Mico Carla

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micologia

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PID

Professor Orientador:

Bolsita:

Acadêmica: Julia Pedron

Trabalho de Conclusão: Visita ao

Doença de base: lúpus eritematoso sistêmico

Doença oportunista: candidíase oroesofágica

Sobre a Candidíase

A candidíase, ou infecção por tem como principais agentes etiológicos maior patógeno fúngico que ataca o homem, e também o mais comum causador de infecções fúCandida parapsilosis, Candida tropicalis, Candida krusei, Candida kefyrCandida guilliermondii, entre outros. Cândida são regulados em resposta aos sinais ambientais do próprio hospedeiro, como temperatura, pH, pressão ferro e cálcio. Sua capacidade de se adaptar a facilita a habilidade da Câ

A Candida albicansas formas de pseudohifas germinantes e formas estão presentes em espécimes de tecido clinicamente doente. A levedura é disseminada mais efetivamente, enquanto hifas parecem promover a invasão de tecido epitelial e endotelial e ajudar a escapar de macrófagos. Drogas que inibem a transformação leveduraum papel na supressão da doença clínica. hifa crescente induz as células hospedeiras à lise e, assim, facilitam a invasão tecidual.

O primeiro passo na infecção por Câque é dependente da aderência dos microorganismos às células epiteliais e proteínas, permitindo que eles aguentem forças de fluido que servem para expulsar partículas. Invasão de células hospedeiras ppenetração e dano do envelope c

PID- Formação de alunos para ensino em Micologia

Professor Orientador: Alessandro Pasqualotto

Bolsita: Carla Daniele Amorim

Acadêmica: Julia Pedron

Trabalho de Conclusão: Visita ao Hospital Santa Casa de Misericórdia

úpus eritematoso sistêmico

andidíase oroesofágica

, ou infecção por Candida spp., é uma doença fúngica que tem como principais agentes etiológicos para o homem a Candida albicansmaior patógeno fúngico que ataca o homem, e também o mais comum

de infecções fúngicas sistêmicas e de mucosas), Candida glabrata, Candida parapsilosis, Candida tropicalis, Candida krusei, Candida kefyr

, entre outros. Genes necessários para a virulência da ndida são regulados em resposta aos sinais ambientais do próprio

hospedeiro, como temperatura, pH, pressão osmótica e concentração e íons álcio. Sua capacidade de se adaptar a ambientes em modific

facilita a habilidade da Cândida de sobreviver no nicho do hospedeiro.

Candida albicans passa por uma transição morfológica reversível entre pseudohifas germinantes e crescimento de hifas. Todas as

entes em espécimes de tecido clinicamente doente. A levedura é disseminada mais efetivamente, enquanto hifas parecem promover a invasão de tecido epitelial e endotelial e ajudar a escapar de macrófagos. Drogas que inibem a transformação levedura-hifa sem atividade fungicida tem um papel na supressão da doença clínica. A fosfolipase presente na ponta da hifa crescente induz as células hospedeiras à lise e, assim, facilitam a invasão

o na infecção por Cândida é a colonização do epitéque é dependente da aderência dos microorganismos às células epiteliais e proteínas, permitindo que eles aguentem forças de fluido que servem para expulsar partículas. Invasão de células hospedeiras pela Câpenetração e dano do envelope celular externo.

Formação de alunos para ensino em Micologia

Hospital Santa Casa de Misericórdia

é uma doença fúngica que Candida albicans (o

maior patógeno fúngico que ataca o homem, e também o mais comum Candida glabrata,

Candida parapsilosis, Candida tropicalis, Candida krusei, Candida kefyr e essários para a virulência da

ndida são regulados em resposta aos sinais ambientais do próprio osmótica e concentração e íons

ambientes em modificação ndida de sobreviver no nicho do hospedeiro.

passa por uma transição morfológica reversível entre crescimento de hifas. Todas as

entes em espécimes de tecido clinicamente doente. A levedura é disseminada mais efetivamente, enquanto hifas parecem promover a invasão de tecido epitelial e endotelial e ajudar a escapar de macrófagos.

tividade fungicida tem A fosfolipase presente na ponta da

hifa crescente induz as células hospedeiras à lise e, assim, facilitam a invasão

ndida é a colonização do epitélio, que é dependente da aderência dos microorganismos às células epiteliais e proteínas, permitindo que eles aguentem forças de fluido que servem para

ela Cândida envolve

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As espécies de Cândida são importantes patógenos oportunistas por causa da sua habilidade de infectar pacientes hospitalizados gravemente doentes, o que torna imunodeprimidos, como pacientes no tratamento do HIV+, alvos mais suscetíveis a suas infecções. A Candida spp. é responsável por aproximadamente 15% de todas as infecções adquiridas em ambiente hospitalas e por mais de 72% de todas as infecções hospitalares fúngicas. A candidíase, nome dado à doença infecciosa por Candida spp., tornou-se a doença fúngica mais comum devido ao uso cada vez maior de antibióticos, agentes imunossupressores e citotóxicos, bem como o uso prolongado de corpos estranhos como cateteres arteriais, venosos e urinários. A transmissão e o contágio por Caândida também pode se dar pelo contato de pessoa para pessoa, como, por exemplo, entre parceiros sexuais, pelas mãos da equipe de saúde e da vagina para orofaringe do recém nascido no momento do parto.

A candidíase orofaríngea se apresenta como placas exudativas, cremosas e brancacentas sobre a língua, a mucosa bucal, o palato ou outras superfícies da cavidade oral. A contaminação do esôfago, que pode ou não ocorrer como extensão da candidíase oral, manifesta-se com odinofagia, disfagia ou dor torácica subesternal, dificultando a alimentação do paciente infectado.

Em relação ao diagnóstico, espécies de Cândida crescem prontamente quando culturas são obtidas a partir de fluidos corporais ou tecidos, e resultados são geralmente obtidos dentro de 48-72 horas. O isolamento das espécies de Cândida de locais não estéreis, como ferimentos, pele, urina, secreções vaginas e fezes não são diagnósticos de candidíase. Uma cultura positiva apenas indica que espécies do patógeno estão presentes no tecido examinado. Por outro lado, culturas positivas de Cândida provenientes de fontes estéreis (sangue, fluido cerebroespinhal, fluido pleural e fluido peritoneal) são quase sempre indicativas de infecção. Identificação da espécie de Cândida é necessária em todas as infecções por causa da suscetibilidade a antifúngicos, a qual é variável entre as diferentes espécies. A sorologia inclui testes para anticorpos, antígenos e metabólitos de Cândida. Os testes com anticorpos não são padronizados e são, em geral, detectados tardiamente no curso da infecção. Infelizmente, eles são menos sensíveis em pacientes imunocomprimidos.

No caso da candidíase orofaríngea, o tratamento pode ser feito tanto com antifúngicos tópicos (nistatina, clotrimazol, anfotericina B de suspensão oral) ou sistêmicos (fluconazol, itraconazol). Já na candidíase esofágica, o tratamento deve ser sistêmico, uma vez que drogas tópicas tem pouco valor terapêutico. Terapia parenteral pode ser necessária no início se o paciente estiver incapaz de tomar medicação oral.

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A prevenção da candídiase oral pode ser feita ao manter-se uma boa higiene da região oral em pessoas imunodeprimidas. Alguns estudos mostram que enxaguante bucal de clorexidina também pode ajudar a prevenir a candidíase oral em pessoas submetidas a tratamentos contra o câncer. Pessoas que usam corticoesteroides inalados podem reduzir seu risco de desenvolver a infecção lavando a boca com água ou enxaguante bucal após usar o inalador.

Caso Clínico

L. E., 28 anos, natural de Viamão, sexo feminino, solteira, branca, internou-se no hospital Santa Casa com relato de atralgia, fotossensibilidade, rash malar, febre e manchas eritematosas por todo corpo. A paciente havia recebido o diagnóstico de Lupus Eritematoso Sistêmico aos 16 anos e, desde então, tratava a doença com corticoesteroides e outras medicações. No entanto, nos meses anteriores à sua internação, L. E. relata que havia “relaxado” no tratamento, deixando de tomar as drogas que lhe haviam sido prescritas. Este fato resultou em agravamento do seu quadro de lupus, com manifestações de sintomas clássicos da doença, e na sua internação no hospital Santa Casa. Uma vez em ambiente hospitalar, L. E. passou a referir dor na região oral, com vermelhidão da mucosa desta área e dificuldade para engolir. Havia a presença de placas brancas em sua boca e faringe e feridas nos cantos da boca. A paciente também referiu dor preesternal e náuseas e vômitos. Foi feito, então, o diagnóstico de candidíase oroesofágica após crescimento do fungo em cultura, que provavelmente atacou L. E. em vista de sua imunossupressão, sendo esta causada pelo uso de corticoides utilizados no tratamento do lupus. O tratamento consistiu em nistatina e fluconazol, inicialmente endovenoso, e, então, com a melhora progressiva da paciente, via oral.

A Importância do Conhecimento Sobre Micologia Para a Formação do Médico

O conhecimento aprofundado sobre patologias micológicas se faz essencial para uma boa formação médica, uma vez que estas doenças são prevalentes nas mais diversas populações. O médico, independente de sua especialidade, deve saber diagnosticar, tratar e prevenir doenças micológicas, principalmente as mais comuns, pois isto influi diretamente no bem estar do paciente. Com a subespecialização observada no profissional da área médica hoje, muitos acreditam que conhecimentos micológicos específicos são apenas pertinentes a especialidades como a dermatologia. Este pensamento é, no entanto, errôneo, pois todos nos formamos médicos e, como tais, devemos estar o mais capacitados possível para zelar pela saúde e bem estar daqueles pacientes que vêm até nós. Sendo assim, o conhecimento sobre micologia não apenas contribui para a formação excelente do médico, como também participa

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da construção de um nicho profissional mais abrangente, qualificado e positivo para os pacientes.

Bibliografia

• BENNETT, C. J.; PLUM, I. C. Tratado de Medicina Interna. 20ª ed.Guanabara Koogan; Rio de Janeiro, 2002.Vol. 2; páginas 2016 - 2018.

• DISMUKES, W. E.,; PAPPAS, P. G; SOBEL, J. D. Clinical Mycology. Oxford University Press, 2003, páginas 143-187.

• UMBELINO JUNIOR, A. Achados bucais e laboratoriais em pacientes com lúpus eritematoso sistêmico. Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial, 2010, v. 46, páginas 479-486

• http://www.cdc.gov/fungal/candidiasis/thrush/ (acessado em 5/12/2012)