MONOGRAFIA - APRESENTAÇÃO TEMÁTICA
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CLEIDE RODRIGUES PEREIRA
MARIANA LOPES VELOSO CAMPOS
PROCESSOS DE IMPERMEABILIZAÇÃO EM VIGAS
BALDRAME PARA HABITAÇÕES DE PADRÃO POPULAR:
VIABILIDADE DE EXECUÇÃO
Bacharelado em Engenharia Civil
Instituto Tecnológico de Caratinga
Caratinga MG – 2014
CLEIDE RODRIGUES PEREIRA
MARIANA LOPES VELOSO CAMPOS
PROCESSOS DE IMPERMEABILIZAÇÃO EM VIGAS
BALDRAME PARA HABITAÇÕES DE PADRÃO POPULAR:
VIABILIDADE DE EXECUÇÃO
Trabalho de Conclusão de Curso
apresentado ao Instituto Tecnológico de
Caratinga, como parte dos requisitos para
obtenção do título de Bacharel em
Engenharia Civil.
Orientador: Wagner Bravos Valadares
Instituto Tecnológico de Caratinga
Caratinga MG –2014
APRESENTAÇÃO TEMÁTICA
A viga baldrame pode ser considerada como uma fundação direta para
construções de pequenas cargas, e por ser bastante econômica é comumente utilizada
em edificações de padrão popular. A escolha correta de um sistema de
impermeabilização é de fundamental importância para evitar situações indesejáveis em
sua fase de utilização. Como afirma a NBR 9575/2003, o processo de
impermeabilização resulta de um conjunto de componentes e serviços que objetivam
proteger a construção contra a ação destrutiva de fluidos, de vapores e da umidade,
assegurando à mesma maior durabilidade e salubridade.
A impermeabilização é uma etapa muito importante na construção civil, porém
na maioria das vezes, é desprezada, por parte dos profissionais da área e proprietários
das construções resultando no aparecimento de patologias. Ao longo do trabalho será
enfatizada a viabilidade ou não da utilização de impermeabilizantes numa construção de
padrão popular, dando ênfase nos processos que visam proteger a fundação composta
por vigas baldrame.
Através de estudos e pesquisas no que diz respeito aos custos de aplicação, aos
tipos de materiais disponíveis, as técnicas existentes, a disponibilidade de mão-de-obra
capacitada, os tipos de patologias relativas à ação da água, e custos com reparos das
patologias, demonstrar se é viável ou não a aplicação da impermeabilização para
habitações de baixo custo, o qual é o objetivo do estudo.
Palavras-chave: Impermeabilização; Patologias, Viabilidade de execução, Habitação
popular.
Justificativa
Através de um tema que se fez interessante ao longo do curso de Engenharia
Civil, patologias, percebemos que as de maior ocorrência em uma construção estavam
relacionadas aos efeitos da água, e que a etapa de impermeabilização ainda é pouco
valorizada no mercado da construção civil no Brasil, fato este que se agrava ainda mais
quando direcionada a famílias de baixo poder aquisitivo.
O estudo realizado neste trabalho visa esclarecer-nos como futuros profissionais
da área de Construção Civil, as causas de tamanho descaso nesta etapa de suma
importância.
E com os resultados do trabalho, disponibilizar um material informativo que leve
um ganho para a sociedade de maneira geral e também para a comunidade científica.
Este trabalho veem apresentar o quanto o excesso de economia a priorização do
baixo custo em obras residenciais geram transtornos para os futuros proprietários do
imóvel.
Um fato que envolve à todos de uma sociedade, sendo que todos estão sujeitos à
adquirir um imóvel, no qual a principal prioridade foi a economia e não a qualidade.
O baixo custo, à desqualificação da mão da obra, à não utilização de tecnologias
inovadoras e o descaso com o consumidor acabam gerando problemas que são
desagradáveis e onerosos, sendo que, muitas das vezes tornam totalmente inviáveis a
recuperação de determinada deficiência que venha à ocorrer em uma estrutura.
O nosso objetivo é mostrar um caso específico onde os projetos não são
trabalhados multidimensionalmente, e a qualidade é tratada como “subjetiva”. Onde
serão avaliadas todas as patologias que poderão ocorrer e também o quanto será mais
oneroso seus reparos com relação a um projeto onde a qualidade é “Objetiva” da mesma
forma que o custo e o prazo.
Com base em estudos elaborados de maneira a
Através de estudos será elaborado o custo obtido em uma obra que utiliza a
aplicação de impermeabilizante em sua fundação de viga baldrame,
Ênfase na pesquisa com relação ao custo da obra em que é feita a aplicação
impermeabilizante nas vigas baldrames, técnicas e materiais aplicados, informações
relativas as possíveis patologias pela não impermeabilização da fundação
A pesquisa terá o enfoque nos motivos pelos quais há negligência em relação
ao uso de impermeabilizantes, os problemas ocasionados pela não utilização e a
demonstração da viabilidade
Se é por contenção de custos, desinformação, dificuldade técnica, e relatar
também uma ampla demonstração do quanto sua utilização é viável em todos os
aspectos possíveis encontrados.
para assegurar a durabilidade das estruturas e a salubridade das
edificações,
geralmente a impermeabilização é negligenciada não sendo tratada com a
necessária importância, ou até mesmo, não sendo utilizadas.
A viga baldrame pode ser considerada como a própria fundação, comumente
utilizadas em habitações de padrão popular. A escolha correta do sistema de
impermeabilização adotado é fundamental para evitar situações indesejáveis em sua fase
de utilização caracterizadas por diversas patologias,
A impermeabilização é de fundamental importância na durabilidade de
construções, pois os agentes trazidos pela água causam danos irreversíveis a estrutura e
prejuízos financeiros difíceis de serem contornados.
A impermeabilização é uma etapa muito importante na construção civil, porém
na maioria das vezes, principalmente em habitações de padrão popular, por contenção
de custos e desinformação, vem sendo relegada, resultando no aparecimento de
patologias de impermeabilização.
Entende-se por impermeabilizar como sendo o ato de proteger uma estrutura contra os
efeitos da umidade, que é considerada como um desafio para a Construção Civil,
precisa ser combatida e representa uma preocupação constante da área. Pelo fato de, na
maioria das vezes estar fora do alcance visual após a edificação estar concluída,
geralmente a impermeabilização é negligenciada não sendo tratada com a necessária
importância, ou até mesmo, não sendo utilizadas. Segundo a norma da Associação
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) que rege a seleção e projeto da
impermeabilização (NBR 9575/2003), há duas maneiras de barrar a entrada da água,
com a utilização de sistemas rígidos (em que a argamassa ou o concreto recebe aditivos
que propiciam impermeabilidade) e flexíveis (através de membrana ou mantas com tais
propriedades)
Entende-se por custo da Construção Civil as medidas monetárias com as quais
uma organização, uma pessoa ou um governo, têm que arcar a fim de atingir seus
objetivos e metas. Tal custo poderá englobar a aquisição de insumos ou serviços. A
qualidade da construção civil define-se em um bom planejamento técnico e executivo,
envolvendo mão de obra especializada, tecnologias e emprego de materiais de
qualidade.
A relação custo e qualidade estão ligadas diretamente dentro da construção civil.
É constante a presença de patologias como umidade, trincas e deslocamento de
revestimento, que ocorrem pela falta de planejamento, má execução e emprego de
materiais de baixa qualidade. O baixo custo acaba gerando transtornos para o
proprietário da obra e um alto custo na recuperação posterior comparado com o que
seria gasto na prevenção planejada em projeto antes da execução.
Portanto deve-se realizar um planejamento multidimensional que integra o custo,
prazo e qualidade na execução e no desempenho do projeto. Devendo dar-se devida
atenção aos detalhes construtivos, não se apegando ao impacto visual e sim a
funcionalidade qualitativa da estrutura em geral. Onde o baixo custo não é o foco e sim
a eficiência e durabilidade da construção em um todo, dentro de um padrão de utilização
previamente previsto em projeto.
Impermeabilização no contexto
da NBR 15575 – Norma de
Desempenho
IBI – Instituto Brasileiro de Impermeabilização
Durabilidade garantida
Fundamental para assegurar vida útil e boas condições de uso para as
edificações, a impermeabilização é importante para atender a Norma de
Desempenho
Ao longo dos anos, alguns fatos permitiram que a consciência sobre a
importância da impermeabilização crescesse no Brasil, respaldada pelo
maior conhecimento disponível sobre o comportamento das estruturas e
também pelo avanço da tecnologia, que permitiu o surgimento de
múltiplos sistemas de impermeabilização adequados a diferentes
aplicações. A fundação do IBI (Instituto Brasileiro de Impermeabilização),
em 1975, e a criação do Comitê Brasileiro de Isolação Térmica e
Impermeabilização (CB-22) da Associação Brasileira de Normas
Técnicas (ABNT) em 1968 foram decisivos nesse contexto.
Agora, a construção civil brasileira dá um novo salto com a entrada em
vigor da nova versão da NBR 15.575 “Edificações habitacionais –
Desempenho” em 2013 após amplo trabalho de discussão e revisões.
Com foco direcionado para as necessidades dos usuários e em sintonia
com o Código de Defesa do Consumidor, a norma brasileira exige que
todos os sistemas que compõem os edifícios habitacionais (estrutura,
cobertura, paredes de vedação, instalações prediais etc) atendam um
nível mínimo de desempenho ao longo de uma vida útil determinada em
projeto. Em outras palavras, significa garantir que os sistemas e
componentes que integram os imóveis residenciais sejam especificados,
projetados e executados visando assegurar durabilidade e condições
adequadas de uso e ocupação.
Atender às exigências da NBR 15.575 demanda novas práticas nas
etapas de projeto, seleção de materiais e sistemas construtivos, escolha
de fornecedores, execução das obras e gestão de uso e manutenção. A
norma define claramente o papel de construtores, incorporadores,
projetistas e usuários na construção e conservação dos imóveis.
A impermeabilização, que é um recurso importante para assegurar a
durabilidade das estruturas e a salubridade das edificações, passa a ter
um papel ainda mais relevante. Afinal, ela é capaz de proteger as
estruturas contra a ação nociva da água e da umidade que aceleram a
deterioração e comprometem as condições de uso e de higiene das
edificações.
O controle apropriado da umidade em uma construção é chave para
evitar manifestações patológicas que abreviam a vida útil das estruturas,
impedem o uso pleno das edificações, geram custos adicionais e
reduzem o valor dos imóveis. Apesar disso, a impermeabilização muitas
vezes é negligenciada pela falta de cultura no país de privilegiar a
prevenção de problemas construtivos, em vez de contornar suas
consequências posteriores. Com a entrada em vigor da nova Norma de
Desempenho, a expectativa é a de que isso se inverta.
A impermeabilização na NBR 15.575
A NBR 15.575 estabelece requisitos mínimos a serem atendidos pelas
edificações habitacionais, incluindo métodos de avaliação de
desempenho. Na parte 1 “Requisitos Gerais”, por exemplo, a norma
estabelece que a edificação deve ser estanque às fontes de umidades
externas, provenientes da água de chuva e da umidade do solo e do
lençol freático.
O texto estabelece, ainda, que os projetos habitacionais devem prevenir
a infiltração da água de chuva e da umidade do solo, com a
impermeabilização de fundações e pisos em contato com o solo, porões
e subsolos, jardins contíguos às fachadas e quaisquer paredes em
contato com umidade ascendente.
No capítulo que trata especificamente sobre os pisos, a norma exige,
entre outros requisitos, a estanqueidade do revestimento (independente
de sua tipologia) quando em contato com a umidade ascendente. O texto
também é claro ao estipular que os pisos de áreas molhadas (como em
banheiro com chuveiro e áreas descobertas) não podem permitir o
surgimento de umidade.
Também no capítulo que trata dos sistemas de cobertura (telhados e
afins), a exigência de estanqueidade à água da chuva está presente. O
texto define critérios de aceitação de sistemas de cobertura
impermeabilizados, que precisam passar por testes de lâmina d’ água
por no mínimo 72 horas.
Esse tipo de exigência tende a ser mais um estímulo para que o trabalho
de impermeabilização tenha como base um projeto/especificação técnica
e seja feito por empresa capacitada, que empregue produtos
normalizados. Para atender a norma não basta aplicar qualquer
impermeabilizante. É preciso utilizar, de forma apropriada, a técnica e os
produtos mais adequados a cada caso.
Impermeabilização no contexto da NBR 15575 –
Norma de Desempenho
IBI – Instituto Brasileiro de Impermeabilização
Durabilidade garantida
Fundamental para assegurar vida útil e boas condições de uso para as edificações, a impermeabilização é importante
para atender a Norma de Desempenho
Ao longo dos anos, alguns fatos permitiram que a consciência sobre a importância da impermeabilização crescesse no
Brasil, respaldada pelo maior conhecimento disponível sobre o comportamento das estruturas e também pelo avanço
da tecnologia, que permitiu o surgimento de múltiplos sistemas de impermeabilização adequados a diferentes
aplicações. A fundação do IBI (Instituto Brasileiro de Impermeabilização), em 1975, e a criação do Comitê Brasileiro de
Isolação Térmica e Impermeabilização (CB-22) da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) em 1968 foram
decisivos nesse contexto.
Agora, a construção civil brasileira dá um novo salto com a entrada em vigor da nova versão da NBR 15.575
“Edificações habitacionais – Desempenho” em 2013 após amplo trabalho de discussão e revisões. Com foco
direcionado para as necessidades dos usuários e em sintonia com o Código de Defesa do Consumidor, a norma
brasileira exige que todos os sistemas que compõem os edifícios habitacionais (estrutura, cobertura, paredes de
vedação, instalações prediais etc) atendam um nível mínimo de desempenho ao longo de uma vida útil determinada
em projeto. Em outras palavras, significa garantir que os sistemas e componentes que integram os imóveis residenciais
sejam especificados, projetados e executados visando assegurar durabilidade e condições adequadas de uso e
ocupação.
Atender às exigências da NBR 15.575 demanda novas práticas nas etapas de projeto, seleção de materiais e sistemas
construtivos, escolha de fornecedores, execução das obras e gestão de uso e manutenção. A norma define claramente
o papel de construtores, incorporadores, projetistas e usuários na construção e conservação dos imóveis.
A impermeabilização, que é um recurso importante para assegurar a durabilidade das estruturas e a salubridade das
edificações, passa a ter um papel ainda mais relevante. Afinal, ela é capaz de proteger as estruturas contra a ação
nociva da água e da umidade que aceleram a deterioração e comprometem as condições de uso e de higiene das
edificações.
O controle apropriado da umidade em uma construção é chave para evitar manifestações patológicas que abreviam a
vida útil das estruturas, impedem o uso pleno das edificações, geram custos adicionais e reduzem o valor dos imóveis.
Apesar disso, a impermeabilização muitas vezes é negligenciada pela falta de cultura no país de privilegiar a
prevenção de problemas construtivos, em vez de contornar suas consequências posteriores. Com a entrada em vigor
da nova Norma de Desempenho, a expectativa é a de que isso se inverta.
A impermeabilização na NBR 15.575
A NBR 15.575 estabelece requisitos mínimos a serem atendidos pelas edificações habitacionais, incluindo métodos de
avaliação de desempenho. Na parte 1 “Requisitos Gerais”, por exemplo, a norma estabelece que a edificação deve ser
estanque às fontes de umidades externas, provenientes da água de chuva e da umidade do solo e do lençol freático.
O texto estabelece, ainda, que os projetos habitacionais devem prevenir a infiltração da água de chuva e da umidade
do solo, com a impermeabilização de fundações e pisos em contato com o solo, porões e subsolos, jardins contíguos
às fachadas e quaisquer paredes em contato com umidade ascendente.
No capítulo que trata especificamente sobre os pisos, a norma exige, entre outros requisitos, a estanqueidade do
revestimento (independente de sua tipologia) quando em contato com a umidade ascendente. O texto também é claro
ao estipular que os pisos de áreas molhadas (como em banheiro com chuveiro e áreas descobertas) não podem
permitir o surgimento de umidade.
Também no capítulo que trata dos sistemas de cobertura (telhados e afins), a exigência de estanqueidade à água da
chuva está presente. O texto define critérios de aceitação de sistemas de cobertura impermeabilizados, que precisam
passar por testes de lâmina d’ água por no mínimo 72 horas.
Esse tipo de exigência tende a ser mais um estímulo para que o trabalho de impermeabilização tenha como base um
projeto/especificação técnica e seja feito por empresa capacitada, que empregue produtos normalizados. Para atender
a norma não basta aplicar qualquer impermeabilizante. É preciso utilizar, de forma apropriada, a técnica e os produtos
mais adequados a cada caso.