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III ENCONTRO CIENTÍFICO E SIMPÓSIO DE EDUCAÇÃO UNISALESIANO

Educação e Pesquisa: a produção do conhecimento e a formação de pesquisadores

Lins, 17 – 21 de outubro de 2011

LOGÍSTICA: MODALIDADES DE DISTRIBUIÇÃO E LINHA DE PRODUÇÃO

Valquíria Pereira dos Santos - [email protected]

RESUMO

A logística esta cada vez mais integrada em todas as áreas relacionadas a produção e a satisfação do cliente, todo o processo do produto esta interligado desde o início da produção até o produto final que chega ao consumidor, a competência de logística decorre da competência da empresa para fornecer os serviços ao cliente. A distribuição correta do produto só é desencadeada quando à um processo planejado e estruturado; o processo de distribuição é um dos mais críticos e o que inspira mais atenção, pois atrasos com clientes podem resultar em muitos prejuízos para as empresas como a própria perda da venda e do cliente. A produção e a logística estão totalmente envolvidas, pois o produto final que é entregue ao cliente passa por diversas etapas para se tornar o produto final, para que isso aconteça sem problemas à linha de produção tem de ser preparada, eficiente e ter qualidade. A cadeia de abastecimento integrada agrega valor de acordo com a concepção do cliente e apresenta uma visão ampla do que se conhece como cadeia logística; está mais relacionada a estoques, distribuição física de produtos e disponibilidade em relação a data e local de acordo com a preferência do cliente. Palavras – chave: distribuição, logística, produção e abastecimento.

1. INTRODUÇÃO

A distribuição configura-se como a continuação lógica da venda. O tema Logístico: Modalidades de Distribuição e Linha de Produção, já esclarece que produção e logística caminham de forma conjunta e que distribuição e abastecimento são as prioridades para que o produto chegue até o cliente. Neste contexto o autor Kapoor (2004), afirma que o marketing vê a Distribuição como um dos processos mais críticos, pois dela se incumbe a tarefa de levar o produto até o cliente. Canais de distribuição e cadeia de abastecimento são o que movimentam os produtos, estoques e fazem com que o cliente tenha seu produto e fique satisfeito. A adoção do gerenciamento da qualidade total foi um dos mais importantes impulsores da transformação da logística, a busca pela qualidade trouxe o raciocínio logístico e com isso outras estratégias. O processo de uma empresa é formado por várias etapas, a produção de uma indústria tem todo o planejamento para que a linha de produção não seja interrompida, e a etapa logística que envolve todo o

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processo inclusive a produção é o que movimenta a empresa e gera o lucro e satisfação do cliente, pois é pela logística bem desenvolvida que o produto chega até o cliente de maneira satisfatória.

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.2.1 Distribuição

Distribuição é um dos processos da logística responsável pela administração dos materiais a partir da saída do produto da linha de produção até a entrega do produto no destino final (KAPOOR et al., 2004). O produto depois de todo o processo de produção é encaminhado ao distribuidor e assim começa a venda para os consumidores finais. Esse é o processo mais comum de distribuição, pois existe uma série de decisões e variações a serem tomadas pelo profissional de logística. O Marketing vê que a Distribuição é um dos processos mais críticos, pois problemas como o atraso na entrega são refletidos diretamente no cliente. A partir do momento que o produto é vendido a Distribuição se torna uma atividade de linha diferente e ela é capaz de trazer benefícios e problemas resultantes da sua atuação. (KAPOOR et al., 2009) Uma organização é dividida em três processos principais: suprimentos, produção e distribuição. (GOMES et al, 2004) Sendo assim, onde termina o processo de distribuição de uma empresa, inicia o processo de suprimentos da empresa seguinte, isso se dá porque o produto final que foi distribuído é o que vai suprir a necessidade das empresas que vendem os produtos para os consumidores finais.

2.2.1.1 Processos de Distribuição

Segundo Kapoor (2004) a Distribuição é dividida em outros subprocessos, os quais são:

a) movimentação na linha de produção; b) expedição; c) gestão de estoques; d) gestão de transportes; e) logística reversa (reciclagem e devolução); f) logística de transportes agrários.

1.2.2.2 Tipos de Distribuição

Tradicionalmente a Distribuição configura-se como a continuação lógica da função de vendas, onde se faz chegar o produto ao consumidor através de um circuito de distribuição. (SOUSA, 2000). Um circuito de distribuição é constituído pelo conjunto de pessoas ou organizações que promovem e facilitam a circulação dos produtos, desde o produtor ao consumidor final. O conjunto de entidades localizadas entre o produtor e o consumidor final é designado como intermediários, e o numero de intermediários vai determinar o tipo de circuito de distribuição.

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2.2.1.3 Estratégia de canal de distribuição

Segundo Bertaglia (2006), os canais de distribuição são organizações que movimentam produtos e serviços entre os elementos pertencentes a um segmento de mercado. Essas organizações ou estruturas são indispensáveis para o processo de distribuição, pois se comprometem a atender à demanda. As fases de desenvolvimento e implementação dos canais de distribuição têm como objetivo principal relacionar a estrutura e as características dos processos logísticos de uma organização com a sua estratégia, o mercado que deseja atingir, seus recursos técnicos e financeiros disponíveis, as necessidades dos clientes atuais e potenciais e as iniciativas da concorrência. Bertaglia (2006) enfatiza para realizar o processo de planejamento e desenvolvimento dos canais de distribuição, os seguintes fatores devem ser meticulosamente analisados: mercado, concorrência, conjuntura econômica e normas e regulamentos governamentais. A implementação com êxito da estratégia do canal de distribuição é fundamental para se obter sucesso no mercado. Contudo, essa é uma atividade extremamente complexa. Para efetuar a implementação de uma estratégia de canal de distribuição, os passos que relacionaremos abaixo devem ser observados.

2.2.1.4 Desenvolvimento de estratégia e plano de implementação

De acordo com o Bertaglia (2006), o desenvolvimento de uma estratégia para o canal de distribuição afeta toda a organização. Dessa forma, todos devem ser envolvidos no processo, analisar os impactos causados em suas áreas e contribuir adequadamente para que a estratégia caminhe para os rumos estabelecidos. Os cenários devem ser analisados pelos envolvidos de modo que ocorra o comprometimento para o sucesso do projeto. A partir daí, a estratégia deve ser definida, e suas prioridades, endereçadas juntamente com o plano e implementação. Segundo Bertaglia (2006), o plano de implementação deve ser detalhado, uma vez que a estratégia supostamente demandará muitas competências que podem ou não existir internamente. Projetos paralelos podem ser necessários, pois a mudança do canal pode culminar com alterações de embalagem do produto, revisão organizacional, mudanças físicas, terceirização entre outras. O gerenciamento de mudança é um aspecto fundamental que deve ser administrado cuidadosamente, já que poderá envolver clientes, funcionários, sócios e fornecedores.

Bertaglia (2006), enfatiza que a implementação deve ocorrer em fases. Um plano piloto deve ser realizado a fim de exaurir os problemas e minimizar os riscos potenciais, que em escala maior poderiam ser drásticos e até fazer a organização sucumbir. Portanto, escolher um cliente estratégico, com quem a empresa mantenha um relacionamento positivo, para realizar o piloto, pode ser a alternativa ideal para testar a estratégia do canal de distribuição.

“O desenvolvimento de uma estratégia para o canal de distribuição afeta toda a organização.” (BERTAGLIA, 2006, p.75).

2.2.1.5 Canais de Distribuição

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De acordo com Kapoor (2004), existem três tipos de canais de distribuição:

a) canal direto – circuito em que não existem intermediários, isto é, o produto transita diretamente do produtor para o consumidor final. Tema a vantagem de ser completamente controlados pelos produtores e de proporcionarem um melhor conhecimento do mercado, por outro lado, tem o inconveniente de não permitirem uma grande dispersão geográfica;

b) canal curto – circuito em que não existem grossistas, isto é, o produto transita do produtor para um retalhista, ou número reduzido de retalhistas. Os circuitos permitem uma melhor cobertura do mercado; contudo, requerem uma rede de intermediários que, embora pequena, faz com que a empresa possa ficar dependente destes e perder o controle do circuito;

c) canal longo – circuito em que intervém o grossista e eventualmente outros intermediários tais como: o importador ou o agente. Estes canais são utilizados preferencialmente para produtos de grande consumo e requerem reabastecimentos frequentes dos intermediários. Possibilitam um alcance geográfico amplo, mas a gestão das relações internas do circuito é mais trabalhosa e complexa.

2.2.1.6 Modalidades da Distribuição

Ao determinar os canais de distribuição, além de análise das suas

características, deve-se determinar qual a modalidade da distribuição. Para o efeito identificam-se quatro tipos de modalidades, que segundo Kapoor (2004) são:

a) distribuição extensiva – modalidade utilizada quando uma empresa pretende alcançar o maior número de pontos de venda do mercado, através de um canal de distribuição longo. É viável em empresas com um grande número de vendedores e forte organização comercial. Tem a vantagem de permitir que os produtos consigam atingir o maior número de consumidores; por outro lado, tem como desvantagens o elevado custo que impõe à empresa, além de uma possível perda parcial de controle sobre o canal;

b) distribuição exclusiva – baseia-se na concessão a um intermediário da exclusividade da distribuição do produto, em determinado território. Pressupõe que o intermediário concessionado não venda produtos similares de outras marcas. Esta modalidade é normalmente utilizada por PMEs que não detêm grande conhecimento do mercado-alvo. Adicionalmente, é frequente ser de responsabilidade do intermediário o ônus da força de venda, das reparações técnicas e da assistência pós-venda. Um tipo particular e bastante atual desta modalidade de distribuição é o sistema de franchising;

c) distribuição seletiva – besta modalidade o produtor escolhe um número reduzido de distribuidores, aos quais normalmente são fixados cotas de vendas, como possibilidade de se estabelecer princípios de exclusividade de vendas num determinado território. A seleção de distribuidores é feita em função de dois critérios essenciais: a localização do distribuidor e o posicionamento;

d) distribuição intensiva – utiliza-se esta modalidade como complemento à modalidade de distribuição seletiva ou extensiva quando é necessário

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concentrar forças e capital em dados momentos e em certos canais de distribuição. Um exemplo disso é o uso de campanhas promocionais.

2.2.2 Competência Logística

Segundo Bowersox e Closs (2001), competência logística é desenvolver uma

estrutura analítica integrada que defina e relacione conceitos-chaves. Essa estrutura é útil para relacionar os aspectos mais básicos da logística

com a estratégia central da empresa. É importante que as pessoas ligadas ao trabalho cotidiano de logística possuam entendimento básico do modo como suas funções especificas se encaixam ao todo.

É igualmente importante que os executivos envolvidos na logística vislumbrem de que maneira um desempenho logístico excepcional ou competitivamente superior pode tornar-se a base da estratégia da empresa.

“Competência logística decorre de uma avaliação relativa da capacitação de uma empresa para fornecer ao cliente um serviço competitivamente superior ao menor custo total possível.” (BOWERSOX; CLOSS, 2001, p.23)

2.2.2.1 Missão da Logística

De acordo com Bowersox e Closs (2001), a logística de uma empresa é um

esforço integrado com o objetivo de ajudar a criar valor para o cliente pelo menor custo total possível.

A logística existe para satisfazer as necessidades do cliente, facilitando as operações relevantes de produção e marketing.

Do ponto de vista estratégico, os executivos de logística procuram atingir uma qualidade predefinida de serviço ao cliente por meio de uma competência operacional que represente o estado-da-arte. O desafio é equilibrar as expectativas de serviço e os gastos de modo a alcançar os objetivos do negocio.

2.2.2.2 Serviços

Conforme Bowersox e Closs (2001), é possível alcançar qualquer nível de

serviço logístico se a empresa estiver disposta a alocar os recursos necessários no ambiente operacional atual, o fator restrito é econômico e não tecnológico. Por exemplo, é possível manter um estoque dedicado geograficamente próximo a um cliente importante.

É possível disponibilizar uma frota de caminhões em estado permanente de prontidão para pronta entrega à clientes. Para facilitar o recebimento de pedidos, é possível manter comunicações exclusivas em tempo real entre a empresa, cliente e a operação logística do fornecedor. Com essa prontidão logística, um produto ou componente pode ser entregue até em questão de minutos após a colocação do pedido por parte do cliente.

A disponibilidade de estoque pode ser ainda mais rápida se o fornecedor concordar em consignar estoque no endereço do cliente.

A consignação elimina a necessidade de desempenho logístico em resposta as necessidades do cliente. Esse compromisso extremo com o serviço talvez seja o

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sonho do gerente de vendas, mas é oneroso e, geralmente, não é necessário para dar apoio à maioria das operações de produção e marketing.

De acordo com Bowersox e Closs (2001), o serviço logístico representa um equilíbrio entre prioridade de serviço e custo.

Um material que não esteja disponível no momento necessário para a produção pode forçar uma paralisação da fábrica, causando transtornos significativos em termos de custos e possível perda de vendas, e levar até mesmo a perda de um bom cliente.

Segundo Bowersox e Closs (2001), o impacto sobre os lucros com esse tipo de folha pode ser substancial. Por outro lado, o impacto sobre os lucros causado por um atraso inesperado de dois dias na entrega de produtos para reabastecer um armazém pode ser mínimo ou mesmo insignificante ao considerar o desempenho operacional geral.

Na maioria das situações, o impacto de uma falha logística sobre o custo-benefício está diretamente relacionado com a importância da execução do serviço para o cliente envolvido.

Quanto mais significativo for o impacto da falha de serviço sobre o cliente, maior será a prioridade dada ao desempenho logístico.

Bowersox e Closs (2001), afirmam que o serviço logístico básico é medido em termos de:

a) disponibilidade: significa ter estoque para atender de maneira consistente as necessidades de materiais ou produtos do cliente;

b) desempenho operacional: está ligado ao tempo decorrido desde o recebimento de um pedido até a entrega da respectiva mercadoria, envolve velocidade e consistência de entrega.

c) confiabilidade de serviço: envolvem os atributos de qualidade de logística, a chave para a qualidade é a mensuração precisa da disponibilidade e do desempenho operacional.

“Para que o desempenho logístico atenda continuamente ás expectativas dos clientes, é essencial que a administração tenha um compromisso com o aperfeiçoamento continuo.” (BOWERSOX; CLOSS, 2001, p. 24)

2.2.2.3 Cadeia de Abastecimento

Segundo Bertaglia (2006), a cadeia de abastecimento corresponde ao

conjunto de processos requeridos para obter materiais, agregar-lhes valor de acordo com a concepção dos clientes e consumidores e disponibilizar os produtos para o lugar (onde) e para a data (quando) que os clientes e consumidores os desejarem.

Além de ser um processo bastante extenso, a cadeia apresenta modelos que variam de acordo com as características do negócio do produto e das estratégias utilizadas pelas empresas para fazer com que o bem chegue as mãos dos clientes e consumidores.

Bertaglia (2006) afirma que o conceito sofreu evoluções importantes durante os últimos anos. A cadeia de abastecimento integrada apresenta uma visão mais ampla do que se conhece como cadeia logística, esta mais limitada à obtenção e movimentação de materiais e a distribuição física de produtos.

2.2.2.4 Características da cadeia de abastecimento integrada

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Segundo Bertaglia (2006), muitos modelos de cadeias de abastecimento são

extremamente complexos, e é fundamental identificar a quantidade de fornecedor e clientes.

Além disso, saber onde eles estão localizados e a importância de cada um deles em termos de volume de comprar e vender são outra tarefa importante.

Bertaglia (2006) aborda algumas características para se entender melhor a cadeia de abastecimento e sua complexidade:

a) localização das organizações: o posicionamento geográfico dos locais tem implicações importantes nos custos e nos fluxos logísticos. Estudos para a construção de novos locais devem sempre considerar a localização dos clientes e fornecedores e as facilidades da empresa;

b) distribuição física: produtos e materiais são movimentados ao longo da cadeia de abastecimento fluindo dos fornecedores para as plantas, delas para os centros de distribuição e daí para os clientes, dependendo do modelo estabelecido pela empresa. Esse modelo pode ser simples contando com a recepção de materiais, a conversão para o produto final e a distribuição. Tudo isso pode ocorrer em um único local. Outros modelos são mais complexos, apresentando vários locais produtivos, vários centros de distribuição, intermediários, operadores logísticos e assim por diante;

c) administração dos estoques: a administração dos estoques deve receber atenção especial, uma vez que podem ser armazenados em diferentes etapas do processo, apresentando características diversas, como matéria-prima, produto semi-acabado, produto acabado ou produto com valor agregado para o cliente e consumidor. A visão departamentalizada ou segmentada da organização pode oferecer restrições quanto à identificação do volume real de estoque existente. Dessa forma, o controle do estoque global é fundamental para a redução do nível de capital investido;

d) modo de transporte: a forma como o material ou o produto será transportado depende das vantagens e desvantagens relacionadas à infra-estrutura de transporte, ao volume a ser transportado, aos canais logísticos existentes, à confiabilidade da entrega e aos custos de movimentação entre outras análises. No que diz respeito ao serviço prestado, o Brasil tem apresentado situações críticas sobre alguns tipos de transporte, principalmente o ferroviário. Com a iniciativa da privatização, esse tipo de transporte tende a melhorar, mas enquanto isso não acontece, o meio de transporte preferido é o rodoviário;

e) fluxo de informação: está extremamente ligado ao movimento físico dos produtos e materiais. Todo o processo se relaciona intimamente; processamento de pedidos, estimativa de vendas, planejamento de produção, compras e aquisições, capacidades, armazenagem e manuseio. Por essa razão, a tecnologia da informação desempenha, nos dias atuais, um papel fundamental, proporcionando uma maior confiabilidade ao processo, pois informações erradas levam a movimentações erradas.

f) estimativas: as previsões são elementos fundamentais na cadeia de abastecimento integrada. As organizações investem em tecnologia avançada e melhorias de processo a fim de obter melhores resultados com as suas previsões. Ferramentas de informática e atitudes de colaboração entre as

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organizações que compõem a cadeia são extremamente úteis na obtenção de estimativas mais bem elaboradas e com a precisão mais elevada. Deve-se considerar que, quanto melhor o planejamento, melhor e mais eficazmente a cadeia de abastecimento responderá, possibilitando que se proporcione um serviço melhor ao cliente;

g) relacionamentos: a cadeia de abastecimento é composta por diferentes organizações internas e externas. Todas elas demandam forte relacionamento. Clientes, fornecedores de materiais e serviços, distribuidores, entre outros, envolvem fluxos de produtos, materiais e informações. A forma de se trabalhar com essas organizações pode representar uma vantagem competitiva em relação à concorrência, dependendo da maneira que se definem os relacionamentos. A parceria deve definir as responsabilidades das partes e o foco final será sempre o atendimento ao cliente. Os contratos precisam ser estabelecidos para formalizar a relação de parceria existente entre as organizações.

“Dependendo do modelo de relacionamento praticado, pode haver uma maior vantagem competitiva.” (BERTAGLIA, 2006, p.8)

2.2.2.5 Infra-estrutura de transporte Segundo Bowersox e Closs (2001), a visão do profissional de logística em

relação aos serviços de transporte mudou extraordinariamente nos últimos 15 anos. Antes da desregulamentação federal dos EUA, no fim da década de 70 e no início da década de 80, as ofertas de serviços de transporte eram restritas e as taxas eram relativamente fixas.

Nesse contexto, o papel do profissional de logística poderia ser comparado ao de um comprador de qualquer tipo de commodity, como carvão ou grão. Havia pouca diferença de preço ou qualidade entre os fornecedores de serviços de transporte.

Atualmente, há uma ampla variedade de alternativas de transporte de produtos e matérias-primas que jamais existiu antes. Uma empresa pode, por exemplo, optar por contratar um serviço eventual de transporte.

Bowersox e Closs (2001), abordam que as opções de serviço incluem emissão de faturamento, disponibilidade de informações, responsabilidade pelos produtos e serviços de coleta e entrega. As transportadoras e os embarcadores têm agora flexibilidade para negociar a responsabilidade por todas as atividades por todas as atividades relacionados com o transporte.

2.2.2.6 Funcionalidade e princípios do transporte

Conforme Bowersox e Closs (2001), o transporte é um dos elementos mais

visíveis das operações logísticas. Os consumidores estão acostumados a ver caminhões e trens transportando produtos ou estacionados em um depósito de distribuição.

Embora essa visão dê uma noção razoável de natureza dos serviços de transporte, ela não propicia maior conhecimento sobre o papel do transporte nas

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operações logísticas. Esta seção mostra isso com pormenores, examinando a funcionalidade do transporte e seus princípios básicos de operação.

Segundo Bowersox e Closs (2001), a funcionalidade do transporte tem duas funções principais:

a) movimentação de produtos: o transporte é necessário para movimentar produtos até a fase seguinte do processo de fabricação ou até um local fisicamente mais próximo ao cliente final, estejam os produtos na forma de materiais, componentes, subconjuntos, produtos semi-acabados ou produtos acabados. O transporte movimenta produtos para frente e para trás na cadeia de agregação de valores, utiliza recursos financeiros, porque são necessários gastos internos para manter uma frota própria ou gastos internos para a contratação de terceiros.

b) armazenagem de produtos: uma função menos comum do transporte é a estocagem temporária. Os veículos representam um local de estocagem bastante caro, Entretanto, se o produto em trânsito precisa ser estocado para ser movimentado novamente em curto período de tempo (por exemplo, em poucos dias), o custo com a descarga e o recarregamento do produto em um depósito pode exceder a taxa diária de uso do próprio veículo de transporte. Outro método de armazenagem temporária de produtos é o desvio de rota que ocorre quando o destino original da carga é alterado durante o trânsito. A armazenagem de produtos em veículos envolve um custo mais alto, ela pode ser justificada por uma perspectiva de melhor desempenho ou custo total, quando são considerados os custos de carga e descarga, restrições de capacidade ou a possibilidade de aumento dos tempos de viagem e de espera.

2.2.3 Modalidades de Qualidade

Bowersox e Closs (2001), afirmam que um dos mais importantes propulsores

de transformação logística foi a ampla adoção do gerenciamento da qualidade total (TQM – total quality management) no mais diferentes segmentos industriais. Embora pioneiros da qualidade, como W> Edwards Deming e Joseph M. Juran tenham ajudado os executivos do mundo inteiro a compreender a busca pela qualidade, pouca atenção foi dedicada ao entendimento de como alcançar qualidade no processo logístico. As vias de escoamento das nações industrializadas nunca descansam.

Bowersox e Closs (2001), abordam que o comprometimento da alta administração com os movimentos da qualidade tornou-se uma força importante que para exigir um melhor desempenho logístico.

Assim, a preocupação com a qualidade reorientou o raciocínio logístico de um enfoque voltado para a eficiência e para uma visão em que a logística é considerada um recurso estratégico.

2.2.3.1 Logística X Produção

A logística de produção de uma indústria, também conhecida como PPCP

(Planejamento, Programação e Controle da Produção).

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Segundo FlexLink (2008), um segmento da indústria automatizada, que trata da gestão e controle de mão-de-obra, material e informação no processo produtivo. Devido à grande complexidade que as grandes plataformas industriais apresentam, dada à enorme quantidade de materiais, operários e máquinas, a gestão destes recursos é feita maioritariamente por computador.

São estes processos logísticos contínuos de controle de produção e também das encomendas, que se dá nome de logística de produção.

“Uma logística de produção eficiente resulta em tempo e dinheiro bem como em ganho na produção.” (ALLEN, 2001, p.215)

De acordo com Severo (2006), esta área é, assim, essencial para o sucesso de empresas na economia de mercado global, que hoje existe, uma vez que se preocupa com o aperfeiçoamento de tarefas fabris, quer pela adição de processos mais eficazes, quer pela eliminação de outros desnecessários.

Segundo Severo (2006), a logística de produção acompanha o fluxo do pedido desde o Plano Mestre de Produção (MPS) através dos pedidos. Esta área é mencionada com o Planejamento, Programação e Controle da Produção (PPCP).

Como uma subseção da logística, o PPCP é uma área tradicional de aplicação para computadores nas fábricas. Isto devido ao alto volume de informações que serão processadas sobre listas de materiais, planos de roteirização e pedidos, bem como o alto nível de complexidade envolvido no planejamento das necessidades de materiais e da capacidade.

Severo (2006) afirma que a Logística de Suprimentos e Distribuição aborda o planejamento e a programação envolvidos no acompanhamento do fluxo de produtos entre a empresa e seus parceiros, fornecedores e clientes externos. O termo produto refere-se aos fatores de produção que serão utilizados e inclui não somente os produtos materiais, mas, também, recursos financeiros e serviços. 2.2.3.2 O papel do PCP e a estratégia de produção

Queiroz e Altamiro (1998) apresentam o relacionamento dos objetivos do

planejamento e controle da produção com as dimensões de competitividade do marketing (produto, preço de compra, distribuição/logística, comunicação e serviço ao cliente), visando orientar as atividades do PCP para alcançarem as prioridades competitivas da manufatura, e concluíram que as dimensões de competitividade estão relacionadas com os objetivos do PCP, demonstrando a importância deste para a satisfação das necessidades dos clientes.

CONCLUSÃO

Enfim o artigo nos mostra que a logística se reformulou e é parte importante

para a satisfação do cliente, que temos uma rede interligada entre produção e logística e que a linha de produção tem de estar bem preparada e o planejamento deve ser feito para o resultado positivo do processo. Vimos que o transporte adequado e a forma com que o produto chega ao cliente são de fato a garantia de venda, pois um atraso pode causar transtornos.

A cadeia de abastecimento é tudo que envolve logística, produção, os estoques, toda a distribuição física, os valores agregados ao cliente e a forma que o cliente quer receber o produto, o local de sua preferência e as suas disponibilidades.

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Portanto, fica claro que a logística é parte primordial para o desenvolvimento e lucro da empresa; conseguimos identificar que um cliente satisfeito é prova de que o processo foi realizado com perfeição, planejamento e logística bem feita.

REFERÊNCIAS

ALLEN, G. - The Resume Makeover. Los Angeles; New York: John Wiley & Sons, 2001.

GOMES, RIBEIRO – Gestão de Cadeia de Suprimentos integrada à tecnologia da Informação. São Paulo: Thomson, 2004.

KAPOOR, K.; KANSAL – Basics of Distribution management: a logistical approach. New Delhi: Prentice Hall, 2004.

SEVERO Filho – Administração de logística integrada: materiais, pcp e marketing. Rio de Janeiro: E-papers, 2006. SOUSA – Distribuição: Uma visão Estratégia. Lisboa: Texto, 2000.