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O GLOBO SPORTIVODiretores: Robert» Marinho e Mario Ro-drigues Filho. Gerente; Henrique Tava»res. Secretario: Ricardo Serran. Redação,administração e oficinas: rua Bethencoitrtda Silva, 21, 1.° andar, Rio de Janeiro.Preço do número avulso para todo o Bra-

sil: Cr$ 0,50. — Assinaturas: anual,Cr$ 25,00; semestral, Cr$ 15,00.

Um Campeão Inimigo doVÍTIMA DA GUERRA, MARKOSLUCKIS SOFRE CONSTANTE-MENTE DE FORTES CRISES DENERVOS — OS INCÔMODOSPELO CANTAR DE UM GALO..,

BUENOS AIRES, maio (De Carlos De La Barga— Especial para O GLOBO SPORTIVO) — Antes deiniciar-se o tradicional torneio de primeira categoria,mais uma vez organizado pelo Club Argentino de Xa-drez, certame cuja disputa remonta desde 1905. es-perava-se que do mesmo se sagrasse vencedor o gran-de mestre lituano Markas Luckis.

DOMÍNIO PERTURBADORNão estiveram certos, porem, os yaticinios em

questão. Mas a causa do fracasso de Ludcis não seprendeu absolutamente à sua pouca capacidade. Seusnervos foram os causadores de tudo. Assim, apenasiniciada a primeira partida do certame, o Sr. Luc-

,kis, profundamente contrariado pelo ruido das fichas(porque o torneio foi disputado no Casino de Mar deiPlata), deixou-a incompleta, abandonando-a e aban-donando também o campeonato. Espera-se, todavia,que Luckis voltejà competição.

O HOMEM DO CINEMA..,O "maestro" Markas Luckis não pode perceber

o ruido niais insignificante quando joga xadrez e, àsvezes, mesmo quando não joga. Refere-se, com efei-to, que, em certa ocasião voltou indignado de uni ci-nema. E tudo porqtie o seu vizinho da retaguardadava constantemente volta ao programa, impedindo-lhe assim de se concentrar devidamente durante o de-senvolvimento da película...

NERVOS FRÁGEISQual é a causa desta sensibilidade extraordinária

do "maestro" Luckis? Ele já explicou: tudo culpa daguerra. Tem os nervos arrebentados pela revoluçãosoviética, da qual foi testemunho real, Robusto, cor-pulento, a saúde de Luckis é magnífica, quiçá dema-siadamente boa; porque seu estômago privilegiado nãoacusa distúrbios periódicos. E\ assim, o enxadristados nervos débeis e do estômago forte.

A propósito, durante o torneio, o Clube Ai-gen-tino de Xadrez, solicitou que as partidas nas quaisLuckis participasse fossem cercadas do. maior süen-cio. Nem o dominó foi permitido!

ESPETÁCULO PARA UMA SENHORANos certames de Mar dei Plate., Luckis fixa fre-

quentemente a vista no público, recomendando-lhesilencio, bastante dificü de ser obtido, é claro... Deuma feita, uma senhora, que não sabia jogar xadrez,que nem ao menos tinha noção do movimento daspedras, penetrou no salão e passou todo o tempq àsgargalhadas. Perguntaram-lhe, depois, porque sorriatanto. Ela respondeu com a maior naturalidade destemundo:

Porque não posso ver Luckis aborrecido...ALGODÃO PARA OS OUVIDOS

Este ano, em Mar dei Plata:, Luckis (Ateve uraformidável triunfo, ganhando espetacularmente a Ja-cob Bolbocháu. Pois muito bem: ao receber as con-gratulações por esse merecido triunfo alcançado so-bre o campeão argentino, Luckis explicou:Venci porque tive o cuidado de tapar os ou-ridos com grossas bolas de algodão.

Como no dia imediato houvesse perdido para ou-tro concorrente e alguém indagasse porque não ha-via usado também o algodão, Luckis respondeu:Simplesmente porque passei a noite com for-tíssimas dores de cabeça.

GALO ÚTILTodavia, a anedota mais curiosa teve lugar no«atei em que se hospedava» Luckis enlouquecera o Fe-

™ „£»«? ^Pedidos: o primeiro para que matai»um potente galo, que todas as manhãs enfurecia omaestro com seu canto: o segundo que lhe trocasseo travesseiro, que era e lã, por um de penas...Por sorte, o gerente pôde satisfazer os dois iusls-tentes pedidos de uma vez só: matou o galo e encheucom suas penas a almofada do Sr. Luckis.... E há quem assegure que ainda esse lhe serviuno "puchero"...

/IN do fígado estai biüoso, abster-sedos prazeres da mesa Levai avida sem, saúde Regularize assuas funções hepáticas com ENOe tudo isso se normalizaráNão sendo em vidros, não é "Saide Fructa"

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JY e KONT/ .Representarão a Coudelaria Paula Machado na temporada internaciona

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0 DESTIFBICIO INDICADO PARA *ItííilENE È CONSERVAÇÃO DOS DENTEÍT

Nomeado recentemente paraa direção da Estrada de lenoNoroeste do Brasil, com sedeem Bauru, o coronel Lima Fl-guelredo, ex-membro do Con-selho Nacional de Despertos,integrou-se desde logo no am-Mente desportivo local, dis-pondo-se a prestar-lhe rodo oseu apoio moral e material.Distinguldo Já com a presiden-cia de honra do E, C. Norocs-te, que em 1943 se sagroucampeão do interior de SiloPaulo, o coronel Lima Flguel-

redo eonstttue-seuma promessa realde grande pro-gresso para o es-porte em Battrâ.O flagrante apre-senta uma visitado coronel UmaFigueiredo & sijdeda Comissão Cen-trai de Esporte»de Bauru, ondellie foi prestadasignificativa ho-menageiH.

ARTIGOS DE ESPORTESC AS A

rOKTES18, Pra^a Tiradentes- 18ABERTA ATÉ 22 HORAS

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^Ícâbelos brancos

Segunda-feira última fogo apôs terminada muxerelclos tio* animais tio Hipódromo do Gávea, es-taramos dispostos a regressar à chtade quand« noaencontramos com ò treinador Brnaui de Freitas, »ju»se encaminhava para o "Stud" Pauta Machado *ftin de atender BeUS pensionistas.Trocamos cumprimento* e apresentamos «o «ftro*petente profissional patrício naan* ftrBMíin.íh swloevito (|ne, na véspera, Fontalne tinha registada roíaseu triunfo no <;. r. "Major suikow**.

Iniciamos, assim, uma palestra que. como et» na*tural, se relacionava com o turre da cidade,• lado a lado fomos descendo a rua Jardim Ito-tfttllCO, trocando impressões sobre o programa ..das-Slco t|iie esta sendo cumprido com evidente tutu»stasmo. Ernani Freitas que tem uma palestra asnt-«lavei vai, então, espionando seu pensamento com acompetência que possue sobre o assunto.

Aprovlmamo-nos quase sem sentir do portão dagrande coudelaria. Parecia termos checado ao (lmda nossa conversação, quando o conceituado treina-dor nos convidou a fazer uma visita ao "stud" que h*tantos anos dirige com a maior proficiência Nâohavia como recusar. Visitar o "Stud" Paula Math*»ilo ê sempre um prazer e por Isso aceitamos o sen-tll convite que nos dava mais uma oportunidade d*ver a grande cavalhada que defende a Jaqueta "mne costuras azuis".

Entramos com Ernani, que mal chegando, ia re-começar o seu trabalho Iniciado horas antes no hl-pódmnio.

E "box" por "box" rol aberto para que pu<le*<«-mos ver os animais,A Impressão era sempre das mais agradáveis.

Higiene absoluta. As "camas" dos animais toda^ i>eiapreparadas davam magnífico aspecto. Os puro*— aa-gues ostentavam. Indistintamente, o pMo luzidio <iet-xando vêr o carinho com que são atendidos e oinossos olhos tudo vlnm com admiração e contenta*mento.

Chegamos a um "box", que antes de ser ;;üi-rto,mereceu de Ernani nina referencia toda especial e ra-rlnhosa:

— Aqui esta a "minha" grande Fontalne.Olhamos com maior curiosidade para a extraor»

dluarlu filha de Formasterus e Tacv, que vhite equatro horas antes havia enriquecido inals ainda suabrilhantíssima fé de oficio, com o triunfo espetáculo»que registara sobre Secreto, Dominó, Maracanã. So-hèo e Britou.

Estava liada e alegre, demonstrando seu "i.qçof*fico estado de saúde.

Brxwnl acariciava a cabeça de Fontalne, como «•estivesse agradecendo-lhe .o momento de alegria <lu*havia expertinentada ua véspera com o resultado «1*"Major Suckon".

Antes, que fosse fechado o "box** pedimos ao jo-veru treinador que nos permitisse uma fotografa d»trmi própria «Io Cardurcl. Fomos fntedla!aintent*atendidos.

A seguir fomos aa "box** de Ever Kead.v, <lutapresentando lindo aspecto, está sendo tfevidauicuta"curado para tomar parte nas provas má.\5m>- «!•nosso turfe, que J.1 se aproximam.

Praticamente estava terminada nossa visita, uvas.antes de nos retirarmos arriscamos uma pergunta *Ernani de Freitas, sobre a representação da grandecoudelaria que dirige» nas grande» provas da teiapo*rada que se desenrola e obUvemos a seguinte resposta:

"stud" raula .Machado sifrà representadopela parelha Fontalne e Ever Keadv.E voeé «credita no sucesso de seus dois pea-«¦loalstas. frente aos grandes "cracks" que terSo aedefrontar tSem qualquer parcela de vaidade ou ne ainorpróprio e embota reconheça as possibilidades de >«*ron. Secreto, Dante, para

* falarmos nos que r«nhc-

ccsmm, acredito firmemente no sucesso dos meusdois pensionistas, que deverão se desaftrtjpar à* ?eu*-compromissos cora brilho.

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O «LOBO SPORTIVO Sexta-feira, 10 de maio de 1946

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Página 3

Mario Fiiho

História ampeonato Brasileiro - 9u dai Primeira Fila

MORREU

7 Ainda não acabara o half-time. Feitiço marcaraum goal e Pascoal outro, o placard de um a um

lembrava o de um ano atrás. Também o primeirotempo do desempate âe 25 terminara assim. Foi quan-do Pascoal pegou uma bola, deslocou-se para o centroe chutou alto. Athié saltou. E no momento em queele saltava Nono meteu o peito, atirou Atliié, bola etudo para dentro das redes. A multidão prorrompeuem gritos de goal. Leite de Castro, porem, balançouos braços, saitt correndo para a área paulista, mandoubater foul de Nono qxiase cm cima da linha áe goal.Grane espera o apito de Leite de Castro. Leite deCastro vem andando. E aí ouve, bem junto do ouvido»"seu isso, seu aquilo". Era Pascoal. Leite de Castronão conversou. Tocou o braço

2 Foi uma cena inteiramente inesperada, Pascoal

nem se defendeu. As bofetadas de Leite de Cas-tro chicotearam-llie o rosto urna, duas, três, quatrovezes. Floriano e Amilcar seguraram Leite de Castro.Leite de Castro passou a mão pelo rosto. A pelequeimava, como áe febre. "Não foi naáa, não foinada". E um silencio tomara conta do esiaáio. Otorcedor ficara como Pascoal¦. sem um gesto, semum grito. Leite de Castro levou o apito à boca. Graneainda estava à espera. Pi-piu. Grane chutou. A bolaatravessou o campo. Leite de Castro esquecera-sede Pascoal. Pascoal continuou em campo, como se7iào tivesse acontecido nada.

O Nétto Machado olhou o placard: um a um. AindaO faltavam quarenta e cinco minutos e cm qua-renta e cinco minutos. .. "Eu — áisse Neito Machadoa Adauto de Assis — preferiria não ter nada a dizercontra Leite de Castro". Adauto de Assis sxispirou."As vezes, Netto Machado, a missão do cronista ebem inç/rata". "Leite de Castro há-ãe compreender.Que diabo!" Netto Machado debruçou-se sobre a ban-cada de imprensa. O lápis correu na tira branca depapel. "Insuspeitos para criticar o juiz Leite de Cas-tro. porquanto, nestas colunas, ele sempre viu o re-conhecimento a seus méritos e à sua linha de cava-lheiro, queremos deixar bem claro que o seu gesto,esbofeteanda um jogador em campo, fossem quaisfossem as ofensas dele recebidas, foi de todo irre-fletido". Netto Machado fez uma pausa. "Você nãoacha, Adauto de Assis?" Adauto de Assis achava."Eu ju fiiA,,; Ue apito na boca. E se algum jogadorse atrevesse a dizer-me qualquer coisa..." "Qui vocêfaria?" Adaxtto de Assis esticou o braço. Apontoupara fora.

Sim. v revícdio era expulsar âe campo. "E vocôveja: Pascoal insulta o juiz e continua a jogar".Netto Machado prosseguiu escrevendo: "Autoridade

suprema no jogo e, assim, com todos os potieres parafazer-se respeitar e para aplicar de pronto e propor,futuramente, as penalidades que julgasse necessárias,e mais, tendo, como homem, o recurso Ke exigir umareparação e tirar uma áesforra fora ão campoda lula"nao devia ter feito o que fez". Adauto de Assis iipor cirna do ombro de Netto Machado. "Eu não tinhapensado nisso". "Pois seria o que eu faria, Adautode Assis". "E a expulsão?" "A expulsão é uma pe-7ialiáade aplicada pelo juiz. Em campo, só ern cam-Pb, o juiz é juiz. No meio da rua..." Leite de Cas-tro apareceu, de cabeça baixa. "Olhe a cara do Leitede Castro — e Adauto de Assis apontou com o dedo— Eu acho que ele está arrependido"

5 Leite de Castro parou um instante diante da mesa

do cronometrista. " Então?" — perguntou Macha-do Florence. Leite de Castro passou a mão pelatesta. "E o pior — disse Leite áe Castro — ê queeu não posso pedir desculpas". Os cariocas voltavampara o campo. Pascoal, vendo Leite de Castro, virouo rosto, afastou-se, tratou de ficar bem longe. Leitede Castro levou o apito à boca, apitou. A cena nãolly '- - - -y-ir. . «£Uperáí a cabeça, nunca me aconteceu 7iaâa pareCorno, porem, um jogador chegava perto de um juiz egritava-, "Seu isso, seu aquilo"? "Eu acho aue lar-garei o apito. Hoje será, se Deus quiser, a ultima vezque eu botarei um apito na boca"

s+ Enio Juvenal estava sentado ao lado de Oscarv/ áa Costa. Um não olhava para o outro, com osolhos presos na bola. Apesar áisso, de quando emquando, Enio Juvenal Alves encostava o ombro noombro de Oscar da Costa. "Que é que o senhor diz,senhor Oscar da Costa? O scratch da Laf vem jogaraqui?" "Eu ouvi falar". "E parece que o match vatser em Paissandú. ali no campo do Flamengo". Pepelevantou a bota sobre o goal de Amado. Amado levoua mão ao rosto. Parecia que o sol não o deixavaver. Petronilho alcançou a bola. Enio Juvenal Alvesbateu palmas. "Belo goal, o senhor não achou, se-nhor Oscar da Costa?" "Como presidente da Con-federação — Oscar da Costa sorriu — eu sou obri-gado a achar todos os goals bonitos. Que é que vocêdizia?" "Era a respei1;; >o campo do Flamengo". "OFlamengo sabe — e Oscrr da Costa ficou serio — que

náo pode emprestar o campo à Laf. "Agora eu es-tou tranqüilo" — Enio Juvenal viu Russinho chutarforte. Athié atirou-se. Bateu com a mão na bola.Pascoal só teve o trabalho ãe encostar o pé. "Bonitogoal, hein?, Enio Juvenal" — Oscar da Costa riu,"O áe PetroniUw foi mais bonito".

7 Enio Juvenal Alves, então, disse que nunca m

Apea precisara tanto âe um campeonato. "Eucompreenáo, eu compreendo" — repetiu Oscar daCosta. "Não, o senhor apenas imagina". O Rio nãosabia o que era uma cisão. Em 24 — Oscar áa Costacontinuava a acompanhar a i>ola âe um lado parao outro — cm 24 o Vasco ficou ãe fora. "O Vasconão era o Paulistano". "O Vasco? O Vasco tinha aTtaior torciâa". "Torciàa só não basta". E o senhorOscar áa Costa âevia reparar ern um detalhe: o An-tonio Prado Júnior ia ser — era o que se dizia —prefeito do Distrito Federal. "E que tem isso?" Nada,7ião tinha nada. Apenas a Apea precisava ão títulode ca7npeão brasileiro âe football. "Eu fiz um apeloaos jogaáores..." Enio Juvenal Alves remexeu-se nacaáeira. Heitor tinha recebião a bola ãe Mele, estavasó. áia7ite ãe Amado. "Goal! — gritou Enio JuvenalAlves — Goal!" E quando se sentou, ele pediu des-culpas. "Eu não me co7itive, senhor Oscar ãa Costa"."Ora — e Oscar áa Costa olhou, sorritlente, para EnioJuvenal Alves — quem não faria o mesmo?"

5 Netto Machado amarrou a cara. Não era pela

âerrota. Era pela primeira página feita na vês-pera, com os jogadores cariocas, um a um, cm pontogrande. "Felizmente eu deixei um buraco, pequeno,não resta ãúvida, para os paulistas". E que diria Fu-rycles de Mattos? Eurycles de Mattos, com certeza,caçoaria dele, Netto Machaão. "Então o senhor, se-nhor Netto Machaáo..." Netto Machado tentou sor-rir. "Eu direi: doutor Eurycles, o football é assi7rtmesmo. Jogo e azar são palavras itiseparavets". Jogoe azar, A associação náo era má: jogo e azar. ENetto Machaão, para não esquecer-se, tornou nota:"As palavras jogo e azar são inseparáveis e ainàa hojeelas o provaram". Outra vez Netto Machaáo julgouver Eurycles âe Mattos, a página feita na véspera,com um buraco à espera dos paulistas... "Isso nãoficará assim. A Comissão áe Football lià-áe me pa-gar. Foi ela qxie teve a culpa"

q Enio Juvenal Alves largara Oscar da Costa, fora+s para o vestiáriotdos paulistas. Uma pequena mui-tidão invadira o campo. Heitor apareceu carregadonos ombros de dois marinheiros do couraçado "SáoPaulo". Os mari7Íheiros do "São Paulo" torciam petaApea. Em qualquer match em que os paulistas upa-recessem, lã estavam eles. Enio Juvenal Alves saiuãa porta do vestiário. O primeiro jogador a aparecerfoi Athié. E depois surgiram Mele, Feitiço, Amilcar,Grane, Bianco. Enio Juvenal Alves abraçava-os um aum. E quando viu Heitor, ele abriu os braços, disse:"Heitor, vem cá. Você merece o abraço mais aper-tado". Os marinheiros do "São Paulo" tambe7n en-traram. E entraram com hurras. Tchirn, bxim. tchimbum! São Paulo, São Paulo, São Paulo! Enio JuvenalAlves levou o lenço aos olhos para enxugar as lágrimas.

f r\ Enquanto isso Othelo ãe Souza deixava-se cair1 (J sobre um banco do vestiário dos cariocas. 'Eusti que vou levar pau". A voz de Amado chegava-lheaos ouvidos, "Foi o sol. Eu nem in a bola". E nova-mente o silencio tomou conta de tuão. Parecia quealguém tinha morrido. Othelo de Souza levantou-se.E corri voz pausada ele avisou que o "bicho" era devinte mil réis. Hermógenes perguntou: "E se os ca-riocas tivessem vencido?" Ah! Se os cariocas tives-sem vencido o "bicho", seria um pouco maior: cin-coenta mil réis. Russi7iho riu. "De que você estárinâo?" — Hermógenes quis saber. "E' do bicho"."Você acha poxico?" "Não. Apenas estranho. Quandoeu ganho, me dão cincoenta mil réis para pagar otaxi. Quando eu perco, só me dão vinte. E eu morono mesmo lugar". *

f -1 Enio Juvenal Alves pediu papel de .telegrama.JL 1 'E', eu preciso tirar partiáo da vitoria. E logoagora, quando o Prado Júnior vai ser prefeito do Rio".O empregado dos Telégrafos estendeu uma folha depapel de telegrama. "Ali o senhor terá pena e tinta".Enio Juvenal Alves agradeceu. "Não, obrigado". Ecom a caneta-tinteiro ele desenhou as letras: "Exmo.Sr. Dr. Carlos de CamjTos. Presidente do Estado deSão Paulo. Palácio dos Campos Elisios — Na qua-lidade de chefe da Delegação Paulista áo Quarto Cam-peonato Brasileiro de Football, tenho o prazer de co-municar a V. Excia. a vitoria'âa Associação Paulistaáe Esportes Atléticos. São Paulo procura, âesta forma,contribuir mais e mais pela grandeza do Brasil. (a\Enio Juvenal Alves". "Quem não vai gostar do te-legrama é o Prado Júnior".

CORNELÍUS IN0 grande atleta negrovitimado pelo álcool

Uiu dos mais famososatletas dos Estados Uni-dos acaba de falecer. Onegro Cornelhis Johnson,uma das maravilhas dodesporto norte-america-no, morreu em consequen-cia de intoxicação alcoóli-ea. Após quinze dias debebedeira, o extraordiná-rio atleta desapareceu.

Mesmo agora, que oseu recorde foi liatido porLes Steers, que saltou re-centemente 2mll, o seunome não pode ser es-quecidó. A sua atuaçãonas Olimpíadas de Berlim

j foi algo sensacional. Osque tiveram oportunidade de vê-lo saltar o sarrafo,com todas as suas originalidades, não escondem oentusiasmo que provocavam os seus pulos. No finalda prova, após árdua luta, Cornelius Johnson foichamado pelos juizes para o salto com o sarrafo co-locado acima dos 2 metros. Eram exatamente 2iu e8 centímetros. I>e macacão, sem qualquer outropreparativo, Cornelius deu uma corrida de 12 me-tros e atirou-se para o alto, passando a marca deforma perfeita. Foi um sucesso sem igual, aplau-dido inclusive pelos seus adversários, qne se sur-

preenderam com a displicência do famoso saltador.Assim ora o grande atleta negro, agora vitimado

pelo álcool.

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2 — O jogo que está sendodisputado é :a) handball c) rugbyb) basketball d) voHeyball

1 — Qualquer "amigo do Lelé" o reconheceránesta fotografia, mas, o outro, quem é ?a).Jaime C) Carreirob) Heleno d) Leônidas

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4 — Este mergulhador está executando um belosalto de :a) Pontapé na Lua e) Carpadob) Revirado d) Salto mortal

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3 — Reconhecido, ele beija a bola que lhe deu a vitoria numa partida dea> Po1" c) Ping-pongò) Tennis d) Baseball

6 — Lute, keeper do Flamengo,aparece neste flagrante atuou-do numa grande cidade :a) Rio de Ja- c) Buenos Ai-

neiro resb) Montevidéu d) São Paulo

5 — Charles Zibelman é um nadador mundial-mente famoso porque :a)» Atravessou o Canal c) Derrotou o "Tarzan"

da Mancha Weíssmuller nos 100metfòs

b) Não po&sue pernas d) Er um nadador cego

RESPOSTAS NAPÁGINA 11

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7 — Eis aqui Bento Camargo lançando o disco A medida de circulo é dia) 2.50b) 4,50 C) 1.00

d) 0.80

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GUILHERME GOMES — FLAMENGO x SÃO CRISTÓVÃO

A arbitragem do Sr. Guilher-me Gomes satisfez apenas emparte. Não há diuida: expulsoubem índio, entretanto, devia teragido da mesma forma comMaurício, que pisara condena-velmente o meia direita Velati. —(O GLOBO).

O arbitro quase que sossobrouna primeira fase. quando Danilo

e Santa trocaram empurrões. —(FOLHA CARIOCA).

Fraco, o juiz Guilherme Go-mes. _ (DIÁRIO DA NOITE).

Juiz, Guilherme Gomes, regai-lar, índio foi posto fora de cam-po por haver feito reclamaçõesconstantes ao arbitro. — (GA-ZETx\ DE NOTICIAS).

PH INCITE DOS ENCESTA-DORES — "Este quadra é ex-eclente" — disse o veterano"coach" Howard Cann. referiu-do-se a seu vlpesimo-tercelroquinteto de basketball. daUniversidade de Nova York.

E continuando: "Vocês de-vem ienihrar-se. porem, que cs-taremos em condições de apre-sentar os melhores conjuntos,esta temporada. Alguns denossos veteranos apresentarammelhoria Impressionante. Ai-gúns calouros ameaçam a po-slção • de veteranos notáveis.Há verdadeiros gigantes, comoJames llegan, Tommy Kelly.Bob Mnith e Joe Dcbonls. To-das ;is posições estão ainda emclaro, mas duvido que qual-quer dos homens que figura-ram nas disputas anterioresvenha a formar na Unhaatual'.'*

O p ou to central dos camisas.-violeta é Adolfo Schayes, jo-vem de 17 anos, com lm9ú dealtura. Ate este momento sôparticipou de 11 partidas, de-vido a ura acidente que afe-tou- temporariamente um üeseus Joelhos. Sobre ele é Cannquem tala: "Devido a sua le-Sfto tenho me valido do Jovematleta apenas como "spar-ring", na prevenção de qual-quer emergência. Tenho-otreinado em tiros laterais,para aguçar sua pontaria, por-que, sem atiradores de grandeestatura é Impossível ga-nharem-se Jogos Importantes".

o gigantesco Frank Mafigl-pane. capit&o dos Vlllctas, 6respeitado como o maior ho-mem de defesa, no DistritoMetropolitano VO lado deSchayes e em comhlnaçáo como mesmo, pratica jogadas sen-snclonals, quase sempre ítna-lizadas com um rosário Ue. teu-tos.

Scooter Forman, cuja perl-cia em marcar pontos valeu-lhe grande popularidade e fa-,ma. no último campeonato, épossuidor de velocidade nota-vel, Embora uào se. preocupeespecialmente em fazer pon-tos, tem a rara faculdade deInfiltrar-se nos pontos Vitaisadversários, mandando & cesta,quando necessário.

17iy$> iCORTES

MARIO FILHO — Os clubes paulistas, enfraquecidos economicamente, tiveramde recorrer a jogos extras com os clubes cariocas. Mas, mesmo na necessidade, elesnão queriam arriscar nada, isto é, contribuir para que, do confronto Rio-São Paulo, 3esalientasse a evidencia da hegemonia carioca. Os incidentes do match Palmeiras e Flu-minense, conseqüência do descuido da vitoria do Fluminense sobre o São Paulo, foram

, uma advertência clara aos clubes cariocas. Se os clubes cariocas insistem em jogar noPacaembu, sem que se modifique a situação criada com a imposição de um juiz e de 'uma derrota ao Fluminense, é porque querem apenas uma percentagem de uma rendaincerta, pouco se lhes importando os vexames por que possam passar.

.ANTÔNIO CONSELHEIRO — A rota oficial do grêmio bandeirante é cheia debiles, tresandando a violência, não parecendo um documento redigido por próceresdesportivos. Percebe-se nela o desespero de causa, um grito de rebeldia, querendo aba-far, com valentia, aquilo que a razão não lhe dá direito.

VARGAS NETTO — Essa historia de bairrismo é uma coisa engraçada. . .E traz contrastes interessantes! Por exem-pio: eu descendo de familia paulista, dosBuenos, de Itúf O Luiz Aranha, que re-digiu a nota, é filho de um paulista deCampinas, um paulista da gema! O presi-dente do Fluminense é um Morais Barros,paulista de quatrocentos anos, de uma dasgloriosas e tradicionais famílias paulista-nas. Os elementos do "São Paulo" queformaram a "onda" contra as instituiçõesdo Rio, atingindo os dirigentes respectt-vos, foram: você, Roberto, Luizinho eLeònidas, que aão cariocas e Joreca, queé porttuguês! Soube também que o jornalmais agressivo contra mim pertence a umgaúcho de Bagé. Tudo é engraçado,não é? !. . ,j

— Que " crack " do football cariocaé autor do samba "Orgia" ?

— No campeonato do inundo, em1938, quanto percebiam mensalmente osjogadores brasileiros enquanto estive-ram á disposição da C. 8. I>. ? 3 contos?1 conto? 800 mil reis? 5 contos?

— Qual foi o primeiro clube emque atuou o quiper Walter Goulart?

— Onde nasceu o jogador Jaú?__ Quem é niais velho? Luizinho ou

Romeu?(Respostas na página 6)

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vence o Mineiro par 3 a 2. A atuação do juizNuma luta de 2 minutos e vinte segundos,22 anos. — 13: Os automobilistas brasileiGávea. — Medio diz que há tres meses nãodiretoria nega. — Piedade Coutinho faz

MAIO, 7: Uma concessão feita aosesportistas brasileiros: "Até 31 de maiopode-se adquirir entradas para os jogosolímpicos. — 8: Anuncia a Censura quesomente dentro de oito dias aceitará o re-gisto do seu contrato por qualquer clube.— 9: Ladislau afirma que não quer maisjogar no Bangú e o Vasco trabalha porobter o seu passe. — 10: O Scratch CariocaVirgílio Fredrighi desagradou a todos. —

Firpo derrota o boxeur italiano Grizzo, deros dão inicio aos treinos para a Corrida darecebe os seus salários no Bangú, mas a

5'29" nos quatrocentos metros livres.

BATE-BOLA NO TERRITÓRIO OCUPADO — Não há dúvida que os russos gostam de foot-bali: estes soldados soviéticos aproveitam um momento de folga para um "bate-oola" numa

rua de Weimar, na Alemanha, defronte da sede do Partido Comunista (Acme)

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Página <» Sextii-feira, 10 de maio de 1940

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Torneio Municioul

1 Cumprindo afinal uma rodada sem antecipações ou uans-ferencas, o torneio "Municipal" ofereceu domingo incocartazes a escolha dos "fans" cariocas de acordo" com aexpectativa, dois desses cartazes mereceram a preferencia dò nú-blico: Bangu x Fluminense, na Gávea, que rendeu CrS 29 78Vi

o«, iSlSnSn X_Sa° .Cr!slovào er» Si»<> Januário, que apurou Cr?~j.l,4b,l>0. Os demais jogos renderam apenas Cr§ 11.512,00 Bo-tafogo x Madureira em Álvaro Chaves, Cr? 9.818,00; América xBonsucesso, em Madureira; e Cr$ 8.240,00 Vasco x Canto do Rioem General Severiano. Ao todo a rodada acusou apenas uniarenda de Cr? 88.360,00. Sinal de que o público está dando aosclubes a paga a que eles estão fazendo jus com a apresen'?oãode jogos de reservas.

2 No jogo entre tricolores e alvi-rubros verificou-se a vitoriado team das Laranjeiras por 5 a 2. Ademir (2), Paschoal{£) e Orlando (1) marcaram pelos vencedores e Cardoso(2) pelos vencidos. Mario Vianna foi o juiz, tendo expulso decampo o center-half Mineiro e o half-dircito Nadinho, do Bangú

por jogo violento. Com esse resultado caiu o "cartaz" que òBangu huvia construído com a vitoria de 1x0 sobre o Flamengoe o empate de lxLxom o Vasco, No match de São Januário ve-rificou-se a surpresa da rodada. O Flamengo que era o favo-rito, depois de estar vencendo o primeiro tempo por 1x0, perdeuparta o São Cristóvão por 2 a 1, justamente quando o team alvoficou reduzido a 10 homens com a expulsão de índio. Adilsonfez o goal rubro-negro e Oswaldinho, um extrema direita estrean-te, os dois dos alvos. Guilherme Gomes foi o juiz. Deve-se fri-sar, contudo que o Flamengo ficou também reduzido pratica-mente a 10 homens, pela contusão violenta que sofreu Plrilo noinicio da luta. i.

3

Os outros três matches da etapa ofereceram placards fa-ccis Nas Laranjeiras o Botafogo surrou o Madureira por, ,- B"*„« ?°aIs de Heleno (3) e Lu,a í2>- s«b « arbitragem deAdelino Ribeiro de Jesus. Em Madureira o América deu maisuma tinida no Bon.wesso, também por 5 a 0 Alzilar Costa foio juiz e Vicente IF (2). Ubaldo, Esquerdinha e Oscar os mar-çadores. César, qm. reapareceu no comando do ataque rubro foiexpulso de campo. Finalmente em General Severiano o Vascocom o seu "expressínhó" surpreendeu, goleando o Canto do«io Por 6 ao. A surpresa foi maior porque o team niteroiensovinha de dois empates com o América e o Fluminense enquantoo "expressinho" empatara também, mais modestamente, com osreservas do Befpfego e com o Bangú. Carlos Poiengy foi o juize Jcão Tinto (2), Friaça (2), Eugcn e Mario os goleadores.

O GI-OBO SPOTÍTIVO

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primeira tarefa mepara o dia iodo [

ANSAVA

... mas o udo Vinho Reconstituinte Silva Araújo me devolveu as energias!"Essa impressão de desânimo, de cansaço,essa falta de energias pode ser, simples-nente, enfraquecimento, sangue desnu-

Lrido. E há muitos anos que grandes no-»mes da nossa medicina receitam com èxi-to, para esse caso, Vinho ReconstituinteSilva Araújo. Rico em cálcio, quina, fós-foro e peptona de carne, o Vinho Recons-tituinte Silva Araújo é um tônico precio-so, valioso reajustador do sangue, restau-

(p* 5 /?

rador das energias. Faça também a suacompensadora experiência Reconquiste, como Vinho Reconstituinte Silva Araújo, a suavitalidade, a alegria, o bem-estar!

Como outras sumidades, assimatesta o professor Augusto Paulino :"Tenho empregado, de longa datae sempre competimos resultados, oVinho Reconstituinte Silva Araújo,ótimo e conhecido preparado quenunca falha nos casos indicado»".S. . „ x,;

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— O TÔNICO QUE VALE SAÚDE

liMí iJiX^iíl/£i

CampecníitcEnquanto o certame oficial do Rio só começará n -i o h» • ,,,k^a sua quinta rodada oficial. Nalide ii?nT £?tame enconSn's_ ?_K?3S£ W* JA cumpriu domingo

poi .1 a 1. E o alvi-negro derrotou o Comercial nnv i n ^ o q » » ,,„ ô , c*r~ra f01 •> a 2 e o S.P.R.em segundo, com uma derroto cada t£Té3wí»tíí__i ÃlmSí.\?ãLl3 ^ ^o Santos ppr 4 a 2. Empatados5f? s assr0 Kr,_v^em 3^ com duas vitorias e duas derrotes; o ComercTi^ánSse£?^^°un_ emna^T*6 2

"T^S.P.R. e a Portuguesa Santista, em 5.", com uma vitoria e ttí&- * ,', t

* emPate e duas derrotes; o

empates e duas derrotes a Portuguesa; e por fim. em 6." o SSt^SSS^Sqtata?texSSS ^ VÍt°rla' ^

t,u„i«Vw* a o- r> os ARTILHEIROS

Niquinho, do Juvèntus; Renato, da Portugii&a de vi* poit^s- ffin MiSS«Un2s; íjeo"idas- do sâo Ka^0''Cabeção, do Ipiranga, e muitos outros mni!s com Miranda, da Portuguesa de Santos, edois goals e uni goal só.

ARQUEIROS VAZADOSO goleiro mais vazado até à quinta rodada

foi Cyro, da Portuguesa Sanüsta. com 13 goalsJoãosinho, do Jabaquara, deixou passar li bo-ins. Tufiy. do Comercial e Oswaldo, do Ipi-ranga, 8: Joel. do Santos, 7; Aldo do S P R6; Rodrigues, do Palmeiras, 5; CWquitiho," doJuvèntus, 4: Jurandyr, do Coríntians, 3: Binodo Coríntians. 3; Gijo, âo São Paulo, 3; Ca-xambú. da Portuguesa de Desportos, 3; e Ivo.do S.P.R., 3.

Se Não Satoe »a«1o

Affoiisinho1 eontoAiid«rai A. Clnl>eEm Barretos. São Paílo ,õ — Contam à me.<mu idade. A tubos são

de março de 19! í.

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HISTORIA PE UM CRACK ^ *»<>*'Molas

Q««s»e • Sport Clube de N% ',1-7* | ' .CJ^ _

r pensa vel em todo o scratch carioca e brasileiro-

>ta« o Sport continuou a sua excursão. Do Rio paraBelo Horizonte, de Belo Horizonte para São Paulo, deSão Paulo para Curitiba, dc Curitiba para Porto Alegre.Ferve uma porção de vitorias, dinheiro é que não teve.Km Porto Alegre viu-se ameaçado de não poder voltar.Foi ai que Canor Coelho se lembrou de Ciro Aranha.Se o Ademir fosse para o Vasco, o Vasco pagaria as pas-

sagens de volta para o Sport Clube Recife."V^'7> IO

.^•^ BELO HORIZONTE

SÃO PAULO

CURITIBA

PORTO ALEGRE"

Passou um ano sem aiiarecer muito, o Vasco não ia lã das per-nas. Depois Ondino Viera saiu do Fluminense, foi para o Vasco.Ademir, então, começou a ser apontado como um grande crackTornou-se campeão brasileiro, campeão carioca, uma figura indis-

pensa vel em todo o scratch carioca c brasileiro-

Passou-se um telegrama para Ciro Aranha, Ciro Aranha mandouo dinheiro para Porto Alegre, quando a delegação do Sport ClubeRecife chegou estava com acomodações reservadas em Sfeo Ja-íiuarío. Aí começou a luta entre o Vasco e o Fluminense. Paraencurtar conversa Ciro Aranha foi logo dizendo ao "seu" Mcne-zcs, pai de Ademir, que o Vasco dava mais de. contos do que o

Fluminense. E ã vista. Ademir ficou no Vasco.

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va n. meia direita, na meia esquerda, nas pontas, chegou aio-ar de cenier-fonvard. Muita gente achava que ele erao maior forward brasileiro. O que Ademir tinha, principal-mente, era vontade de jogar, fle brilhar. Nada o aineilron-lava flesde que tivesse no peito a uiedalhluha de Santo lere--: lia. Quando estava no Vasco, antes de cada matei», ie-

vavrt *">re* nan Nosb» Senhora das \ ítorlas

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E' um jogador que se cuida muito. Quand-acaba um jogo os outros jogadores vão para osdancings, pára os portões das casas das namo-radas para as farras. Ademir não: vai para ocinema. Não quer assistir a fita, qualquer fitascive, quer é descansar as pernas e dormir um

pouco, sem que ninguém o incomode.

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O Fluminense continuou de olho em cima deAdemir. Bastou haver um desentendimento cn-tre o Vasco e Ademir para que o Fluminense en-liasse no parco. Adestnir foi para o Fluminense.E pôde dizer, para alegria dos tricolores que semprequr/tra vestir a camisa das três oôrcs. O dia daassinatura do contrato de Ademir foi de festa

em Álvaro Chaves,

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Ay-AiA

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Agora que se co7isumou o fracasso (ummodesto terceiro lugar) procura-se uma ex-plicação para o resultado decepcionante doSul-Americano Extra de Atletismo. Vale apena lembrar, a propósito, que o presidenteRivadavia Corrêa Meyer era contrario ànossa ida ao Chile. Temia o insucesso, poisachava que a mudança de ambiente, de ali-mentação, sem um necessário período deadaptação, iria diminuir em muito tiossaspossibilidades. Iríainos arriscar, assim, oprestigio de campeões sul-americanos. Nos-sos técnicos, porem, achavam que poderia-mos vencer, pois estávamos (doce ilusão!...)melhor preparados do que em Montevidéu,quando, improvisando quase uma equipe, le-vantamos o ano passado o título máximodo Continente.

Analisando-se, porem, os resultados téc-nicos obtidos em Santiago, surpreende-nosvarias coisas. Uma delas, foi o completodesconhecimento das excepcionais condiçõestécnicas ostentadas pelos chilenos. Em dl-gumas provas, é claro, como no arremessodo peso e no dardo, os representantes chi-lenos marcaram vitorias inexplicáveis. Ri-carão Nitz e Egon FaUcenberg, se tivessemcompetindo, defendendo nossas cores, teriamvencido por ampla margem. Nos 110 metroscom barreiras, no ãecatlon, nos revezamen-tos, nas provas de fundo, os andinos revê-laram uma classe formidável e provaramque se está processando em suas pistas wi-pressionante renovação de valores. No en-tanto, os brasileiros estão competindo, pra-ticamente, com os mesmos atletas que ven-ceram os Sul-Americanos de 1037. 1939. 1941e 1945. O inesperado fracasso de Bento deAssis — nos certames anteriores a chave denossas vitorias — significou o baque fra-goroso de todas as nossas aspirações. Con-távamos com as vitorias de Bento nos 100e 200 rasos, nos 4x100 e 4x400, seín falar nosalto em disia-adia. Uma disteiisão mus-cular diminuiu as possibilidades do firma-davel 'sprinter" nos 100 e fez com que dei-xasse ãe competir nos 200 e nos reveza-mentos.

Tivemos ainda alguns fatores adversos,como a saiãa escapada do chileno Labarthenos 100 metros rasos; ò arremesso "qttei-mado" de Lucio de Castro no dardo (trêsmetros alem da marca obtida pelo chilenovencedor) e a ausência de alguns valores.

De qualquer modo, valeu a lição. Ne-cessitamos proceder uma renovação de va-tores, justamente nos pontos em que- esta-mos mais fracos, e um conhecimento me-Uior da forma dos adversários. Poderemosmanter em 1947 o titulo máximo oficial, oueainda ostentamos, mas não sem observarrigorosamente todos os fatores que concor-riram para o nosso revés em Santiago.

Nos dois flagrantes acima vale a pena observar o vultoda assistência que ãflüiu ao Estádio Nacional de San-tiago. No dia da inauguração a majestosa praça de os-portes abrigou 45 mil espectadores, a maior massa hu-mana que um certame atlético conseguiu reunir naAmérica do Sul. Isso prova que o povo chileno contava,como certa, a vitoria de sua representação e prova queos andinas estavam preparados para vencer. Na pri-meira fotografia vemos um salto de Lucio de Castro,vencedor da prova com 3m.90. O veterano campeão

brasileiro e recordista sul-americano tentou bater opróprio recorde, mas depois de transpor 4m.l5. roçoucom o braço no sarrafo. derrubando-o. Ao lado, CiaraMueller a maior atleta do Brasil, vencendo uma elimi-natoria. Classificou-se em 2.° nos 200 metros rasos,com o tempo igual ao da chilena Anegrete Weller: 25 "8.aliás, igual ao recorde sul-americano. Competiu aindanos 100 metros rasos, no salto cm altura, em distanciae nas provas de arremesso. Embora denotada, pode ser

considerada a atleta mais completa do continente.

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Apesar de tudo experimentamos, de quando em vez,gratas satisfações. Os feitos de Agenor Silva foramverdadeiramente memoráveis. Primeiro venceu os 1.500metros com o tempo de 4,00"3 e os 800 com r53'*3. re-gistando novos recordes brasileiros. A fotografia acima— instantâneo da chegada dos 1.500 dá-nos uma nítidaidéia da superioridade do atleta brasileiro, numa prova

que tem sido sempre vencida ora por argentinos ou chi-lenos. Agenor Silva rehabilitou-nos dos demais revesesnas demais provas em pista rasa, pois Bento de Assis,recordista sul-americano dos 200. com 21 "2 e dos 400com 47"6 deixou de dar valiosos pontos ao Brasil, in-clusive comprometendo com sua ausência nossas pos-

sibihdades nas dfias provas de revezamento.

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Duas grandes vitorias obteve Geraldo de Oliveira,para o Brasil: o salto em distancia e o salto tríplice.Nesta última, em que atingiu 15 metros, foi cunsi-derado pelos entendidos um valor mundial, com pps-sibilidades de conquistar um título olímpico, ado-quadamente preparado. Ao lado vem.03 O lso Do-

^ iÈ ^1*^'^^^^ '^. ria' que fracassou no salto em altura, embora o ven-!jn^^%U^^4^y ¥™ cedor marcasse apenas lm.90 e obteve o 2.° lugar noryt^*^y-y:yfy?¥- ¦ " •

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decatlon, quando se esperava a sua vitoria. Em 1945o chileno Mario Recordon o vencera injustamente.Desta feita, porem, conquistou merecida vitoria.Nosso maior decatleta. verdade seja dita, não osten-tava a üua melhor forma. Estivera quase um anoaia.t-t.ado das pistas e só recomeçou os treinos, aten-dsndo a inúmeros apelos, em cima do sul-americano.Esperamos qu. no sul-americano de 47, que serádisputado no Rio, possa obter ampla rehabilitação.

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supertendade do Chile manifestou-se de forma ainda mais con-udent<fho Torneio Feminino, em que suas atletas levantaram to->s os fjineiros lugares. Na verdade, as campeãs andinas tiveram,mo a^ersarias. praticamente. Clara Mueller. Ivete Mariz e Lour-« de jbreu do Brasil. No clichê acima vemos a linda atleta chi-na Q^z Martin, vencedora do arremesso do dardo. Ivete Marizi a sepnda colocada na prova, classificação que obtivera tam-

bem, no arremesso do disco

Assis Naban, veterano das Olimpíadas de Los Ange-les e dos sul-americanos de São Paulo, Lima, BuenosAires e Montevidéu reafirmou a sua classe mais limaVc*z levantando a prova de arremesso do martelo.No clichê acima vemos o nosso campeão, após ven-cer a prova, sendo cumprimentado pelo argentinoJuan Fuse. Naban é um exemplo de que cuidamospouco da renovação de valores. Quando fracassa um

vefes-rano, como aconteceu com Bento de Assis, háum abalo que se reflete técnica e psicologicamenteem toda a equipe. Tivemos uma dura lição em San-tiago. Agora é cuidar de preparar novos "sprinters",novos bami-iristas, novos arremessadores de peso,disco e dardo. Fomos demasiadamente confiantes aoChile. Será necessário reconhecer o valor los adver-sarios e sobretudo conhecer as suas paíermances.

Em 1947 estará em jogo o título oficial.

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Página 10 Sexta-feira, 10 de maio de 1040 O GLOBO SPORTIVOi •_!

ANDE CLUBE POR DENTRO*M

A sede do Botafogo, de estilo colo7iial, é uma das mais suntuosas do país. Tambetn sua posição geográfica é das mais privilegiadas

O Botafogo forma, naturalmente, na primeira linha dosclubes cariocas que mais têm trabalhado pelo desporto nado-ool A par disso, e simultaneamente com isso, surge aindacomo dos mais laureados na luta das quais participa. Nasceupredestinado a grandes empreendimentos, e, se vez por outraempenha-se em" campanhas que se tornam alvo de combate,nem por isto compromete o seu brilhante passado de pioneirodo football. Deve-se reconhecer, por outro lado, entre os feitosde importância de sua vida, o fato de haver fornecido aos postos

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_M__Mfl_BUur» BBBB|«i»imi ipyfggSK-- ./.-¦*_. ,U'JWUIWan—MltlWl «N_KlKM----M_BMaBBBBMMMMIIINM^

O departamento da secretaria está dividido em duas seções,tfuma se procede ao ãespaclio de carteiras, pagamento, rece-bivisâtü, cie. e à outra estão afetas a propaganda, consultas c

difusão, em geral

de maior saliência no coman-do esportivo do Brasil figu-ras da projeção de um LuizAranha, João Lira Filho, Rí«vadavia Corrêa Meyer, M.Vargas Netío, Carlos Alai*-tnns da Rocha, Paulo Azere-do, Ibsen de Rossi, Paula eSilva e tantos outros.

Maduro em anos de exis-tencia, não atingiu, contudo,a plenitude da popularidadea que naturalmente faz jus.E vai nisso ¦— é verdade —um pouco dn sua boêmia na-tural e um pouco também doseu espírito belicoso, aspectos,nos quais se inspirou um sin-guiar artista argentino para,valendo-se da sua profissãode desenhista, torisá-Io irmãogêmeo do Pato Douaíd...MUITAS REVOLUÇÕES1 N T E R N AS, MAS SEM-

PRE INABALÁVELTem sido uma existência

toda ela de luta e de traba-Iho, a vida do Botafogo, Pri-metro, .foi o empenho ime*diaío de emancipação; depois,a conquista de um lut;ar dehonra na comunhão dos real-mente denominados grandes.Do nascimento ao meridiano.

tentou muitas vezes contra si próprio. Teve de enfrentar, eenfrentou mesmo, revoluções que se tornariam apocalípticasem qualquer outra entidade, dividindo-se ainda, em muitas oü-Iras ocasiões, menos — é necessário que se Firme — por faltade convicção, que propriamente por confusão de sentimentos.

Viveu o seu "far-west" de morte certa; perdeu-se maistarde em incidentes separatistas, mas, no fim, sobre\ iveu atudo com essa altivez maravilhosa em que o vemos hoje piau-tado em seu panteón magiiificente de glorias.

O movimento ãe sua secretaria é intenso. Inicia-se às novehoras da manhã e, geralmente sô se encena depois

das dezenove horas

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(jV GLOBO S1>0HT1V0 Sexta-feira, 10 de maio de 1046 Página 11

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O edifício central é rodeado de jardi7is bem cuidados, qu e emprestam ao todo uma situação magjiífica J___ i _/ 1

Por ironia do destino, o que tem constituído o maior en-trRve em sua vida é a falta de unidade até então sempre rei-íinníe no seio dos homens que o administram. Por mais in-coerente que isso pareça ser, aí está uma verdade irrefutável:a: gentes, lá, gostam de se divorciar ssa bonança, mas, sen-tsd » que seja qualquer grito de alarma no clube, todas as quês-tittnculas passam ao esquecimento. Ú. que "outro valor maisa' o se alevassta", e o Botafogo necessita seguir adiante, ne-ce.tsía viver e contemplar do alto as suas conquistas.

iNo começo foi assim, e ninda hoje ,'!e guarda motivosp;sra continuar assim. .. Disso — dizem — servem-se os quec< mo ele ambicionam triunfos para lhe tomar a dianteira tsascompetições.

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Dentre os seus departame7itos esportivos especializados, aseção de football ocupa o primeiro lugar em eficiência

Um campeonato oficial é osonho de todo botafoguense,do que torce uo Rio ao queacompanha a sua trajetóriano interior.

Tem sido o seu "divino"tormento desde 1932. Anual-mente promete sensação, con-trata "cracks" formidáveis,transforma a sua direção téc-nica e anuncia uma vida novapara aqueles que mais dire-temente deverão empunbar ofacho da vitoria. No princi-pio, tudo é feito meticulosa»mente. A febre dc ação, denão transigir, de aniquilar umvelho "quebranto", coildu-zem-no infaíigavelmente aocaminho da "redenção". Sís-bito, porem, as coisas voltama ser como eram, e lá se vaitudo por águas abaixo...

Em contraste com tudoisso, sua estabilidade finair-ceira jamais sofreu soluçãode continuidade. Jamais fal- "

tou a um único compromisso,os profissionais são pagos ri-gorosamente em dia, e qual-quer inovação pode ser en-campada sem as dificuldadesque assaltam outras isisti-tuições.

É dos clubes de vida maisintensa do país. Suas ativida-

des se iniciam ao amanhecer, com a abertura do estádio aosatletas amadores. Vêm, depois, os treinos normais de foot-bali, dedicados aos juvenis, juvenis fortes, amadores, aspl-rantes e profissionais.

As suas seções de remo e natação ganham, ordinariamen-te, o mesmo dinamismo, e a de esgrima funciona em GeneralSevériano com a mesma seriedade que essa modalidade daesporte inspirou nos maiores países do mundo.

Quase unia centena de funcionários presta serviços diarios à agremiação. E tudo corre na mais perfeita ordem. ¦

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O novo departamento médico também é dos mais modelar es.Nao lhe falta, hoje em dia, o>aparelho mais caro. dentro dautilidade normal exigida pelos desportos, e nele trabalhamdiariamente Ires médicos

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/O preparo da equipe brasileira que disputou o Sul-

Americano de Natação foi entregue a Cachimbau c aLuiz Lima. o primeiro, técnico do Fluminense, e o se-gundo, do Guanabara. Estávamos entregues em boa< jnãos,c os dois populares e competentes treinadores admitiam ahipótese de uma vitoria das cores nacioTtais.

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.* Béryí Marshall e Beatriz Negri parecem aqui maisTT preocupadas em conservar a beleza do que em duelosaquáticos. Mas a verdade é que a Argentina surgia comouma tremenda rival no Torneio Feminino. Eileen Holt,Enrigúèta Duarte, Beatriz Rodrigo, Marta Rosa, BeatrizNegri e Adriana Cameli surgiam como adversárias for-midaveis.

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y Para o Torneio Feminino, a grande nação andina* manáou-nos apenas uma representante; Blanca Fre-des. Mas cs que acompanJiavam seus treinos, admiravam-lhe mais a plástica do que o estilo. O mais interessante éque Blanca não chegou a defender as cores de seu pais.

COMO PERDEMOS A StJPREMAGINA NATAQAO CONTINENTAL

2 Há poucos meses ninguém poderia supor que o Brasil

tBesse alguma "chance". De repente., porem, proces-sou-se a renovação de valores e as piscinas, que até en-tão andavam vazias, encheram-se de vibração. Tambémos nadadores veteranos, como Carlinhos Vasconcelos e Ce-cuia Heilborn, tentaram voltar. Todos queriam defendero Brasil.

O Mas a época era dos novos, e assim cs ex-camp ¦. ôe$%* sul-americanos não conseguiram integrar a equipebrasileira. Em compensação, contaríamos com Sérgio Ro-drigues, Jidio Artur, Paulo Saboia e, no setor feminino,com Edith Groba, com Maria Angélica, Myriam Pavan, cte.

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5 Afinal, chegou o dia da inaug-uração do Sul-Ameri-

cano. Uma incalculável multidão afluiu à piscina doGuanabara, para assistir ao cotejo dos maiores ases doContinente. Ao campeonato concorriam quatro paises:Brasil, Argentina, Chile e Uruguai.

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s* O Chile enviou-nos uma equipe ãe toater-polo e ai*O çruns nadadores, tendo à frente o veterano WashingtonGuzman, recordista sul-americano dos 1.500 wiefros, nadalivre. Mas o famoso uásn já não estava em condições déreproduzir as suas memoráveis façanhas.

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SO Brasil dispunha de uma Piedade, de uma Eãiilt,

aliás, ãe duas, a Groba e a Heimpel Borghof para as-segurar-nos uma boa figura nos três nados. .Também osnovos valores, como CeÜa Brasil, que aparece ao lado deTalita Rodrigues, prometiam muito.

Q Arco havia razão para temermos o confronto com m±s argentinas, e, na iferãaãe, as^ nossas representanieiportaram-se a contento. De todas às provas do programa,só perdemos duas vezes: tios 100 metros, nado de peito, enos 100 metros, nado livre. (.Continua na pág. seguinte}

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1 fi ^a nG^e da abertura houve uma única final: osl & 100 metros, moças, nado de peito. Edith HeimpelBoryhof era a favorita, mas a argentina Adriana Cameli.marca7ião o melhor te7npo de sua carreira, sagrou-se ven-teâora, com L'29"6. Nos 200, Eáith obteve ampla áesforra,formando dupla com Ana Vaiano, dc Minas.

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*# *3 Nesta fotografia vanos MiVcn Euzi::, herói do Cam-1 O peo7iato Sid-A7ncríca7io de Salton dc Trampolim, oolado do ãtgentino Horacio Dardanó, ex-campeão.. E' in-tercssa7ite observar que o Brasil foi sempre fraco nessaespecialidade.

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7í-B Se vent^ssemos os 4x100, aãquiririamos certeza deA %J vitoria. Mas toda a força da equipe argentina residiano nado livre. E a prova é que, embora perdendo as prova»ãey.ado de costas c Jiado de pei'o, venceram o Branl norampla margem, com as vitorias 7io 7iado livre. Ao alto,a t:'imu de i-200 arrícc o. Também a equipe de 4x100 a Argentina levou amel or em (r. :clgidc: "rl(i. ¦;¦'¦ chegada, mercê de um., empolgante viradade Vantomo.

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- y Na- segunda noite, porem, Edith Groba Í77ipôs a sua-l JL classe excepci07ial. ve7icendo os 100 metros, 7iaão decostas, com o tempo de 1'20"1, nova marca para os cam-peonalos suZ-owie?icanos. E Pieáaáe Coutinho Tavaresfoi a segunda colocada. A Arge7itina classificou três r.ada-áoras, nos 3", 4o e 5o lugares.

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1/1 Eis ai Um cxl)rcssivo flagrante ãa assistência nc,ATT auge ãa torcida. Em primeiro plano podemos ob-servar o presidente Rivaáavia Corrêa Méycr, jazendo suatorcida. Q notável instantâneo foi obpáo na di*»«ta dos1.500 metros, quando se verificou o duelo Aran BÒglwsslanx Garay,

¦a y Na terceira 7ioitc ão Sul-Americano foram. (*hp:.

¦*¦ * tadas quatro finais, senão que 0 Brasil sagrou-scvitorioso em ires. Iniciou a serie de triunfos Paulo Fònseccc Stlva. Reafirmando a sua classe internacional, fe-ne??:com facilidade os 200 metros, nado de costas, no tempo dc2"33"7. stofa marca dos campeonatos sul-americanos. Na10» mstros, PauH •' 3 iria, mais tarde, reproãurir a faça-nha, com novo record: 103'8.

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-2 e} O Campeonato Sul-Amcrícano de Saltos tombem1 £ iria reservar ao público local uma grata satisfação:

o titulo máximo ficaria no Brasil. Vencemos o campeo-nato de saltos de trampolim e plataforma para homens, co de plataforma, para moças. Ao alio, um salto dc Mil-ton Buzin.

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í r1 O Brasil eslava representado pela sua força viá-1 CJ xima, mas tinha contra si a demasiada juventude ou

a demasiada inexperiência dos novos valprcs. Mas ainda eracedo para se fazer prognósticos. Tudo dependia tífs» prova*dc nado livre

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J Li A seguir, willy otto Jordan marca: a piimeircf O vitoria do Brasil em nado de peito. Com ri3"ít.derrotou seus maiores rivais; Carlos Peres Espejo e Cem>Be7\eti Aprosio. Nos £0j metros. Willy iria provar qntainda é o tider absoluto nessa especialideãe. no Continente.Seu tempo ri> 2'48"8 rira os roo metros significou o estaòeiecimento de uma nova marca para os campeonatos'l-crn^ricanc* • ••¦¦-.-, dfsfancfn Wüly ainda integrou «turma de 4x100. ma-cando 1015.

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I Q ^cs c; proros-c/iítüe áo campeoncío ero;?i aquelasx C c/« çwc /uiio ,4ríur esfftoa inscrito. Nossos técnicosconfiavam no "ãs" guanabarino e esperavam que cie sur-prcendessc Duranona. O jovem nadador, porem, teve con.tra si uma serie de fatores adversos. Quinze dias antesdo campeonato teve um- ataque de asma que muita o debi-litou. Alem disso, foi vencida pelos nervos, sob O pezo daresponsabilidade q-ne lhe pesava sobre as ovibro-J.

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*y *} Maria Del Carmen Madero era a favorita do cam-*" ^" peonato feminino áe saltos de plataforma. Mas r.ahora âe competir náo apareceu, cabendo o título à brasi-leira Amélia Cury. A saltadora argentina* no entanto, Ir-vantou o título no salto de trampolim de três metros.

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O/j* A'o torneio femirdno, sofrc:::~s apenas dois revesesiw nos 100 metros, nado de peito, e nos 100 metros, nadolivre. Nesta última prova, a argentirxa Efíeen Holr, con-traflando os prognósticos dos entendidos, venceu a cam-peão brasileira no tempo âe 1*10'4. Piedade marcou ape-nas 1*11**7. o mesmo tempo de Maria Angélica, classificadainjustamente em 3o.

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t^rn* rara os argentinos, juuo Artur, assim como outrosj£éXJ nadadores brasileiros, foram, vencidos pelo excessode treinamento. De qualquer maneira, porem, as vitoriasãe Duranona nos 400, 800 e 1.500 — sem falar na sua con-tribuição para o triunfo argentino dos 4x200 — foram bem7nerecidas. Ainda é o número um nas provas de fundo.A grande revelação brasileira foi Aran Boghossian, cindanadador Infanto-juvenil.

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¦¦¦¦HBÍHHMio O Embora perdendo o Campeonato Sul-Americano,

**** que é disputado apenas na parte masculina, o BrasÜconquistou os títulos ãe water-polo, saltos, Torneio Femi-nino e a "Copa América". Nosso "sete" de water-poloderrotou o Chile por 5x1 c a Argentina duas vezes, por2x1 e 4x3.

*)£* Quarenta e oito horas depois, na disputa do relay** O 4x100, Piedade Ia à "forra". Embora saltando atra-sada, a nossa campeã caiu nagua disposta a recuperar adistancia perdida. Foi uma luta empolgante, decidida nachegada, por batida de mão. A equipe brasileira marcou4*52"4 e a argentina, um décimo a mais. o tempo parcialde "Filhinha" foi 1'10\

5) b —- Não possue pernas1) c — Carreiro2> a — Handball3) d — Baseball7) a — 2,504) b — Revirado6) c — Buenos Aires

p y O mais interessante é que o pequeno e forte na-£* M. dador tijucano nem deveria nadar, o escalado enPaulo Saboia, que vemos acima ao lado ãe CachimbouMas o fundista tricolor teve uma infecção num pé e ncounnpossibüttado de nadar. Aran Boghossian aproveitou achance, classificando-se vice-campeão nos 800 e 1 500JVesía última prova sustentou empolgante duelo com •'argentino Garag.¦¦¦.'"..' '

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'^>y# Piedade Coutinho Tavares foi a nadadora que mar-•p-Stt cou maior número de pontos no Sul-Americano: 4SJcorrespondentes a três prioneiros lugares (200, 400 e 4xKe dois segundos (100 e 200 metros, nado de costas). Sofr$um único revés em sxia especialidade, para a argentinalee7i Holt. Quarenta e oito horas depois, porem, -Fil]nha" obteve revanche.

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o^ SsperaDo-se novo duelo Piedade x Eileen Holt, rtot'£* i 400, mas hcu.ve foi o dtxclo entre, a cp*-v^~ü f*r'gen*ÜTia e a mineira Myrian pavan. Revelando extraordináriafibra, a nadadora mentanhesa levou a mélhcr, com o tem-po de 5'52"4. A argentina chegou em 3o, oom S^^S. Pi&idade venceu facilmente com 5*36"3-,

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