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1 PARTE I FUNDAMENTOS DE MICROBIOLOGIA Introdução Hoje sabemos que os microorganismos podem desempenhar papeis muito importantes nos alimentos, sendo possível classificá-los em três grupos distintos, dependendo do tipo de interação existente entre microorganismos e alimento: 1- Os microorganismos nos alimentos são causadores de alterações químicas prejudiciais, resultando no que chamamos de deterioração microbiana. A deterioração resulta em alterações de cor, sabor, odor, textura e aspecto do alimento. Essas alterações são conseqüência da atividade metabólica natural dos microorganismos, que estão apenas tentando perpetuar a espécie, utilizando o alimento como fonte de energia. A deterioração provocada é somente uma conseqüência deste processo. 2- Os microorganismos presentes nos alimentos podem representar um risco à saúde. Estes microorganismos são genericamente denominados patogênicos, podendo afetar tanto a saúde do homem como animais. As características das doenças que esses microorganismos causam dependem de uma serie de fatores inerentes ao alimento, ao microorganismo patogênico em questão e ao individuo a ser afetado. Os microorganismos patogênicos podem chegar ao alimento por inúmeras vias, sempre refletindo condições precárias de higiene durante a produção, armazenamento, distribuição ou manuseio em nível domestico. 3- Os microorganismos presentes nos alimentos causam alterações benéficas (saprófitos) em um alimento, modificando suas características originais de forma a transformá-lo em um novo alimento. Esta forma de interação é conhecida do homem há muito tempo. A este grupo pertencem aqueles microorganismos que são intencionalmente adicionados ao alimento para que determinadas reações químicas sejam realizadas. Neste grupo estão todos os microorganismos utilizados na fabricação de alimentos fermentados: queijo, vinhos, cervejas, pães, vegetais e muitos outros (fermentadores). Doenças de Origem Alimentar DTA’s Bactérias e vírus Fungos e parasitas Intoxicações Químicas Metais Agrotóxicos / Raticidas / micotoxinas Intoxicações naturais Plantas, Cogumelos, Peixes, Moluscos DTA’s 4 palavras mágicas - Higiene . Ambiental, Alimentos, Mão, Utensílios e equipamentos - Técnica . Adequação de cardápio, Pré-preparo e Preparo final - Temperatura . Refrigeração, Manipulação, Cocção e Distribuição - Tempo . Armazenamento, Manipulação e Distribuição Microrganismos I- Definição: São formados apenas por uma célula e tem vida própria. Estão presentes em todo universo e cada espécie possui características biológicas diferentes podendo ser desejáveis, como nos casos de fabricação de cerveja, queijos etc., ou indesejáveis, nos casos de contaminação e toxinfecção. Tipos 1 - Bactérias Possuem vida próprias, preferem ambientes úmidos, ou seja, alimentos que tenham algum teor de água, embora algumas espécies possam se desenvolver em alimentos mais secos (não em alimentos desidratados). Sobrevivem em presença (aeróbios) ou ausência de oxigênio (anaeróbios) ou em ambos (anaeróbios facultativos ou aerotolerantes). Preferem alimentos ricos em proteínas (carne em geral, ovos, leite, queijos), etc... Suas formas são: bacilos, cocos, espirilos. A reprodução é por divisão binária com pequeno tempo de geração (a cada 15 minutos), em Temperatura entre 20 a 45ºC. São altamente competitivos em relação a outros grupos microbianos e responsáveis pela maioria de surtos de Doenças Transmitidas por Alimentos (DTAs). Podem produzir toxinas gastrentéricas ou alergênicas. Desenvolvem-se melhor em ambientes úmidos, alimentos ricos em proteínas e pouco ácidos (pH 4,5 - 8,5). Algumas bactérias produzem, em decorrência de sua multiplicação, as chamadas “toxinas”, que são um tipo de “veneno”, de efeito tóxico para o organismo. As bactérias, além de se encontrarem nos alimentos, são encontradas também no intestino,trato genital, nariz, boca, mãos, pulmão e meio ambiente.Alguma apresentam forma esporulada. CLASSIFICAÇÃO Gram-negativas, aeróbias e microaeróbias Campylobacter jejuni, C. coli e C. lari gastrenterites. Gram-negativas aeróbias estritas Pseudomonas, Xanthomonas, Halobacterium, Halococcus, Acetobacter, Gluconobacter, Acinetobacter, Alcaligenes, Alteromonas, brucella, Flavobacterium, Moraxella, Psychrobacter e Shewanella. Microbiologia dos Alimentos I

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PARTE I

FUNDAMENTOS DE MICROBIOLOGIA

Introdução

Hoje sabemos que os microorganismos podem

desempenhar papeis muito importantes nos alimentos,

sendo possível classificá-los em três grupos distintos,

dependendo do tipo de interação existente entre

microorganismos e alimento:

1- Os microorganismos nos alimentos são causadores de

alterações químicas prejudiciais, resultando no que

chamamos de deterioração microbiana. A deterioração

resulta em alterações de cor, sabor, odor, textura e

aspecto do alimento. Essas alterações são conseqüência

da atividade metabólica natural dos microorganismos, que

estão apenas tentando perpetuar a espécie, utilizando o

alimento como fonte de energia. A deterioração provocada

é somente uma conseqüência deste processo.

2- Os microorganismos presentes nos alimentos podem

representar um risco à saúde. Estes microorganismos são

genericamente denominados patogênicos, podendo afetar

tanto a saúde do homem como animais. As características

das doenças que esses microorganismos causam

dependem de uma serie de fatores inerentes ao alimento,

ao microorganismo patogênico em questão e ao individuo

a ser afetado. Os microorganismos patogênicos podem

chegar ao alimento por inúmeras vias, sempre refletindo

condições precárias de higiene durante a produção,

armazenamento, distribuição ou manuseio em nível

domestico.

3- Os microorganismos presentes nos alimentos causam

alterações benéficas (saprófitos) em um alimento,

modificando suas características originais de forma a

transformá-lo em um novo alimento. Esta forma de

interação é conhecida do homem há muito tempo. A este

grupo pertencem aqueles microorganismos que são

intencionalmente adicionados ao alimento para que

determinadas reações químicas sejam realizadas. Neste

grupo estão todos os microorganismos utilizados na

fabricação de alimentos fermentados: queijo, vinhos,

cervejas, pães, vegetais e muitos outros (fermentadores).

Doenças de Origem Alimentar

DTA’s Bactérias e vírus

Fungos e parasitas

Intoxicações Químicas Metais

Agrotóxicos / Raticidas / micotoxinas

Intoxicações naturais Plantas, Cogumelos,

Peixes, Moluscos

DTA’s 4 palavras mágicas

- Higiene

. Ambiental, Alimentos, Mão, Utensílios e

equipamentos

- Técnica

. Adequação de cardápio, Pré-preparo e Preparo final

- Temperatura

. Refrigeração, Manipulação, Cocção e Distribuição

- Tempo

. Armazenamento, Manipulação e Distribuição

Microrganismos

I- Definição: São formados apenas por uma célula e tem

vida própria. Estão presentes em todo universo e cada

espécie possui características biológicas diferentes

podendo ser desejáveis, como nos casos de fabricação de

cerveja, queijos etc., ou indesejáveis, nos casos de

contaminação e toxinfecção.

Tipos

1 - Bactérias – Possuem vida próprias, preferem

ambientes úmidos, ou seja, alimentos que tenham algum

teor de água, embora algumas espécies possam se

desenvolver em alimentos mais secos (não em

alimentos desidratados).

Sobrevivem em presença (aeróbios) ou ausência

de oxigênio (anaeróbios) ou em ambos

(anaeróbios facultativos ou aerotolerantes).

Preferem alimentos ricos em proteínas (carne em

geral, ovos, leite, queijos), etc...

Suas formas são: bacilos, cocos, espirilos.

A reprodução é por divisão binária com pequeno

tempo de geração (a cada 15 minutos), em

Temperatura entre 20 a 45ºC.

São altamente competitivos em relação a outros

grupos microbianos e responsáveis pela maioria

de surtos de Doenças Transmitidas por Alimentos

(DTAs).

Podem produzir toxinas gastrentéricas ou

alergênicas. Desenvolvem-se melhor em

ambientes úmidos, alimentos ricos em proteínas e

pouco ácidos (pH 4,5 - 8,5).

Algumas bactérias produzem, em decorrência de

sua multiplicação, as chamadas “toxinas”, que são

um tipo de “veneno”, de efeito tóxico para o

organismo. As bactérias, além de se encontrarem

nos alimentos, são encontradas também no

intestino,trato genital, nariz, boca, mãos, pulmão e

meio ambiente.Alguma apresentam forma

esporulada.

CLASSIFICAÇÃO

Gram-negativas, aeróbias e microaeróbias

Campylobacter jejuni, C. coli e C. lari – gastrenterites.

Gram-negativas aeróbias estritas

Pseudomonas, Xanthomonas, Halobacterium, Halococcus,

Acetobacter, Gluconobacter, Acinetobacter, Alcaligenes,

Alteromonas, brucella, Flavobacterium, Moraxella,

Psychrobacter e Shewanella.

Microbiologia dos Alimentos I

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Gram-negativas anaeróbias facultativas

Citrobacter, Enterobacter, Escherichia, Klebsiella, Hafnia,

Proteus, Salmonella, Serratia, Shigella, Yersinia,

Aeromonas, Plesiomonas, Vibrio.

Cocos Gram-positivos

Micrococcus, Staphylococcus, Enterococcus

(microrganismo indicador), Lactococcus, Leuconostoc,

Peiocoddus, Streptococcus, Vagococcus.

Bacilos Gram-positivos produtores de esporos

Esporos: resistentes ao calor, a radiações ionizantes,

compostos químicos, desidratação e congelamento. A

reversão para a forma vegetativa que pode resultar na

deterioração dos alimentos ou produção de toxinas.

Bacillus e Clostridium.

Bacilos Gram-positivos não esporulados

Lactobacillus e Listeria.

2- Fungos – Possuem vida própria.

São divididos em bolores e leveduras,

tamanho de 60 mc (micrômetros)

Encontrados no meio ambiente e no

homem (intestino, boca e mãos).

Multiplica-se em alimentos secos, frescos

e com maiores quantidade de açúcar.

A reprodução é feita por gemulação

(leveduras) ou por brotamento, gemulação,

artrosporos (fungos).

Alguns fungos também são produtores de

toxinas alergênicas ou cancerígenas.

Tabela 1. Características de Multiplicação de

Microorganismos

Bactérias

Fungos

Bolores Leveduras

Reprodução *a cada 15 min. * a cada 20 min.

Aw > 0,82 > 0,65

pH 4,5 a 8,5 (neutro) 2,5 a 9,5 (ácido)

Temperatura 28º a 45ºC 10º a 26ºC

Alimentos Protéicos Ricos em açúcar

.

3- Vírus – Não possuem vida própria e só crescem quando

estão dentro da célula do organismo humano ou de

animais. Não se multiplicam em alimentos.

Possuem formas cilíndricas; tamanho de 0,125 mc

(micrômetros).

A contaminação se dá pela ingestão de água ou alimento

contaminado, pelo ar, ou junto a pessoas doentes, através

de contato direto, ou da manipulação de alimentos (ex.:

hepatite, sarampo, rubéola, etc...).

4- Parasitas – Não possuem vida própria e seu

desenvolvimento se dá no organismo do homem ou

animal. Encontram-se no solo, água, alimentos e intestino.

Microrganismos patogênicos em alimentos

. Patógenos Clássicos conhecidos epidemiologicamente

bactérias, vírus e parasitas

ex: Bacillus cereus, C botulinum , S.aureus

e Salmonella

. Patógenos Emergentes novos agentes etiológicos

bactérias, vírus e parasitas

ex: E. coli enterohemorrágica Listeria Monocytogenes

. Patógenos reemergentes novos surtos de m.o. já

controlados ex: zoonoses,Tuberculose, cisticercose

PARTE II

DOENCAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS (DTA)

Definição

São todas as ocorrências clínicas decorrentes da

ingestão de alimentos que podem estar contaminados com

microorganismos patogênicos, substâncias químicas ou

que contenha na sua constituição estruturas naturalmente

tóxicas.

CLASSIFICAÇÃO

A - Intoxicação ou Toxinose

. Biológica Ingestão de toxina pré-formada produzida

pelo microorganismo patogênico devido à sua multiplicação

no alimento.

Ex: C. botulinum, B. cereus emético, S aureus e fungos

produtores de micotoxinas.

. Química Ingestão de substância química. Ex:

pesticidas

B - Toxinfecção ingestão de quantidade aumentada de

bactéria na forma vegetativa que liberam toxina no trato

gastrointestinal (TGI) sem colonizar. Toxina produzida no

intestino.

Ex: C. perfingens e B. cereus clássico

C- Infecção ingestão de alimentos contendo células

viáveis de microorganismos patogênicos (bactérias, vírus

ou parasitos) que se reproduzem no organismo com ou

sem agressão ao epitélio. Colonizam o intestino e podem

invadir outros órgãos.

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Ingestão de Microrganismo (dose infectante)

Aderência a Mucosa

Proliferação

Colonização

Invasão da mucosa Produção de Toxinas

Penetração nos tecidos (diarréia)

Invasivas: Agressividade

Celular: destruição das células locais

Ex. Salmoneose, Shigelose,

Sistêmica: penetração através do intestino e

disseminação pelo sangue.

Ex. Salmonella typhi

Não Invasiva: Toxicidade

Produção de toxina no intestino

Ex. B. cereus clássico

Liberação de toxina no organismo (C. perfringers).

Nova CLASSIFICAÇÃO DTA

Substitui a classificação em toxinose,

toxinfecção e infecção

Mecanismos Patogênicos dos Microorganismos

Agressividade – Presença do microorganismo em

quantidade suficiente para causar agressão ao tecido

(epitélio ou mucosa), provocando infecção, com sintomas

de febre, dor, inflamação e formação de pús.

Toxicidade – O microorganismo ao se multiplicar no

alimento ou no nosso organismo, produz pequenas

cadeias protéicas (toxinas), causando quadro clínico de

intoxicação.

A bactéria ao se multiplicar, pode produzir toxinas:

Multiplicação no Alimento Toxina Vômito

Multiplicação no Intestino Toxina Diarréia

Hipersensibilidade – O microorganismo ao penetrar em

nosso organismo, estimula a resposta imunológica de

defesa.

Classificação de Microorganismos

No Homem

Benignos – divididos em neutros ou saprófitas (ajuda a

proteger e evitar doenças).

Malignos ou Patogênicos: Invadem o organismo do

homem com produção ou não de toxinas, podendo

causar doenças leves ou graves, inclusive à morte.

No Alimento

Benigno (Saprófitas) ou Fermentadores: Modificam

alimento sem causar doenças.

Ex: Fabricação de iogurte e queijos, maturação de

carnes, produção de pães, vinhos, vinagre, saquê,

cerveja.

Patogênico: são perigosos e colocam em risco a

saúde e até a vida do homem. Podem causar infecção

e /ou intoxicação.

Vias de Transmissão

A contaminação pode ser direta entre pessoas ou

indireta através de água, solo, ar, fômites e alimentos.

Transmissão Direta – O homem faz a transmissão

diretamente através de si, de seu corpo ou do que é de si

expelido.

Ex: Fezes, nariz, boca, mãos, secreção, urina ou

ferimentos.

Transmissão Indireta – Também é feita através do material

humano (fezes, escarro, urina etc.), porém veiculados por

vetores.

Transmissão Ambiental – material de animais (fezes, pêlo,

urina de ratos, baratas, ovos de moscas etc.), que

contamina o ambiente ou microorganismos patogênicos já

presentes no alimento (hortifrutigrangeiros, aves

contaminadas etc.).

AGENTES DE DOENÇAS TRANSMITIDAS POR

ALIMENTOS (DTA)

A - Toxinoses

Toxinas Produzidas nos Alimentos

A.1 - Staphylococcus aureus

Microorganismo facultativamente anaeróbio, com maior

crescimento em condições aeróbias. Produz enterotoxina

termorresistentes no alimento. Possui características de

halofilia ↑ [sal] e osmofilia↑ [açúcar].

Enterotoxina → Mucosa TGI → Secreção Na+, K

+, H2O

→ Nervo Vago → Retroperistalse

Fonte: cabelo, nariz, boca e pele dos animais.

Alimentos envolvidos carne e frango cozidos,

atum, presunto, batatas e saladas de batatas,

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leite, queijos, cremes, chantilly, confeitos frescos

com recheio e tortas.

Quadro clínico predominando vômitos e náuseas,

raras diarréias, sem febre.

Aa baixa: 0,83; Produção de toxina Aa: 0,94

Multiplica-se entre 7º a 48º.

PI: 1 a 6 h

Valor D= 65,5ºC / 2’

A.2 - Bacillus cereus

Microorganismo facultativamente aeróbico, gram-

positivo, formador de esporos, produtor de dois tipos de

toxina - diarréica (termo-lábil) e emética (termo-estável).

Duas síndromes:

B. cereus emético → enterotoxina termoestável no

alimento.

Toxina → Emética (ST – 126ºC / 90’)

PI: 1-6h

S: Vômitos, náuseas, mal-estar geral.

Valor D = 100ºC / 5’

Fonte: solo (terra, água), cereais, grãos, hortaliças.

Tº ótima: 5º a 50ºC.

A cocção e reaquecimento não destroem os esporos.

Alimentos envolvidos

Síndrome Emética: Alimentos farináceos contendo

cereais. Arroz cozido ou frito, arroz doce, feijão cozido,

pudim (amido de milho ou baunilha), bolo de carne, sopa

de vegetais e massas, verduras cozidas, canjica e

cremes de doces.

Síndrome Diarréica: carnes com molhos (base de

farináceos), tortas, pudins (base de amido).

A.3 - Clostridium botulinum

Microorganismo anaeróbio estrito, formador de

esporos.

Botulismo

o Botulismo clássico: ingestão do alimento

contendo a neurotoxina (toxina pré-

formada).

o Botulismo de lesão: proliferação e

liberação de toxinas em lesões

infectadas com o m.o.

o Botulismo infantil: dç infecciosa causada

pela ingestão de esporos e subseqüente

germinação, multiplicação e toxigênese

no intestino.

o Período de incubação: 12 a 36 horas.

Náuseas, vômitos e diarréia. Fadiga e fraqueza muscular.

Queda da pálpebra, resposta alterada da pupila à luz e

visão dupla. Secura da boca, dificuldade de deglutição.

Parada respiratória

A concentração salina é um dos fatores mais

importantes no controle do botulismo.Fonte: solo (terra

e água), vegetais, frutas e peixes.

PI: 12 a 72h

Valor D= 100ºC/ 50’

Neurotoxina (valor D= 100ºC/10’)

pH > 4,6

A cocção promove anaerobiose, auxiliando a

multiplicação. A cocção e reaquecimento não destroem os

esporos.

Contaminação: alimentos enlatados recontaminados ou

com processamento térmico inadequado. Embutidos fora

da refrigeração.

Alimentos envolvidos: salada de batata, carne com

queijo e cebola com creme de manteiga derretida, bolo de

peru com cereais, carne com batata e temperos, carne

cozida, alho preparado comercialmente, pescados, carnes

e verduras em conservas caseiras, escabeche.

Quadro clínico: náuseas, visão dupla, vertigens, perda

dos reflexos, dificuldade de deglutir e falar, paralisia

respiratória e morte. Sem febre. Intoxicação botulínica.

Alimentos: produtos cárneos, conservas vegetais

de preparação caseira, mel.

Impedir a formação da neurotoxina botulínica

Microbiota competitiva e bactérias lácteas

Nitrato e nitrito

Célula vegetativa : baixa resistência térmica.

Esporos: resistentes ao calor.

Neurotoxina: termolábil – 80oC / 30 min ou 100

oC /

alguns min.

Congelamento e refrigeração: sem efeito.

A.4 - Aminas Vasopressoras Alergênicas

Microorganismos psicotróficos presentes normalmente

no ambiente ou nos alimentos de origem animal (carnes,

aves e pescados) como: Pseudomonas sp, Moraxella sp,

Plessiomonas sp, Acinetobacter sp, etc.

Multiplica-se: -5ºC e 37ºC.

Alimentos envolvidos: carnes, aves, pescados e

alimentos cárneos com processo inadequado de

maturação.

Quadro clínico: alergia generalizada (coceira, edema,

inflamação).

A.5 - Escombrídeos

Microorganismos de origem ambiental ou fecal, como a

Morganella morganii, Escherichia coli, Klebsiella

pneumoniae, etc, multiplicam-se em tipos específicos de

peixes, produzindo substâncias típicas de envenenamento.

Alimentos: atum, golfinho, arenque e peixe azul.

Quadro clínico: dor de cabeça, tontura, queimação na

boca.

A.6. - Proteus sp

se reproduz nos pescados em temperatura de

refrigeração acima de 4ºC, produzindo substância tipo

histamina e provocando quadro alérgico.

Fonte: ambiental ou fecal.

PI: < 1 hora

Alimentos envolvidos: peixes, camarões e frutos do mar

Quadro clínico: dor de cabeça, tontura, náusea, vômito,

queimação na garganta, inchação facial com vermelhidão,

dor de estômago e coceira na pele.

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Quadro 1. Comparativo de Intoxicações Alimentares

Características S. aureus B. cereus C. botulinum

T (ºC) 7-48ºC 5 - 50ºC 3 – 50º

Aa mín. 0,83 0,95 0,94

PI (hs) 1 – 6

*Emético:

1 – 6

*Clássico:

8 - 22

12 – 72

Sintomas

vômitos e

náuseas,

raras

diarréias,

sem febre.

*Emético:

vômito e

náuseas raras

diarréias e

sem febre.

*Clássico:

infecção

intestinal

Náuseas,

visão dupla,

vertigens,

perda dos

reflexos,

dificuldade de

deglutir e

falar, paralisia

respiratória e

morte. Sem

febre.

Alimentos

principais

Produtos de

confeitaria e

protéicos

Alimentos

ricos em

amido

Enlatados

Quadro2. Comparativo de Intoxicações Alimentares

Características Aminas

Vasopressoras

Escombrosídios Proteus sp.

T (ºC) -5ºC a 37º

Psicrófilo

3 – 50º

Psicrófilo

Psicrófilo

PI (hs) - - < 1h

Sintomas Alergia

generalizada

(coceira,

edema,

inflamação).

Dor de cabeça,

tontura,

queimação na

boca.

Dor de

cabeça,

tontura,

náusea,

vômito,

queimação

na garganta,

inchação

facial com

vermelhidão,

dor de

estômago e

coceira na

pele.

Alimentos

principais

Cárneos com

processamento

inadequado

Peixes de águas

profundas

Peixes,

camarões,

frutos do

mar

B.Toxiinfecção Alimentar ou Infecção não invasiva

Ingestão Aumentada de Bactérias na Forma

Vegetativa que Liberarão Toxinas no TGI ao Esporular

B.1 -Clostridium perfringens

Microorganismo formador de esporos anaeróbico

sobrevive na cocção e reaquecimento e no interior do

alimento em ebulição, sobrevive até 9 horas. A cocção

promove anaerobiose e ativa a germinação dos esporos,

diminuindo o tempo da geração para 10 minutos. Produz

endoenterotoxina no intestino, quando ocorre esporulação,

após a ingestão de grande quantidade de formas

vegetativas.

Fonte: solo (terra e água), intestino do homem e

animais, hortaliças e temperos.

Tº ótima: 15ºC e 50ºC

PI: 8 a 22 horas

Valor D = 100ºC / 20’

Alimentos envolvidos: carnes e aves assados ou

cozidos, feijão cozido, legumes cozidos e molho

de carne.

Quadro clínico: predominando diarréia e cólicas

abdominais, sem febre

Enterotoxina (ativação tripsina)

Liga receptores borda de escova intestinal

Surgimento de poros

Extravasamento do conteúdo celular

Diarréia

.

B.1 –Bacillus Cereus(síndrome diarréica)

B. cereus clássico → quadro de infecção intestinal.

Toxina → Diarréica (TL – 55ºC / 20’)

PI: 8 - 22h

S: diarréia intensa, dores abdominais.

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C. Infecção Alimentar

Invasiva ou Toxigênica (Produção de Toxina ou

Agressão ao Epitélio Intestinal).

C.1. Salmonella sp.

Causa infecção intestinal.

Fonte: intestino de animais e homens, matéria-prima

animal (carnes e aves), rações animais (farinha de ossos,

farinha de sangue, farinha de peixe), gema de ovos

(contaminação transovariana), hortaliças plantadas em

ambiente com esterco animal ou humano.

Mucosa Intestino Delgado e cólon

Invasão (limitada a lâmina própria)

Fagocitadas

Resposta Inflamatória

saída de H2O e eletrólitos

Diarréia Aquosa

Tº: 6ºC e 46ºC

PI: 8 - 22h

Valor D= 66ºC / 1’

Alimentos envolvidos: aves, carnes, produtos de ovos

(maionese, mousse), leite cru, bala de chocolate, coco,

fermento, semente de algodão, soja, melancia, pimenta,

cevada e cidra.

Quadro clínico: diarréia, mal estar e cólicas. Com ou sem

febre.

C.2 - Salmonella typhi

causa infecção intestinal típica.

Não necessita multiplicar-se em alimentos.

A dose infectante é baixa.

Penetração células epiteliais

Invasão lâmina própria

Entrada corrente linfática

Fagocitados (macrófagos) → “X” → destruição macrófagos

→corrente circulatória→ órgãos→ infecção sistêmica

Fonte: intestino do homem e mãos contaminadas, água

contaminada por esgoto humano, hortaliças contaminadas

por adubo fecal humano.

Alimentos envolvidos produtos cárneos e lácteos,

verduras, mariscos, ostras, pescados, saladas.

Quadro clínico: Causa infecção intestinal com disenteria

(fezes com muco, pus e sangue), febre, vômito, mal estar,

calafrios, hipotensão, septicemia, choque endotóxico e

morte.

Tº ótima: 6ºC - 46ºC

pH entre 3,8 e 9,0.

Valor D = 66ºC / 1’

PI: 7 a 28 dias

C.3 - Shigella sp.

causa infecção intestinal típica, conhecida como

disenteria bacilar.

Fonte: intestino do homem e mãos contaminadas, água

contaminada por esgoto humano, hortaliças contaminadas

com adubo fecal humano.

Quadro clínico: disenteria (fezes com muco, pus e sangue),

febre, vômito, cólica e mal estar. Pode causar sinais

neurológicos devido a produção de toxina neurotóxica.

Disenteria bacilar = “Doença da Sujeira”

↓ Dose infectante = 10ufc/g - Não necessita

multiplicar-se nos alimentos

Toxina de shiga = citotoxina

Adesão (Intestino Grosso)

Invasão Intra Epitelial

Ulceração

Alimentos de ingestão direta

PI: 12 a 72 h

C.4.- Yersinia enterocolítica

Microorganismo psicrófilo. dose infectante alta,

necessita multiplicar-se nos alimentos.

Adesão na região Íleo – Cecal

↓ ↓

Invasão Transepitelial Produção da Enterotoxina yst

(Linfonódulos)

Ielite Terminal + Linfadenite Mesentérica

Fonte: água, animais selvagens, suínos, cães e aves.

Isolada de miúdos de suínos, língua e carne moída.

Multiplica-se em temperatura de refrigeração (3ºC

- 43ºC)

pH entre 4,4 e 9,6

PI: 12 a 72hs

Alimentos envolvidos: leite, queijos, aves (frango mal

cozido), água de nascente, queijo embalado com água de

nascente.

Quadro clínico diarréia, náusea, febre baixa, cólica, mal

estar, calafrios e dor de cabeça. Pode causar linfadenite

aguda, sendo confundida com o quadro de apendicite.

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Quadro 3. Quadro Comparativo de Infecções Alimentares I

Salmonella Salmonella

typhi

Shigella sp

T (ºC) 6ºC e 46ºC 6ºC e 46ºC -

PI (hs) 8 a 22 hs 7 a 28 dias 12 a 72 hs

Sintomas diarréia, mal

estar e cólicas.

com ou sem

febre.

disenteria, febre,

vômito, mal

estar, calafrios,

hipotensão,

septicemia,

choque

endotóxico e

morte.

disenteria

(fezes com

muco, pus e

sangue),

febre, vômito,

cólica e mal

estar. Pode

causar sinais

neurológicos

Caract.

Principal

Infecção

intestinal

ovos

Dose infect.

baixa

Alta mortalidade

Disenteria

bacilar

Dç da sujeira

C.5 - Escherichia coli

É um indicador de contaminação fecal (coliforme

fecal). Dose infectante alta necessita se multiplicar nos

alimentos. Tem a capacidade de se multiplicar em

resíduos de alimentos e nas superfícies dos equipamentos

e utensílios. Em geral a doença transmitida por E. coli é

conhecida como a “diarréia do viajante ou do turista”.

Fonte: fezes do homem e animais de sangue quente água

de rios, lagos, nascentes e poços.

Alimentos envolvidos: água, hortaliças regadas com água

contaminada, carnes, aves, pescados, verduras e legumes

crus ou mal cozidos, saladas, maionese, maionese de

legumes, purê de batata, massas frescas, lasanha,

sobremesas (doces e frutas manipuladas), farofas, leite,

queijos, etc.

E. coli enterotoxigênica (ETEC)

Adesão Intestino Delgado ↓

Produção Enterotoxina termolábil (LT) termoestável (ST)

↓ Enterócito

↓ saída de H2O e eletrólitos

↓ Diarréia Aquosa

“Diarréia do viajante”

PI: 8 a 72h

Quadro Clínico: Diarréia, náusea, vômito, cólica, sem

febre.

E. coli enteroinvasora (EIEC) e E. coli

enteropatogênica (EPEC) - Gastroenterites em crianças

PI: 12 a 72h

Quadro Clínico: Diarréia, vômito, febre, cólica, mal estar,

calafrios.

Escherichia coli O 157:H 7 / E. coli enterohemorrágica

(EHEC) - Habitante do intestino de animais e do homem.

Produz potentes toxinas: Verotoxina (VT) e “shiga-like”

toxina, causando quadros clínicos graves.

Invasão Intraepitelial

Toxina Endocitada → ↑ AMPc → Diarréia

Inibe síntese Ptn → Morte celular

Alimentos envolvidos: hambúrgueres mal cozidos ou crus e

leite cru.

Quadro clínico: diarréia sanguinolenta, vômito, febre,

cólica, mal estar e calafrios.

Causa uma doença chamada Colite Hemorrágica,

caracterizada por fortes cólicas abdominais, diarréia

inicialmente aquosa e depois com sangue, pode ocorrer

vômito, pode ou não ocorrer febre.

A doença é auto-limitada durando 8 dias, sendo que

alguns indivíduos apresentam apenas diarréia aquosa.

Crianças podem sofrer complicações, desenvolvendo outro

quadro clínico denominado SHU (HUS), caracterizado por

insuficiência renal e anemia hemolítica. Nos idosos, a SHU

provoca outros sintomas, como febre e problemas

neurológicos constituídos por púrpura trombocitopênica

(TTP), com alta mortalidade (50%).

Duração da Doença: 8 dias

C.6 - Campylobacter jejuni

apresenta quadros semelhantes às salmonelas, sendo

relatados em hospitais ser mais freqüente que as

salmonelas e as shigellas.

PI: 8 a 22 horas

Fonte: intestino do gado suíno, galinha, frango, pássaros

selvagens, cordeiro, peru, cogumelo e leite cru.

Alimentos: leite cru, água, hambúrguer, fígado cru, carne

de porco acidificada e bolo, frango mal cozido

Quadro clínico: diarréia, náusea, vômito, febre. Pode ter

início semelhante à gripe.

C.7 - Vibrio cholerae –infecção não invasiva

cresce rapidamente em alimentos alcalinos (pH de 6 a

11), úmidos e em temperatura ambiente (5ºC a 44ºC). Não

tolera acidez, luz solar ou competição com outros

microorganismos.

Ingestão → TGI (mucinase) → Aderência Enterócito

Produção Toxina Colérica

Diarréia Aquosa

“Água de Arroz”

Fonte: fezes do homem, água contaminada, hortaliças

contaminadas e pescados contaminados. Reservatórios

ambientais: copépodes, moluscos e crustáceos.

PI: 1 a 4 dias

Alimentos envolvidos: água não tratada, leite de coco

congelado, pescados mal cozidos, arroz com amendoim,

frutos do mar crus, peixe desidratado.

Quadro clínico: náusea, cólica, diarréia profusa com

aspecto de “água de arroz” com cheiro de pescado,

olheiras, dedos enrugados, hipotermia, hipotonia, suor

viscoso, colapso e morte.

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8

C.8 - Vibrio parahaemolyticus

Infecção intestinal mais freqüente, devido à

ingestão de ostras cruas.

Fonte: água do mar

Multiplica-se em refrigeração (3ºC a 44ºC)

pH entre 4,8 e 9

PI: 12 a 18 horas

Alimentos envolvidos: peixes e moluscos crus ou mal

cozidos.

Quadro clínico: cólica, febre, diarréia profusa e

desidratação.

Quadro 4. Quadro Comparativo de Infecções Alimentares II

Campylobacter

jejuni

Yersinia

enterocolítica

Listeria

monocitogenes

PI (hs) 8 a 22 hs 12 a 72 hs Indeterminado

Sintomas diarréia, náusea,

vômito, febre.

Pode ter início

semelhante à

gripe.

diarréia, náusea,

febre baixa,

cólica, mal estar,

calafrios e dor de

cabeça. Pode

causar

linfadenite

aguda,

confundida com

o quadro de

apendicite.

cólica, diarréia,

febre, calafrios,

dor de cabeça,

mal estar,

prostração, dores

nas juntas e

linfadenite.

Alimentos principais

Frango e miúdos

mal processados

Alimentos

refrigerados

queijos

C.9 - Listeria monocitogenes

doença letal para indivíduos com câncer, doença renal,

hepatite, AIDS, diabetes, transplantados e terapias com

esteróides. Doença branda em pessoas sadias. Está

presente em 64% dos alimentos refrigerados.

“X” macrófago → Sistêmica

Fonte: solo, água, esgoto, vegetais em putrefação, silagem

e ração animal. Reservatórios: mamíferos selvagens,

domésticos e criação de aves.

Multiplica-se 0ºC e 44ºC

pH entre 4,5 e 8

PI indeterminado

Alimentos envolvidos: leite, queijo, requeijão, patê, peru,

repolho curtido, lingüiça de peru, presunto, ovo líquido,

vegetais (rabanete, batata, cogumelo, pepino, repolho e

alface), roast beef, carne moída, vitela moída e lingüiça.

Alimentos de alto risco: salshicha não cozida, frango mal

cozido, queijo em pasta, alimentos de lojas de

delicatessen.

Quadro clínico: cólica, diarréia, febre, calafrios, dor de

cabeça, mal estar, prostração, dores nas juntas e

linfadenite.

Quadro 5. Quadro Comparativo de Infecções Alimentares III

Escherichia

coli

Vibrio

cholerae

V. parahae

molyticus

T (ºC) - 5ºC a 44ºC 3ºC a 44ºC

PI (hs) 12 a 72 hs 1 a 4 dias 12 a 18 hs

pH - 6 a 11 4,8 e 9

Sintomas ETEC:

Diarréia,

náusea,

vômito, cólica,

sem febre.

EIEC / EPEC:

Diarréia,

vômito, febre,

cólica, mal

estar, calafrios.

EHEC : diarréia

sanguinolenta,

vômito, febre,

cólica, mal

estar e

calafrios.

náusea,

cólica,

diarréia

profusa com

aspecto de

“água de

arroz” com

cheiro de

pescado,

olheiras,

dedos

enrugados,

hipotermia,

hipotonia,

suor viscoso,

colapso e

morte.

cólica, febre,

diarréia

profusa e

desidratação.

Alimentos

principais

Protéicos mal

processados

com

contaminação

fecal

Pescados e

frutos do

mar mal

cozidos

Ostras cruas

D. VÍRUS

Agentes Virais causadores de Infecções Alimentares

D.1 - Hepatite A (vírus A)

Fonte: fezes do homem, água contaminada com fezes.

Contaminação: manipulador de alimentos portando o vírus

em fase de incubação ou durante a doença, contaminando

alimentos com as mãos sem higienizar, água contaminada

em verduras, legumes e frutas.

Alimentos envolvidos: mariscos, frutas e verduras cruas,

saladas mistas de vegetais com carnes, aves ou peixes.

Quadro clínico febre, mal estar, prostração, anorexia,

náusea, dor abdominal e icterícia.

Vírus → Mucosa Intestinal

Fígado (via sistema porta)

PI: 10 e 50 dias (2 a 6 meses)

vírus é inativado na cocção, é uma doença

decorrente da ingestão de alimentos crus ou

manipulados com as mãos contaminadas após a

cocção. Pode ser transmitido por contágio

(pessoa a pessoa). Transmissão via fecal-oral.

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D.2 - Vírus Entéricos, Rotavirus e Agente Norwalk

Estes tipos de vírus são inativados na cocção,

provocam doenças decorrentes da ingestão de alimentos

crus, ou manipulados com as mãos contaminadas após a

cocção. Podem ser transmitidos por contágio (pessoa a

pessoa).

Fonte: fezes do homem, água contaminada com fezes.

Contaminação: manipulador de alimentos com estas

viroses ou em fase de incubação, manipulando alimentos

com as mãos contaminadas. Água contaminada em frutas,

verduras e legumes.

Alimentos envolvidos: mariscos, frutas e verduras cruas,

saladas mistas de vegetais com carnes, aves ou peixes.

Quadro clínico: diarréia, febre, vômito, cólicas abdominais,

sintomas respiratórios.

E. PARASITAS

Agentes Parasitários causadores de doenças de

origem alimentar

E.1 - Giardia lamblia

pode ser transmitida por contágio.PI: 1 a 6 semanas

Fonte: fezes do homem e animais, água contaminada com

fezes, hortaliças contaminadas com adubo animal.

Contaminação: verduras, frutas e legumes lavadas com

água contaminada, equipamentos, utensílios e bancadas

contaminadas a partir de água ou vegetais contaminados

(contaminação cruzada).

Alimentos envolvidos: saladas cruas, água para consumo

não tratada.

Quadro clínico: diarréia mucóide (fezes gordurosas),

cólicas abdominais e perda de peso.

E.2 - Entamoeba histolytica

pode ser transmitida por contágio.

Fonte: fezes do homem.

PI: 1 a várias semanas

Contaminação: fezes do homem contaminando alimentos

durante a manipulação após a cocção ou contaminando

água de consumo.

Alimentos envolvidos: frutas, verduras e legumes, água

contaminada não tratada.

Quadro clínico: cólica abdominal, diarréia, constipação, dor

de cabeça, sonolência, úlcera, casos assintomáticos.

E.3 - Trichnella spiralis

raramente encontrada em nosso meio.

PI: 4 a 28 dias

Reservatório: suínos e animais carnívoros.

Contaminação: matéria-prima.

Alimentos envolvidos: carne de porco mal cozida ou outro

animal carnívoro.

Quadro clínico: gastrenterite, febre, edema nos olhos,

transpiração, dor muscular, calafrios, prostração,

dificuldade respiratória.

E.4 - Taenia solium

O porco se contamina ingerindo alimentos contaminados

com ovos da tênia, oriundo de fezes humanas, desenvolve

a cisticercose suína, com os cisticercos disseminados pelo

organismo, em seguida o homem ingere carne de porco

mal cozida e desenvolve a teníase, com a forma adulta da

tênia no intestino, eliminando constantemente proglotes

grávidas com muitos ovos que se liberam no ambiente.

Estes ovos podem ser ingeridos por auto-infestação

(coprofagia) ou por alimentos contaminados. No intestino

do homem, os ovos liberam as larvas que caem na

circulação sanguínea, alojando-se em órgãos como os

olhos, cérebro, tendo um tropismo para o tecido nervoso,

causando a cisticercose humana, com maior gravidade.

Teníase: cisticercos na carne de porco.

Cisticercose: ovos da tênia nas fezes do homem.

PI: 3 a 6 meses.

Contaminação:

Teníase: matéria-prima contaminada com Cisticercus

celulosae.

Cisticercose: ingestão dos ovos em hortaliças não

higienizadas, oriundas de hortas com fezes humanas

(auto-contaminação).

Alimentos envolvidos:

Teníase: carne de porco mal cozida.

Cisticercose: verduras cruas e água contaminada.

Quadro clínico: Infestação intestinal com a forma adulta da

tênia,ocorre nervosismo, insônia, fome, cólica abdominal,

perda de peso, raras gastrenterites. Larva passa o intestino

e invade outros órgãos, causando vários problemas.

Figura 1. Ciclo de vida Taenia

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F. FUNGOS PRODUTORES DE MICOTOXINAS

Os fungos são indesejáveis nos alimentos porque são

capazes de produzir uma grande variedade de enzimas

que, agindo sobre alimentos, provocam a sua

deterioração. Além disso, muitos fungos podem produzir

metabólitos tóxicos quando estão se multiplicando nos

alimentos. Estes metabólitos recebem a denominação

genérica de “micotoxinas”, e correspondem a produtos

metabólicos secundários que, quando ingeridos com os

alimentos, causam alterações biológicas prejudiciais tanto

no homem quanto nos animais (micotoxicoses).

Casos de intoxicações por micotoxinas são conhecidos

F.1 - Toxinas e Micotoxicoses por Aspergillus ssp.

As aflatoxinas são as micotoxinas mais estudadas.

São produzidas principalmente pelo A. flavus e

A.parasiticus. São conhecidas as aflatoxinas B1 e B2, que

recebem essa denominação por emitirem fluorescência

azul (blue) quando exposta à luz ultravioleta de ondas

longas, as aflatoxinas G1e G2, que apresentam

fluorescência verde (green) nessas condições, e a

aflatoxina M, isolada do leite (milk).

A produção de aflatoxinas é favorecida pela

temperatura de 23°C a 26°C, sendo produzida em maior

quantidade quando o substrato é rico em carboidratos,

gorduras e proteínas. As aflatoxinas são comumente

encontradas no amendoim, semente de algodão,

castanhas e grãos de outros cereais como milho.

As aflatoxinas podem ter atividade tóxica aguda

em diversos animais (patos, coelhos, cachorros), e

pequenas quantidades são suficientes para causar danos

hepáticos e hemorragias no trato gastrintestinal. Além

disso, as aflatoxinas têm propriedades

hepatocarcinogênicas.

O emprego do calor na forma em que costuma ser

utilizado no processamento de alimentos não causa

inativação completa das aflatoxinas. Assim, quando

amendoins são torrados, a atividade das aflatoxinas B1 e

B2 pode ser reduzida em 70% e 45%, respectivamente. O

emprego de agentes químicos inativadores pode ser

eficiente.

As ocratoxinas são produzidas principalmente pelo

A. alutaceus, sendo mais importantes as ocratoxinas A e

B. O A. alutaceus é um contaminante comum de nozes,

castanhas, grãos de cereais (cevada, milho, trigo, aveia,

soja, arroz e amendoim), frutas cítricas, algodão, pimenta-

do-reino e alguns produtos fermentados à base de peixe.

A ocratoxina A causa lesões renais e hepáticas em

animais. No fígado causa acúmulo de gorduras e

alterações nas mitocôndrias. Nos rins, seu efeito se dá por

obstrução tubular. Poucas são as informações a respeito

da ocratoxina B. Sabe-se que é menos tóxica que a

ocratoxina A e que raramente é detectada em cereais.

F.2 - Toxinas e Micotoxicoses por Penicillium ssp.

Inúmeras toxinas diferentes produzidas por fungos

do gênero Penicillium são conhecidas.

A rubratoxina produzida pelo P. rubrum, provoca

doenças hemorrágicas em animais (aves, suínos,

bovinos). Sua produção está associada à produção de

pigmentos vermelhos. O cereal mais comumente envolvido

é o milho.

A patulina, produzida pelo P. expansum, P.

claviforme e P. urticae, tem ação antibiótica. Sua produção

ocorre principalmente em frutas em deterioração. Esta

micotoxina é estável em condições ácidas, razão pela qual

tem sido encontrada em sucos de frutas, principalmente

maçãs.

O ácido penicílico é também uma micotoxina de

interesse e é produzida pelo P. puberulum, envolvendo

principalmente o milho. Sua ação biológica é semelhante à

da patulina.

F.3- Toxinas e Micotoxicoses por Fusarium ssp.

Os bolores do gênero Fusarium (F. gramineum, F.

tricinctum e F. moniliforme) podem produzir pelo menos

três tipos de micotoxinas: os tricotecenos, as fumonisinas e

a zearalenona.

Os tricotecenos são produzidos principalmente no

trigo, cevada, aveia, centeio e milho, e sua produção é

dependente das condições climáticas, ocorrendo

principalmente quando a colheita é feita nos meses de

inverno, quando a temperatura é mais baixa. É necessário

frizar que normalmente os tricotecenos são produzidos por

Fusarium sob temperaturas abaixo de 15°C. Portanto,

deve-se dar atenção a uma possível presença dessas

micotoxinas quando o milho for originário da Argentina,

Estados Unidos ou da região sul do Brasil.

Estas micotoxinas são responsáveis por uma

síndrome denominada ATA (aleucia tóxica alimentar). A

ATA é uma doença grave que pode levar a morte do

indivíduo afetado. A taxa de mortalidade é bastante

elevada (80%).

Os tricotecenos não são destruídos pelo

aquecimento a 100°C. Tratamentos com ácidos e álcalis

também não afeta a atividade dessas toxinas.

A zearalenona, produzida pelo F. graminearum, é

uma micotoxina que constitui um sério problema em rações

à base de milho, representando um sério risco à criação de

animais. Apesar de a zearalenona não afetar, por exemplo,

o desempenho de aves em contaminações naturais,

convém salientar que autoridades sanitárias de alguns

países importadores de carne de frango estão em alerta

quanto aos resíduos de zearalenona na carne dessas

aves, pois esta micotoxina, em determinadas

concentrações, pode induzir a um efeito anabolizante em

humanos e outros mamíferos.

A produção de zearalenona no milho e em outros

cereais é favorecida por temperaturas alternadas (dias

quentes, noites frias) e pelo excesso de umidade durante o

armazenamento de grãos.

Medidas de controle

Indubitavelmente, o melhor método para controlar a

contaminação de micotoxinas em alimentos é prevenir o

crescimento de fungos. A contaminação de grãos por

micotoxinas pode ser um problema sério que pode

acontecer não só através de condições inadequadas de

armazenagem, mas também já na lavoura, durante o

período pré-colheita. É extremamente importante o uso de

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práticas, como o plantio de genótipos de plantas mais

resistentes à contaminação por fungos de armazenagem.

São essenciais, também, os procedimentos para dimuição

da umidade dos grãos colhidos e a armazenagem dentro

de padrões recomendados internacionalmente. O uso de

inibidores de crescimento fúngico em grãos armazenados

tem sido muito utilizado como um método preventivo. O

controle da atividade dos fungos nas rações animais e

seus componentes tem como premissa básica conseguir

matérias primas livres da produção de micotoxinas durante

o processo de armazenamento

Os métodos de detoxificação podem ser através

da remoção física de grãos ardidos, remoção de

aflatoxinas por solventes polares, destruição através do

calor ou degradação de micotoxinas por substâncias

químicas ou microorganismos. Todos esses métodos

podem ou não ser efetivos, mas, com certeza, são

extremamente caros e, portanto, muitas vezes,

economicamente inviáveis.

Claviceps spp.

-Ergotismo gangrenoso ou convulsivo: C. purpurea

-Princípio ativo: derivados do ácido lisérgico (LSD)

- Centeio, aveia, cevada, trigo.

Indicadores Higiênicos

- m.o. não relacionados diretamente com a saúde

- indicam deterioração ou contato excessivo ambiental

. Contagem padrão em placa: mo mesófilos – 35o C em

48h (alta em alimentos > 106 UFC/g - satisfatório 3x10

5)

. Contagem padrão em placa : bolores e leveduras - 22o

C em 5 dias (alta em alimentos > 104 /g)

. Contagem de coliformes totais

Enterebacter sp; Klebsiella sp; Citrobacter sp;

Escherichia sp e outros – utilizam a lactose a 35o C

Indicadores Sanitários

- indicam possível presença de m.o. patogênicos

- podem causar doenças

. Contagem de coliformes fecais

Escherichia coli – utilizam a lactose a 44,5o C 45

o C

. Contagem de S. aureus

. Contagem de B cereus

. Contagem de Clostridium

. Presença de Salmonella sp

. Presença de Pseudomonas aeruginosa

Alterações nos alimentos e causas de intoxicação

alimentar por bactérias

Agente Alteração

streptococcus Formação de ácidos

lactobacillus Aroma e sabor desagradável

colibacilus Formação de gás

micrococus Aumento de viscosidade

Curva de Multiplicação de Microorganismos

O formato da curva, bem como o crescimento de

várias fases e a inclinação da curva em cada fase, varia de

acordo com o tipo de alimento, número e tipo de

microorganismo inicial, condições ambientais, higiene dos

alimentos, higiene pessoal dos manipuladores e processos

térmicos.

Figura 2. Curva de crescimento de bactérias

1 - fase lag ou de adaptação”, é o atraso antes da bactéria

começar a reproduzir, uma vez que elas primeiro

se climatizam ao novo ambiente.

2 -“fase log ou exponencial”, a reprodução se dá

logariticamente. A bactéria começa a se reproduzir

rapidamente pelas poucas primeiras horas.

3 - “fase de estacionária” - estado de equilíbrio alcançado

entre a morte de células velhas e a formação de novas.

4 - “fase de decréscimo ou morte”, a formação de novas

células cessa completamente e as células existentes

gradualmente morrem.

Quadro 6. Fatores que Interferem no Metabolismo dos

Microorganismos

INTRÍNSECOS EXTRÍNSECOS

Atividade água – Aw

Umidade Relativa (UR)

Temperatura

Composição química da

atmosfera

Acidez (pH)

Potencial de oxirredução (Eh)

Composição química

Constituintes antimicrobianos

Interações entre microrganismos

A capacidade de sobrevivência de m.o. depende de

fatores intrínsecos e fatores extrínsecos.

1. Fatores Intrínsecos – inerentes ao alimento.

1.1 Atividade Aquosa (Aw)

A quantidade de água presente em um alimento pode

se encontrar na forma de água ligada e não-ligada. A

relação entre o teor de água não-ligada ou disponível é

denominada de atividade de água.

Os microrganismos necessitam de água livre para

suas atividades metabólicas

Aw varia de 0 a 1. Quanto maior a atividade aquosa

mais perecível é o alimento.

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Quadro 7. Atividade Água em Alimentos

Tabela 2. Valores de Aa mínimos para crescimento de

microorganismos

Microorganismo Aa

Bactérias 0,91

Leveduras 0,88

S. aureus 0,86

Fungos 0,80

Bactéria Halofílicas ↑ [sal] 0,75

Bolores xerofílicos 0,65

Leveduras Osmofílicas ↑[açúcar] 0,60

1.2 pH - medida de acidez ou alcalinidade de uma

substância.

As bactérias se desenvolvem melhor em ambientes

mais próximos a neutralidade, pH 6 - 7.

Os fungos se desenvolvem em ambientes mais ácidos,

pH < 5,5

Tolerância: bolores > leveduras > bactérias

Tabela 3. Classificação do pH nos Alimentos

pH Alimento

> 4,5 pouco ácidos Leite, carne, pescado, feijão

4,0 a 4,5 ácidos Frutas e hortaliças

<4,0 muito ácidos Sucos de fruta, refrigerantes

Tabela 4. pH para multipicação de microrganismos

Efeito dos Ácidos nos Microrganismos

Maior gasto de energia para manter o pH intracelular;

Desnaturação de proteínas, DNA;

Alteração da atividade das enzimas, responsáveis

pelas atividades vitais da célula;

Menor velocidade de crescimento.

1.3 Oxigênio

O oxigênio é o fator que mais contribui para o aumento

do potencial redox de um alimento.

Os microrganismos podem ser classificados de acordo

com suas necessidades de oxigênio.

Aeróbios: pertencem a essa classe a maioria das

leveduras, mofos e bactérias. Necessitam de oxigênio para

o seu desenvolvimento.

Ex: Pseudomonas, B. Cereus, Fungos filamentosos.

Anaeróbios: bactérias que florescem na ausência de

oxigênio.

Ex: C. botilinum e C. perfringers

Facultativos: Estes organismos podem crescer em

condições tanto aeróbias quanto anaeróbias, embora

normalmente apresentem uma preferência por uma delas.

Ex: Leveduras, Listeria, Enterobacteriaceae

1.4 Nutrientes

Os nutrientes são necessários para o desenvolvimento

dos microrganismos porque eles fornecem o “material de

construção” das novas células. Além disso, a quebra de

compostos complexos em compostos mais simples fornece

a energia necessária para que a célula funcione.

1.5 Constituintes Antimicrobianos

São substâncias inibidoras presentes no alimento que

evitam o crescimento do microorganismo.

Tabela 5. Constituintes Antimicrobianos em Alimentos

Alimento Substância inibidora

Leite Fresco SPL(Lactoperoxidase), lactoferrina

Clara do ovo Lisozima

Frutas e Vegetais Ácido benzóico

Cravo Eugenol

Canela Ácido cinâmico e eugenol

Alho Alicina

Orégano Timol e isotimol

Frutas Ácido hidroxicinâmico(derivados)

Substâncias inibidoras produzidas nos alimentos:

penicilina, clavicina, ácido propiônico, etc.

1.6 Estrutura Biológica - Cobertura natural de alguns

alimentos constitui barreira física para entrada de m.o.

Ex: Cascas de semantes, Nozes, Arroz, Frutas.

1.7 Microbiota dos Alimentos – Mecanismo de

competição da microbiota inerente ao alimento

favorecendo ou inibindo certas espécies de

microorganismo.

Ex: Bactéria Láctea produz Ácido Láctico que é Bactericida

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PATÓGENOS ANTAGONISTAS

Clostridium botulinum B. subtilis

Brevibacterium linens

C.sporogenes

Enterobacteraceae

Lactobacillaceae

Ps.aeruginosa

Str. lactis

Clostridium perfringens C.sporogenes

Lactobacillaceae

Estreptococos grupo D

Salmonella E.coli

Pseudomonas sp

Outros não identificados

Staphylococcus aureus Aeromonas

Bacillus sp

Enterobacteraceae

Lactobacillaceae

Pseudomonas

Acinetobacter

S.epidemidis

Estreptococos

Saprófitas não identificados

2. Fatores Extrínsecos - inerentes ao ambiente.

2.1 Temperatura

A temperatura é o fator mais importante que afeta o

crescimento, a reprodução das bactérias e a deterioração

dos alimentos.

Figura 2.Condições de Temperatura e Classificação de Bactérias

por Preferência de Temperatura

A temperatura ideal de crescimento multiplicação

microbiana ocorre a 35ºC.

Deve-se controlar a multiplicação bacteriana por meio

da manutenção da cadeia quente e cadeia fria ou com

devido binômio tempo/ temperatura.

Tabela 6. Grupos de microorganismos e as temperaturas

Categoria Mínimo °C Máximo °C Tº ótima

Psicrofílos -15 20 10-15

Psicrotróficas -5 40 20-30

Mesofílas 10 45 30-37

Termotróficas 15 50 42-46

Termofilas 42 85 50-80

Termodúricos: resistem em ambientes quentes, mas

não se multiplicam.

Psicrodúricos: resistem em ambientes frios, mas não se

multiplicam.

Temperaturas extremas: 320ºC ou -56ºC.

Temperaturas maior que 50ºc ou menor que 0ºC não há

multiplicação de patógeno.

Tabela 7. Resistência dos fungos, bactérias e esporos

Microorganismo T (ºC) Valor D (min.)

Bactérias, leveduras, bolores 65,5 3,0-0,1

Esporos mesófilos aeróbios 100 11 - 0,1

Esporos mesófilos anaeróbios 100 50 - 0,1

Esporos termófilos aeróbios 120 5 - 0,1

Esporos termófilos aeróbios 120 3 - 2

Microbiologia Preditiva

A modelagem microbiológica consiste no uso de

expressões matemáticas para descrever o comportamento

microbiano em função do tempo e das condições

ambientais.

Através do conhecimento do metabolismo de cada

microorganismo patogênico e as condições a que serão

submetidos durante o processamento, pode-se avaliar a

possibilidade de morte ou de multiplicação e também de

curva de multiplicação (crescimento) que cada

microorganismo poderá desenvolver.

Modelo Primário: Valor D = tempo de redução decimal

(tempo em minutos necessário para destruir 90% dos

microorganismos de uma população).

Modelo Secundário: Valor Z= Resistência do

microorganismo a diferentes temperaturas, corresponde ao

aumento necessário de temperatura para reduzir a décima

parte o valor D.

Modelo Terciário: Calcular, construir gráficos e fazer

comparações.

Resistência Microbiana ao Calor - Valor D

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2.2 Umidade Relativa - Influencia diretamente a

atividade aquosa do alimento.

UR do ar > Aa do alimento → ↑ umidade na superfície do

alimento.

UR do ar < Aa do alimento → dessecação na superfície do

alimento.

(Evangelista,2000)

Mínimo de 90% - hidrófitos

Mínimo de 80-90% - mesófitos

Menor de 80% - xerófitos

Caracterização das Doenças de Origem Alimentar

Surto de doença de origem alimentar é a ocorrência

de dois ou mais casos de doença associados a um único

alimento.

Procedimentos de investigação de surto

Procedimentos para Diagnóstico dos Surtos de

Toxiinfecções Alimentares

Identificação de um surto

Inquérito epidemiológico, conduzido entre indivíduos

que tenham e que não tenham consumido o(s)

alimento(s) suspeito(s), quer tenham apresentado

sintomas característicos, quer não.

Exames laboratoriais em amostras clínicas e de

alimentos.

O período de incubação, a gravidade e a duração da

doença podem ser diferentes, em função da idade, estado

nutricional, susceptibilidade e quantidade de alimento

ingerido.

Fatores que levam ao surto: Técnica de preparo,

Armazenamento (tempo/ temperatura), Distribuição e

Condições ambientais.

Procedimento

Agentes

Coleta de amostra

Quadro Clínico (freqüência e sintomas)

Período de Incubação

Cardápio Envolvido

Taxa de Ataque

Coprocultura em surtos de infecção para portadores

Quadro 8. Microorganismos causadores de DTAs

Microoganismos Clássicos

Continuam a causar surtos

S. aureus, B. cereus, C. botulinum, C. perfringers, Salmonella

enteridis, Salmonella typhi, Shigella sp., Yersinia enterocolítica, E.

coli enteropatogênica e enterotoxigênica, Vibrio cholarae,Vvibrio

parahemolyticus, Hepatite A, Rotavírus, Giárdia, Entamoeba

Histilytica.

Microorganismos Emergentes

Comprovados como agentes etiológicos de Toxiinfecção

E. coli enteroinvasiv, E. coli enterohemorrágica, Campylobacter,

Listeria monocytogenes, Vibrio vulnifucus, Streptococcus sp.

Microorganismos Reemergentes

Controlados e voltam a causar novos casos de maior

severidade

Micobacterium bovis (tuberculose), Taenia solium (cisticercose),

Brucella abortud (brucelose)

Fatores que contribuem para Surtos de TIA

* Principais agentes: S. aureus e Salmonella.

* Principais alimentos envolvidos: alimentos preparados,

confeitaria, preparações que incluem matéria-prima vegetal

e animal, produtos cárneos.

Principais causas que contribuem para os surtos

1. Manutenção de alimentos cozidos fora da temperatura

de segurança por mais de 4 hs.

2. Refrigeração inadequada.

3. Preparo do alimento com muita antecedência (1/2 dia ou

de véspera).

4. Pessoas infectadas tocando alimentos.

5. Cocção e reaquecimento insuficientes.

6. Contaminação cruzada.

7. Higiene inadequada (ambiental/alimentos/utensílios).

8. Ingestão de alimentos crus (moluscos/gema de ovo) ou

mistura destes a outros alimentos que não serão

cozidos.

Alimentos mais envolvidos em casos de DTA

• Pratos muito manipulados (empadão, salpicão etc.)

• Preparações a base de maionese

• Pratos preparados de véspera quando mal conservados

(feijoada, carne assada, cozido etc.)

• Doces e salgados recheados

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Procedimentos Imediatos (Estudo Epidemiológico)

1- Análise Microbiológica: alimentos envolvidos

(amostras) colhidos e armazenados devidamente e

dependendo da possível doença de investigação, pode-

se incluir: material humano (sangue, fezes, vômitos),

swab de superfície, swab nasal / faríngeo e coprocultura

quando indicar infecção.

2- Porcentagem de Ocorrência: relação entre o número

de refeições servidas e o número de pessoas

acometidas.

Entrevista com todos os comensais, doentes e não

doentes.

o Grande parte das pessoas ficaram doentes - investigar o

alimento comum servido na refeição de maior número de

comensais.

o Percentagem pequena teve indisposição orgânica -

independente de contaminação ou houve ingestão de

sobras dos mesmos alimentos por um grupo de

comensais fora do horário das refeições.

3- Cálculo do Período Médio de Incubação: Intervalo

entre a ingestão do alimento e o aparecimento dos

sintomas.

Deve ser calculado para cada caso citado.

Utiliza-se a média ou em determinados casos a

mediana (que não é influenciada por valores muito altos ou

baixos).

O período de incubação individual irá variar devido a

resistência individual, quantidade de alimento ingerido e

distribuição irregular do agente pela preparação.

O período médio de incubação junto com os sintomas

predominantes serve para se construir a curva

epidemiológica.

Desintérica (1 a 7 dias)

Infecção

Diarréica (2 a 12 h)

Diarréica (8 a 22 h)

Intoxicação

Emética (1 a 6 h)

Quadro Clínico para Avaliação do Surto de

Toxinfecção

Gastrenterites: sintomas gatrointestinais (maioria).

Diarréia : fezes líquidas em jatos (perda hidro-eletrolítica),

geralmente sem febre e sem agressão ao epitélio. Toxinas

no alimento ou microorganismos toxigênicos.

Disenteria: fezes pastosas com muco, pus e sangue,

normalmente são acompanhados de febre por agressão ao

epitélio. Microorganismos infecciosos

Gastrenterite Intoxicativa: devido a toxinoses (toxinas

nos alimentos), os sintomas mais comuns são: vômitos,

náuseas, prostração, dores musculares (perda de Na),

podendo ocorrer diarréia. PI: 1 a 6 horas, S.aureus , C.

botulinum (neurotóxico) e Bacilus cereus emético.

Gastrenterite Infecciosa: Microorganismos produzem

toxinas no Trato Gastro intestinal.

* Disentéricas: Shigella: 12-72 h e Salmonella tiphy: 8-16 h

* Diarréicas: 8 - 16 h em média. Febre baixa, vômitos,

cólicas, mal estar geral e calafrios.

* 12 a 72 horas: Salmonella, E. coli, invasora, Vibrio

parahaemolyticus, Yersínia, Pseudomonas e Aeromonas.

* 1 a 5 dias: sintomas respiratórios → vírus entéricos,

rotavirus e agente norwalk.

4- Cálculo da Duração Média da Doença: medição de

duração da doença. (horário do primeiro sintoma até o

último sintoma). Completa avaliação da curva epidêmica.

∑ duração da doença = Duração Média da Doença

Número de pacientes

5- Obtenção da Curva Epidêmica: demonstra a

distribuição no tempo dos primeiros sintomas.

A unidade de tempo utilizada depende da doença em

estudo (dias para hepatite A e horas para S. aureus).

Ajuda a determinar se o aparecimento da doença se

deu por um veículo comum (alimento/água) ou contágio

pessoa/pessoa.

Curva Epidêmica de Fonte Comum

nº de casos

tempo

Alimentos e água

Grande número de doentes em curto espaço de tempo

Base estreita e pico alto

Duração do surto igual ou menor ao PI da doença

Curva Epidêmica de Contágio Pessoa/Pessoa ou

Contaminação Intermitente por um Alimento

Processado

Curva longa que se mantém por um período

equivalente à duração de vários períodos de

incubação

Base larga e pico baixo

Período do surto = PI da doença

nº de casos

tempo

6- Cálculo da Frequência dos Sintomas: Porcentagem

de pessoas doentes que manifestaram cada sintoma, ajuda

a determinar se o agente produz doença neurológica,

entérica, infecciosa, através de construção de tabela.

7- Cálculo da Taxa de Ataque: É o percentual daqueles

que ingeriram determinado alimento e que desenvolveram

a doença.

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Avaliação é feita por alimento específico, é útil na

determinação do alimento responsável pelo surto.

O alimento suspeito terá taxa de ataque maior entre os

que consumiram e menor entre os que não consumiram o

alimento (calcula-se os 2 tipos) e terá maior diferença

entre as duas taxas.

É válido quando se avalia 100% dos comensais

(doentes e sãos). Pode-se avaliar por amostra significativa.

OBS: Entrevistar apenas alguns doentes e excluir

alimentos que não foram ingeridos é menos abrangente.

Procedimentos Complementares

1. Obtenção de fluxograma da preparação envolvida

para determinar falhas no APPCC.

2. Amostras de alimentos, equipamentos e utensílios.

Alimentos suspeitos: são aqueles com a maior taxa de

ataque e com comprovada manipulação, armazenagem ou

processamento inadequados.

Alimentos potencialmente suspeitos: são aqueles que

são ótimos substratos para microorganismos e que tenham

sido veículo de doença.

Condições para Coleta

Armazenamento:

As amostras que devem ser colhidas são: componentes do cardápio da refeição servida, na distribuição, 1/3 do tempo antes do término da mesma.

≤ 4º C por 72 horas (ideal 48 horas)

congeladas ≤ -10ºC por 72 horas.

– Frasco de vidro (200ml) esterilizado em estufa,

autoclave ou fervura ou saco plástico estéril (mín. 1litro)

– Água, sucos e refrigerantes não devem ser congelados.

– transporte ao laboratório: 4ºC, em embalagem

isotérmica com gelo.

– Número representativo: 100g para análise

microbiológica e 200g para bromatológica.

– Para diagnóstico de surto são necessárias várias

amostras (superfície e centro geométrico) em número

compatível com o tamanho do lote.

Critérios Microbiológicos para Interpretação de

Laudos

Regulamentado pela resolução RDC 12 / 01 - ANVISA

Produto satisfatório: resultados ≤ ao estabelecido

Produto insatisfatório: resultados acima do limite

estabelecido ou demonstram a presença de outros

microorganismos patogênicos ou toxinas que ponham em

risco à saúde.

Análises físico-químicas:

Carnes e Aves crus, sem temperatura: pH e H2S.

Pescados e frutos do mar crus, sem tempero: pH e

amônia.

Análise sensorial

Análise macroscópica

Análise microscópica

Indicadores de contaminação ambiental: Contagem

padrão em placas para mesófilos e/ou psicrotróficos;

Coliformes totais; Bolores e Leveduras;

Indicadores de contaminação fecal: Coliformes fecais.

Microorganismos patogênicos clássicos: S, aureus; B.

cereus; Clostridium sulfito redutores; Salmonella sp.

Microorganismos patogênicos pesquisados em surtos:

Aeromonas hidrophyla; Pseudômonas aeroginosas; B.

subitilis; Y. enterocolítica; C. jejune; V. parahemoliticos

e Proteus SP. (pescados); L. monocytogenes.

PARTE III

CONSERVAÇÃO DE ALIMENTOS

As condições higiênico-sanitárias em que se encontram

os alimentos podem ser fator de doença nas seguintes

circunstâncias:

Se estiverem infectados por organismos patogênicos;

Se contiverem toxinas formadas por bactérias;

Se apresentarem constituintes tóxicos naturais;

Aditivos intencionais (risco aceitável);

Substâncias químicas (corantes, inseticidas,

detergentes);

Utensílio de cozinha (cádmo, chumbo);

Contaminação por manipulação;

Deterioração.

Métodos de Conservação

Conservar o alimento é saber deter os processos de

deterioração, alterando as condições do meio que a

favorecem. Estas condições ambientais são: temperatura,

umidade, pH, oxigênio e luz, necessários para a ação de

enzimas e bactérias.

1) Remoção dos microrganismos presentes

Lavagem

Centrifugação

o Tratamento da água

o Industrialização leite: processo de

clarificação. / centrifugação de alta

velocidade: remove a maioria dos

esporos.

Filtração

Remove totalmente os microrganismos. Indústria de

bebidas.

2) Manutenção de condições atmosféricas

desfavoráveis

Embalagem à vácuo ou atmosfera modificada (CO2 ou

NO2)

3) Emprego de conservadores químicos

Embalagem à vácuo ou atmosfera modificada (CO2 ou

NO2) O emprego de embalagens protege os alimentos

contra a ocorrência de novas contaminações e de danos

de ordem física, principalmente durante o seu manuseio,

no transporte e na comercialização. Portanto, para cada

tipo de alimento deve ser utilizado uma embalagem

específica.

1. Aditivos

Substâncias adicionadas para inibir ou retardar a

multiplicação de microorganismos: propionato ou ácido

sórbico (pães); dióxido de enxofre (sulfito, bissulfito, gás

sulfuração - interfere na ativação dos esporos bacterianos);

ácido benzóico (produtos cárneos e peixes), nitritos e

nitratos (bacteriostático e mantém coloração vermelha de

carnes curadas); Antibióticos como tetraciclinas e

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estreptomicina são utilizados para conservação de frutas e

hortaliças, a clorotetraciclina para conservação de

pescados.

Substâncias altamente higroscópicas: atuam por osmose

reversa.

Ex: Sais de cobre, sal, salitre, açúcar, vinagre.

Métodos de Preservação Alimentar

Processo Bactericida – São métodos que procuram

destruir o microorganismo.

Ex: Cocção, conservação em latas, defumação, irradiação

e adição de preservantes químicos.

Processo Bacteriostático – São métodos que dificultam a

proliferação de bactérias através da redução da

temperatura (refrigeração, congelamento), adição de ácido

(salmoura em vinagre) e outros.

Significa: “paralisar a bactéria”.

Os métodos de conservação mais usados são:

2. Radiações Ionizantes – derivadas co cobalto 60,

Forma moderna, segura e eficiente de preservação.

Método físico radiações gamas oriundos de

radioisótopos bactericida

o Raios Ultravioleta

Comprimento de onda ao redor de 2.600Å –

mutações no DNA.

Baixo poder de penetração: esterilização do ar,

superfície de pães, esterilização de sacos plásticos,

destruição de esporos de Bacillus stearothermophilis

em açúcar, redução da contaminação superficial de

carnes em refrigeração.

o Particulas ß

Fontes radioativas – elétrons.

Baixo poder de penetração.

o Raios γ

Radiações eletromagnéticas emitidas pelo 60

Co e o 137

Cs.

Mais barato.

Bom poder de penetração: descontaminação de

ingredientes, inativação de Salmonella,

armazenamento de frutos, inibição de germinação

(cebola).

3.Desidratação - É a secagem pelo calor produzida

artificialmente em condições de temperatura, umidade e

corrente de ar cuidadosamente controlados. Este processo

reduz até 80% do volume inicia do alimento.

Ex: Liofilização, secador de cabine (frutas secas).

Pré-tratamento

Lavagem, limpeza, retirada de casca,

corte, branqueamento (vegetais).

Branqueamento: inativação das

enzimas, fixação da cor, redução do no.

de m.o. (99%), retirada do ar nos

tecidos, facilitar a embalagem.

Sistemas

Natural

Controlada

Ar quente: vegetais

Spray drying: líquidos e semi-

líquidos – atomização.

Secagem a vácuo: sucos

Liofilização: desidratação a frio

de alimentos sem que estes

percam qualquer propriedade

do produto original.

4. Calor: redução da carga microbiana e a desnaturação

de enzimas. Um tratamento térmico seguro deve ser

selecionado com base no binômio tempo-temperatura

requerido para inativar os microorganismos patogênicos e

deterioradores mais termorresistentes.

Recomendações:

Ferver os alimentos por 3 minutos ou mais.

Atingir 74ºC no centro geométrico do alimento (carne de

porco: 65,5ºC; pedaços de carne e tortas: 100ºC)

Tempo de exposição máximo: 30 minutos.

Reaquecimento: (74ºC no CG) em seguida deve ser

consumido ou mantido em estufa a 60ºC por no máximo

30 minutos. Banho-maria de 85 a 95ºC.

Choque térmico: cuidado ao misturar carnes e aves

previamente cozidas e refrigeradas (4 a 7ºC) com

molhos quentes (80 a 90ºC) → 20 a 45ºC por mais de 1

hora e 30 minutos, acarreta na passagem da forma

esporulada para vegetativa.

Os esporos são mais resistentes a esterilizantes

químicos, antibióticos, secagem e luz ultravioleta que as

bactérias. Eles são termorresistente e necessitam de 20

minutos a 120 °C para serem eliminados.

Pasteurização Destruição de m.o. patogênicos ou

destruição ou redução de m.o. deteriorantes.

Esterilização Destruição das células viáveis

Quadro 9. Métodos de Conservação pelo Calor

Pasteurização

70 - 100ºC

LTLT (Low Temperature Long Time):

62,8ºC / 30 minutos

HTST (Hight Temperature Short

Time): 72ºC / 15 a 17 segundos

Autoclave 121ºC sob pressão

Esterilização UHT (Ultra Hight Temperature):

132º - 150ºC / 4 segundos

5. Frio - É um processo bacteriostático onde as

temperaturas baixas podem inibir o metabolismo dos

microorganismos patogênicos. Na refrigeração e no

congelamento alguns patógenos podem morrer quando

armazenados por tempo prolongado, mas nem todos são

eliminados.

Na refrigeração existem normas de segurança básicas

como: peças de carne e tortas devem atingir 4ºC em 1 hora

e meia; usar pequenas porções; carnes cruas temperadas

devem ser armazenadas por no máximo 48 horas.

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O congelamento afeta mais os microorganismos gram-

negativos do que os gram-positivos, sendo as

temperaturas mais letais entre -5º e 0ºC. No congelamento lento o processo demora de 3 a 12

horas, a temperatura vai decrescendo gradativamente até chegar ao valor desejado. Haverá formação de grandes cristais de gelo no interior da célula, mas principalmente nos espaços intercelulares. O principal efeito do congelamento sobre a qualidade dos alimentos são as modificações provocadas nas suas células, com o crescimento dos cristais de gelo, principalmente quando submetidos a congelamento lento. No congelamento rápido, processo que ocorre em um

espaço de tempo muito menor, forma-se o gelo amorfo, ou seja, o gelo é formado sem estrutura de cristais, o que é menos prejudicial ao alimento. O gelo amorfo, dentro ou fora da célula, mesmo com o aumento de volume que é de aproximadamente 9%, após o congelamento da água, não lesará as células, mantendo os tecidos inalterados e, portanto, não prejudica a estrutura do alimento congelado.

Os métodos de congelamento mais utilizados na conservação dos alimentos são o congelamento pelo resfriamento com o ar estático ou em circulação, congelamento por contato indireto com placas super resfriadas e o congelamento por imersão em líquidos refrigerantes.

Temperaturas Recomendadas

Frutas, Verduras 7º a 10º C

Produtos lácteos 4º a 8º C

Carnes resfriadas 0º a 4º C

Pescados e mariscos -5º a 0ºC

Alimentos Congelados -30º a -12º C

Balcão refrigerado: 8ºC

Alimentos: 10ºC

6. Vácuo – É o termo usado para determinar a pressão

dentro do recipiente hermético e é uma medida da

quantidade de ar eliminado (reduz presença de oxigênio).

Tecnologias Recentes

1. Cook Freeze (Alimento Congelado): Congelamento

rápido através de túnel ou placa de congelamento.

Armazenado a ≤ -18ºC. Deve ser aquecido imediatamente

antes do consumo.

2. CookChill (Alimento gelado): Resfriamento rápido a 3ºC

em 1,5 horas (máximo 30 minutos após cocção).

Armazenamento a 3ºC por 5 dias em refrigeradores

próprios. Reaquecimento 74ºC.

3. Capkold: Alimento preparado em grandes porções em

equipamentos especiais, sem manipulação, embalados à

vácuo e resfriados rapidamente, sob corrente de

resfriamento ou equipamento criogênico. Armazenamento

em refrigeradores exclusivos: 3ºC / 21 dias.

4. Sous Vide (sob vácuo): Alimentos crus ou parcialmente

cozidos embalados à vácuo. O cozimento é feito com o

alimento embalado sob calor úmido (pasteurizado) e

resfriados rapidamente, sob corrente de resfriamento,

equipamento criogênico ou gelo. Armazenamento em a

3ºC / 21 dias.

5. Anaerobic Packing (embalagem à vácuo): Armazenados

< 6ºC para evitar a multiplicação de microorganismos

anaeróbicos psicrotróficos patogênicos.

Resumo Agentes Etiológicos

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Questões

1 -(Petrobras 2006) As aflatoxinas são comumente

encontradas em amendoim, castanhas e milho e podem

ser inativadas com eficiência quando o alimento é

submetido a:

(A) desidratação.

(B) tratamento por agentes químicos.

(C) conservação à vácuo.

(D) temperaturas baixas.

(E) temperaturas elevadas.

2 - (Petrobras 2006) As doenças transmitidas pelo

alimento apresentam algumas classificações, sendo que a

caracterizada pela ingestão de toxina pré-formada pelo

microrganismo em alimento é a:

(A) toxinose.

(B) infecção.

(C) toxinfecção.

(D) infestação.

(E) alergia.

3 - (Aeronáutica 2006) As doenças de origem alimentar

podem ser divididas em três grupos: toxinfecções

alimentares, intoxicações químicas e intoxicações naturais.

Considerando-se essas três modalidades, é CORRETO

afirmar que

A) as intoxicações naturais são decorrentes da ingestão

de alimentos contaminados por agrotóxicos e inseticidas

utilizados como proteção contra as pragas.

B) as intoxicações químicas e intoxicações naturais

ocorrem com a matéria-prima e, dificilmente, podem ser

prevenidas por meio de manipulação segura dos alimentos

na cozinha.

C) as intoxicações químicas são doenças veiculadas por

microorganismos, parasitas — bactérias, fungos, vírus,

protozoários e helmintos — e seus produtos tóxicos.

D) as toxinfecções alimentares são doenças causadas

por espécies tóxicas de plantas e cogumelos ou por

contaminação natural de peixes, moluscos e mexilhões

com substâncias tóxicas.

4 -(Eletronorte 2006) Não é considerado critério para

eliminação ou redução dos perigos microbiológicos:

A) refrigeração menor que 4°C em 2 horas

B) temperatura da cozinha de 30°C

C) descongelamento a 4°C ou em água corrente a 21°C

por 4 horas

D) cocção a 74°C no interior do alimento

E) distribuição a temperatura menor que 60°C até 1 hora.

5 - (Eletronorte 2006) Assinale a opção que apresenta

apenas perigos físicos de contaminação de alimentos:

A) Agrotóxicos, pesticidas, fragmentos de vidro

B) Pesticidas, fungos, toxina bacterianas

C) Agrotóxicos, cabelos, metais

D) Fragmentos de vidro, produtos de limpeza, lascas de

madeira

E) Cabelos, fragmentos de vidro, pedras.

6 - (Eletronorte 2006) São muitos os perigos que podem

ocorrer durante o preparo de alimentos, que pode resultar

em conseqüências clínicas; entre os INACEITÁVEIS de

origem química temos:

(A) fragmentos de metal;

(B) bactérias infecciosas;

(C) antibióticos;

(D) fungos;

(E) parasitas.

7 -(Eletronorte, 2006) Entre os fatores que influenciam na

multiplicação de microorganismos nos alimentos,

encontram-se:

(A) limpeza e desinfecção inadequada dos equipamentos;

(B) esgoto não tratado utilizado como adubo para vegetais;

(C) fermentação inadequada de alimentos industrializados;

(D) misturar alimentos cozidos refrigerados com molho

quente;

(E) defeito na ruptura das embalagens dos alimentos.

8 – (UERJ) A reação das bactérias presentes em alimentos

armazenados em geladeira é:

A) morrem

B) param de multiplicar-se

C) multiplicam-se devagar

D) multiplicam-se como em temperatura ambiente

9- (AERONÁUTICA/2003) A finalidade do setor de nutrição

não é só fornecer alimentação adequada do ponto de vista

nutricional, devendo, também, ser seguro do ponto de vista

higiênico, sem estar contaminada. Os microorganismos

causadores de intoxicações alimentares que podem ser

transmitidos através do homem, ou seja, através dos

manipuladores de alimentos são a/o(s)

A- Escherichia coli e Brucella abortis.

B- Escherichia coli e Salmonella typhi.

C- Aspergillus flavus e Salmonella typhi.

D- Bacilus cereus e Micobacterium bovis.

10 - (Petrobrás, 2005) A tênia solium é um parasita

intestinal responsável pela doença cisticercose, a qual é

caracterizada pela invasão de cisticercos no nível cerebral

e em outros órgãos. Nessa perspectiva, um dos principais

alimentos transmissores de cisticercos é a(o):

(A) carne de porco.

(B) salsicha.

(C) alface.

(D) frango.

(E) feijão

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11- (AERONÁUTICA 2006) A Atividade de água (Aw) é

um dos fatores intrínsecos dos alimentos de grande

importância no metabolismo dos microorganismos. Sabe-

se que as bactérias preferem ambientes úmidos para sua

multiplicação; já os fungos proliferam em ambientes mais

secos. Considerando-se essas informações, é CORRETO

afirmar que, entre os seguintes alimentos, aquele que está

mais sujeito à deterioração bacteriana, de acordo com sua

Aw, é o:

A) leite condensado / Aw = 0,83-0,90.

B) leite em pó / Aw = 0,60.

C) leite líqüido / Aw = 0,990-0,998.

D) queijo processado / Aw = 0,93-0,97.

12 - (Prefeitura do Rio/2008) Um grupo de pessoas

apresentou sintomas de diarréia, vômito, náuseas e febre

8 horas após se alimentar em uma Unidade de

Alimentação e Nutrição. No ambulatório de atendimento da

empresa, detectou-se que o único alimento ingerido em

comum foi o filé de frango grelhado. O provável agente

causador da doença transmitida pelo alimento foi o:

A) Clostridium botulinum

B) Campylobacter jejuni

C) Staphylococcus aureus

D) Bacilus cereus

13 - (Ministério da Saúde/2005) É um exemplo de bactéria

patogênica formadora de esporos e causadora de

intoxicação alimentar:

A) Aspergillus flavus

B) Penicillium notatum

C) Salmonella enteritidis

D) Listeria monocytogenes

E) Clostridium perfringens

14 - (Ministério da Saúde 2005) Observe as afirmativas a

seguir:

I – O Clostridium botulinum é capaz de se desenvolver em

ambientes aeróbios e em alimentos ácido.

II- Entre os microrganismos patogênicos, o Staphylococcus

aureus é o que requer atividade de água mais elevada

para se desenvolver.

III- De modo geral, para se desenvolverem, as bactérias

são menos tolerantes a valores baixos de pH do que os

fungos.

IV- Microrganismos psicrófilos tem a temperatura ótima de

multiplicação entre 25 e 40°C.

A quantidade de afirmativas corretas é:

A) 0

B) 1

C) 2

D) 3

E) 4

15 - (Ministério da Saúde 2005) Observe a relação dos

fatores que influenciam a definição do processamento

térmico a ser aplicado em um alimento:

I- Tipo e quantidade de microrganismo a destruir.

II- Velocidade de penetração do calor.

III- Duração do aquecimento e temperatura a ser atingida.

IV- Temperatura inicial do produto

V- pH do produto.

Assinale a alternativa correta:

A) Nenhuma alternativa é correta.

B) Todas as alternativas são corretas.

C) Somente I, IV e V são corretas.

D) Somente II, III e V são corretas.

E) Somente I, III e V são corretas.

16 - (UFRJ 2006) Pontos críticos são todos os locais ou

situações em que podem estar presentes os perigos que

contribuem para a ocorrência de surtos de intoxicações,

sendo os melhores exemplos de contaminação de

alimentos:

A) Ovos contendo Salmonella sp e pessoas infectadas com

Staphylococcus aureus;

B) Contaminação cruzada entre alimentos e o manipulador

e arroz e grãos contaminados com Salmonella sp;

C) Recipientes feitos com metais pesados e limpeza

adequada dos equipamentos e utensílios usados no

preparo dos alimentos;

D) Esgoto não tratado utilizado como adubo para vegetais

e leite e derivados contaminados com Clostridium

perfringens;

E) Substâncias venenosas contaminando alimentos e

obtenção de alimentos de fornecedor estabelecido no

mercado;

17 - (Mesquita 2006) Assinale a alternativa INCORRETA:

A) Staphylococcus aureus é uma bactéria capaz de se

desenvolver em atividades de água relativamente baixas

(até 0,86) e pode causar intoxicação alimentar. Seu

principal habitat no ser humano é a cavidade nasal. No

caso de um surto por S. aureus, o período de incubação

varia de 30 minutos a oito horas;

B) Bacilus cereus é uma bactéria formadora de esporos,

capaz de produzir toxinas. Pode causar síndrome emética

ou síndrome diarréica;

C) Aspergillus flavus é um fungo capaz de produzir

micotoxinas, como aflatoxinas, comumente encontradas no

amendoim, nas castanhas e no milho;

D) Clostridium botulinum é uma bactéria anaeróbia,

formadora de esporos, capaz de se desenvolver em

alimentos ácidos. Os sintomas característicos da

intoxicação botulínica são diarréia, vômito e dores

abdominais;

E) Bactérias do tipo Salmonella não formam esporos. As

salmoneloses caracterizam-se por sintomas que incluem

diarréia, vômito e febre. O consumo de ovos contaminados

tem sido relacionado como uma importante causa desta

doença.

18 - (Petrobras 2005) Em alimentos, a formação de toxina

por alguns microrganismos pode causar toxinose. Qual

microrganismo abaixo produz toxina em alimentos?

A) Campylobacter jejuni

B) Salmonella

C) Staphylococcus aureus

D) Aeromonas

E) Pseudomonas

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21

19 - (Pinheiral) Vômito intenso, mal-estar, cefaléia,

raramente diarréias, ausência de febre são sintomas de

qual bactéria relacionada à contaminação dos alimentos?

(A) Salmonella Sp.

(B) Staphylococcus Aureus.

(C) Clostridium Perfringens.

(D) Clostridium Botulinum.

(E) Escherichia Coli.

20 - As intoxicações alimentares são causadas pela ação

das toxinas produzidas pelos microorganismos. O

aparecimento dos sintomas e os efeitos causados são

variáveis. Com relação ao período para o aparecimento

desses sintomas, numere a 2ª coluna de acordo com a 1ª.

1 – Clostridium botulinum

2 – Staphilococcus aureus

3 – Clostridium perfringens

( ) 12h à 36h

( ) 8h à 22h

( ) 1h à 6h

A seqüência correta é

(A) 1, 3, 2.

(B) 3, 2, 1.

(C) 2, 1, 3.

(D) 2, 3, 1

21- (Niterói 2003) As câmaras frigoríficas devem ter suas

condições de temperatura e umidade controladas

conforme o tipo de alimento, seguindo-se as seguintes

recomendações:

A) para carnes, a temperatura deve ser de 0 a 3 C, e a

umidade de 80%;

B) para laticínios, a temperatura deve ser de 6 a 10 C, e a

umidade de 50%;

C) para frutas, a temperatura deve ser de 3 a 6 C, e a

umidade de 70%;

D) para ovos, a temperatura deve ser de 0 a 3 C, e a

umidade de 50%;

E) para verduras, a temperatura deve ser de 6 a 10 C, e a

umidade de 80%.

22- (UNIRIO 2009) Na indústria de alimentos, o

treinamento do manipulador é necessário para que os

alimentos não sejam contaminados, durante o manuseio

inadequado, por bactérias presentes nas fossas nasais,

mucosas ou pele dos indivíduos. A bactéria responsável

por este tipo de contaminação é

a) bacillus aureus.

b) bacillus cereus.

c) streptococcus.

d) staphylococcus aureus.

e) salmonella .

23- (PETROBRAS 2010) Os fungos são capazes de

produzir metabólitos tóxicos quando se multiplicam em

alimentos. As ocratoxinas podem ser encontradas em

nozes e, quando ingeridas com frequência, causam:

(A) lesão renal.

(B) dano cerebral.

(C) reação alérgica.

(D) choque endotóxico.

(E) carcinoma gástrico.

24 - (Marinha 2004) Sintomas como náuseas, visão dupla e

perda dos reflexos são característicos de intoxicação

alimentar causada por:

A) Víbrio parahaemolyticus

B) Rotavírus

C) Salmonella typhi

(D) Clostridium botulinum

D) Bacillus cereus

25 - (Marinha 2004) O consumo de mariscos crus pode

causar:

A) Cisticercose

B) Tuberculose

C) Teníase

D) Hepatite A

E) Hepatite B

26. (Prefeitura Bom Jardim, 2007) A amostra de um

alimento, que vai ser submetida à análise bromatológica,

deve ter a seguinte massa:

(A) 200g;

(B) 100g;

(C) 150g;

(D) 300g;

(E) 250g.

27. (Marinha, 2006) Sabendo que os agentes de

deterioração (bactérias, bolores e leveduras) têm

comportamentos diversos com relação à temperatura,

assinale a opção que representa a faixa de temperatura,

em ºC, que agem os mesófilos.

(A) 0 a 4

(B) 3 a 20

(C) 0 a 20

(D) 28 a 45

(E) 45 a 70

28. (SPA, 2003) Qual das doenças abaixo é

obrigatoriamente uma intoxicação alimentar?

(A) Gastrite

(B) Botulismo

(C) Giardíase

(D) Amebíase

29. (Iguaba, 2005) As intoxicações alimentares são

causadas pela ingestão de alimentos contendo toxinas

microbianas pré-formadas. Estas toxinas são produzidas

durante intensa proliferação dos microorganismos

patogênicos nos alimentos. Faz parte deste grupo:

(A) Campylobacter jejuni

(B) Shigella

(C) Staphylococcus aureus

(D) Salmonella

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30. (UERJ, 2006) Em um hospital, 20% dos pacientes

foram acometidos de intoxicação por Staphylococcus

aureus após a ingestão de frango contaminado. Dentre as

causas dessa contaminação, estão os seguintes fatores:

(A) tosse e espirro sobre os alimentos e utilização de

panos para o contato com o alimento

(B) material do solo contaminando as superfícies da

cozinha e contaminação cruzada através das mãos

(C) contato de alimentos crus contaminados com

alimentos prontos e equipamentos não desinfetados

(D) manipuladores com as mãos contaminadas e

utilização de água de poço ou de rede contaminada com

esgoto

31. (UERJ, 2002) Um hospital municipal notificou à

Vigilância Sanitária 123 casos de intoxicação alimentar

que ocorreram entre 12 e 36 horas após a festa da cidade.

Foram relatados os seguintes sintomas e sinais clínicos:

sensação de fadiga, náuseas, vômitos, diarréia, dor de

cabeça e dispnéia. Em alguns casos ocorreu secura na

garganta, dificuldades na deglutição e distúrbio da voz. A

intoxicação provável foi por:

(A) Brucella ssp

(B) Bacillus cereus

(C) Escherichia coli

(D) Clostridium botulinum

32. (UERJ 2003) A atividade aquosa é um fator que

interfere na multiplicação dos microorganismos. Os

alimentos que têm baixa AW, permitindo crescimento de

leveduras osmofílicas, são:

(A) Pão, geléia e mel

(B) Melaço, xaropes e caldas

(C) Carne seca, bacalhau e leite em pó

(D) Extrato de tomate, frutas secas e cereais

33. (UERJ 2003) A manipulação de alimentos, sem

higienização adequada das mãos e sem uso de máscaras,

favorece a contaminação por:

(A) Escombrosídeos

(B) Bacillus cereus

(C) Staphylococcus aureus

(D) Clostridium botulinum

34. (Petrobrás, 2006) A atividade aquosa interfere

diretamente no desenvolvimento de microrganismos em

alimentos. Os microrganismos que conseguem se

multiplicar em menor atividade aquosa são as (os):

(A) bactérias halofílicas

(B) leveduras deteriorantes

(C) leveduras osmofílicas

(D) bolores deteriorantes

(E) bolores xerofílicos

35. (Petrobrás, 2005) Os microrganismos são

responsáveis pela deterioração dos alimentos. Essa

deterioração pode ser observada através de simples

alterações sensoriais, como mudança na coloração do

alimento. Assinale a opção que apresenta um

microrganismo responsável por esta alteração em produtos

cárneos:

(A) Pseudomonas

(B) Escherichia coli

(C) Bolores

(D) Aeromonas

(E) Yersinia enterocolitica

36. (Petrobrás, 2006) O microrganismo que é capaz de

produzir toxina no intestino e em alimento, além de formar

esporos em condição adversa do ambiente é a (o):

(A) Salmonella

(B) Shigella

(C) Listeria monocitogenes

(D) Campylobacter jejuni

(E) Bacillus cereus

37. (MS, 2005) Um alimento que continha inicialmente 5 x

10³ células/mL de determinado microrganismo sofreu um

tratamento térmico de 100ºC por 1 minuto e teve sua carga

microbiana reduzida a 5 células/mL. O valor D ou razão

letal para este microrganismo, nestas condições é:

(A) 1 minuto

(B) 2 minutos

(C) 30 segundos

(D) 20 segundos

(E) 15 segundos

38. (Petrobrás, 2005) Paciente com sintomas de

desidratação, desinteria e toxemia relata que ingeriu há

três dias, salada de tomate em um restaurante e que soube

da interdição deste, ontem, por falta de higiene pessoal.

Qual é o provável causador da doença transmitida por

alimento:

(A) Salmonella

(B) Shigella

(C) Listeria monocytogenes

(D) Bacilus cereus

(E) Campylobacter jejuni

39. (CMB, 2005) Esporos microbianos são estruturas

resistentes ao calor, à desidratação e ao congelamento,

entre outros. Em condições favoráveis, a reversão da

forma de esporo para a forma vegetativa pode resultar na

multiplicação de microrganismos em alimentos. Assinale a

opção que apresenta apenas bactérias capazes de formar

esporos.

(A) Clostridium botulinum, Salmonella sp e

Staphylococcus aureus

(B) Clostridium perfringens, Salmonella sp e yersinia

enterocolítica

(C) Bacillus cereus, Clostridium botulinum e Clostridium

perfringens

(D) Campylobacter jejuni, Bacillus cereus e

Staphylococcus aureus

(E) Campylobacter jejuni, yersínia enterocolítica e Listeria

monocytogenes

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40. (MS, 2005) É um exemplo de bactéria patogênica

formadora de esporos e causadora de intoxicação

alimentar:

(A) aspergillus flavus

(B) penicillium notatum

(C) salmonella enteritidis

(D) listeria monocytogenes

(E) clostridium perfringens

41. (Queimados, 2003) A bactéria patogênica

frequentemente envolvida em surtos/casos de infecção

alimentar é a:

(A) Aspergillus flavus

(B) Penicilium notatum

(C) Salmonella enteritidis

(D) Bacillus cereus

(E) Clostridium perfringens

42. (Fiscal de Saúde, 2004) Os enlatados de origem

caseira são as fontes mais comum de alimentos

portadores de esporos e toxinas de:

(A) brucella.

(B) campylobacter.

(C) clostridium perfringens.

(D) clostridium botulinum.

(E) escherichia coli

43 (Fiscal de Saúde, 2004) A presença de escherichia coli

em alimentos indica contaminação:

(A) endógena

(B) fecal.

(C) virótica

(D) cutânea

(E) bacilar

44. (Fiscal de Saúde, 2004) A hepatite “A” é transmitida

por:

(A) via fecal-oral.

(B) via sexual.

(C) via oral.

(D) sangue e fluidos corpóreos.

(E) agulhas infectadas por vírus.

45. (Betim, 2007) Na conservação de alimentos, a toxina

botulínica pode ser facilmente destruída se o alimento for

colocado à temperatura de:

(A) 100 °C durante 10 minutos.

(B) 100 °C durante 5 minutos.

(C) 80 °C durante 20 minutos.

(D) 80 °C durante 15 minutos.

(E) 80 °C durante 10 minutos.

46. (Nutricionista Jr. Petrobrás, 2008)

Coloração Gram Positivo

pH 4 a 9,8

Aa mínima 0,83

Temperatura 0 a 48º C

Produção de enterotoxina Sim

Formação de esporos Não

O microrganismo capaz de causar doença transmitida

por alimentos (DTA) que apresenta as características

descritas no quadro acima é a(o):

(A) Listeria monocytogenes.

(B) Clostridium botulinum.

(C) Clostridium perfringens.

(D) Bacillus cereus.

(E) Staphylococcus aureus.

47. (Nutricionista Jr. Petrobrás, 2008) A capacidade de

multiplicação em condições desfavoráveis para o

desenvolvimento microbiano colabora para o aumento da

patogenicidade do microrganismo. Uma bactéria capaz de

se desenvolver em soluções de limpeza e desinfetantes é

a(o):

(A) Aeromona hydrophila.

(B) Campylobacter jejuni.

(C) Escherichia coli.

(D) Pseudomonas aeruginosas.

(E) Yersinia enterocolitica.

48. (Pref. Niterói, 2008 - FEC) O microrganismo que

normalmente produz substância tipo histamina, que

provoca quadro alérgico é:

(A) Salmonella sp

(B) Bacillus cereus

(C) Clostridium Perfringens

(D) Clostridium Botulinum

(E) Proteus sp.

49. (Rio das Ostras, 2008) A facilidade com que os

alimentos estraguem se deve, em grande parte, ao

conteúdo de:

(A) Lipídio

(B) Glicídio

(C) Proteína

(D) Água

50. (Rio das Ostras, 2008) Os alimentos mais vulneráveis

ao crescimento de Salmonella são:

(A) Pães, farinhas e macarrão

(B) Carnes, leites e ovos

(C) Frutas, verduras e vegetais

(D) Óleos vegetais, pães e leguminosas

51. Com a ingestão da carne de porco mal passada pode

ocorrer uma infestação por:

(A) ancilóstomo

(B) taenia saginata

(C) áscaris

(D) giárdia

(E) taenia solium

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52. (Aeronáutica, 2006) A Atividade de água (Aw) é um

dos fatores intrínsecos dos alimentos de grande

importância no metabolismo dos microorganismos.

Sabe-se que as bactérias preferem ambientes úmidos para

sua multiplicação; já os fungos proliferam em ambientes

mais secos. Considerando-se essas informações, é

CORRETO afirmar que, entre os seguintes alimentos,

aquele que está mais sujeito à deterioração bacteriana, de

acordo com sua Aw, é o:

(A) leite condensado / Aw = 0,83-0,90.

(B) leite em pó / Aw = 0,60.

(C) leite líqüido / Aw = 0,990-0,998.

(D) queijo processado / Aw = 0,93-0,97

53. (EAOT, 2009) Assinale a alternativa que representa um

microrganismo causador de infecção alimentar:

(A) Staphylococcus aureus.

(B) Yersinia enterocolitica.

(C) Fungo produtor de micotoxinas.

(D) Clostridium botulinum.

54. (UNIRIO, 2009) M.V.C. chegou ao ambulatório

relatando sintomas como visão dupla, dificuldade

respiratória, dor de cabeça e vômito. Foi diagnosticada

uma intoxicação alimentar por clostridium botulinum. Os

principais alimentos em que este microorganismo pode

estar presente são:

(A) leite, queijos, doces cremosos.

(B) hortaliças, carnes, ovos.

(C) cereais, queijos, hortaliças.

(D) batata, pães, laticínios.

(E) palmito em conserva, patê e mel.

55. (Macaé, 2009) Após uma festa de aniversário 80 dos

100 convidados apresentaram sintomas de náuseas,

vômitos e cólicas abdominais. Esses sintomas foram

observados de 2 a 4 horas após consumo de bolo

confeitado. Com base nos fatos apresentados o possível

microorganismo patogênico é identificado como:

(A) Bacillus cereus

(B) Staphylococcus aureus

(C) Clostridium perfringers

(D) Listeria monocytogenes

56. (UFF, 2009) O quadro decorrente da ingestão de

microorganismos patogênicos que se multiplicam no trato

gastrointestinal, produzindo toxinas ou agredindo o

epitélio, é chamado de infecção. Normalmente é causado

por:

(A) Bacillus cereus;

(B) Fungos;

(C) Salmonella sp;

(D) Clostridium Perfringens;

(E) Giárdia Lamblia.

57. (UFF, 2009) O micro-organismo que pode ser letal para

indivíduos com câncer, AIDS, transplantados, e tem como

característica se multiplicar em temperatura entre 0 e 44

oC e em pH entre 4,5 e 8, presente em 64% dos alimentos

refrigerados e comum em produtos lácteos e cárneos mal

cozidos, é:

(A) Salmonella sp;

(B) Clostridium Botulinun;

(C) Listeria Monocitogenes;

(D) Campylobacter Jejuni;

(E) Bacillus cereus;

58. (Petrobras - Nutricionista Jr., 2010) Após

comemoração de final de ano em um restaurante, um

grupo de pessoas apresentou sintomas de intoxicação

alimentar, tais como vômito, diarreia e náuseas. Após

análise microbiológica, foi constatado que o chantili estava

contaminado. Qual foi o provável micro-organismo

patogênico envolvido na contaminação do alimento?

(A) Listeria monocytogenes

(B) Escherichia coli

(C) Salmonella

(D) Campylobacter jejuni

(E) Staphylococcus aureus

59. (Petrobras - Nutricionista Jr., 2010) A dose infectante

de uma bactéria em um alimento é determinante no

desenvolvimento de uma doença transmitida pelo alimento

(DTA). Algumas bactérias são capazes de causar DTA

mesmo sem se multiplicar nele, como, por exemplo, a(o):

(A) Yersinia enterocolitica

(B) Vibrio cholerae

(C) Shigella

(D) Bacillus cereus

(E) Clostridium botulinum

60. (Petrobras - Nutricionista Jr., 2010) Para a

multiplicação bacteriana em alimentos, uma condição de

alto risco é a de alimentos com:

(A) alto teor de açúcar.

(B) alto teor de proteínas.

(C) pH < 4,0.

(D) atividade aquosa de 0,85.

(E) cozimento a temperatura de 72 ºC no centro

geométrico.

61. (Petrobras - Nutricionista Jr., 2010) As bactérias

presentes nos alimentos devem ser eliminadas ou

reduzidas para evitar o desenvolvimento de doenças

transmitidas pelo alimento aos seres humanos.

A bactéria que NÃO pode ser facilmente eliminada pela

cocção é a(o):

(A) Salmonella.

(B) Clostridium perfringens.

(C) Vibrio cholerae.

(D) Yersinia enterocilítica.

(E) Campylobacter jejuni.

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25

62. (Petrobras - Nutricionista Jr., 2010) As toxinas são

definidas como substâncias solúveis, usualmente

de natureza proteica, que alteram o metabolismo

normal da célula ou do tecido hospedeiro com efeitos

deletérios nos mesmos. Qual a bactéria capaz de produzir

toxina tanto no alimento quanto no intestino humano?

(A) Staphylococcus aureus.

(B) Clostridium botulinum.

(C) Bacillus cereus.

(D) Listeria monocytogenes.

(E) Shigella.

63– (Fundação, 2011) Analise os tópicos abaixo, com exemplos alimentos. I- presunto, batatas e leite II- arroz cozido, peixes e frutos do mar III- verduras em conservas, chantili e camarões IV- queijo, frango cozido e tortas Entre os microrganismos patogênicos causadores de toxinfecções alimentares, tem-se o Staphylococcus aureus, que comumente é encontrado em todos os alimentos apresentados nos tópicos: A) I e II B) I e IV C) II e III D) II e IV 64 -(HUPE 2009) Consuelo, de 53 anos, administradora do lar, assiste um programa de televisão e fica com dúvidas nas informações veiculadas sobre verduras hidropônicas. Ela ouviu e confirmou com a nutricionista que, nessas verduras, o risco de conter agrotóxicos e de ter contaminação são, respectivamente: (A) baixo / por insetos (B) alto / por bactérias (C) médio / por fungos (D) muito baixo / por manuseio

65 Dentre as principais fases do processamento da

indústria de alimentos, a fase de elaboração é a etapa de maior importância, pois nela se desenvolvem diversificadas atividades tecnológicas, segundo a linha de elaboração do produto. As operações de natureza física, química e biológica determinam, nessa fase, as transformações que caracterizam os produtos. São exemplos respectivos de processos físicos, químicos e biológicos que ocorrem na fase de elaboração: (A) salga, maturação e aplicação de calor; (B) acidificação, dissolução e trituração; (C) emulsificação, emprego de aditivos e

caramelização; (D) refinação, hidrolização e esmagamento; (E) moagem, extração por solvente e fermentação

66. (UERJ 2014) Nutricionista responsável pelo estoque

de alimentos resfriados e congelados sabe que bolores e

leveduras podem se proliferar na superfície ou

profundidade de alimentos e água. Além disso, sabe

também que a maioria dos fungos é de origem ambiental e

podem se multiplicar nessas condições. A situação que

expressa risco de altas contagens desses microrganismos

em alimentos é:

a) o armazenamento sob refrigeração por tempo

prolongado

b) a contaminação ambiental com presença de micotoxinas

c) o armazenamento em temperaturas elevadas

d) a manipulação de vegetais em água corrente

67) As infecções alimentares, invasivas ou não, com

agressão ao epitélio intestinal ou produção da toxina no

organismo dependerão do tipo de agente infectante que

pode ocasionar um quadro clínico característico. Em

relação à shiguelose, o período de incubação, em horas, o

grau da dose infectante e os sinais clínicos característicos

dessa infecção alimentar, respectivamente, são:

a) 08 a 48 / alta / diarreia, náuseas e febre

b) 12 a 72 / baixa / disenteria, vômito e febre

c) 08 a 48 / alta / disenteria, mal-estar e febre baixa

d) 12 a 72 / baixa / diarreia, cólica e ausência de febre

68) Um dos elementos tóxicos com o qual o ser humano

pode ter contato é o mercúrio. A intoxicação causada por

esse elemento pode causar insônia, fadiga, gosto metálico

na boca, dores articulares, dentre outros sintomas.

Assinale a opção que apresenta uma das possíveis fontes

de contaminação por mercúrio.

(A) Vegetais verdes

(B) Leites e seus derivados

(C) Cereais refinados

(D) Ovos

(E) Peixes e frutos do mar

69) Assinale a opção que apresenta a característica físico-

química dos alimentos que NÃO influencia na migração de

aditivos de embalagens, como ftalatos e bisfenol A, para os

alimentos.

(A) Teor de álcool

(B) pH

(C) Percentual de proteína

(D) Percentual de lipídios

(E) Presença de óleos essenciais

Gabarito

1

B

2

A

3

B

4

B

5

E

6

C

7

D

8

C

9

B

10

C

11

C

12

B

13

E

14

B

15

B

16

A

17

D

18

C

19

B

20

A

21

E

22

D

23

A

24

D

25

D

26

A

27

D

28

B

29

C

30

A

31

D

32

B

33

C

34

C

35

A

36

E

37

D

38

B

39

C

40

E

41

C

42

D

43

B

44

A

45

A

46

E

47

D

48

E

49

D

50

B

51

E

52

C

53

B

54

E

55

B

56

C

57

C

58

E

59

C

60

B

61

C

62

C

63

B

64

D

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E

66

A

67

B

68

E

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C