Meu Resumo Lijphart

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Page 1: Meu Resumo Lijphart

Instituto de Filosofia e Ciências Sociais – UFRJ

Luiz Henrique Pereira Peixoto. DRE: 113091891

Comparative Politics and the Comparative Method"

Arendt Lijphart

Resumo:

Arendt Lijphart inicia seu texto a partir da conceituação do método comparativo. O

autor o define como um dos quatro métodos científicos básicos onde é possível s

estabelecer proposições empíricas gerais, atuando ao lado de outras ordenações

metodológicas, como a experimental, estatística, e de estudo de caso.

O estudo comparado para Lijphart é um método que pode ser usado para avaliar

temas de caráter micro ou macro; salienta ainda que o método comparativo não é o

único, mas sim um dos métodos disponíveis. Aplica-se o método comparativo a fim de

estabelecer as relações entre as variáveis já mensuradas, não se tratado da

mensuração destas. Como última característica afirma que o método comparativo não

é uma técnica específica, mas sim um método de caráter geralista.

Os Métodos Experimental, Estatístico e Comparativo.

Lijphart contextualiza o método comparativo como "um dos métodos científicos

básicos, e não o método científico" a natureza do método comparativo se origina nas

estratégias de pesquisa podendo-se comparar este com outras estratégias de pesquisa

como as experimentais e estatísticas, para o autor as três estratégias assemelham-se

por determinarem relações empíricas e gerais entre variáveis mantendo a constância

das mesmas. Esses dois elementos são necessariamente complementares para a

relação estabelecer alguma inferência causal.

Assim como o método comparativo, os métodos experimentais e estatístico buscam

explicações científicas empiricamente baseadas em duas ou mais variáveis efetuando-

se um controle nas demais, para assegurar que a relação estabelecida são verdadeiras.

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Lijphart define o método experimental a partir de sua forma mais simples, ou seja a

partir de dois grupos equivalentes onde um deles é submetido a um estímulo e o outro

não, na sequencia esses dois grupos são comparados em um determinado intervalo de

tempo, e as diferenças que possam surgir entre eles poderá ser atribuída ao estímulo

aplicado a um dos grupo em estudo.

Desta forma, para Lijphart, teremos o controle de todas as variáveis ao mesmo tempo.

A equivalência entre “essas variáveis estudo x controle” é essencial para que se

produzam generalizações empíricas. Embora tal método seja o mais próximo do ideal

para gerar explicação científica, para o autor ele raramente pode ser utilizado nas

ciências sociais, tanto por causa de impedimentos práticos, quanto éticos.

Já o método estatístico, se utiliza da conceituação matemática no momento da

manipulação de dados que foram observados empiricamente. A fase de controle nesse

método é realizado através de correlações ainda parciais. Porém, Lijphart vai salientar

que a questão do controle torna o método estatístico menos sólido que o

experimental, visto que o estatístico não consegue controlar todas as possíveis

variáveis que influenciam no objeto de estudo.

Assim o método estatístico se distingue do método comparativo apenas pelo número

de casos. Nesse caso Lijphart orienta que; quando o número de casos disponíveis para

analise for pequeno demais para que duas variáveis sejam cruzadas deve ser utilizado

o método comparativo.

Ele também contrasta esta noção com dois outros autores: Lasswell e Amêndoa que

para teriam uma visão comparativa como uma ciência. Para Lijphart o objetivo do

método comparativo pode ser mais estreito do que uma busca de inferência causal,

que para ele é principal objetivo do método científico. Se o método comparativo, dada

a sua principal fraqueza(muitas variáveis, pequeno número de casos) não chegaria a

verdades cientificas.

Fraquezas e forças do método comparativo.

Lijphart identifica ainda dois problemas cruciais que estão ligados ao método

comparativo: muitas variáveis, poucos casos. Para o autor, o método comparativo é

mais limitado que os outros. Assim, ele sugere que é melhor usar o método estatístico

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ou experimental. Ou seja, na primeira parte da pesquisa, fazer uma análise

comparativa e na segunda parte, fazer uma análise experimental com a maior amostra

possível de casos.

Para lidar com a escassez de dados disponíveis, é necessário aumentar o número de

casos ao máximo possível, reduzindo o numero de variáveis consideradas dando mais

ênfase de analise nas variáveis mais importantes.

O método estatístico possibilita uma maior campo de aplicações, contrastando com o

método comparativo, que tem um menor número de aplicações e estes por sua vez,

diferem-se do estudo de caso, que se aplica exclusivamente a um caso.

Existem seis tipos de estudos de casos. Estudos ateóricos - são basicamente estudos de

um país e casos nacionais, caracterizando-se por serem descritivos.

Estudos interpretativos – fazem uso de alguma proposição teórica conhecida, são

aplicadas generalizações ao com o objetivo de assimilar a generalização.

Estudos de casos geradores de hipóteses, confirmadores de teoria, desviantes e

Infirming theory case-studies – são escolhidos para geração de hipóteses (theory

building), objetivam construir generalizações teóricas para áreas que não possuem

teoria.

Estudos de caso confirmadores de teoria; analisam casos singulares dentro de formas

de generalizações pré-estabelecidas. Infirming theory case-studies;

Estudo de casos desviantes; responsável por refinar e afiar hipóteses já existentes (é

implicitamente uma análise comparativa).

Para liipart dentro campo da pesquisa empírica o método comparativo e o de estudo

de caso apresentam grandes fraquezas, devido às debilidades que o trabalho do

pesquisador enfrenta. Por fim o autor ressalta o desafio de usar os métodos, que

podem ser instrumentos de grande utilidade para a pesquisa cientifica na área política.

O autor discute ainda as relações entre método comparativo e política comparada,

suas forças e fraquezas, e exemplos de estudo que utilizou-o como um método de

investigação.