MINISTÉRIO DA SAÚDE · uma matriz SWOT/FOFA. 5. Recomendações Elabore recomendações...
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MINISTÉRIO DA SAÚDESecretaria de Vigilância em Saúde
Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis
EpiSUS-FundamentalGuia do Treinando
Oficina 1
Bras
ília–
DF•2
018
VENDA PROIBIDADIST
RIBUIÇÃO
GRATUITA
2a edição
2018 Ministério da Saúde.
Esta obra é disponibilizada nos termos da Licença Creative Commons – Atribuição – Não Comercial – Compartilhamento pela mesma licença 4.0 Internacional. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte.
A coleção institucional do Ministério da Saúde pode ser acessada, na íntegra, na Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde: <www.saude.gov.br/bvs>.
Tiragem: 2ª edição – 2018 – 1.000 exemplares
Elaboração, distribuição e informações:MINISTÉRIO DA SAÚDE Secretaria de Vigilância em SaúdeDepartamento de Vigilância das Doenças TransmissíveisSRTVN, quadra 701, via W5 Norte, lote D, Edifício PO 700, 6º andarCEP: 70719-040 – Brasília/DFTel.: (61) 3315-3191
Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUACentros de Controle e Prevenção de DoençasCentro para a Saúde GlobalDivisão de Proteção de Saúde GlobalNúcleo do Programa de Formação na Área da EpidemiologiaCoordenação-Geral de Vigilância e Resposta às Emergências em Saúde PúblicaUnidade Técnica do Programa de Treinamento em Epidemiologia Aplicada aos Serviços do SUS
Design instrucional:Denise Traicoff
Conteúdo técnico:Richard C. Dicker
Tradução e adaptação para o Brasil:EPISUS/CGVR/Devit/SVS/MSDalva Maria de AssisGraziela Alvarez Corrêa da Costa Greice Madeleine Ikeda do CarmoLeila del Castillo SaadMarcos Vinicius de Barros PinheiroPriscila Bochi de Souza
Revisão técnica:Dalva Maria de AssisDeise Aparecida dos SantosMárcia Regina de AndradeNathalie Mendes EstimaPriscila Bochi de SouzaRafaela Gomes AndradeTânia Portella Costa
Projeto gráfico:Núcleo de Comunicação/SVS
Diagramação:Fred Lobo, Sabrina Lopes – Núcleo de Comunicação/SVS
Capa:CGVR/SVS
Normalização:Editora MS/CGDI
Impresso no Brasil / Printed in Brazil
Ficha Catalográfica
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. EpiSUS-Fundamental : guia do treinando : oficina 1 / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. – 2. ed. – Brasília : Ministério da Saúde, 2018. 172 p. : il.
ISBN 978-85-334-2636-8
1. Curso de treinamento. 2. Capacitação. 3. Epidemiologia. 4. Saúde pública. I. Título.
CDU 616-036.22(07)
Catalogação na fonte – Coordenação-Geral de Documentação e Informação – Editora MS – OS 2018/0440
Título para indexação:Fundamental-Episus: participant guide: workshop 1
Sumário
O PrOgrama EPiSUS-FUndamEntal 5
aUlaS 11
Aula Introdutória – Introdução ao treinamento EpiSUS-Fundamental 13
Aula 1 – Introdução à Vigilância em Saúde Pública 19
Aula 2 – Vigilância em Saúde Pública: Coleta de dados 25
Aula 3 – Definição de caso 31
Aula 4 – Qualidade dos dados e Sistema de Informação 41
Aula 5 – Vigilância em Saúde Pública: Estatística descritiva 53
Aula 6 – Vigilância em Saúde Pública: Apresentação dos dados 69
Aula 7 – Vigilância em Saúde Pública: Interpretação de dados 91
Aula 8 – Vigilância em Saúde Pública: Comunicação e ação 99
Aula 9 – Vigilância em Saúde Pública: Monitoramento e avaliação 105
Aula 10 – Conclusão: Aprender fazendo 109
matErial dE COnSUlta 115
CadErnO dE ExErCíCiOS 117
trabalhO dE CamPO 157
5EpiSUS-Fundamental | Guia do Treinando | Oficina 1
O Programa EpiSUS-Fundamental
EpiSUS-Fundamental | Guia do Treinando | Oficina 1
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O Programa de Epidemiologia Aplicada aos Serviços do SUS – nível fundamental, foi implantado no Brasil em março de 2017, em um projeto piloto que durou até maio de 2018 e foi desenvolvido em parceria entre o Ministério da Saúde, a Rede de Programas de Treinamento em Epidemiologia de Campo e Intervenções em Saúde (TEPHINET), o Centers for Disease Control and Prevention (Atlanta/EUA) e as Secretarias Estaduais de seis estados e o Distrito Federal, que representaram cada uma das cinco regiões do país.
Trata-se de uma iniciativa que visa implantar no Brasil um modelo piramidal de treinamentos em epidemiologia de campo, com três níveis, denominados: Fundamental, Intermediário e Avançado.
O EpiSUS-Fundamental, assim como os demais níveis, adota a característica central de ser um treinamento em serviço, com enfoque predominantemente prático, visando aprimorar as habilidades do profissional no contexto de sua atuação. São abordados temas que tratam de análise e interpretação de dados de vigilância, incluindo as ações de detecção e resposta a eventos relevantes de saúde pública e comunicação técnica nas modalidades oral e escrita.
ObjEtivOS dO EPiSUS-FUndamEntal
O objetivo principal do EpiSUS-Fundamental é aprimorar a capacidade dos profissionais de saúde da “linha de frente” da vigilância e atenção à saúde, com enfoque no raciocínio epidemiológico e nas ações de detecção, investigação, análise de dados e comunicação escrita e oral em saúde. Assim, ao fortalecer as ações desenvolvidas no âmbito local, espera-se que todo o Sistema Nacional de Vigilância em Saúde seja também fortalecido.
Os profissionais participantes do treinamento irão realizar atividades que possibilitem:
� Compreender a função e utilidade dos dados para o monitoramento e a geração de informações que subsidiem a tomada de decisões;
� Realizar coleta de dados de vigilância em saúde com qualidade para a análise, interpretação e comunicação;
� Melhorar a qualidade e a utilização dos dados relacionados às doenças e agravos sob vigilância, fortalecendo assim a detecção oportuna de surtos;
� Melhorar a retroalimentação dos dados coletados pela atenção e a vigilância em saúde, a comunicação e a divulgação das informações em saúde;
� Aprimorar a capacidade de responder a casos, surtos ou eventos de interesse de saúde pública.
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PúbliCO-alvO
O EpiSUS-Fundamental se destina à profissionais de saúde que atuam na “linha de frente” das ações de vigilância em saúde do SUS (incluindo laboratório de saúde pública) ou da atenção à saúde, e que realizem atividades ou possuam as características de:
� Notificar doenças, agravos e eventos de interesse em saúde pública;
� Coletar e analisar dados de saúde;
� Ter formação em nível superior, preferencialmente;
� Ser atuante no SUS;
� Apresentar disponibilidade para o cumprimento integral das atividades propostas no treinamento;
� Ter autorização da chefia para participar do treinamento.
CaraCtEríStiCaS gEraiS dO trEinamEntO
O EpiSUS-Fundamental tem a duração de 12 semanas (3 meses), com três momentos de atividades presenciais (requerida frequência de 100%), intercalados com trabalhos de campo desenvolvidos no local de serviço do profissional em treinamento (Figura 1). Antes do início da oficina de abertura do treinamento, ocorre também um treinamento presencial para os profissionais que atuarão como tutores.
Figura 1. Linha do tempo do treinamento EpiSUS-Fundamental, com detalhe para as semanas e as atividades previstas.
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Treinamento de Tutores
Presencial – 2 dias
Orientações gerais � Atribuições do tutor � Conteúdo das oficinas � Orientação dos trabalhos
OFiCina 1Ciclo de vigilância
Presencial – 5 dias
Aulas � Ciclo de vigilância: coleta e análise sistemática de dados, qualidade de dados, doenças de notificação � Regulamento Sanitário Internacional � Noções básicas de Microsoft Office Excel® � Descrição epide miológica em tempo, lugar e pessoa � Investigação de caso com a ficha do Sinan � Estudo de caso
Trabalhos de campo
Em serviço
desenvolvimento dos trabalhos � Revisão do ciclo de vigilância de uma unidade de saúde, utilizando a matriz SWOT/FOFA � Descrição epidemiológica de uma doença/ agravo
OFiCina 2 Investigação
de surtos
Presencial – 5 dias
Apresentações dos trabalhos de campo
Aulas � Investigação e resposta a surtos � O laboratório nas investigações � Análise de problema de saúde com o Diagrama de Ishikawa � Comunicação em eventos técnico- científicos
Trabalhos de campo
Em serviço
desenvolvimento de dois dos trabalhos � Investigação de um caso � Investigação de um surto � Análise de problema de saúde pública com Diagrama de Ishikawa � Perfil epide- miológico de uma doença/agravo
OfiCina 3Encerramento
Presencial – 2 dias
Apresentações dos trabalhos finais e debate
Cerimônia de encerramento e entrega dos certificados
Semanas
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Cada turma é composta por 25 treinandos e 5 tutores, de modo que a razão tutor/treinando não ultrapasse 1:5. Os tutores são profissionais de saúde com experiência em epidemiologia e aptidão para atuar como orientador, devendo acompanhar os treinandos ao longo de todo o treinamento. Desse modo, tanto os treinandos como os tutores devem ter disponibilidade para participar integralmente das três oficinas presenciais. Há também um instrutor do treinamento, que é responsável por ministrar as aulas nas oficinas presenciais e prestar apoio técnico aos tutores e treinandos durante a realização dos trabalhos de campo.
aS OFiCinaS PrESEnCiaiS
A seguir apresentamos o material da Oficina 1, seu caderno de exercícios e o estudo de caso proposto. Nesta oficina teremos como tema central o “Ciclo de vigilância em Saúde”, tendo como objetivos de aprendizagem que os treinandos sejam capazes de:
� Reconhecer a importância da coleta regular e análise e interpretação dos dados de vigilância, para monitorar as condições de saúde da população e fornecer informações para a tomada de decisões;
� Realizar uma análise descritiva (epidemiologia descritiva) sobre uma doença, agravo ou evento de saúde;
� Escrever um relatório técnico breve com os resultados da análise dos dados.
Na oficina 2 teremos como tema central a investigação epidemiológica de um surto e a comunicação em saúde, esperando desenvolver ou aprimorar as habilidades de realizar uma investigação de surto com metodologia sistematizada em etapas, fornecer informações para a tomada de decisões e analisar um problema de saúde, determinando as causas e possíveis abordagens de intervenção. Adicionalmente, haverá uma sessão que ajudará na preparação de apresentações e relatórios técnicos. Desse modo, a oficina 2 tem como objetivo preparar os treinandos para:
� Conduzir ou compor uma equipe de investigação e resposta a um surto ou evento de interesse em saúde pública;
� Trabalhar em parceria com o laboratório durante as investigações;
� Analisar e identificar a causa de um problema e propor recomendações;
� Desenvolver capacidade de preparação de comunicações técnicas orais e escritas.
OS PrOdUtOS – atividadES dE CamPO
Ao final de cada Oficina apresentamos um roteiro para a realização dos produtos ou atividades de campo. Todos os profissionais em treinamento deverão produzir 4 (quatro) trabalhos de campo, sendo dois no intervalo entre as oficinas 1 e 2 e os outros dois no intervalo entre as oficinas 2 e 3 (Figura 1).
Os produtos previstos após a primeira oficina presencial são: 1) Caracterização do ciclo de vigilância utilizando a matriz SWOT/FOFA e 2) Perfil epidemiológico de
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uma doença/agravo de escolha do treinando e seu tutor. E, após a segunda oficina, o treinando deve escolher, em conjunto com seu tutor, desenvolver dois dentre os quatro produtos possíveis: 1) Investigação de um caso, 2) Investigação de um surto, 3) Continuação do perfil epidemiológico da doença/agravo iniciado na oficina 1, com análises mais aprofundadas, 4) Análise de problema de saúde pública por meio do Diagrama de Ishikawa.
Na terceira e última oficina presencial, o treinando realiza uma apresentação oral referente a um dos seus produtos de campo elaborados ao longo do treinamento. Ao final, é entregue uma declaração de conclusão assinada pelas instituições envolvidas àqueles que concluirem o treinamento.
Os egressos do EpiSUS-Fundamental poderão ser acionados para atuar em inves-tigações de campo de interesse à saúde pública, compondo equipes com demais profissionais de saúde e também com treinandos e egressos dos outros níveis do EpiSUS. Desse modo, o egresso passa a compor uma rede de epidemiologistas de campo no país.
Aulas
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AulA INTRODuTÓRIAIntrodução ao treinamento EpiSUS-Fundamental
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17EpiSUS-Fundamental | Guia do Treinando | Oficina 1
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19EpiSUS-Fundamental | Guia do Treinando | Oficina 1
AulA 1Introdução à Vigilância em Saúde Pública
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25EpiSUS-Fundamental | Guia do Treinando | Oficina 1
AulA 2Vigilância em Saúde Pública: Coleta de dados
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AulA 3Definição de caso
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AulA 4Qualidade dos dados e Sistema de Informação
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53EpiSUS-Fundamental | Guia do Treinando | Oficina 1
AulA 5Vigilância em Saúde Pública: Estatística descritiva
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AulA 6Vigilância em Saúde Pública: Apresentação dos dados
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AulA 7Vigilância em Saúde Pública: Interpretação de dados
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95EpiSUS-Fundamental | Guia do Treinando | Oficina 1
96 Secretaria de Vigilância em Saúde | MS
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99EpiSUS-Fundamental | Guia do Treinando | Oficina 1
AulA 8Vigilância em Saúde Pública: Comunicação e ação
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104 Secretaria de Vigilância em Saúde | MS
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AulA 9Vigilância em Saúde Pública: Monitoramento e avaliação
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107EpiSUS-Fundamental | Guia do Treinando | Oficina 1
108 Secretaria de Vigilância em Saúde | MS
109EpiSUS-Fundamental | Guia do Treinando | Oficina 1
AulA 10Conclusão: Aprender fazendo
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Material de Consulta
VIGILÂNCIA EM SAÚDE PÚBLICA – Volume 7WALDMAN, Eliseu Alves. Vigilância em Saúde Pública. Colaboração de Tereza Etsuko da Costa Rosa. São Paulo: Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, 1998. v. 7. (Série Saúde & Cidadania). Disponível em: <http://www6.ensp.fiocruz.br/visa/files/Volume07.pdf>.
DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS – Guia de bolso – 8ª edição BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Doenças infecciosas e parasitárias: guia de bolso. 8. ed. rev. Brasília, 2010. (Série B. Textos Básicos de Saúde). Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/doencas_infecciosas_parasitaria_guia_bolso.pdf>.
PRINCÍPIOS DE EPIDEMIOLOGIA CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION. Principios of Epidemiology: an Introduction to Applied Epidemiology and Biostatistics. 3rd ed. Atlanta, GA, 2006. Versão em inglês: pdf: Disponível em: <http://www.cdc.gov/ophss/csels/dsepd/ss1978/ss1978.pdf>. html: Disponível em: <http://www.cdc.gov/ophss/csels/dsepd/ss1978/>.
EPIDEMIOLOGIA BÁSICA – OMSBONITA, R.; BEAGLEHOLE, R.; KJELLSTRÖM, T. Epidemiologia Básica. Tradução e revisão científica: Juraci A. Cesar. 2. ed. São Paulo: Santos Editora, 2010. Disponível em: <http://apps.who.int/iris/bitstream/10665/43541/5/9788572888394_por.pdf>.
GUIA DE VIGILANCIA EM SAÚDE – 1ª Edição atualBRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Coordenação-Geral de Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviços. Guia de Vigilância em Saúde. 1. ed. atual. Brasília, 2016. Disponível em: <http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2017/outubro/06/Volume-Unico-2017.pdf>.
REGULAMENTO SANITÁRIO INTERNACIONAL (2005)AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANTÁRIA (Brasil). Regulamento Sanitário Internacional: RSI 2005. Brasília, 2008. Versão em português aprovada pelo Congresso Nacional por meio do Decreto Legislativo 395/2009 publicado no DOU de 10/07/09, pág. 11. Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br/hotsite/viajante/Regulamento_Sanitario_Internacional_vers%C3%A3o%20para%20impress%C3%A3o.pdf>.
EPISUS – “ALÉM DAS FRONTEIRAS”BRASIL. Ministério da Saúde; ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE. EpiSUS – “Além das Fronteiras”: Contribuindo para o Fortalecimento da Epidemiologia Aplicada aos Serviços do SUS. 2015. Disponível em: <https://www.researchgate.net/profile/Alessandro_Romano3/publication/308903337_EpiSUSAlem_das_Fronteiras_Contribuindo_para_o_Fortalecimento_da_Epidemiologia_Aplicada_aos_Servicos_do_SUS/links/57f673ab08ae8da3ce576fc4.pdf?origin=publication_detail>.
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Caderno de Exercícios
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AulA 1Caderno de exercícios
Exercício 1
Desenhe o ciclo de vigilância de seu local de trabalho e a integração da vigilância entre as 3 esferas de governo.
Trabalhando com o seu grupo, use o papel do flipchart para desenhar o ciclo de vigilância de seu município, regional de saúde ou estado.
� Tempo: 15 minutos.
� Todos os grupos apresentarão.
Transcreva aqui o desenho do flipchart:
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Caderno de exercícios AULA 2
Exercício 2
Faça a sua lista de doenças de notificação
Este exercício tem duas partes, a primeira contém um texto a respeito das doenças de notificação e posteriormente as perguntas relacionas a este tema.
DOENÇAS DE NOTIFICAÇãO
Notificação de doenças se define pela comunicação da ocorrência de determinada doença ou agravo à saúde, feita à autoridade sanitária por profissionais de saúde ou qualquer cidadão, para fins de adoção de medidas de intervenção pertinentes. Em algumas situações, deve-se notificar a simples suspeita da doença, sem aguardar a confirmação do caso, que pode significar perda de oportunidade de adoção das medidas de prevenção e controle indicadas. A notificação tem que ser sigilosa, só podendo ser divulgada fora do âmbito médico sanitário em caso de risco para a comunidade, sempre se respeitando o direito de anonimato dos cidadãos.
Notificação imediata significa que sempre que se suspeite de uma doença de potencial epidêmico a informação sobre a doença, condição ou ocorrência é reportada de imediato ao nível seguinte, pois é uma potencial preocupação para a saúde pública, ocorrência de interesse nacional, ou exigido pelo Regulamento Sanitário Inter-nacional (2005).
A informação que é comunicada de imediato é referida como notificações baseadas em casos. A informação é obtida por meio de uma investigação preliminar do caso suspeito e inclui:
� Identificação do doente e informação demográfica
� Localização geográfica do doente
� Informações sobre o início dos sintomas, histórico de vacinação e informação sobre quaisquer fatores de risco relevantes de acordo a cada agravo
� Resultados laboratoriais, e
� Dados do notificante
Ver portaria MS – portaria De CoNSoLiDaÇÃo Nº 4, De 28 De SeteMBro De 2017
Informação resumida ou relatório de dados é o número total de casos e óbitos ocorridos num determinado período de tempo (por exemplo, semanal, mensal ou trimestral). Esta informação é importante para a detecção de doenças emergentes ou de outras ocorrências de saúde e devem ser analisadas e utilizadas para a ação. Por exemplo, a notificação semanal fornece dados para monitorar as tendências de doenças ou condições, para detectar surtos. A notificação mensal acerca de outras doenças endêmicas é usada para monitorar o progresso das atividades de prevenção e controle. Também pode ajudar os outros níveis na detecção agravos, doenças emergentes ou de ocorrências incomuns.
122 Secretaria de Vigilância em Saúde | MS
Durante a notificação semanal, use a “notificação negativa”, ou de ocorrência de zero casos, significa que deve ter em conta que que a vigilância está atenta e nesta semana não houve a ocorrência de nenhum caso de doenças de notificação compulsória.
PERGUNTAS
Pergunta 1: Individualmente, preencha o título do quadro abaixo, liste algumas doenças/agravos de notificação compulsória prioritárias no seu município ou região e posteriormente classifique-as quanto à periodicidade de notificação. Em seguida, compare suas respostas com o grupo.
Quadro 1. Agravos de Notificação, prioridade e periodicidade de notificação, no município de , no ano de .
Doença ou agravoEsta é uma doença ou agravo prioritário em
seu município?
Qual a periodicidade da Notificação?
Instruções para Perguntas 2–5: Responda às seguintes perguntas de acordo com o perfil de seu município. Esteja preparado para um debate em grupo, quando todos tiverem terminado esta parte do exercício.
123EpiSUS-Fundamental | Guia do Treinando | Oficina 1
Pergunta 2: Como notifica/declara/informa os dados semanais ao nível seguinte? Utiliza ficha de notificação? Existe um sistema especifico para a notificação de agravos/doenças? Que métodos de comunicação são usados habitualmente para as notificações semanais?
Pergunta 3: Todos os agravos de notificação devem ser notificados semanalmente? Justifique sua resposta?
pergunta 4: Quais são os agravos/doenças de notificação imediata em seu município?
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Pergunta 5: Que agravos/doenças são de notificação negativa (notificação da não ocorrência de casos), em seu município?
125EpiSUS-Fundamental | Guia do Treinando | Oficina 1
Caderno de exercícios AULA 3
Exercício 3
Desenvolva uma lista de casos
1. Analise o registro do centro de saúde nas páginas seguintes.
2. Decida quais dados devem ser incluídos na lista/planilha de casos.
3. Coloque na linha superior do quadro as variáveis/dados que deseja incluir.
4. Use o quadro abaixo para criar uma lista/planilha de casos para malária ou pneumonia. Coloque nas colunas as informações das variáveis/dados escolhidas (pergunta 2).
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registros de atendimento na Unidade de Saúde do Centro – Município X, Mês Z, ano Y
ID Data de atendimento Nome Bairro Sexo Idade Doença suspeita/
síndrome
1 06/05/2014 A.M. C M 6 meses Pneumonia
2 06/05/2014 T.F. A M 2 anos Sarampo
3 06/05/2014 N.N. C M 22 anos Traumatismo
4 06/05/2014 Y.E. C F 28 anos Malária
5 06/05/2014 I.L. B F 7 meses Meningite
6 06/05/2014 R.E. B F 8 meses Pneumonia
7 06/05/2014 K.L. D F 4 anos Malária
8 06/05/2014 T.I. A M 13 anos Malária
9 06/05/2014 A.F. D F 15 anos Paralisia Flácida Aguda
10 06/05/2014 D.O. D F 24 anos Meningite
11 07/05/2014 K.M. A M 22 anos Disenteria
12 07/05/2014 U.G A F 9 meses Fratura
13 07/05/2014 P.F. C M 11 meses Sarampo
14 07/05/2014 H.I. C F 24 anos Aborto
15 07/05/2014 G.T. C F 21 anos Malária
16 07/05/2014 W.T. A F 16 anos Tuberculose
17 07/05/2014 R.Y. B M 2 anos Diarreia
18 08/05/2014 A.C. C M 1 ano Pneumonia
19 08/05/2014 Z.U. B F 1 ano Malária
20 08/05/2014 A.C. C M 11 meses Sarna
21 08/05/2014 J.F. B M 15 anos Malária
22 08/05/2014 M.M. B F 18 anos Diarreia
23 08/05/2014 L.M. B M 5 anos Ferida
24 08/05/2014 P.L. C M 1 ano 10 meses Diarreia
25 08/05/2014 Z.E. A M 16 anos Traumatismo
26 08/05/2014 A.B. C F 25 anos Dengue
27 08/05/2014 S.R. B F 17 anos Malária
Continua
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registros de atendimento na Unidade de Saúde do Centro – Município X, Mês Z, ano Y
ID Data de atendimento Nome Bairro Sexo Idade Doença suspeita/
síndrome
28 09/05/14 A.K. C F 4 meses Meningite
29 09/05/14 T.T. B M 3 anos Abcesso
30 09/05/14 W.F B M 12 anos Meningite
31 09/05/14 K.K. B F 2 anos 10 meses Malária
32 09/05/14 L.D. A F 16 anos Cólera
33 09/05/14 D.B. B F 1 ano 8 meses Pneumonia
34 09/05/14 A.N. B F 21 anos Tuberculose
35 09/05/14 L.S. A M 1 ano 5 meses Diarreia
36 09/05/14 B.D. A M 11 meses Pneumonia
37 09/05/14 P.K. B F 1 ano Malária
38 09/05/14 K.R. A F 2 anos 5 meses Sarna
39 10/05/14 K.A. D M 26 anos Traumatismo
40 10/05/14 P.N. D F 4 anos Pneumonia
41 10/05/14 S.A. D F 3 anos AIDS
42 10/05/14 M.A. A F 2 anos Diarreia
43 10/05/14 E.R. C F 16 anos Traumatismo
44 10/05/14 U.H. A M 22 anos AIDS
45 10/05/14 Y.L. C M 18 anos Malária
46 10/05/14 W.C. A F 4 meses Malária
Continuação
129EpiSUS-Fundamental | Guia do Treinando | Oficina 1
Caderno de exercícios aULa 4
exercício 4
Avalie a qualidade dos dados
1. De forma individual, reveja o conjunto de dados abaixo e coloque um círculo nos erros.
2. Compare os resultados com um dos seus colegas.
registros de atendimento no Hospital Santana, Município X, janeiro de 2010.
Registro Data Idade Sexo Gestante Teste HIV
Uso de preservativo Aconselhamento Coleta
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797 04/jan/10 36 M S S S N
799 04/jan/10 45 M S N N S
800 06/jan/10 17 M X S S S
801 07/jan/10 33 F S S S S S
802 08/jan/10 2 F N Z S N N
803 09/jan/10 60 M S N S S
804 10/jan/10 59 F N
805 10/jan/10 22 F N S S S S
806 10/jan/10 18 M Y S S S S
807 10/jan/10 44 M S S S S
8008 10/jan/10 31 F N S S N S
809 10/jan/10 20 M S S S S
810 10/jan/10 18 M S S S S
811 10/jan/10 16 F N S S S N
812 15/jan/10 25 F S S S S S
813 17/jan/10 53 F N S S S S
814 17/jan/10 45 M N S S S
815 17/jan/10 62 M S N S S
816 17/jan/10 19 N S S S
817 17/jan/10 98 M S S S N
818 23/jan/10 17 F N S S S S
818 23/jan/10 41 M S S S S
819 29/jan/10 23 M S S S S
131EpiSUS-Fundamental | Guia do Treinando | Oficina 1
Caderno de exercícios AULA 5
Exercício 5
Calcule as medidas de tendência central
Observe o conjunto de dados na Lista/planilha de casos para a Febre Maculosa, Brasil, setembro 2016, na página seguinte e, determinem a moda, a média mediana e o intervalo máximo mínimo para:
a) Número de residentes por habitação.
Moda:
Média:
Mediana:
Intervalos:
Máximo:
Mínimo:
b) Tempo do início de sintomas até o óbito.
Moda:
Média:
Mediana:
Intervalos:
Máximo:
Mínimo:
132 Secretaria de Vigilância em Saúde | MS
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133EpiSUS-Fundamental | Guia do Treinando | Oficina 1
Exercício 6
Calculem as medidas de frequência
Leiam o contexto e respondam às perguntas.
Em um seguimento de pacientes, realizado na década de 80, 320 homens forneciam amostras de sangue a cada 6 meses, como parte de um estudo sobre a vacina da hepatite B. Mais tarde, essas amostras foram testadas para anticorpos do HIV. Dos 320 homens que faziam parte do estudo, 162 eram negativos para HIV em todas as amostras, 20 eram positivos para HIV em todas as amostras, e 138 eram inicialmente soronegativos que, mais tarde, soro converteram a soropositivos (HIV positivo). Dos soropositivos até o final do estudo (caso antigo + caso novo), 41 preenchiam a definição de caso para a síndrome da imunodeficiência adquirida (Aids).
1. Qual era a prevalência de HIV nesta coorte de homens no início do estudo?
2. Qual era a prevalência de HIV nesta coorte de homens no fim do estudo?
3. Qual era a incidência da infecção de HIV durante o estudo?
4. Qual era a incidência da Aids durante o estudo?
5. Que proporção de pessoas soropositivas para HIV que desenvolveram Aids?
135EpiSUS-Fundamental | Guia do Treinando | Oficina 1
Caderno de exercícios AULA 6
Exercício 7
Resuma e apresente os dados em uma tabela.
Reveja o conjunto de dados da “Lista/planilha de casos para a Febre Maculosa, Brasil, Setembro 2016”, do exercício 5, e:
1. Construa uma tabela (Tabela 1) com a distribuição de frequência, resumindo a distribuição de casos por idade. Utilize grupos etários com intervalos de 10 anos.
2. Crie uma tabela de duas variáveis (Tabela 2) que apresenta a taxa de letalidade por sexo. Calcule a taxa de letalidade por sexo antes de montar a tabela.
3. Crie uma tabela composta (Tabela 3) que combina os dados por grupo de idade, sexo e distrito.
Sugestões:
� Para sexo, apresente número absoluto de casos, os percentuais (%) e depois a taxa de letalidade.
� Apresente na coluna os distritos divididos por sexo e na linha as faixas etárias. Avalie o que seria mais relevante mostrar os percentuais os números absolutos para cada distrito.
RESPOSTA – Tabela 1
136 Secretaria de Vigilância em Saúde | MS
RESPOSTA – Tabela 2
RESPOSTA – Tabela 3
137EpiSUS-Fundamental | Guia do Treinando | Oficina 1
Exercício 8
Crie um gráfico de linhas
Analise os dados de casos de tuberculose confirmados, no quadro abaixo:
Município SE 1 SE 2 SE 3 Se 4 SE 5 SE 6 SE 7 SE 8 SE 9 SE 10
Riachão 234 57 383 243 399 213 88 114 171 201
Aparecida 21 23 210 65 112 41 54 32 29 14
SE – Semana Epidemiológica.
1. Utilizando o papel milimetrado disponibilizado, crie um gráfico de linhas que apre-sente os dados no quadro. Certifique-se de incluir as informações e título adequados.
138 Secretaria de Vigilância em Saúde | MS
Exercício 9
Crie um gráfico de barras
Utilizando a lista/planilha de casos confirmados do vírus Zika, no município X, ano 2016, crie um gráfico de barras agrupadas por idade (em grupos de idades de 10 anos) e sexo.
Nº Iniciais Idade (anos) Sexo
1 ST 18 Masculino
2 ES 1 Masculino
3 RS 0.5 Masculino
4 AOD 36 Masculino
5 AD 23 Feminino
6 EB 5 Feminino
7 AC 39 Masculino
8 PB 11 Feminino
9 LM 21 Masculino
10 MD 29 Feminino
11 BA 19 Masculino
12 CN 35 Feminino
13 SK 3 Masculino
14 RL 42 Feminino
15 KP 28 Masculino
16 DR. 30 Feminino
17 DM 26 Feminino
18 KM 27 Feminino
19 SB 2 Masculino
139EpiSUS-Fundamental | Guia do Treinando | Oficina 1
Exercício 10
Prepare um plano de análise
1. Reveja o conjunto de dados que está disposto na página seguinte, e com o seu grupo, definam que variáveis devem ser analisadas.
2. Determine como deve ser analisada e apresentada cada variável, por exemplo: uma ou mais medidas de tendência central, distribuição de frequência, tabela, gráfico, etc.
3. Em relação aos grupos etários, quais grupos utilizaria?
140 Secretaria de Vigilância em Saúde | MS
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141EpiSUS-Fundamental | Guia do Treinando | Oficina 1
Caderno de exercícios AULA 7
Exercício 11
Interpretação dos dados
1. Reveja os dados dos quadros sobre a meningite. Note que o município estabeleceu um limiar de alerta de 5/100 mil e um limiar epidêmico de 15/100 mil.
2. Calcule a taxa de ataque da semana 7 até à 10 para o Distrito B. As restantes taxas de ataque já foram calculadas.
3. Prepare um gráfico para resumir os dados da taxa de ataque da meningite para o Distrito B, distribuído por semana epidemiológica. Lembre-se de colocar os dados no gráfico e inserir as legendas pertinentes. Para construção do gráfico utilize o papel milimetrado disponível na página seguinte.
4. Interprete os dados do gráfico construído.
Distribuição das taxas de ataque (ta) dos casos de meningite por 100 mil habitantes, por semana epidemiológica e municípios da região Sul, no ano de 2015.
Muni-cípio População
Semana 1 Semana 2 Semana 3 Semana 4 Semana 5
Frequência TA Frequência TA Frequência TA Frequência TA Frequência TA
A 106.550 2 2 3 3 2 2 1 1 0 0
B 245.907 1 0 2 1 11 4 7 3 16 7
C 150.279 15 10 16 11 16 11 8 5 14 9
D 81.032 1 1 0 0 2 2 1 1 1 1
E 253.181 4 2 3 1 5 2 4 2 3 1
Muni-cípio População
Semana 6 Semana 7 Semana 8 Semana 9 Semana 10
Frequência TA Frequência TA Frequência TA Frequência TA Frequência TA
A 106.550 2 2 2 2 0 0 2 2 3 3
B 245.907 16 7 20 42 42 57
C 150.279 8 5 9 6 9 6 12 8 11 7
D 81.032 1 1 4 5 3 4 3 4 3 4
E 253.181 4 2 8 3 6 2 8 3 5 2
Sugestão: Limiar de Alerta = 5/100 mil hab., Limiar Epidémico= 15/100 mil hab.
142 Secretaria de Vigilância em Saúde | MS
143EpiSUS-Fundamental | Guia do Treinando | Oficina 1
Exercício 12
Entreviste um caso
1. Forme equipes de três.
2. Determine os papéis: investigador do caso, membro da comunidade (mãe), observador.
3. Leia o cenário abaixo.
4. O “investigador” usará o formulário para registar a informação do caso da mãe.
5. O observador deverá tomar notas sobre as perguntas da entrevista, bem como sobre o estilo do entrevistador.
6. Quando terminar a encenação, discuta com o seu grupo quem deve ser informado.
MENINGITE NUMA ESCOLA SECUNDÁRIASexta-feira, 1º de maio às 16:35, você recebe uma chamada telefônica do hospital local. O núcleo de vigilância epidemiológica hospitalar lhe informa que acabaram de admitir um aluno, de uma escola secundária local com meningite bacteriana. Tome nota de algumas informações básicas:
� Nome: João Souza
� 16 anos, sexo masculino
� Mãe: Clara Souza, telefone 555-5555
� Diplococos gram-negativos no LCR
� Os resultados do teste contra antígenos no LCR são negativos
� A mãe o medicou com amoxicilina hoje de manhã
� Início dos sintomas ontem à noite – febre, arrepios
� Mais ninguém doente na família
� Criança esteve na escola ontem
Condição médica é séria, apresentando confusão mental e entubado.
Notas para o Investigador do Caso
Reveja a folha Informativa sobre Meningite Meningocócica e os formulários do caso. Depois, entreviste o membro da comunidade para completar os formulários.
AULA 8Caderno de exercícios
144 Secretaria de Vigilância em Saúde | MS
MENINGITE MENINGOCÓCICA
Contexto
Neisseria meningitidis, Haemophilus influenzae tipo b (Hib), e Streptococcus pneumoniae constituem a maioria dos casos de meningite bacteriana e 90% da meningite bacteriana nas crianças.
A meningite meningocócica é o principal tipo de meningite que causa epidemias e continua a ser o maior desafio de saúde pública.
A transmissão da doença entre humanos ocorre através das secreções nasais e orais de pessoas infectadas.
O período de incubação é de 2 a 10 dias.
As taxas de ataque são mais altas entre as crianças com idade inferior a 15 anos. As taxas de mortalidade são geralmente entre 8-15% entre doentes tratados e >70% entre os casos não tratados. Muitos sobreviventes apresentam sequelas, incluindo atraso mental, perda auditiva e atraso motor.
A medicação de eleição é o cloranfenicol em suspensão porque uma única dose desta fórmula de efeito prolongado tem provado ser eficiente, e, a resistência às sulfamidas é generalizada.
A resposta atual às epidemias de meningite consiste em campanhas de vacinação massivas com vacinas bivalentes (A e C) e/ou a vacina polissacarídica trivalente (A, C e W135) tão rápido quanto possível depois de uma epidemia ter sido declarada. As vacinas polissacarídicas não protegem crianças muito novas e só abrangem um período de até três anos, resultando em surtos de meningite repetitivos.
objetivos de Vigilância
� Detectar rapidamente casos e surtos de meningite e confirmar a etiologia dos mesmos.
� Utilizar os dados para planejar os tratamentos e os fornecimentos de vacina e outras medidas de controle e prevenção.
� Avaliar e monitorar a propagação e evolução da doença e a eficiência das medidas de controle.
� Monitorar a situação, incluindo as alterações dos sorogrupos circulantes ao longo do ano.
� Fazer testes periódicos de susceptibilidade à penicilina e ao cloranfenicol.
Definições – Padrão de caso
Caso suspeito: Qualquer pessoa com um acesso súbito de febre (>38,5oC ) e um dos seguintes sinais: rigidez no pescoço, estados de consciência alterados ou outros sinais meníngeos.
Caso confirmado: Um caso suspeito confirmado pelo isolamento de N. meningitidis no LCR ou no sangue.
145EpiSUS-Fundamental | Guia do Treinando | Oficina 1
Responder ao Limiar de Alerta
Limiar de alerta:
Para populações entre 30 mil e 100 mil, uma taxa de ataque de 5 casos por 100 mil habitantes por semana.
Para populações com menos de 30 mil, 2 casos em 1 semana ou um aumento no número comparado com o mesmo período temporal em anos sem epidemias.
responder ao limiar de alerta:
� Informar o nível seguinte no sistema de saúde.
� Registrar os casos.
� Investigar e confirmar os casos laboratorialmente.
� Tratar todos os casos suspeitos com os antibióticos adequados, tal como recomendado pelo protocolo nacional.
� Intensificar a vigilância de outros casos na área.
Responder ao Limiar de Ação
Limiar epidêmico:
Para populações entre 30 mil e 100 mil: uma taxa de ataque de 15 casos por cada 100 mil habitantes por semana. Quando o risco de epidemia é alto, o limiar epidêmico passa a ser de 10 casos por cada 100 mil habitantes por semana.
Para populações com menos de 30 mil habitantes: 5 casos em 1 semana ou a duplicação do número de casos num período de 3 semanas.
responder ao limiar epidêmico:
� Vacinar imediatamente o distrito (bairro, sala de aula, entre outros) com a epidemia, bem como quaisquer distritos adjacentes em fase de alerta.
� Mobilizar a comunidade de modo a permitir a detecção precoce e o tratamento, e melhorar a cobertura vacinal durante as campanhas massivas de vacinação para controlar os surtos.
� Continuar com a coleta, envio e análise de dados.
� Manter a coleta regular de amostras 5-10 LCR semanalmente durante época epidêmica em todos os distritos afetados para detectar possíveis alterações dos sorogrupos circulantes.
� Tratar todos os casos com antibióticos adequados, como recomendado pelo protocolo nacional.
146 Secretaria de Vigilância em Saúde | MS
Analisar e Interpretar Dados
tempo: colocar em gráficos as tendências mensais de casos e óbitos. Construir uma curva epidêmica para os surtos.
Local: nas epidemias (não em casos endêmicos), demarcar a localização das habitações com casos e calcular a distância para a unidade de saúde mais próxima.
pessoa: analisar a distribuição etária, sexo, escolaridade e etc.
taxa de letalidade preconizada: <10%
Confirmação Laboratorial
Teste de diagnóstico Exame microscópico do LCR para diplococos gram-negativos Cultura e isolamento de N. meningitidis no LCR.
AmostraLíquido cefalorraquidiano (LCR).
Nota: O LCR é a amostra de eleição para o exame de cultura e microscópico.
Quando coletar a amostra
Coletar amostras de 5 a 10 casos assim que o limiar de alerta ou epidêmico tiver sido alcançado.
Como preparar, armazenar e transferir a amostra
Preparar o doente e colher o LCR assepticamente para tubos de teste estéreis e herméticos.
Colocar imediatamente 1 ml de LCR num frasco pré-aquecido de meio transisolado.
Incubar à temperatura corporal (36ºC a 37ºC).
Nunca refrigerar amostras que serão cultivadas.
Guardar o LCR para o exame microscópico e químico na seringa original (substituir tampa).
Refrigerar a seringa com tampa e enviá-la para o laboratório assim que possível.
147EpiSUS-Fundamental | Guia do Treinando | Oficina 1
MINISTéRIO DA SAúDE
Formulário de Relatório para Casos de Meningite INFORMAÇãO DE CASO
Data da notificação: Data de início de sintomas: Data da confirmação:
Nome: Data de nascimento/idade: Sexo:
F ( ) M ( )
Endereço: Cidade:
Nomes dos pais (se aplicável): Número de telefone:
Profissão (se estudante, especificar o ano escolar ou outro):
Nome do local de emprego/escola:
Nome de contato e número de telefone: Número do registro clínico:
O departamento de saúde local foi notificado?
Sim ( ) Não ( )
Informação do Hospital
Nome do Hospital: Número de telefone do Hospital:
Data de admissão: Data de alta:
Nome do médico/número de telefone: Nome do contato de controle de infecção do Hospital:
Nome do contato do laboratório: A CCIH foi notificada?
Sim ( ) Não ( )
148 Secretaria de Vigilância em Saúde | MS
Manifestações Clínicas
Diagnóstico: Meningococcemia Meningite Pneumonia Outra
Tratamento iniciado?
Data:
Tipo de medicação
Óbito (Data):
Sinal/Sintoma Data de início dos sintomas Outros sintomas Data
Febre
Sim ( ) Não ( )
Pescoço rígido
Sim ( ) Não ( ) Desconhecido ( )
Dor de cabeça
Sim ( ) Não ( ) Desconhecido ( )
Erupção cutânea (Descreva incluindo localização no corpo, i. e. petéquias, membros inferiores)
Sim ( ) Não ( )
Coagulação Intravascular disseminada
Sim ( ) Não ( )
Medidas de Controle e Avaliação de Contatos Próximos
As medidas de controle são implementadas através da administração de antibióticos profiláticos aos indivíduos que tiveram “contato íntimo” (ver definição abaixo) com um caso nas 2 semanas anteriores ao aparecimento dos primeiros sintomas. Os antibióticos devem ser administrados o mais rápido possível após a exposição (até duas semanas após a exposição). Os contatos de um caso devem consultar os seus médicos para serem avaliados e terem opções de profilaxia.
Como definir um “contato íntimo”
“Contatos íntimos” incluem os membros da família e os indivíduos que tenham tido contato íntimo com as secreções orais do caso, através de beijos ou do compartilhamento de utensílios para comer ou beber: garrafas de água, cigarros, comida ou bebidas. Também considere espaços de trabalho, espaços fechados e compartilhados por causa da possibilidade de propagação pela tosse, espirros, etc.
149EpiSUS-Fundamental | Guia do Treinando | Oficina 1
profissionais de saúde: a profilaxia não é recomendada habitualmente aos profis-sionais de saúde que tratam os casos, exceto para quem teve exposição íntima com o caso (respiração boca-a-boca, intubação ou aspiração) 24 horas antes ou depois do início da profilaxia antibiótica.
• Data do aparecimento dos sintomas.
• Início da profilaxia necessária para os contatos próximos (Data).
• Quando se tenta identificar contato próximo com o caso devem ser avaliados as seguintes categorias de indivíduos.
*(ppe): indique o número de contatos próximos a quem foi recomendada profilaxia pós-exposição.
Crianças PPE* Vínculo PPE*
Membros da família Amigos
Creche Grupos
Escola Visitantes
Atividades extracurriculares Babás
Equipes esportivas Familiares
Clubes/organizações
Crianças PPE* Vínculo PPE*
Membros da família Clubes/organizações
Cônjuge/companheiro(a) Grupos
Amigos próximos Amigos
Local de trabalho (escritório partilhado)
Familiares
Equipes esportivas
Profissionais de Saúde (incluindo dentista/ ortodontista)
150 Secretaria de Vigilância em Saúde | MS
Notas para o membro da comunidade: o papel da mãe
Informação sobre a mãe
Clara Souza, mulher de 43 anos. Bancária, trabalha à noite como garçonete. Separada do marido, vive com o filho. Filho mais velho está na faculdade.
Acontecimentos recentes
Ontem à noite, João chegou da escola reclamando que não estava se sentindo bem. À noite, estava com uma dor de cabeça forte, febre, arrepios e dores de garganta. A mãe pensou que ele tinha uma faringite, por isso deu-lhe um resto de amoxicilina. Foi para a cama cedo. De manhã, foi difícil acordá-lo. Queixou-se de uma dor de cabeça muito forte. A mãe foi vê-lo ao meio-dia. Ele não acordava, por isso chamou uma ambulância.
Amigos e hábitos
Vai à escola todos os dias. Vem para casa depois da escola e vai estudar com o amigo José Cruz depois de jantar. Raramente o José vai à sua casa. Estuda muito mas as notas não são muito boas, e costumava ser bom aluno. Pediu para ficar até mais tarde na terça-feira à noite por causa de um projeto grande em que ele e o José estão trabalhando juntos. Foi para casa por volta da meia-noite e não se sentia bem.
Estava na equipe de natação ano passado mas não foi a eventos de natação este inverno. Tomava conta dos filhos dos vizinhos aos domingos à noite. Vai com a mãe à missa todos os domingos, apesar de ter começado a resistir.
Não fuma nem bebe, a mãe tem a certeza de que ele nunca o faria. Cheira muitas vezes a cigarro, mas isso é porque o José fuma. Não é sexualmente ativo. Não trabalha.
Tinha uma namorada, a Hannah. Ele disse que ela acabou com ele. Não tem a certeza quando, na semana passada. Tem outros amigos com quem costuma estar. A mãe não sabe os apelidos deles mas são o Caio, Edgar, Verônica e a Marta.
A Clara conhece a informação apresentada a seguir mas não a forneceu. Não se lembra destas coisas a não ser que lhe façam uma pergunta adequada.
O marido vive na cidade, o João ficou com ele no sábado, 25 de Abril. Podem ter visitado a avó paterna nesse dia. (A Clara muda de assunto na primeira vez que a questão do marido surge. Pergunta ao entrevistador se quer chá ou um pedaço de bolo. O marido deixou-a por outra mulher.)
O João fez um curso de RCP na quarta-feira, 22de Abril, à noite no centro comuni- tário local.
Às vezes, percebe que ele divide o refrigerante com outras crianças. Parece nunca ter dinheiro, apesar de ter uma mesada. Não tem dinheiro para comprar o refrigerante, por isso pede aos amigos um gole do deles. A mãe viu-o beber do refrigerante de uma menina no domingo, depois da missa.
151EpiSUS-Fundamental | Guia do Treinando | Oficina 1
orientações:
1. O entrevistador deve apresentar-se.
2. Deve explicar porque está realizando a entrevista.
3. O entrevistador deve expressar preocupação e empatia pela condição clínica do filho.
4. O entrevistador deve assegurar-lhe que tudo o que ela disser será confidencial.
5. O entrevistador deve realçar a importância de conhecer os amigos do João, incluindo amigas e qualquer outra pessoa de quem seja próximo. O entrevistador deve explicar-lhe que está particularmente preocupado(a) com os contatos próximos.
Discussão do Exercício
Características Escola Comunicação Social Reunião de pais
Risco de doença na comunidade
Identidade da criança
Condição clínica da criança
153EpiSUS-Fundamental | Guia do Treinando | Oficina 1
Caderno de exercícios AULA 9
Exercício 13
Definição de indicadores
154 Secretaria de Vigilância em Saúde | MS
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155EpiSUS-Fundamental | Guia do Treinando | Oficina 1
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156 Secretaria de Vigilância em Saúde | MS
exercício 14
Cálculo de indicadores
Individualmente, responda às seguintes perguntas.
1. Use a informação do quadro abaixo para calcular a oportunidade da notificação de cada unidade de saúde no município. Coloque a sua resposta na segunda coluna a contar do fim, designada O/N. O significa “OPORTUNO” e N significa “NúMERO TOTAL DE RELATÓRIOS DADOS”.
2. Calcule o percentual de envio de notificações para cada unidade de saúde e coloque a resposta na última coluna, designada por (N-D)/N. N significa o “NúMERO TOTAL DE RELATÓRIOS” e D significa o "NúMERO DE RELATÓRIOS DESAPARECIDO/NÃO RECEBIDO (DESAPARECIDO)".
3. O objetivo para a o envio de relatórios é também de 80%. Quantas unidades de saúde têm atingido ou ultrapassado o objetivo?
4. Qual foi a melhor unidade de saúde para a notificação oportuna?
Legenda:
O = Envio oportuno. I = Envio inoportuno. D = Desaparecido/não recebido. N = Número total de relatórios.
Quadro 1. oportunidade de envio dos relatórios dos Centros de Notificação, município Sul, 20151
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1 Adaptado da Vigilância de RID, Curso de Formação Municipal.
157EpiSUS-Fundamental | Guia do Treinando | Oficina 1
Trabalho de Campo
158 Secretaria de Vigilância em Saúde | MS
159EpiSUS-Fundamental | Guia do Treinando | Oficina 1
Produtos da Oficina 1
ORIENTAÇÕES
O propósito do EpiSUS-Fundamental é aprender fazendo, sendo que os treinandos aplicam de imediato conhecimentos e competências em seu local de trabalho. Esta seção descreve os dois produtos de campo que serão executados durante o primeiro intervalo de campo da Oficina 1:
1. Caracterização do ciclo de vigilância
Esta revisão incluirá uma visita a um serviço de saúde (unidade notificadora), para realização de entrevistas com 3 (três) profissionais que atuam neste serviço, utilizando o Ficha de Formulário de entrevista abaixo, que aborda questões relacionadas com a vigilância local e a qualidade de dados, e pode ser personalizado para a realidade local.
2. Descrição de um evento, agravo ou doença de interesse do treinando
O treinando deve escolher, com apoio de seu tutor, o evento, agravo ou doença e realizar um descritivo epidemiológico. é importante também descrevê-lo em seu contexto de sistema de vigilância e qualidade dos dados, de modo que no relatório final estejam contemplados brevemente os eixos e componentes que compõe a vigilância da doença/agravo e o funcionamento da vigilância local.
Os dois trabalhos de campo devem ser compartilhados com o tutor, que irá fazer considerações e dar ao treinando um feedback. Espera-se que o treinando entregue ambos os trabalhos, em meio digital (formato .pdf), para o tutor até, no máximo, o término da Oficina 2 ou antes, em prazo estabelecido com o tutor, de modo que nenhum produto da Oficina 1 esteja pendente no final da Oficina 2. Também deve ser entregue o trabalho que será apresentado em PowerPoint (versão ppt.).
161EpiSUS-Fundamental | Guia do Treinando | Oficina 1
ProDUTo 1
Caracterização do Ciclo de Vigilância
Descrever os processos de trabalho no contexto da vigilância, baseado no conhecimento dos profissionais que atuam direta e indiretamente no ciclo de vigilância no serviço de saúde, proporcionando uma oportunidade para a melhoria da qualidade das informações e, consequentemente, das ações a serem desenvolvidas.
Neste primeiro trabalho de campo, visite um serviço de saúde que é fontes de notificação de doenças/agravos no seu município e aplique o roteiro abaixo (formulário de entrevista).
O formulário poderá ser modificado, acrescentando questões que contemplem a sua realidade e área de atuação. Trabalhe com o seu Tutor caso veja a necessidade destas adaptações.
iNStrUÇÕeS:
1. Analise as cinco atividades e as questões do formulário de entrevista.
2. Considerando a situação de saúde da sua região e da área de abrangência do serviço visitado, selecione as questões adequadas para cada uma das cinco atividades de vigilância. Certifique-se de que existam perguntas sobre cada uma das cinco atividades e acrescente as que achar pertinente.
3. Usando as questões adequadas para o serviço, preencha um formulário por profissional entrevistado e anote as respostas nos espaços destinados para isto.
4. Use as respostas para consolidar seus resultados e fazer recomendações. Prepare o relatório de Caracterização do Ciclo de vigilância e envie para que seu tutor possa dar um feedback. Além do relatório, você deverá elaborar uma apresentação (que poderá ser sobre este produto ou o produto 2) e traze-la e apresenta-la na Oficina 2.
162 Secretaria de Vigilância em Saúde | MS
CaraCteriZaÇÃo Do CiCLo De VigiLâNCiaFicha de entrevista
Nome do funcionário:
Data da entrevista:
Nome da Unidade:
pessoas com quem se reuniu:
Nome Função ou cargo
Atividade Nesta unidade... Anotações
1. Coleta de dados para identificar casos suspeitos nas unidades de saúde
Geral
1) Existe um fluxo de informação para comunicação ao nível municipal (fluxograma comunicação)? Descreva como funciona.
2) Com que frequência verifica e coleta dados ou notifica (por exemplo, diariamente, semanalmente, mensalmente)?
3) Quais serviços notificam para vocês (privados e públicos)?
4) Existe uma lista de doenças de notificação compulsória?
5) Existe uma lista de doenças de notificação compulsória imediata? Cite algumas.
Continua
163EpiSUS-Fundamental | Guia do Treinando | Oficina 1
Atividade Nesta unidade... Anotações
6) Você conhece a definição de caso para estas doenças?
Doenças de notificação compulsória imediata
Doença (Apenas exemplos.
Altere a lista de acordo com a sua configuração)
Sim Não
Pólio
Raiva
Zika
Febre Amarela
Botulismo
Febre Maculosa
Doença meningocócica
Relatório de caso ou formulário de linha individual
As doenças de notificação são registradas em uma ficha especifica? Qual?
1) O formulário de caso ou formulário de item individual é em suporte papel ou eletrônico?
2) A unidade de saúde tem retorno sobre o diagnóstico final dos casos notificados?
3) Reconhece ou identifica algum problema ou dificuldades na coleta de dados para a notificação nesta unidade? Quais?
Continuação
Continua
164 Secretaria de Vigilância em Saúde | MS
Atividade Nesta unidade... Anotações
Considerações sobre a coleta de dados
O que você sugere para resolver este problema?
2. Registro de casos
1) Nos casos de suspeitas, que material é utilizado para registrar os casos (por exemplo, quadro do doente, registro da unidade, formulário de caso, lista de itens)?
2) Nos casos de suspeita, como foi avaliado o diagnóstico (ex. testes de confirmação laboratorial, sinais e/ou sintomas do doente, história do doente ou consulta)?
Esta unidade mantém um arquivo com um modelo usado pela vigilância local para acompanhamento dos casos notificados?
Ou
Existe outra forma de registro dos casos notificados nesta unidade?
Considerações sobre casos registrados
Descreva possíveis problemas relacionados ao registro de casos de doenças de notificação compulsária.
O que você sugere para resolver este problema.
Continuação
Continua
165EpiSUS-Fundamental | Guia do Treinando | Oficina 1
Atividade Nesta unidade... Anotações
3. Relatório
1) Quem é responsável por comunicar a ocorrência de uma doença de notificação imediata: os técnicos da assistência (médico, enfermeiro, tec. de enfermagem, outros), laboratório, direção da instituição ou chefias?
2) Qual foi a última vez que um técnico de vigilância fez uma visita na unidade?
3) Com que frequência esta unidade envia os dados? E para onde?
4) Existe um modo padrão para comunicação de cada doença de notificação?
5) Existe um modo padrão (protocolo) para comunicação de cada doença de notificação imediata?
6) Existe um modo padrão para comunicação de um surto?
7) O relatório é baseado em caso ou formato de agregado de casos?
8) O protocolo de comunicação é definido num formato de narrativa? Está em local visível na unidade (ex. na parede)?
9) Como e quando (periodicidade de envio de relatórios) são realizadas as notificações negativas em sua unidade?
Continuação
Continua
166 Secretaria de Vigilância em Saúde | MS
Atividade Nesta unidade... Anotações
10) As doenças de notificação imediata são notificadas em tempo oportuno?
Doenças de notificação compulsória imediata
Doença (Apenas exemplos.
Altere a lista de acordo com a sua configuração)
Sim Não
Pólio
Raiva
Zika
Febre Amarela
AIDS
Sífilis
Hepatite B
Considerações sobre o relatório
Descreva possíveis problemas relacionados ao registro de casos.
O que você sugere para resolver este problema.
4. análise e interpretação
1) A sua unidade confecciona regularmente gráficos que ilustram os dados da sua unidade em relação a doenças de notificação?
2) Caso sim, onde são publicados os gráficos/tabelas (ex. livro, parede, sítio eletrônico)?
Continuação
Continua
167EpiSUS-Fundamental | Guia do Treinando | Oficina 1
Atividade Nesta unidade... Anotações
4. análise e interpretação
3) As análises de gráficos e tabelas estão atualizadas para a(s) doença(s) de notificação imediata?
4) A distribuição de casos em suspeita ou confirmados está representada no mapa do município ou da área adstrita pela unidade de saúde?
5) A sua unidade compara regularmente os seus dados com unidades semelhantes no município?
Considerações sobre a análise e interpretação
Descreva possíveis problemas relacionados ao registro de casos.
O que você sugere para resolver este problema.
5. Investigar e confirmar os casos notificados e surtos
1) Com que velocidade as doenças de notificação imediata foram notificadas à sede do município (por ex., no prazo de x horas)?
2) Existe um laboratório de referência nesta unidade para identificar doenças de notificação compulsória?
3) Existe protocolo/plano para o envio de amostras para laboratório?
4) Existe um método para registrar os casos confirmados por laboratório?
Continuação
Continua
168 Secretaria de Vigilância em Saúde | MS
Atividade Nesta unidade... Anotações
5. Investigar e confirmar os casos notificados e surtos
5) Existem insumos adequadas disponíveis (kits de teste rápido, cotonetes, meios laboratoriais) para identificar as doenças de notificação compulsória?
6) Tem o nome e informação completa de contato (por exemplo, número de telefone, e-mail, fax) para quem deve repassar essa informação no município?
Considerações sobre investigação e confirmação
Descreva possíveis problemas relacionados aos registros de casos.
O que você sugere para resolver este problema?
Nota: O entrevistado identificará omissões e problemas em cada área do ciclo de vigilância no seu local de trabalho e descreverá possíveis soluções, data-alvo e pessoas responsáveis na implementação destas soluções. O entrevistador (treinando) fará o seguimento na última semana da sessão de campo para avaliar se alguma medida foi tomada e incluirá esta informação no relatório final.
Conclusão
169EpiSUS-Fundamental | Guia do Treinando | Oficina 1
Realização de uma análise SWOT (FOFA)
A matriz SWOT (FOFA) é um método para resumir de modo eficaz o estado atual de uma organização ou situação. Em um quadro com formato 2 x 2 é possível transmitir a informação principal sobre a situação: Pontos Fortes ou Fortalezas (internos), Pontos Fracos ou Fraquezas (internos), Oportunidades (externas) e Ameaças (externas).
S (F)Pontos Fortes (Strengths)
Internos
W (F)Pontos Fracos (Weaknesses)
Internos
O (O)Oportunidades (Opportunities)
Externos
T (A)Ameaças (Threats)
Externas
Pontos Fortes (Strengths)
1. Elabore um resumo dos principais aspectos da organização do serviço que ajudarão a alcançar e a manter a qualidade da vigilância e a oportunidade na adoção de medidas de prevenção e controle.
2. Este deverá ser um resumo do estado geral do serviço visitado.
3. Cada entrevistado pode ter apontado um ponto diferente, considere todos que puder identifcar.
Pontos Fracos (Weaknesses)
1. Elabore um resumo dos principais aspectos da organização do serviço que atrapalha ou prejudica a qualidade da vigilância e a oportunidade na adoção de medidas de prevenção e controle
2. Este deverá ser um resumo do estado geral do serviço visitado.
3. Cada entrevistado pode ter apontado um ponto diferente, considere todos que puder identifcar.
Oportunidades(Opportunities)
1. Descreva eventos externos que poderão ajudar o serviço a melhorar a qualidade ou oportunidade da vigilância. Por exemplo, um novo hospital que tenha aberto recentemente e que tenha potencial para ser um centro de vigilância numa localidade com deficiências de serviços, ou uma campanha de educação de saúde que foi iniciada e que poderá fazer com que mais doentes procurem cuidados.
Ameaças (Threats)
1. Descreva eventos externos que poderão ser considerados potenciais obstáculos para que o serviço desempenhe as ações de vigilância com qualidade e em tempo oportuno. Por exemplo, as eleições poderão estar próximas e o orçamento ou a continuidade de ações podem ser impactados.
170 Secretaria de Vigilância em Saúde | MS
DiCaS para Criar UM reLatÓrio e apreSeNtaÇÃo Da CaraCteriZaÇÃo Do CiCLo DE VIGILÂNCIA
os treinandos devem elaborar um relatório composto por:
1. Introdução
Contextualização sobre o ciclo de vigilância, suas principais características e objetivos.
2. objetivo
Descrever ou caracterizar o ciclo de vigilância visando recomendar ações para seu aprimoramento.
3. Métodos
i. Local e período do estudo
ii. Instrumento de coleta de dados
iii. Profissionais entrevistados (cargo ou função)
4. resultados
Analise os formulários preenchidos no serviço visitado e consolide sua análise em uma matriz SWOT/FOFA.
5. Recomendações
Elabore recomendações específicas para melhorar a qualidade dos dados e as ações de vigilância do serviço visitado.
6. Ações adotadas
Inclua, se houver, as medidas já tomadas pelo serviço ou qualquer melhoria que tenha observado durante a entrevista.
para apresentação oral, aborde nos slides:
1. Uma breve introdução 2. O serviço visitado e o motivo da escolha 3. Os profissionais entrevistados 4. Uma análise da matriz SWOT 5. Recomendações 6. Ações adotadas, se houver
171EpiSUS-Fundamental | Guia do Treinando | Oficina 1
PRODUTO 2
Descrição de um evento, agravo ou doença de interesse do treinando relacionado a sua área de atuação
Neste segundo trabalho de campo, o objetivo é eleger e descrever o evento, agravo ou doença, descrever as bases legais que a definem como objeto de notificação, analisar a qualidade dos dados da vigilância e descrever o perfil epidemiológico de sua ocorrência em um determinado lugar e tempo.
Após definir o evento, agravo ou doença, definida também o período que será considerado (um ano, últimos cinco ou dez anos, por exemplo) e a área de abrangência (se para o Brasil, uma Unidade Federada, uma regional ou um município).
Estabeleça o objetivo da descrição do perfil epidemiológico e os métodos a serem empregados. Analise seu banco de dados no Software ou Programa de sua preferência (Excel, TabWin, dentre outros).
Ao final busque concluir de acordo com os resultados descritos e recomende melhorias para o fortalecimento da vigilância.
Para a elaboração do relatório deste produto, considere as orientações abaixo.
para CUMprir CoM o propoSto Se reCoMeNDa QUe o reLatÓrio CoNteNHa:
1. Introdução
Breve descrição da doença, agravo ou evento, considerando sua etiologia, forma de transmissão, quadro clinico, diagnostico, tratamento e magnitude.
2. Justificativa da escolha do agravo em questão
3. objetivos
4. Métodos
5. Resultados
a) Breve descrição do sistema de vigilância, que pode abordar: as bases legais da notificação, a definição de caso, os componentes da vigilância (laboratório, controle vetorial, comunicação, imunizações etc.) e os objetivos da vigilância do agravo.
b) Qualidade dos dados: completitude e consistência.
c) Perfil epidemiológico: pessoa, tempo e lugar.
6. Conclusão e discussão
7. Recomendações
8. referências bibliográficas
9. Anexos (se houver)
MINISTÉRIO DASAÚDE