esse amigo da hora certa para dar um curso na casa dele, a pessoa se mostra muito prestativa e feliz, mais mau sabia Fernando que a sua dor de cabeça ia começar, o amigo da hora certa começa a influenciar as pessoas que Fernando levou até ele, menosprezando o próprio
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Fernando, e como um câncer negativo as coisas param de ir para frente e o amigo de hora certa leva os alunos para dar aula em casa... É meu amigo ai como fica Fernando, como bobo pois quis ajudar o outro amigo da hora certa e se ferrou, mais calma não é errado ajudar as pessoas, só quero que entendam como tem pessoas do bem e outras do bem até a hora que precisam, pense bem amigos as pessoas gostam de ter o que não conquistam, cuidado com quem anda, pois me diga quem tu andas que digo quem tu és, não seja o próximo Fernando cuide do que é seu com todo carinho pois ninguém melhor que o dono para ver o boi crescer. Bem fica minha dica para as pessoas que curtem as custas dos outros, Fernando ganho pontos com Deus pois cumpriu com seu papel e o amigo da hora ganhou pontos com quem ?
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(Renê Castro)
Vou confessar, leitor, mesmo sabendo que essa revelação pode mudar o modo como as pessoas me enxergam. Bom, tudo bem. É a vida. Respira, inspira... Lá vai: o Deus que eu acredito não tem aquela barba longa e grisalha. Pronto, falei. (pausa para a chuva de vaias, desapontamentos e ensaios de cura para este pobre infeliz) Passou? Sobrevivi? Então, agora a conversa vai ficar séria. Tenho outra revelação. Não, ainda não terminou e é certo que você vai me odiar agora. Segura essa! O filho de Deus que eu acredito não está pregado na cruz. Agora eu peguei pesado, eu sei. Eu precisava desabafar. Sério. Qual é o meu Deus? Boa pergunta... Pensando bem, meu Deus é um aperto de mão. Não, calma. Um aperto de mão seguido de um abraço. E um sorriso sincero. Melhor: é uma lágrima de felicidade. Hum... Sabe aquela confiança desenfreada que vem sem mais nem menos? Então, é ele. Tá bom, eu sei. É difícil responder.
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Pra falar a verdade, meu Deus se veste de acordo com a ocasião. Tem dias que meu Deus tem pele negra, veste branco e carrega uma espécie de cajado. Parece ser bem velhinho. Ele aparece assim pra me mostrar que a experiência não vem a cavalo. É preciso caminhar, e muito. Em outras oportunidades, vejo ele imponente, compenetrado. Carrega até uma espada. Quem se atreve a enfrentá-lo? É nessas horas que eu lembro que a vida é feita de batalhas. A gente tem de se acostumar com essa ideia o quanto antes. Nos momentos de apuros, meu Deus aparece em um piscar de olhos e dá uma gargalhada daquelas. Me arrepia todo só de dizer. Ele se livra do que me aflige e segue me acompanhando, todo sorridente. É dessa forma que ele me mostra que sempre teremos um ombro amigo na nossa estrada. Mas, cá entre nós, se eu tivesse que resumir a imagem do meu Deus, diria que
ele é aquele raio de sol que passa pela fresta da janela e me acorda todas as
manhãs.
Sem ele, que insiste em me lembrar que há sempre espaço para o
renascimento, nem teria acordado para contar esta história.
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(Douglas Elias)
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Desaparecidos:
Desaparecido(a) em: 15/05/1999 Estado: Minas Gerais
Desaparecido(a) em: 10/01/2010 Estado: Distrito Federal
Desaparecido(a) em: 04/05/2012 Estado: Rio Grande do Sul
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(Caio Augusto)
“Foram 100 anos de muita luta para nós. Fiquei muito feliz em ter em mãos
uma grande pesquisa sobre a nossa Umbanda, bem esclarecedora.
Parabéns!”
– Lygia Cunha – neta de Zélio de Moraes e Presidente da Tenda Espírita
Nossa Senhora da Piedade
“Considero o livro do Alexandre uma referência fundamental para todos
aqueles que queiram conhecer um pouco mais a fundo a história da
Umbanda.”
– Leonardo Cunha dos Santos – um trabalhador da Umbanda do Caboclo
das Sete Encruzilhadas, bisneto de Zélio de Moraes
“Ah, como teria sido mais fácil o meu trabalho se nas décadas de 1950 e 1960
eu pudesse ter lido este livro.”
– Pai Ronaldo Linares – Sacerdote de Umbanda, Presidente da FUGABC
“Espero que este livro torne-se fundamental para o estudo, tanto da história
da Umbanda quanto dela própria como uma religião brasileira, fundada por
um brasileiro.”
– Pai Rubens Saraceni – Sacerdote de Umbanda, Médium Psicógrafo e
Presidente do Colégio de Umbanda Sagrada Pai Benedito de Aruanda
“Alexandre Cumino nos presenteia com este livro. Fruto de pesquisa
consistente de um religioso incansável, sensível e coerente.”
– Prof. Dra. Patrícia Ricardo de Souza – Faculdades Integradas Claretianas,
São Paulo
“Religião é indispensável para a vida, como bem afirma Riobaldo, em
Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa: „todo-o-mundo é louco. O
senhor, eu, nós, as pessoas todas. Por isso é que se carece principalmente de
religião: para desendoidecer, desdoidar. Reza é que cura loucura‟. É nesta
perspectiva que se enquadra o excelente trabalho de Alexandre Cumino, que
busca garantir a memória dos grandes feitos dos que fizeram e fazem a
Umbanda contribuir para desendoidecer, desdoidar muita gente.”
– Prof. Dr. Antonio Boeing – Coordenador do Curso de Bacharelado de
Ciências da Reli¬gião nas Faculdades Integradas Claretianas, São Paulo
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(Adriano Camargo)
Amacias.
Então, como dizíamos, não se usa um amaci apenas “por usar”… é
importante que se estabeleça um objetivo claro para o preparo.
Vamos citar alguns desses objetivos, mas não são os únicos, pois
pode haver uma infinidade de motivos e formas de se preparar um
amaci:
Amaci de preparação para apresentação – muito comum na
Umbanda da atualidade, esse amaci consiste em folhas, cascas,
sementes, frutos, etc, maceradas (quinadas, amassadas,
trituradas), preparadas, caso sejam pelo próprio dirigente, com
antecedência e deixadas na frente do conga, em iluminação de
velas nas cores do Orixá regente da vibração. É usado nos cultos e
giras coletivas, onde todos serão apresentados, em sua
mediunidade, à vibração daquele Orixá. Normalmente é colocado
no ori o qual é protegido com um pano branco ou uma cobertura
adequada.
Nota – percebo ainda hoje, mesmo sendo abençoados com tantas
informações, muitos irmãos questionam o uso dos amacis
coletivos, encarando de forma que essa energia pode ser
incompatível com a sua vibração original ou a vibração de seu
Orixá de cabeça.
Muito bem, entendendo que tudo na criação é vida e vibração, cada
elemento vibra de acordo com uma nota (força) da criação, então
cada erva tem seu (seus) Orixás, assim como as frutas flores,
animais e tudo o mais. Sendo assim, teríamos que identificar o
Orixá de cada ser vivente para que ele se alimentasse, vestisse,
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convivesse apenas com elementos compatíveis com sua vibração
original.
Sabemos que isso é impossível, portanto não há nada de aberrante
em se usar um amaci coletivo, na vibração específica de um Pai ou
Mãe Orixá que não seja uma vibração direta de seu triângulo
vibratório (Orixás Ancestral, Frente e Juntó).
Assim como não há nada de aberrante em usar algum elemento na
cabeça, desde que você não esteja envolvido religiosamente em
um contexto que não permita esse ato.
Amaci individual de iniciação – esse é o mais comum, preparado
especificamente para o fim da iniciação individual, será
determinado pelo guia chefe do próprio médium ou pelo dirigente
(ou Guia Dirigente do terreiro). A forma com que será iluminado,
cores, numero de velas, etc, será também definido por eles.
Normalmente são feitos com antecedência do ato iniciatório e
poderá ser usado por dias anteriores ao momento da iniciação.
Amacis específicos – assim como os individuais, podem ser
determinados pelos guias como forma de atuar com muito mais
intensidade do que um banho. Por exemplo, peguemos um caso de
atuação negativa, causando reações orgânicas que levam a geração
de doenças físicas. Num exemplo como esse, podemos
recomendar um amaci de limpeza, usado por um, três, cinco ou
até sete dias, todos os dias antes de dormir a pessoa colocará esse
preparo no chacra coronário e eventualmente em algum outro
chacra ou parte do corpo onde está localizada a ação negativa e o
reflexo da doença, envolvendo com um tecido branco ou colorido
de acordo com a necessidade.
Dentro de um terreiro, é muito positivo o preparo dos amacis por
todos. Juntar os médiuns em reunião específica para isso, com um
bom conjunto de ervas e líquidos (bebidas rituais, essências, etc.)
Podemos usar ervas secas ou frescas para os amacis. Se for usar
preparos prontos, use somente os de ervas escolhidas para aquela
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vibração e nunca os líquidos prontos, que prezam pela facilidade
mas nunca pela competência vibratória.
Pegue as ervas, triture-as de preferência com as próprias mãos, já
em uma bacia ou recipiente apropriado (se puder, use recipientes
metálicos ou de vidro). Adicione água mineral, que pode ser usada
para todos os preparos, de todos os Orixás e para todos os
motivos. Triture um pouco mais com as mãos e adicione os
líquidos necessários, e por último as pétalas de flores, se forem
usadas.
Deixe repousar por algum tempo, que pode variar de acordo com a
necessidade do preparo. É muito positivo iluminar esse amaci em
um circulo com sete velas acesas, que seguem as cores do Orixá
regente
Por experiência própria, posso recomendar que em todos os
amacis, de qualquer Orixá, sempre esteja presente pelo menos
uma erva de Pai Oxalá. Entendemos que esse amado Pai está
presente em toda a criação e a atuação de suas ervas reflete um
caráter “formador, condensador, magnetizador” mesmo.
É isso turminha, benção de Papais e Mamães Orixás em nossa vida
!
Sucesso e muita saúde a todos!
EGUNITÁ é a Orixá Cósmica aplicadora da Justiça Divina na vida
dos seres racionalmente desequilibrados. Fogo, eis o mistério de
nossa amada mãe Egunitá, regente cósmica do Fogo e da Justiça
Divina que purifica os excessos emocionais dos seres de-
sequilibrados, desvirtuados e viciados.
Orixá: Egunitá Elemento: Fogo
Sentido Divino: Justiça
Fator principal: Consumir, purificar, energizar
Atribuição: Purificar o emocional humano
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Ervas Quentes: Arruda, buchinha do norte, cânfo-ra, eucalipto,
jurema preta, urucum fumo (tabaco), pára raio, tiririca, comigo
ninguém pode, limão.
Verbos atuantes nas ervas quentes: Queimar, consumir, aquecer,
fundidor, fusor.
Ervas Mornas: Açafrão Raiz, Alfavaca, Arnica do Mato, Calêndula
Flor, Canela, Artemísia, Carapiá Raiz, Chapéu de Couro, Cipó São
João , Erva de Sta Maria – Mentruz, Girassol – Semente c/ casca,
Guaraná Semente, Imburana Semente, Incenso Resina, Laranja
Amarga Casca Fruto, Laranjeira Folha, Louro.
Verbos atuantes nas ervas mornas: Energizar, inflamar, excitar,
estimular.
Flores: girassol, begônia, flores do campo
Portais de cura: calcita laranja, rodelas de limão cravo, velas laranja
e vermelhas, carvão, azeite de dendê.
Frutas e alimentos: moranga, morango, frutas vermelhas e frutas
cítricas – limão cravo, mexerica, laranja, etc.
Banho / Amaci – purificador ou cura: arruda, eucalipto, tabaco,
para raio, folhas de limão, aroeira, jurema preta, folhas de
gengibre, açafrão (cúrcuma), cebolinha
Banho / Amaci – apresentação, gira ou iniciação: calêndula, santa
maria, artemísia, flor de girassol, imburana, louro, laranjeira
Firmeza à esquerda: carvão, pimentas de todo tipo, tijolos de forno
antigo, peças de caldeiraria.
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(Glauco Mariani)
Orixá do movimento, da ação, da eterna transformação, do contínuo
oscilar entre um caminho e outro que norteia a vida humana. Seu domínio se
estende a todos os movimentos regulares, que não podem parar, como a
alternância entre chuva e bom tempo, dia e noite, positivo e negativo. Conta-
se sobre ele que, como cobra, pode ser bastante agressivo e violento, o que o
leva a morder a própria cauda. Isso gera um movimento moto-contínuo pois,
enquanto não largar o próprio rabo, não parará de girar, sem controle.
Esse movimento representa a rotação da Terra, seu translado em torno do
Sol, sempre repetitivo- todos os movimentos dos planetas e astros do
universo, regulados pela força da gravidade e por princípios que fazem esses
processos
parecerem imutáveis, eternos, ou pelo menos muito duradouros, se
comparados com o tempo de vida médio da criatura humana sobre a terra,
não só em termos de espécie, mas principalmente em termos da existência de
uma só pessoa. Se essa ação terminasse de repente, o universo como o
entendemos deixaria de existir, sendo substituído imediatamente pelo caos.
Esse mesmo conceito justifica um preceito tradicional, de que é necessário
alimentar e cuidar de Oxumarê muito bem pois, se ele perder suas forças e
morrer, a conseqüência será nada menos que o fim da vida no mundo.
Seu domínio se estende a todos os movimentos regulares que não podem
parar, como a alternância entre o dia e a noite, o bom e o mal tempo (chuvas)
e entre o bem e o mal (positivo e negativo).
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Enquanto o arco-íris traz a boa notícia do fim da tempestade, da volta do sol,
da possibilidade de movimentação livre e confortável, a cobra é
particularmente perigosa para uma civilização das selvas, já que ela está em
seu habitat característico, podendo realizar rápidas investidas..
A LENDA DE OXUMARÉ
Numa terra longínqua, muito além das águas salgadas, existe um reino
encantado chamado África, onde o homem vive em total harmonia com a
natureza. Alguns desses homens são considerados deuses e fazem parte do
culto yorubá. Esses deuses são também chamados de orixás e cada um possui
símbolos ligados à natureza. Neste artigo, falaremos sobre o orixá Oxumaré
(Ossumaré), dono de Iká, rei da nação Jeje, príncipe das cores, o primeiro
babalaô de toda a Terra, a serpente que segura o mundo. Seus símbolos são
as serpentes (Dã) e o arco-íris (iká). Seu metal é a prata e o ouro. Seus dias
de culto são as terças-feiras. Suas cores são o amarelo e o preto.
Oxumaré viveu no antigo Dahomé (que depois passou a se chamar Mahi), e
era filho do rei da Estola das Cores Brilhantes e de Nanã (Senhora do
Barro). Era forte, muito ágil e possuidor de grande sabedoria, porém, não
tinha grandes bens materiais. Por isso foi trabalhar para o rei de Oyó,
chamado Xangô (Sangô). As funções de Oxumaré em Oyó eram recolher as
chuvas que caíam na Terra e retorná-las para as nuvens, e dirigir as forças
que produzem o movimento. Esse trabalho ficava mais fácil quando ele se
transformava em serpente. Ele envolvia a Terra para que não se separasse,
pois seria uma grande catástrofe caso isso acontecesse. Quando Oxumaré
assumia a forma de serpente, ninguém sabia dizer se era uma serpente
macho ou fêmea, o que lhe dava segurança para disfarçar e fugir de alguns
inimigos que entravam em seu caminho. Oxumaré usava periodicamente a
versão macho da serpente, quando era chamado de Becém; outras vezes,
quando assumia as características femininas, era chamado de Freqüém.
Esses nomes, no entanto, variam de acordo com a nação em que o orixá
esteja sendo cultuado, a exemplo de Keto, que é Oxumaré e Ewá Oxumaré
proporcionava riqueza e prosperidade às pessoas, mas nunca recebia nada
das mesmas. Os seus feitos correram mundo e, um dia, chegaram aos
ouvidos do rei Olofim, da aldeia Ifé, que logo se interessou em conhecê-lo.
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Olofim, ao ver o poder de Oxumaré, passou a explorar também seus
serviços, consultando-o três vezes por semana. Oxumaré sabia decifrar os
sonhos com precisão e clareza e tinha também o dom da visão, o que lhe
permitia prever o futuro. A fama de Oxumaré foi ouvida pela rainha
Olocum, que resolveu chamá-lo para saber o que poderia ser feito para
curar o seu filho, que, nas fortes crises que tinha, rolava no chão como se
fosse um animal e, às vezes, sobre fogareiros em brasa, como se estivesse
possuído. Oxumaré viu aquela triste cena, mas não se apavorou. Cuidou do
infante com tanto zelo e carinho, que o mesmo ficou curado.
A rainha ficou tão satisfeita, que, para agradecer, deu a Oxumarê muitos
presentes e cobriu-lhe com o mais belo e mais puro azul existente em seu
reino.
Voltando ao reino de Ifé, Oxumaré brilhava como o próprio céu em suas
vestes azuis, o que fez com que o rei Olofim ficasse enciumado e se revoltasse
com a rainha Olocum. Então, o rei presenteou Oxumaré com tudo em dobro
do que a rainha tinha lhe dado e vestiu-o com o mais belo vermelho que
havia em seu reino.
Oxumaré ficou rico, mas nem sequer poderia imaginar o que ainda mais
teria. Um dia, fora chamando diante do Rei dos Reis, dos Grandes
Soberanos, Criador de Toda a Vida, Senhor Olodumaré, que sofria de um
mal nos olhos. Oxumaré lhe curou a visão, e o velho ficou tão satisfeito que
não quis mais que ele retornasse à Terra.
Conta-se que depois que Oxumaré foi para o céu, ninguém foi colocado em
seu lugar, cumprindo a missão que Xangô lhe designara. Então, devido ao
acúmulo de serviço, caiu uma forte chuva na África, matando muitas pessoas
e animais. Sentindo-se culpado por toda aquela desgraça, Oxumaré começou
a se lamentar. Olodumaré, ao ver o amigo naquele total desespero, socorreu-
lhe e, para recompensá-lo por sua bondade e preocupação com os seres da
Terra, transformou-o na mais bela cortina de cores. Assim, nosso deus-
serpente se transforma não só em lindas Dã(serpente), mas também no belo
arco-íris que surge no céu depois das fortes chuvas, trazendo riqueza e
prosperidade para os filhos da Terra. Isto significa que nunca mais Oxumaré
deixou de zelar pela Terra, fazendo com que seus filhos se sintam seguros, e
garantindo que nunca mais a Terra se desvaneça em águas.
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Os filhos de Oxumarê depositam na terra o cordão umbilical de seus filhos,
plantando sobre ele uma palmeira, que deve ser devidamente cuidada, pois
dela dependerá a saúde e o sucesso da criança. Este velho costume significa a
integração do homem à natureza.
Arroboboi Oxumarê.
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(Orlando Garcia)
Muitos confundem Obaluayê e Omulu
Obaluayê: no sincretismo religioso é Saõ Lázaro
Omulu: é São Roque
Obaluayê cuida do campo santo para cima e Omulu do campo santo
para
baixo
A Obaluayê pedimos que leve nossas doenças e a Omulu pedimos
que paralize
tudo que atenta contra a vida (Ex: Vícios).
Omulu Orixá que rege a morte e o instante da passagem do plano material
para o espiritual (desencarne).
Obaluayê é o polo magnético massculino da linha da evolução que
surge do
trono da evolução.
Que Evolução?
Quando juntamos Obaluayê e Yemanjá, que é o trono feminino da
geração e
seu campo preferencial de atuação é o amparo à maternidade. Temos ai a
fecundação a vida no ventre da mãe.
O que é oposto a vida?
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A morte, ai sim encontramos Nanã Buruquê e Omulu, que atua
decantando
os seres emocionados e preparando-os para uma nova “vida” já
mais
equilibrada. Mas ainda é com tristeza que temos visto o temor dos irmãos
umbandistas quando mencionado o nome do nosso amado Pai
Omulu. E no
entanto descobrimos que este medo é um dos frutos amargos que nos foram
legados pelos ancestrais semeadores dos orixás em solo brasileiro,
pois
difundiram só os dois extremos do mais caridoso dos orixás, já que
Omulu
guarda para Olorum todos os espíritos que fraquejaram durante sua jornada
carnal e entregaram-se à vivenciação de seus vícios emocionais.
Eu costumo usar a vela bicolor Branca e Preta para Obaluayê ou
branca.
Para Omulu a vela bicolor Amarela e Preta.
Acendo as segunda-feiras na Calunga menor no Cruzeiro das Almas para
Obaluayê e numa campa abandonada para Omulu....
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(Maria Aparecida Linares)
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MMMeeedddiiiúúúnnniiicccaaa
A decadência mediúnica começa quando o médium torna-se negligente, ocioso e indiferente
às OBRIGAÇÕES assumidas ao adentrar numa equipe de trabalho; quando passa a desprezar os
conselhos dos DIRIGENTES e BENFEITORES ESPIRITUAIS.
Sua queda continua quando, afetado pelas graças alcançadas por seus Guias Espirituais,
começa a julgar-se um "grande" médium e a vangloriar-se constantemente das graças alcançadas
pelos freqüentadores, esquecendo-se que ele é simplesmente um médium, um meio de comunicação.
Contribui para essa decadência a necessidade de receber elogios e recompensas financeiras
esquecendo-se que deve:
"DAR DE GRAÇA O QUE
DE GRAÇA RECEBESTES"
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Todos que, porventura, se desvirtuarem do caminho do BEM usando o que aprenderam
(consciente ou inconscientemente) para fazer o mal, usando para isso entidades subdesenvolvidas
que, pela magia negra ou por outros meios possam fazer mal a nossos irmãos, estarão 'escada-
abaixo'. Essa degradação continua quando o médium sente-se contrariado por não ter sido atendido
em seus desejos - dignos ou indignos - solicitados aos Dirigentes dos trabalhos ou aos seus Guias
Espirituais.
Todos devem atender as determinações superiores e aprimorar-se
espiritualmente com estudos e leituras de obras reconhecidas e de
cunho espiritual, submetendo-se a toda orientação benfeitora,
esquivando-se de ser solitário ao grupo de trabalho e recusando
atitudes que atrase sua evolução e capacitação mediúnica.
Um médium que não comparece regularmente aos Trabalhos Espirituais, julga-se ao direito de
ter regalias na equipe, não policia seus sentimentos e pensamentos estará, evidentemente,
objetivando sua derrota espiritual.
Devemos sempre lembrar que querer ter como Guias Espirituais
entidades de pessoas que possuíram nomes famosos, de pessoas que
foram importantes por algum motivo, ou ainda, que foram bem
posicionados monetariamente, além de ser uma atitude egoísta, é
também querer cultuar seu ego. Isso é totalmente desaconselhável
em qualquer situação.
Lembramos sempre que não é um Guia Espiritual de renome que fará da
pessoa um bom médium. Todas Entidades possuem a mesma força vibratória,
porém, sua eficácia depende apenas da força de vontade, e da honra e da firmeza
do médium para que os resultados aconteçam. Com isso consideramos que as
graças alcançadas pelos freqüentadores está diretamente proporcional à conduta
mediúnica do elemento humano, ou seja, o médium.
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A MOEDA QUE O MÉDIUM RECEBE EM PAGAMENTO
NÃO É A MOEDA QUE A FERRUGEM CONSOME
E QUE O TEMPO DESTRÓI.
ELA É A SENHA DE LUZ
QUE RECEBERÁ SEU ESPÍRITO
AO DESLIGAR-SE DE SEU CORPO CARNAL
NESTA BREVE PASSAGEM.
mensagem da Babá Dirce Paludetti Fogo
Diretora Espiritual da Casa de Pai Benedito de Aruanda
Templo-sede da FEDERAÇÃO UMBANDISTA DO GRANDE "ABC"
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(André Cozta)
Hoje, todos os umbandistas celebram o dia de Cosme e Damião.
Dia de muita festa, comemorações, alegria, doces, balas, pirulitos e guaraná.
Dia em que grande parte dos terreiros celebra esta data, imprimindo em seus
trabalhos a típica alegria das crianças.
Então, estes maravilhosos guias, portadores e mensageiros da alegria de viver,
pedem passagem com o intuito de trazerem a nós, os encarnados, justamente esta
“alegria viva”.
Muitas lendas são contadas com relação à Cosme e Damião e aos Ibejis africanos.
Estes mistérios espirituais humanos que se manifestam sob estes arquétipos infantis,
trazem dos reinos encantados da Natureza Mãe, as energias (que manipulam com
enorme destreza) necessárias para a purificação da nossa alma, levando embora os
pesos do dia a dia que invariavelmente carregamos.
E, só por isso, já é válido que, ao menos, bebamos um copo de guaraná, comamos
algumas balinhas saudando-os, pois, receberemos imediatamente como retorno suas
energias “encantadas” e purificadoras.
Mas, se houver possibilidade, então, coloquemos em um cantinho em nossas casas:
uma vela branca, 7 balas, 1 copo de guaraná (se puder também, 1 quindim ou
cocada), batamos palmas 7 vezes por sobre estes elementos, circundando-os no
sentido horário, e peçamos aos Orixás Ibejis, à Cosme e Damião, à todos os Erês,
especialmente, aos nossos, pessoais, que nos imantem com suas energias vivas e
divinas, com sua alegria de viver, que nos purifiquem na alma e no corpo físico,
renovando-nos para a caminhada diária.
Isto já será de grande valia.
E, para encerrar: toda criança gosta de brincar, os Erês também gostam... chegam
brincando, porém, com muita seriedade, porque a vida é, nada mais, nada menos, do
que uma brincadeira muito séria.
A seguir, um recado muito sério e cheio de alegria.
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Saravá à todos os Erês! Salve Cosme, Damião, Doum e Crispim! Saravá aos Orixás
Ibejis!
“Criança que gosta de bala, que gosta de doce, que come quindim, cocada e chupa
pirulito, também pode trazer mensagens de alegria, de amor, de fé, de esperança e
de firmeza nos caminhos.
Criança que movimenta as energias naturais, também pode usar delas em seu
benefício. Pode tratar da sua saúde, como pode, também, cortar demandas
espirituais.
Eu trabalho assim, na Umbanda e na Quimbanda. Trago alegria, sorrisos, abraços e
brincadeiras para todas as crianças, tios e tias encarnados.
Eu lamento por que os terreiros de Umbanda usam pouco do nosso serviço em
benefício dos trabalhos espirituais. A maioria só lembra de nós quando chega o dia 27
de setembro.
Meu recado é curto, mas é direto: nós não somos moleques travessos, não
quebramos e nem destruímos os terreiros. Se os médiuns de Umbanda e Quimbanda
aprenderem a lidar com suas próprias consciências, todos verão como podemos ser
bem mais úteis do que imaginam, nos trabalhos.
Basta que todos estudem, se aprofundem nos Mistérios. E verão que nós, os Erês,
somos Mistérios Espirituais Humanos à espera de maiores oportunidades de
trabalhos dentro dos rituais.
Deixo aqui minha alegria para todos, com muito guaraná, muitas balas e muito
quindim.
Meu nome é Chiquinho!”
Mensagem Recebida por André Cozta
Rio de Janeiro- 27 de Setembro de 2012- 14:18h
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(Cissa Neves)
Sagrados Senhores Exus, os Senhores que são Atuantes e executores da Lei no
pólo negativo do nosso divino Criador. É pedindo licença a vós que clamamos
pelo vosso amparo e pela vossa proteção Divina, para que tenhamos sempre a
saúde, vigor, coragem, equilíbrio, sabedoria, amor e alegria. E que não
afrontemos e nem infringimos as leis do nosso Divino
Criador, neste plano terreno, para que assim quando fizermos nossa passagem
e se por falhas nossas na carne chegarmos aos seus domínios, que seja apenas
uma descida e não uma queda e que estejamos amparados pela Lei e não sob a
pena dela, para então alcançarmos a evolução necessária para trilhar novos
caminhos em outro plano da vida. Clamamos também, que os Senhores
recolha, cure e encaminha todos os espíritos perdidos por nossa causa ou sua
própria causa, e aos nossos inimigos, clamamos que os Senhores cortem todos
os cordões negativos que os ligam a nós e dilua todo o negativismo que os
envolvem, para que assim eles possam evoluir.
Sagrados Senhores Exus é respeitosamente que vos agradecemos e pedimos a
vossa benção. Que assim seja. Amém.
Salve todos os Senhores Exus. Salve vossas forças Senhores.
Salve a nossa Umbanda.
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(Claudio Vieira)
Pai Obaluaiê
Pai Obaluaiê é o orixá que atua na evolução dos seres. Pai Olorum, que tudo cria e tudo gera, criou as qualidades de estabilidade e evolução. Sem estabilidade nada se sustenta e sem transmutação tudo fica parado. A estabilidade proporciona o meio ideal para os seres viverem e na mobilidade são gerados os recursos para que eles evoluam. Pai Obaluaiê é a divindade que representa essa qualidade dupla, pois tanto sustenta cada coisa no seu lugar como conduz cada uma a ele. Pai Obaluaiê é o “Senhor das Passagens” de um plano a outro, de uma dimensão a outra, do espírito para a carne e vice-versa. É o orixá da cura, do bem-estar e da busca de melhores condições de vida.
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Fator / Qualidade – Transmutação Atributo – Dar forma e solidez a tudo e à todos Atribuição – Cuidar dos estágios evolutivos Sentido (ser) – Evolução em todos os aspectos da vida Essência – Telúrica Cor / Velas – Violeta, ½ Preto e ½ Branco e Branco Flores – Margaridas brancas, rosa branca e crisântemo branco Pedras – Ônix preto, Turmalina Negra Ervas – Manjericão, folha bananeira, folha de sabugueiro, babosa Ponto Força – Cruzeiro Saudação – Atotô! (significa silêncio, respeito) Sincretismo – São Lázaro / São Roque / São Francisco de Assis Dia Comemoração – 16 de agosto Chacra – Umbilical Elemento – Terra Ferramenta / Instrumento – Xaxará Símbolo – Cruz Água – da fonte ou do mar Oferenda Ritual: Coco seco fatiado com mel, Vinho doce licoroso, Água mineral, Pipoca, Palha da costa, Velas ½ preta e ½ branca, Crisântemos brancos, rosa branca e Margarida branca Defumação: Casca de alho, Cipó Cruz, Fumo, Sálvia, Alfavaca, Pó de café e Folha de Manjericão Banho: Água mineral ou do mar, Manjericão e Rosa Branca Mãe Iansã
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Mãe Iansã é a Senhora dos Ventos e das Tempestades é a direcionadora da Lei. Ela só entra em nossas vidas, caso a direção que estejamos dando a nossa evolução e religiosidade não siga a linha correta e traçada pela Lei Maior. Como Guardiã de um dos mistérios de Deus, ela anula as injustiças e dilui os acúmulos emocionais. A orixá Iansã é o vendaval que derruba e a ventania que faz tudo balançar. É a Lei atuando no sentido de direcionar os seres que se desequilibraram. É a novidade que renova a Lei na mente e no coração humano, é a busca de melhores condições de vida para os seres. Fator / Atributo – Movimentador / Direcionador Atribuição / Sentido – atua no emocional dos seres, movimentando e direcionando-o para evolução em todos os fatores. Essência – Eólica Cor / Velas – Amarelo, Vermelho, Dourado Flores – Flores Amareladas e Espada de Santa Bárbara Pedras – Citrino Ervas – Alecrim, Folhas de Bambu, Erva Santa Bárbara, Espada Santa Bárbara
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Ponto Força – Pedreiras e Campo Aberto Saudação – Eparrei Iansã !!! Sincretismo – Santa Bárbara, Santa Catarina, Santa Clara Dia Comemoração – 04 de dezembro Bebidas – Licor de Menta, Champagne Branca Frutas – Abacaxi, Manga, Pitanga, Melão amarelo, Goiaba vermelha, Amora Elemento – Ar / Fogo Ferramenta – Espada / Eruexim Símbolo - Raio Água – Chuva Oferenda Ritual: Abacaxi, Manga, Uva, Champagne branca, Licor de Menta, Velas Amarelas, Vermelhas e Douradas, Espada de Iansã, Flores amarelas (preferência: Palmas, Rosas e Gérberas), 09 Acarajés Defumação: Alecrim, Folhas de Bambú, Incenso, Erva de Santa Luzia, Flor de Sabugueiro Banho: Água da Chuva, Alecrim, Rosa Amarela
(Renan Moyle) Antigamente nossos ancestrais adoradores e cultuadores das religiões Naturais foram perseguidos por aqueles que se diziam os senhores da verdade religiosa, onde por intermédio da utilização da força e manipulação mental, se não convertidos a igreja eram queimados na fogueira da inquisição. Com o passar o tempo, tudo se transformou, porém não deixou de existir, e com a perseguição não foi diferente e até hoje a opressão religiosa se faz presente. O adversário mudou e se antes éramos queimados diretamente em praça pública, hoje somos queimados indiretamente, onde o abuso do poder político é utilizado para nos atingir e impedir que venhamos a cultuar e adorar nossos Amados Sagrados Orixás. Diante disto, é necessário criarmos uma consciência política-
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religiosa para que tenhamos nossos direitos preservados diante dessa ''Cruzada Silenciosa''. Portando Irmãos de Fé, cultuadores e simpatizantes das nossas Amadas Religiões Naturais, é hora de nos unirmos e formarmos uma corrente única em prol de nossos direitos políticos e religiosos. Aqui está a MINHA dica para DIRECIONAREM SEUS VOTOS para que nossas Amadas Religiões não venham a ser perseguidas pela intolerância alheia.
Para Deputado Federal - Vicentinho (PT) - 1390
Para Deputado Estadual- Ogan Basilio de Xangô (PHS) - 31.111
Para Deputada Estadual - Leci Brandão (PCdoB) - 65.035
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(Felipe Campos) Esses dias, saudoso me recordava dos rituais que aconteciam no primeiro
Templo do qual eu fiz parte, ainda um jovem começando a aprender os
mistérios da magia e da Umbanda, me pegava fascinado com tudo que
acontecia.
Tive muita sorte de ter iniciado minha trajetória no que eu
pessoalmente chamo de “Terreiro a moda antiga”, digo isso, pois, na sequencia
da jornada acabei deixando de ver muitas coisas que cresci vendo, os rituais
vão se modernizando e muitas vezes dando vazão a praticidade, o que de certo
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modo me preocupa em algumas ocasiões, pois, o mais pratico nem sempre
significa o mais eficaz.
Um destes rituais que adorava assistir e hoje em dia encontramos com
uma maior dificuldade, são os rituais que levavam pólvora, claro, entendo que
devido a proibição da venda da pólvora em sua composição original atrapalha
e muito os rituais umbandistas, hoje apenas temos a disposição o composto
que chamamos de “fundanga”, mas produz um efeito muito similar. Afinal de
contas a quem não sabe, “fundanga” é um termo angolano na língua quicongo
significa nada mais nada menos do que pólvora, e sabemos que entre as
sínteses e sincretismos que a Umbanda possui das culturas africanas, o ritual
herdou muito do povo Banto, Congo e Angola.
Me recordo que minha Madrinha fazia o que ela chamava de circulo de
fogo ou caminho de fogo, esse ritual servia como uma purificação, descarga e
descarrego completos, poucos seres ousavam continuar próximo a pessoa
depois desse caminho, e claro, eu no auge da minha curiosidade queria ser o
primeiro a ajudar nesse ritual.
O ritual consistia basicamente em fazer um caminho, geralmente circular
com álcool, tínhamos uma valeta no chão numa localidade no Templo próprio
pra isso, formava ao centro um desenho de uma mandala, e o circulo a volta
era em valeta para o álcool ficar, então era ateado fogo no álcool, gerando
aquele circulo de fogo em volta da mandala. A pessoa que estava sendo
purificada caminhava com o fogo passando em meio de suas pernas, lembro de
forma muito poética como tudo ocorria, pois, os trabalhos eram sempre a
noite a céu aberto na luz do luar, de fundo se ouviam os cânticos das
curimbeiras entoando pontos de descarga, de chamada de força e de combate,
enquanto minha Madrinha ou o guia chefe que dirigia o trabalho parecia
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bradar para as forças das trevas que acompanhavam a pessoa, e na sequencia
do caminho era jogado os cartuchos de pólvora onde parecia ser o ápice do
descarrego.
Quem já fez um cartucho de pólvora ou já viu algum ritual parecido sabe
que quando ele estoura produz uma breve e rápida luminosidade, com um leve
som de queimar e a fumaça se desloca ao ar, porém, energeticamente, o que
será que se passa?
Existem duas formas de fazer este cartucho, uma é com a pólvora negra,
que é bem mais difícil de achar hoje em dia, na sua composição vem dosagens
de enxofre, caso não encontre essa pólvora apelamos para a boa e velha
fundanga, que na sua composição não possui enxofre, porém, o pó de enxofre
é facilmente encontrado, ou seja, caso faça o descarrego com a fundanga pode
ser colocado uma pequena dose de pó de enxofre na composição.
Faço um alerta a todos, pois, tais trabalhos devem ser feitos a mais céu
aberto o possível, pois, a fumaça da queima do enxofre em grandes
quantidades é toxica ao ser humano.
Enfim, o intuito deste texto não é ensinar fazer este descarrego uma vez
que quem deve fazer isso é o dirigente espiritual dos terreiros, e este com
certeza já teve o treinamento e o preparo para executar devidos rituais, aqui
vou abordar o campo energético do processo.
O fogo em seu campo energético assim como no físico, possui a
capacidade de depurar, queimar, esgotar, e essa função é utilizada na queima
em diversos pontos, primeiro com o fogo que está presente nos rituais
queimando todas as energias negativas, miasmas, larvas astrais e qualquer ser
negativado também, na sequencia a explosão da pólvora produz um grande
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brilho e luz no momento, luz essa que energeticamente fere e incomoda seres
que estão acostumados com a escuridão, pois, este clarão se reverbera no
campo espiritual com a potencialidade do fogo.
Quando observamos o estouro, podemos perceber a velocidade com que
o ar se desloca, produzindo muita fumaça, esse deslocamento já envolve mais
um elemento, o ar, que é essencial para dar vida ao fogo e é o meio de
transporte mais rápido para o elemento fogo, pois, no plano espiritual aquela
fumaça que vemos corroe o próprio campo atmosférico se assim posso dizer,
dos espíritos desequilibrados que ali estão, e começam a queima-los
internamente quando inalam essa fumaça.
Por ultimo mas não menos importante vem a queima do enxofre, que já
entra com o elemento terra, uma vez que sua origem é da crosta terrestre,
também nos ajuda a entender seu poder de “destruição” sabermos que é
abundantemente encontrado nas regiões vulcânicas.
Ao entrar em combustão pelo fogo o enxofre muda seu estado e vira um
pó muito fino, uma fumaça na verdade, e essa fumaça atua de forma diferente
da fumaça da pólvora. Sabemos que os antigos já respeitavam as divindades
vulcânicas e sempre utilizaram o enxofre como uma espécie de protetor, pois,
o seu poder no campo espiritual é terrível.
A fumaça do enxofre tem uma reação muito parecida com o ácido no
campo espiritual e quando envolve um corpo espiritual começa a
propriamente dissolver seu períspirito, e se esse espirito ainda não tiver um
desprendimento de espirito e carne, pode começar a sentir sintomas de
embolias pulmonares como se tivesse aspirando o próprio acido, vale lembra
que se um espirito está atuando como obsessor a chance dele não ter um claro
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desprendimento de espirito e matéria é grande, logo a consequência pode ser
das piores para ele.
Por isso, este ritual tão antigo mas que vem perdendo espaço para os novos ritos de Umbanda é tão funcional, eficaz e quase insubstituível na sua função, espero que muitas pessoas tenham a oportunidade de ver verdadeiros rituais do fogo acontecerem em seus terreiros como eu já tive a oportunidade e hoje tento passar isso a meus filhos.
(Sebastião Cabral)
Quando ouvir algo assim, não se indigne porque esse é um tipo de pagamento que o umbandista costuma receber. É muito comum que os assistidos que equivocadamente buscam os terreiros como balcão de desejos ou como
lugar para adivinhações saiam após um atendimento dizendo que “PERDEU SUA VIAGEM INDO ATÉ O TERREIRO” ou então “ NÃO ADIVINHARAM NADA SOBRE MIM, NEM MESMO RESPONDERAM O QUE PERGUNTEI” ou ainda e pior “ DISSERAM QUE NÃO FAZEM AMARRAÇÃO. E MEU MARIDO? ELE ESTÁ QUERENDO ME DEIXAR”. VOU PROCURAR ALGUÉM QUE COBRE PELO QUE FAZ, AI SIM EU VOU TER BOM RESULTADO, ESTE LUGAR AQUI NÃO ESTÁ COM NADA Infelizmente é assim que os nossos assistidos ou
consulentes vêem nossa UMBANDA. Como um grande balcão de trocas. acredito que no candomblé não é diferente. MAS VALE A PENA LEMBRAR QUE, QUEM TRABALHA PARA Á ASSISTENCIA É A ESPIRITUALIDADE. E TAMBÉM DEVEMOS LEMBRAR QUE ESSA MESMA ESPIRITUALIDADE NÃO COBRA POR SEU TRABALHO DE CARIDADE, PORQUE DEVERIAMOS COBRAR DO
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ASSISTIDO? MAS QUE TEM UNS QUE PEDEM !!!! HÁ
TEM.