MICROANÁLISE DE RAIOS X - cbpf.bremecbpf/Microan_ raiosX_Mello.pdf · 15 bremsststrahlung ......

40
1 ALEXANDRE MELLO ALEXANDRE MELLO 24 JUNHO 2008 CENTRO BRASILEIRO DE PESQUISAS F CENTRO BRASILEIRO DE PESQUISAS F Í Í SICAS SICAS MICROAN MICROAN Á Á LISE LISE DE RAIOS X DE RAIOS X I ESCOLA DE MICROSCOPIA I ESCOLA DE MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE ELETRÔNICA DE TRANSMISSÃO TRANSMISSÃO CBPF/ CBPF/ LabNano LabNano

Transcript of MICROANÁLISE DE RAIOS X - cbpf.bremecbpf/Microan_ raiosX_Mello.pdf · 15 bremsststrahlung ......

1ALEXANDRE MELLOALEXANDRE MELLO 24 JUNHO 2008

CENTRO BRASILEIRO DE PESQUISAS FCENTRO BRASILEIRO DE PESQUISAS FÍÍSICASSICAS

MICROANMICROANÁÁLISE LISE DE RAIOS XDE RAIOS X

I ESCOLA DE MICROSCOPIA I ESCOLA DE MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE ELETRÔNICA DE

TRANSMISSÃOTRANSMISSÃOCBPF/CBPF/LabNanoLabNano

2

INTERAÇÃO ELÉTRON-AMOSTRA: RAIOS X

3

INTERAÇÃO ELÉTRON-AMOSTRA: RAIOS X

4

K, L, M, N: a camada em que ocorreu a ionização, de onde foi retirado o elétron,

α, β, γ: Camada a partir da qual saiu o elétron para preencher o vazio deixado pela ionização, sendo α a mais provável transição,

1,2,3: transição entre as subcamadas.

5

KAB, LAB, MAB :

ENERGIAS CRÍTICAS DE IONIZAÇÃO

6

IMAGEM SELECIONADA EM UMA AMOSTRA DE

FOLHA FINA NO

TEM ou STEMMICROSCÓPIO

ELETRÔNICO DE TRANSMISSÃO (SEM OU COM

VARREDURA DO FEIXE)

MICROANÁLISE DE RAIOS X

+

ESPECTROMETRIA DE RAIOS-X

EDSESPECTOMETRIA

POR DISPERSÃO DE ENERGIA DE RAIOS X

AEM

MICROSCOPIA ELETRÔNICA ANALÍTICA

7

O ESPECTRÔMETRO DE RAIOS XPOR DISPERSÃO DE ENERGIA

O EDS DETECTA E SEPARA (DISPERSA) OS SINAIS DE RAIOS X DE ACORDO COM SUAS

ENERGIAS: DESTA FORMA O NOME DO ESPECTRÔMETRO

EM GERAL: Banda de cada Canal = 250eV

Amplificadores FET e discriminadores

ANALISADOR MULTICANAL

8

- Janelas de baixa absorção de Raios X: - Cascata de pares elétron-buraco com 3,8 eV à temperatura de N2 líquido. - Região de detecção espessa para absorção completa do fóton de raios X.- E raios X ~ n pares elétrons-buracos- T=77K : Aumenta sinal/ruído e evita difusão do Li

O DETECTOR Si(Li)

9

EFICIÊNCIA DE JANELAS:Berílio (Be), Polímeros ultrafinos (UTW), Diamantes ultra-

finos ou BN (ATWs)evitam contaminação dos detectores

10

DETECTOR DE SILÍCIO(Li) X GERMÂNIO INTRÍNSICO

UTW - Si(Li) melhor para elementos baixo ZGe detecta de Boro até Urânio

11

RESOLUÇÃO DO DETECTOR

Tipicamente detectores de Si(Li) tem resolução de 140eV para Mn KαPara o detector Ge o melhor reportado

foi 114eV

Devido a relação sinal ruído do

detector:quanto maior a

energia do raios X maior a largura do

pico (FWHM)

12

DEAD TIME (Tempo morto ou tempo de rejeição do sinal)

-Menor constante de tempo τ (µs), maior taxa de contagem (cps) e menor resolução em energia.

-Maior τ (50µs) melhor resolução em energia, mas com baixa taxa de contagem.

-Quanto mais fótons entram no detector (saturação) mais aumenta o dead-time (tempo de rejeição) e maior é o tempo de coleta (clock time)

13

ARTEFATOS NO ESPECTRO DE EDS

Ex: Fluorescência interna do Si num espectro de CEvento de coincidência da soma de dois fótons de Mg K

Solução diminuir Dead time ou reduzir espessura da amostra

14

ARTEFATOS NO ESPECTRO DE EDS

O detector não éum poço de

potencial perfeito para todas as energias, logo

pode haver fuga de uma parte da

energia dos fótons - que não se transformaram em pares elétrons

buracos –Estes fótons

causam a fluorescência do Si Kα (-1,74eV) e

escapam da região intrínsica

15

BREMSSTSTRAHLUNGCOERENTE

-EM AMOSTRAS FINAS MONOCRISTALINAS

-OS PICOS SE MOVEM COM AVARIAÇÃO DE VOLTAGEM

-O EFEITO É ELIMINADO MOVENDO O FEIXE PARA FORA DO EIXO DE ZONA PRINCIPAL

ARTEFATOS NOESPECTRO DE EDS

16

A INTERFACE FÍSICA EDS X TEM

Ângulo sólido de detecção deve ser o

maior possívelΩ= A/d2

(se a amostra não está inclinada)

17

DETALHE DO DETETOR DE EDS

18

POSICIONAMENTO DA AMOSTRA E

ÂNGULO DE SAÍDA αO DETETOR DEVE

ESTAR “OLHANDO”PARA A PARTE MAIS FINA DA AMOSTRA

19

POSICIONAMENTO DA AMOSTRA: EFEITO DA INCLINAÇÃO

A amostra deve estar normal ao feixe.Menos de 100 de inclinação parecenão aumentar o background. Evitar

maior interação com o feixe incidentee os elétrons retroespalhados

20

- SEMPRE REMOVER O DIAFRAGMA DA OBJETIVA

-- OPERAR SEM INCLINAR A AMOSTRA (QUANDO POSSÍVEL)

-- USAR SE POSSÍVEL PORTA AMOSTRAS DE BAIXO Z E BAIXA ABSORÇÃO (C, Be)

-- USAR FOLHAS FINAS, PARTÍCULAS OU FILMES FINOS NO LUGAR DE DISCOS AUTOPORTANTES

MÉTODOS PARA MINIMIZAR EFEITOS DE ESPALHAMENTO INDESEJÁVEL NA AMOSTRA

21

A

F

B

E

DC

ANÁLISE QUALITATIVA DE RAIOS X

22

O ESPECTRO DE EDS E O ORDENAMENTO DOS NÚMEROS ATÔMICOS PARA OS PICOS DA SÉRIE K

Mais usados os picos de energia entre 0 e 10 keV :- Raias série K para o Be (Z = 4) até o Ga (Z = 31),

- Raias série L desde o Ca (Z = 20) até o Au (Z = 79),- Raias série M para o Nb (Z = 41) até o mais alto número atômico.

Informações qualitativas e quantitativas da composição da amostra

23

• <Be ~ não detectado• F ~ 20% em peso • Na-Al ~ 1-2% em peso• Al-Cr ~ 1% em peso• >Cr ~ 0,1 % em peso• Fe-C ~ 0,01 % em peso

Elemento Limite de detectabilidade

LIMITE DE DETECTABILIDADE DO EDS

24

IDENTIFICAÇÃO DOS PICOS

-MESMO USANDO UM SISTEMA ASSISTIDO POR COMPUTADOR E UM PROGRAMA DE IDENTIFICAÇÃO SEMPRE É NECESSÁRIO:

-- VERIFICAR O PICO MAIS INTENSO E LOCALIZAR OS OUTROS DE SUA FAMÍLIA DE ACORDO COM AS TABELAS DE ENERGIA E SUAS RELATIVAS INTENSIDADES

-FAZER O MESMO PARA O PRÓXIMO MAIS INTENSO ATÉVERIFICAR TODOS

--PENSAR SOBRE POSSÍVEIS OVERLAPS DE ENERGIA E OLHAR PARA ARTEFATOS E PICOS ESPÚRIOS

-SE UM MEMBRO DE UMA FAMÍLIA DE PICOS NÃO APARECE TALVEZ A IDENTIFICAÇÃO ESTEJA ERRADA

- NEM SEMPRE UM ELEMENTO IDENTIFICADO PELO PROGRAMA ESTÁ PRESENTE NA AMOSTRA, PROCURE OUTRAS FONTES

- ACHOU O Kα ? ENTÃO VERIFIQUE SE O Kβ TEM DE 10 A 15% DA INTENSIDADE DO Kα

-SE A SÉRIE K NÃO ESTÁ PRESENTE PROCURE NA SÉRIE L ou M

-(.....WILLIAMS, DAVID B 1996 PLENUM PRESS, NY)

25

DIVERSIDADE

DOS ESPECTROS

OBTIDOS

ANÁLISE QUALITATIVA

26

IDENTIFICANDO PICOS POR DESCONVOLUÇÃO E AUMENTO DO TEMPO DE CONTAGEM

27

• A intensidade das linhas é proporcional àquantidade de cada elemento químico.

• As intensidades dependem ainda da probabilidade de cada tipo de evento.– Iα1 ≈ 2xIα2– Iα ≈ 5xIβ

• Outros fatores que afetam a intensidade das linhas:– Z – número atômico– A – absorção– F – fluorescência– kV – voltagem de aceleração

Microanálise Quantitativa de Raios X por EDS

28

EXEMPLO DE IDENTIFICAÇÃO E QUANTIFICAÇÃO ELEMENTAR SIMPLES

29

Microanálise Quantitativa

Castaing (1951)

k: Fator de Sensibilidade para a intensidade do sinal medido Ii e o do sinal de um padrão IpCi : Concentração da amostra

Cp: Concentração do padrão

Henrich and Newbury (1991)

Z: correção de número atômico

A: correção da absorção de raios x dentro da amostra

F: Fluorescência dentro da amostra

No TEM, para folhas finas e em primeira aproximação, somente a correção de Z poderia ser usada

30

Técnica de Cliff-Lorimer (1975)

Para folhas finas serão ignorados os fatores A e F

Para dois elementos: CA/CB = kAB (IA/IIB) CA+CB= 100%

Para três: CB/CC = kBC (IB/IC) CA+CB+CC=100%

kAB= kAC/ kBC

Subtrair um background estimado ou realizar filtragem digital convoluindo uma função “top Hat” (função porta ).

Determinar o valor do fator de sensibilidade k por primeiros princípios ou experimentalmente usando padrões.

O fabricante do EDS-TEM normalmente fornece tabelas obtidas experimentalmente para diversas voltagens e diversos elementos usando o próprio equipamento.

Outras abordagens sobre as equações de Cliff-Lorimer levam em conta a fluorescência e a seção de ionização sobre a intensidade de raios X de uma amostra: Powel (1976); Schreiberand Wims (1982)

31

Correção da absorção na amostra (ACF)

kAB*= kAB(ACF)

Conforme definido por Castaing (1951), φ(ρt) é a intensidade relativa e que varia com a massa e a espessura da amostra.

termo ρz é chamado de profundidade de massa e é o produto da densidade ρ da amostra e a espessura t (g/cm2).

Assumindo para a folha fina que φ(ρt) =1 e a espessura t e a densidade ρ são conhecidas, a equação para calcular o fator ACF :

⎟⎟⎟⎟

⎜⎜⎜⎜

⎟⎟⎟⎟

⎜⎜⎜⎜

=⎟⎟⎠

⎞⎜⎜⎝

⎛−

⎟⎟⎠

⎞⎜⎜⎝

⎛−

αρρµ

αρρµ

ρµρµ

ect

ect

B

A

A

B

e

eACFcos..

cos..

1

1

32

CORREÇÃO DA FLUORESCÊNCIA

Primeira causa da absorção de raios X é a fluorescência de outro raios X.

Exemplo: absorção do radiação Al Kα pelo Ni em Ni3AlNeste caso o sinal do Al decresce pois ele é o menor

constituinteDevido a geometria do EDS –TEM a fluorescência é

normalmente desprezadaEm casos raros podem ser usados fatores de correção

desenvolvidos por Nockolds et al (1980) e Anderson et al (1995)

33Estudo dos produtos de corrosão em uma liga de Ni através de EDS.

MAPEAMENTO POR EDS

34

MAPEAMENTO POR EDS

Al NbPartículas de Nb2O5 sobre alumina preparado pelo método sol-gel.

35

A energia do fóton de Raios X é separada através do seu comprimento de onda.

O comprimento de onda éobtido através da difração por um monocristal com ângulo de posicionamento variável.

Lei de Bragg

λhE =

θλ sen2dn =

WDS: (WAVELENGH DISPERSIVE SPECTROSCOPY) ESPECTROSCOPIA DE RAIOS X POR DISPERSÃO DE ENERGIA EM

COMPRIMENTOS DE ONDA

36

WDS X EDS

37

COMPARAÇÃO ENTRE ESPECTRÔMETROS DE RAIOS X

WDS: PEÇAS MÓVEIS DENTRO DO VÁCUO, REQUER MUITO ESPAÇO NA COLUNA E AQUISIÇÃO LENTA DO ESPECTRO

NÂO TEM SIDO USADO NO TEM

38www.xos.com

EDS MICROCALORIMÉTRICO: MESMA RESOLUÇÃO QUE O WDS E

POSSÍVEL APLICAÇÃO FUTURA NO TEM

39www.xos.com

40

Fim