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MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO MARANHÃO PLANEJAMENTO E GESTÃO ESTRATÉGICA 2016-2021 RELATÓRIO DO SEMINÁRIO DE ENCERRAMENTO Novembro de 2016

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MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO MARANHÃO

PLANEJAMENTO E GESTÃO ESTRATÉGICA 2016-2021

RELATÓRIO DO SEMINÁRIO DE ENCERRAMENTO

Novembro de 2016

SUMÁRIO

SUMÁRIO .............................................................................................................................................. I

1. APRESENTAÇÃO ....................................................................................................................... 1

2. METODOLOGIA ......................................................................................................................... 2

3. INÍCIO DO PROJETO .............................................................................................................. 5

4. INTENÇÃO ESTRATÉGICA..................................................................................................... 7

5. AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA ................................................................................................. 9

6. ANÁLISE PROSPECTIVA ...................................................................................................... 14

7. PLANO ESTRATÉGICO .......................................................................................................... 17

8. PLANO DE COMUNICAÇÃO DA ESTRATÉGIA ............................................................... 23

9. PLANOS DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO .............................................................. 24

10. DESDOBRAMENTO E ALINHAMENTO ......................................................................... 25

11. MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO ............................................................................... 28

12. PRÓXIMOS PASSOS.......................................................................................................... 31

ANEXO A – MELHORES PRÁTICAS

ANEXO B – MODELO DE GESTÃO

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PLANEJAMENTO E GESTÃO ESTRATÉGICA

2016-2021

RELATÓRIO DO SEMINÁRIO DE ENCERRAMENTO

1. APRESENTAÇÃO

O presente relatório refere-se ao seminário de encerramento do

projeto, bem como do novo Modelo de Gestão Organizacional adotado pelo

Ministério Público do Estado do Maranhão em seu novo ciclo de Planejamento

e Gestão Estratégica (2016-2021).

Figura 1 – Fases do projeto de Planejamento Estratégico Institucional do MPMA

Todas as fases estampadas na figura 1 foram cumpridas conforme

previsto no Plano de Trabalho Detalhado (PTD), com pequenas alterações

colocadas ao longo deste relatório.

Integram o presente relatório dois anexos:

Anexo A – Melhores Práticas;

Anexo B – Modelo de Gestão.

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2. METODOLOGIA

Em plena consonância com as resoluções e diretrizes do Conselho

Nacional do Ministério Público (CNMP), a Metodologia FIGE — Ferramentas

Integradas de Gestão Estratégica — constitui a linha mestra que orienta o

desenvolvimento dos trabalhos. Foi sistematizada pela equipe do Instituto

SAGRES – Política e Gestão Estratégica Aplicadas e tem como princípio básico

a possibilidade de adaptar e integrar diversos instrumentos de gestão

disponíveis na literatura e aplicados por destacadas instituições, de modo a

customizar as melhores práticas para a realidade do MPMA.

O cerne da metodologia está baseado na ferramenta iterativa PDCA,

utilizada no controle e melhoria contínua de processos e produtos. PDCA vem

do inglês Plan – Do – Check – Act, ou seja, Planejar – Executar – Verificar –

Agir.O ciclo completo da Metodologia FIGE está consubstanciado nas etapas:

• Intenção Estratégica;

• Avaliação Diagnóstica e Análise Prospectiva;

• Plano Estratégico;

• Planos Táticos;

• Planos Operacionais;

• Execução;

• Monitoramento e Avaliação;

• Ações Corretivas.

Esse detalhado PDCA deve ser apoiado em técnicas e ferramentas

proporcionadas por disciplinas que, na atualidade, subsidiam as melhores

práticas de planejamento e gestão. Assim, o Plano Estratégico e a Avaliação

Diagnóstica terão como base a prospectiva estratégica, incluindo, sempre que

oportuno, cenários futuros. Do mesmo modo, o Balanced Scorecard1 foi

adaptado para oferecer instrumentos de gestão adequados ao longo prazo e,

quando necessário, a instituições públicas. Também as Dinâmicas Governantes

1Balanced Scorecard(BSC) é uma metodologia de medição e gestão de desempenho desenvolvida pelos professores da Harvard Business School, Robert Kaplan e David Norton, em 1992. Foi inicialmente apresentado como modelo de avaliação da performance empresarial, porém, a aplicação em diversificadas organizações proporcionou sua evolução para uma metodologia de gestão estratégica.

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— que incluem conhecimentos oriundos da Teoria dos Jogos, dos Jogos de

Atores e das técnicas de Negociação — a Inteligência Estratégica, a

Comunicação Social e as Tecnologias de Informação e Comunicação interagem

para proporcionar consistência e pragmatismo à gestão institucional.

Figura 2 - Metodologia FIGE. Fonte: SAGRES.

Conforme as necessidades, a metodologia FIGE sugere que outras

ferramentas, práticas e subsídios à gestão sejam agregados, tais como:

• Gestão de e por projetos;

• Gestão de e por processos;

• Gestão de e por competências;

• Gestão do Conhecimento;

• Gestão da Mudança;

• Gerenciamento de Crises;

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• Comunicação e Feedback;

• Banco Talentos e de Boas Práticas;

• Benchmarking Organizacional;

• Clima Organizacional;

• Coaching Individual e em Grupo;

• Comportamento Organizacional;

• Consolidação de Cultura de Valores;

• Liderança e Processo Decisório;

• Criatividade e Inovação;

• Cadeia de Valor, Canvas e Planos de Negócio;

• Diagramas de Pareto e de Ishikawa

• Forças de Porter e Matriz BCG;

• Indicadores de Satisfação de Clientes;

• Inovação de Portfólio;

• Método 7S;

• Seis Sigmas.

Sem dúvida, a aplicação integral da Metodologia FIGE no processo

de Planejamento e Gestão Estratégica do Ministério Público do Estado do

Maranhão aponta para uma nova era da administração institucional,

augurando um período de êxitos e sucessos na incessante busca por melhores

resultados.

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3. INÍCIO DO PROJETO

Os trabalhos foram iniciados nos dias 23 e 24 de novembro de

2015, com uma série de reuniões e entrevistas com representantes da Alta

Administração e com os integrantes da Comissão de Gestão do Planejamento

Estratégico (CGPE) e da Comissão Executiva do Planejamento Estratégico

Institucional (CEPEI), cujos integrantes foram designados, respectivamente,

pelas Portarias No 109 e 110/2016-GPGJ, de 12 de janeiro de 2016. Na pauta,

foram tratados, dentre outros, os seguintes assuntos:

• Entendimento das expectativas;

• Planejamento e Gestão Estratégica – concepção geral;

• Subsídios para uma nova intenção estratégica do MPMA;

• Horizonte temporal;

• Prazos e marcos de referência;

• Membros e servidores envolvidos;

• Alinhamento com o CNMP;

• Composição da Unidade de Governança;

• Composição da Unidade de Gestão da Estratégia;

• Seminário de Lançamento do Projeto;

• Capacitação inicial.

Os subsídios coletados permitiram a elaboração do Plano de

Trabalho Detalhado (PTD), validado em reunião no dia 25 de novembro,

quarta-feira, com a presença do Diretor-Geral, da Secretária de Assuntos

Institucionais e de integrantes da Assessoria de Planejamento.

As entrevistas e reuniões com as lideranças da organização

permitiram também efetiva mobilização em apoio ao projeto de Planejamento

e Gestão, bem como reunir ideias para a revisão da intenção estratégica do

MPMA, em especial no que se refere à missão, à visão e aos valores

institucionais.

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A capacitação inicial foi realizada nos dias 1, 2 e 3 de dezembro de

2015 e contou com a participação de membros e servidores das citadas

comissões. Nessa oportunidade, foram constituídos cinco grupos de trabalho,

os quais iniciaram estudos relacionados às várias etapas do projeto, com

destaque para os trabalhos iniciais, relacionados à Intenção Estratégica e à

Avaliação Diagnóstica. O encerramento, na tarde do dia 3, quinta-feira, contou

com a presença de destacados membros da Alta Administração, os quais não

só aportaram conhecimentos, experiências e opiniões, como também

validaram os trabalhos iniciais das equipes das comissões, formadas em

caráter preliminar.

O seminário de apresentação foi realizado na manhã do dia 4 de

dezembro, sexta-feira. Estiveram presentes servidores representadas e

diversas comarcas do interior, além de membros da Alta Administração. Na

ocasião, foram apresentados os principais conceitos e desafios institucionais

para o sucesso do novo ciclo de planejamento e gestão (2016-2021),

angariando o apoio do maior número possível de membros e servidores para o

projeto. Também foram distribuídos extratos do PTD e um questionário,

apresentando a missão, a visão e os valores atuais e solicitando sugestões de

aperfeiçoamento.

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4. INTENÇÃO ESTRATÉGICA

Embora já houvesse elementos de uma Intenção Estratégica

institucional de outros exercícios de planejamento, as atividades iniciais

indicaram a necessidade de uma revisão completa e que contasse com o maior

número possível de participantes. Desse modo, o parâmetro inicial de

referência teve como base o arcabouço normativo, em especial a Constituição

Federal que, no art. 127 preconiza:

O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.

A seguir, foram buscadas as antigas declarações de Intenção

Estratégica, inseridas nos documentos anteriores de planejamento do MPMA,

tendo como referência: 1996; 1999-2000; 2000; 2003; 2008-2011; e 2012-

2016.

Também foram coletadas, na internet, a Missão, a Visão e os

Valores publicados nos sites das seguintes instituições: Conselho Nacional do

Ministério Público; Ministério Público Federal; Ministério Público do Estado de

Minas Gerais; Ministério Público do Estado do Rio Grande do Norte; Ministério

Público do Estado de Sergipe; Ministério Público do Distrito Federal e

Territórios.

Tendo como base esses subsídios, grupos organizados durante a

capacitação inicial — realizada no período de 1 a 3 de dezembro de 2015 —

formularam análises iniciais sobre uma nova proposta. Todos esses dados e a

nova proposta foram levados aos participantes do Seminário de Lançamento

do projeto — realizado na Procuradoria-Geral do Estado, em 4 de dezembro de

2015, sexta-feira. Na ocasião, foram coletadas opiniões de 33 integrantes do

MPMA, sendo dois membros e 31 servidores, estes oriundos de 23 diferentes

municípios, além da capital do Estado.

Também foi disponibilizado, na intranet do MPMA, no período entre

04 e 13 de dezembro, formulário solicitando que todos os integrantes

apresentassem suas contribuições sobre o assunto em tela.Outra importante

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rodada de contribuições ocorreu durante o Congresso do MPMA, realizado nos

dias 10 e 11 de dezembro de 2015, quando 28 membros apresentaram suas

opiniões.

Feita a consolidação dessas percepções, por parte da consultoria, as

conclusões foram encaminhadas a todos os integrantes da CGPE e da CEPEI,

numa interação a distância, para que, com tempo, tivessem a oportunidade

de, individualmente, analisar e refletir sobre as ideias que devem compor a

Intenção Estratégica institucional.

Posteriormente, no dia 1º de fevereiro de 2016, em oficina

presencial com a consultoria, os integrantes das citadas comissões discutiram

e concluíram, em consenso, sobre a melhor redação para a missão, para a

visão de futuro e para os valores institucionais.

Finalmente, em oficina com a presença de representantes da Alta

Administração, na manhã do dia 3 de fevereiro de 2016, quarta-feira, a nova

Intenção Estratégica do Ministério Público do Estado do Maranhão foi validada

para posterior incorporação ao Plano Estratégico institucional.

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5. AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA

A Avaliação Diagnóstica pressupõe a produção de conhecimentos

efetivos ou em confirmação sobre o MPMA e a conjuntura externa, implicando

a coleta e a busca de dados e, ainda, análises sucessivas que permitiram a

elaboração de informações. Uma Avaliação Diagnóstica mal elaborada ou sem

profundidade poderia levar a cenários e a objetivos estratégicos equivocados,

prejudicando todo o ciclo de gestão.

A variação temporal é um aspecto fundamental dessa etapa. A FIGE

sugere que a Avaliação Diagnóstica fique restrita ao presente e ao passado,

procurando abstrair, nesse momento, os estudos voltados para o futuro. Isso

porque a Análise Prospectiva será objeto de um próximo e importante passo

que, examinando o porvir — que não existe — deve obedecer a métodos e

técnicas diferentes.

Figura 3 – Temporalidade da Avaliação Diagnóstica

Outro importante fator relacionado ao tempo é o contexto

conjuntural em que a Avaliação Diagnóstica foi realizada. Instituições como o

MPMA são dinâmicas e, como corpos vivos da sociedade, mudam, se

transformam e se adaptam de acordo com a conjuntura relacionada aos

panoramas local, nacional e internacional. Por isso, vale o registro de que as

conclusões aqui apresentadas foram naturalmente influenciadas pelo contexto

e pelo período em que os estudos foram efetuados. Daí a importância de, a

partir do próximo ano, acompanhar e atualizar a Avaliação Diagnóstica,

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constante e sistematicamente, propondo eventuais e necessárias medidas

corretivas.

A realidade é una e indivisível. No entanto, para facilitar a análise,

ela foi examinada sob os prismas dos ambientes externo e interno. O primeiro

foi estudado segundo a ótica das seguintes “dimensões da estratégia”:

política, econômica, social, tecnológica, ambiental. Por sua vez, ambiente

interno foi avaliado considerando os recursos: administrativos; pessoas e

competências; tecnologias; instalações e equipamentos; e orçamento e

finanças.

Para tanto, os integrantes da CGPE e da CEPEI foram divididos em 5

(cinco) grupos. Cada um ficou encarregado de realizar análise relacionadas a

um recurso do ambiente externo e a uma dimensão do ambiente externo,

conforme quadro a seguir:

Grupo Recursos

(ambiente interno) Dimensões

(ambiente externo) A Administrativos Política B Pessoas e competências Social C Tecnologias Tecnológica D Instalações e equipamentos Ambiental E Orçamento e finanças Econômica

Quadro 1 – Grupos e áreas de estudo

Embora os estudos e análises tenham sido realizados segundo os

recursos e dimensões, as partes produzidas pelos grupos das comissões

(CGPE/CEPEI) foram compiladas em um único texto, sob o título “Síntese

Analítica da Conjuntura”. Nessa narrativa, os consultores procuraram manter,

sempre que possível, as escritas originais dos grupos, reordenando parágrafos

e ideias. Além disso, acrescentaram outras considerações, de modo a dar

consistência ao texto, bem como tornar a leitura mais fluida e de fácil

compreensão.

O relatório de Avaliação Diagnóstica incluiu, também, o estudo

denominado Análise Macroeconômica, produzido pela Assessoria de Auditoria

Interna, com a colaboração da Assessoria de Planejamento, da Coordenadoria

de Administração, da Coordenadoria de Gestão de Pessoas e demais

coordenadorias do MPMA. Esse texto foi utilizado como importante subsídio

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para a identificação de oportunidades e ameaças do ambiente externo, bem

como de fortalezas e debilidade, inerentes ao ambiente interno da instituição.

A análise da conjuntura permitiu aos participantes inferir sobre as

principais oportunidades e ameaças que o ambiente externo oferece e poderá

oferecer, para o MPMA, nos próximos anos, bem como as fortalezas e

debilidades que, internamente, caracterizam a instituição. Essas ideias foram

levadas à consideração de membros da Alta Administração, em oficina

realizada datada de 3 de fevereiro de 2016.

De posse dessas ideias, foi realizadas uma análise SWOT. O termo é

um acrônimo de Forças (Strengths), Fraquezas (Weaknesses), Oportunidades

(Opportunities) e Ameaças (Threats). Trata-se de uma ferramenta utilizada

para fazer análise de cenário (ou análise de ambiente), como base para a

gestão e o planejamento estratégico de uma instituição.A técnica é creditada a

Albert Humphrey, que liderou um projeto de pesquisa na Universidade de

Stanford, nas décadas de 1960 e 1970, usando dados da revista Fortunedas

500 maiores corporações. Outros, contudo, indicam que a Análise SWOT foi

criada pelos professores Kenneth Andrews e Roland Christensen, da Harvard

Business School.

Com base no cruzamento das fortalezas e debilidades do ambiente

interno com as oportunidades e ameaças do ambiente externo, os integrantes

das Comissões, com o apoio da consultoria, realizaram dinâmicas coletivas,

com o intuito de estabelecer ideias para a formulação de objetivos,

especialmente os relacionados ao ambiente interno do MPMA.

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Figura 4 – Ambiente interno X Ambiente externo

Com outra dinâmica, desta vez cruzando as oportunidades e

ameaças do ambiente externo (base) com as fortalezas e debilidades do

ambiente interno, os mesmos participantes desenvolveram ideias para a

formulação de incertezas que poderão estar presentes em possíveis cenários

futuros.

Figura 5 – Ambiente externo X Ambiente interno

As oportunidades e ameaças do ambiente externo, bem como as

fortalezas e debilidades do ambiente interno, constituíram a síntese analítica

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obtida a partir dos estudos realizados pelos grupos dos integrantes da

Comissão de Gestão do Planejamento Estratégico (CGPE) e da Comissão

Executiva do Planejamento Estratégico Institucional (CEPEI), sob orientação

da consultoria.

Por sua vez, as ideias para a formulação de objetivos e as ideias

para a formulação de incertezas que poderão compor os Cenários Prospectivos

foram elaboradas em sucessivas oficinas de análise SWOT — com membros e

servidores da CGPE e da CEPEI e a facilitação dos consultores — o que

possibilitou agregar juízos de valor às análises anteriores.

As ideias para a formulação de objetivos serviram de base para as

atividades de elaboração do Plano Estratégico e posteriores desdobramentos e

alinhamentos, enquanto que as ideias para a formulação de incertezas

serviram de insumos para a Análise Prospetiva, em uma digressão que

buscou, no tempo futuro, outros importantes subsídios, os quais agregaram

mais consistência ao planejamento.

Figura 6 – Avaliação Diagnóstica e Análise Prospectiva em apoio ao Plano Estratégico

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6. ANÁLISE PROSPECTIVA

A Análise Prospectiva, em síntese, visa a avaliar e combinar as

hipóteses que compõem as incertezas consideradas críticas, dentro do

horizonte temporal estabelecido (2030).

O caminho seguido percorreu as seguintes etapas:

a) Análise de Relevância;

b) Temas Estratégicos e Incertezas Críticas;

c) Elementos Predeterminados;

d) Análise Morfológica;

e) Consulta Áugures e processamento.

Cada uma das etapas possui características próprias e estabelecem

a direção a tomar em cada um dos passos subsequentes, até a chegada aos

cenários.

A Análise de Relevância foi realizada durante a tarde do dia 2 de

fevereiro de 2016, terça-feira, nas instalações da Escola Superior do MPMA

(ESMP), em oficina reuniu a CGPE, a CEPEI e os consultores. O resultado

foram 14 incertezas críticas e três elementos predeterminados. O passo

seguinte foi a realização, por parte dos grupos, da Análise Morfológica de cada

uma das Incertezas Críticas, estabelecendo as hipóteses decorrentes e

elaborando textos sintéticos como subsídios para a correta interpretação e

avaliações posteriores.

De todo o processo de construção de cenários, não há dúvida de que

este foi o momento de maior aporte intelectual, pois se tratou de delinear as

diversas formas que cada incerteza pode assumir, verificando os respectivos

limites do espectro de variação, bem como os patamares intermediários

pertinentes.

A Análise Morfológica foi criada pelo suíço Fritz Zwicky, na década

de 1950, e adaptada para a prospectiva por diversos pesquisadores, com

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destaque para Godet (2011). Na atualidade, Ritchey (2011), da Academia

Sueca de Morfologia, desenvolve interessante linha de pesquisa sobre o

assunto, que tem servido de referência para o Instituto SAGRES, o qual aporta

e ampara os passos metodológicos do presente projeto.

É possível afirmar que cada incerteza crítica se comporta como um

restrito ambiente, onde cada uma das hipóteses constituem microcenários. A

combinação das hipóteses configura o cenário geral. Cada IC tem,

normalmente, entre três e sete hipóteses. Mais que isso pode “poluir” os

cenários; menos, costuma torná-lo empobrecido.

Os temas, ambientações, incertezas críticas e hipóteses foram

preparados para serem levados a uma consulta, junto a membros e

servidores, com vistas a indicarem as hipóteses consideradas otimistas (sem

serem utópicas) e as mais prováveis.

Os grupos trabalharam durante o período de 2 a 17 de fevereiro e

encaminharam, via Assessoria de Planejamento, os textos correspondentes

para os consultores. Estes avaliaram os produtos e fizeram as críticas

correspondentes, as quais foram debatidas em oficina presencial realizada

durante a tarde do dia 22 de fevereiro de 2016, segunda-feira, nas instalações

da Escola Superior do MPMA (ESMP). Na ocasião foi acrescentada a 15a

Incerteza Crítica, referente ao Sistema Previdenciário Público.

O passo seguinte, após consolidação da análise morfológica, foi a

realização de uma Consulta Áugures junto a membros e servidores, em

seminário realizado no dia 26 de fevereiro de 2016, sexta-feira, na sede da

AMPEM.

A Consulta Áugures é uma adaptação do método Delphi,

desenvolvido na RAND Corporation nos anos de 1950/60. Teve origem nos

Jogos de Guerra desenvolvidos pelas Forças Armadas norte-americanas

durante a Segunda Guerra Mundial. Consiste na seleção de um grupo de

especialistas que respondem a consultas sobre determinado assunto, de modo

a permitir a visualização das médias de suas percepções. Desde a primeira

publicação, em 1964, a técnica tem sido aplicada para um amplo espectro de

temas, permitindo análises que subsidiam planejamentos e decisões

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estratégicas. No Brasil, diversos pesquisadores e acadêmicos, como Wright

(2000), aplicam o método Delphi em apoio à prospectiva.

Assim como o nome Delphi é uma homenagem ao Oráculo de

Delphos, da Grécia antiga, também o nome Áugures refere-se aos sacerdotes

da antiga Roma, que previam o futuro pela observação dos hábitos dos

animais, principalmente os voos, os cantos e as vísceras das aves. Formaram

um colégio venerado em Roma e nada de importante se fazia sem antes lhes

consultar.

A Consulta Áugures é fruto de pesquisas e experiências realizadas

pelo Instituto Sagres – Política e Gestão Estratégica Aplicadas e mantém a

essência do Delphi, coletando percepções sobre o futuro, mas se diferencia

pelas seguintes peculiaridades:

• Possibilidade de ouvir milhares de pessoas via Web;

• Processar as opiniões valendo-se de programas informatizados;

• Recortar e analisar separadamente diversos públicos

selecionados, dentre o universo total de respondentes;

• Realizar somente uma rodada de consulta, enquanto o Delphi

realiza pelo menos duas.

Os resultados da Consulta foram processados pela consultoria e

permitiram análises e considerações importantes para a esquematização e a

descrição dos cenários prospectivos.

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7. PLANO ESTRATÉGICO

O método para elaboração do Plano Estratégico foi apoiado no

Balanced Scorecard (BSC), também conhecido como Painel Equilibrado de

Indicadores. Foi desenvolvido na década de 1990 por Robert Kaplan e David

Norton, professores da Harvard Business School, a partir de observações que

constataram um viés eminentemente financeiro para medir o desempenho das

organizações, com ênfase no passado e no curto prazo, concluindo que essa

grave disfunção não mais atendia à crescente complexidade do ambiente

organizacional.

Com essa base metodológica e intensa participação de membros e

servidores, foram identificados os objetivos estratégicos, posteriormente

organizados no Mapa Estratégico. A seguir, os objetivos foram descritos, ao

tempo em que eram estabelecidos os respectivos indicadores e metas, bem

como as demais informações que irão subsidiar o sistema de Monitoramento e

Avaliação.

Foi também realizada a diagramação da publicação referente ao

Plano Estratégico, conforme sequência a seguir:

• Apresentação;

• O Ministério Público do Estado do Maranhão;

• Histórico do Planejamento;

• Metodologia;

• Governança;

• Intenção Estratégica;

• Síntese da Avaliação Diagnóstica;

• Síntese da Análise Prospectiva;

• Mapa e Objetivos Estratégicos;

• Projetos Estruturantes;

• Próximos Passos;

• Participantes.

Os Objetivos Estratégicos estão apresentados com as respectivas

descrições e os indicadores relacionados. Completando o Plano, em arquivo

distinto, anexo, foram apresentados, para cada indicador:

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• O(s) guardião(ões) do indicador;

• O que mede;

• Por que medir;

• Quem mede;

• Quando medir;

• Como medir;

• A linha de base, ou seja, a situação que serve de referência para o estabelecimento das metas;

• As metas, anuais, para o período 2017-2021;

• As observações pertinentes.

Vale destacar, nesse momento, os conceitos e definições

adotados pela consultoria e aplicados neste projeto, os quais nasceram

da convergência da teoria com a prática, seguida de sucessivos

aperfeiçoamentos.

Tema Conceito/Definição

Objetivo

Objetivo é a descrição daquilo que se pretende alcançar. Meta é a definição em termos quantitativos, e com um prazo determinado. Alvo, fim, propósito (aquilo que se pretende alcançar ou realizar). Objetivos indicam alvos a serem atingidos, problemas a serem resolvidos e devem ser formulação iniciando com verbos de ação. Os objetivos estratégicos constituem elo indissolúvel entre as diretrizes da instituição e seu referencial estratégico. Determinam o que deve ser feito para que a organização alcance sua visão de futuro e cumpra sua missão. Traduzem os desafios a serem enfrentados pela organização no cumprimento do papel institucional (TCU, 2014).

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Indicador

Um indicador é uma unidade de medida (Índice, Percentagem, Taxa, Número, Quantidade, Razão), de ordem quantitativa ou qualitativa, dotada de significado particular e utilizada para organizar e captar as informações relevantes dos elementos que compõem o objeto da observação.

É um recurso metodológico que informa empiricamente sobre a evolução do aspecto observado. Indicadores consistem em métricas que proporcionam informações e permitem a avaliação do desempenho da organização. Por ocasião do planejamento estratégico, o desafio é a definição de quais serão os indicadores que farão parte do plano, portanto, é necessário que sejam pensados indicadores que possam medir o que realmente é estratégico para a instituição. Dessa maneira, sugere-se que os indicadores ao serem definidos possam refletir os objetivos estratégicos e forneçam diretrizes que poderão subsidiar a alta gestão da organização na sua tomada de decisão (GESPÚBLICA, 2014). A linha conceitual adotada pela FIGE é dos indicadores que medem: Qualidade do processo — Indicador de Eficiência Qualidade do produto — Indicador de Eficácia Qualidade para o cliente — Indicador de Efetividade Indicadores de Eficiência: Considera-se a relação entre os produtos ou serviços como os insumos utilizados para fazer determinada entrega de forma mais econômica. Por exemplo: Uma campanha de vacinação será considerada eficiente quanto menor for o custo para imunizar um certo número de crianças. Indicadores de Eficácia: Consiste na quantidade ou qualidade de produtos ou serviços ofertados aos usuários. Por exemplo, em uma campanha de vacinação, se a meta estipulada de 100 mil crianças foi alcançada ou superada. Indicadores de Efetividade: São indicadores mais complexos e de difícil mensuração, pois refletem os impactos gerados pelos produtos ou serviços junto à sociedade. Sua extração é geralmente mais onerosa e enseja, por vezes pesquisa de campo ou observação e análise de comportamento do público alvo.

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Meta

Meta é uma definição em termos quantitativos, e com um prazo determinado. Podem ser compreendidas como a quantificação das unidades de medida e indicam que os alvos foram alcançados, considerando a quantidade e o tempo.

É um marco, um limite, um desafio, algo que se pode realizar, uma etapa a ser atingida dentro de um objetivo, no seu topo ou em parte. Uma ou mais metas podem ser necessárias para se alcançar um objetivo. Elas devem ser sempre quantificadas.Os objetivos de uma organização precisam ser convertidos em indicadores e metas, para que sua implementação possa ser monitorada e avaliada.

Projeto

Projeto é um esforço temporário empreendido para criar um produto, um serviço ou apresentar um resultado exclusivo. Os projetos e os processos diferem, principalmente, no fato de que os projetos são temporários e exclusivos, enquanto as atividades executadas nos processos são contínuas e tendem a ser repetitivas. Projeto é um empreendimento planejado que consiste num conjunto de ações inter-relacionadas e coordenadas, com o fim de alcançar objetivos específicos dentro dos limites de um orçamento e de um período de tempo, finalizando com uma “entrega” ou “produto” (Fonte: conceito adaptado de diversas literaturas).

Projeto Estruturante

Estruturantes são os projetos cujo resultado está atrelado à implementação de outros projetos, dada sua característica integradora que, para sua concretização, uma diversidade de outros projetos precisam ser implementados. Tem por finalidade promover mudanças profundas nos métodos de trabalho praticados e conduzir a organização à sua visão de futuro.

Os estruturantes são aqui utilizados com o objetivo de buscar a convergência dos conceitos de integração, de transversalidade, de visão sistêmica e de pensamento prospectivo. Exprimem grandes prioridades estratégicas em termos de modelo de gestão e exigem ampla concentração de esforços e meios para sua concretização, que se dará com a soma sinérgica de resultados de outros projetos (Fonte: Metodologia FIGE).

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Projeto Transversal

Projetos Transversais são aqueles que envolvem diferentes áreas da Instituição, na busca de benefícios diretos com seus resultados.

Geralmente são mais complexos e requerem, desde a sua elaboração — ou seja, formulação do Plano de Ação do Projeto — a participação ativa de representantes de diferentes áreas de interesse, as quais serão coparticipantes na elaboração e na implementação do projeto, fazendo uma espécie de gestão compartilhada. Para tanto, há necessidade de que o gerente do Projeto Transversal conte com apoio de uma equipe multidisciplinar, alocada em diferentes áreas, de maneira que lhe possa dar sustentação.

Em organizações não estruturadas “por projeto”, é prática comum, nesses casos, que se institua um Grupo de Trabalho formado por representantes das áreas que detêm interesse direto na execução e nos produtos do referido Projeto. (Fonte: metodologia FIGE).

Projeto Executivo

Os Projetos Específicos, embora possam ser de interesse da organização como um todo, são menos complexos que os transversais e podem ser planejados e executados no âmbito de governabilidade de uma determinada área, com eventuais contribuições de outras, como fornecedoras de insumos.

O envolvimento eventual de outras áreas — seja na elaboração do Plano de Ação do Projeto, seja na sua implementação — não caracteriza um projeto como transversal, uma vez que essa é a regra básica na Gestão de Projetos. O poder decisório de implementação, contudo, estará sempre centrado na área a quem cabe atender à finalidade específica do tema em questão.

Vale esclarecer que os Projetos Específicos nem sempre são executados pelas áreas que apontam a sua necessidade ou que necessitam dos resultados, mas sim, por aquela de maior aderência regimental ao tema, ou ao Escopo do Produto, embora os clientes internos possam ser outras áreas da Instituição. Isso é bastante comum no âmbito das áreas consideradas “meios” ao serem demandadas pelas áreas finalísticas. (Fonte: metodologia FIGE).

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Iniciativa

Para efeitos deste trabalho, uma iniciativa é também um esforço temporário empreendido para criar um produto, um serviço ou apresentar um resultado. Mas difere de um projeto pelas seguintes razões:

• O custo-benefício para lhe dar o tratamento de projeto não é competitivo pelo fato de ser bem mais simples e pontual, empreendendo menor esforço.

• O custo para implementar uma iniciativa é, geralmente, de natureza operacional (com a própria equipe interna da área).

• A área tem maior domínio sobre uma iniciativa, o que geralmente não ocorre com os projetos que, em determinadas fases, requerem o esforço e a tomada de decisão no âmbito de outras áreas na organização.

• Semelhante ao projeto, a iniciativa tem início e fim predeterminados e gera um produto/resultado, mas sua execução requer, geralmente, menos tempo e tem menor complexidade (fonte: metodologia FIGE).

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8. PLANO DE COMUNICAÇÃO DA ESTRATÉGIA

A evolução das boas práticas de gestão fez com que a comunicação

organizacional atingisse importância estratégica, sobretudo em instituições de

Estado, como o Ministério Público, a partir das décadas finais do século XX.

Antes, as atividades de comunicação eram consideradas mais como fonte de

despesas do que de investimentos. Nos últimos anos, todavia, o contínuo

processo de mudança foi rápido, embora sutil, afetando as estruturas, as

funções e a lógica das relações interpessoais, em especial entre líderes e

liderados.

Atualmente, a comunicação social adquiriu credibilidade e suas

ações contribuem fundamentalmente para a concretização de resultados,

inclusive — e especialmente — no ambiente interno.

Nesse contexto, a elaboração do Plano de Comunicação da

Estratégia (PCE) foi realizada em conjunto com os setores institucionais

diretamente envolvidos, apoiados por um consultor especialista.

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9. PLANOS DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

Um dos maiores desafios institucionais é garantir que o investimento

em Tecnologia da Informação seja usado de acordo com os objetivos e metas

estratégicos. Nesse contexto, o Conselho Nacional do Ministério Público

(CNMP), em sintonia com o tribunal de Contas da União e considerando as

melhores práticas de governança corporativa, orientou para a criação do

Comitê Estratégico de Tecnologia da Informação, com a finalidade de elaborar

e implementar o Plano Estratégico de Tecnologia da Informação (PETI) e

desdobrá-lo no Plano Diretor de Tecnologia da Informação (PDTI).

Para tanto, duas premissas foram consideradas: i) o alinhamento

com o novo Plano Estratégico institucional do MPMA (2016-2021); e ii) o PETI

e o PDTI até então em vigor. Os trabalhos — apoiados por um consultor

especialista em planejamento e gestão, com ênfase na área de Tecnologia da

Informação — tiveram início na semana de 22 a 26 de agosto e os planos

forma validados na semana de 21 a 25 de novembro, em oficina presencial,

com a participação de representantes da Coordenadoria de Modernização e

Tecnologia da Informação (CMTI).

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10. DESDOBRAMENTO E ALINHAMENTO

Em um movimento inédito na história do MPMA, no que se refere às

atividades de planejamento, foram elaborados Planos Tático-Operacionais para

nove Centros de Apoio Operacional (CAOps), para a Secretaria de

Planejamento e Gestão (SEPLAG) e para a Coordenadoria de Gestão de

Pessoas (CGP).

Contudo, em termos de desdobramento da estratégia, é lícito

concluir que, se considerados planos de nível tático-operacional o Plano de

Comunicação da Estratégia e os Planos de Tecnologia da Informação, foram

construídos no decorrer do projeto 13 (treze) instrumentos como subprodutos

do desdobramento e alinhamento, somando-se a estes os Planos de Ação dos

Projetos Estruturantes e dos Projetos Transversais.

O Balanced Scorecard e a metodologia FIGE indicam a necessidade

de desdobrar e alinhar a Estratégia, como etapa crucial para a consecução dos

resultados e a implementação de um inovador e efetivo modelo de Gestão

Organizacional.Também é fundamental que esse desdobramento não fique

restrito às grandes áreas, mas que chegue até os níveis de execução, onde

são desenvolvidos os Planos de Ação do Projetos executivos possibilitando a

execução da estratégia na prática.

Para tanto, foram definidos objetivos, indicadores, metas, projetos e

iniciativas, de modo a exprimir a singularidade funcional das grandes áreas da

organização e como cada uma delas contribui com os resultados corporativos.

A experiência mostra que, quanto maior e mais complexa a organização, mais

necessária se faz a prática do desdobramento e alinhamento da estratégia

corporativa.

O Plano Estratégico do MPMA foi construído com a participação de

grande número de membros e servidores, representando praticamente todas

as áreas institucionais. Contudo, essa boa prática tem se revelado insuficiente

para colocar a Estratégia em ação, caso os Planos Tático-Operacionais não

sejam elaborados e implementados. Além disso, é crucial a presença das

lideranças, em todos os níveis, “patrocinando” e participando dessa

operacionalização.

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Nada em uma organização funciona de maneira totalmente isolada,

uma vez que provoca ou sofre interferência e impacto de outras áreas. Por

isso, o alinhamento pressupõe compatibilização entre indicadores, metas,

projetos e iniciativas pertinentes a toda a estrutura organizacional. Para

tanto,o alinhamento foi orientado no sentido vertical — ou seja, entre os níveis

estratégico, tático e operacional e respectivos indicadores e metas — e no

sentido horizontal, entre as diversas áreas do MPMA.

Os Planos Tático-Operacionais das áreas foram integrados pelos

seguintes componentes:

• Painel de Contribuição;

• Mapa de Contribuição, contemplando os Objetivos de

Contribuição da área;

• Indicadores e Metas do nível tático;

• Portfólio de Projetos e Iniciativas a serem executados — no

todo ou em parte — pela área;

• Planos de Ação para cada um dos principais Projetos e

Iniciativas da área;

• Fichas de Indicadores;

• Um diagrama de GANTT simplificado para a área, de modo a

escalonar os Projeto e Iniciativas no tempo, tendo em vista

principalmente as restrições financeiras e de pessoas.

Esta fase — Desdobramento e Alinhamento — foi iniciada com uma

nova capacitação da equipe do MPMA, com carga horária de 16 horas,

incluindo: desdobramento e alinhamento da estratégia, planos táticos e

operacionais, objetivos, indicadores e metas táticos, projetos e iniciativas; e

Reuniões de Avaliação da Estratégia (RAEs). Seis consultores foram

simultaneamente empenhados na elaboração dos Planos Tático-Operacionais,

nos Planos de Tecnologias da Informação e no Plano de Comunicação da

Estratégia.

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Todavia, todos os esforços foram direcionados para a transferência

das técnicas de execução, possibilitando que os integrantes do MPMA

internalizem as melhores práticas, de modo a permitir que os trabalhos

continuem a ser executados em todas as áreas da Instituição, mesmo sem a

presença da consultoria.

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11. MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO

O sistema de Monitoramento e Avaliação idealizado para o MPMA é

calcado em Reuniões de Avaliação da Estratégia (RAE), Reuniões de

Acompanhamento Tático (RAT) e Reuniões de Acompanhamento Operacional

(RAOs). A proposta para o ano de 2017 indica que as RAOs serão mensais e

voltadas para os projetos; as RAT serão trimestrais, no âmbito de cada área; e

as RAEs serão semestrais, envolvendo a Instituição como um todo.

Importante enfatizar que, em razão da dinâmica que envolve o

MPMA e a própria sociedade, nos dias atuais, o Modelo de Gestão deve ser

dinâmico e flexível, para acompanhar o ritmo das mudanças. É crucial,

portanto, desenvolver contínuo processo de produção de dados e informações,

subsidiando periódicas estimativas situacionais e oportunas intervenções dos

gestores organizacionais nos processos de execução, com vistas ao

desencadeamento de ações corretivas.

Todavia, para garanti seu sucesso, o Modelo de Gestão do MPMA foi

enriquecido com uma plataforma informatizada de Monitoramento e Avaliação,

permitindo acompanhar a execução dos Projetos, das Iniciativas e dos

Processos, bem como a consecução de Objetivos e Metas, por intermédio dos

Indicadores. Assim, foi disponibilizada a ferramenta informatizada denominada

SW STRATEC GESTÃO ESTRATÉGICA, desenvolvida pela STRATEC

INFORMÁTICA LTDA, a qual mantém Termo de Parceria com o Instituto

SAGRES.

O software foi objeto de treinamentos presenciais, complementados

por 12 (doze) meses de manutenção e suporte técnico, após o término deste

projeto.

Do mesmo modo, foi prestada assessoria para a realização das

RAEs, RATs e RAOs, como base para o sistema de Monitoramento e Avaliação.

A literatura sobre o tema confirma que, historicamente, a avaliação não tem

sido uma proposta simpática sob a ótica dos avaliados, sejam estes pessoas

físicas ou jurídicas, do setor público ou privado. Sob outro prisma de visão, a

avaliação faz parte do dia a dia dos indivíduos e das organizações, de maneira

sistemática e estruturada ou mesmo imperceptivelmente. Avaliamos tudo o

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dia todo, fazemos escolhas, tomamos decisões com base nos critérios de

avaliação balizados pelas crenças e valores que defendemos.

Dentro de uma abordagem sistêmica, portanto, é importante termos

claro que, planejar, desdobrar a estratégia, definir metas e métricas, executar

as ações, monitorar e avaliar os resultados, controlar são temas inerentes e

inseparáveis da gestão organizacional, especialmente quando se trata de

instituição pública.Esse contexto vai muito além da atuação dos órgãos de

controle, internos e externos, e se instala dentro do ambiente organizacional

como parte dos desafios dos gestores, na medida em que se revela como um

dos mais eficazes indicadores de comprometimento dos agentes púbicos que

devem atuam, sempre, norteados por uma causa.

A implementação da estratégia requer metodologia e tecnologia

adequadas, capacitação técnica, motivação e maturidade organizacional. Sem

esses elementos não será possível realizar avaliações criteriosas, fazer

autocrítica e transformar os erros em lições aprendidas.

As Reuniões de Acompanhamento Operacional (RAOs) ocorrem na

dimensão operacional com foco na execução de Projetos ou de Iniciativas e

devem envolver diretamente os executores operacionais com respectivo

gestor do projeto em tela.

As Reuniões de Acompanhamento Tático (RATs), como

normalmente contemplam diversos Projetos e ou Iniciativas de uma área

devem envolver, necessariamente, a sua chefia, juntamente com as equipes

relacionadas à execução e ao acompanhamento das atividades.

Já as Reuniões de Avaliação da Estratégia (RAEs) são reuniões

colegiadas, realizadas em períodos mais longos com o objetivo de fazer, por

meio de análises críticas, o acompanhamento e o monitoramento dos

resultados da execução dos Planos Tático-Operacionais.

Sob o aspecto metodológico, a prática das RAOs, RATs e RAEs,

realizadas de maneira sistemática, vem se firmando como o mais eficiente

instrumento de monitoramento e avaliação. Organizações que se destacam

em gestão apontam como características ou seguintes benefícios dessa

prática:

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• Criar as bases para a inserção de um modelo de gestão

compartilhada, oportunizando a formação de sucessores;

• Desenvolver visão sistêmica e colocar foco no direcionamento

estratégico da organização;

• Ampliar o sentido de missão e o comprometimento com os

resultados;

• Gerar sinergia, estimular a motivação e o trabalho em equipe;

• Ampliar as margens para a delegação de responsabilidades,

com base no desenvolvimento de gestores e sucessores;

• Atribuir às pessoas maior prestígio e valorização profissional;

• Preparar a organização para gestão de mudanças e torná-la

mais competitiva e admirada.

Para tanto, essas reuniões precisam ser estruturadas de maneira

aderente ao processo decisório praticado na instituição, respeitando-se o

modelo de gestão e a cultura organizacional, mas é imprescindível que sejam

colegiadas e contem com a participação de colaboradores das diversas áreas e

de diferentes instâncias, envolvendo diretamente os executores dos projetos e

dos processos, de maneira que possam perceber com maior clareza as suas

contribuições para a estratégia e comprometer-se com os resultados. Alguns

dos grandes ganhos para a instituição, ao propiciar a participação de

integrantes de todos os níveis — não somente no âmbito das reuniões táticas

e operacionais, mas também nas Reuniões de Avaliação da Estratégia — é a

criação de visão sistêmica, maior sinergia e motivação no corpo de

colaboradores. As pessoas sentem-se mais valorizadas e assumem com mais

propriedade os desafios estabelecidos.

A partir dos dados apresentados pelos seus executores e gestores,

deve-se, portanto, promover análises e discussões colegiadas,

preferencialmente ouvindo os níveis operacionais para, em seguida, serem

encaminhadas as decisões e deliberações para cada informação ou ação

objeto da RAE.

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12. PRÓXIMOS PASSOS

O projeto foi encerrado com a realização das primeiras RAOs e

RATs, bem como com a primeira RAE, seguida de um seminário, com a

participação da consultoria, que buscou sintetizar as atividades desenvolvidas

ao longo do projeto, indicar os próximos passos e delinear uma proposta de

um novo Modelo de Gestão adotado pelo MPMA.

Dentre os próximos passos, destaca-se o Termo Aditivo ao contrato

em vigor, cujo cerne é o Desdobramento e Alinhamento de mais cinco áreas

institucionais, a saber:

• Corregedoria Geral;

• Escola Superior do Ministério Público;

• Coordenadoria de Assuntos Estratégicos e Inteligência;

• Coordenadoria de Obras, Engenharia e Arquitetura;

• Coordenadoria de Orçamento e Finanças.

Esses trabalhos deverão ocorrer nos meses de março e abril do

próximo ano, indicando uma nova etapa de atuação com maiores

possibilidades de sucessos na Gestão Organizacional do MPMA.

O presente projeto de planejamento e gestão institucional, para o

ciclo 2016-2021, teve a duração um ano de intensas e profícuas realizações. É

hora, portanto, de, com orgulho indicar as melhores práticas que despontaram

ao longo das semanas e que devem servir de referência para o próprio MPMA,

por ocasião da elaboração do planejamento para o próximo ciclo, bem como

para as Instituições congêneres, em salutar intercâmbio de experiências nessa

área, em especial no âmbito dos eventos organizados pelo Conselho Nacional

do Ministério Público (CNMP). Assim, uma relação sintética das melhores

práticas constitui o Anexo A ao presente relatório.

Finalmente, em documento que integra do Anexo B ao presente

relatório, está consubstanciado, como proposta, o novo Modelo de Gestão

Organizacional a ser adotado pelo Ministério Público do Estado do Maranhão.

* * *