Movimento forte Brasil vive - celso-foelkel.com.br vive a... · ão Paulo FIESP de um novo governo...

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Movimento forte Brasil vive a obsessão exportadora Movimiento fuerte Brasil vive Ia obsesión de exportar Por Fãbio Saraiva previsão do tempo adianta 2002 estará sujeito a chuvas e trovoadas pela chegada das eleições presidenciais As incertezas são muitas mas não chegam a fazer com que o setor industrial baixe as portas para balanço Pelo contrário o empresariado acelera o ritmo das mobilizações avaliando as conquistas e ressaltando os desafios Nos últimos anos não dúvidas de que importantes conquistas foram alcançadas e precisam ser preservadas como a estabilidade monetária a responsabilidade fiscal o câmbio flutuante e o regime de metas de inflação Entretanto devemos ir adiante fazer uma reforma tributária que amplie a base e reduza as alíquotas e também difundir o que chamo de obsessão exportadora anuncia Horácio Lafer Piva presidente da Federação e do Centro das Indústrias do Estado de S CIESP e vicepresidente do Conselho da 0 movimento que Piva denomi exportadora avança por meio de um tr alavancar o volume de exportações c W U a W LL ò a a conseguindo se impor de forma definitiva no cenário internacional que o País será reconhecido de acordo com o potencial da economia que repre senta Lutador por excelência e profundo agente do desenvolvimento do setor de celulose e papel do País membro da família que fundou a Klabin o homem à frente da FIESP CIESP conduz tambéml29 sindicatos industriais representados pela entidade e tem plena noção de que o caminho da evolução do País não será trilhado Ouso dizer que o a m da noite para o dia biente político está fi Para ele é preciso vontade acima cando mais favorável à de tudo algo que parece ter faltado nos realização d a reforma últimos anos na média a indústria foi excessivamente ignorada e nos tributária e aumento das últimos meses o governo começou a exportações examinar nossas posições No entanto diante de um cenário que passa pela crise argentina perspectivas em torno ão Paulo FIESP de um novo governo e da ALCA o presidente da FIESP Bracelpa CIESP declarase nesta entrevista um otimista Ouso dizer na de obsessão que o ambiente político está ficando mais favorável para as balho firme para próximas investidas a realização da reforma tributária ea lo Brasil pois é ampliação das exportações nacionais O Papel O setor industrial do País precisa de um novo presidente com qual perfil para crescer Piva Ele deve ter boa disposição quanto ao empreendedor privado e reconhecer que o Brasil está inserido no capitalismo globalizado e moderno no qual o instrumento principal para geração de riqueza emprego e tecnologia é a empresa privada bem apoiada pelo Estado Isso implica em finalmente aceitar o papel da indústria no desenvolvimento do País e de criar em torno dela as condições favoráveis para que possa florescer e crescer ao longo de muitas décadas 0 exemplo terrível da Argentina não deve se afastar de nossa memória e da memória do próximo presidente brasileiro promoveu se a desindus trialização da Argentina pela fúria fundamentalista dos monetaristas 0 resultado foi o colapso de toda a economia do país N CD a w a

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Movimento forte

Brasil vivea obsessão exportadora

Movimiento fuerte Brasil vive Ia obsesión de exportar

Por Fãbio Saraiva

previsão do tempo adianta2002 estará sujeito a chuvase trovoadas pela chegada

das eleições presidenciais As incertezassão muitas mas não chegam a fazer comque o setor industrial baixe as portas parabalanço Pelo contrário o empresariadoacelera o ritmo das mobilizaçõesavaliando as conquistas e ressaltando osdesafios Nos últimos anos não há

dúvidas de que importantes conquistasforam alcançadas e precisam serpreservadas como a estabilidademonetária a responsabilidade fiscal ocâmbio flutuante e o regime de metasde inflação Entretanto devemos iradiante fazer uma reforma tributária queamplie a base e reduza as alíquotas etambém difundir o que chamo deobsessão exportadora anuncia HorácioLafer Piva presidente da Federação edo Centro das Indústrias do Estado de S

CIESP e vicepresidente do Conselho da0 movimento que Piva denomi

exportadora avança por meio de um tralavancar o volume de exportações c

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conseguindo se impor de formadefinitiva no cenário internacional queo País será reconhecido de acordo com

o potencial da economia que representa Lutador por excelência eprofundo agente do desenvolvimentodo setor de celulose e papel do Paísmembro da família que fundou aKlabin o homem à frente da FIESPCIESP conduz tambéml29 sindicatos

industriais representados pela entidadee tem plena noção de que o caminhoda evolução do País não será trilhado

Ouso dizer que o a m da noite para o dia

biente político está fi Para ele é preciso vontade acima

cando mais favorável à de tudo algo que parece ter faltado nos

realização d a reformaúltimos anos na média a indústria foi

excessivamente ignorada e só nostributária e aumento das últimos meses o governo começou aexportações examinar nossas posições No entanto

diante de um cenário que passa pelacrise argentina perspectivas em torno

ão Paulo FIESP de um novo governo e da ALCA o presidente da FIESPBracelpa CIESP declarase nesta entrevista um otimista Ouso dizerna de obsessão que o ambiente político está ficando mais favorável para asbalho firme para próximas investidas a realização da reforma tributária e alo Brasil pois é ampliação das exportações nacionais

O Papel O setor industrial do País precisa de umnovo presidente com qual perfil para crescer

Piva Ele deve ter boa disposição quanto aoempreendedor privado e reconhecer que o Brasil estáinserido no capitalismo globalizado e moderno noqual o instrumento principal para geração de riquezaemprego e tecnologia é a empresa privada bemapoiada pelo Estado Isso implica em finalmente

aceitar o papel da indústria no desenvolvimento doPaís e de criar em torno dela as condições favoráveispara que possa florescer e crescer ao longo de muitasdécadas 0 exemplo terrível da Argentina não devese afastar de nossa memória e da memória do próximopresidente brasileiro promoveu se a desindustrialização da Argentina pela fúria fundamentalistados monetaristas 0 resultado foi o colapso de toda aeconomia do país

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O Papel A crise

argentina deixa que lição aoBrasil onde o crescimento

econômico depende deinvestidores estrangeiros eaoprimeiro mundo onde seconcentram estes mercados

investidores

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Piva Para o Brasil fica a

lição da responsabilidadefiscal e o desafio de reduzir

a absorção de poupançaexterna com verdadeira

obsessão exportadora esubstituição competitiva deimportações Quanto aoprimeiro mundo a melhorpessoa para responder aesta pergunta seria alguminvestidor internacional

que emprestou seus dólaresà Argentina

Portanto não diria que ocrescimento do País dependesó dos investidores estran

geiros e a FIESP está maisdo que convencida de que o empresariado nacional tem a capacidade degestão para puxar o desenvolvimentodo Brasil mesmo que alavancado poralianças com os capitais estrangeiros

Acrescento a constatação de queo termo investidor estrangeiroperde cada vez mais a sua conotaçãoespecífica já que no mundoglobalizado não há estrangeiros Háum fluxo permanente de capitaismercadorias tecnologias mãodeobra sob a supervisão dos EstadosA crise argentina foi quase todacriada internamente e os culpadosnão são os investidores estrangeirosque estão tomando monumentalcalote Perguntem aos espanhóis

O Papel O governo FernandoHenrique Cardoso apoiou o desenvolvimento do setor industrial brasileiro

Piva Reconhecemos que aprioridade absoluta e quase

obsessiva do atual governo foi defender a estabilidade da moeda e

recuperar o controle da política fiscal Crescer e desenvolver são

objetivos que têm ficado emsegundo plano durante estes anos

É contudo possível notaralgumas medidas pontuais dedefesa de alguns setores daindústria especialmente contra ocontrabando e contra os métodos

mais insolentes de dumping Masna média a indústria foi exces

sivamente ignorada Só nos últimosmeses foi reconhecida a imperiosa necessidade de estimular as

exportações e o governo na pessoa do ministro Sérgio Amaralcomeçou então a examinar asposições e as reclamações doempresariado industrial Esseexame continua Nosso protestorecorrente é contra a falta de uma

política de desenvol vimento noPaís e contra a cega hostilidade com

que alguns segmentos dogoverno rejeitam qualqueridéia de política industrial

O Papel Dentre os setoresindustriais do País quais osque mais cresceram nosúltimos três anos e quaissofreram mais retração noperíodo

Piva Nos últimos três

anos as locomotivas docrescimento industrial foram

os setores de material de

transporte 186 mecâ

nica 154 e papelpapelão 106 Em geraldepois de longo período debaixo ou nenhum cresci

mento os setores industriais

que tendem a liderar arecuperação econômica sãoaqueles mais sensíveis àsperspectivas futuras para aeconomia e às condições decrédito exatamente o caso

de material de transportes emecânica Além das duas questõeshá a grande desvalorização cambial ocorrida em 1999 favorecen

do exportações e a substituiçãode importações

Chamo atenção para o fato de osetor de celulose papel papelãoter rapidamente eliminado suacapacidade ociosa Este é o principal motivo para não ter crescido em2001 Com a maturação dos novosinvestimentos abrese espaço paraa retomada da expansão

Os destaques negativos forammaterial plástico e minerais nãometálicos O elemento comum

entre eles e em grande parte o quedeve tê los puxado para baixofoi o comportamento pífio da construção civil Há também o racionamento de energia atingindoem cheio a produção de cimento e vidro para citar duas desuas vítimas

O Papel Quaisforam os impactosdo racionamento de energia elétricana produção nacional e o que seaprendeu durante estafase

Piva O episódio revelou umagrande bobeada burocrática e boadose de teimosia A FIESP começoua avisar o governo sobre a iminênciade uma crise energética em agosto de2000 e teve nisso até a ajuda da mídiaNada adiantou Só em abril de 2001

o governo finalmente constatou quenão havia mais água nas represasEssa crise de energia segundo ocálculo do deputado Delfim Nettocustou ao País cerca de 2 do PIB

em 2001 Para as indústrias significou a perda de muitos milhões dereais e diversos negócios Não haveráindenização é claro

A produção da indústria detransformação nacional crescia a umritmo de 63 nos primeiros cincomeses de 2001 quando se iniciou o

racionamento Nos sete meses

seguintes a produção industrial foi2menor do que em igual período doano anterior Apesar de a desaceleração ter sido abrupta e pronunciada só não foi pior devido àgrande capacidade de adaptação dosempresários industriais

Pesquisa realizada pela FIESPsurpreendeu ao revelar que nosprimeiros meses de racionamento aindústria paulista conseguiu um ganhode eficiência expressivo o quepossibilitou economizar uma média de8 na energia sem reduzir a produçãoDigase de passagem este ganho deeficiência veio para ficar Parcelaadicional de redução de consumosurgiu com o uso de fontes alternativasde energia mesmo que de pior qualidade como o diesel em geradores

Por fim é preciso salientar a dificuldade de se isolar o efeito do racio

namento sobre a indústria dada a

confluência de crises que se abateram

sobre a economia ao longo do períododo racionamento de energia Apenaspara citar exemplo vimos os jurosbásicos aumentarem de 1675 para

19 ao ano e também o desaquecimento das economias americana e

argentina respectivamente os nossosprimeiro e segundo principaisparceiros comerciais

O Papel Se o sr tivesse de defendera tese de que o Brasil estápreparadodespreparado para a ALGA quaisseriam seus argumentos

Piva Neste momento estamos

despreparados por falta dos dadosbásicos sobre a nossa própria estruturaindustrial e econômica Comentase

que o País não conta hoje nem comuma centena de pessoas profissionalmente habilitadas para sentar emuma grande mesa de negociações comos craques do USTR representantescomerciais dos Estados Unidos do

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12 página de anúncio

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Canadá e mesmo do México Entram

nesse cálculo os excelentes diplomatasdo Itamaraty mas eles são apenasalguns poucos e tem três meganegociações simultâneas a realizarALCA OMC e União Européia

Mas o Brasil sempre demonstrouum dom para a agilidade mágica esuperadas as emoções da sucessãopresidencial este ano teremos 24meses para fazer a negociação daALCAcom as 33 repúblicas interessadasAcreditamos que será possível fazeruma boa negociação e pretendemosparticipar disso Porém alertamos semresolver as assimetrias que nos separamdos países desenvolvidos o Paíscomeçará o jogo perdendo

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O Papel Muitos setores têm

passado por movimentos de

reestruturaçõesconsolidações noBrasil Para o sr quais as principaiscausas e efeitos destes processos àindústria nacional

Piva Agrande motivação sem dúvidaalguma é a conquista de maiorcompetitividade e melhor posicionamento nos mercados de atuação Paracitar exemplo observouse nestesúltimos anos o ingresso de bilhões ebilhões de dólares em capital estrangeiro Grandes grupos internacionais se instalaram aqui ouelevaram sua participação em nossaeconomia Com capital de baixo custotais grupos atiçaram a competição nosmercados domésticos exigindoadaptação e reposicionamento dasempresas industriais nacionais Estemovimento se somou à concorrência

com produtos importados e fez com queas empresas industriais brasileirasterceirizassem mãodeobra agregassem atividades típicas de serviçosem seu core business e partissem parafusões e aquisições Este movimentodeve continuar dada à alta atratividade

das empresas brasileiras e a grandeoferta de capital de baixo custo nosmercados desenvolvidos

O Papel Para as

indústrias de capitalintensivo como a de

papel e celulose quegeralmente dependem de financiamentos e da política de

a

juros quais são as wperspectivas para2002 W

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óPiva Estamos de á

olho nos preços internacionais e nos novos

mercados No que serefere a juros acredito que teremostaxas decrescentes em 2002 mas

apenas a partir de 2003 possibilidadesde pensar em crescimento sustentadocom maior irrigação de crédito e perfilmais adequado ao setor

O Papel Qual a representatividadeda pequena e média empresas hojeno contexto econômico brasileiro

como elas têm sido apoiadas e quaisos caminhos de seu desenvolvimento

Piva A FIESP tem se esforçado emlevar ao governo com insistência oponto de vista dos empresários quetocam pequenas e médias indústriasPara eles é crucial a questão dos juros por exemplo Conseguimos umaredução ainda que gradual e lenta dataxa de juros embora ainda falte muitograças à compreensão do presidenteArmínio Fraga Para eles também écrucial a reforma tributária E nós

criamos uma atmosfera simpática aessa reforma no Congresso NacionalUai por aí o caminho dessas empresasque precisam ter condições de crescercada vez mais porque é com elas quecrescerá o PIB brasileiro Disso é

preciso ter a consciência e a certeza

O Papel Se no passado exportarera umprocesso visto como burocrático o que pode ser dito hoje sobreisto Como está a questão do créditoà exportação

Piva É inegávelque mudou muito aatitude de Brasília

em relação à questãodas exportações especialmente graçasao ministro SérgioAmaral E também

por causado colapsoda Argentina quecolocou em foco

aqui no Brasil agravidade do nossodéficit de contas

correntes Temos a

consciência de que um país não setorna uma potência exportadora emcinco minutos e sabemos que todos osanos do próximo mandato presidencialno Brasil deverão ser focados sobre o

nosso desempenho exportador Serápreciso trabalhar muito começandopelo crédito à exportação ainda insuficiente e tímido

O Papel Mesmo sendo um paíscuja taxa de risco é uma das maisaltas do mundo o sr acredita no

Brasilpromissor

Piva Sou antes de tudo um otimista

Reconheço que alguns importantesalicerces para o crescimento foramestabelecidos nos últimos anos como

a estabilidade monetária a responsabilidade fiscal o câmbio flutuante e o

regime de metas de inflação Não hádúvida de que estas foram importantesconquistas que precisam ser preservadas Entretanto devemos ir além

fazer uma reforma tributária que amplie a base e reduza alíquotas etambém difundir o que chamo deobsessão exportadora Ouso dizer queo ambiente político está ficando maisfavorável para estas duas próximasinvestidas Tendo sucesso em em

preendêlas estou convencido de quepoderemos caminhar mais rápido e embreve sustentaremos taxas de cresci

mento superiores a 4 por muitos emuitos anos

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BRAZIL HAS AN OBSESSION WITH EXPORTS

By Fãbio Saraiva

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Longterm weatherfórecast 2002will bring storrns and turbulencebrought on by the Presidential elections But in spite ofthe many uncertainties industry is not closing itsdoors On the contrary the businesscornrnunity is taking on new initiatives evaluating its successes and recognizing its challenges In recentyeans teres no doubt that tece wereimportam advances which need to bepreserved such as monetary stability fiscal responsibility afloating exchange rate and the inflation targetregime But we must move forwardand carry out a tax reform that expanda the base andreduces rates andalsopromote whatlcall an obsession

O Papel What kind ofprofile should thenew President Nave in orderfor Brazilianindustry to growPiva He or she should be welldisposedtowardsprivate enterprise andrecognize thatBrazil is becoming part ofa globalized andmodern capitalism in which the principalinstrumentfor the generationofwealth jobsand technolovis theprivate company wellsupported by the State This implies fnallyaccepting the role ofindústry in Brazilsdevelopment andcreatingfavorable conditionsfor it toflourish andgrow overmany decadesThe terrible example ofArgentina shouldnterasefrom ourmemory andfrom the memoryof the next Brazilian President thefact thatthe deindustrialization of Argentina wasbrought about by thefundamentalistfury ofthe monetarists The result was the collapseof the entire economy ofthe country

O Papel What lesson can Brazil learn

from theArgentine crisis where economicgrowth depends on foreign investors andwhatlesson is therefor theFwvWorkl wherethese investor markets are concentrated

Piva For Brazil these is the lesson offiscal responsibility and the challenge ofreducing the use ofsavings deposits outsidethe country through a true obsession forexports and competitive substitution ofimports As for the First World the bestperson to respond to this guestion would besome international investor who loaned

their dollars to Argentina

with exports saya Horácio LaférPivaPresidentoftheFederation andoftheCenter oflndustries oftheState ofSãoPaulo FIESP CIESP

The movement that Piva calls the

obsession with exports has advanced through solid efforts to expandBrazilian exports lince only withstrong international presente willBrazil be recognizedfór its true economic potential A strong supporterofexcellence and an key agent ofdevelopment in the Brazilian pulp andpaper sector as a memberofthefámily that founded Klabin the man atthe headofFIESPCIESP also leads129 industrial associations represented by the body andfülly under

Thus I wouldntsay that the growth ofthecountry depends only onforeign investorsandFIESP is more than convinced that the

Brazilian business community has themanagement capacity to move Braziliandevelopment forward even if leveragedthrough alliances withforeign capital Thiswill take yeansIwould add that the term foreign investoris losing its specfc meaning lince in theglobalized would these are no foreignersThere is apermanentflow ofcapital goodstechnologies and labour under the supervision ofStates The Argentine crisis was almostentirelycreatedinternally andtheguiltyparties are not theforeign investors who aresuffering huge losses Justaskthe Spaniards

O Papel Has the Cardoso government supported the development ofBrazilian industryPiva We recognize that the absolute andalmostobseivepriority ofthe currentgovernment was to defend the stability of theczrrrencyand regain control overfiscalpolicyThe objectives ofgrowth and developmenthave remained secondary over these yeansAnd these have been some occasional mea

sures taken to defendsome sectors ofindustry especially against contraband andagainst the most abusive types ofdumpingBut on average industry has been ignoredfor too much and only in recent months hasthese been recognition ofthe urgent need tostimulate exports The government through

stands thatBrazil will notget to whereit wanta to be overnight

For Piva what is needed above

all is willpower something that appears to Nave been laçking in recentyears in the media industry hasbeen too much ignored and only inrecent months has the governmentbegun to look at our proposalsHowever in the fáce of the Argentine crisis the prospecta for a newgovernment and for the MA thePresidentofFIESPCIESP declareshimselfan optimist I dane say thatthe political environment is becoming morefávorablefor the next steps

carrying out tax reforms and expanding Brazilian exports

Hinister SérgioAmoral has begun to examine thepositions and complaints ofthe business community This examination continuesOur recurrent complaint is about the lackofa developmentpolicyforBrazil and againstthe blind hostïlity with which some segmentsof the government reject any suggestion ofindustrialpoliçy

O Papel Among Brazil industrial sectors which Nave had the most growth inthe last theee yeans and which Nave con

tracted the most in thisperiodPiva In the last theeeyeans the engines ofindustrial growth were the sectors oftransportation products 186 machinery154 and pulp and paper 106 Ingeneral after a long period of little or nogrowth the industrial sectors that tendto leadan economic recovery are those most sensitive to future economicprospects and çreditconditions which is exactly the casefor transportation products and machinery Alongwith these two factor was the significamczorency devaluation in 1999 whichfavoredexports and import substitutionIwould note that thepule paper andpaperboard sector has quickly eliminated its idlecapacity This is the principal reason it hasnot grown in 2001 With the maturation ofnew investments these will be room to re

sume its expansionThe negative sectors wereplastics and nonmetallic minerais The principal commonelement between them which pulled them

down was thepoorperformance ofthe construction industry Another factor was energy rationing with cement and glass production to nome just two ofits victims being especially hard hit

O Papel What were the impacs ofelectricity rationing on domestic productionand what was learnedfrom thisPiva The episode revealeda huge bureaucratic blunder anda good dose ofstubbornness FIESP began to warn the governinentabout the ïmminence ofan energy crisis inAugust of2X10 and was even supported inthis by the media A had no impact Only inApril of2001 did the governmentfinally realize that theee was no more water in the res

ervoirs This energy crisis according to thecalculation of Delfim Netto cost Brazilaround2 of its GDP in 2001 For the industries this meant a loss ofmany millionsofreais andconsiderable business Ofcoursetheee was no compensationProduction ofthe Brazilian manufacturingindustry greve by 63 in the first fivemonths of2001 beore the start ofrationing In the following seven months industrialproduction was 20 less than in thesameperiod oftheprevious year The slowdown was sudden and significant but theonly reason it wasntworse was because ofthe great capacity for adaptation ofindustrial managementA FIESP study showed the surprisingfinding that in thefirst months ofrationing industry in the State of São Paulo achievedsignificant gains in eficiency which enabled average energy savings of8 without reducing production I would add thatthis gain in eficiency is here to stay Anadditionalportion of the reduction in consumption carne from the use ofalternativeenergy sources even though ofpoorer guality such as diesel generatorsFinally it is dczilt to isolate lhe efect ofrationing on industry given the setofcrisesthat hit the economy over the period ofenergy rationing To cite just two examplesbasic interest rates increasedfrom 1675to 190annually and the economias oftheUS andArgentina our two largest tradingpartners suffered a slowdown

O Papel Ifyou had to argue that Brazilis prepared or unprepared for the MAon what wouldyou base your argumentsPiva At this moment we are unpreparedbecause ofa lack of basic data about ourown industrial and economic structure A is

said in FIESP CIESP that Brazil todaydoesnthave even one hundredpeople withthe professional gualifications to sit at thetable with the crack negotiators from theUSTR Ofice ofthe U S Trade Representative Canada or even Mexico This figurewould include the excellent diplomais fromItamaraty Ministry ofForeign Relationsbut theee are only a few and have three simultaneous meganegotiations to pursueMA WTO and the European UnionBut Brazil lias always shown a magic talentforagility and orce the emotions ofthePresidential succession this year are behind uswewill have 24 months tonegotiate theFTAAwith the 33 interested countries FIESP be

lieves that it will be possible to conduct afavorable negoiiation and intenda toparticipote in this However we would warn thatwithoutresolving the asymmetries that separate usfrom developed countries Brazil willbegin the game on a losing note

O Papel ManyBrazilian sectora have undergone restructuring and conaolidadonWhat do you think are theprincipal causesand effectsoftheseprocessesfórBrazifianindustryPiva Thegreatmotivation withoutadoubtis the achievementofgreater competitivenessand better positioning in their markets Togive oneexample in recentyears billions andbillions of dollars in foreign capital haveentered the country Large internationalgroups have established operations here andincreased theirparticipation in our economyWith lowcostcapital these groups have instigated competition in domestic marketsdemanding adaptation andrepositioning onthepartofBrazilian industry This movementis on top of the competition from importedproducts and resulted in Brazilian industryomsourcing oflabour adopting service activities as part of their core business andundertaking mergers and acguisitions Thismovement will likely continue given the highlevel ofattractiveness ofBrazilian companies and the large supply oflowcostcapitalin the developed country markets

O Papel For capital intenaive industriessuch as pulp and paper which generallydepend on financing and interestpocieswhat are the prospectafor 2002Piva We have our eye on internationalprices and on new markets In terras of interest rates I believe that rates will drop in2002 but only in 2003 will we be in a position to think about sustained growth with

greater fows of credit and a profile bettersuited to the sector

O Papel What is the importante ofsmalland mediumsized companies today in theBrazilian economic context how Nave they

been supported and what are the patha totheir developmentPivaFIESP lias madegreateforts towardsbringing thepointofview ofowners ofsmallandmediumsized businesses to governmentFor them the issue of interest rates for example is crucial We have achieved a reduction in interest rates although gradual andslow and we still have a long way to gothanks to the understandingofCentralBankPresidentArminio Fraga The issue of taxreform is also crucial to them And we havecreated an atmosphere sympathetic to thisreform in the National Congress

O Papel Ifin thepast exporting was seenas a bureaucraticprocess what is the situation now What is the statas ofexport creditPiva Theresno guestion thatgovernmentaltitudes have changed considerably interras ofexports especially thanks to Minister Sérgio Amaral And also because ofthe collapse in Argentina which broughtattention here in Brazil to our own serious

current account deficit We are aware thata country cannot become an exportingpower overnight and we know that everyyear of the next Presidential mandate inBrazil must be focused on our exportperformance We will need to workhard starting with export credits which are still weakand insufficient

O Papel Even being a country with oneofthe highest risk ratings in the world doyou believe Brazil has apromisingfuturePiva I am above all an optimist I recognize that some importantfoundationsforgrowth have been laid in recentyears suchas monetary stability fiscal responsibilityafloating exchange rate and the inflationtarget regime Theresno doubt that thesewere important achievements and need tobe preserved But we must moveforwardand carry out a tax reform that expandsthe base and reduces rates and we must

also promote whatl call an obsession withexports I dare say that thepolitical environment is becoming more favorable forthese two nextsteps Ifwe succeed in theseIm convinced that we can move forwardfaster andsoon have growth rates ofmorethan4for many many year

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