Ministério da Saúde Secretaria de Vigilância em Saúde Plano Nacional sobre Vacinas para o VIH no...
Transcript of Ministério da Saúde Secretaria de Vigilância em Saúde Plano Nacional sobre Vacinas para o VIH no...
Ministério da Saúde
Secretaria de Vigilância em Saúde
Plano Nacional sobre Vacinas para Plano Nacional sobre Vacinas para o VIH o VIH no Brasilno Brasil
Cristina de A. PossasUnidade de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico
PN-DST-AIDS
SeminárioInvestigação de uma vacina para o VIH – o papel
dos países lusófonos IAVI- G.A.T.
Lisboa, Portugal, 27 de fevereiro de 2009
Ministério da Saúde
Secretaria de Vigilância em Saúde Política Brasileira de C & T em DST-HIV/Aids:
Incentivo à Inovação e Apoio ao Acesso Universal a Insumos Estratégicos
O PN-DST-AIDS investiu nos últimos 4 anos cerca de US$ 24,5
milhões em C& T (Programa AIDS III– Recursos Federais e do
Banco Mundial);
13 Chamadas Nacionais e Regionais de Pesquisa já foram
lançadas nas áreas clínica e clínico- epidemiológica,
epidemiológica, comportamental, social e em vacinas anti-HIV.
Foram também selecionados 2 projetos em Microbicidas por
meio de Carta-convite;
Estruturação de 4 Redes de Pesquisa - primeira: Rede Nacional
de Pesquisa em Vacina Terapêutica anti-HIV (8 projetos).
Ministério da Saúde
Secretaria de Vigilância em Saúde
A necessidade de uma vacina anti-HIV
O acesso universal e gratuito aos anti-retrovirais é sem
dúvida uma conquista extraordinária do Programa
Brasileiro de DST/Aids, mas há consciência da necessidade
urgente de busca de novas tecnologias preventivas, como
uma vacina anti-HIV;
Efeitos colaterais dos medicamentos (lipodistrofia,
problemas metabólicos e neurológicos);
Dados os enormes desafios científicos, pela complexidade
e obstáculos diversos (hipervariabilidade do vírus e
outros), a descoberta de uma vacina anti-hiv, ainda que de
eficácia parcial, poderá ser a maior conquista biomédica do
século XXI.
Ministério da Saúde
Secretaria de Vigilância em Saúde Cenário científico atual
Redução de expectativas após problemas no estudo
STEP da Merck – adenovírus-5;
Indicação de risco aumentado de contrair HIV em
voluntários com alta imunidade ao ad 5, quando
expostos ao HIV;
Isto levantou discussões sobre o estudo de outro
candidato vacinal do NIH (PAVE-100), similar à vacina da
Merck;
Segundo o Instituto Nacional de Alergia e Doenças
Infecciosas do NIH o ensaio clínico do PAVE 100 (VRC)
será redesenhado e não incluirá voluntários com alta
imunidade ao ad 5.
Ministério da Saúde
Secretaria de Vigilância em Saúde
Perspectivas para os próximos anos:
O recente impasse nestes ensaios clínicos não deve ser
motivo para a redução de expectativas e conseqüente
desmobilização internacional com relação ao
investimento em vacinas anti-HIV;
Esta pode ser uma excelente oportunidade para uma
revisão de paradigmas e das estratégias vacinais nesses
ensaios;
Há outros produtos e estratégias vacinais (preventivas e
terapêuticas sendo testadas).
Ministério da Saúde
Secretaria de Vigilância em Saúde O Comitê Nacional de Vacinas para o VIH
Mecanismo de coordenação das partes envolvidas
O Programa Nacional de DST e Aids – PN DST/Aids é apoiado pelo Comitê Técnico Assessor de Vacinas anti-HIV/Aids.
Este Comitê é composto por representantes do poder público, da comunidade científica e das organizações da sociedade civil e possuem caráter consultivo, tendo por finalidade:
1. Assessorar o PN-DST/AIDS na formulação de Políticas Nacionais de Desenvolvimento Científico e Tecnológico voltadas
à Pesquisa e Desenvolvimento de Vacinas anti-HIV/Aids;
2. Orientar o PN DST/Aids quanto aos aspectos técnicos e científicos das investigações nas várias áreas do conhecimento;
3. Contribuir para a definição das diretrizes e estratégias governamentais de Pesquisa e de Desenvolvimento Científico e Tecnológico.
Ministério da Saúde
Secretaria de Vigilância em Saúde
Cenário atual de pesquisas de vacinas no mundo:
23 países realizam pesquisas clínicas de vacinas contra a aids:
África do Sul Haiti Ruanda
Austrália Índia Suécia
Botsuana Jamaica Suíça
Brasil Países Baixos Tailândia
Canadá Peru Tanzânia
China Porto Rico Uganda
Estados Unidos Quênia Zâmbia
Etiópia República Dominicana
Ministério da Saúde
Secretaria de Vigilância em Saúde
Até setembro de 2007, existem 21 vacinas preventivas em testes pré-clínicos e 25 em testes clínicos, com diferentes estratégias:
1.Vetor de DNA
2.Vetor viral de adenovírus
3.Vetor pox
4.Outro tipo de vetor
Ministério da Saúde
Secretaria de Vigilância em Saúde Porquê uma vacina contra aids é
cientificamente possível:
CONTROLE IMUNOLÓGICO:– A maioria das pessoas com HIV controla a carga viral por um
bom tempo– Exemplos de populações resistentes à infecção pelo HIV (ex:
Profissionais do sexo no Quênia, casais soro-discordantes)– Crianças soronegativas de mães infectadas– Não - progressores de longo prazo controlam a infecção por
vários anos
CANDIDATAS EXPERIMENTAIS:– Modelo com SIV tem apresentado resultados interessantes– Existência de anticorpos neutralizantes abrangentes
Ministério da Saúde
Secretaria de Vigilância em Saúde
Eficácia parcial: impacto significativo
A expectativa é de que, na próxima década se
possa chegar a um produto vacinal com eficácia de
pelo menos 40% – que é o mínimo aceitável para a
aprovação. Isso representaria um impacto
significativo na saúde pública.
Ministério da Saúde
Secretaria de Vigilância em Saúde
Desafio a ser superado no cenário internacional na pesquisa vacinal anti-HIV
Além dos obstáculos científicos já mencionados, o principal
desafio hoje na pesquisa vacinal mundial anti-HIV é o do
financiamento;
Baixa participação do setor privado - Pesquisa vacinal anti-HIV
praticamente a cargo do setor público (NIH, ANRS e outras
agências governamentais), com raras exceções (Merck);
Empresas farmacêuticas multinacionais alegam que para se
engajarem de fato na pesquisa vacinal anti-HIV necessitariam
de “incentivos econômicos” a serem internacionalmente
definidos (depoimento do representante empresarial no Global
Enterprise Stakeholders Meeting, Londres, maio de 2005).
Ministério da Saúde
Secretaria de Vigilância em Saúde
Situação atual do financiamento mundial para pesquisa com vacinas anti-HIV
Embora o financiamento global para a pesquisa com vacinas anti-HIV já tenha atingido a cifra de US$ 900 milhões/ano, pelo crescimento significativo dos financiadores internacionais tradicionais, mas também dos países, inclusive países em desenvolvimento, estes recursos ainda são insuficientes, se considerarmos o grande esforço internacional requerido para o seu desenvolvimento;
Segundo a Global HIV/Vaccine Enterprise, este financiamento deveria ser elevado a curto prazo para pelo menos 1,1 bilhões de dólares para impulsionar as iniciativas colaborativas internacionais nesse campo.
Ministério da Saúde
Secretaria de Vigilância em Saúde
A estratégia brasileira na pesquisa vacinal anti-HIV
O Programa Nacional de DST e Aids está investindo cerca de US$ 2,5 milhões em pesquisas em vacinas anti-HIV no Brasil, por meio de editais de seleção de projetos, com 2 objetivos:
1.Estudos (imunológicos, virológicos, tecnológicos) em apoio a pesquisa com vacinas preventivas anti-HIV.
2.Pesquisa voltada a novas estratégias vacinais terapêuticas
com células dendríticas – Rede Nacional de Pesquisa em
Vacina Terapêutica anti-HIV.
Ministério da Saúde
Secretaria de Vigilância em Saúde
Pesquisas de Vacinas anti-HIV no Brasil:
– PREVENTIVA
Primeiro estudo em humanos no Brasil aconteceu em 1995
(Universidade Federal de Minas Gerais e Fundação Oswaldo Cruz);
Desde 2001, existem sete estudos ligados ao HVTN em três sítios
(Universidade Federal do Rio de Janeiro, Universidade Federal de
São Paulo, Centro de Referência e Treinamento de São Paulo). Mais
de 400 voluntários estão envolvidos no País.
– TERAPÊUTICA
Uma vacina em fase I já foi concluída e está agora em fase II na
Fundação Oswaldo Cruz (pesquisa da Universidade Federal de
Pernambuco), em parceria com a USP e vários centros de pesquisa
no País.
Ministério da Saúde
Secretaria de Vigilância em Saúde
A Rede Nacional de Isolamento e Caracterização do VIH
Criada em 1993, esta
Rede Nacional possibilita
informações essenciais
sobre as características
biológicas, imunológicas
e genéticas do HIV-1 que
circulam no País.
RORAIMARORAIMA
(1)(1)
Bfcda
Bfc
Bc
Bfdc
Bfa
Ministério da Saúde
Secretaria de Vigilância em Saúde Fatores que favorecem a participação do
Brasil no Desenvolvimento de uma vacina anti-HIV
Resposta abrangente contra a epidemia;
Sociedade civil engajada no tema;
Comunidade científica com reconhecimento internacional e sistema de C & T estabelecido;
Envolvimento na pesquisa de vacinas anti- HIV desde o início da década de 90;
Capacidade instalada para a produção e distribuição de vacinas.
Ministério da Saúde
Secretaria de Vigilância em Saúde
Planos Nacionais de Vacinas anti-HIV 2008-2012
O Brasil foi o primeiro país em desenvolvimento a
lançar um Plano de Vacinas anti-HIV no início da
década de 90, com intensa mobilização das
organizações da sociedade civil e das Pessoas
Vivendo com HIV-AIDS. Este Plano e os posteriores
estão disponíveis na página da OMS na internet em
versão bilíngüe (português/inglês).
Ministério da Saúde
Secretaria de Vigilância em Saúde
O processo de construção do recente Plano Brasileiro de Vacinas anti-HIV 2008-2012
Outubro de 2007– apresentação da versão preliminar do
Plano consolidando contribuições das Unidades Técnicas do
PN e do Comitê Técnico Assessor de Vacinas;
Reuniões primeiro trimestre 2008 – incorporação das
diversas sugestões e correções e deliberação sobre a versão
definitiva do Plano para impressão em versão bilíngüe;
I Seminário Internacional de Vacinas anti-HIV de 1 a 3 de
setembro de 2008, com apoio da OMS/OPAS e a IAVI, com
participantes nacionais e internacionais para lançamento do
Plano e definição das estratégias de operacionalização,
monitoramento e avaliação de sua implementação.
Ministério da Saúde
Secretaria de Vigilância em Saúde O Plano Nacional de Vacinas anti-HIV
2008-2012
OBJETIVOS
Promover a adequada inserção do Plano Brasileiro no
cenário Internacional;
Criar condições institucionais, de financiamento e
regulatórias para o estímulo à Inovação (PID-Vac –
mecanismo integrado de financiamento envolvendo várias
agências de apoio à pesquisa no país);
Fortalecer a capacidade nacional, criando uma plataforma
tecnológica para vacinas recombinantes anti-HIV e
promovendo a parceria público-privada;
Ministério da Saúde
Secretaria de Vigilância em Saúde O Plano Nacional de Vacinas anti-HIV
2008-2012
OBJETIVOS
Estimular a Parceria Sul-Sul (IBSA, CPLP e outras
estratégias de cooperação internacional);
Fortalecer os acordos de cooperação internacional já
existentes (NIH, ANRS, IAVI e outros);
Assegurar o efetivo envolvimento das organizações da
sociedade civil e das Pessoas Vivendo com HIV/AIDS em
todas as fases do processo.
Ministério da Saúde
Secretaria de Vigilância em Saúde
Financiamento: aumento significativo
Ministério da Saúde comprometido com um aumento
significativo dos recursos para pesquisa em vacina
anti-HIV;
25 milhões de reais adicionais ao investimento já
previsto para os próximos 4 anos (cerca de 12
milhões de dólares);
Nova Chamada de Pesquisa em Vacinas anti-HIV
será lançada este ano.
Ministério da Saúde
Secretaria de Vigilância em Saúde Colaboração brasileira com os países da
CPLP em VIH/SIDA
Nos últimos anos, as ações da Comunidade dos Países de
Língua Portuguesa (CPLP) têm representado avanço
significativo no controle da epidemia de Aids;
As cooperações brasileiras têm permanecido, como nos
demais países da CPLP, em âmbito nacional ou bilateral.
Há consciência de que ainda há muito o que fazer para a
promoção de iniciativas que envolvam todos os membros
da CPLP;
A importância da estruturação de Redes colaborativas;
Ministério da Saúde
Secretaria de Vigilância em Saúde Colaboração brasileira com os países da
CPLP em VIH/SIDA
O maior desafio é ir além das ações no campo dos
medicamentos ARV e fortalecer a cooperação no campo
das vacinas anti-HIV;
Iniciativas em Moçambique e Angola – medicamentos ARV;
Rede de Pesquisa em Propriedade Intelectual com os
Países de Língua Portuguesa – lançada no Primeiro
Seminário Internacional de Propriedade Intelectual nos
Países de Língua Portuguesa na UFRJ, no Rio de Janeiro
(livro em fase de conclusão);
2º Congresso da CPLP sobre DST/AIDS – no Rio de Janeiro,
14 a 17 de abril de 2008.