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    POESIA DO SPOESIA DO SC. XXC. XX

    ProclamaProclamao da Repo da Repblicablica 19101910GeraGerao de Orpheu: Ino de Orpheu: In cio docio do ModernismoModernismo

    MudanMudana de Conscinciasa de Conscincias

    O pintor no deve

    fazer o que v, mas

    aquilo que ser visto

    Paul Valry

    Poesia do Sc.XX - Dina Baptista 2

    GeraGerao de Orpheuo de Orpheu

    Introduziu ModernismoModernismo -- movimento esttico, em que a literatura surgeassociada s artes plsticas e por elas influenciada. em unssono com a arte

    e a literatura mais avanadas na Europa, sem prejuzo, porm, da suaoriginalidade nacional

    Esta gerao foi formada por Poetas como : Fernando Pessoa (n. 1888), M. S-Carneiro (n. 1890) eAlm ada-Neg reir os (n. 1893), Lus Montalvor(brasileiro)epintores comoAmad eu de Sous a (1887-1918) , ou Santa_Rita (n.1889-1918)

    Revista OrpheuRevista Orpheu19151915 rev ista trimestraltrimestral LusoLuso--BrasileiraBrasileira

    OrpheuOrpheuMetMetforaforade uma gerade uma gerao de homens que no olham para tro de homens que no olham para trs, que querems, que querem

    esquecer o passado e centrar as suas atenesquecer o passado e centrar as suas aten es no futuro.es no futuro.

    Confluncia de tendncias:Confluncia de tendncias: simbolismo e Futurismosimbolismo e Futurismo

    Poesia do Sc.XX - Dina Baptista 3

    Propsitos:

    "dar uma bofetada no gosto pblico".

    (citao de Maiakovsky, usada por Almada Negreiros)

    . Agitar, subverter, escandalizar as inteligncias e as sensibilidades e pr todas as

    convenes sociais em causa;

    . Comunicar a nova mensagem europeia, preocupando-se apenas com a beleza dapoesia - arte pela arte -, embora proporcionado a descida s profundezas dosubconsciente e a fixao da agitada idade moderna.

    . Autonomia da arte - Recusa da realidade como modelo da Poesia.

    Poesia inslita;

    Integrao da civilizao material na poesia;

    Verso Livre

    Na prosa, o enredo perde a importncia

    Poesia do Sc.XX - Dina Baptista 4

    MANIFESTO ANTI-DANTAS E POR EXTENSOpor Jos de Almada-Negreiros

    (Pintor e escritor, Salazarista e Catlico)

    1893 1970

    (Abril ou Setembro de 1915)

    POETA DE ORPHEU E TUDO

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    Poesia do Sc.XX - Dina Baptista 5

    PorPormm esta geraesta gerao estava quase a extinguiro estava quase a extinguir--sese

    No rasto do Orpheu surgiram as revistas literrias Exlio 1916, Centauro 1916,

    Portugal Futurista 1917,Athena 1924-1925 e PRESENA 1927-1940, que

    iniciou o denominado segundo modernismo.

    Poesia do Sc.XX - Dina Baptista 6

    Revista PresenRevista Presenaa

    22 ModernismoModernismo

    Nasceu em Vila do Conde, licenciando-se em Letras na

    Universidade de Coimbra.

    Foi professor do ensino secundrio em Portalegre, aliando

    o trabalho pedaggico criao literria.

    Como escritor, Jos Rgio, escreveu ensaio, poesia, texto

    dramtico e prosa.

    A sua obra reflecte sobre os problemas relativos ao conflito

    entre Deus e o Homem, o indivduo e a sociedade.

    Fazendo uso de um tom psicologista e misticista, analisa a

    problemtica da solido e das relaes humanas, ao

    mesmo tempo que leva a cabo uma auto-anlise.

    Em Coimbra, foi um dos fun dadores da revista Presena,com Branquinho da Fonseca e Joo Gaspar Simes. Muitos

    nomes colaboraram nesta revista: Adolfo Casais MonteiroMiguel Torga, Vitorino Nemsio, Luis Montalvor, Antnio

    Botto, entre outros.

    JosJos RRgiogio ,

    pseudnimo de

    Jos Maria dos Reis Pereira

    (1901-1969)

    Poesia do Sc.XX - Dina Baptista 7

    Quando eu nasci,

    ficou tudo como estava,

    Nem homens cortaram veias,

    nem o Sol escureceu,

    nem houve Estrelas a mais...

    Somente,

    esquecida das dores,

    a minha Me sorriu e agradeceu.

    Quando eu nasci,

    no houve nada de novoseno eu.

    As n uven s no se esp anta ram,

    no enlouqueceu ningu m...

    P'ra que o dia fosse enorme,

    bastava

    toda a ternura que olhavanos olhos de minha Me...

    Jos RgioPoesia do Sc.XX - Dina Baptista 8

    PropPropsitos da REVISTA PRESENsitos da REVISTA PRESENA:A:

    Tomando "mestres" os artistas deTomando "mestres" os artistas de OrpheuOrpheu quais ainda colaboram naquais ainda colaboram na

    "Presen"Presena"), a revista permitiu a difuso do 2a"), a revista permitiu a difuso do 2 Modernismo, umModernismo, um

    movimento mais crmovimento mais crtico. Mas tambtico. Mas tambm um pouco mais conservador a nm um pouco mais conservador a nvelvel

    estesttico e ideoltico e ideolgico do que a geragico do que a gerao anterior.o anterior.

    Folha de Arte e CrFolha de Arte e Crticatica

    . Divulgar as principais obras e escritores europeus da 1 metade dosculo;

    . Defender a criao de uma lit eratura mais viva, livre, oposta aoacademismo rotineiro, capaz de desenvolver um crtica que permita aafirmao da individualidade;

    . Primar pela crtica, pela predominncia do individual sobre o colectivo, dopsicolgico so bre o social, da intu io sobre a razo: Busca-se a verdadena sua essncia, e numa vertente mais intemporal.

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    Revista de intenRevista de intenes claramentees claramentepedagpedaggicas e polgicas e polticas.ticas.

    Grupo fundador:Grupo fundador:Jaime Corteso, Aquilino Ribeiro, Raul Brando, Raul Proena

    e Cmara Reis. Mas dele tambm participaram escritores maisnovos como JosRodrigues Miguis, Irene Lisboa e JosGomes Ferreira, Mrio Dionsio e Jorge de Sena, entre muitosoutros.

    Contexto Histrico que a acompanhou:. ascenso de Salazar;

    . Guerra Civil de Espanha;

    . ascenso de Hitler;

    . ecloso da 2. Guerra Mundial;

    . o 25 de Abril de 1974.

    Apes ar de ter p assad o po r mo ment os d ifc eis e m uit oirregulares, a revista manteve os seus propsitos at aosfinais do sculo XX.

    Seara Nova

    1921

    Poesia do Sc.XX - Dina Baptista 10

    Um olhar pelo Surrealismo PortugusUm olhar pelo Surrealismo Portugus

    Movimento literrio e artstico surgido primariamente em Paris, nos anos 20anos 20,inserido nas vanguardas que viriam a definir o Modernismo.

    Fortemente influenciado pelas teorias psicanalticas de Freud (1856-1939), o

    surrealismo enfatiza o papel do inconsciente na actividade criativa.

    Segundo Freud, o homem deve libertar sua mente da lgica imposta pelospadres comportamentais e morais estabelecidos pela sociedade e darvazo aos sonhos e as infor maes do inconsciente.

    Esta corrente configuraEsta corrente configura--se assim como uma corrente opost a aose assim como uma corrente oposta aoNeoNeo--realismorealismo

    Na literatura portuguesa, o movimento representado por grandes poetas:

    . Antnio Pedro, Manuel de Lima, Mrio-Henrique Leiria, Mrio Cesariny de

    Vasconcelos..Alm disso tivera tambm impacto no discurso potico da modernidade de:

    Helberto Herder no esquecendo Ruy Belo, Casimiro de Brito, Joo Rui de

    Sousa, entre muitos outros.

    Poesia do Sc.XX - Dina Baptista 11

    Propsitos:

    . Representao do irracional e do subconsciente da

    ImaginaImaginao livreo livre

    . Combinao do representativo, do abstrato, e do

    psicolgico.

    . A arte deve libertar-se das exigncias da razo e da

    lgica e ir alm da conscincia quotidiana, expressando o

    inconsciente e os sonhos.

    . Favorecer as associaes vocabulares livres, as

    relaes semnticas inslitas, e estabelecer o primado da

    imaginao.

    Este surrealismo teve uma curta carreira como grupo,Este surrealismo teve uma curta carreira como grupo,

    entre 1947 e 1950, embora tenha despertado umentre 1947 e 1950, embora tenha despertado um

    movimento que mobilizou toda a poesia contemporneamovimento que mobilizou toda a poesia contempornea

    O Carnaval

    do Arlequim,

    de Joan Mir

    Cadveresquisito 1948

    Joan Mir

    Poesia do Sc.XX - Dina Baptista 12

    Pintura de Rik Lina,

    memria de Mrio Cesariny

    SENTENAS DELIRANTES DUM POETA PARASI PRPRIOEM TEMPO DE CABEAS PENSANTESAlex and re O'Nei ll

    No te ataques com os atacadores dos outr os.Deixa a cada sapato a sua marcha e a suadireco.O mesmo deves fazer com os aaimos.

    E com os botes.

    No te candidates, nem te demitas. Assiste.Mas no penses que vais rir imp unemente asesso inteira.Em todo o caso fica o mais perto possvel dacoxia.

    de Poesias Completas, Assrio & ALvim, 2000

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    Poesia do Sc.XX - Dina Baptista 13

    Surrealismo na PinturaSurrealismo na PinturaSalvador Dali,Salvador Dali, MagritteMagritte,, JoanJoan MirMir

    Salvador Dali

    Poesia do Sc.XX - Dina Baptista 14

    MagritteMagritte

    O homem o

    portador de um reino

    novo, o das ideias.

    No s o primeiro a

    ser capaz de ter

    ideias, mas tambm

    o primeiro que as

    produz, que lhes d

    uma gentica e lhes

    permite construir um

    reino.

    Auger, 1966

    Imagem por Magritte

    Surrealismo na PinturaSurrealismo na PinturaSalvador Dali,Salvador Dali, MagritteMagritte,, JoanJoan MirMir

    Poesia do Sc.XX - Dina Baptista 15

    Um olhar pelo NeoUm olhar pelo Neo--Realismo PortugusRealismo Portugus

    Lima de Freitas

    (1927-1998)

    Propsitos:

    . Denunciar as injustias sociais.

    . Por isso, quer na poesia, quer na prosa assume uma

    dimenso de interveno social, agudizada pelo ps-

    guerra e pela seduo dos sistemas socialistas que o

    clima portugus de ditadura mitifica.

    . Apela conscincia de classe e de luta de classes,

    fundando-se nos conflitos sociais que pem sobretudoem cena camponeses, operrios, patres e senhores da

    terra, mas os melhores dos seus textos analisam de

    forma acutilante as facetas diversas dessas diversas

    entidades.

    No Romance, destacaNo Romance, destaca--se, por exemplo:se, por exemplo:

    em Uma Abelha na Chuva, de Carlos de Oliveira, Searade Vento, de Manuel da Fonseca, O Dia Cinzento, deMrio Dionsio e Domingo Tarde, de FernandoNamora.

    Poesia do Sc.XX - Dina Baptista 16

    Links de referncia:

    . http://www.citi.pt/cultura/temas/orpheu.html

    . http://faroldasletras.no.sapo.pt/modernismo.htm

    . http://www.esec-josefa-

    obidos.rcts.pt/cr/ha/seculo_20/modernismo_portugal.htm

    . http://bibliomanias.no.sapo.pt/poesia_poetas.htm

    . http://www.citi.pt/cultura/temas/presenca2.html

    . http://www.inforarte.com/cantando2/

    . http://www.citi.pt/cultura/temas/seara_nova.html

    . http://www.surrealismo.net/

    . http://www.instituto-camoes.pt/cvc/literatura/surrealismo.htm