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Brasil conhece metodologia inovadora de promoção da sustentabilidade do setor mineral 6º Fórum Mundial da Água: Brasil registra participação de 50 instituições EXPOSIBRAM Amazônia 2012: garanta sua participação! Vale Mina de Taquari-Vassouras, Sergipe Março de 2012 Ano VII - nº 53 Mineração indústria da WWW.FACEBOOK.COM/IBRAM.MINERACAO WWW.FACEBOOK.COM/IBRAM.MINERACAO WWW.TWITTER.COM/IBRAM_MINERACAO WWW.TWITTER.COM/IBRAM_MINERACAO IBRAM NAS REDES SOCIAIS: IBRAM NAS REDES SOCIAIS: WWW.IBRAM.ORG.BR WWW.IBRAM.ORG.BR

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Brasil conhece metodologia inovadora de promoção da sustentabilidade do setor mineral6º Fórum Mundial da Água: Brasil registra participação de 50 instituições

EXPOSIBRAM Amazônia 2012: garanta sua participação!

Vale Mina de Taquari-Vassouras, Sergipe

Março de 2012Ano VII - nº 53Mineração

i n d ú s t r i a d a

www.facebook.com/ibram.mineracaowww.facebook.com/ibram.mineracaowww.twitter.com/ibram_mineracaowww.twitter.com/ibram_mineracaoIBRAM nAs Redes socIAIs:IBRAM nAs Redes socIAIs: w w w. I B R A M . o R g . B Rw w w. I B R A M . o R g . B R

EDITORIAL

EXPEDIENTE | Indústria da Mineração – Informativo do Instituto Brasileiro de Mineração • DIRETORIA EXECUTIVA – Presidente Interino: Rinaldo César Mancin / Diretor de Assuntos Minerários: Marcelo Ribeiro Tunes / Diretor de Assuntos Ambientais: Rinaldo César Mancin • CONSELHO DIRETOR – Presidente: Ricardo Vescovi de Aragão / Vice-Presidente: Luiz Eulálio Moraes Terra • Produção: Profissionais do Texto – www.ptexto.com.br / Jorn. Resp.: Sérgio Cross (MTB3978) / Textos: Flávia Agnello e Anna Lima • Sede: SHIS QL 12 Conjunto 0 (zero) Casa 04 – Lago Sul – Brasília/DF – CEP 71630-205 – Fone: (61) 3364.7272 / Fax: (61) 3364.7200 – E-mail: [email protected] – Portal: www.ibram.org.br • IBRAM Amazônia: Av Gov. José Malcher, 815 s/ 313/14 – Ed. Palladium Center – CEP: 66055-260 – Belém/PA – Fone: (91) 3230.4066/55 – E-mail: [email protected] • IBRAM/MG: Rua Alagoas, 1270, 10º andar, sala 1001, Ed. São Miguel, Belo Horizonte/MG – CEP 30.130-160 – Fone: (31) 3223.6751 – E-mail: [email protected] • Envie suas sugestões de matérias para o e-mail: [email protected]. Siga nas redes sociais: Twitter:@ibram_mineracao • Facebook: www.facebok.com/ibram.mineracao

IBRAM promove mineração no Brasil e no exterior

2º Congresso Internacional de Direito Minerário –

Inscrições abertasEstão abertas as inscrições para o 2º Con-

gresso Internacional de Direito Minerário que acontece em Salvador, Bahia, de 2 a 4 de maio, e tem como objetivo debater a legislação mi-neral. O evento é uma iniciativa conjunta do IBRAM, do Departamento Nacional de Produ-ção Mineral (DNPM) e da Escola da AGU – Ad-vocacia-Geral da União. Inscrições no site www.direitominerario.org.br.

Informações: secretarIa executIva – ÉtIca Promoção de eventos Ltda. teL.: (31) 3444.4794 / e-maIL: [email protected] ou [email protected]

7º CBMINA recebe trabalhos até 16 de abril

O IBRAM recebe, até 16 de abril, os traba-lhos que serão apresentados durante o 7º CB-MINA, que acontece em Belo Horizonte, Minas Gerais, de 10 a 12 de julho. Os três melhores trabalhos serão premiados. O evento engloba o 7º Congresso Brasileiro de Mina a Céu Aberto, o 7ºCongresso Brasileiro de Mina Subterrânea

Os assuntos a serem abordados são: fecha-mento de mina, barragens de rejeitos (tecnolo-gia, implantação e gestão), controle de quali-dade, economia mineral/avaliação econômica, geomecânica aplicada, hidrogeologia (gestão de recursos hídricos e controle de drenagem ácida), meio ambiente (controle ambiental e recupera-ção de áreas mineradas), operações unitárias (automação e outras tecnologias), planejamento de lavra, saúde e segurança, ventilação de mina subterrânea, mineração e sustentabilidade (bio-diversidade e comunidades) e mineração e mu-danças climáticas.

InscrIções e Informações: www.cbmIna.org.br; [email protected] ou [email protected]

O Brasil é a sexta economia mun-dial, com investimentos externos diretos em expansão e crescente participação no fluxo de comércio in-ternacional. A mineração tem grande destaque nesse cenário.

O setor mineral brasileiro reveste--se de grande importância na econo-mia, sendo um dos maiores exporta-dores, com efeitos positivos em toda a cadeia produtiva, gerando empregos e promovendo o desenvolvimento.

Uma das prerrogativas do IBRAM é difundir junto à população tal im-portância, bem como quão signifi-cativos são o crescimento e o desen-volvimento sustentável da atividade. Assim, o Instituto pretende despertar na sociedade o reconhecimento de que o Brasil, para galgar novos pata-mares socieconômicos, precisa con-tar com uma mineração robusta e estruturada – à semelhança do que ocorre, por exemplo, na Austrália e no Canadá.

Um dos caminhos para atingir este objetivo é a realização de quatro eventos setoriais de grande porte. Es-tes encontros também são momentos para aperfeiçoamento do setor, onde se busca discutir os rumos da minera-

ção mundial. Neles estarão reunidos os principais nomes da mineração na-cional e internacional, além de repre-sentantes de empresas interessadas em contribuir para o crescimento do mercado mineral brasileiro.

Em paralelo à organização des-ses encontros, o Instituto apresen-tou no fim de fevereiro o Mining: Partnerships for Development Toolkit, uma metodologia que tem por ob-jetivo identificar os impactos socio- econômicos da mineração.

Além disso, o IBRAM, a ADIMB – Agência para o Desenvolvimento Tec-nológico da Indústria da Mineração Brasileira e o Governo Federal coor-denaram, de 4 a 7 de março, a partici-pação de empresas brasileiras no Bra-sil Pavilion, espaço nobre em um dos mais importantes eventos internacio-nais do setor, o PDAC – Prospectors & Develpers Association of Canada (PDAC), realizado em Toronto.

O objetivo central foi mostrar a realidade mineral do Brasil no exte-rior e as novas oportunidades para o setor. Este conjunto de ações faz com que o Instituto abra outras oportuni-dades para as associadas no exterior e também dentro do País.

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Sustentabilidade: "Programa Escola Que Vale promove educação para a comunidade envolvida com projeto mineral"

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O IBRAM , em parceria com a ERM – En-vironmental Resources Management, desen-volve estudo para identificar as práticas de gestão voltadas à sustentabilidade no setor empresarial mineral.

O objetivo é verificar como essas ações evoluíram ao longo do tempo, considerando como linha de corte a Rio-92. A publicação terá como base informações dos associados do Instituto, bem como as ações identifica-das por meio de análise de dados públicos. O intuito é identificar como a relação das empresas com a sustentabilidade tem ocor-rido em termos práticos.

O trabalho de pesquisa do IBRAM e da ERM iniciou em janeiro deste ano, quando os associados receberam um questionário sobre temas relacionados a meio ambiente, produção, relações com a comunidade, di-reitos trabalhistas, entre outros.

A publicação oferecerá a oportunidade de comprovar como as estruturas gerenciais das empresas têm progredido na inclusão e inte-gração da sustentabilidade. Procurará, ainda, demonstrar que é possível à mineração con-tribuir para o desenvolvimento sustentável.

Rio + 20

Vinte anos depois de sua estreia como sede de uma grande cúpula internacional, a cidade do Rio de Janeir volta a ser, em junho próximo, a capital mundial do meio ambien-te. A Rio+20 oferecerá oportunidade única para avaliar os avanços registrados e os futu-ros desafios a serem enfrentados pela comu-nidade internacional em seus esforços para conciliar desenvolvimento econômico e so-cial com preocupações ambientais e aquelas associadas à mudança do clima.

O combustível das discussões vem das mudanças climáticas, medidas pela ciência, e da crise financeira que se abate sobre os

IBRAM estuda práticas de sustentabilidade na mineração

Instituto analisa como a indústria minerária administra os recursos naturais atualmente

países ricos. Cientistas, ativistas ambientais, empresários e chefes de Estado tentarão, ao longo de 11 dias na cidade, apontar o cami-nho e estabelecer compromissos de gover-nos e empresas para os próximos anos.

Para nortear as discussões o evento traz como temas centrais “Economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e erradicação da pobreza” e “Estrutura institu-cional para a desenvolvimento sustentável”. A intenção é conciliar os anseios de uma classe média global emergente e a necessi-dade de frear o ritmo com que os 7 bilhões de humanos consomem os recursos do pla-neta – em 1992 éramos 5 bilhões e meio.

Mineração e sustentabilidade

Cerca de 80% do que se utiliza diariamente tem a presença de minerais. Des-de o material que faz par-te das paredes das casas, até as tintas que colorem roupas, papéis, silicones, entre outros. Todos esses produtos contêm minérios em sua composição ou são gerados a partir destes bens naturais, evidenciando a importância da mineração na vida da sociedade.

Muito do conceito de economia verde (um dos temas globais da Rio+20) está baseado na busca por maior eficiência no uso dos recursos naturais, vi-vos e não vivos. Neste en-tendimento, a mineração tem papel fundamental, visto que os minerais têm capacidade comprovada

de reciclagem contínua, aumentando as-sim o ciclo de vida de um bem mineral e diminuindo a pressão sobre o uso de recursos primários. Soma-se a isto, a eco-nomia de energia que esta capacidade de reciclagem representa. Outra forma de al-cançar uma economia verde se relaciona à busca por fontes alternativas de energia. Muitos metais são cruciais para desenvol-ver novas tecnologias como as que propor-cionam energias limpas. A maioria dessas inovações somente é possível graças ao uso dos metais.

Outra importante contribuição da in-dústria da mineração para o desenvolvi-mento sustentável está em funcionar tanto como alicerce quanto como catalisador do desenvolvimento econômico e social de uma região. A atividade é reconheci-da mundialmente por sua grande capaci-dade de transformar as relações sociais e econômicas, devido ser uma atividade de longo prazo, propiciando assim o desen-volvimento econômico das comunidades localizadas em seu entorno.

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A parceria entre o IBRAM e o ICMM – Conselho Internacio-nal de Mineração e Metais (In-ternational Council on Mining and Metals) avança mais uma importante etapa rumo a am-pliar a sustentabilidade do setor mineral brasileiro.

Em 29 de fevereiro, as duas entidades sediaram em Brasília um seminário para apresentar e debater metodologia que objetiva identificar os impactos socioeco-nômicos da mineração. Diante dos resul-tados é possível tomar atitudes para am-plificar os benefícios proporcionados pelo projeto mineral.

Trata-se de um “toolkit”, desenvolvido pelo ICMM, e já aplicado em alguns países, como Chile, Peru e Laos e que agora está sendo aplicado no Sudeste do Pará. Um pro-jeto-piloto que certamente será expandido para outras regiões do Brasil.

Brasil conhece metodologia inovadora de promoção da sustentabilidade do setor mineral

O Mining: Partnerships for Develop-ment Toolkit identifica aspectos diversos do projeto mineral e permite que as minera-doras e agentes públicos tomem medidas articuladas para minimizar impactos que possam gerar problemas, bem como, irra-

diar os efeitos positivos de outros reflexos da atividade produtiva.

“Até hoje a mineração brasileira adota metodologias diversas para tornar seus pro-jetos sustentáveis. Muitas recorrem a meto-dologias consagradas internacionalmente; outras desenvolvem iniciativas próprias. O toolkit do ICMM é inovador e uma solução viável para a mineração brasileira. Acredito que este primeiro estudo de campo desper-tará o interesse do setor em adotá-lo em larga escala. O IBRAM apoiará as minera-doras nisso”, diz Rinaldo Mancin, Diretor de Assuntos Ambientais e Presidente Inte-rino do IBRAM.

O seminário reuniu especialistas em mineração e em meio ambiente, do gover-no, da Academia e da iniciativa privada, parlamentares e imprensa especializada em mineração. Entre eles, Robert Court, Coordenador do programa Resource En-dowment Work do ICMM e Executivo Chefe Global de Assuntos Externos da mi-neradora Rio Tinto.

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Workshop realizado durante Mining: Partnerships for Development Toolkit

Mesa de abertura do lançamento do Mining: Partnerships for Development Toolkit

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Ele explicou no encontro que a meto-dologia resulta de esforços concentrados de instituições de renome internacional, como Banco Mundial, UNCTAD, Harvard, BID, entre outras. “É um fator, entre muitos, que asseguram credibilidade ao toolkit”, disse.

O toolkit leva em conta aspectos diver-sos, como redução da pobreza, desenvol-vimento regional, investimento social para mensurar os impactos dos projetos minerais.

“Com a aplicação do toolkit a socieda-de passa a ter maior percepção do papel da mineração para a localidade, para a região e para o País. Se problemas forem identificados, fica muito mais fácil encon-trar soluções viáveis para estes, de modo a preservar a atividade e suas contribuições positivas”, afirma Mancin.

Segundo Alan Roe, Consultor Associado da Oxford Policy Management, que conduz o projeto-piloto no Pará, a mineração no Brasil sofre preconceitos, até mesmo por parte de alguns especialistas em assuntos socioeconômicos, “que evitam associar a mineração como algo positivo para a vida das pessoas”. Curiosamente, disse, é um

dos setores que mais realizará investimen-tos no Brasil nos próximos anos, “especial-mente em regiões menos desenvolvidas, onde há baixa capacidade de ação do setor público e alta sensibilidade em relação às questões ambientais”.

Alan Roe até levantou a questão de que a mineração no Brasil deveria ser um tema a ser tratado por mais de um ministério, além do de Minas e Energia, uma vez que impacta fortemente a economia nacional.

O Secretário Nacional de Geologia, Mi-neração e Transformação Mineral, Cláudio Scliar, representou o Ministro de Minas e Energia no seminário e elogiou a iniciativa do encontro em evidenciar preocupação do setor com a sustentabilidade em consonân-cia com as políticas públicas.

O Deputado Federal Arnaldo Jardim (PPS/SP) foi outro a celebrar a aplicação do toolkit no Brasil. “É um claro exemplo de ati-tude responsável do setor mineral. Afinal, o desenvolvimento não pode ser construído a qualquer custo. Tem que ser de forma sus-tentável, de forma racional”.

De acordo com Pablo Fajnzylber, Co-ordenador de Operações do Banco Mun-dial no Brasil, a mineração no Brasil e em outros países da América do Sul é um se-tor fundamental, responsável pela atração

de divisas pela exportação das chamadas “commodities minerais”.

Ele criticou quem afirma que países que têm grande volume de produção e de ex-portação de commodities (sejam minérios ou não) não avançam. “A produtividade não tem crescimento menor no segmento de commodities do que no de manufaturados”, afirmou, com base em estudos do próprio Banco Mundial.

Fajnzylber disse que políticas públicas devem ser traçadas e adotadas de modo a efetivar o papel da mineração como indu-tora do desenvolvimento socioeconômico. “É preciso planejar o futuro porque um dia a commodity pode acabar. É preciso poupar nos tempos de fartura. Cidades que recebem o royalty (CFEM) têm que planejar o que fa-zer com o recurso arrecadado”, sugeriu.

Durante o seminário foram realizados workshops específicos para os participantes discutirem os primeiros resultados da apli-cação do toolkit no Pará. O próximo passo é reunir as contribuições e produzir docu-mento que será apresentado em junho, du-rante a Rio+20.

maIs Informações sobre o tooLkIt:

[email protected]

ICMM, Vale, OPM e IBRAM no lançamento do Mining: Partnerships for Development Toolkit

Presidente Interino do IBRAM, Rinaldo Mancin, elogia ferramenta que ajuda a comunicação da

atividade minerária com a sociedade

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IBRAM-CONIM participa de reunião no Japão

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A indústria mineral (mineração e transformação mineral) apresen-tou em 2011 saldo positivo de US$ 34 bilhões na balança comercial brasileira, segundo informações do Ministério de Minas e Energia (MME). No ano passado, as exportações somaram US$ 70 bilhões, valor 43% superior ao verificado em 2010. As importações foram de US$ 36 bilhões.

Segundo análise feita pela Secretaria de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do Ministério de Minas e Energia (SGM/MME), em 2011 a mineração contribuiu com 18% do total exportado pelo Brasil e a transformação mineral, com 9%. Ao todo, o País vendeu US$ 256 bilhões ao exterior.

O aumento dessas receitas provém das vendas de minério de ferro (pelotas incluídas), participando com 93% das exportações da mineração. As vendas do produto cresceram 45% (em valor) com

A 15ª Reunião do Comitê Técnico da ISO de Minério de ferro e pré-reduzidos (ISO/TC 102 – Iron ore and direct reduced iron) mobi-lizará os principais produtores e consumido-res mundiais desse minério. Entre os dias 23 e 27 de abril, representantes de países como África do Sul, Alemanha, Austrália, Brasil, Ca-nadá, China, Coréia, Holanda, Japão, Reino Unido e Suécia estarão reunidos na Cidade do Cabo, no país sul africano, com o objetivo de discutir as normas elaboradas pelo ISO/TC 102. Na mesma ocasião também se reunião seus três subcomitês: SC 1 – Sampling, SC 2 – Chemical analysis e SC 3 – Physical testing.

A coordenação da delegação brasileira, bem como dos trabalhos realizados pelo se-tor, estará sob responsabilidade do Comitê para a Normalização Internacional em Mi-neração – IBRAM-CONIM, que atua por delegação e em nome da ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas.

Organizações como Anglo Research, Arcelor Mittal Mines, Baosham, Baosteel, BHP Billiton Iron Ore, Corem, Corus, Csi-ro Minerals, Guong Dong, Jisf, JFE, Kumba Resources, Lkab, Nippon Steel, Nisshin, Rio Tinto Iron Ore, Samarco, SGA, Shan-ghai-CIQ, Sumitomo Metals, Tiajin, Thys-senkrupp Sthal e Vale estão entre as mais presentes nessas reuniões. A delegação bra-sileira, em geral composta por 12 delega-dos representando as principais empresas produtoras do País, é considerada uma das mais atuantes. O Brasil tem estado presente de forma ininterrupta desde 1982, defen-dendo e fortalecendo os interesses do setor brasileiro de minério de ferro.

De acordo com a Coordenadora do IBRAM-CONIM, Thásia de Medeiros, “o de-safio permanente do ISO/TC 102 é aprovar, por consenso entre fornecedores e consu-midores, a melhor metodologia internacio-

IBRAM-CONIM prepara delegação à 15ª Reunião

internacional de produtores e consumidores de minério de ferro

nal para amostragem, análise química, de-terminação da distribuição granulométrica, do teor de umidade e para ensaios físicos e metalúrgicos”. Estas normas fazem parte das especificações em contratos comerciais e, portanto, têm impacto direto no faturamen-to das empresas.

As reuniões do ISO/TC 102 e seus sub-comitês ocorrem de dois em dois anos, se-guindo um sistema de rodízio entre os con-tinentes. Os encontros têm caráter técnico, com um programa de trabalho contínuo, que requer discussões profundas e detalha-das a respeito dos aspectos que envolvem metodologias de amostragem e diversas análises de minérios de ferro.

Brasil apresenta saldo positivo na indústria mineralrelação a 2010, registrando 331 milhões de toneladas e US$ 42 bilhões. Estima-se que em 2011, a produção de minério de ferro tenha alcançado 400 milhões de toneladas.

As importações de bens minerais totalizaram US$ 11,2 bilhões. O aumento de 45% em relação ao ano anterior foi devido, princi-palmente, ao crescimento das compras de carvão metalúrgico (de US$ 3,6 bilhões, em 2010, para US$ 5,2 bilhões) e de potássio (de US$ 2,2 bilhões, em 2010, para US$ 3,5 bilhões).

Em 2011, a arrecadação da CFEM - os royalties da mineração - alcançou R$ 1,5 bilhão, aumento de 43% em relação ao ano anterior. Do total arrecado, a maior parte foi com o minério de ferro, que teve sua participação na CFEM aumentada de 65%, em 2010, para 72%, no ano passado.

Fonte: MME

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A Unidade de Negócio Minério de Fer-ro Brasil da Anglo American possui 36% de trabalhadoras, superando a meta mundial de empregabilidade de mão de obra femi-nina da empresa para 2012, que é de 25%. Atualmente, 14% da folha de empregados da Anglo American no mundo – composta por aproximadamente 107 mil – é com-posta por mulheres.

Apenas para a fase de operação do Pro-jeto Minas-Rio, o empreendimento global mais importante da Anglo American e que atualmente encontra-se em fase de obras em Minas Gerais e no Rio de Janeiro, a Unidade de Negócio Minério de Ferro Brasil contratará aproximadamente trezen-tas profissionais até o final de 2013. “Um dos nossos principais objetivos para 2012, e maiores desafios, é mapear, atrair e man-ter essa mão de obra feminina. Para todas as vagas, independentemente da área, te-mos como política a seleção de currículos de mulheres. Nós, inclusive, preferimos a mão de obra feminina para cargos como o de operador de usina de beneficiamento e soldador de instalações industriais. Elas têm mais habilidades manuais e uma aten-ção mais concentrada do que a dos ho-mens”, ressalta a Gerente de Recursos Hu-manos e Administrativo da Pré-Operação do Projeto Minas-Rio, Claudiana Silva.

Para a fase operacional do Minas-Rio, as mulheres terão a chance de se candi-datar a vagas para técnicos, operadores, engenheiros e geólogos assim como para as áreas de planejamento, manutenção de mina e usina, gestão ambiental, gestão de processos, gestão de projetos, infraestru-tura, segurança empresarial, saúde ocu-pacional e meio ambiente. As interessadas devem se cadastrar pelo site da empresa, www.angloamerican.com.br, por meio do link Carreiras.

Mulheres ganham espaço nas minas da Anglo American

Uma das três unidades de negócio da empresa no Brasil já possui 36% de trabalhadoras e contratará mais 300 até o final de 2013

Contratada há quatro anos para traba-lhar no empreendimento, a hidrogeóloga Ana Katiuscia Souza, 36, que coordena uma equipe de sete homens e já esteve em minas de fostato, cálcio e ouro. Ela de-fende a presença feminina na mineração e afirma que nunca sofreu preconceito por estar em um ambiente predominan-temente masculino. “Sou apaixonada pela minha profissão e não vejo diferença en-tre homens e mulheres no que concerne à competência nesse ramo. Além disso, também acho que a vocação é essencial e tudo depende da sua postura no ambiente de trabalho. Os homens da minha equipe não reclamam”, diz.

Ana Katiuscia conta que não perdeu a feminilidade por trabalhar no setor, mas que é impossível não perder um pouco da vaidade dada a natureza do trabalho. “O maior desafio, na verdade, é a exposição às intempéries do campo, mas você aca-ba se acostumando e é uma parte também

muito interessante e presente na minha profissão”, ressalta.

A técnica em mineração Verlaine San-tos, 25, que coordena uma equipe for-mada por quatro homens e trabalha na planta-piloto do Projeto Minas-Rio, no município mineiro de Conceição do Mato Dentro, diz que não sofre nenhum tipo de rejeição ou preconceito por trabalhar no setor, ser mulher e jovem. “Sou respon-sável pela análise dos dados da sonda-gem do minério de ferro feita em campo e trabalho como técnica há quatro anos. O que vejo é que atualmente existe uma grande aceitação da sociedade em relação à presença feminina na mineração. O que às vezes ainda acontece é que algumas pessoas acham que somos mais frágeis, ou que não daremos conta do trabalho por sermos mulheres, mas são poucos. No en-tanto, não me importo com isso. Pretendo continuar com meus estudos e me tornar uma engenheira de minas“, explica.

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Mulheres no comando

O Dia Internacional da Mulher, celebra-do em 8 de março, tem como origem as manifestações das mulheres russas por me-lhores condições de vida e trabalho e contra a entrada do seu país na Primeira Guerra Mundial. Mas a data só foi oficializada em 1975, pela ONU.

No Brasil, as mulheres, dia após dia, de-monstram sua força e lutam pela sua igual-dade. Atualmente, elas conquistaram espa-ços e passaram a ocupar postos de trabalho tidos anteriormente como masculinos. Pela primeira vez no Brasil, o cargo de presidente da república, a maior posição administrativa do país, é ocupado por uma mulher.

No mundo corporativo, o poder femini-no também conseguiu moldar a realidade e quebrar antigos tabus. A Anglo American é a única dentre as grandes empresas de mi-neração que possui na liderança uma presi-

dente mulher, Cynthia Carroll. A CEO afirma que a presença feminina pode trazer benefí-cios para a linha de produção: “Precisamos de mais mulheres engenheiras, geólogas, es-pecialistas em metalurgia, e também que te-nham a habilidade para dirigir caminhões e operar maquinários”, afirma. No Brasil, Cris-tina Isola, Gerente de Recursos Humanos da Unidade de Negócio Níquel da companhia, reconhece as vantagens da força de trabalho feminina. “As mulheres são mais calmas e concentradas no momento de dirigir maqui-nários pesados”, afirma Cristina.

Maria Francisca de Santana está na Anglo American há quase dois anos e trabalha como auxiliar de produção na área de Expedição em Niquelândia. Ela ajuda no enchimento de bags (sacas que armazenam o minério final) e controla o peso do carregamento de carretas. Anteriormente, Maria Francisca compunha a equipe de serviços gerais do Horto Aranha, campo de reflorestamento de eucaliptos da empresa. Agora, sente-se ainda mais realizada

por trabalhar na planta industrial: “Eu sempre tive o sonho de ir para a usina. Por isso, come-cei a fazer um curso técnico de metalurgia, e assim surgiu a chance. É muito bom trabalhar nessa área. Temos sempre a oportunidade de expandir nosso conhecimento”.

Outro destaque é Keila Aparecida dos San-tos. Ela iniciou sua atuação na empresa como mensageira na unidade de Niquelândia e foi promovida à auxiliar administrativo do depar-tamento de Segurança, em uma área majo-ritariamente ocupada por homens. Há dois anos trabalhando na Anglo American, ela afir-ma que o trabalho é extremamente satisfató-rio. “As mulheres ganharam um espaço muito além do que imaginavam, e isso faz com que estejamos mais realizadas profissionalmente. Todos aqui se respeitam, e trabalhamos em equipe pelo sucesso de uma só Anglo Ameri-can. Sou suspeita para falar, porque meu so-nho sempre foi trabalhar aqui”.

Fonte: Anglo American

Indústria da Mineração Ano VII – nº 53, março de 2012 9

Da esquerda para direita: Paulo Santana, Ouvidor do DNPM, Fernando Coura, Presidente do SINDIEXTRA, Marcelo Ribeiro Tunes, Diretor de Assuntos Minerários do IBRAM, Sérgio Dâmaso, Diretor Geral do DNPM, Rinaldo Mancin, Presidente Interino do IBRAM, Willer Pos, Consultor.

Presidente Interino do IBRAM e Diretor de Assuntos Ambientais, Rinaldo Mancin, no café da

manhã da delegação brasileira no PDAC 2012

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A mineração brasileira se fez presente no Internacional Covention Trade Show & Investors Exchange – PDAC 2012, realizado nos dias 4 a 7 de março. Nesta edição, o mais importante evento da mineração mun-dial contou com a presença de expositores de 120 países e mais de 30 mil visitantes, ultrapassando o recorde registrado no ano passado de 27 mil pessoas.

Trata-se de uma grande vitrine, tanto para as empresas já consolidadas, como para aquelas que buscam referências, inves-timentos ou parcerias, com destaque para empresas juniores. É também uma oportuni-dade ímpar para se conhecer tendências de investimentos em pesquisa e em produção mineral em todo o mundo.

Brasil participa do maior

evento mundial de exploração

mineralPavilhão Brasil no PDAC

2011 divulga o potencial e as oportunidades que o setor

mineral brasileiro ofereceA participação brasileira no PDAC 2012

teve como objetivos promover o setor mi-neral do País, divulgar o potencial e oportu-nidades de exploração mineral e apresentar a legislação e as ações de fomento do Go-verno à atividade.

Além da delegação, o País participou do evento com o Brasil Pavilion, organizado pela ADIMB e IBRAM, com apoio do go-verno brasileiro(por meio do Departameto Nacional de Produção Mineral – DNPM) e de empresas privadas que atuam no País.

O Pavilhão forneceu uma infraestrutu-ra capaz de possibilitar contatos e reuniões das empresas patrocinadoras com as insti-tuições estrangeiras da mineração mundial, proporcionando, assim, excelentes oportu-nidades de negócios.

O IBRAM aproveitou sua presença no PDAC 2011 para divulgar os eventos mais importantes do setor da mineração na América Latina, promovidos pelo Instituto: o 2º Congresso Internacional de Direito Mi-nerário, o 7º Congresso Brasileiro de Mina a Céu Aberto, 7º Congresso Brasileiro de Mina Subterrânea, o 2º Seminário Interna-cional de Gestão da Energia na Indústria da Mineração, Exposição Internacional de Mi-neração da Amazônia (EXPOSIBRAM Ama-zônia 2012) e o 3º Congresso Brasileiro de Mineração da Amazônia.

“O Brasil continua sendo atrativo para os investidores, com boas oportunidades para a mineração”, afirma o Presidente In-terino do Instituto, Rinaldo Mancin.

Brasil Pavilion

Durante a convenção, a Câmara de Co-mércio Brasil-Canadá, BCCC, fez uma visita especial às empresas mineradoras brasilei-ras. Neste encontro, representantes do go-verno federal e da iniciativa privada expuse-ram casos de sucesso.

O Brasil Pavilion ofereceu aos visitantes os prospectos com potencialidade para desco-berta de novas jazidas ou abertura de novas minas, despertando a atenção de investido-res, abrindo oportunidades para formação de joint-ventures ou divulgando as condições fa-voráveis à realização de novos negócios.

Brazilian Mining Day

Além de ser um dos pavilhões mais visi-tados no PDAC, o Brasil contou com o Bra-zilian Mining Day, uma série de seminários voltados para apresentar as oportunidades de investimentos no setor mineral do País.

O secretário de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do Ministério de Mi-nas e Energia (MME), Claudio Scliar, falou sobre a situação atual e as perspectivas para o setor mineral. Scliar frisou a importância da atualização da legislação brasileira para o setor. “Fizemos estudos da legislação de vários países para aperfeiçoarmos a nossa. Queremos é um melhor aproveitamento do bem mineral do nosso País.”, disse, se refe-rindo a mudanças que ocorrerão no código de mineração, caso sejam aprovadas. “Nos-sa intenção é atrair investimentos para o Bra-sil”, afirmou o Secretário.

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EXPOSIBRAM Amazônia 2012: garanta

sua participação!

A EXPOSIBRAM Amazônia 2012 (Expo-sição Internacional de Mineração da Ama-zônia) e o 3º Congresso Brasileiro de Mi-neração da Amazônia serão realizados de 5 a 8 de novembro, no Hangar Centro de Convenções da Amazônia, em Belém, Pará.

Visando a aproximação e o diálogo com os mais diversos atores que compõem a extensa cadeia produtiva do setor de mi-neração, os eventos serão mais uma vez palco privilegiado para difundir o conhe-cimento, discutir os rumos e realizar análi-ses em profundidade sobre o quadro atual desta indústria.

Neste ano, assim como nas duas edi-ções anteriores, tanto a Exposição quanto o Congresso reunirão especialistas de vários países para debaterem e traçarem os rumos da mineração na Região Norte do Brasil nas próximas décadas.

Para se ter uma ideia, o setor mineral anuncia grandes aportes financeiros no Bra-sil ao longo do período 2011-2015. Serão US$ 68,5 bilhões, dos quais 35% destina-dos ao Estado do Pará.

Cabe destacar que essas inversões tam-bém representam uma nova era de com-promisso com a sustentabilidade, um dos grandes desafios do setor mineral. A ativi-dade vem intensificando suas ações neste campo a fim de promover o desenvolvi-mento sustentável, incorporando cada vez mais esse conceito em suas estruturas de governança e de operações.

Para o Diretor de Assuntos Ambientais e Presidente Interino do Instituto, Rinal-do Mancin, a importância socioeconômi-ca conquistada pela atividade mineral na Amazônia é prova de que o setor se vale

de avançadas tecnologias e técnicas de gestão que permitem desenvolver a ativi-dade com os menores impactos possíveis, lembrando que estes são sempre localiza-dos, administráveis e, principalmente, mi-tigáveis, até por força da moderna legisla-ção ambiental brasileira.

“Este moderno perfil industrial deixa claro à sociedade que a mineração pode desempenhar um papel estratégico na matriz de desenvolvimento sustentável da Amazônia projetada para as próximas dé-cadas”, aponta.

Possibilidade de novos negócios

A indústria mineral planeja seus negó-cios com anos de antecedência e o elevado interesse de empresários em sondar negó-cios no Brasil é uma significativa sinalização para as próximas décadas. Além disso, o Instituto faz o acompanhamento periódico dos projetos de mineração em planejamen-to e em execução.

A partir deste cenário, a EXPOSIBRAM Amazônia se coloca como um bom mo-mento para aproximar as companhias nacionais e internacionais de mineração dos fornecedores regionais, equipamen-tos e serviços da Amazônia, com objetivo de fomentar negócios a curto, médio e longo prazos.

Quem quer garantir sua presença na Ex-posição Internacional precisa estar atento aos prazos. Os estandes já estão à venda para patrocinadores e associados. Os ex-positores participantes da EXPOSIBRAM 2011 (Belo Horizonte) e da última edição do evento no estado paraense em 2010, também, já podem adquirir seus espaços. A partir de 01 de junho as vendas estarão abertas para os demais interessados.Estandes da EXPOSIBRAM Amazônia 2010

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Ano VII – nº 53, março de 2012Indústria da Mineração 12

PATROCINADORES

Diamante R$ 120.000,00 cada

Ouro R$ 80.000,00 cada

Prata R$ 60.000,00 cada

Bronze R$ 30.000,00 cada

Cordão crachá 1 cota de R$ 20.000,00

Totem p/ dispenser com Álcool Gel 1 cota de R$ 10.000,00

Os patrocínios poderão ser pagos em até 03 vezes através de boleto, sendo o último vencimento em 01 de Novembro de 2012.

maIs Informações

Telefones: (91) 3229.6468 / 3269.5503 • siTe oficial eXPosiBRaM: www.eXPosiBRaM.oRg.BR

PREÇOS DE ESTANDES

Categoria Início Término

Somente Área

Montagem Básica

“Chave na mão”

Área Externa Descoberta

(mínimo de 16 m²)

(obrigatório até 15 m²)

(opcional de até 16 m²)

(mínimo de 100 m²)

Patrocinadores /Associados IBRAM

01/03/12 26/10/12 460,00 625,00 780,00 240,00

Expositor 2010 / 2011

01/03/12 26/10/12 460,00 625,00 780,00 240,00

Demais 01/06/12 26/10/12 460,00 625,00 780,00 240,00

Data encerramento das vendas e prazo final de pagamento: 1º de novembro de 2012.

DESCRIÇÃO DOS TIPOS DE ÁREAS

Somente área•Disponível para estandes acima de 16m2.Área demarcada no piso do pavilhão, semqualquerelementodemontagem.

•Ainfraestruturadeenergiaelétrica,hidráu-licaearcomprimidoserãocobradossepara-damenteedeverásersolicitadaatravésdeformulárioexistentenoManualdoExpositor.

Área com montagem básica•Obrigatóriaparaestandesdeaté15m2.Seráfornecido com carpete, divisórias brancasem sistema modular de alumínio, ilumina-çãocom01spot lightacada3m2deáreamontada,01tomadade500wporestandeenomedaempresaexpositoraemplacapa-dronizadanatesteira.

Área com “chave na mão”•Opcionalparaestandesdeaté16m2.Seráfornecido com carpete, divisórias brancasemsistemamodulardealumínio, ilumina-çãocom01spotlightacada3m2deáreamontada,01tomadade500wporestande,logomarca da empresa expositora emplaca padronizada na testeira emobiliáriodeacordocomadimensãodoestande.

Área externa descoberta•Disponívelparaaquisiçãoacimade100m2.Serádemarcadanopiso, semqualquerel-ementodemontagem.

AUDITÓRIO EXPOSITOR•Opcionalparaexpositores.Comcapacidadepara50pessoas, inclusoProjetor,Tela,So-norizaçãoe50cadeiras,comusodeduraçãomáximade1h20mporlocação.

Grade de horários: •15h00–16h20//16h30–17h50 18h00–19h20//19h30–20h50

•Empresaexpositorasócia: R$ 2.000,00

•Empresaexpositoranão-sócia: R$ 3.300,00

•Empresanãoexpositorasócia: R$ 2.700,00

•Empresanãoexpositoranão-sócia: R$ 4.000,00

Público prestigia EXPOSIBRAM Amazônia 2010

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Indústria da Mineração Ano VII – nº 53, março de 2012 13

O IBRAM registra participação ativa nos trabalhos de elaboração e aperfeiçoa-mento da regulamentação dos artigos 7º e 20º da Lei nº 12.334, que estabelece a Po-lítica Nacional de Segurança de Barragens. O Instituto representa o setor produtivo minerário e o Grupo de Trabalho criado no âmbito do Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH), que é coordenado por representante do Ministério de Minas e Energia (MME).

O GT, composto por profissionais re-lacionados ao tema de segurança de bar-ragens, tem como função definir critérios gerais de classificação das barragens de acumulação de água e de resíduos e rejei-tos quanto à categoria de risco, dano po-tencial associado e volume. Cabe ressaltar que geotécnicos e trabalhadores correlatos das empresas de mineração, profissionais dos órgãos ambientais e agentes do gover-no afetos ao setor trabalham em conjunto para estruturar uma matriz concisa e de

IBRAM contribui para a regulamentação de

segurança de barragensreal aplicabilidade, promovendo a segu-rança das barragens do setor, no entendi-mento que a ação preventiva é a melhor maneira de se preservar a segurança de uma barragem.

Nesse contexto, o GT elaborou uma ma-triz de classificação para barragens de acu-mulação de água e de resíduos e rejeitos, que se encontra, no momento, em consul-ta pública no site da Agência Nacional de Águas (ANA). A ideia é que o produto esta-belecido pelo GT seja apresentado na reu-nião ordinária do CNRH, marcada para o segundo semestre de 2012.

Política Nacional de Segurança de Barragens

A Lei nº 12.334, sancionada em 2010, es-tabelece a Política Nacional de Segurança de Barragens (PNSB) destinadas à acumulação de água para quaisquer usos, disposição de rejeitos e acumulação de resíduos industriais.

O objetivo desta Lei é garantir a obser-vância de padrões de segurança de barra-gens, de maneira a reduzir a possibilidade de acidentes e suas consequências, além de regulamentar as ações e padrões de segu-rança. O empreendedor será o responsável legal pela segurança da barragem, caben-do-lhe o desenvolvimento de ações para garantir a segurança.

Programa Especial de Segurança de Barragens e Rejeitos

Pioneiro à Lei, o IBRAM criou, em 2009, o Programa Especial de Segurança em Barragens de Rejeitos. Consciente da responsabilidade da indústria da mineração quanto à conservação ambiental, o Instituto busca auxilia a redução dos riscos socioam-bientais e econômicos decorrentes de aci-dentes nas barragens.

O Programa objetiva capacitar profissio-nais dos setores de mineração, governos e sociedade civil quanto às melhores práticas para a gestão de segurança em barragens de rejeitos, disponibilizando modernas fer-ramentas e estratégias de gestão. Assim, pretende contribuir decisivamente para minimizar a ocorrência de acidentes e inci-dentes nessas barragens. Para aqueles que não podem frequentar o curso, o treina-mento utiliza a plataforma do e-leanirng de educação à distância.

Barragem Itabiruçu

Vale

Indústria da Mineração Ano VII – nº 53, março de 2012 15

SEGURANÇA E SAÚDE

Em todo o mundo, são registrados anual-mente cerca de três milhões de acidentes percutâneos com agulhas contaminadas por material biológico. Entre os tipos mais fre-quentes de infecção, estão a contaminação pelo vírus HIV, Hepatite B e Hepatite C. Os dados são da Organização Mundial de Saú-de (OMS) e foram apresentados pela Médica Cristiane Rapparini durante curso promovi-do pelo Programa MINERAÇÃO, na sede do IBRAM-MG, no dia 29 de fevereiro.

Com o tema Plano de Prevenção de Riscos de Acidentes com Materiais Perfurocortan-tes – NR 32, o evento teve como objetivo chamar a atenção dos profissionais para a legislação já vigente no País e reuniu re-presentantes de mineradoras de vários estados. De acordo com a Portaria 1.748 do Ministério do Trabalho, que aprovou o Anexo III da NR 32 (Plano de Preven-ção de Riscos de Acidentes com Materiais Perfurocortantes), é de obrigação das em-presas criar e implementar um plano de prevenção de riscos de acidentes com ma-teriais perfurocortantes para proteger os

CURSO ALERTA SOBRE OBRIGATORIEDADE DE PROTEGER PROFISSIONAIS DA SAúDE

profissionais da Saúde. O não atendimen-to à norma sujeita a empresa à autuação.

“É de extrema importância criar dispositivos de segurança que protejam tanto o paciente quanto o trabalhador desta área”, afirmou Cristiana, que possui também o título de Doutora em Infectologia, é autora do manu-al de implementação Programa de Preven-ção de Acidentes com Materiais Perfurocor-tantes em Serviços de Saúde, publicado pela Fundacentro, e criadora do site Risco Bio-lógico (www.riscobiologico.org). Para ela, o cenário de acidentalidades no Brasil aponta números ainda muito preocupantes.

O curso contou com carga horária de oito horas e propôs a análise de acidentes de tra-balho ocorridos e das situações de risco com materiais perfurocortantes. O conteúdo pro-gramático abrangeu também as diretrizes do Ministério da Saúde e do Ministério do Tra-balho e Emprego e medidas de prevenção, como comitês para prevenir acidentes com materiais perfurocortantes, análise de tarefas e procedimentos para escolha de produtos e

priorização de critérios existentes para avalia-ção e seleção de dispositivos de segurança.

A segunda metade do curso foi destinada às atividades práticas. Os participantes tiveram a oportunidade de fazer a análise de dispo-sitivos de segurança, de discutir critérios e prioridades de acordo com as necessidades locais, de enfrentar situações simuladas, além de uma avaliação a partir da observa-ção das situações colocadas.

O curso Plano de Prevenção de Riscos de Aci-dentes com Materiais Perfurocortantes – NR 32 integra a agenda de cursos promovidos pelo Programa MINERAÇÃO com o objetivo de estimular ações seguras nas mineradoras de todo o país. Para saber mais sobre a inicia-tiva e o que fazer para se tornar um associa-do, acesso o site do Programa MINERAÇÃO.

Curso Plano de Prevenção de Riscos de Acidentes com Materiais Perfurocortantes – NR 32

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boAS pRáticAS AtUAliDADES

SAMA ADERE AO PACTO GLOBAL DA ONU

A SAMA S.A. – Minerações Associadas (as-sociada ao IBRAM) tornou-se uma das 165 signatárias do Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU) no Brasil. A ini-ciativa mundial tem como objetivo avançar a prática da responsabilidade social corpora-tiva, na busca de uma economia global mais sustentável e inclusiva.

Em todo o mundo, são mais de três mil empresas signatárias. Para Rubens Rela Fi-lho, Diretor Geral da SAMA, a adesão ao Pacto Global é sinal de que a empresa e cada um de seus colaboradores apoiam os dez princípios defendidos pela ONU e se comprometem a divulgá-los. “Aderimos ao Pacto Global relatando nossa experiência e modelo empresarial e, acima de tudo, nos comprometendo a compartilhar e divulgar nossas ações como forma de contribuição na construção de uma sociedade mais justa e sustentável”, afirma Rela Filho.

CONGRESSO ACEITARÁ RESUMOS

EM INGLêS E ESPANHOL

A Health and Safety Conference, promovi-da pelo ICMM – Internacional Council on Mining & Metals, acaba de anunciar que serão aceitos resumos em inglês e espanhol para os workshops e sessões técnicas do evento. O encontro acontecerá em Santia-go do Chile, entre os dias 13 e 16 de no-vembro de 2012, com o tema “Sharing suc-cesses and challenges – learning from each other” (Partilhando sucessos e desafios – aprendendo com os outros, em tradução li-vre). O objetivo é reforçar a importância do investimento em ações de Saúde e Segu-rança Ocupacional por parte das empresas.

Para participar, é preciso ser membro ICMM, incluindo CEOs, supervisores, gerentes e demais responsáveis pelas áreas de Saúde e Segurança e Operações. Interessados devem enviar resumos de no máximo 300 palavras até o dia 25 de maio, para o email [email protected].

maIs Informações, acesse www.Icmm.com.

A Unidade Poços de Caldas da Votorantim Metais (associado ao IBRAM) acaba de superar o recorde de mais de 1.500 dias sem acidentes de trabalho com afastamento de funcionários próprios e terceirizados - marca que corres-ponde a mais de quatro anos de operações. Para isso, além de trabalhar em conformidade com as legislações nacionais de segurança e trabalho, a empresa desenvolve uma série de mobilizações e programas internos, além de investimentos em prevenção a acidentes.

O Comportamento Seguro, o Pacto de Segu-rança e os equipamentos de monitoramento instalados nos caminhões terceirizados são exemplos de iniciativas implementadas pela empresa que visam sensibilizar seus cola-boradores e prestadores de serviços para a adoção contínua de práticas seguras duran-te o exercício de suas funções, bem como estabelecer padrões que contribuam para a formação de um ambiente de trabalho mais seguro e saudável. “O alcance de uma meta como esta é resultado do comprometimen-to de todos os envolvidos em nossas ativi-

IMERyS ESTIMULA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL

E ATIVIDADE FíSICA

A qualidade de vida do colaborador é uma preocupação constante do setor de Medicina do Trabalho da Imerys (associada ao IBRAM). A bola da vez é uma campanha para incen-tivar os funcionários a praticarem exercício físico e comerem corretamente. “Temos um número significativo de colaboradores acima do peso ideal. Na verdade, de acordo com nosso último levantamento, são 123. Quere-mos mostrar que com hábitos simples é pos-sível ter uma vida mais saudável e espantar o fantasma da obesidade”, explica o Técnico de Enfermagem da empresa, Ronaldo Vale.

Segundo Francisco Filho, Médico do Traba-lho da mineradora, a má alimentação, em conjunto com o sedentarismo, pode gerar

riscos para a saúde. “As pessoas comem mal e se movimentam cada vez menos. Hoje existe controle remoto para tudo e até à pa-daria muitos costumam ir de carro”, explica.

Ainda segundo o Médico, a obesidade pode causar diabetes, problemas cardiovascula-res, hipertensão, entre outras doenças. “Para saber se o seu IMC (Índice de Massa Corpó-rea) está cima do normal, a fórmula é sim-ples, calcule o peso, divido por sua altura ao quadrado. Se o resultado for acima de 30, é bom procurar um especialista”, conta.

Já para quem buscar a qualidade de vida, a receita é muito simples. “Comer mais vege-tais, frutas, peixes e aves. Evitar o excesso de sal e açúcar. E claro, praticar atividades físi-cas por pelo menos três vezes por semana, durante uns 15 a 40 minutos vai gerar uma grande diferença,” finaliza o Médico.

Fonte: Site Imerys

VOTORANTIM METAIS COMPLETA MAIS DE qUATRO ANOS SEM ACIDENTES DE TRABALHO COM AFASTAMENTOS EM POÇOS DE CALDAS

dades, incluindo colaboradores e terceiros, além das iniciativas da empresa em buscar soluções inovadoras para os seus processos, mantendo-os sob controle quanto às ques-tões de segurança”, explica o Gerente de Mineração da Unidade Poços de Caldas da Votorantim Metais Hamilton Wuo.

Sobre a Votorantim Metais

A Votorantim Metais é uma Empresa do Grupo Votorantim, um dos maiores conglo-merados empresarias da América Latina. A Companhia possui dezessete (17) unidades: onze (11) no Brasil, quatro (4) nos Estados Unidos, uma (1) na China e uma (1) no Peru. A Empresa é a maior fabricante de níquel eletrolítico da América Latina, e líder no mercado brasileiro de alumínio e uma das cinco maiores produtoras de zinco do mun-do. Esta sinergia reforça a posição da Com-panhia como segunda maior empresa brasi-leira de metais básicos, com faturamento de R$ 7,9 bilhões em 2010 e aproximadamente 10 mil funcionários.

Representantes do Instituto Embu de Sus-tentabilidade, juntamente com o governador de São Paulo Geraldo Alckmin e os secretários do Estado de Meio Ambiente, Bruno Covas, e de Habitação, Silvio Torres, participaram no dia 24 de fevereiro da cerimônia de implan-tação do Parque Tizo (Terras Institucionais da Zona Oeste). Com uma área total de 1,3 mi-lhão de m² e localizado na Zona Oeste da Região Metropolitana de São Paulo, abrange áreas dos municípios de São Paulo, Cotia, Ta-boão da Serra, Embu das Artes e Osasco.

Durante o evento, o Diretor de Relações Institucionais do Instituto Embu, Fábio Bar-ros, fez a entrega da nova edição do Plano Diretor do Parque ao Governador de São Paulo. O Deputado Gilmaci Santos falou a respeito da forma de administrar do gover-no, que segundo ele, tem se preocupado com a causa ambiental, e ressaltou os be-nefícios que o Parque levará à região. Já o Secretário de Desenvolvimento Metropolita-no, Edson Aparecido, lembrou do Decreto Estadual de 2006, que criou o Parque Tizo voltado à preservação da floresta, pesqui-sa, sustentabilidade e educação ambiental, frisando a parceria das Secretarias do Meio Ambiente e Habitação.

Os investimentos para a obra do Parque serão de aproximadamente R$ 34 milhões e segundo o Governador já foram investi-dos R$ 6,1 milhões, com parcerias entre a SMA e a Secretaria de Habitação. Estes re-cursos possibilitarão a preservação da área, construção de grades e muros para o cer-camento, a contratação de levantamentos topográficos e de projetos executivos, a re-alização de trabalho social, a aquisição de equipamentos e a capacitação de vigilantes pela Polícia Ambiental. Serão investidos, também, R$ 28 milhões em terraplenagem, implantação de redes internas de água e de energia, tratamento local de esgoto, cami-nhos de piso intertravado, cerca de 3 mil m² de passarelas suspensas em madeira de reflorestamento, mirante, três portarias, centro de educação ambiental, parque in-fantil, administração e estacionamento.

Instituto Embu participa da implantação do Parque Tizo

Segundo o Ambientalista e Presidente do Conselho Gestor do Parque, Paulo Nogueira Neto, considerado o “pai” do ambientalis-mo brasileiro, a criação do Parque Tizo será uma importante oportunidade para crianças e jovens ficarem mais próximos das questões relacionadas ao meio ambiente. “Precisamos fazer com que a nova geração conheça a na-tureza e que os parques se multipliquem.”

Parque Tizo

O Parque Tizo, criado pelo Decreto Esta-dual nº 50.597 de 27 de março de 2006, é um projeto da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, que tem como ob-jetivo a implantação e administração de um parque urbano de conservação ambiental e lazer. A criação do Parque Tizo provocou, à época, um amplo processo de mobilização pela proteção da área que envolveu socie-dades de amigos de bairro, comunidade escolar, lideranças e cidadãos em um exem-plar exercício de cidadania.

No Parque Tizo, uma das importantes alternativas e estratégias que deram certo foram os estabelecimentos de parcerias com a iniciativa privada, dentre elas as formaliza-das com o IES – Instituto Embu de Susten-tabilidade, IBRAM, ANEPAC – Associação Nacional das Entidades de Produtores de Agregados para Construção Civil, MGA – Mineração e Geologia Aplicada e a Bureau de Projetos e Consultoria para a implanta-ção de projetos sócio-ambientais. As par-cerias proporcionam recursos técnicos e a formação de um ambiente de colaboração e complementação que favoreceu o desenvol-vimento do projeto.

O Geólogo e Diretor Técnico da MGA, Hércio Akimoto, um dos técnicos partici-pantes do Plano Diretor do Tizo, ressalta que importantes parques existentes na Região Metropolitana de São Paulo foram antigas cavas de mineração e que esta área não é di-ferente: “o Parque Tizo tem uma parte que foi outrora utilizada como caixa de emprés-timo e aproveitamos nossos conhecimentos

para ajudar no plano de recuperação da área degradada, incorporando a mesma ao projeto e preservando os locais que ainda têm cobertura vegetal ”.

O Plano Diretor e as Diretrizes de Proje-to para o Parque Tizo foram elaborados por uma equipe multidisciplinar composta por arquitetos, geógrafos, agrônomos, biólogos, geólogos e engenheiros que atuaram de for-ma voluntária, além de técnicos e pesquisa-dores de diferentes unidades da Secretaria do Meio Ambiente. A MGA e o IES partici-param ativamente da elaboração do Plano Diretor e Diretrizes do projeto desde a assi-natura do Decreto Estadual, com a doação de horas técnicas, por meio da assinatura junto à SMA de um Termo de Doação.

A previsão de entrega do Parque é julho de 2013 e contará com anfiteatro ao ar livre, lanchonetes, viveiro de mudas (com aproxi-madamente 12.000 mudas nativas), centro de educação ambiental, biblioteca, videote-ca, praça de encontros, passarela suspensa para não prejudicar o meio ambiente e uma grande área de mata atlântica e preservação da natureza. O parque funcionará como uma imensa sala de aula integrada ao seu entorno, de maneira a oferecer condições para estabelecimento de programas que unam as dimensões do desenvolvimento de crianças e jovens: educação, saúde, traba-lho, lazer e cultura.

Fonte: EMBU (por Luana Lopes - MGA)

Geraldo Alckmin planta muda no Parque Tizo

EMBU

Indústria da Mineração Ano VII – nº 53, março de 2012 19

ARTIgO

A Indústria Mineral tem elevada partici-pação na economia paraense e faz do Pará um grande Estado minerador. É líder em produção, exportação, investimentos, e a maior referência em sustentabilidade. En-quanto forte indutora de crescimento eco-nômico, tem papel fundamental na constru-ção de um novo ciclo de desenvolvimento. Seja pela contribuição direta, ou indireta, ao PIB por meio dos efeitos multiplicadores de seus investimentos, a Indústria de Mine-ração abre uma gigantesca janela de opor-tunidade ao crescimento dos municípios.

Crescimento e desenvolvimento, con-tudo, são conceitos diferentes, cuja rela-

ANDRÉ REiS

Coordenador do Instituto Brasileiro de Mineração da Amazônia e do Sindicato das Indústrias Minerais do Estado do Pará

É preciso aumentar a capacidade en-dógena de inovação, empreendedoris-mo e organização social, de tal sorte que os municípios possam reter e reinvestir os excedentes econômicos alavancados pela força motriz da mineração. Cabe combinar a força do mineral-negócio com uma polí-tica pública de inovação que proporcione uma nova trajetória de desenvolvimento. O Pará necessita de plataformas produti-vas inovadoras que podem ser criadas em regiões mineradoras a partir da capacida-de endógena de crescimento ativada pela indústria mineral. Para isso, entretanto, é necessário associar a onda de crescimento ao uso sustentável de royalties e compensa-ções ambientais. Em um novo paradigma, a inovação deve substituir a dependência, o planejamento deve preceder à criação de taxas e os marcos regulatórios devem apri-morar a ambiência de investimentos.

A pobreza e a desigualdade na Amazô-nia não serão vencidas com políticas que intensifiquem o isolamento produtivo e a dependência. É preciso fortalecer as ins-tituições e ativar a capacidade de organi-zação da sociedade. Novas alianças são necessárias e o papel das entidades gover-namentais, das Instituições de Pesquisa, do terceiro setor, ao lado do setor mineral, é fundamental na construção de um novo pa-radigma que comprove que a passagem da mineração pela Amazônia pode alavancar e impulsionar o desenvolvimento.

Mineração e inovação na base de um novo paradigma

de desenvolvimento

"É PrECISo AuMEntAr A

CAPACIdAdE EndógEnA dE

InovAção, EMPrEEndEdorISMo

E orgAnIzAção SoCIAl, dE

tAl SortE quE oS MunICíPIoS

PoSSAM rEtEr E rEInvEStIr

oS ExCEdEntES EConôMICoS

AlAvAnCAdoS PElA forçA

MotrIz dA MInErAção."

ção entre causa e efeito não é absoluta. O desenvolvimento pressupõe o fortale-cimento das instituições e o atendimento das aspirações de bem-estar da sociedade. Neste sentido, é preciso ir além dos inves-timentos empresariais. A colaboração das empresas, embora seja fundamental, não necessariamente conectará o crescimento ao desenvolvimento dos municípios, ou transformará riqueza em bem-estar.

A falta de políticas que permitam apri-morar a gestão da renda mineral tem leva-do muitos municípios a uma situação de elevada dependência econômica frente à mineração. Com raras exceções, criam-se verdadeiros “polos de dependência” que terminam por inibir o desenvolvimento de outras atividades, passando-se a adotar a mi-neração como sua principal matriz geradora de renda e empregos. Em que pese todas as ações determinadas pelas condicionantes do licenciamento ambiental, as empresas, iso-ladamente, sem uma eficiente participação paralela do Poder Público, não reverterão a dependência e não impedirão o previsível colapso econômico de muitos municípios após o encerramento das minas.

Capa do Anuário Mineral do Pará

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Ano VII – nº 53, março de 2012Indústria da Mineração 20

Com investimentos de US$ 1,36 bilhão, a Vale inaugura um centro de distribuição e planta de pelotização no Complexo Industrial do Porto de Sohar, no Sultanato de Omã. A planta está pronta para operar com capaci-dade máxima de produção, de 9 milhões de toneladas métricas anuais de pelotas de re-dução direta. A pelotizadora e o centro de distribuição, que permite o armazenamento de grandes quantidades de minério bruto dis-ponível just in time, servem como hub para atender a crescente demanda por produtos de minério de ferro no Oriente Médio, Norte da África e Ásia, incluindo Índia.

As operações da Vale em Omã geram 1.200 empregos, dos quais 450 são diretos e 750 terceiros que trabalham no empreendi-mento, e outros 3.120 empregos gerados in-diretamente, o que representa mais de 60% de taxa de contratação de mão de obra local.

O complexo industrial da Vale é formado por duas unidades de pelotização, cada uma

Vale inaugura centro de

distribuição e pelotizadora

em Omã

com capacidade nominal de 4,5 milhões de toneladas métricas anuais de pelotas de re-dução direta, e um centro de distribuição, com capacidade de movimentação anual de 40 milhões de toneladas métricas por ano.

A Vale investiu US$ 40 milhões em tec-nologias que reduzem o impacto ambiental do empreendimento, como precipitadores eletroestáticos e wind fence (barreiras de vento), para controlar a emissão de particu-lados. A área conta ainda com um sistema de monitoramento contínuo de emissões e tem 100% de reciclagem de água.

“Temos um compromisso sólido com Omã”, disse Murilo Ferreira, Diretor-Presi-dente da Vale. “Reunimos esforços com o governo, setor privado e com cada comu-nidade onde atuamos para estabelecer um catalisador que estimule o desenvolvimento sustentável. Em cada estágio, asseguramos que as relações com nossos parceiros te-nham como base a transparência, respeito e confiança”, destacou o Diretor-Presidente.

As operações da primeira unidade de pelotização começaram em abril de 2011. Para maximizar a capacidade do centro de distribuição, a Vale fechou uma parceria com a Sohar Industrial Port Company, res-ponsável pela construção de um terminal de águas profundas de 1,4 km. O terminal é um dos primeiros portos do mundo a re-ceber os navios do tipo Very Large Ore Car-riers (VLOCs), com capacidade de 400 mil toneladas, responsáveis pelo transporte do minério de ferro do Brasil para a costa do Sultanato de Omã.

O centro de distribuição e a pelotizado-ra de Omã, juntamente com a estação de transferência de minério em Subic Bay, nas Filipinas, o centro de distribuição e porto em construção na Malásia e os navios VLOCs, fazem parte da estratégia da Vale para au-mentar a flexibilidade e competitividade para atender os mercados que mais crescem no mundo, em condições de igualdade com seus concorrentes mais próximos.

A Vale assinou ainda acordo com a Oman Shipping Company para a construção de quatro navios afretados, com operação dedicada à empresa. Dois serão entregues no primeiro semestre de 2012 e o restante no segundo semestre deste ano, aumentan-do a eficiência de seu sistema logístico.

“Nos últimos 41 anos, Omã estabeleceu um modelo único de desenvolvimento entre seus vizinhos”, disse Marcos Beluco, Coun-try Manager da Vale em Omã. “A empresa criou uma mina virtual no Sultanato que irá dar suporte ao desenvolvimento econômico baseado no uso intensivo de aço, além de atender à crescente demanda da indústria na região”, afirmou.

Desde o início de suas operações em Omã, a Vale tem desempenhado um papel importante na construção de sólida infraes-trutura industrial, promovendo o desenvol-vimento da economia local por meio de in-vestimentos voltados à preservação do meio ambiente, à geração de empregos e ao avan-ço da cadeia de fornecedores locais.

Fonte: Vale

Legenda: Cerimônia de inauguração de centro de distribuição e pelotizadora em Omã

Vale

Ano VII – nº 53, março de 2012Indústria da Mineração 22

Coro de Marselha na abertura do 6º Forum Mundial das ÁguasTrês temas foram convergentes no 6º Fó-

rum Mundial da Água, em Marselha, França, realizado em março, com a presença dos mi-nistros de Meio Ambiente e delegações oficiais de cerca de 140 países. Em várias das mais de cem sessões distribuídas pela semana, especia-listas, membros de governos e representantes da sociedade civil , das academias e centros de pesquisas defenderam um maior compro-metimento com o tema água na Rio+20, um mecanismo de governança global da água e o aprofundamento das discussões e pesquisas sobre gestão e uso responsável dos recursos hídricos, para garantir os múltiplos usos e para enfrentar as consequências adversas advindas das mudanças do clima.

As conclusões do Fórum serão encami-nhadas à Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento – Rio+20 e expres-sam claramente a necessidade de fortalecer o tema água na agenda de discussões nessa Conferência e assim conseguir dos governos compromissos e soluções concretas para uma adequada gestão dos recursos hídricos.

A declaração ministerial do Fórum refor-çou também o compromisso de garantir o acesso à água a todos, o seu múltiplo uso, a importância da gestão hídrica para segurança alimentar e o desenvolvimento econômico, e consequentemente para o bem estar social.

Segundo seus responsáveis, o encontro conseguiu o apoio necessário para que a água seja tema de relevância das cúpulas internacionais, como a que acontecerá no Rio de Janeiro.

“É tempo de líderes e chefes de Estado reconhecerem que a água é um problema global”, declarou Loic Fauchon, que presi-de o Conselho Mundial da Água, o organis-mo que organiza o Fórum, realizado a cada três anos em diferentes países. O próximo Fórum, março de 2015, acontecerá na Co-réia. O Brasil se apresentou como candida-to para 2018.

6º Fórum Mundial da Água: Brasil registra participação de

50 instituições

As agendas políticas nacionais e interna-cionais sobre mudança do clima “devem con-siderar, cada vez mais, a questão da água”, disse Fauchon no encerramento do Fórum. Brice Lalonde, coordenador do Rio+20, que participou do Fórum de Marselha, confirmou à AFP que “a água será inscrita como uma prioridade na agenda” da Rio+20.

O Forum

Lideranças governamentais, coletividades locais, empresas e associações de cerca de 140 países se comprometeram, na cerimônia realizada no Palácio de Congressos e Con-venções de Marselha, a lutar, com “os meios que dispõem”, contra “a crise da água”.

Os “compromissos” anunciados buscam garantir o “direito humano sobre o acesso à água e ao saneamento”, o uso mais eficaz da água e uma melhor gestão desse precioso recurso, cuja demanda aumentou devido ao crescimento da população mundial. Há que se considerar ainda o surgimento de zonas de escassez, em regiões antes com elevado potencial hídrico, como conseqüência das variações climáticas e o agravamento de processos de desertificação.

Os pagamentos por serviços ambientais foram um dos destaques das soluções apre-sentadas. Vários países mostraram suas mo-dalidades deste tipo de serviço. O programa Produtor de Água, da Agência Nacional de Águas, despertou bastante interesse e foi tema de duas palestras.

Sob o tema “Tempo de Soluções”, o 6º Fó-rum Mundial da Água conclui, com um saldo positivo de mais de mil exemplos de boas prá-ticas, apresentados por palestrantes de vários países, de acordo com Loïc Fouchon, presi-dente do Conselho Mundial da Água.

O Fórum contou com uma sessão de par-lamentares dos vários países presentes, da qual participaram 5 Senadores e 7 Deputados

Federais brasileiros. Ao final desse encontro, os parlamentares divulgaram um documento com vários compromissos, entre eles o de au-mentar a inserção do tema água nas agendas políticas de seus países.

Delegação Brasileira

A delegação brasileira, chefiada pela mi-nistra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, foi a maior do evento. Cerca de 250 brasilei-ros entre representares de governos, de em-presas privadas e da sociedade civil estiveram no Fórum. O Pavilhão Brasil contou com 40 instituições públicas e privadas, de vários se-tores usuários como hidroenegia, saneamen-to, irrigação, regulação e outros. O espaço de 345 m² apresentou 26 palestras paralelas às sessões técnicas do Fórum, com temas varia-dos como água e energia, gestão, sáude, irri-gação, indústria e educação ambiental.

No Pavilhão Brasil uma oportunidade ímpar. Houve uma importante reunião com 5 Senadores e 7 Deputados Federais, co-ordenada pelo Presidente da ANA Vicente Adreu, na qual se enfatizou a necessidade de o Congresso Nacional tratar o tema água de forma mais dedicada e estratégica.

Na delegação brasileira destaque tam-bém para a participação da indústria na-cional, que coordenada pela CNI , com o apoio da Petrobras, promoveu e apresentou uma discussão sobre o papel das empresas no esforço global para um uso cuidadoso e responsável dos recursos hídricos.

A forte presença e o comprometimento do Brasil reforçaram o interesse do País em sediar o 8º Fórum Mundial da Água, em 2018. O próximo, em março de 2015, será na Coréia do Sul.

*Com informações da ANA, Agência Brasil, EcoDesenvolvimento, CMB Consultorial e Patrícia Boson

Indústria da Mineração Ano VII – nº 53, março de 2012 23