MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL...
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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA
CAMPUS PARAGOMINAS
CURSO DE ENGENHARIA FLORESTAL
VANESSA FERREIRA ALVES
COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E FITOSSOCIOLOGIA DE UMA ÁREA COM
EXPLORAÇÃO FLORESTAL NO MUNICÍPIO DE NOVO ARIPUANÃ,
AMAZONAS
PARAGOMINAS
2019
VANESSA FERREIRA ALVES
COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E FITOSSOCIOLOGIA DE UMA ÁREA COM
EXPLORAÇÃO FLORESTAL NO MUNICÍPIO DE NOVO ARIPUANÃ,
AMAZONAS
Trabalho de conclusão de curso apresentado ao
curso de engenharia florestal da Universidade
Federal Rural da Amazônia como requisito para
obtenção do grau de bacharel em engenharia
florestal.
Área de atuação: Manejo Florestal e Ecologia
Orientador: Dr. César Augusto Tenório de Lima
PARAGOMINAS
2019
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação
Universidade Federal Rural da Amazônia
Bibliotecário: Milton Fernandes – CRB-2 1325
Alves, Vanessa Ferreira
Composição florística e fitossociologia de uma área com
exploração florestal no município de Novo Aripuanã,
Amazonas / Vanessa Ferreira Alves. – Paragominas, PA, 2019.
47 f.
Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em
Engenharia Florestal) - Universidade Federal Rural da
Amazônia, 2019.
Orientador: Profº. Drº. César Augusto Tenório de Lima
1. Manejo florestal 2. Inventário Florestal 3.
Fitossociologia 4. Floristica I. Alves, Vanessa Ferreira II. Lima,
César Augusto Tenório de (orient) III. Título.
CDD – 634.92098113
VANESSA FERREIRA ALVES
COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E FITOSSOCIOLOGIA DE UMA ÁREA COM
EXPLORAÇÃO FLORESTAL NO MUNICÍPIO DE NOVO ARIPUANÃ,
AMAZONAS
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Engenharia Florestal da
Universidade Federal Rural da Amazônia como requisito para obtenção do grau de Bacharel
em Engenharia Florestal.
Data da Aprovação:
14 de fevereiro de 2019
BANCA EXAMINADORA
AGRADECIMENTOS
Ao meu Salvador, que abriu mão de sua grandeza para se entregar por amor a mim e a
todos (João 3:16); que mediante a Ele, sou considerada filha de Deus (Gálatas 3: 26).
Ao meu Pai eterno que esteve perto de mim quando passei por momentos difíceis e não
desistiu de continuar regando sua bondade e misericórdia (Efésios 2:4).
A Universidade Federal Rural da Amazônia que nestes cinco anos de graduação
possibilitou um crescimento não só profissional, mas um aprendizado em relação, a
saber, conviver com todos os tipos de pessoas e personalidades.
A Professora Simonne Sampaio por ter me ajudado com palavras incentivadoras e
também com seu oficio na coordenação do curso.
A Professora Lilian por ter disponibilizado tempo e ensino para ministrar a disciplina de
construções rurais para mim.
Ao meu Tio Elias Rogério Picanço Alves e a Engenheira Elizabeth Gomes que
forneceram os dados do meu trabalho.
Gratidão ao meu orientador César Augusto Tenório de Lima, pela disposição e
paciência.
A turma de engenharia florestal 2013 e em especial ao grupo HOPE (Rosi, Mai, Fran,
Neya, Vane e Jeff).
A Camila, amiga maravilhosa, que me ajudou também no processamento de dados, te
amo muito. A minha prima e amiga do coração Isadora Alves.
A Pastora Vanessa que foi um grande referencial prático, da simplicidade e do amor de
Deus na minha vida.
A Minha mãe e meu pai, por ser a principal razão para eu continuar buscando ser um ser
humano melhor para esse mundo e para as pessoas, obrigado pelo amor e confiança.
A minha Tia Selma e ao meu Primo Murilo, eu amo muito vocês, a minha irmã linda e
Goiana Marcela Alves, te amo muito.
São vários os agradecimentos e não tenho palavras para expressar o que eu sinto por
cada pessoa que me ajudou nesse ciclo, por isso vou repetir de forma geral: Muito,
Obrigada!
“
Assim, permanecem agora estes três: a fé, a esperança e o amor.
O maior deles, porém, é o amor.”
1ª Coríntios 13:13
RESUMO
As florestas tropicais nativa da Amazônia exercem diversos papéis que se
estendem ao meio social, ambiental e econômico. Partindo de uma visão sustentável, se
faz necessária a adoção de medidas exploratórias, que admite o manejo de florestas
nativas. O trabalho tem por objetivo analisar os aspectos sobre a composição florística e
a fitossociologia, de uma área de exploração florestal. A área de estudo está localizada
no município de Novo Aripuanã,estado do Amazonas, situada na mesorregião do rio
Madeira. A coleta de informações foi oriunda do inventário florestal a 100%, com uma
unidade de produção de 675,82 hectares, adotando uma classe diamétrica das espécies
arbóreas com DAP>30cm, no ano de 2015. As análises dos dados foram realizadas no
programa Excel for windows, a partir da organização quantitativa das informações do
inventário. Os resultados obtidos da composição florística mostram um total de 11.490
indivíduos, classificados em 38 famílias e 96 espécies, sendo a Fabaceae, a família com
maior riqueza de espécies (20), enquanto a Pouteria (1538) e Scleronema (1318),
ogênero com maior número de indivíduos. Para a composição florística, foram
aplicados os índices de diversidade de Shannon (H’), obtendo 3,58; índice de
dominância de Simpson (C), com 0,95; e índice de equabilidade de Pielou (J), com 0,78.
Para os parâmetros fitossociológicos foi estimada a densidade, frequência, dominância,
índice de valor de importância (IVI) e índice de valor de cobertura (IVC), onde a
espécie Pouteria caimito (Ruiz &Paiv) Radlk, obteve a maior densidade (13,39%),
frequência (1,44%), dominância (10,3%), IVI (8,37%) e IVC (11,84%), seguido da
espécie Scleronema micrathum (Ducke) Ducke, com densidade (11,47%), frequência
(1,44%), dominância (9,52%), IVI (7,48%) e IVC (10,49%). De acordo com os
resultados, considera-se que a metodologia empregada a partir do inventário florestal,
pode simular diferentes intensidades amostrais, sugerindo que nos próximos estudos
sejam incluídas novas classes diamétricas, que permita um estudo mais detalhado da
área explorada.
Palavras chaves: Floristica.Fitossociologia. Inventário. Manejo florestal.
ABSTRACT
The tropical forests native to the Amazon exert different roles that extend to the
social, environmental and economic environment. Starting from a sustainable vision, it
is necessary to adopt exploratory measures, which allow the management of native
forests. The objective of this work is to analyze aspects of floristic composition and a
fitossociology, from a forest exploration area. The study area is located in the
municipality of Novo Aripuanã, state of Amazonas, located in the mesoregion of the
Madeira River. The information collection came from the 100% forest inventory, with a
production unit of 675.82 hectares, adopting a diameter class of the tree species with
DBH> 30cm, in the year 2015. The analyzes of the data were carried out in the program
Excel for windows, from the quantitative organization of inventory information. The
results obtained from the floristic composition show a total of 11,490 individuals,
classified in 38 families and 96 species, with Fabaceae being the family with the highest
species richness (20), while Pouteria (1538) and Scleronema (1318) number of
individuals. For the floristic composition, the diversity indexes of Shannon (H ') were
applied, obtaining 3.58; Simpson's index of dominance (C), with 0.95; and Pielou
equation index (J), with 0.78. For the phytosociological parameters, density, frequency,
dominance, importance value index (IVI) and coverage value index (IVC) were
estimated, where the species Pouteria caimito (Ruiz & Paiv) Radlk obtained the highest
density (13.39%), frequency (1,44%), dominance (10.3%), IVI (8.37%) and IVC
(11.84%), followed by the species Scleronema micrathum (Ducke) Ducke, with density
(11, 47%), frequency (1.44%), dominance (9.52%), IVI (7.48%) and IVC (10,49%).
According to the results, it is considered that the methodology used from the forest
inventory can simulate different sample intensities, suggesting that in the next studies
new diametric grades should be included, allowing a more detailed study of the area
explored.
Key words: Floristic: Floristic. Fitossociology. Inventory. Forest management.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Croqui de acesso do município de Novo Aripuanã (marcado no circulo em
vermelho) e a unidade de produção florestal (marcado no retângulo em vermelho). .... 16
Figura 2 -Ilustração da abertura das trilhas na unidade de trabalho. ............................. 18
Figura 3 - Famílias com maior riqueza florística em número de espécies. ................... 26
Figura 4 - Representatividade das famílias em número de indivíduos. ......................... 27
Figura 5 - Numero de espécies e freqüência relativa (%). ............................................ 29
Figura 6 - Espécies com maior valor de cobertura (%). ................................................ 30
Figura 7 - Espécies com maior valor de importância (%). ............................................ 31
LISTA DE TABELAS
Tabela 1- Famílias e espécies identificadas na área. ..................................................... 24
Tabela 2- Espécies encontradas na unidade de produção florestal (UPF) e seus
respectivos parâmetros fitossociológicos. ...................................................................... 39
LISTA DE ABREVIATURAS
AMF - Área de Manejo Florestal
ARE - Representativa do Ecossistema
AUM - Uso múltiplo
CAP - Circunferência à altura do peito
DAP - Diâmetro à altura do Peito
EIR - Exploração de Impacto Reduzido
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
INMET - Instituto Nacional de Meteorologia
IPAAM - Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas
MME - Ministério de Minas e Energia
PMFS - Plano de Manejo Florestal Sustentável
POE - Plano Operacional de Exploração
RADAM - Projeto de levantamento e mapeamento de recursos naturais do Brasil
RL - Reserva legal
SIBCS - Sistema Brasileiro de Classificação dos Solos
UPF - Unidade de Produção Florestal
UT - Unidade de Trabalho
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................9
2 OBJETIVOS ...............................................................................................................11
2.1 Objetivos Gerais ......................................................................................................11
2.2 Objetivos específicos ..............................................................................................11
3 REVISÃO DE LITERATURA ..................................................................................12
3.1 A exploração florestal na Amazônia ....................................................................12
3.2 Composição Florística ...........................................................................................13
3.3 Fitossociologia ........................................................................................................14
4 MATERIAL E MÉTODOS .......................................................................................16
4.1 Área de Estudo ......................................................................................................16
4.2 Coleta de informações ...........................................................................................17
4.3 Análise dos dados ..................................................................................................19
4.3.1 Análise da composição Florística ..................................................................19
4.3.1.1 Índice de Diversidade de Shannon-Weaver (H’) .......................................19
4.3.1.2 Índice de dominância de Simpson (C) .......................................................20
4.3.1.3 Índice de equabilidade de Pielou (J) ..........................................................20
4.3.2 Análise fitossociológica ................................................................................20
4.3.2.1 Densidade ...................................................................................................21
4.3.2.2 Dominância ................................................................................................21
4.3.2.3 Frequência ..................................................................................................22
4.3.2.4 Valor de Cobertura .....................................................................................23
4.3.2.5 Valor de importância ..................................................................................23
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................................24
5.1 Composição florística ............................................................................................24
5.2 Parâmetros fitossociológicos ................................................................................29
REFERÊNCIAS ............................................................................................................33
APENDICE ....................................................................................................................39
9
1 INTRODUÇÃO
As florestas tropicais nativas da Amazônia são vistas como grandes fornecedoras
de recursos naturais. Grande parte da biodiversidade que compõe esse bioma tem sido
ameaçada, uma vez que o processo de ocupação foi marcado pelo desmatamento, pela
degradação e fragmentação dos recursos florestais, acarretando na perda da vegetação
natural (MORAES & SILVA, 2016). Além da exploração convencional dos recursos
florestais, tem-se como uma das principais causas do desmatamento, a utilização
extensiva da terra para o uso humano (TABARELLI et al., 2005).
No atual cenário, percebe-se que existe certa pressão do mercado consumidor de
madeira, e da opinião pública no que se refere à sustentabilidade dos recursos florestais,
e por essa razão é possível visualizar um número cada vez maior, de iniciativas de
manejo florestal de baixo impacto (FRANCEZ et al, 2007). Assim, a atividade de
manejo florestal tem buscado inserir técnicas, que permitam um melhor uso da floresta,
tornando possível a exploração, porém obedecendo a primícia de que os impactos serão
menores, onde a floresta não terá sua resiliência natural comprometida.
Nos estudos da composição florística busca-se a quantificação das espécies, sendo
que após esse processo, os dados coletados servirão de subsidio para compreender a
organização espacial da comunidade vegetal, sua exposição às variações do ambiente e
as mudanças ocorridas em sua estrutura ao longo dos anos (BOTREL et al., 2002). O
conhecimento da diversidade de espécies numa área é essencial para a compreensão da
sua natureza, bem como na escolha do melhor modelo de gerenciamento na área, onde
serão realizadas as atividades de exploração de baixo impacto, conservação de recursos
naturais ou recuperação de ecossistemas degradados (MELO, 2008).
Por sua vez, os estudos florísticos assumem papel importante para caracterização
da vegetação de determinada região, assim como seu grau de sucessão, atuando como
fonte primária para ações ligadas a conservação e orientação do manejo florestal. Neste
sentido, a análise da composição floristica servirá de base para a compreensão da
diversidade, e também de outros parâmetros relacionados. Contudo, para descrever as
características da comunidade vegetal, usam-se os parâmetros fitossociológicos, que
organiza de maneira hierárquica, a importância de determinadas espécies na estrutura da
comunidade estudada.
10
A fitossociologia é considerada o ramo da ecologia vegetal, mais utilizado para
diagnóstico qualitativo e quantitativo das formações vegetacionais. Pesquisadores
defendem a sua aplicação dos resultados obtidos, no planejamento das ações de gestão
ambiental, como no manejo florestal e na recuperação de áreas degradadas (CHAVES et
al, 2013).
De modo geral, os estudos científicos que melhor enfatizam a compreensão dos
ecossistemas florestais, são provenientes de parâmetros ecológicos, como a composição
florística e a fitossociologia, que em conjunto fornecem dados aprofundados para o
conhecimento da estrutura vertical e horizontal da floresta, capaz de contribuir para a
adoção de medidas de conservação da natureza.
11
2 OBJETIVOS
2.1 Objetivos Gerais
O objetivo deste trabalho é analisar a estrutura horizontal da floresta, por meio
dos parâmetros ecológicos de composição florística e fitossociologia, de uma área com
exploração florestal, no município de Novo Aripuanã, Amazonas.
2.2 Objetivos específicos
Determinar a riqueza e abundância da estrutura arbórea;
Analisar a diversidade, dominância e equabilidade, por meio dos índices de
shannon-weaver (h’), simpson (c) e pielou (j’);
Analisar a densidade (d), frequência (f), dominância (d), índice de valor de
importância (ivi) e índice de valor de cobertura (ivc).
12
3 REVISÃO DE LITERATURA
3.1 A exploração florestal na Amazônia
A região amazônica apresenta diferentes tipos de vegetação, presentes em
grande parte na América do sul, abrangendo aproximadamente 6.000.000 km² desse
território (OLIVEIRA & AMARAL, 2004). A complexa composição de uma floresta
nativa, com um contingente florístico rico e variado, e sua abundante expressão em
recursos naturais, chamam a atenção de todo o mundo, essencialmente, por apresentar
um grande potencial econômico, e também, por existir uma grande demanda nacional e
internacional (FILHO,1987).
As florestas tropicais nativas exercem um amplo papel social, econômico e
ambiental, porém, grande parte delas tem sido exploradas de forma predatória, que não
visa a aplicação dos critérios que regem a sustentabilidade, resultando na perda da
cobertura vegetal, sem antes mesmo conhecer a importância dessa riqueza para o
ecossistema existente (SOUZA et al, 2006). Por isso, a exploração convencional ou
predatória, acaba ocasionando a diminuição do potencial de estabelecimento e
desenvolvimento da regeneração natural dessas florestas, originando alterações em suas
propriedades do solo e dentre outros danos (FREDERICKSEN & PARIONA, 2002).
O plano de manejo florestal sustentável - PMFS surge como uma possibilidade
tanto legal como econômica de uso dos recursos florestais, pois visa diminuir os
impactos gerados ao meio ambiente, inserindo um planejamento minucioso dos recursos
florestais, de acordo com princípios legais vigentes (HOSOKAWA, 1982).
A exploração de impacto reduzido - EIR surge com o objetivo de minimizar os
impactos causados ao solo, ao povoamento florestal e ao ecossistema, de forma que essa
redução dos danos à floresta permita uma regeneração mais eficiente, sendo o período
de ciclo de corte também reduzido, com essas medidas será possível alcançar o manejo
sustentável (ESPADA et al, 2014). Por essa razão, na EIR são adotadas técnicas que
envolvem o planejamento da área, dividindo em três etapas com as seguintes atividades:
pré-exploratória, exploratória e pós-exploratória (CASTRO, 2012).
Na etapa pré-exploratória é realizado o levantamento das espécies, conhecido
também como inventário florestal a 100%, que serve de base para iniciar as estimativas
reais dos seguintes parâmetros: diversidade, frequência, densidade, dominância e as
13
distribuições diamétrica e espacial das espécies, bem como os valores ecológicos,
econômicas e sociais das espécies (SOUZA et al, 2006).
Na etapa exploratória é realizada o corte direcional, traçamento, construção dos
pátios de estocagem, planejamento de arraste, arraste, romaneio, empilhamento das
toras, carregamento, transporte, seleção e sinalização das árvores e o Corte das árvores
que serão exploradas, logo após todas essas atividades antecessoras é realizado oPós-
exploratória que consiste na realização do Planejamento da silvicultura pós-colheita,
corte pós-exploratório de cipós, desbaste de liberação de copas, condução da
regeneração natural, plantios de enriquecimento em áreas abertas pela exploração e
manutenção da infraestrutura (SABOGAL et al, 2006).
3.2 Composição Florística
Diante da pressão sob as florestas nativas atualmente, tem-se a necessidade
prioritária de conhecer sua composição, e também a distribuição das espécies nesse
ecossistema, por isso, através da planificação ou do levantamento das espécies arbóreas
recorrente, será possível agir de forma eficiente no manejo e na conservação da flora
nativa regional (SANDEL & CARVALHO, 2000). Para Mazon (2014), esse estudo
corrobora na identificação e catalogação das espécies florestais, dentro de uma
amostragem ou censo, fornecendo informações sobre a classificação, e distribuição
taxonômica no nível de família e espécie em uma comunidade vegetal.
Os estudos florísticos realizados em florestas tropicais da Amazônia envolvem
um trabalho bastante dispendioso, pois as mesmas florestas apresentam uma fisionomia
complexa em sua vegetação, como a diversidade florística, e, além disso, existem
dificuldades relacionadas à sua extensão territorial, acesso às áreas de amostragem,
problemas na coleta de dados, a enorme sinonímia vulgar existente, a escassez de
taxonomistas e os problemas de preparo do material botânico (FILHO, 1987). Porém, os
estudos floristicos continuam sendo importantes para compreender a organização
espacial da comunidade vegetal, pois permitirá a avaliação dos potenciais de perdas e
conservação dos recursos naturais a longo prazo (BOTREL et al., 2002).
Para Marangon et al (2013), a composição floristica é entendida como o
conhecimento da complexa dinâmica que envolve as florestas tropicais, que se inicia
com o levantamento da florística, seguida pela identificação das espécies, e seu
comportamento na floresta. Além disso, serve como subsidio para gerar informações
14
sobre atributos ecológicos das espécies que a compõem, tal como grupos ecológicos,
síndromes de dispersão, formas de vida e fenologia (HOSOKAWA et al., 2008).
A análise florística e estrutural da floresta baseada em levantamentos de parcelas
permanentes, além de permitir comparações dentro e entre formações florestais no
espaço e no tempo, fornecem também dados sobre a riqueza e diversidade de uma
determinada área, além de possibilitar a formulação de teorias, testar hipóteses e
produzir resultados que servirão de base para outros estudos (MELO, 2004).
Segundo Arruda et al (2007) as medidas mais comuns de composição florística
são: riqueza, que é número de espécies diferentes, e a abundância, que retrata o número
de indivíduos por espécie, que ocorrem em uma área específica.
3.3 Fitossociologia
A fitossociologia envolve o estudo das inter-relações de espécies dentro da
comunidade vegetal no espaço e no tempo, e refere-se ao estudo quantitativo da
composição, estrutura, dinâmica, história, distribuição e relações ambientais, sendo
justamente esta idéia de quantificação, que a distingue de um estudo florístico
(MARTINS, 1989). Para Rodrigues (1991), os métodos fitossociológicos devem ser
utilizados para permitir a construção de modelos, que auxiliem na compreensão das
relações de estrutura da vegetação, com os demais fatores do ambiente, buscando a
elaboração de propostas coerentes, com a conservação e manejo dessas áreas.
Com a obtenção da lista completa das espécies vegetais de uma área, cada uma
pode ser corrigida por algum coeficiente quantitativo, a fim de indicar a importância de
cada uma em relação às demais (PEREIRA, et al, 2004). No Brasil, ainda é muito
recente a presença desses estudos, ao qual Mantovani (2005, p. 14) ressalta:
“A fitossociologia no Brasil teve seus primeiros trabalhos
efetuados na década de 40, mas somente na década de 80
se firmou como uma área de pesquisa das mais relevantes
em ecologia, com massa crítica de trabalhos que
permitiram bons diagnósticos de parte da estrutura de
diversos biomas brasileiros, principalmente o cerrado e as
matas ciliares, estacional semidecidual e pluvial tropical”.
15
De acordo com Melo (2004) embora existam estudos, ainda há carência de
conhecimento sobre a composição florística e fitossociológica das florestas,
essencialmente sobre as mudanças que ocorrem nessas comunidades ao longo do tempo.
Para Giehl e Budke (2011), de modo geral, o progresso dos estudos fitossociológicos
vem acontecendo de forma lenta e não sincronizada nos diferentes grupos de pesquisa
do país, um dos motivos principais dessa diferença, deve-se ao baixo número de
pesquisadores atuando nessa área, nas diferentes regiões do Brasil.
Os estudos florísticos e fitossociológicos são imprescindíveis, pois a partir de
informações qualitativas e quantitativas, é possível conhecer a função das diferentes
espécies de plantas na comunidade, bem como os habitats preferenciais de cada uma
delas (OLIVEIRA, 2008).
16
4 MATERIAL E MÉTODOS
4.1 Área de Estudo
A área de estudo está localizada no município de Novo Aripuanã,estado do
Amazonas, situado nas seguintes coordenadas:05° 07' 40,58" S e 60° 12' 25,93" W, com
área de 48.282 km² e 225 km distante de Manaus, a capital do Estado.Limita-se com os
municípios de Borba, Manicoré e com o Estado de Mato Grosso (IBGE, 2010).
A área total ou área de manejo florestal - AMF corresponde a 1.576,8621 ha,
enquanto a unidade de produção florestal – UPF,apresenta 675,824 ha, essa ultima,
corresponde a área sob exploração aonde foi realizado este estudo. Na Figura 1, é
possível visualizar o acesso à área, onde foi realizada a exploração do manejo florestal.
Fonte: Google Earth.
Segundo a classificação de köppen o clima predominante em Novo Aripuanã é
do tipo Af (tropical chuvoso) e úmido, com temperaturas máximas de 37,5ºC, mínimas
de 16ºC e uma temperatura média de 26,7ºC. A umidade relativa é bastante elevada no
município, onde apresenta fatores mínimos e máximos de 85 e 95 %. (RADAM, 1978).
A elevada pluviosidade da região é um dos fatores característicos, com variação média
de 2.250 a 2.750 mm/ano, registrado pelo instituto nacional de meteorologia (INMET),
Figura 1- Croqui de acesso do município de Novo Aripuanã (marcado no circulo em vermelho) e a
unidade de produção florestal (marcado no retângulo em vermelho).
17
não apresentando um período definitivo de seca, ou seja, os índices pluviométricos
tendem a ser altos todo o ano. A precipitação pluviométrica começa geralmente em
outubro, com o quadrimestre mais chuvoso nos meses de janeiro a abril, e o de maior
estiagem entre junho a setembro (INMET, 2017).
A vegetação presente na área de estudo é caracterizada como floresta tropical
densa,com espécies emergentes e um conjunto de palmeiras, que competem para
obtenção de luz no estrato arbóreo superior (IBGE, 1992). O município de Novo
Aripuanã, localiza-se em nos terrenos baixos, com altitude menor do que 40 metros
acima do nível do mar, em zona de planície, cujos terrenos apresentam topografia de
características planas, e levemente ondulada (RADAM, 1978).
No aspecto pedológico apresenta latossolo amarelo álico textura média,
latossolo amarelo álico textura argilosa, areias quartzosas álicas e gleissolo pouco
húmico distrófico textura indiscriminada (RADAM, 1974). Segundo o atual sistema de
classificação de solos do Brasil, correspondem à latossolos vermelhos amarelos e
gleissolo.
A malha fluvial é representada pela bacia do rio madeira e de seu tributário rio
Aripuanã, sendo a área do projeto cortada por vários igarapés temporários, sendo que o
período de enchente vai de dezembro a maio, com cota máxima no mês de abril, a
vazante vai de junho a novembro, com águas mínimas no mês de setembro, o baixo
curso, até as proximidades de Novo Aripuanã, sofre influência das enchentes do rio
Amazonas, que ocorrem no período de maio e julho (MME, 2011).
4.2 Coleta de informações
As informações são originárias de um plano operacional de exploração - POE,
proveniente do PMFS denominado nova empresa. Os demais processos realizados nesse
projeto estão baseados na resolução do SDS nº 009, de 15 de dezembro de 2011, que
disciplina a exploração florestal na bacia amazônica, e assegura a análise, implantação e
monitoramento de todos os planos de manejo da região.
Segundo os responsáveis técnicos do projeto nova empresa, a área é considerada
uma propriedade que tem licença operacional, autorizada pelo Instituto de Proteção
Ambiental do Amazonas - IPAAM, órgão que faz a gestão florestal no Amazonas.
O levantamento florístico e fitossociológicos foi organizado no ano de 2015,
representado por tabelas e gráficos gerados pelo programa Excel for Windows. A
18
determinação desses parâmetros foi calculada a partir dos dados do inventário florestal,
na etapa pré-exploratória em uma UPF, composta por seis unidades de trabalho - UT. A
equipe que realizou o inventario foi formada por dois auxiliares de campo (laterais), um
identificador botânico (mateiro) e um anotador.
A identificação botânica das espécies foi feita por um parabotãnico, onde o
técnico florestal da empresa atestou e se certificou de que ambos conheciam as espécies
pelo mesmo nome. A metodologia aplicada pela equipe foi à identificação pelas folhas,
flores, frutos ou casca das árvores, e se acaso persistisse alguma dúvida, era realizado
um corte no tronco, para identificar os indivíduos pelo cheiro, resina ou gosto. Todas as
árvores inventariadas receberam uma identificação padrão, com placa de alumínio de
numeração contínua.
O procedimento executado consistiu em anotar a posição de cada árvore em
sistema de coordenadas x e y na ficha de campo, onde, “x” refere-se à distância de uma
árvore para a trilha vizinha e “y” à distância entre a árvore e a linha base mais próxima.
Esses valores são fornecidos pelos auxiliares, que os estimam com base nas distâncias
anotadas nas balizas das trilhas, ou medem usando uma trena. E para facilitar a
localização das coordenadas, foi anotada na ficha de campo, a faixa onde se encontra a
árvore inventariada.
A faixa 1, por exemplo, foi à área situada na cabeceira do talhão (linha base)
entre as balizas 0 e 50 metros, a faixa 2 entre os pontos 50 e 100 metros, e assim
sucessivamente (SOARES; NETO; SOUZA, 2011). Na figura 2 pode-se visualizar a
ilustração da delimitação da área de uma UT.
Fonte: Elaboração própria
Figura 2-Ilustração da abertura das trilhas na unidade de trabalho.
19
Na UT da UPF foi aberto um “travessão” no sentido perpendicular às picadas,
identificando o início e o fim da área inventariada. O travessão em conjunto com as
picadas e os piquetes, estes instalados a cada 25 metros dentro de cada pique, foram
determinados dentro da UT, sob orientação de uma bússola e um GPS.
A seleção das espécies foi para fins comerciais, com mensuração das árvores
acima de 30 cm de DAP (100 cm de circunferência). Entretanto, o DAP mínimo de
corte foi maior para as espécies definidas no manejo como de interesse comercial, nesse
caso estabeleceu-se o DAP acima de 50 cm (157 de circunferência).
4.3 Análise dos dados
4.3.1 Análise da composição Florística
A composição florística foi analisada considerando a ocorrência das espécies
arbóreas na UPF. Para avaliar a diversidade, dominância e equabilidade dessas espécies,
foram utilizados os índices de Shannon-Weaver (H’), Simpson (C) e de Pielou (J’).
4.3.1.1 Índice de Diversidade de Shannon-Weaver (H’)
Esse índice basicamente demonstra o valor da diversidade em determinado local,
sendo o mais comumente utilizado nos estudos de composição florística e diversidade,
desenvolvido por Shannon (1948). Este índice é calculado com base no número de
indivíduos de cada espécie e no total de indivíduos amostrados. Quanto maior for o
valor de H’, maior será a diversidade florística da floresta. O índice de diversidade de
espécies (H’) é calculado pelo emprego da expressão:
H'= - ∑ (pi)(1n p
i)
S
i=1
𝒑𝒊 =𝒏𝒊
𝑵
H´ =índice de diversidade de espécies;
S = número de espécies na
comunidade vegetal;
pi=A abundância relativa de cada
espécie;
ni=número de indivíduos da espécie i;
N = número total de indivíduos da
comunidade vegetal;
ln = logaritmo neperiano.
20
4.3.1.2 Índice de dominância de Simpson (C)
Para este índice, instituído por Simpson (1949), tem como principal objetivo
visualizar a probabilidade de dois indivíduos escolhidos ao acaso, em uma amostra
serem da mesma espécie, sendo que quanto maior o valor, maior a dominância por uma
ou poucas espécies.
O índice de dominância de Simpson mede a probabilidade de dois indivíduos,
selecionados ao acaso na amostra, pertencer à mesma espécie. Uma comunidade de
espécies com maior diversidade terá uma menor dominância. O valor estimado de C
varia de 0 (zero) a 1 (um), sendo que para valores próximos de um, a diversidade é
considerada maior.
O índice de Simpson (C) é calculado pelo emprego da expressão:
𝑪 = ∑ p12
C = índice de Simpson para a
comunidade vegetal;
pi= abundância relativa de cada
espécie.
4.3.1.3 Índice de equabilidade de Pielou (J)
Este índice de equidade mede a proporção da diversidade analisada em
relação à máxima diversidade esperada, ou seja, a equabilidade de Pielou mede a
proporção da diversidade observada no índice de Shannon pela máxima diversidade
potencial (PIELOU, 1975). O índice assume seu valor máximo (igual a 1), quando as
espécies são igualmente abundantes (POLLOCK, 1998). A equabilidade de Pielou (J) é
calculada pelo emprego da expressão:
J=H'
1n (S)
J = índice de Equabilidade de
Pielou;
H’ = índice de diversidade de
Shannon;
ln (S) = diversidade máxima.
4.3.2 Análise fitossociológica
21
Neste trabalho, a análise da estrutura horizontal englobou os parâmetros de
densidade (d), dominância (do), frequência (f), índice de valor de importância (IVI) e
índice de valor de cobertura (IVC), em termos percentuais.
4.3.2.1 Densidade
A densidade absoluta é obtida a partir do número de indivíduos de determinada
espécie presentes em certa unidade de área (em hectares). Assim, a densidade absoluta
(DA) foi calculada como:
DA= Ni ha⁄
DA= Densidade absoluta;
Ni= Número de indivíduos da
espécie;
ha = Unidade de área em hectares.
A densidade relativa (DR) avalia o grau de participação das diferentes espécies
identificadas na composição vegetal, é dada pelo número de uma espécie em questão
por hectare, dividido pelo número total de indivíduos amostrados por hectare,
multiplicado por 100. É calculada pela seguinte expressão:
DR= DA
N. 100
DA= quantidade de árvores de cada
espécie por hectare (Ni/ha);
N= Número total de árvores por
hectare (N).
4.3.2.2 Dominância
A dominância absoluta (DoA) expressa a proporção do tamanho, biomassa,
volume ou de cobertura de cada espécie, em relação ao espaço ou volume ocupado pela
comunidade.É calculada pela expressão a seguir:
DoA= Σg/ha
g=π.DAP²
4
DoA= Dominância Absoluta;
Σg = Soma das áreas basais (g) de
cada árvore da espécie;
ha = Unidade de área em hectares
(ha);
DAP=Diâmetro a altura do peito
22
A dominância relativa (DoR) é a participação da área basal de cada espécie na
área basal total das unidades estudadas, multiplicadas por 100, sendo calculada com
equação abaixo:
DoR=DoA
G.100
G= Área basal de todas as espécies
(por hectare).
4.3.2.3 Frequência
A frequência expressa à uniformidade de distribuição horizontal de cada
espécie no terreno, caracterizando sua ocorrência dentro das unidades amostrais. A
freqüência absoluta (FA) é dada pelo número de indivíduos onde determinada espécie
ocorre dividida pelo número total de unidades amostrais, multiplicado por 100. Dessa
forma, a frequência absoluta é expressa na equação a seguir:
FA= np
NP*100
FA=Frequência absoluta;
np= o número de unidades amostrais
com ocorrência da espécie;
NP= Número total de unidades
amostrais.
A frequência relativa (FR) resulta da divisão da frequência absoluta da espécie,
pelo somatório da freqüência absoluta de todas as espécies. Indicam como os indivíduos
estão distribuídos sobre a área amostrada, em relação percentual dos demais indivíduos.
A fórmula para obtenção da FR é expressa seguir:
FR= FA
ΣFA*100
FR=Frequência relativa;
ΣFA =frequência total por hectare
(ha);
FA=Frequência absoluta.
23
4.3.2.4 Valor de Cobertura
Este parâmetro é o somatório dos parâmetros relativos de densidade e
dominância das espécies, e serve para informar a importância ecológica da espécie em
termos de distribuição horizontal, baseando-se, apenas na densidade e na dominância.
Este índice pode ser expresso na sua forma absoluta ou relativa, conforme a seguir:
VC=DR+DoA
ou
VC (%)= VC
2
VC= Valor de cobertura;
DR= Densidade Relativa;
DoR=Dominância Relativa.
O valor de cobertura (VC) expressa à quantidade de terreno que está ocupada
pelos indivíduos de cada espécie, somando-se as densidades e as dominâncias relativas.
4.3.2.5 Valor de importância
O índice de valor de importância (IVI) especifica a relevância ecológica das
espécies para o ambiente ao qual estão inseridos, sendo possível diagnosticar a
influência relativa das espécies mais freqüentes e dominantes, nos processos de
equilíbrio da flora e conservação da fauna presente (OLIVEIRA & AMARAL, 2004).
A finalidade do IVI é atribuir nota global para cada espécie da comunidade
vegetal, e permitir uma visão mais ampla da posição da espécie, caracterizando sua
importância na floresta (BATISTA et al, 2012).
Este índice é o somatório dos parâmetros relativos de densidade, dominância e
frequência das espécies amostradas, informando a importância ecológica da espécie em
termos de distribuição horizontal, sendo expresso na forma absoluta ou relativa:
VI=DR+DoR+ FR
ou
VI (%)= VI
3
VI= Valor de importância;
FR= Freqüência Relativa.
DoR=Dominância Relativa
24
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
5.1 Composição florística
Foram inventariados na área um total de 11.490 indivíduos, distribuídos entre
espécies arbóreas com DAP > 30 cm, classificados em 38 famílias botânicas e 96
espécies (Tabela 1).
Tabela 1- Famílias e espécies identificadas na área.
FAMÍLIA NOME
POPULAR
NOME CIENTÍFICO
Achariaceae Pente de macaco Mayna Aubl.
Anacardiaceae
Caju açu Anacardium giganteum W.Hancock. ex Engl.
Muiracatiara Astronium lecointei Ducke
Annonaceae Invira Duguetia elliptica R.E.Fr.
Apocynaceae
Amapa Hancornia amapa Huber
Araracanga Aspidosperma desmanthum Benth. ex Müll.Arg.
Pau caboclo Aspidosperma Mart. &Zucc.
Sorva Couma utilis (Mart.) Müll.Arg.
Araliaceae Morototó Scheffleramo rototoni (Aubl.) Maguire et al.
Arecaceae Pupunharana Syagrus inajai(Spruce) Becc.
Asteraceae Esponja Stifftia chrysantha J.C.Mikan
Balanophoraceae Feu de paca Langsdorffia hypogaea Mart.
Bignoniaceae Para para Jacaranda copaia (Aubl.) D.Don
Boraginaceae Freijo Cordia alliodora (Ruiz &Pav.) Cham
Burseraceae Breu Protium heptaphyllum (Aubl.) Marchand
Calophyllaceae Jacareuba Calophyllum brasiliense Cambess.
Caryocaraceae
Piquia Caryocar villosum (Aubl.) Pers
Piquiarana Caryocar pallidum A.C.Sm.
Chrysobalanaceae
Macucu Couepia elata Ducke
Pajura Couepia bracteosa Benth.
Clusiaceae
Clusiaceae
Anani Symphonia globulifera L.f.
Sapateiro Tovomita acutiflora M.S. Barros & G. Mariz
Combretaceae
Mirindiba Buchenavia grandis Ducke
Tanibuca Buchenavia parvifolia Ducke
Connaraceae Cumate Connaru serianthus Benth. ex Bakervar erianthus
Euphorbiaceae
Casca seca Sagotia brachysepala (Müll.Arg.) Secco
Cutieira Joannesia princeps Vell.
Marfim Agonandra brasiliensis Miers ex Benth. & Hook.f. subsp.
brasiliensis
Sacaca Croton cajucara Benth.
Seringueira Hevea brasiliensis (Willd. ex A.Juss.) Müll.Arg
25
Urucurana Croton urucurana Baill
Fabaceae
Amarelão Apuleia leiocarpa (Vogel) J.F.Macbr.
Angelim Dinizia excelsia Ducke
Angelim pedra Hymenolobium petraeum Ducke
Cedrorana Cedrelinga cateniformis ( Ducke) Ducke
Copaiba Copaiba langsdorffii (Hayne) Kuntze
Copaíbajacaré Eperua oleifera Ducke
Cumaru Dipteryx polyphylla (Huber) Ducke
Fava Parkia nítida Miq
Faveira Parkia decussata Ducke
Inga Inga alba (Sw.)Willd.
Ipê Macrolobium pendulum Willd. ex Vogel
Jatobá Hymenaea oblongifolia Huber
Macacauba Platymiscium trinitatis Benth.
Mututi Pterocarpus Jacq
Paracutaca Swartzia duckei Huber
Roxinho Dialium guianense (Aubl.) Sandwith
Sucupira Bowdichia nitida Spruce. ex.Benth.
Tapiririca Stryphnodendron roseiflorum (Ducke) Ducke
Tento Adenanthera pavonina Linnaeus
Goupiaceae Cupiuba Goupia glabra Aubl.
Humiriaceae Uxi Endopleura uchi (Huber) Cuatrec.
Uxirana Sacoglottis amazonica Mart.
Iridaceae Marupa Eleutherine bulbosa (Mill.) Urb.
Lauraceae Itauba Mezilaurus Taub.
Louro Nectandra díscolor (H.B.K.) Nees
Pau rosa Aniba rosaeodora Ducke
Preciosa Aniba canelilla (Kunth) Mez
Lecythidaceae Castanharana Eschweilera atropetiolata S.A.Mori
Churu Allantoma lineata (Mart. ex. O.Berg) Miers
Mata mata Lecythis corrugata Poit. subsp. corrugata
Ripeira Couratari atrovinosa Prance
Sapucaia Lecythis pisonis Cambess.
Tauari Couratari guianensis Aubl.
Malpighiaceae Murici Byrsonima sp.
Malvaceae Cacaurana Theobroma obovatum Klotzschex Bernoulli
Cedrinho Scleronema micranthum (Ducke) Ducke
Mamaorana Catostemma albuquerquei Paula
Samauma Pachira macrocalyx (Ducke) Fern. Alonso
Melastomataceae Meralba Mouriria piranga Spruce ex Triana
Meliaceae Andiroba Carapa guianensis Aubl.
Cedro Cedrela odorata L
Moraceae Guariuba Clarisia racemosa Ruiz &Pav.
Muirapiranga Brosimum rubescens Taub.
Muiratinga Maquira sclerophylla (Ducke) C.C.Berg
Murure Brosimum acutifolium Huber
26
Myristicaceae Arura Iryanthera grandis Ducke
Ucuubarana Iryanthera dialyandra Ducke
Virola Virola sp.
Olacaceae Aquariquara Minquartia guianensis Aubl.
Polygonaceae Taxi Triplaris weigeltiana (Rchb.) Kuntze
Rubiaceae Casca doce Coussarea brevicaulis K.Krause
Mulateiro Calycophyllums pruceanum (Benth.) K.Schum.
Salicaceae Carapanauba Casearia commersoniana Cambess
Sapotaceae Abiu Pouteria caimito (Ruiz &Pav.) Radlk.
Abiurana Chrysophyllum amazonicum T.D.Penn
Balata Chrysophyllum sanguinolentum (Pierre) Baehni
Caramuri Pouteria elegans (A.DC.) Baehni
Gipi Sideroxylon sp
Maçaranduba Manilkara huberi (Ducke) A.Chev.
Maparajuba Chrysophyllum argenteum subsp.auratum (Miq.) T.D.Penn.
Symplocaceae Mandioqueira Symplocos estrellensis Casar.
Urticaceae Embauba Cecropia ficifolia Warb. ex Snethl.
Vochysiaceae Quaruba Vochysia floribunda Mart.
Quarubarana Erisma uncinatum Warm.
Quarubatinga Vochysia guianensis Aubl.
Fonte: Elaboração própria
As famílias de maior riqueza florística foram: Fabaceae (19), Sapotaceae (7),
Euphorbiaceae (6), Lecythidaceae (6) e Malvaceae (4), como mostra a figura 3.
Gonçalves & Santos (2008) em seu estudo de composição florística em uma unidade de
manejo florestal sustentável, na Floresta Nacional do Tapajós, obteve a maior
representatividade de espécies também na família Fabaceae.
Figura 3- Famílias com maior riqueza florística em número de espécies.
Fonte: Elaboração própria
0
5
10
15
20
25
Fabaceae Sapotaceae Euphorbiaceae Lecythidaceae Malvaceae
Nú
mer
o d
e es
péc
ies
Famílias
27
As famílias botânicas que apresentaram maior número de indivíduos foram:
Fabaceae (3061), Sapotaceae (1835), Malvaceae (1346), Lecythidaceae (1037) e
Moraceae (620) perfazendo 68,75% do total de indivíduos inventariados.
Observa-se que a família Fabaceae também obteve maior importância em termos
de riqueza florística. Nesse contexto, a presença da família Fabaceae é apontada em
estudos realizados por Gentry (1988) e Oliveira & Fontes (2000) como a família mais
rica em regiões tropicais, presente em biomas como a Mata Atlântica, Amazônia e
Cerrado.
As características relacionadas às espécies da família Fabaceae, como os seus
métodos de defesa (acúleos, tanino), à eficiência na reprodução, à habilidade de adquirir
substâncias essenciais para o crescimento, e a capacidade que muitas espécies possuem
em fixar nitrogênio atmosférico, através da associação com bactérias do gênero
Rhizobium, atribui ainda mais a sua importância e presença nos mais diversos ambientes
floristicos (POLHILL, 1981; MOREIRA, 1994; FREITAS & MAGALHÃES, 2014).
Analisando o número de indivíduos, as cinco famílias mais recorrentes no
componente arbóreo foram: Fabaceae (27%), Sapotaceae (16%),Malvaceae (12%),
Lecythidaceae (9%) e Moraceae (5%), como mostram a figura 4.
Figura 4- Representatividade das famílias em número de indivíduos.
Fonte: Elaboração própria.
Das famílias restantes, quinze foram representadas por apenas uma espécie,
sendo elas: Araliaceae, Arecaceae, Asteraceae, Balanophoraceae, Boraginaceae,
Burseraceae, Calophyllacea, Connaraceae, Goupiaceae, Iridaceae, Olacaceae,
Polygonaceae, Salicaceae, Symplocaceae e Urticaceae.
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
Fabaceae Sapotaceae Malvaceae Lecythidaceae Moraceae
Nú
mer
o d
e In
div
ídu
os
Família
28
Os gêneros com maior número de indivíduos ou abundância foram: Pouteria
(1538) e Scleronema (1318).A família Sapotaceae, a segunda família mais abundante
nesse trabalho (figura 3) foi recorrente também em segundo lugar nos estudos de Condé
e Tonini (2013) e Vieira et al. (2015). As famílias Fabaceae, Lecythidaceae, Moraceae e
Sapotaceae se destacaram entre as cinco principais famílias nos estudos de Moser
(2013), Gentry & Ortiz (1993); e Milliken (1998).
O índice de diversidade Shannon foi de 3,58, este valor pode ser considerado
baixo, onde o índice normalmente varia de 3,83 a 5,85, que são valores considerados
altos para qualquer tipo de vegetação segundo Knight (1975). Para Felfili & Rezende
(2003), os valores de Shannon geralmente situam-se entre 1,3 e 3,5, podendo exceder
4,0 e alcançar em torno de 4,5 em ambientes florestais tropicais.
Nos estudos realizados por Andrade (2012), em um fragmento florestal de
floresta ombrófila densa em Carauari no Amazonas, o índice de Shannon foi
considerado baixo também, aproximadamente 3,75, quando comparado com os índices
de outros trabalhos realizados na Amazônia em florestas de terra firme (OLIVEIRA &
AMARAL, 2004).
Resultados aproximados ao deste trabalho em Novo Aripuanã, foram
encontrados também em um estudo numa floresta ombrófila densa em Roraima, com o
índice de Shannon igual a 3,27 (CONDÉ & TONINI, 2013). Os autores atribuem essa
baixa diversidade à presença marcante de uma espécie, a Pentaclethra macroloba, que
apresentou uma distribuição espacial uniforme em toda a floresta.
Nesse contexto, Malheiros et al. (2009), afirma que a diferença entre florestas
tropicais ocorre, especialmente, pela maior dominância de determinadas espécies na
comunidade, o que pode influenciar na riqueza floristica desses ambientes.
Para Andrade (2012) a obtenção de resultados superiores, ocorre devido à
utilização de um menor nível de inclusão diamétrica, por exemplo, a inserção de lianas e
palmeiras na amostragem, aumenta a chance de se obter um índice de diversidade
superior.
O índice de Pielou encontrado foi de 0,78 o que sugere uma uniformidade baixa
em relação as proporções do número de indivíduos sob o número de espécies dentro da
comunidade vegetal (MORAES & SILVA, 2016).
Em relação ao índice de Simpson, apresentou o valor igual a 0,95, o que indica
baixa dominância de espécies. Permite-se inferir que a probabilidade de se amostrar
dois indivíduos ao acaso, e estes pertencerem à mesma espécie é igual a 5%. Valores
29
semelhantes foram encontrados em estudos com o inventário realizados na FLONA de
Carajás, registrados pela Eco Florestal (2011), que encontrou um índice de Simpson
igual a 0,92.
5.2 Parâmetros fitossociológicos
As espécies encontradas e os valores referentes aos parâmetros fitossociológicos
da estrutura horizontal, estão apresentadas na tabela 2, em ordem decrescente de valor
de importância (VI%).
A espécie P. caiminto apresentou maior densidade no componente arbóreo
(tabela 2), com valor igual a 2,27 ind.ha¹e densidade relativa de 13,39%, seguida pela
espécie Scleronema micranthum, com 1,95 ind.ha¹ e 11,47%, respectivamente. Essas
duas espécies foram destacadas na comunidade por serem representadas por um número
de indivíduos muito superior às demais espécies.
Em relação à freqüência, mais de 48 espécies apresentaram frequência relativa
individual de 1,44% (figura 5), onde essas mesmas espécies foram frequentes em todas
as unidades de trabalho.
Figura 5- Numero de espécies e freqüência relativa (%).
Fonte: elaboração própria
Observa-se que mesmo tendo 48 espécies frequentes em todas as UTs, ainda
assim houve mais indivíduos em repetição representados, especialmente, por P.caiminto
e a S. micranthum. Sendo que dez espécies foram registradas uma única vez em toda a
unidade de produção (UPF), que são: Swartzia sp, Stifftia chrysantha ,Coussarea
16
9 6 8 9
48
0,24 0,48 0,72 0,96 1,20 1,44
Frequência Relativa (%)
Numero de espécies
30
brevicaulis, Langsdorffia hypogaea, Courataria trovinosa, Calycophyllum spruceanum,
Aniba canelilla, Apuleia leiocarpa, Cecropia ficifolia e Aspidosperma sp.
Considerando-se a ordenação das espécies pelos valores decrescentes de valor de
cobertura VC (%), as primeiras 10 espécies representam 50,4% do VC (%) total (figura
7). Duas espécies exibem destaque em relação ao valor de cobertura VC (%): P. caimito
(28%) e S. micranthum (26%).
Figura 6- Espécies com maior valor de cobertura (%).
Fonte: elaboração própia.
Nota-se ainda, que a família com maior riqueza em espécies apresentou duas
espécies de maior importância na comunidade, a P. nítida e a E. oleifera, ambas
pertencentes a família Fabaceae. No entanto, a espécie mais representativa adveio da
família Sapotaceae (P. caiminto). As demais são representadas pelas famílias
Lecythidacea (C. guianesis) e Malvaceae (S. micranthum), com os valores de
importância expressos na figura 8. Essas espécies juntas perfazem um total de 27,16%
do valor de importância.
Segundo Scipioni (2008), quanto maior a densidade, frequência e dominância de
uma espécie em um levantamento, maior serão o valor de importância atribuído a ela,
para essa afirmação se enquadra espécie P. caimito, que também apresentou maiores
valores de dominância absoluta e relativa.
28%
26% 18%
15%
13% Pouteria caimito
Scleronema micranthum
Parkia nitida
Dinizia excelsia
Eperua oleifera
31
Figura 7- Espécies com maior valor de importância (%).
Fonte: Elaboração própria
Nesse sentido, Oliveira & Amaral (2004) afirmam que o valor de importância
estimado para as espécies vegetais, em áreas não perturbadas, também pode ser
utilizado em planos de manejo, como indicador da importância ecológica, devido à
influência das espécies mais freqüentes e dominantes nos processos básicos de
equilíbrio da flora e manutenção da fauna, fornecendo abrigo e alimentação.
A espécie P. caimito floresce e frutifica durante quase o ano inteiro,
apresentando três picos bem definidos, tanto de floração como de frutificação
(FALCÃO & ROLAND, 1999). Por possui um grande valor na indústria madeireira
pelas propriedades de sua madeira e látex, acaba desempenhando um papel na
economia, e também exerce um papel em comunidades tradicionais que desempenham
atividades de subsistência e usufruem de produtos não madeireiros para gerar uma fonte
de renda na comunidade (GUERRA, 2008).
Nos estudos realizados por Costa et al. (2018) em uma reserva extrativista no
Tapajós, avaliou-se o potencial da espécie Pouteria macrophylla, sendo semelhante a P.
caimito. Verificou-se que essa espécie apresentou estoque de regeneração natural, e
estoque de crescimento e dispersão eficiente, desse modo a mesma apresentou um
potencial não só para aproveitamento madeireiro, mas também para a comercialização
de seu fruto, podendo gerar benefícios econômicos às comunidades, gerando uma renda
complementar para os comunitários.
De forma geral, a família Sapotaceae, ao qual a espécie P. caimito está incluída é uma
das famílias de angiospermas mais ameaçadas pelo avanço do desmatamento, no
entanto, poucos são os trabalhos realizados no Brasil que envolvem as espécies dessa
família (IUCN 2008; ALVES & ALVES, 2010).
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
Pouteria caimito Scleronema
micranthum
Parkia nitida Eperua oleifera Couratari guianensis
Va
lor d
e I
mp
ortâ
ncia
(%
)
Espécies
32
6 CONCLUSÃO
A área estudada atualmente possui 11.490 indivíduos, pertencentes a 38 famílias
botânicas, e 96 espécies. A família mais rica em número de espécie foi a Fabaceae,
seguida de outras famílias tais como: Sapotaceae, Euphorbiaceae, Lecythidaceae,
Malvaceae e Moraceae.
O índice de Shannon, que informa diretamente o valor da diversidade no local,
teve valor igual a 3,58, que denota baixa diversidade no local.
O índice de dominância de Simpson teve valor de 0,95 e o índice de Pielou
encontrado foi de 0,78, que infere uma baixa uniformidade nas proporções do número
de indivíduos/número de espécies dentro da comunidade vegetal.
As espécies de maior valor de importância no local foram: Pouteria caimito,
Scleronema micranthum, Parkia nítida, Eperua oleifera e Couratari guianensis, sendo
essas espécies características das florestas da região.
A espécie P. caimito, apresentou os maiores percentuais em relação aos
parâmetros fitossociológicos analisados, e, por conseguinte, maior valor de importância
para comunidade vegetal estudada.
A partir deste estudo, foi possível concluir que as comunidades florestais
presentes no inventário florestal a 100%, podem simular diferentes intensidades
amostrais, apresentando diferenças significativas na riqueza e na diversidade das
espécies arbóreas tropicais.
Quanto à presença da espécie P. caimito, conclui-se que a mesma apresentou
uma grande relevância nesse estudo, e a cerca disso, é uma espécie de grande potencial
para o setor madeireiro, podendo também exercer um papel importante para as
comunidades, que residem próximas da floresta sob exploração em Novo Aripuanã.
Sugerem-se nos próximos estudos que sejam incluídos novas classes diamétricas
e, recomenda-se, uma metodologia mais criteriosa que permita um estudo mais
detalhado sobre a área explorada, a exemplo do transecto estrutural ou convencional
proposto por Rocha (2001), afim de avaliar a regeneração natural após a exploração.
33
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39
APENDICE
Tabela 2- Espécies encontradas na unidade de produção florestal (UPF) e seus respectivos parâmetros fitossociológicos.
NOME CIENTÍFICO N DAB DR
(%)
FA FR
(%)
DOA DOR
(%)
IVI IVI
(%)
VC VC
(%)
Pouteria caimito (Ruiz &Pav.) Radlk. 1538 2,2757 13,39 1,00 1,44 491,23 10,30 25,12 8,37 23.69 11.84
Scleronema micranthum (Ducke) Ducke 1318 1,9502 11,47 1,00 1,44 453,86 9,52 22,43 7,48 20.99 10.49
Parkia nítida Miq 653 0,9662 5,68 1,00 1,44 319,48 6,70 13,82 4,61 12.38 6.19
Eperua oleifera Ducke 431 0,6377 3,75 1,00 1,44 237,01 4,97 10,16 3,39 7.69 3.85
Couratari guianensis Aubl. 443 0,6555 3,86 1,00 1,44 222,99 4,68 9,97 3,32 8.72 4.36
Dinizia excelsia Ducke 250 0,3699 2,18 1,00 1,44 263,04 5,52 9,13 3,04 7.68 3.84
Allantoma lineata (Mart. ex O.Berg) Miers 314 0,4646 2,73 0,83 1,20 235,93 4,95 8,88 2,96 8.53 4.27
Dialium guianense (Aubl.) Sandwith 428 0,6333 3,72 1,00 1,44 144,75 3,04 8,20 2,73 5.92 2.96
Caryocar pallidum A.C.Sm. 300 0,4439 2,61 1,00 1,44 157,88 3,31 7,36 2,45 5.06 2.53
Hancornia amapa Huber 313 0,4631 2,72 1,00 1,44 114,20 2,39 6,56 2,19 6.76 3.38
Buchenavia parvifolia Ducke 202 0,2989 1,76 1,00 1,44 157,32 3,30 6,50 2,17 4.55 2.27
Triplaris weigeltiana (Rchb.) Kuntze 309 0,4572 2,69 1,00 1,44 105,55 2,21 6,34 2,11 5.12 2.56
Dipteryx polyphylla (Huber) Ducke 287 0,4247 2,50 1,00 1,44 107,46 2,25 6,19 2,06 4.75 2.38
Clarisia racemosa Ruiz & Pav. 273 0,4040 2,38 1,00 1,44 106,94 2,24 6,06 2,02 4.62 2.31
Vochysia floribunda Mart. 241 0,3566 2,10 1,00 1,44 116,92 2,45 5,99 2,00 4.90 2.45
Goupia glabra Aubl. 230 0,3403 2,00 1,00 1,44 105,48 2,21 5,65 1,88 4.21 2.11
40
Iryanthera grandis Ducke 240 0,3551 2,09 0,83 1,20 92,20 1,93 5,22 1,74 4.02 2.01
Bowdichia nítida Spruce ex Benth. 238 0,3522 2,07 1,00 1,44 76,55 1,61 5,12 1,71 3.68 1.84
Copaiba langsdorffii (Hayne) Kuntze 234 0,3462 2,04 1,00 1,44 70,97 1,49 4,96 1,65 3.52 1.76
Manilkara huberi (Ducke) A.Chev. 176 0,2604 1,53 1,00 1,44 69,21 1,45 4,42 1,47 2.02 1.01
Nectandra discolor (H.B.K.) Nees 171 0,2530 1,49 1,00 1,44 54,20 1,14 4,06 1,35 2.98 1.49
Maquira sclerophylla (Ducke) C.C.Berg 183 0,2708 1,59 1,00 1,44 48,44 1,02 4,05 1,35 2.53 1.27
Brosimum rubescensTaub. 136 0,2012 1,18 1,00 1,44 64,33 1,35 3,97 1,32 2.44 1.22
Hymenaea oblongifolia Huber 150 0,2220 1,31 1,00 1,44 55,93 1,17 3,92 1,31 2.48 1.24
Hymenolobiumpetraeum Ducke 139 0,2057 1,21 1,00 1,44 58,61 1,23 3,88 1,29 2.62 1.31
Protium heptaphyllum (Aubl.) Marchand 145 0,2146 1,26 1,00 1,44 44,67 0,94 3,64 1,21 2.24 1.12
Crotonuru curana Baill 134 0,1983 1,17 1,00 1,44 47,99 1,01 3,61 1,20 2.61 1.30
Cedrelinga cateniformis (Ducke) Ducke 59 0,0873 0,51 1,00 1,44 71,99 1,51 3,46 1,15 2.17 1.09
Erisma uncinatumWarm. 138 0,2042 1,20 0,83 1,20 49,57 1,04 3,44 1,15 2.20 1.10
Lecythis corrugata Poit. subsp. corrugata 133 0,1968 1,16 1,00 1,44 37,03 0,78 3,37 1,12 1.93 0.97
Anacardium giganteum W.Hancock ex Engl. 84 0,1243 0,73 1,00 1,44 34,44 0,72 2,89 0,96 1.45 0.73
Sagotiabra chysepala (Müll.Arg.) Secco 93 0,1376 0,81 1,00 1,44 29,25 0,61 2,86 0,95 1.26 0.63
Duguetia elliptica R.E.Fr. 95 0,1406 0,83 1,00 1,44 24,56 0,51 2,78 0,93 1.36 0.68
Lecythis pisonis Cambess. 65 0,0962 0,57 1,00 1,44 33,32 0,70 2,70 0,90 1.10 0.55
Eschweilera atropetiolata S.A.Mori 81 0,1199 0,70 1,00 1,44 25,85 0,54 2,69 0,90 1.42 0.71
Couma utilis (Mart.) Müll.Arg. 76 0,1125 0,66 1,00 1,44 25,41 0,53 2,63 0,88 1.25 0.62
Eleutheri nebulbosa (Mill.) Urb. 65 0,0962 0,57 1,00 1,44 23,55 0,49 2,50 0,83 1.06 0.53
Macrolobium pendulum Willd ex Vogel 53 0,0784 0,46 1,00 1,44 21,59 0,45 2,35 0,78 1.19 0.60
41
Sacoglottis amazonica Mart. 59 0,0873 0,51 1,00 1,44 18,26 0,38 2,34 0,78 1.34 0.67
Vochysia guianensis Aubl. 78 0,1154 0,68 0,67 0,96 32,68 0,69 2,32 0,77 1.06 0.53
Caryocarvillosum (Aubl.) Pers 49 0,0725 0,43 0,83 1,20 31,89 0,67 2,29 0,76 1.05 0.53
Inga alba (Sw.) Willd. 59 0,0873 0,51 1,00 1,44 15,77 0,33 2,28 0,76 0.91 0.46
Endopleurauchi (Huber) Cuatrec. 50 0,0740 0,44 1,00 1,44 15,89 0,33 2,21 0,74 0.90 0.45
Mayna Aubl. 44 0,0651 0,38 1,00 1,44 12,38 0,26 2,08 0,69 0.75 0.38
Mouriria piranga Spruce ex Triana 39 0,0577 0,34 1,00 1,44 10,25 0,21 1,99 0,66 0.77 0.38
Virola sp. 36 0,0533 0,31 1,00 1,44 9,80 0,21 1,96 0,65 0.84 0.42
Symphonia globulifera L.f. 44 0,0651 0,38 0,83 1,20 17,69 0,37 1,95 0,65 0.64 0.32
MezilaurusTaub. 34 0,0503 0,30 1,00 1,44 9,57 0,20 1,94 0,65 0.59 0.30
Brosimum acutifolium Huber 28 0,0414 0,24 1,00 1,44 8,61 0,18 1,86 0,62 0.64 0.32
Astronium lecointei Ducke 24 0,0355 0,21 1,00 1,44 9,82 0,21 1,85 0,62 0.55 0.28
Tovomita acutiflora M.S. Barros & G. Mariz 37 0,0547 0,32 0,83 1,20 15,07 0,32 1,84 0,61 0.52 0.26
Agonandra brasiliensis Miers ex Benth. & Hook.f. subsp. brasiliensis 23 0,0340 0,20 1,00 1,44 7,83 0,16 1,80 0,60 0.41 0.21
Sideroxylon sp 26 0,0385 0,23 1,00 1,44 6,54 0,14 1,80 0,60 0.50 0.25
Symplocos estrellensis Casar. 32 0,0473 0,28 0,83 1,20 14,87 0,31 1,79 0,60 0.42 0.21
Jacaranda copaia (Aubl.) D.Don 20 0,0296 0,17 1,00 1,44 6,04 0,13 1,74 0,58 0.36 0.18
Catostemma albuquerquei Paula 20 0,0296 0,17 1,00 1,44 5,90 0,12 1,74 0,58 0.42 0.21
Couepia elata Ducke 30 0,0444 0,26 0,83 1,20 7,41 0,16 1,62 0,54 0.35 0.17
Adenanthera pavonina Linnaeus 22 0,0326 0,19 0,83 1,20 7,47 0,16 1,55 0,52 0.36 0.18
Chrysophyllumamazonicum T.D.Penn 69 0,1021 0,60 0,33 0,48 21,67 0,45 1,53 0,51 0.30 0.15
Iryanthera dialyandra Ducke 59 0,0873 0,51 0,17 0,24 25,90 0,54 1,30 0,43 0.30 0.15
42
Pterocarpus Jacq 23 0,0340 0,20 0,67 0,96 5,87 0,12 1,28 0,43 0.32 0.16
Couepia bracteosa Benth. 18 0,0266 0,16 0,67 0,96 5,82 0,12 1,24 0,41 0.28 0.14
Chrysophyllum argenteum subsp. auratum (Miq.) T.D.Penn. 15 0,0222 0,13 0,67 0,96 4,17 0,09 1,18 0,39 0.23 0.11
Stryphnodendron roseiflorum (Ducke) Ducke 11 0,0163 0,10 0,67 0,96 3,03 0,06 1,12 0,37 0.24 0.12
Platymiscium trinitatis Benth. 9 0,0133 0,08 0,67 0,96 2,93 0,06 1,10 0,37 0.22 0.11
Calophyllum brasilienses Cambess. 8 0,0118 0,07 0,67 0,96 2,59 0,05 1,08 0,36 0.16 0.08
CarapaguianensisAubl. 5 0,0074 0,04 0,67 0,96 1,20 0,03 1,03 0,34 0.14 0.07
Heveabrasiliensis (Willd. ex A.Juss.) Müll.Arg 16 0,0237 0,14 0,50 0,72 4,74 0,10 0,96 0,32 0.14 0.07
Chrysophyllum sanguinolentum (Pierre) Baehni 9 0,0133 0,08 0,50 0,72 2,80 0,06 0,86 0,29 0.11 0.05
Aspidosperma desmanthum Benth ex Müll.Arg. 8 0,0118 0,07 0,50 0,72 2,60 0,05 0,84 0,28 0.12 0.06
Pachiramacrocalyx (Ducke) Fern. Alonso 6 0,0089 0,05 0,50 0,72 2,66 0,06 0,83 0,28 0.12 0.06
Connaruserianthus Benth. ex Baker var erianthus 3 0,0044 0,03 0,50 0,72 0,75 0,02 0,76 0,25 0.07 0.04
Cordia alliodora (Ruiz &Pav.) Cham 3 0,0044 0,03 0,50 0,72 0,67 0,01 0,76 0,25 0.05 0.03
BuchenaviagrandisDucke 4 0,0059 0,03 0,33 0,48 1,80 0,04 0,55 0,18 0.06 0.03
Crotonca juçara Benth. 4 0,0059 0,03 0,33 0,48 1,34 0,03 0,54 0,18 0.07 0.03
Syagrusinajai (Spruce) Becc. 3 0,0044 0,03 0,33 0,48 1,35 0,03 0,53 0,18 0.05 0.02
Schefflera morototoni (Aubl.) Maguire et al. 2 0,0030 0,02 0,33 0,48 0,67 0,01 0,51 0,17 0.06 0.03
Theobromaobovatum Klotzschex Bernoulli 2 0,0030 0,02 0,33 0,48 0,66 0,01 0,51 0,17 0.04 0.02
Minquartia guianensis Aubl. 2 0,0030 0,02 0,33 0,48 0,51 0,01 0,51 0,17 0.04 0.02
Casearia commersoniana Cambess 2 0,0030 0,02 0,33 0,48 0,48 0,01 0,51 0,17 0.03 0.02
Cedrela odorata L 2 0,0030 0,02 0,33 0,48 0,47 0,01 0,51 0,17 0.03 0.02
Parkia decussata Ducke 13 0,0192 0,11 0,17 0,24 5,53 0,12 0,47 0,16 0.03 0.01
43
Aniba rosiodora Ducke 5 0,0074 0,04 0,17 0,24 0,91 0,02 0,30 0,10 0.02 0.01
Joannesiaprinceps Vell. 3 0,0044 0,03 0,17 0,24 0,93 0,02 0,29 0,10 0.03 0.01
Byrsonima sp. 2 0,0030 0,02 0,17 0,24 0,56 0,01 0,27 0,09 0.03 0.01
Pouteriaelegans(A.DC.) Baehni 2 0,0030 0,02 0,17 0,24 0,47 0,01 0,27 0,09 0.03 0.01
Swartzia duckei Huber 1 0,0015 0,01 0,17 0,24 0,52 0,01 0,26 0,09 0.03 0.01
Calycophyllum spruceanum (Benth.) K.Schum. 1 0,0015 0,01 0,17 0,24 0,33 0,01 0,26 0,09 0.02 0.01
Stifftia chrysantha J.C.Mikan 1 0,0015 0,01 0,17 0,24 0,32 0,01 0,26 0,09 0.02 0.01
Coussarea brevicaulis K.Krause 1 0,0015 0,01 0,17 0,24 0,31 0,01 0,25 0,08 0.02 0.01
Apuleia leiocarpa (Vogel) J.F.Macbr. 1 0,0015 0,01 0,17 0,24 0,26 0,01 0,25 0,08 0.01 0.01
Aniba canelilla (Kunth) Mez 1 0,0015 0,01 0,17 0,24 0,26 0,01 0,25 0,08 0.01 0.01
Langsdorffia hypogaea Mart. 1 0,0015 0,01 0,17 0,24 0,24 0,01 0,25 0,08 0.01 0.01
Aspidosperma Mart. & Zucc. 1 0,0015 0,01 0,17 0,24 0,24 0,01 0,25 0,08 0.01 0.01
Cecropia ficifolia Warb. ex .Snethl. 1 0,0015 0,01 0,17 0,24 0,21 0,00 0,25 0,08 0.01 0.01
Courataria trovinosa Prance 1 0,0015 0,01 0,17 0,24 0,19 0,00 0,25 0,08 0.01 0.01
Total 11490 17,0015 100,00 69,50 100,00 4769,45 100,00 300,00 100,00 200.00 100.00
Em que: N= Numero de indivíduos; DAB= Densidade absoluta (N.ha¹); DR= Densidade relativa (%); FA= Frequência absoluta; FR=
Frequência relativa (%); DoA= Dominância absoluta (m².ha¹); DoR= Dominância relativa (%); VI= Valor de importância; IVI (%)=
Valor de importância em Porcentagem; VC= Valor de cobertura; VC (%)= Valor de cobertura em Porcentagem.