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Concurso T?cnico M?dio de Defensoria

Concurso Defensoria Pblica do Estado do Rio de Janeiro 2010Tcnico Mdio de Defensoria

Agosto - 2010

Mdulo 01Conhecimentos Bsicos

2010

Lngua Portuguesa

SumrioLeitura e compreenso de textos de diferentes gneros e domnios discursivos..........................................Error: Reference source not found

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Variao regional, variao social e registros de usos.........................26

Funes da linguagem.........................................................................32

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Modos de organizao do texto: narrao, descrio, exposio, argumentao e injuno.....................................................................38

Coerncia e coeso textual..................................................................43

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Pontuao gramatical e expressiva......................................................53

Elementos mrficos e processos de formao de palavras..................71

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Emprego das diferentes classes de palavra.........................................83

Perodo simples: funes sintticas...................................................196

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Concordncia nominal e verbal..........................................................239

Regncia nominal e verbal.................................................................244

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Emprego do acento grave..................................................................252

Sintaxe de colocao.........................................................................257

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Perodo composto: processos sintticos de estruturao, comportamento sinttico das oraes e relaes lgico-discursivas marcadas pelos conectores................................................................267 Sinnimos, antnimos, homnimos, parnimos, hipernimos, hipnimos; polissemia, denotao e conotao.................................289

Figuras de linguagem.........................................................................302

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Ortografia, ortoepia e prosdia..........................................................307

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Leitura e compreenso de textos de diferentes gneros e domnios discursivos

Interpretar um texto significa produzir sentidos com base em um cdigo lingstico, ou seja, compreender e (re)formular as idias que esto expostas. Para que essa atividade seja realizada satisfatoriamente, requer-se o desenvolvimento de um trabalho cognitivo complexo, abrangendo aspectos lingsticos, textuais, conhecimento prvio, entre outros. O processo de interpretao de texto depende de uma intensa interao entre leitor, autor e texto. No que diz respeito ao leitor, da sua competncia decodificar o texto, localizar as pistas deixadas pelo autor e formular representaes mentais sobre as informaes ali contidas. Nesse processo, o leitor levanta hipteses, faz inferncias, ativa seus conhecimentos prvios e os aplica sobre o texto, na tentativa de compreend-lo. Os concursos pblicos apresentam questes interpretativas que tm por finalidade a identificao de um leitor autnomo. Portanto, o candidato deve compreender os nveis estruturais da lngua por meio da lgica, alm de

necessitar de um bom conhecimento. As frases produzem significados diferentes de acordo com o contexto em que esto inseridas. Torna-se, assim, necessrio sempre fazer um confronto entre todas as partes que compem o texto. Alm disso, fundamental apreender as informaes apresentadas por trs do texto e as inferncias a que ele remete. Este procedimento justifica-se por um texto ser sempre produto de uma postura ideolgica do autor diante de uma temtica qualquer. O Sentido das Palavras O sentido denotativo das palavras aquele encontrado nos dicionrios, o chamado sentido verdadeiro, real. J o uso conotativo das palavras a atribuio de um sentido figurado, fantasioso e que, para sua compreenso, depende do contexto. Sendo assim, estabelece-se, numa determinada construo frasal, uma nova relao entre significante e significado. Os textos literrios exploram bastante as construes de base conotativa, numa tentativa de extrapolar o espao do texto e provocar reaes diferenciadas em seus leitores.

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Ainda temos a polissemia, que uma palavra com muitos significados, como, por exemplo, a palavra ponto: ponto de nibus, ponto de vista, ponto final... Neste caso, no se est atribuindo um sentido fantasioso palavra ponto, e sim ampliando sua significao atravs de expresses que lhe completem e esclaream o sentido. Tcnicas para Interpretar Basicamente, deve-se alcanar a dois nveis de leitura: a informativa e de reconhecimento e a interpretativa. A primeira deve ser feita de maneira cautelosa por ser o primeiro contato com o novo texto. Desta leitura, extraem-se informaes sobre o contedo abordado e prepara-se o prximo nvel de leitura. Durante a interpretao propriamente dita, cabe destacar palavras-chave, passagens importantes, bem como usar uma palavra para resumir a idia central de cada pargrafo. Este tipo de procedimento agua a memria visual, favorecendo o entendimento. No se pode desconsiderar que, embora a interpretao seja subjetiva, h limites. A preocupao deve ser a captao da essncia do texto, a fim de responder s interpretaes que a banca considerou como pertinentes. No caso de textos literrios, preciso conhecer a ligao

daquele texto com outras formas de cultura, outros textos e manifestaes de arte da poca em que o autor viveu. Se no houver esta viso global dos momentos literrios e dos escritores, a interpretao pode ficar comprometida. Aqui no se podem dispensar as dicas que aparecem na referncia bibliogrfica da fonte e na identificao do autor. A ltima fase da interpretao concentra-se nas perguntas e opes de resposta. Aqui so fundamentais marcaes de palavras como no, exceto, errada, respectivamente etc. que fazem diferena na escolha adequada. Muitas vezes, em interpretao, adequado", trabalha-se isto , o com que o conceito do "mais ao responde melhor

questionamento proposto. Por isso, uma resposta pode estar certa para responder pergunta, mas no ser a adotada como gabarito pela banca examinadora por haver uma outra alternativa mais completa. Ainda cabe ressaltar que algumas questes apresentam um fragmento do texto transcrito para ser a base de anlise. Nunca deixe de retornar ser ao texto, de mesmo tempo. que A aparentemente parea perda

descontextualizao de palavras ou frases, certas vezes, so tambm um recurso para instaurar a dvida no candidato.

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Leia a frase anterior e a posterior para ter idia do sentido global proposto pelo autor, desta maneira a resposta ser mais consciente e segura.

Variao regional, variao social e registros de usosA variao das formas da linguagem sistemtica e

coerentemente. Uma nao apresenta diversos traos de identificao, e um deles a lngua. Esta pode variar de acordo com alguns fatores, tais como o tempo, o espao, o nvel cultural e a situao em que um indivduo se manifesta verbalmente.

O conceito

Variedade um conceito maior do que estilo de prosa ou estilo de linguagem. Alguns escritores de sociolingstica usam o termo leto, aparentemente um processo de criao de palavras para termos especficos, so exemplos dessas variaes:

dialetos (variao diatpica?), isto , variaes faladas por comunidades geograficamente definidas.o

idioma um termo intermedirio na distino

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dialeto-linguagem e usado para se referir ao sistema comunicativo estudado (que poderia ser chamado tanto de um dialeto ou uma linguagem) quando sua condio em relao a esta distino irrelevante (sendo, portanto, um sinnimo para linguagem num sentido mais geral);

socioletos, isto , variaes faladas por comunidades socialmente definidas

linguagem padro ou norma padro, padronizada em funo da comunicao pblica e da educao

idioletos, isto , uma variao particular a uma certa pessoa

registros profisses

(ou

ditipos),

isto

,

o

vocabulrio

especializado e/ou a gramtica de certas atividades ou

etnoletos, para um grupo tnico ecoletos, um idioleto adotado por uma casa

Variaes como dialetos, idioletos e socioletos podem ser distingidos no apenas por seu vocabulrio, mas tambm por diferenas na gramtica, na fonologia e na versificao.

Por exemplo, o sotaque de palavras tonais nas lnguas escandinavas tem forma diferente em muitos dialetos. Um outro exemplo como palavras estrangeiras em diferentes socioletos variam em seu grau de adaptao fonologia bsica da linguagem. Certos registros profissionais, como o chamado legals, mostram uma variao na gramtica da linguagem padro. Por exemplo, jornalistas ou advogados ingleses freqentemente usam modos gramaticais, como o modo subjuntivo, que no so mais usados com freqncia por outros falantes. Muitos registros so simplesmente um conjunto especializado de termos (veja jargo). uma questo de definio se gria e calo podem ser considerados como includos no conceito de variao ou de estilo. Coloquialismos e expresses idiomticas geralmente so limitadas como variaes do lxico, e de, portanto, estilo. Espcies de variao

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Variao histrica Acontece ao longo de um determinado perodo de tempo, pode ser identificada ao se comparar dois estados de uma lngua. O processo de mudana gradual: uma variante inicialmente utilizada por um grupo restrito de falantes passa a ser adotada por indivduos socioeconomicamente mais expressivos. A forma antiga permanece ainda entre as geraes mais velhas, perodo em que as duas variantes convivem; porm com o tempo a nova variante torna-se normal na fala, e finalmente consagra-se pelo uso na modalidade escrita. As mudanas podem ser de grafia ou de significado. Variao geogrfica Trata das diferentes formas de pronncia, vocabulrio e estrutura sinttica mais entre ampla, regies. Dentro de uma comunidade formam-se comunidades

lingusticas menores em torno de centros polarizadores , poltica e economia, que acabam por definir os padres lingsticos utilizados na regio de sua influncia. As diferenas lingsticas entre as regies so graduais, nem sempre coincidindo.

Variao social Agrupa alguns fatores de diversidade:o nvel scio-

econmico, determinado pelo meio social onde vive um indivduo; o grau de educao; a idade e o gnero. A variao social no compromete a compreenso entre indivduos, como poderia acontecer na variao regional; o uso de certas variantes pode indicar qual o nvel scioeconmico de uma pessoa, e h a possibilidade de algum oriundo de um grupo menos favorecido atingir o padro de maior prestgio. Variao estilstica Considera um mesmo indivduo em diferentes circunstncias de comunicao: se est em um ambiente familiar, profissional, o grau de intimidade, o tipo de assunto tratado e quem so os receptores. Sem levar em conta as graduaes intermedirias, possvel identificar dois limites extremos de estilo: o informal, quando h um mnimo de reflexo do indivduo sobre as normas lingsticas, utilizado nas conversaes imediatas do cotidiano; e o formal, em que o grau de reflexo mximo, utilizado em conversaes que no so do dia-a-dia e cujo contedo mais elaborado e complexo. No se deve confundir o estilo formal e informal com lngua escrita e falada, pois os dois estilos ocorrem em

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ambas as formas de comunicao. As diferentes modalidades de variao lingstica no existem isoladamente, havendo um inter-relacionamento entre elas: uma variante geogrfica pode ser vista como uma variante social, considerando-se a migrao entre regies do pas. Observa-se que o meio rural, por ser menos influenciado pelas mudanas da sociedade, preserva variantes antigas. O conhecimento do padro de prestgio pode ser fator de mobilidade social para um indivduo pertencente a uma classe menos favorecida. Bibliografia CAMACHO, R. (1988). A variao lingstica. In: Subsdios proposta curricular de Lngua Portuguesa para o 1 e 2 graus. Secretaria da Educao do Estado de So Paulo, p. 29-41.

Funes da linguagem So recursos de nfase que actuam segundo a inteno do produtor da mensagem, cada qual abordando um diferente elemento da comunicao. Um texto pode apresentar mais de uma funo enfatizada.

Funo emotiva ou expressiva Esta funo ocorre quando se destaca o locutor (ou emissor). A mensagem centra-se nas opinies, sentimentos e emoes do emissor, sendo um texto completamente subjetivo e pessoal. A idia de destaque do locutor d-se pelo emprego da 1 pessoa do singular, tanto das formas verbais, quanto dos pronomes. A presena de interjeies, pontuao com reticncias e pontos de exclamao tambm evidenciam a funo emotiva ou expressiva da linguagem. Os textos que expressam o estado de alma do locutor, ou seja, que exemplificam melhor essa funo, so os textos lricos, as autobiografias, as memrias, a poesia lrica e as cartas de amor. Por exemplo: bonito ser amigo, mas confesso to difcil aprender! -

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Poema do amigo aprendiz, Fernando Pessoa

Funo referencial ou denotativa A mensagem centrada no referente, no assunto (contexto relacionado a emissor e receptor). O emissor procura fornecer informaes da realidade, sem a opinio pessoal, de forma objetiva, direta, denotativa. A nfase dada ao contedo, ou seja, s informaes. Geralmente, usa-se a 3 pessoa do singular. Os textos que servem como exemplo dessa funo da linguagem so os jornalsticos, os cientficos e outros de cunho apenas informativo. A funo referencial tambm conhecida como cognitiva ou denotativa. Caractersticas neutralidade do emissor; objetividade e preciso; contedo informacional; uso da 3 pessoa do singular (ele/ela).

Funo apelativa ou conotativa A mensagem centrada no receptor e organiza-se de forma a influenci-lo, ou chamar sua ateno. Geralmente, usa-se a 2 pessoa do discurso (tu/voc; vs/vocs), vocativos e formas verbais ou expresses no imperativo. Como essa funo a mais persuasiva de todas, aparece comumente nos textos publicitrios, nos discursos polticos, horscopos e textos de auto-ajuda. Como a mensagem centra-se no outro, ou seja, no interlocutor, h um uso explcito de argumentos que fazem parte do universo do mesmo. Exemplo:"Fique antenado com seu tempo..."; "Compre j, e ganhe dicas surpreendentes!"

Funo ftica O canal posto em destaque, ou seja, o canal que d suporte mensagem. O interesse do emissor emitir e simplesmente testar ou chamar a ateno para o canal, isto , verificar a "ponte" de comunicao e certificar-se sobre o contato estabelecido, de forma a prolong-lo. Os cacoetes de linguagem como al, n?, certo?, ah, dentre outros, so um exemplo bem comum para se evidenciar "Contato entre emissor e receptor"

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Funo potica aquela que pe em evidncia a forma da mensagem, ou seja, que se preocupa mais em "como dizer" do que com "o que dizer". O foco recai sobre o trabalho e a construo da mensagem. A mensagem posta em destaque, chamando a ateno para o modo como foi organizada. H um interesse pela mensagem atravs do arranjo e da esttica, valorizando as palavras e suas combinaes. Essa funo aparece comumente em textos publicitrios, provrbios, msicas, ditos populares e linguagem cotidiana. Nessa funo pode-se observar o intensivo uso de figuras de linguagem, como o Neologismo , quando se faz necessria a criao de uma nova palavra para exprimir o sentido e alcanar o efeito desejado. Quando a mensagem elaborada de forma inovadora e imprevista, utilizando combinaes sonoras e rtmicas, jogos de imagem ou de idias, temos a manifestao da funo potica da linguagem. Essa funo capaz de despertar no leitor prazer esttico e surpresa. explorada na poesia e em textos publicitrios. Caractersticas Subjetividade;

figuras de linguagem; brincadeiras com o cdigo.

Funo Metalingustica Caracterizada pela preocupao com o cdigo. Pode ser definida como a linguagem que fala da prpria linguagem, ou seja, descreve o ato de falar ou escrever. A linguagem (o cdigo) torna-se objeto de anlise do prprio texto. Os dicionrios e as gramticas so repositrios de metalinguagem Exemplos: Lutar com palavras a luta mais v. Entanto lutamos mal rompe a manh. So muitas, eu pouco. Algumas, to fortes como o javali. No me julgo louco. Se o fosse, teria poder de encant-las. Mas lcido e frio, apareo e tento apanhar algumas para meu sustento num dia de vida. Deixam-se enlaar, tontas carcia e sbito fogem e no h ameaa e nem h sevcia que as traga de novo ao centro da praa. Carlos Drummond de Andrade Nesse poema, Drummond escreve um poema sobre como escrever poemas. Ou seja, a criao literria fala sobre si mesma.

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Um outro exemplo quando um cartunista descreve o modo como ele faz seus desenhos em um prprio cartum; ele demonstra o ato de fazer cartuns e como so feitos.

Modos de organizao do texto: narrao, descrio, exposio, argumentao e injuno

Modos de organizao ou tipologia textual a forma como um texto se apresenta. As tipologias existentes so: descrio, narrao, dissertao, exposio, injuno e dilogo. Descrio tipo de texto em que se faz um retrato por escrito de um lugar, uma pessoa, um animal ou um objeto. A classe de palavras mais utilizada nessa produo o adjetivo, por sua funo caracterizadora. Numa abordagem mais abstrata, pode-se at descrever sensaes ou sentimentos. Exemplo: "A rvore grande, com tronco grosso e galhos longos. cheia de cores, pois tem o marrom, o verde, o vermelho das flores e at um ninho de passarinhos". Narrao modalidade textual em que se conta um fato, fictcio ou no, que ocorreu num determinado tempo e lugar, envolvendo certos personagens. Refere-se a objetos do mundo real. H uma relao de anterioridade e

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posterioridade. O tempo verbal predominante o passado. Estamos cercados de narraes desde que nos contam histrias infantis como Chapeuzinho Vermelho ou Bela Adormecida, at as picantes piadas do cotidiano. Exemplo: "O garoto acordou cedo naquele dia, lembrava-se

claramente da promessa do seu av Amanh, iremos pescar no riacho da fazenda. mal podia esperar". Argumentao tem como objetivo levar um indivduo ou grupo a aderir a determinada tese (defendida pelo argumentador, por motivo de familiarizao ou at mesmo por prprio capricho). O texto argumentativo deve possuir uma clareza na transmisso de idias (conciso), podendo tratar de temas, situaes ou assuntos variados. constitudo por um primeiro pargrafo curto, que deixa a idia clara, depois o desenvolvimento deve referir a opinio da pessoa que o escreve, com argumentos convincentes e verdadeiros, e com exemplos que exemplifique uma confiabilidade e persuaso. Deve tambm conter contraargumentos, de forma a no permitir a meio da leitura que o leitor os faa. Por fim, deve ser concludo com um pargrafo que responda ao primeiro pargrafo, ou simplesmente com a idia-chave da opinio.

A argumentao surgiu em 427 a.C., na Grcia Antiga. Era denominada Retrica. Argumentar a arte de convencer e persuadir.

A dimenso discursiva do trabalho filosfico, avalia os argumentos e verifica se esses argumentos so bons tendo em conta o que defendemos ou contestamos.

Exposio - apresenta informaes sobre assuntos, expe idias; explica, avalia, reflete. Sua estrutura bsica formada por: idia principal, desenvolvimento, concluso. Faz uso de linguagem clara, objetiva e impessoal. A maioria dos verbos est empregada no presente do indicativo. Exemplo: "Concurso pblico um processo seletivo que tem por objetivo avaliar candidatos concorrentes a um cargo efetivo de uma entidade governamental de uma nao. Apesar do processo geralmente ser preparado Bancas por empresas a especializadas (denominada Organizadoras),

responsabilidade da avaliao dos servios cabe s reas de Recursos Humanos legalmente designados.".

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Injuno - indica como realizar uma ao; aconselha. tambm verbos utilizado so, em para sua predizer acontecimento no e comportamentos. Utiliza linguagem objetiva e simples. Os maioria, empregados modo imperativo. H tambm o uso do futuro do presente. Exemplo: " 7.4.4 O candidato dever transcrever as respostas das provas objetivas para a folha de respostas, que ser o nico documento vlido para a correo das provas. O preenchimento da folha de respostas ser de inteira responsabilidade do candidato, que dever utilizar caneta esferogrfica de tinta preta, fabricada em material transparente, e proceder em conformidade com as demais instrues especficas contidas neste edital e na folha de respostas. Em hiptese alguma haver substituio da folha de respostas por erro do candidato. ". Dilogo - materializa o intercmbio entre personagens. Pode conter marcas da linguagem oral, como pausas e retomadas. Exemplo:

" Voc estudou? Sim. Aprendeu alguma coisa? No."

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Coerncia e coeso textual

COERNCIA Dos trabalhos que desenvolvem os aspectos da coerncia dos textos, o de Charolles (1978) freqentemente citados em estudos descritivos e aplicados. Partindo da noo de textualidade Charolles apresentada por a Beaugrande coerncia e Dressier, uma tambm entende como

propriedade ideativa do texto e enumera as quatro metaregras que um texto coerente deve apresentar: 1. Repetio: Diz respeito necessria retomada de elementos no decorrer do discurso. Um texto coerente tem unidade, j que nele h a permanncia de elementos constantes no seu desenvolvimento. Um texto que trate a cada passo de assuntos diferentes sem um explcito ponto comum no tem continuidade. Um texto coerente apresenta continuidade semntica na retomada de conceitos, idias. Isto fica evidente na utilizao de recursos lingsticos especficos como pronomes, repetio de palavras, sinnimos, hipnimos, hipernimos etc. Os processos coesivos de continuidade s se podem dar com elementos expressos na

superfcie textual; um elemento coesivo sem referente expresso, ou com mais de um referente possvel, torna o texto mal-formado. 2. Progresso: O texto deve retomar seus elementos conceituais e formais, mas no deve limitar-se a isso. Deve, sim, apresentar novas informaes a propsito dos elementos mencionados. Os acrscimos semnticos fazem o sentido de o texto progredir. No plano da coerncia, percebe-se a progresso pela soma das idias novas s que so j tratadas. H muitos recursos capazes de conferir sequenciao a um texto. 3. No-contradio: Um texto precisa respeitar princpios lgicos elementares. No pode afirmar A e o contrrio de A . Suas ocorrncias no podem se contradizer, devem ser compatveis entre si e com o mundo a que se referem, j que o mundo textual tem que ser compatvel com o mundo que representa. Esta nocontradio expressa-se nos elementos lingsticos, no uso do vocabulrio, por exemplo. Em redaes escolares, costuma-se encontrar significantes que no condizem com

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os

significados

pretendidos.

Isso

resulta

do

desconhecimento, por parte do emissor, do vocabulrio a que recorreu. 4. Relao: Um texto articulado coerentemente possui relaes

estabelecidas, firmemente, entre suas informaes, e essas tm a ver umas com as outras. A relao em um texto refere-se forma como seus conceitos se encadeiam, como se organizam, que papeis exercem uns em relao aos outros. As relaes entre os fatos tm que estar presentes e ser pertinentes. COESO Um texto, seja oral ou escrito, est longe de ser um mero conjunto aleatrio de elementos isolados, mas, sim, deve apresentar-se como uma totalidade semntica, em que os componentes significao. Contudo, ser uma unidade semntica no basta para que um tal. Essa unidade deve revestir-se de um valor intersubjetivo e pragmtico, isto , deve ser capaz de representar uma ao entre interlocutores, dentro de um padro particular de estabelecem, entre si, relaes de

produo. A capacidade de um texto possuir um valor intersubjetivo e pragmtico est no nvel argumentativo das produes lingsticas, mas a sua totalidade semntica decorre de valores internos estrutura de um texto e se chama coeso textual. (Pcora, 1987, p. 47) Assim, estudar os elementos coesivos de um texto nada mais que avaliar os componentes textuais cuja significao depende de outros dentro do mesmo texto ou no mesmo contexto situacional. Os processos de coeso textual so eminentemente

semnticos, e ocorrem quando a interpretao de um elemento no discurso depende da interpretao de outro elemento. Embora seja uma relao semntica, a coeso envolve todos os componentes do sistema lxico-gramatical. Portanto, h formas de coeso realizadas atravs da gramtica, e outra atravs do lxico. Deve-se ter em mente que a coeso no condio necessria nem suficiente para a existncia do texto. Podemos encontrar textualidade em textos que no

apresentam recursos coesivos; em contrapartida a coeso

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no suficiente para que um texto tenha textualidade. Segundo Halliday & Hasan, h cinco diferentes mecanismos de coeso: 1. Referncia: Elementos referenciais so os que no podem ser

interpretados por si prprios, mas tm que ser relacionados a outros elementos no discurso para serem compreendidos. H dois tipos de referncia: a situacional (exofrica) feita a algum elemento da situao e a textual (endofrica) Ex: Voc no se arrepender de ler este anncio. exofrica Paulo e Jos so advogados. Eles se formaram na PUC. endofrica 2. Substituio: Colocao de um item no lugar de outro no texto, seja este outro uma palavra, seja uma orao inteira. Ex: Pedro comprou um carro e Jos tambm. O professor acha que os alunos esto preparados, mas eu no penso assim. Para Halliday & Hasan, a distino entre referncia e

substituio, est em que, na ocorrncia desta, h uma readaptao especificaes. Ex: Pedro comprou uma camisa vermelha, mas eu preferi uma verde. (h alterao de uma camisa vermelha para uma camisa verde.) 3. Elipse: uma supresso de uma palavra facilmente subentendida. a omisso intencional de um termo facilmente identificvel pelo contexto ou por elementos gramaticais presentes na frase. Essa omisso torna o texto conciso e elegante. a omisso de um item, de uma palavra, um sintagma, ou uma frase. Ex: Voc aceita um ch? Com ou sem acar? Suprime o ch e acar. 4. Conjuno: Este tipo de coeso permite estabelecer relaes sinttica a novos sujeitos ou novas

significativas entre elementos e palavras do texto. Realizase atravs de conectores como e, mas, depois etc. H elementos meramente continuativos: agora (abre um novo

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estgio na comunicao, um novo ponto de argumentao, ou atitude tomada ou considerada pelo falante); bem (significa "eu sei de que trata a questo e vou dar uma resposta")

5. Coeso lexical: Obtida atravs de dois mecanismos: repetio de um mesmo item lexical, ou sinnimos, pronomes, hipnimos, ou heternimos. Ex: 1-O Presidente foi ao cinema ver Tropa de elite. Ele levou a esposa. 2-Vi ontem um menino de rua correndo pelo asfalto. O moleque parecia assustado. 3-Assisti ontem a um documentrio sobre papagaios

mergulhadores. Esses pssaros podem nadar a razoveis profundidades. 6. Colocao: Uso de termos pertencentes a um mesmo campo semntico.

Ex: Houve um grande acidente na estrada. Dezenas de ambulncias transportaram os feridos para o hospital mais prximo. Koch, tomando por base os mecanismos coesivos na construo do texto, estabelece a existncia de duas modalidades de coeso: 1. coeso referencial: Existe coeso entre dois elementos de um texto, quando um deles para ser interpretado semanticamente, exige a considerao do outro, que pode aparecer depois ou antes do primeiro (catfora e anfora, respectivamente ) 1-Ele era to bom, o meu marido! (catfora) 2-O homem subiu as escadas correndo. L em cima ele bateu furiosamente uma porta. (anfora). A forma retomada pelo elemento coesivo chama-se necessita referente. do O elemento, chama-se cuja forma interpretao remissiva. O referente,

referente tanto pode ser um nome, um sintagma, um fragmento de orao, uma orao, ou todo um enunciado. Ex: A mulher criticava duramente todas as suas decises. Isso o aborrecia profundamente. (orao) Perto da estao havia uma pequena estalagem. L reuniam-se os trabalhadores da ferrovia.(sintagma nominal) No quintal, as

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crianas brincavam. O prdio vizinho estava em construo. Os carros passavam buzinando. Tudo isso tirava-me a concentrao.(enunciado) Elementos de vrias categorias diferentes podem servir de formas remissivas:

pronomes possessivos Joana vendeu a casa. Depois que seus pais morreram, ela no quis ficar l.

pronomes relativos esta a rvore cuja sombra sentam-se os viajantes.

advrbios Antnio acha que a desonestidade no compensa, mas nem todos pensam assim.

nomes ou grupos nominais Imagina-se que existam outros planetas habitados. Essa hiptese se confirma pelo grande nmero de OVNIs avistados.

2. coeso sequencial: Conjunto de procedimentos lingusticos que relacionam o que foi dito ao que vai ser dito, estabelecendo relaes semnticas e/ou pragmticas medida que faz o texto progredir. Os elementos que marcam a coeso sequencial so chamados relatores e podem estabelecer uma srie de

relaes: a) implicao entre um antecedente e um consequente: se etc. b) restrio, oposio, contraste: ainda que, mas, no entanto etc c) soma de argumentos a favor de uma concluso: e, bem como, tambm etc. d) justificativa, explicao do ato de fala: pois etc. e) introduo de exemplificao ou especificao: seja...seja, como etc. f) alternativa (disjuno ): ou etc. g) extenso, amplificao: alis, tambm etc. h) correo: isto , ou melhor etc. E mais as relaes estabelecidas por outras conjunes coordenadas e subordinadas.

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Pontuao gramatical e expressiva

Pontuao o recurso que permite expressar na lngua escrita um espectro de matizes rtmicas e meldicas caractersticas da lngua falada, pelo uso de um conjunto sistematizado de sinais grficos e no grficos. Sinais Existem alguns sinais bsicos de pontuao. So eles: Ponto (.) Usa-se no final do perodo, indicando que o sentido est completo. Tambm usado nas abreviaturas (Dr., Exa., Sr.). Exemplo: Ele foi ao mdico e levou uma injeo[[.]] O ponto um sinal de pontuao que serve para indicar o final de uma frase. Marca uma pausa absoluta. Exemplo: "Eu te amo." Tambm usado nas abreviaturas.

Exemplos:

Qnd. = Quando. Representa tambm a pausa mxima da voz. usado no final das frases declarativas ou imperativas. Vrgula (,) Marca uma pequena pausa no texto escrito, nem sempre correspondente s pausas (mais arbitrrias) do texto falado. usada como marca de separao para: o aposto; o vocativo; o atributo; os elementos de um sintagma no ligados pelas conjunes e, ou, nem; as oraes coordenadas assindticas no ligadas por conjunes; as oraes relativas; as oraes intercaladas; as oraes subordinadas e as adversativas introduzidas por mas, contudo, todavia, entretanto e porm. Deve-se evitar o uso desnecessrio da vrgula, pois ela dificulta a leitura do texto. Por outro lado, ela no deve ser esquecida quando obrigatria. Exemplo: Andava pelos cantos, e gesticulava, falava em voz alta, ria e roa as unhas.

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Tem como funo indicar uma pausa e separar membros constituintes de uma frase. Emprega-se vrgula: Para isolar aposto e vocativo: Ex: Maria, Pedro, meu namorado, ligou? Erros quando a ordem direta No pode haver vrgula entre sujeito e predicado: "O supervisor, distribuiu as tarefas" - ERRADO No pode haver vrgula entre o verbo e seus complementos: "Os alunos refizeram, todos os textos" - ERRADO No pode haver vrgula entre o nome e o complemento nominal ou adjunto adnominal: "A extrao, do dente foi dolorosa" - ERRADO Entre os termos da orao separar termos coordenados da mesma funo e

assindticos,

ainda

que

sejam

repetidos

Observao:

havendo e entre os dois ltimos termos, suprime-se a vrgula separar vocativos e o nome do lugar nas datas indicar inverses: do adjunto adverbial (se o adjunto for de pequena extenso, torna-se dispensvel o uso da vrgula) do complemento pleonstico antecipado indicar intercalaes: de expresses explicativas, continuativas e conclusivas do adjunto adverbial ou aposto (menos o especificativo) da conjuno indicar, s vezes, elipse do verbo (Ele vir hoje; eu, amanh) Em perodo composto para separar as oraes coordenadas assindticas (sem conectivos)

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para separar as oraes coordenadas sindticas, quando os sujeitos das duas oraes forem diferentes Observao:ver os casos especficos do e para separar as coordenadas adversativas. bom saber que no se pode usar vrgula depois do mas e que, quando porm, contudo, todavia, no entanto e entretanto iniciarem a frase, podero ou no ser seguidos de vrgula. Essas ltimas conjunes sempre tero uma vrgula antes e outra depois quando estiverem intercaladas no perodo para separar as coordenadas sindticas alternativas em que haja as conjunes ou....ou, ora.....ora, quer....quer, seja......seja para separar as coordenadas sindticas conclusivas (logo, pois, portanto). O pois com valor conclusivo (= portanto) sempre deve vir entre vrgulas Ex.: No era alfabetizado; no podia, pois, ter carta de habilitao para separar as coordenadas sindticas explicativas (No fale assim porque estamos ouvindo voc) para separar as adverbiais reduzidas e as adverbiais

antepostas ou intercaladas na principal para separar as oraes consecutivas isolar as subordinadas adjetivas explicativas. As restritivas, geralmente no se separam por vrgula. Podem terminar por vrgula em casos de ter certa extenso ou quando os verbos se sucedem. Entretanto nunca devem comear por vrgula. (O rapaz, que tinha o passo firme, resolvei o problema / O aluno que estuda, aprende) Vrgula antes do e no se emprega nas enumeraes do tipo das seguintes: Ex.: Comprei um livro e um caderno / Fui ao supermercado e farmcia usa-se quando vier em polissndeto Ex.: E fala, e resmunga, e chora, e pede socorro. a vrgula separa elementos com a mesma funo sinttica, exceto se estiverem ligados pela conjuno e: Ex.: O Joo, o Antnio, a Maria e o Joaquim foram passear.

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pode-se usar a vrgula se os sujeitos forem diferentes Ex.: Eles explicam seus pontos de vista, e a imprensa deturpa-os. se o e assumir outros valores que no o aditivo, cabe o emprego de vrgula Ex.: Responderam me, e no foram repreendidos (adversidade) Mudana de sentido Uma vrgula fora do lugar j muda completamente o sentido da frase. Observe: Jos, Maria e o cozinho Sweetie foram passear. Jos Maria e o cozinho Laura foram passear. Na frase 1 diz que Maria, Jos e o Sweetie foram passear, j na segunda diz que Jos Maria saiu sozinho com o Sweetie para passear. Ponto e vrgula (;) Sinal intermedirio entre o ponto e a vrgula, que indica que o sentido da frase ser complementado. Representa uma pausa mais longa que a

vrgula e mais breve que o ponto. usado em frases constitudas por vrias oraes, algumas das quais j contm uma ou mais vrgulas; tambm para separar frases subordinadas dependentes de uma subordinante; como substituio da vrgula na separao da orao coordenada adversativa da orao principal. Emprego do ponto e vrgula O ponto-e-vrgula marca uma pausa mais longa que a da vrgula, no entanto menor que a do ponto. E empregado para: Separar as partes de um perodo. Separar oraes coordenadas que sejam quebradas no seu interior por vrgula; para marcar pausa maior entre as oraes: No esperava outra coisa; afinal, eu j havia sido avisado. Frisar o sentido adversativo antes da conjuno; Separar oraes coordenadas que se contrabalano em fora expressiva (formando anttese, por exemplo): Muitos se esforam; poucos conseguem.

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Uns trabalham; outros descansam. Separar oraes com certa extenso, que dificultem a compreenso e respirao: Os jogadores de futebol olmpico reclamaram com razo das constantes crticas do tcnico; porm o teimoso tcnico ficou completamente indiferente aos apelos dos atletas. Separar diversos itens: a) a alta de desemprego no pas; b) a persistente inflao; c) a recesso econmica. Separar itens de uma enumerao (em leis, decretos, portarias, regulamentos etc.): A Matemtica se divide em: geometria; lgebra; trigonometria;

financeira. Dois pontos (:) Marcam uma pausa para anunciar uma citao, uma fala, uma enumerao (separada do texto contnuo), um esclarecimento ou uma sntese. Os dois pontos (:) so um sinal de pontuao. Indicam um prenncio, comunicam que se aproxima um enunciado. Correspondem a uma pausa breve da linguagem oral e a uma entoao descendente (ao contrrio da entoao ascendente da pergunta). Anunciam: ou uma citao, ou uma enumerao, ou um esclarecimento, ou uma sntese do que se acabou de dizer. Em matemtica os dois pontos so utilizados como smbolo da diviso. O sinal dois pontos se usa de duas maneiras: Primeiro usamos quando mudamos o foco do assunto como ilustrado no exemplo abaixo: Aps parar de correr, ele concordou: Tudo bem, desta vez voc venceu. Tambm usado para mostrar itens de uma justaposio. Veja nos exemplos:

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Quando um navio est prestes a afundar, entram no bote salva-vidas primeiro: crianas, idosos, adultos e por ltimo, o capito. Concluso: aps corrermos tanto, eles venceram. Ponto de interrogao (?) Usa-se no final de uma frase interrogativa direta e indica uma pergunta. Ponto de exclamao (!) Usa-se no final de qualquer frase que exprime sentimentos, emoes, dor, ironia, surpresa e estados de esprito. Reticncias () Podem marcar uma interrupo de pensamento, indicando que o sentido da orao ficou incompleto, ou uma introduo de suspense, depois da qual o sentido ser completado. No primeiro caso, a seqncia vir em maiscula -- uma vez que a orao foi fechada com um sentido vago proposital e outra ser iniciada parte. No segundo caso, h continuidade do pensamento anterior, como numa longa pausa dentro da mesma orao, o que acarreta o uso normal de minscula para continuar a orao. Exemplos: Ah, como era verde o meu jardim... No se fazem mais daqueles. Foi ento que Manoel retornou... mas com um discurso

bastante diferente! As reticncias so, na escrita, sequncia de trs pontos (sinal grfico: ) no fim, no incio ou no meio de uma frase. A utilizao deste gnero de pontuao indica um pensamento ou ideia que ficou por terminar e que transmite, por parte de quem exprime esse contedo, reticncia, omisso de algo que podia ser escrito, mas que no o . Origem da reticncia O verbo latino tacere significava "calar", permanecer em silncio, e deu lugar ao verbo francs taire. Em nossa lngua, derivam-se de tacere palavras como tcito e taciturno, alm de reticncia, uma figura retrica que consiste em deixar incompleta uma frase, dando a entender, no entanto, o sentido do que no se diz e, s vezes, muito mais. A palavra reticncia provm do latim reticere (calar alguma coisa), formada mediante tacere precedida do prefixo "re-", que neste caso tem o sentido de retrair-se para dentro. A troca de "a" para "i" na passagem de tacere a reticere chama-se apofonia e ocorre com freqncia nas razes latinas empregadas em lnguas romances. No contexto, lida como etectera, que provm do latim:

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et ctera = e algo mais. Exemplos No incio de uma frase O garoto escova os dentes e vai para o colgio. L ele joga futebol. No meio de uma frase Fulano acorda s sete da manh para ir escola. () L ele joga futebol. No fim de uma frase Fulano acorda s sete da manh para ir a escola. O garoto escova os dentes e vai para o colgio Queria saber o que ele lhe falara Aspas ( ) Usam-se para delimitar citaes; para referir ttulos de obras; para realar uma palavra ou expresso. Parnteses ( ( ) ) Marcam uma observao ou informao acessria intercalada no texto.

Travesso () Marca: o incio e o fim das falas em um dilogo, para distinguir cada um dos interlocutores; as oraes intercaladas; as snteses no final de um texto. Tambm usado para substituir os parnteses. Meiarisca () Separa extremidades de intervalos. Ex.: (110) Pargrafo Constitui cada uma das seces de frases de um escrito; comea por letra maiscula, um pouco alm do ponto em que comeam as outras linhas. Colchetes ([]) utilizados na linguagem cientfica. Asterisco (*) empregado para chamar a ateno do leitor para alguma nota (observao). Barra (/) aplicada nas abreviaes das datas e em algumas abreviaturas. Hfen () usado para ligar elementos de palavras compostas e para unir pronomes tonos a verbos ( menor do que a MeiaRisca ) Exemplo: guarda-roupa O hfen um sinal de pontuao usado para ligar os

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elementos de palavras compostas (couveflor; expresidente) e para unir pronomes tonos a verbos (ofereceramme; v loei). Serve igualmente para fazer a translineao de palavras, isto , no fim de uma linha, separar uma palavra em duas partes (ca/sa; compa/nheiro). O hfen costuma ser tambm usado para unir os valores extremos de uma srie, como nmeros (110), letras (AZ) ou outras, indicando ausncia de intervalos na enumerao. Contudo, h quem defenda que, neste ltimo caso, deve ser usada a meia-risca, por ser graficamente mais elegante. Pontuao expressiva Na comunicao oral, temos a pontuao gramatical pontuao gramatical. Apesar de no podermos inspirar em todas as vrgulas e sinais grficos, devemos realizar pausas. Na comunicao oral a pontuao orientada pela sensibilidade e inteligncia onde a durao das pausas est ligada expresso e inteno do falante. e

expressiva. Nem sempre a pontuao expressiva segue a

No entanto a pontuao gramatical deve ser respeitada para maior enriquecimento da modulao da voz. A pontuao gramatical serve para modular a voz, renovar o ar, manter o contato visual com os ouvintes e deglutir. ( , ) - geralmente a voz se eleva ( ; ) - geralmente a voz desce ( : ) - a voz no desce, continua igual, pois vem uma citao, uma enumerao, ou uma explicao. ( . ) - a voz desce pois o sentido est completo ( ... ) - demostram insuficincia de palavras. A voz fica em suspense. ( ) - pargrafo - destacam uma ou mais palavras que so

pronunciadas com entonao diferente. ( - ) - travesso - exige mudana no tom da voz, pois est associada ao dilogo. ( ? ) ( ! ) - pode subir ou descer dependendo da expresso.

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( " ) - muda a inflexo do dilogo. A pontuao expressiva ligada s palavras de valor. A palavra de valor precisamente aquela que marca a emoo ou a inteno da pessoa que fala ou que l. A palavra de valor se destaca porque nela incidem de maneira particular o acento intensivo, uma inflexo mais marcante da voz, e as vezes, uma pausa que a ela se segue. Exemplo: 1. Deus fez o mundo em seis dias e no stimo descansou.

Se o que queremos colocar em nfase a idia do criador, diremos: DEUS/ fez o mundo em seis dias e no stimo descansou. Mas se o que se quer em relevo a idia da criao, ento diremos: Deus fez O MUNDO/ em seis dias e no stimo descansou. Pode ser porm que, o que se queira colocar em nfase seja

o fato de ter sido criado em seis dias: Deus fez o mundo EM SEIS DIAS/ e no stimo descansou. Finalmente, talvez se queira assinalar que, em certo momento, tambm Deus descansou: Deus fez o mundo em seis dias e no STIMO/ descansou

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Elementos mrficos e processos de formao de palavrasA palavra subdivida em partes menores, chamadas de elementos mrficos. Exemplo: gatinho gat + inho Infelizmente in + feliz + mente ELEMENTOS MRFICOS Os elementos mrficos so: Radical; Vogal temtica; Tema; Desinncia; Afixo; Vogais e consoantes de ligao.

RADICAL O significado bsico da palavra est contido nesse elemento;

a ele so acrescentados outros elementos. Exemplo: pedra, pedreiro, pedrinha. VOGAL TEMTICA Tem como funo preparar o radical para ser acrescido pelas desinncias e tambm indicar a conjugao a que o verbo pertence. Exemplo: cantar, vender, partir. OBSERVAO: Nem todas as formas verbais possuem a vogal temtica. Exemplo: parto (radical + desinncia)

TEMA o radical com a presena da vogal temtica. Exemplo: choro, canta.

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DESINNCIAS So elementos que indicam as flexes que os nomes e os verbos podem apresentar. So subdivididas em: DESINNCIAS NOMINAIS e DESINNCIAS VERBAIS.

DESINNCIAS NOMINAIS indicam o gnero e nmero. As desinncias de gnero so a e o; as desinncias de nmero so o s para o plural e o singular no tem desinncia prpria. Exemplo: gat o Radical desinncia nominal de gnero Gat o s Radical d.n.g/d.n.n d.n.g desinncia nominal de gnero d.n.n desinncia nominal de nmero

DESINNCIAS VERBAIS indicam o modo, nmero, pessoa e tempo dos verbos. Exemplo: cant va mos Radical v.t /d.m.t/ d.n.p v.t vogal temtica d.m.t desinncia modo-temporal d.n.p desinncia nmero-pessoal AFIXOS So elementos que se juntam aos radicais para formao de novas palavras. Os afixos podem ser: PREFIXOS quando colocado antes do radical; SUFIXOS quando colocado depois do radical Exemplo: Pedrada. Invivel.

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Infelizmente

VOGAIS E CONSOANTES DE LIGAO So elementos que so inseridos entre os morfemas (elementos mrficos), em geral, por motivos de eufonia, ou seja, para facilitar a pronncia de certas palavras. Exemplo: silvcola, paulada, cafeicultura. PROCESSO DE FORMAO DAS PALAVRAS Inicialmente observemos alguns conceitos sobre palavras primitivas e derivadas e palavras simples e compostas: PALAVRAS PRIMITIVAS palavras que no so formadas a partir de outras. Exemplo: pedra, casa, paz, etc. PALAVRAS DERIVADAS palavras que so formadas a partir de outras j existentes.

Exemplo: pedrada (derivada de pedra), ferreiro (derivada de ferro). PALAVRAS SIMPLES so aquelas que possuem apenas um radical. Exemplo: cidade, casa, pedra. PALAVRAS COMPOSTAS - so palavras que apresentam dois ou mais radicais. Exemplo: p-de-moleque, pernilongo, guarda-chuva. Na lngua portuguesa existem dois processos de formao de novas palavras: derivao e composio. DERIVAO o processo pelo qual palavras novas (derivadas) so formadas a partir de outras que j existem (primitivas). Podem ocorrer das seguintes maneiras: Prefixal; Sufixal; Parassinttica;

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Regressiva; Imprpria.

PREFIXAL processo de derivao pelo qual acrescido um prefixo a um radical. Exemplo: desfazer, intil. Vejamos alguns prefixos latinos e gregos mais utilizados:

PREFIXO PREFIXO SIGNIFICADO LATINO GREGO

EXEMPLOS PREF. LATINO PREF. GREGO

Ab-, abs- Apo-

Afastamento

Abs ter

Apo geu

AmbiBiExSupra

AnfidiExEpi-

Duplicidade Dois Para fora Acima de

Amb guo B pede Ex ternar Supra citar

Anf bio D grafo x odo Epi tfio

SUFIXAL processo de derivao pelo qual acrescido um sufixo a um radical. Exemplo: carrinho, livraria. Vejamos alguns sufixos latinos e alguns gregos:

SUFIXO LATINO -ada -eria -vel

EXEMPLO SUFIXO GREGO Paulada -ia Selvageri -ismo a Amvel -ose

EXEMPLO

Geologia Catolicis mo Micose

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PARASSINTTICA processo de derivao pelo qual acrescido um prefixo e sufixo simultaneamente ao radical. Exemplo: anoitecer, pernoitar. OBSERVAO : Existem palavras que apresentam prefixo e sufixo, mas no so formadas por parassntese. Para que ocorra a parassntese necessrios que o prefixo e o sufixo juntem-se ao radical ao mesmo tempo. Para verificar tal derivao basta retirar o prefixo ou o sufixo da palavra. Se a palavra deixar de ter sentido, ento ela foi formada por derivao parassinttica. Caso a palavra continue a ter sentido, mesmo com a retirada do prefixo ou do sufixo, ela ter sido formada por derivao prefixal e sufixal. REGRESSIVA - processo de derivao em que so formados substantivos a partir de verbos. Exemplo: Ningum justificou o atraso. (do verbo atrasar) O debate foi longo. (do verbo debater) IMPRPRIA - processo de derivao que consiste na mudana de classe gramatical da palavra sem que sua forma se altere.

Exemplo: O jantar estava timo COMPOSIO o processo pelo qual a palavra formada pela juno de dois ou mais radicais. A composio pode ocorrer de duas formas: JUSTAPOSIO e AGLUTINAO. JUSTAPOSIO quando no h alterao nas palavras e continua a serem faladas (escritas) da mesma forma como eram antes da composio. Exemplo: girassol (gira + sol), p-de-moleque (p + de + moleque) AGLUTINAO quando h alterao em pelo menos uma das palavras seja na grafia ou na pronncia. Exemplo: planalto (plano + alto) Alm da derivao e da composio existem outros tipos de formao de palavras que so hibridismo, abreviao e onomatopia.

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ABREVIAO OU REDUO a forma reduzida apresentada por algumas palavras: Exemplo: auto (automvel), quilo (quilograma), moto

(motocicleta). HIBRIDISMO a formao de palavras a partir da juno de elementos de idiomas diferentes. Exemplo: automvel (auto grego + mvel latim), burocracia (buro francs + cracia grego). ONOMATOPIA Consiste na criao de palavras atravs da tentativa de imitar vozes ou sons da natureza. Exemplo: fonfom, cocoric, tique-taque, boom!. A estrutura das palavras contm o radical (elemento estrutural bsico), afixos (elementos que se juntam ao radical para formao de novas palavras PREFIXO e

SUFIXO), as desinncias (nominais indicam gnero e nmero e verbais indicam pessoa, modo, tempo e nmero dos verbos), a vogal temtica (que indicam a conjugao do verbo a, e, i) e o tema que a juno do radical com a vogal temtica. J no processo de formao das palavras temos a derivao, subdividida em prefixal, sufixal, parassntese, regressiva e imprpria e a composio que se subdivide em justaposio e aglutinao. Alm desses dois processos temos o hibridismo, a onomatopia e a abreviao como processos secundrios na formao das palavras.

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Emprego das diferentes classes de palavra

As palavras podem ser de dois tipos quanto sua flexo: variveis ou invariveis. Palavra varivel aquela que pode alterar a sua forma. Palavra invarivel aquela que tem forma fixa. Dentre as formas variveis e invariveis, existem dez classes gramaticais, a saber: Classes principais: so a base do idioma e formam o ncleo das oraes, a saber: Substantivos - Classe de palavras variveis com que se designam e nomeiam os seres em geral. Verbos - Classe de palavras de forma varivel que exprimem o que se passa, isto , um acontecimento representado no tempo. Indicam ao, fato, estado ou fenmeno. Toda palavra que se pode conjugar. Satlites: servem para exprimir atributos das classes

principais, a saber:

Artigos

-

Classe

de

palavras

que

acompanham

os

substantivos, determinando-os. Adjetivos - Classe de palavras que indicam as qualidades, origem e estado do ser. O adjetivo essencialmente um modificador do substantivo. Numerais - Classe de palavras quantitativas. Indica-nos uma quantidade exata de pessoas ou coisas, ou o lugar que elas ocupam numa srie. Pronomes - Classe de palavras com funo de substituir o nome, ou ser; como tambm de substituir a sua referncia. Servem para representar um substantivo e para o acompanhar determinando-lhe a extenso do significado. Advrbios - Classe de palavras invariveis indicadoras de circunstncias diversas; fundamentalmente um modificador do verbo, podendo tambm modificar um adjetivo, outro advrbio ou uma orao inteira. Conectivos: Servem para estruturar a sintaxe de uma orao, a saber: Preposies - Classe de palavras invariveis que ligam outras duas subordinando a segunda primeira palavra.

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Conjunes - Classe de palavras invariveis que ligam outras duas palavras ou duas oraes. Interjeies -Classe de palavras invariveis usadas para substituir frases de significado emotivo ou sentimental

Vamos ver cada um separadamente: Substantivo toda a palavra que determinada por um artigo, pronome ou numeral, ou modificada por um adjetivo. De acordo com a gramtica portuguesa, um substantivo d nome aos seres em geral e pode variar em gnero, nmero e grau. Para transformar uma palavra de outra classe gramatical em um substantivo, basta preced-lo de um artigo, pronome ou numeral. Exemplo: "O no uma palavra dura". Artigos sempre precedem palavras substantivadas, mas substantivos (que so substantivos em sua essncia) no precisam necessariamente ser precedidos por artigos. Classificao Quanto formao

Quanto existncia de radical, o substantivo pode ser classificado em: Primitivo: palavras que no derivam de outras. Ex: flor,pedra,jardim,leite,goiaba,ferro,cobre,uva,ma,metal Derivado: vem de outra palavra existente na lngua. O substantivo primitivo) que d origem ao derivado (substantivo radical. denominado

Ex:floricultura,pedreira,motorista,jardineiro,livraria. Quanto ao nmero de radicais, pode ser classificado em: Simples: tem apenas um radical. Ex: gua, couve, sol Composto: tem dois ou mais radicais. Ex: gua-de-cheiro, couve-flor, girassol, lana-perfume. Quanto ao tipo Quando se referir a especificao dos seres, pode ser classificado em: Concreto: designa seres que existem ou que podem existir por si s. Ex: casa, cadeira. Tambm podem ser concretos os substantivos que nomeiam

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divindades (Deus, anjos, almas) e seres fantsticos (fada, duende), pois, existentes ou no so sempre considerados como seres com vida prpria. Abstrato: designa ideias ou conceitos, cuja existncia est vinculada a algum ou a alguma outra coisa. Ex: justia, amor, trabalho, etc. Comum: denomina um conjunto de seres de maneira geral, ou seja, um ser sem diferenciar dos outros do mesmo conjunto. Ex: lobo, pizza, mascara. Prprio: denota um elemento individual que tenha um nome prprio dentro de um conjunto, sendo grafado sempre com letra maiscula. Ex: Jeferson, Ariane, Yasmim, Brasil, Rio de Janeiro, Fusca , Bruna. Coletivo: um substantivo coletivo designa um nome

singular dado a um conjunto de seres. No entanto, vale ressaltar que no se trata necessariamente de quaisquer seres daquela espcie. Alguns exemplos: Uma biblioteca um conjunto de livros, mas uma pilha de livros desordenada no uma biblioteca. A biblioteca discrimina o gnero dos livros e os acomoda em prateleiras.

Uma orquestra ou banda um conjunto de instrumentistas, mas nem todo conjunto de msicos ou instrumentistas pode ser classificado como uma orquestra ou banda. Em uma orquestra ou banda, os instrumentistas esto executando a mesma pea musical ao mesmo tempo. Uma turma um conjunto de estudantes, mas se juntarem num mesmo alojamento os estudantes de vrias carreiras e vrias universidades numa sala, no se tem uma turma. Na turma, os estudantes assistem simultaneamente mesma aula. Flexo do substantivo Quanto ao gnero Os substantivos flexionam-se nos gneros masculino e feminino e quanto s formas, podem ser: Substantivos biformes: apresentam duas formas

originadas do mesmo radical. Exemplos: menino - menina, traidor - traidora, aluno - aluna. Substantivos heternimos: apresentam radicais distintos e dispensam artigo ou flexo para indicar gnero, ou seja, apresentam duas formas uma para o feminino e outra para o

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masculino. Exemplos: arlequim - colombina, arcebispo arquiepiscopisa, bispo - episcopisa, bode - cabra, Ovelha Carneiro. Substantivos uniformes: apresentam a mesma forma para os dois gneros, podendo ser classificados em: Epicenos: macho e referem-se fmea, para a animais distino ou do plantas, sexo do e so

invariveis no artigo precedente, acrescentando as palavras animal. Exemplos: a ona macho - a ona fmea; o jacar macho - o jacar fmea; a foca macho - a foca fmea. Comuns de dois gneros: o gnero indicado pelo artigo precedente. Exemplos: o dentista, a dentista. Sobrecomuns: invariveis no artigo precedente. Exemplos: a criana, o indivduo (no existem formas como "criano", "indivdua", nem "o criana", "a indivduo"). Quanto ao nmero Os substantivos apresentam singular e plural. Os substantivos simples, para formar o plural, acrescentase terminao em n, vogal ou ditongo o s. Ex: eltron/ eltrons, povo/ povos, caixa/ caixas, crie/ cries; a

terminao em o, por es, es, ou os; as terminaes em s, r, e z, por es; terminaes em x so invariveis; terminaes em al, el, ol, ul, trocam o l por is, com as seguintes excees: "mal" (males), "cnsul" (cnsules), "mol" (mols), "gol" (gols); terminao em il, trocado o l por is (quando oxtono) ou o il por eis (quando paroxtono). Os substantivos compostos flexionam-se da seguinte forma quando ligados por hfen: se os elementos so ligados por preposio, s o primeiro varia (mulas-sem-cabea); se os elementos so formados por palavras repetidas ou por onomatopia, s o segundo elemento varia (tico-ticos, pingue-pongues); nos demais casos, somente os elementos originariamente substantivos, adjetivos e numerais variam (couves-flores, guardas-noturnos, alunos). Quanto ao grau Os substantivos possuem trs graus, o aumentativo, o diminutivo e o normal que so formados por dois amores-perfeitos, bem-amados, ex-

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processos: Analtico: o substantivo modificado por adjetivos que indicam sua proporo (rato grande, gato pequeno); Sinttico: modifica o substantivo atravs de sufixos que podem representar alm de aumento ou diminuio, o desprezo ou um sentido pejorativo (no aumentativo sinttico: gentalha, beiorra), o afeto ou sentido pejorativo (no diminutivo sinttico: filhinho, livreco). Exemplos de diminutivos e aumentativos sintticos: sapato/sapatinho/sapato; casa/casebre/casaro; co/cozinho/canzarro; homem/homenzinho/homenzarro; gato/gatinho/gato; bigode/bigodinho/bigodao; vidro/vidrinho/vidraa;

boca/boquinha/bocarra; muro/mureta/muralha; pedra/pedregulho/pedrona; rocha/rochinha/rochedo; papel/papelzinho/papelo lpis/lapisinha/lapiso;

Verbo o nome dado classe gramatical que designa uma ocorrncia ou situao. uma das duas classes gramaticais nucleares do idioma, sendo a outra o substantivo. o verbo que determina o tipo do predicado, que pode ser predicado verbal, nominal ou verbo-nominal. O verbo pode designar ao, estado ou fenmeno da natureza.

Classificao Os verbos admitem vrios tipos de classificao, que englobam aspectos tanto semnticos quanto morfolgicos.

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Podem ser divididos da seguinte forma: Quanto semntica Verbos transitivos: Designam aes voluntrias, causadas por um ou mais indivduos, e que afetam outro(s) indivduo(s) ou alguma coisa, exigindo um ou mais objetos na ao. Podem ser transitivos diretos que no possuem sentido completo,logo ele necessita de um complemento,sendo este complemento chamado de objeto direto.E verbo transitivo indireto-Que tambm no possui sentido completo e necessita de um objeto indireto,que necessariamente exigem uma preposio antes do objeto. Exemplos: dar,comer, fazer, vender, escrever, amar etc. Verbos intransitivos: Designam aes que no afetam outros indivduos. Exemplos: andar, existir, nadar, voar etc. Verbos impessoais: So verbos que designam aes involuntrias. Geralmente (mas nem sempre) designam fenmenos da natureza e, portanto, no tm sujeito nem objeto na orao. Exemplos: chover, anoitecer, nevar, haver (no sentido de existncia) etc. Todo verbo impessoal tambm intransitivo. Verbos de ligao: So os verbos que no designam

aes; apenas servem para ligar o sujeito ao predicativo. Exemplos: ser, estar, parecer, permanecer, continuar, andar, tornar-se, ficar, viver, virar etc... Quanto conjugao Verbos da primeira conjugao: So os verbos

terminados em ar: molhar, cortar, relatar, etc. Verbos da segunda conjugao: so os verbos

terminados em er: receber, conter, poder etc. O verbo anmalo pr (nico com o tema em o), com seus compostos (compor, depor, supor, transpor, antepor, etc.), tambm considerado conjugao da j segunda antes conjugao (Ex: devido fizeste, sua realizada puseste),

decorrente de sua antiga forma latina poer. Verbos da terceira conjugao: so os verbos terminados em ir: sorrir, fugir, iludir, cair, colorir, etc Quanto morfologia Verbos regulares: Flexionam sempre de acordo com os paradigmas da conjugao a que pertencem. Exemplos: amar, vender, partir, etc. Verbos irregulares: Sofrem algumas modificaes em

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relao aos paradigmas da conjugao a que pertencem. Exemplos: resfolegar, caber, medir ("eu resfolgo", "eu caibo", "eu meo", e no "eu resfolego", "eu cabo", "eu medo"). Verbos anmalos: Verbos que no seguem os paradigmas da conjugao a que pertence, sendo que muitas vezes o radical diferente em cada conjugao. Exemplos: ir, ser, ter ("eu vou", "ele foi"; "eu sou", "tu s", "ele tinha", "eu tivesse", e no "eu io", "ele iu", "eu sejo", "tu ss", "ele tia", "eu tesse"). O verbo "pr" pertence segunda conjugao e anmalo a comear do prprio infinitivo. Verbos defectivos: Verbos que no tm uma ou mais formas conjugadas. Exemplo: precaver - no existe a forma "precavenha". Verbos abundantes: Verbos que apresentam mais de uma forma de conjugao. Exemplos: encher - enchido, cheio; fixar - fixado, fixo,faze/faz,dize/diz,traze/traz. Flexo

Os verbos tm as seguintes categorias de flexo:

Nmero: singular e plural. Pessoa: primeira (transmissor), segunda (receptor), terceira (mensagem). Modo: indicativo,subjuntivo e imperativo, alem das formas nominais (infinitivo, gerndio e particpio). Tempo: presente, pretrito perfeito, pretrito imperfeito, pretrito mais-que-perfeito, futuro do presente, futuro do pretrito. Voz: ativa, passiva (analtica ou sinttica), reflexiva. Ativa: O sujeito da orao que faz a ao. Ele sempre fica na frente da frase. Ex : Os alunos resolveram todas questes. Passiva : O sujeito recebe a ao.Ele sempre fica no final da frase. Ex : Todas questes foram resolvidas pelos alunos. Reflexiva : O sujeito faz e tambm recebe a ao. Ex: Ana se cortou ou se machucou.

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Modo verbal uma classificao dada um verbo, que apresenta diferenas e diversas formas de um mesmo verbo. Verbos possuem um modo, tempo, pessoa e nmero. Modo Modo a forma como o verbo apresentado. Indicativo - Indica certeza (ele conjuga). Subjuntivo - Indica possibilidade ou incerteza (ele quer que eu conjugue). Imperativo - Indica ordem e pedido (conjuga tu!). Tempo O tempo usado para indicar quando ocorreu a ao a qual o verbo se refere. Presente - Indica o fato no momento em que se fala (ele conjuga). Pretrito imperfeito - Indica um passado inacabado (eu conjugava). Pretrito perfeito - Indica um passado que usado de

todas as formas (eu conjuguei) Pretrito mais-que-perfeito - Indica um fato passado em relao a outro (ele conjugara) Futuro do presente - Indica um fato que ir acontecer no futuro (eu conjugarei) Futuro do pretrito - Indica um futuro que ocorre no passado (ele conjugaria)-uma coisa que poderia ter acontecido.

Pessoa Pessoa a quem se refere o verbo. Eu e ns pertecem primeira, tu e vs segunda e ele/ela, eles/elas terceira. Eu - (eu consigo) Tu - (tu consegues) Ele/Ela - (ele consegue) Ns - (ns conseguimos)

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Vs - (vs conseguis) Eles/Elas - (eles conseguem) Nmero Indica a quantidade de pessoas. Se so uma ou mais de uma. Singular- Indica uma pessoa (eu estou). Plural- Indica mais de uma pessoa (eles esto) Modos verbais As flexes de Modo determinam as diversas atitudes da pessoa que fala com relao ao fato enunciado. Assim: uma atitude que expressa certeza com relao ao fato que aconteceu, que acontece ou que acontecer, caracterstica do Modo Indicativo. Exemplos: Ele trabalhou ontem. Ela est em casa. Ns iremos amanh.

uma atitude que revela uma incerteza, uma dvida ou uma hiptese caracterstica do Modo Subjuntivo (ou Conjuntivo). Exemplos: Se eu trabalhasse, Quando eu partir, uma atitude que expressa uma ordem, um pedido, um conselho, uma vontade ou um desejo caracterstica do Modo Imperativo. Exemplo: Faa isto, agora! Com relao ao Tempo, podemos expressar um facto basicamente de trs maneiras diferentes: No presente: significa que o fato est acontecendo

relativamente ao momento em que se fala; No pretrito: significa que o fato j aconteceu relativamente ao momento em que se fala; No futuro: significa que o fato ainda ir acontecer

relativamente ao momento em que se fala. Entretanto, as possibilidades de se localizar um processo no

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tempo podem ser ampliadas de acordo com as necessidades da pessoa que fala ou que relata um evento. Neste contexto, a Lngua Portuguesa oferece-nos Modos as e

seguintes Tempos:

possibilidades

para

combinarmos

Modo Indicativo Expressa certeza absolutamente apresentando o fato de uma maneira real, certa, positiva. Presente do Indicativo Expressa o fato no momento em que se fala. O aluno l um poema. Posso afirmar que meus valores mudaram. Um aluno dorme. Pretrito Imperfeito Expressa o passado inacabado, um processo anterior ao momento em que se fala, mas que durou um tempo no passado, ou ainda, um fato habitual,dirio. Por isto, chama-

se este tempo verbal de pretrito imperfeito, pois no se refere a um conceito situado perfeitamente num contexto de passado. Emprega-se assinalar: um fato passado contnuo, permanente ou habitual, ou casual. Eles vendiam sempre fiado. "Uma noite, eu me lembro ela dormia" Numa rede encostada molemente (Castro Alves, Adormecida). Ela vendia flores o Pedro belmiro. "Glria usava no peito um broche com um medalho de duas faces." (Raquel de Queirs, As Trs Marias). um fato passado, mas de incerta localizao no tempo: Era uma vez, um fato simultneo em relao a outro no passado, o pretrito imperfeito do Indicativo para

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indicando a simultaneidade de ambos os fatos: Eu lia quando ela chegou. "Nessa mesma noite, leu-lhe o artigo em que advertia o partido da convenincia de no ceder s perfdias do poder." (poema de Quincas Borba). Pretrito Perfeito Indica um fato j ocorrido, concludo. Da o nome: Pretrito Perfeito; referindo-se a um fato que se situa perfeitamente no passado. Emprega-se o Pretrito Perfeito do Indicativo para assinalar: um fato j ocorrido ou concludo: "Trocaram beijos ao luar tranqilo." (Augusto Gil, Luar de Janeiro) "AndeiLidei Vaguei longe cruas pelas terras, guerras, serras,

Dos vis Aimors." (Gonalves Dias, I-Juca-Pirama).

Posso afirmar que meus valores mudaram.

"Apanhou

o

rifle,

saiu

ao

meio

da

trilha

e

detonou."(Coelho Neto, Banzo). Na forma composta, usado para indicar uma ao que se prolonga at ao momento presente; atravs da locuo verbal, na qual se usa o particpio. Tenho estudado todas as noites. "Eu, que tenho sofrido a angstia das pequenas coisas ridculas, Eu verifico que no tenho par nisto tudo neste mundo." (Fernando Pessoa, Poema em Linha Reta - caio) Pretrito Mais-Que-Perfeito Emprega-se o pretrito mais-que-perfeito para assinalar um fato passado em relao a outro tambm no passado (o passado do passado, algo que aconteceu antes de outro fato tambm passado). O pretrito mais-que-perfeito aparece nas formas simples e composta, sendo que a primeira costuma aparecer em discursos mais formais e a segunda, na fala coloquial. Exemplos simples: de usos do pretrito mais-que-perfeito

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Ele comprou o apartamento com o dinheiro do carro que vendera. "Levava comigo um retrato de Maria Cora; alcanara-o dela mesma com uma pequena dedicatria cerimoniosa." (Machado de Assis, Relquias de Casa) Morava.. no arraial de So Gonalo da Ponte, cuja ponte o rio levara, deixando dela somente os pilares de alvenaria." (Gustavo Barroso, O Serto e o Mundo) Te dou meu corao, quisera dar o mundo Exemplos de usos do pretrito mais composto: Quando eu cheguei, ela j tinha sado. Tinha chovido muito naquela noite. Futuro do presente composto Este tempo s existe na forma composta. Assinala um fato posterior ao tempo atual, mas anterior a outro fato futuro. Exemplo: "At meus bisnetos nascerem, eu terei me aposentado". que perfeito

"Lucas ser padre - diz sua me" Futuro do Presente Emprega-se o futuro do presente para assinalar uma ao que ocorrer no futuro relativamente ao momento em que se fala. Se eleito, lutarei pelos menores carentes. " era Vadinho, heri indiscutvel, jamais outro vir to ntimo das estrelas, dos dados e das prostitutas, " (Jorge Amado, Dona Flor e Seus Dois Maridos) "A qual escolherei, se, neste estado,

Eu no sei distinguir esta daquela?" (Alvarenga Peixoto, Jninha e Nice). Exemplos de futuro composto: Ele vai fazer (far) compras e vai voltar (voltar) em breve. Futuro do Pretrito / Condicional Emprega-se o futuro do pretrito para assinalar:

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Um fato futuro em relao a outro no passado "Se eu morresse amanh, viria ao menos Fechar meus olhos minha triste irm;Minha me de saudades morreria. (lvares Azevedo, Se Eu Morresse Amanh).

"Ia levar homens para o quarto. Como era boa de cama, pagar-lhe-iam muito bem." (Clarice Lispector, A Via-Crcis do Corpo)

Uma ironia ou um pedido de cortesia: Daria para fazer silncio! Poderia fazer o favor de sair!? Modo Subjuntivo (ou Conjuntivo) Revela um fato duvidoso, incerto. Presente Emprega-se o presente do subjuntivo para assinalar: um fato presente, mas duvidoso ou incerto. Talvez eles faam tudo aquilo que ns pedimos. Talvez ele saiba sobre o que est falando.

um fato futuro, mas duvidoso ou incerto Talvez eles venham amanh. um desejo ou uma vontade Espero que eles faam o servio corretamente. Se choro p'ra bebe que o meu pranto a areia Deus ardente; clemente!

talvez

meu

pranto,

No descubras no cho (Castro Alves, Vozes d'frica) Espero que tragam-me o dinheiro Pretrito Imperfeito Emprega-se o assinalar: - uma hiptese ou uma condio numa ao passada, mas posterior e dependente de outra ao passada."Talvez a lgrima subisse do corao pupila" (Coelho Neto, Serto) "Como fizesse bom tempo, as senhoras combinaram em tomar o caf na chcara." (Alusio Azevedo, Casa de Penso) "Estou hoje vencido, como se soubesse a verdade. Estou hoje vencido, como se estivesse para morrer." (Fernando Pessoa, Tabacaria lvaro de Campos)

pretrito

imperfeito do subjuntivo

para

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- uma condio contrafactual, ou seja, que no se verifica na realidade, que teria uma certa consequncia; pode se referir ao passado, ao presente ou ao futuro. Se ele estivesse aqui ontem, poderia ter ajudado. Se ele estivesse aqui agora, poderia ajudar. Se ele viesse amanh, poderia ajudar. Futuro Emprega-se o futuro do subjuntivo para assinalar uma possibilidade a ser concluda em relao a um fato no futuro, uma ao vindoura, mas condicional a outra ao tambm futura. Quando eu voltar, saberei o que fazer. Quando os sinos badalarem nove horas, voltarei para casa. Tambm pode indicar uma condio incerta, presente ou futura. Se ele estiver l amanh, certamente ela tambm estar.

Futuro Composto Emprega-se para exprimir uma possibilidade incerta, num tempo passado, ou num tempo passado em relao a um tempo futuro. Se ela tiver chegado a tempo ontem, ter sido timo Ao final das provas, se ele tiver sido aprovado, pararo de falar mal dele. Pretrito Perfeito Emprega o passado com relao a um futuro certo. Caso eu tenha sido escolhido, ficarei muito feliz. Pretrito Mais-que-Perfeito Composto Formado pelo imperfeito do subjuntivo do verbo auxiliar (ter, haver) mais o particpio do verbo principal Tem valor semelhante ao Imperfeito do subjuntivo Ex: Eu teria caminhado todos os dias desse ano, se no tivesse trabalhado tanto. Eu teria viajado se no tivesse chovido

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Obs: Perceba que todas as frases remetem a ao para o passado. A frase Se eu estudasse, aprenderia diferente de Se eu tivesse estudado, teria aprendido Imperativo Exprime uma atitude de solicitao, mando. formado por afirmativo e negativo. Este modo verbal no possui a primeira pessoa do singular (eu), pois no podemos mandar em ns mesmos. Uma atitude que expressa uma ordem, um pedido, um conselho, uma vontade ou um desejo caracterstica do Modo Imperativo. Exemplo: Faa isto, agora! Com relao ao Tempo, podemos expressar um fato basicamente de trs maneiras diferentes: No presente: significa que o fato est acontecendo

relativamente ao momento em que se fala; No pretrito: significa que o fato j aconteceu relativamente ao momento em que se fala; No futuro: significa que o facto ainda ir acontecer relativamente ao momento em que se fala.

Entretanto, as possibilidades de se localizar um processo no tempo podem ser ampliadas de acordo com as necessidades da pessoa que fala ou que relata um evento. Neste contexto, a lngua portuguesa oferece-nos as seguintes possibilidades para combinarmos modos e tempo Exemplo Parcele sua compra! Faa sua tarefa! Lave a loua! Escove os dentes! Compre aqui e ganhe um brinde! Gerndio Uma ao que est acontecendo. No portugus, terminado por "ando", "endo" e "indo" (no caso do verbo pr e seus derivados, terminado em "ondo"). Exemplos: "Eu estou falando contigo"; "Ns estamos correndo em crculos!"; "Eles esto indo para a escola."; "Estou pondo novas informaes neste artigo".

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Voz verbal, em lingustica, como se denomina a flexo verbal que denota a forma segundo a qual o sujeito se relaciona com o verbo e com os complementos verbais. Voz a categoria verbal da qual se marca a relao entre o verbo e seu sujeito. Essa relao pode ser de atividade, passividade ou ambas. As vozes verbais so: Voz reflexiva: indica que a ao expressa pelo verbo praticada e recebida pelo sujeito. O garoto magoou-se.

Voz reflexiva recproca: quando h um sujeito composto e o verbo indica que um elemento do sujeito pratica ao sobre o outro, mutuamente. Thiago e Maria se casaram. Voz ativa: como se denomina a flexo verbal que indica que o sujeito pratica ou participa da ao denotada pelo

verbo,d destaque quem pratica a ao(agente). No possui verbo ser nem pronome "se". Maria Joana quebrou a janela de dona Tlia. A torcida aplaudiu os jogadores. Voz passiva: indica que a ao expressa pelo verbo recebida pelo sujeito Voz passiva sinttica ou pronominal: formada por verbo transitivo direto na 3 pessoa + se (pronome apassivador ou particula apassivadora) + sujeito paciente e sempre vai estar acompanhado pelo pronome apassivador SE. Alugam-se casas. Compram-se carros velhos. Voz passiva analtica:formada pelos verbos ser ou estar + participio do verbo principal + agente da passiva As casas so alugadas pelo corretor.

Verbos auxiliares, em gramtica e em lingustica, so uma

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classe de verbos que fornecem informao semntica adicional ao verbo principal, ou seja, acrescem informaes sobre tempo, nmero, pessoa, etc. ao verbo principal. Os verbos auxiliares podem classificar-se em: Verbos auxiliares de tempo Um verbo auxiliar de tempo forma tempos verbais com o verbo principal denominados tempos compostos. Na lngua portuguesa, os verbos ter, haver, ser, estar, ir e andar so verbos auxiliares de tempo. Verbos ter e haver Os verbos ter e haver no presente do indicativo,

acompanhado de um verbo no particpio, indica uma ao comeado no passado que ainda continua. Os verbos ter e haver no pretrito imperfeito do indicativo, acompanhado de um verbo no particpio, indica pretrito mais-que-perfeito. Verbo estar O verbo estar, acompanhado de verbo no gerndio, indica uma ao momentnea, que pode ou no se estender ao

futuro. Verbo ir O verbo ir no presente do indicativo, acompanhado de um verbo no infinitivo, indica futuro do presente. O verbo ir no pretrito imperfeito do indicativo,

acompanhado de um verbo no infinitivo, indica uma ao planejada no passado, mas no realizada. Verbo andar O verbo andar, acompanhado de verbo no gerndio, indica uma ao passada que se estende at o presente. Verbos auxiliares modais Um verbo auxiliar modal, tambm chamado simplesmente verbo modal, forma com o verbo principal locues verbais com valor modal (de desejo, probabilidade, dever, possibilidade, necessidade etc.). So exemplos os verbos dever, poder, necessitar, querer. Por ex., "o avio deve partir s 8 horas", "eu no quero pagar o jantar".

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Verbos auxiliares aspectuais Um verbo auxiliar aspectual ou aspectivo acrescenta ao significado do verbo principal noes de como a ao se processa. Os verbos comear, pr, estar, continuar so verbos que podem ser usados como aspectuais. Por exemplo.: "eu no comecei a trabalhar", "ele est a comer/comendo". Verbo regular aquele que no sofre alterao em seu radical e cujas desinncias so as mesmas do paradigma ou modelo de conjugao. Ex: Conjugao do verbo regular "mandar" no presente do indicativo Eu mando Tu mandas Ele manda Ns mandamos Vs mandais

Eles mandam Percebe-se que o radical no se altera nesta e em outras conjugaes sendo assim considerado verbo regular.

Verbos irregulares so verbos que sofrem alteraes em seu radical ou em suas desinncias, afastando-se do modelo a que pertencem. 1) para verificar se um verbo sofre alteraes, basta conjug-lo no presente e no pretrito perfeito do indicativo. Ex: fao - fiz trago - trouxe posso - pude 2) No considerada irregularidade a alterao grfica do radical de certos verbos para conservao da regularidade fnica. Ex:

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embarcar - embarco fingir - finjo Exemplo de conjugao do verbo "dar" Modo Indicativo - Presente Eu dou Tu ds Ele d Ns damos Vs dais Eles do Percebe-se que h alterao do radical, afastando-se do original "dar" durante a conjugao, sendo considerado verbo irregular. Tambm os verbos " dar " e " saber " so irregulares.

Modelos de conjugao dos verbos Os verbos na lngua portuguesa possuem vrios tipos de conjugao. Existem trs regulares e cinqenta e sete variaes destas conjugaes. Da primeira conjugao, os verbos irregulares so: dar, estar e todos terminados em -ear. As principais conjugaes so as seguintes: Conjugaes Primeira Conjugao: pertencem a esta conjugao os verbos cujo infinitivo termina em ar. Vogal temtica a. Ex: cantar, falar, pensar, brincar, parolar etc. Segunda Conjugao: pertencem a esta conjugao os verbos cujo infinitivo termina em er. Vogal temtica e. Ex: vender, ler, correr etc.

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Terceira Conjugao: pertencem a esta conjugao os verbos cujo infinitivo termina em ir. Vogal temtica i. Ex: partir, dormir, pedir etc. Quarta Conjugao*: pertencem a esta conjugao os verbos cujo infinitivo termina em or. Vogal temtica o. Ex: pr, transpor, impor, supor etc. Observaes O verbo pr e seus compostos (repor, depor, compor, impor, etc) pertencem segunda conjugao, porque pr originase da forma latina ponere (vogal temtica e) H tambm as outras conjugaes, mas estas incluem grupos menores de verbo e so as chamadas excees na conjugao de verbos, entre elas: ser, estar, haver e muitos outros. Modelos de conjugao Primeira conjugao

Pretri Pretr Pretrit to Prono Radi Prese ito me cal nte to o ito MaisPerfei Imperfe Queo EU TU ELE NS VS ELES am am am am am am o as a ei aste ou ava avas ava ara aras ara arei ars ar aria arias aria Futur Futuro o do do ito Prese Pretr

Perfeit nte

amos amos ais am astes aram

vamos ramos aremos aramo s veis reis areis areis avam aram aro ariam

Subjuntivo

Imperativo

Infinitivo Pessoal

Prono Radi Prese Pretr Futu Afirmat Negat me cal nte ito ro ivo ivo

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EU TU ELE NS VS ELES

am am am am am am

e es e emos eis em

asse

ar es e emos eis em

ar ares ar armos ardes arem

asses ares a asse ar e emos

ssem armo os s

sseis ardes ai assem arem em

Infiniti vo oal ar Segunda conjugao Indicativo ando impess dio

Partic Gern pio passad o ado

Prono Radi Prese Pretr Pretrit Pretri Futur Futuro me cal nte ito to o ito to Queo do do Perfei Imperfe MaisPrese Pretr

Perfeit o EU TU ELE NS VS ELES vend o vend es vend e i este eu ia ias ia amos eis iam era eras era

nte erei ers er

ito eria erias eria

vend emos emos vend eis vend em estes eram

ramos eremos eramo s reis ereis ereis eram ero eriam

Subjuntivo

Imperativo

Infinitivo Pessoal

Prono Radi Prese Pretr Futu Afirmat Negat me EU TU ELE NS cal nte ito esse ro er as a ivo ivo er eres er

vend a vend as vend a

esses eres e esse er a

vend amos ssem ermo amos

amos ermos

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os VS ELES vend ais vend am

s ais am erdes erem

sseis erdes ei essem erem am

Infiniti vo oal er Terceira conjugao Indicativo endo impess dio

Partic Gern pio passad o ido

Pretri Pretr Pretrit to Prono Radi Prese ito me cal nte to o ito MaisPerfei Imperfe Queo EU TU part o part es i iste ia ias ira iras irei irs iria irias Futur Futuro o do do ito Prese Pretr

Perfeit nte

ELE NS VS ELES

part e part imos part is part em

iu imos istes iram

ia amos eis iam

ira

ir

iria iramos ireis iriam

ramos iremos reis iram ireis iro

Subjuntivo

Imperativo

Infinitivo Pessoal

Prono Radi Prese Pretr Futu Afirmat Negat me EU TU ELE NS VS ELES cal nte ito isse isses isse ssemo s ro ir ires ir e a as a amos ais am ivo ivo ir ires ir irmos irdes irem

part a part as part a part amos part ais part am

irmos amos

sseis irdes i issem irem am

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Infiniti vo oal ir indo impess dio

Partic Gern pio passad o ido

Formas nominais do verbo So trs as formas nominais do verbo, que no

apresentam flexo de tempo e modo, perdendo desta maneira algumas das caractersticas principais dos verbos. Por serem tomadas como nomes (substantivos, adjetivos e advrbios), recebem o nome de formas nominais. As trs formas so: Infinitivo: indica a ao propriamente dita, sem situ-la no tempo, desempenhando funo semelhante a substantivo.O

infinitivo o nome do verbo. Exemplo Ler, dormir, falar, sonhar... preciso aumentar o nmero de verbetes. O infinitivo pode apresentar algumas vezes flexo em pessoa, constituindo assim duas formas possveis: o infinitivo pessoal e o infinitivo impessoal. melhor estudarmos agora. (infinitivo pessoal, com sujeito ns implcito). Viver aqui muito bom. (infinitivo impessoal) Particpio: advrbio. O particpio reconhecido pelas terminaes ado,ido. Exemplo:acabado,finalizado,vivido. feito(fazido-errado),escrito coberto(cobrido-errado). Gerndio: indica uma ao em andamento, um processo verbal ainda no finalizado. Pode ser usado em tempos verbais compostos ou sozinho, quando adquire uma funo de advrbio. Contradies: (escrevido-errado), indica uma ao j acabada, finalizada,

adquirindo uma funo parecida com a de um adjetivo ou

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Estou finalizando os exemplos deste verbete. (tempo composto) Fazendo teu trabalho antecipadamente, no ters

preocupaes. (gerndio sozinho com funo de advrbio). O gerndio reconhecido pela terminao ndo. Exemplo: andando, comendo, rindo. Supino: Em gramtica, supino uma forma verbo-nominal usada em alguns idiomas. No portugus o supino usado com a preposio para mais um verbo. EX.:ela entristeceu-se|nom-ela ficou triste

Regncia verbal A sintaxe de regncia a relao sinttica de

dependncia que se estabalece entre o verbo - termo regente - e o seu complemento - termo regido - com a presena ou no de preposio.

Os termos, quando exigem a presena de outro chamam-se regentes significao ou subordinantes; anteriores os que completam regidos a ou dos chamam-se

subordinados. Quando o termo regente um nome (substantivo, adjetivo ou advrbio), ocorre a regncia nominal. Quando o termo regente um verbo, ocorre a regncia verbal. Na regncia verbal, o termo regido pode ser ou no preposicionado. Na regncia nominal, ele obrigatoriamente proposicionado. 1- Chegar/ ir deve ser introduzido pela preposio a e no pela preposio em. Ex.: Vou ao dentista./ Cheguei a Belo Horizonte. 2- Morar/ residir normalmente vm introduzidos pela preposio em. Ex.: Ele mora em So Paulo./ Maria reside em Santa Catarina. 3- Namorar no se usa com preposio. Ex.: Joana namora Antnio. 4- Obedecer/desobedecer exigem a preposio a. Ex.: As crianas obedecem aos pais./ O aluno desobedeceu ao

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professor. 5-Simpatizar/ antipatizar exigem a preposio com. Ex.: Simpatizo com Lcio./ Antipatizo com meu professor de Histria. Verbos Na regncia verbal os verbos podem ser: Transitivos diretos, trasitivos indiretos e intransitivos. Aspirar quando tem o sentido de sorver, tragar, inspirar, transitivo direto e exige complemento sem o uso de preposio. Ele aspirou toda a poeira. Todos ns aspiramos essa poeira. Quando tem o sentido de pretender, desejar, almejar, transitivo indireto e necessita do uso da preposio (A). Exemplos:

O jogador aspirava a uma falta. O candidato a deputado aspirava a um mensalo. Obs.:Quando o verbo aspirar for transitivo indireto, no se admite a substituio da preposio (A) por lhe ou lhes. Dever-se usar em seu lugar (a ele, a eles, a ela ou a elas). Namorar O verbo namorar transitivo direto e no necessita do uso de preposio. Exemplo: Bernado namora Tina. (em vez de: Bernardo namora com Tina.) Obedecer Obedecer um verbo transitivo indireto e necessita do uso da preposio (A). Obs:Mesmo sendo verbo transitivo indireto, ele pode ser usado na voz passiva.

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-A fila no foi obedecida. Ver O verbo VER transitivo direto, por isso no necessita de preposio. Exemplo: Ele veria muitos filmes em cartazes. Chamar Esse verbo pode ser transitivo direto quando significa convocar, fazer vir, e no necessita de preposio. Exemplo: Ela chamou minha ateno. E pode ser transitivo indireto quando tem o significado de invocar e deve ser usado com a preposio por. -Ele chamava por seus poderes. Com o sentido de apelidar ele pode ou no necessitar de preposio, podendo ser tanto transitivo direto como

indireto. Assistir O verbo em questo pode ser transitivo direto ou transitivo indireto.

Predicao verbal A predicao verbal trata do modo pelo qual os verbos formam o predicado, por outras palavras, se eles exigem ou no complemento e qual tipo de complemento que necessitam. Verbos intransitivos Caso o verbo no requeira objeto, ele denominado verbo intransitivo. Estes so [verbos] que possuem sentido pleno, completo, que no precisam de um complemento, podendo constituir, sozinhos, o predicado. Exemplos: Ele morreu. O navio afundou.

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Porm, existem alguns casos onde podem conter algumas informaes a mais, apenas com o propsito de enriquecer a orao. Mas os verbos intransitivos nunca podem ter objeto. Por exemplo: Uma criana caiu logo depois dela. O verbo cair no precisa de complemento algum para que se possa entender a idia da orao, porm foram utilizados sim, alguns complementos para enriquecer a orao. Neste exemplo, a expresso "logo depois dela" ser classificada como adjunto adverbial de tempo. Verbos transitivos Verbos transitivos so aqueles em que a ao "transita" ou passa do verbo para outro elemento. ao Trata-se do sem complemento direto que liga-se predicado

preposio e do complemento indireto que se liga ao predicado com preposio. O verbo transitivo, o verbo que no se constitui por si s, ele precisa de um complemento, caso contrrio no possui sentido pleno. Exemplos: Eu preciso de um lpis. Neste ltimo caso, se retirarmos o complemento, ficamos

apenas

com:

Eu

preciso.

Surge-nos ento a seguinte pergunta: Precisa de qu? Se respondermos: Precisa de um lpis, obtemos o transitivo, logo a resposta completa fornece-nos o transitivo. O verbo precisar no faz sentido sozinho, necessita de um complemento. Quando esse complemento vem acompanhado de uma preposio, ele chamado de objeto indireto: Eu gosto de leite com chocolate. Eu gosto de costeletas. Por outro lado, quando o complemento preposio, ele chamado de objeto direto: Eu ganhei dois presentes. O meu pai comprou uma bicicleta E quando a orao tem as duas formas verbais, ou seja, quando no tem a preposio e depois tem a preposio objeto direto e indireto. Ofereceram o cargo ao deputado. vem sem a

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Verbos de ligao Tratando-se de verbos de ligao, o predicado nominal e o ncleo do predicado a caracterstica desse predicado. Quando o verbo indica uma ao, vozes de animais ou fenmenos da natureza, o predicado verbal e o ncleo do predicado o verbo. Os verbos de ligao so: ser, estar, permanecer, continuar, ficar, parecer, andar, viver, achar, encontrar, tornar-se, etc. Exemplo: Os canteiros estavam floridos Em oraes desse tipo podem aparecer os verbos de ligao ser, estar, ou seus equivalentes citados acima, e o ncleo do predicado no o verbo, mas sim o adjetivo que atribui uma caracterstica (qualidade, condio, estado) ao sujeito. Pela simples funo de ligar uma caracterstica ao sujeito da orao os verbos de ligao tm esse nome. O passarinho estava triste pela manh. Nesse caso, o substantivo "passarinho" o ncleo do sujeito e "estava triste" um predicado nominal, j que "estava" um verbo de ligao.

Complemento verbal Os complementos verbais completam o sentido dos verbos transitivos. Estes complementos podem ligar-se ao verbo atravs de uma preposio ou sem o auxlio dela. Quando h necessidade de preposio, o objeto dito indireto; quando ela no necessria, o objeto dito direto. Alguns verbos podem aceitar ao mesmo tempo um objeto direto e outro indireto. Em alguns casos, por questes de estilo, adiciona-se uma preposio ao objeto direto. Neste caso o objeto direto dito preposicionado. Exemplos Avies possuem asas. - Asas o objeto direto do verbo possuir. Gosto de escrever. - de escrever objeto indireto do verbo gostar. Neguei tudo aos impostores. - tudo objeto direto e aos impostores objeto indireto do verbo negar. Ele ama a Deus - a Deus um objeto direto preposicionado. Observe que o verbo amar no exige a preposio. Um jeito de diferenci-lo de sujeito o seguinte:

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"Joo come ma" "Quem come ma?" - Perceba que o verbo vem primeiro. "Joo" - Sujeito, por causa da ordem. "O que Joo come?" - Perceba o verbo depois. "Ma" - Objeto, por causa da ordem. Objeto direto Objeto direto o termo da orao que completa o sentido de um verbo transitivo direto. O objeto direto liga-se ao verbo sem o auxlio de uma preposio. Indica o paciente, o alvo ou o elemento sobre o qual recai a ao. Identificamos o Objeto direto quando perguntamos ao verbo: "quem" ou "o qu". Exemplos Vs admirais os companheiros. - Perguntamos, Vs admirais o qu? A resposta 'os companheiros', que o objeto direto. Ns amamos o cabelo da Juliana Goes. - Perguntamos: ns amamos quem