Movimento Modernista no Brasil Professora: Cleide Ximenis.

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Movimento Modernista no Brasil Professora: Cleide Ximenis

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Movimento Modernista no Brasil

Professora: Cleide Ximenis

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Contextualização

Século XX;período de progresso técnico (criação de

novas fábricas - aplicação do dinheiro obtido através do café);

O Brasil cresceu e alterou sua estrutura social.

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SEAMANA DE 22A Semana de Arte Moderna representou uma verdadeira renovação

de linguagem, na busca de experimentação, na liberdade criadora da ruptura com o passado e até corporal, pois a arte passou então

da Vanguarda, para o modernismo.

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A SEMANA DE ARTE MODERNA OCORREU EM UMA ÉPOCA CHEIA DE TURBULÊNCIAS POLÍTICAS, SOCIAIS, ECONÔMICAS E CULTURAIS.

ORIGENS...

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Novos Tempos – Novas Artes

Críticos e literários: Oswald de Andrade; Mário de Andrade;

Oswald de Andrade, em 1912, começa a falar do Movimento Futurista, de Marinetti, que propõe o “compromisso da literatura com a nova civilização técnica” e alerta para as valorização das raízes nacionais, que deve ser o ponto de partida para os artistas brasileiros.

Oswald de Andrade

Mário de Andrade

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Exposições de Pintura em São PauloA de Lasar Segall (1913);a de Anita Malfatti (1917) que

provocou uma grande polêmica com os adeptos da arte acadêmica;

o artigo de Monteiro Lobato para o jornal O Estado de São Paulo, intitulado “A Propósito da Exposição Malfatti”, na seção “Artes e Artistas” foi a reação mais contundente dos espíritos conservadores .

Lasar SegallAuto-retrato

Anita Malfatti

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Em Posição Contrária à Monteiro Lobato

Mário de Andrade;prefácio de “Paulicéia

Desvairada” (1922);almejava uma total liberdade

criadora para o artista, que ele não se sentisse cercado pelos limites da realidade;

defendia uma estética renovadora.

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O Expressionismo Brasileiro

O Brasil teve contato com Lasar Segall;estudou pintura na Alemanha,para onde

se mudara em 1906;em 1913, veio para o Brasil, onde realizou

uma exposição de sua pintura, já com nítidas características expressionistas;

um dos primeiros acontecimentos precursores da arte moderna no Brasil.

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Principais Características do Expressionismo

uso autônomo e direto das cores;corpos nus e não elegantes;figuras torcidas e retorcidas;tintas aplicadas diretamente nas telas;vôo da imaginação;representação dos sonhos e pesadelos.

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“Duas Mulheres”, Lasar Segall (1919)

Desenho anguloso;

cores fortes;procura

expressar os sentimentos humanos.

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“Interiores Pobres”, Lasar Segall (1921)

Desenhos angulosos;

expressão dos sentimentos.

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“Bananal”, Lasar Segall (1927)

Em 1924, retorna ao Brasil; temática brasileira: mulatas,prostitutas e marinheiros; paisagens: favelas e bananeiras.

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O ambiente artístico renovado pela Semana de Arte Moderna de 1922 e as cores e a luminosidade tropicais inspiram sua pintura, cuja temática envolve a guerra, a questão judaica, os trabalhadores, as prostitutas e a vida dos emigrantes.

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“Paisagem Brasileira”, Lasar Segall (1925)

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‘Navio de Emigrantes”, Lasar Segall (1941)

1936/1950;sua pintura

volta-se para temas humanos e universais, sobretudo para o sofrimento e a solidão.

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Semana de Arte Moderna (13,15 e17 de fevereiro de 1922)

Teatro Municipal de São Paulo;no interior do teatro foram apresentados

concertos e conferências;no saguão foram montadas exposições de

artistas plásticos;arquitetos: Antonio Moya;escultores: Vítor Brecheret;desenhistas e pintores: Anita Malfatti, Di

Cavalcanti, John Graz, e Vicente do Rego Monteiro.

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Anita Malfatti (1896-1964)

Teve grande importância nos movimentos que antecederam o Movimento Modernista no Brasil de 1922;

em 1912 foi para a Alemanha (Academia de Belas Artes de Berlim);

em 1914, volta ao Brasil e realiza sua primeira exposição individual (1914);

em 1917, realiza sua exposição mais famosa;provocou o artigo de Monteiro Lobato.

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“A Estudante Russa” Anita Malfatti (1915)

A arte De Anita Malfatti aponta para novos caminhos, principalmente para os novos usos da cor.

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“O Homem Amarelo” Anita Malfatti (1915)

“Os objetos se acusam só quando saem da sombra, isto é, quando envolvidos em luz (...). Nada neste mundo é incolor ou sem luz”.

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“A Boba”, Anita Malfatti

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Emiliano Augusto Cavalcanti De Albuquerque Melo Di Cavalcanti (1897-1976)

Um dos grandes incentivadores da Semana de Arte Moderna de 1922;

entre 1935 e 1940, viveu na Europa, onde esteve em contato com os artistas mais notáveis da época;

na década de 40 sua arte estava amadurecida e conquistou definitivamente seu espaço na pintura brasileira.

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“Mulata com Leque” Di Cavalcanti (1937)

Foi influenciado por Picasso, Gauguin, Matisse e Braque;

foi capaz de transformar essa influência numa produção muito pessoal e associada aos temas nacionais.

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“Cenas da Bahia”, Di Cavalcanti

Presença da mulata, uma espécie de símbolo de brasilidade;

um admirável elemento plástico.

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“Mocinha na Janela”, Di Cavalcanti

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“Mulheres”, Di Cavalcanti

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“Roda de Samba”, Di Cavalcanti

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“Mulata”, Di Cavalcanti

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“Moças de Guaratinguetá”, Di Cavalcanti

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“Nascimento de Vênus” Di Cavalcanti (1951)

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“Pescadores”, Di Cavalcanti (1951)

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Vicente do Rego Monteiro (1899-1970)

Natural de Recife;aos 12 anos foi para a Europa estudar pintura;aos 14 anos participava do Salão dos

Independentes, em Paris;voltou ao Brasil em 1917, e em 1922 participou

da Semana de Arte Moderna com 10 trabalhos;suas obras foram consideradas como as

primeiras realizações de um artista brasileiro dentro da estética cubista.

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“A Mulher”, Vicente do Rego Monteiro

Cubismo estilizado;desenho aprimorado;simplicidade e segurança

do traço, fazem com que com 3 ou 4 linhas sugira uma figura humana;

simetria na composição.

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“Pietá”, Vicente do Rego Monteiro (1966)

A simetria de suas composições é o resultado de uma extraordinária forma de matizes inspirados na arte indígena e na cerâmica marajoara;

todos esses detalhes formam o belo, estranho e misterioso escorço nas composições equilibradas;

limpeza marcante.

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“Crucificação”, Vicente do Rego Monteiro

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“Paisagem de Espanha”, John Graz

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Tarsila do Amaral (1886-1973)

Não expôs na Semana de 22;em 1923, na Europa, passou pela

influência Impressionista e encontrou o Cubismo;

ligou-se a importantes artistas europeus: Léger, Picasso, De Chirico, Brancusi etc;

em 1924, estava no Brasil e deu início a fase que ela chamou de pau-brasil;

em 1928, deu início à fase antropofágica.

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Características da Fase Pau-Brasil

Cores caipiras: rosa e azul;a estilização geométrica das frutas e

plantas tropicais, dos caboclos e negros, da melancolia das cidadezinhas;

tudo isso enquadrado na solidez da construção cubista.

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Fase Antropofágica

A teoria antropofágica propunha que os artistas brasileiros conhecessem os movimentos estéticos modernos europeus, mas criassem uma arte com feição brasileira;

para ser artista moderno no Brasil, não bastava seguir as tendências européias, era preciso criar algo enraizado na cultura do país.

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“Abaporu”, Tarsila do Amaral (1928)

Tela cujo nome é de origem indígena e significa “antropófago”;

foi a partir dessa tela que Oswald de Andrade elaborou o Manifesto Antropofágico, publicado no primeiro número da Revista de Antropofagia, em 1928.

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“Operários”, Tarsila do Amaral (1931)

Temática social, depois de uma viagem à União Soviética em 1931.

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“O Mamoeiro’, Tarsila do Amaral

Fase Pau – Brasil;solidez da

construção cubista.

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“Vendedor de Frutas”, Tarsila do Amaral

Fase do Pau - Brasil

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A Escultura Brasileira

Na década de 20; as esculturas brasileiras ganharam um

aspecto mais moderno;afastaram-se da imitação de um modelo

real;ganharam expressão por meio de

volumes geometrizados.

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Escultor Brasileiro

Vítor Brechret (1894-1955);estudou no Liceu de Artes e Ofícios de

São Paulo;em 1913 foi para Paris, aperfeiçoa-se em

escultura;em 1916, participou da Exposição

Nacional de Belas-Artes, em Roma;em 1919, volta para o Brasil.

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“Tocadora de Guitarra” Brecheret

Peça em mármore;de pequeno tamanho:

86 cm.

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“Monumento às Bandeiras” Parque do Ibirapuera , São Paulo

Escultura em granito com 50m de comp.,16 de larg. e 10 de alt.;

é composta de 37 figuras; iniciada em1936 e concluída em 1953.

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“Luta dos Índios Kalapalo” ,Brecheret (1951) - Bronze

Expressão por meio de volumes geometrizados;

delimitado por linhas sintéticas;

poucos detalhes.

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“Virgem Oriental”, Brecheret (c.1930)

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“Monumento à Caxias”, Brecheret