COLUNA VERTEBRAL Aluna: Marina Kubo Curso: Fisioterapia – MatutinoMódulo: Biotecnologias e Práticas AlternativasData: 12/02/2020

Exercícios e PatologiasA coluna vertebral, também chamada de espinha dorsal, estende-se do crânio até a pelve. Ela é responsável por dois quintos do peso corporal total e é composta por tecido conjuntivo e por uma série de ossos, chamados vértebras, as quais estão sobrepostas em forma de uma coluna, daí o termo coluna vertebral. A coluna vertebral é constituída por 24 vértebras + sacro + cóccix e constitui, junto com a cabeça, esterno e costelas, o esqueleto axial.Superiormente, se articula com o osso occipital (crânio); inferiormente, articula-se com o osso do quadril ( Ilíaco ).

A coluna vertebral é dividida em quatro

regiões: Cervical, Torácica, Lombar e SacroCoccígea.São 7 vértebras cervicais, 12 torácicas, 5 lombares, 5 sacrais e cerca de 4 coccígeas.

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Professores: Maurícia Cristina de Lima Rondineli dos Santos Frias Tatiane Martins

Curvaturas da Coluna VertebralNuma vista lateral, a coluna apresenta várias curvaturas consideradas fisiológicas.São elas: Cervical (convexa ventralmente – LORDOSE), Torácica (côncava ventralmente – CIFOSE), Lombar (convexa ventralmente – LORDOSE) Pélvica (côncava ventralmente – CIFOSE).

Quando uma destas curvaturas está aumentada, chamamos de HIPERCIFOSE (Região dorsal e pélvica) ou HIPERLORDOSE (Região cervical e lombar).Numa vista anterior ou posterior, a coluna vertebral não apresenta nenhuma curvatura. Quando ocorre alguma curvatura neste plano chamamos de ESCOLIOSE.

Cervicais: C1(atlas)C2(axis),C3 a C7Torácicas: T1 a T12Lombares:L1 a L5Sacrais: S1a S5Coccígeas: 5 vertebras juntas

HIPERLORDOSE CERVICALHiperlordose Cervical é o aumento da curvatura na região do pescoço. O diagnóstico é realizado através de exames clínicos, físicos e radiológicos.Causas

Deformidade genética; Má postura; Desequilíbrios musculares; Alteraçöes nas articulações têmporo

mandibulares;

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Sintomas  Dor no pescoço; Hipertrofia dos músculos posteriores do pescoço; Fraqueza dos músculos anteriores do pescoço; Aumento da curvatura da coluna na região do pescoço, deixando o nariz “empinado”.

Tratamento Nos momentos de crise, uso de medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios;Reeducação postural;Tratramento fisioterápico.

RETIFICAÇÃO COLUNA VERTEBRALPara sustentar aproximadamente dois quintos do peso corporal, a coluna não é reta, ela possui suaves curvas que se formam durante desenvolvimento, reação do corpo contra a ação da gravidade. São elas:1. Lordoses: Cervical e Lombar2. Cifoses: Torácica e Sacral

A alteração na formação dessas curvas é o tema que abordaremos nesse artigo. A retificação da coluna é caracterizada pela perda de uma ou mais curvaturas da coluna, ou seja, pela diminuição dos ângulos das curvas fisiológicas, e pode ocorrer em qualquer porção da coluna vertebral.Esse desequilíbrio pode ocorrer por diferentes motivos, entre eles fatores hereditários, hábitos diários e laborais, vícios posturais e encurtamento muscular ou alteração de força dos músculos envolvidos com a estrutura da coluna.Quando relacionamos com encurtamento e força muscular, a retificação pode surgir como forma compensatória, por exemplo: uma retificação da coluna lombar pode acontecer em função de um desequilíbrio nos músculos rotadores de quadril.

HIPERCIFOSE TORÁCICA A Hipercifose é uma alteração nessa região da coluna que leva a um aumento da cifose normal, deixando os ombros projetados para frente e o dorso arredondado. Esta alteração provoca uma postura conhecida como “corcunda”. Normalmente, a curvatura acentuada na coluna não é percebida pela própria pessoa mas sim por seus familiares e amigos. O diagnóstico é realizado através de exames clínicos e exames radiológicos da coluna vertebral. Exames físicos durante a infância, principalmente durante a fase de crescimento, auxiliam no diagnóstico precoce, no tratamento e na prevenção da doença e de possíveis complicações.Causas

Doenças degenerativas da coluna (Ex: atrite e degenaração do disco);

Espondilolistese (deslizamento de uma vértebra em relação à outra); Fraturas causadas por osteoporose; Lesões traumáticas; Doenças endócrinas; Infecções (Ex: tuberculose); Distúrbios no tecido conectivo; Distrofia muscular; Neurofibromatose; Doença de Scheuermann; Doença de Paget;

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Poliomielite; Espinha bífida; Tumores.

Sintomas Arqueamento da coluna vertebral, projetando os ombros para frente; Dor nas costas; Fadiga; Sensibilidade e rigidez da coluna.

Tratamento  Tratamento fisioterápico; Reeducação postural; Tratamento da osteoporose; Em casos mais graves a cirurgia é indicada (Ex: fraturas, infecções, doenças congênitas,

etc).

HIPERLORDOSE LOMBARA Hiperlordose Lombar é caracterizada pelo aumento da curvatura lombar. O diagnóstico é realizado através de exames clínicos, físicos e radiológicos.Causas

Deformidades genéticas; Alterações posturais; Gravidez; Obesidade ; Desequilíbrios musculares; Espondilolistese   (deslizamento de uma

vértebra em relação à outra); Hérnias de disco ; Movimentos repetitivos.

Sintomas Dor na região lombar ; Aumento da curvatura da coluna na

região lombar; Fraqueza dos músculos abdominais; Abdômen protuso e anteriorizado.

Tratamento Nos momentos de crise, uso de medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios; Reeducação postural; Tratamento fisioterápico; Uso de palmilhas personalizadas; Coletes posturais (órteses) nos adolescentes para controlar a evolução da curva; Em casos mais graves a cirurgia é indicada.

ESCOLIOSEA Escoliose é uma deformidade da coluna vertebral que se torce, não somente para os lados, como também para frente, para trás e ao redor do seu próprio eixo. Essa torção pode ser em diferentes graus, o que irá determinar a gravidade da escoliose e a forma de ser tratada. A escoliose pode ser classificada de acordo com a forma da curva, sendo uma curva simples (para

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direita ou para esquerda – Escoliose em “C”) ou curva dupla (Escoliose em “S”). A direção da curva sempre será identificada pela convexidade da coluna. As curvaturas podem ser classificadas em cervicotorácicas, torácicas, toracolombares, lombares e lombossacrais. O diagnóstico é realizado através de um exame clínico e confirmação radiológica. É importante ressaltar que a Escoliose é uma  doença progressiva, por isso não melhora com o avanço da idade, por isso, o diagnóstico e a intervenção precoce podem minimizar a curvatura e impedir a progressão da doença. Normalmente, a Escoliose aparece durante a adolescência, podendo ocorrer em outras épocas da vida.Causas 

Escoliose Neuromuscular ocorre devido à sequelas de doenças neurológicas (Ex: poliomielite e paralisia cerebral);

Escoliose Congênita é decorrente de uma má formação óssea da coluna vertebral (vértebras) ou fusão de costelas durante o desenvolvimento do feto;

Escoliose Idiopática não possui causa conhecida, sendo mais frequente nos adolescentes;  Pós-traumática.

Sintomas Dor; Deformidade; Inclinação lateral da cabeça; Diferença entre os espaços formados pelo tronco e pelo braço em ambos os lados; Assimetria entre os ombros, sendo um ombro mais alto que o outro; Diferença de tamanho entre os membros inferiores, que pode causar uma assimetria na

altura da bacia e da região lombar.Tratamento

Uso de palmilhas personalizadas; Uso de coletes corretivos em casos mais graves; Tratamento fisioterápico; Em alguns casos a cirurgia é indicada.

HÉRNIA DE DISCOPara o diagnóstico correto, é necessária uma avaliação clínica e radiológica do paciente, definindo sintomas, localização da patologia e fase de degeneração em que ela se encontra. O principal sintoma é conhecido como ciática, que consiste na dor irradiada para as pernas.

Dependendo da raiz nervosa atingida pela hérnia, a dor será irradiada para uma área específica do membro, o que deverá ser diagnosticada pela avaliação clínica e confirmada pelos exames de raios-x, tomografia computadorizada ou ressonância magnética.

A ressonância magnética é o exame mais indicado para o diagnóstico correto da doença, pois fornece ao médico informações valiosas a respeito da localização, grau de

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degeneração e as estruturas envolvidas, permitindo assim um tratamento específico direcionado para cada caso.

Disco intacto: O disco intervertebral tem como função principal a absorção de impacto, bem como permitir movimentos em diferentes eixos de rotação. Ele é formado por um núcleo pulposo (centro gelatinoso) e pelo ânulo fibroso (periferia rígida) que circundam o núcleo. São essas características anatômicas que dão ao disco a capacidade de absorção de carga e movimentação.

A hérnia de disco divide-se em 4 fases, de acordo com o seu grau de degeneração. Além disso, ela pode estar ou não associada a outras doenças do disco vertebral e da coluna:

1ª Fase – Abaulamento discal: Etapa inicial da doença. O disco intervertebral começa a apresentar sintomas de envelhecimento e suas fibras (anel fibroso) apresentam fissuras que levam o disco a uma forma de arco. É como uma câmara de pneu velha que perde a capacidade de manter sua forma natural, formando-se bolhas.

2ª Fase – Protrusão discal: Nessa etapa o abaulamento do disco é maior podendo atingir nervos, medula e saco dural. A doença está em uma fase mais avançada, normalmente acompanhada de início de degeneração discal.

3ª Fase – Hérnia de Disco: A hérnia de disco consiste em uma extrusão do disco vertebral, normalmente contendo o núcleo pulposo do disco intervertebral envolvido pelo anel fibroso já em estágio avançado de degeneração. As estruturas nervosas estão comprometidas pelo estreitamento dos canais por onde passam os nervos, medula ou saco dural (canal medular).

4ª Fase – Seqüestro ou Fragmento: Essa é a etapa mais rara da patologia, e consiste na ruptura da parte herniada com o disco intervertebral. Parte do disco que se encontrava extruso se separa do disco e acaba comprometendo as estruturas nervosas, dependendo da posição do fragmento.

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