MÚSICOS, FATOS -...

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REVISTA MENSAL DO JAZZ – POR PEDRO CARDOSO E (†) LUIZ CARLOS ANTUNES EDIÇÃO Nº 102 – NOVEMBRO/2014 PÁGINA 1 DE 6

MÚSICOS, FATOS & CURIOSIDADES • Nº 102 • NOVEMBRO 2014

CHARLIE PARKER: GLÓRIA MUSICAL, ABISMO

PESSOAL - 10ª PARTE

22. BIBLIOGRAFIA

É muito difícil folhear qualquer trabalho escrito sobre JAZZ sem encontrar referências a Parker. Porisso decidimos utilizar e indicar os livros que tratam exclusivamente desse músico e, também, aqueles que não sendo totalmente sobre Parker contêm material significativo para definir a obra, o homem, o estilo (“Bebop”) e a época. A todos esses Autores agradecemos por seus livros / artigos, indispensáveis para nossas pesquisas e bibliotecas. Tal como no caso da “Discografia”, mais uma vez, o Leitor terá que munir-se de boa dose de paciência e espírito de “caçador” nas livrarias, sebos e Internet. i JAZZ MASTERS OF THE FORTIES, Ira Gitler, USA, 1956, tendo como principal capítulo excelente

roteiro sobre a vida de Parker e a seqüência cronológica de algumas de suas gravações. ii. A HISTÓRIA DO JAZZ, Barry Ulanov, Brasil (original americano), 1957, nas páginas 325-355

descreve a época, cita os músicos, foca Parker e transcreve partes do artigo de Lennie Tristano para a revista “Metronome”, em que esse mago do teclado define o Bebop.

iii. BIRD: THE LEGEND OF CHARLIE PARKER, Robert George Reisner, USA, 1962, com texto sobre a vida e a obra de Parker, seguido de depoimentos de cerca de 80 pessoas que conviverem com o músico, trazendo a lenda para a órbita do real. Destaques para os depoimentos de Art Blakey, Miles Davis, Kenny Dorham, Billy Eckstine (“Mr. B”), Dizzy Gillespie, Earl Hines, Duke Jordan, Howard McGhee, Jay McShann, Addie Parker (mãe), Doris (ex-esposa), Tommy Potter, Max Roach, Sonny Stitt e Lennie Tristano. iv. A HISTÓRIA DO JAZZ, Marshall Stearns, Brasil (original

americano), 1964, mostra todo o cenário do Bebop e de Parker (páginas 232-256), escrito por um mestre do assunto JAZZ.

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v. BIRD LIVES, Ross Russell, USA, 1972, ainda que um pouco romanceada, transcende a importância de simples biografia, já que o Autor foi produtor discográfico de Parker (leia-se “Dial Records”). Em seu último capítulo e com felicidade intitulado “Coda”, Russell descreve as peripécias jurídicas ocorridas após a morte do músico, com 03 esposas (Geraldine, Doris, Chan) lutando pelo controle dos direitos autorais sobre sua obra - em 17/10/1962 foi celebrado acordo entre as partes no Tribunal.

vi. O JAZZ DO RAG AO ROCK, Joachim E. Berendt, Brasil (original ale-

mão), 1975, apesar da absurda e imprópria tradução do título (nada com o Autor) é obra indicada sobre o assunto Parker: Capítulo 1 - Os Estilos do Jazz/Bebop, Capítulo 2 - Os Músicos do Jazz/Charlie Parker e Dizzy Gillespie(muito bom) e Capítulo 9 - Os Combos do Jazz/Bop e do Cool. Em 2007 a obra foi ampliada (o livro de Joachim-Ernst Berendt foi desenvolvido ao longo de 05 décadas a partir de 1953 e devidamente co-autorado por Günther Huesmann) e agora em 2014 recebeu excelente tradução (e complementos) sob o título “O Livro do Jazz – De Nova Orleans ao Século XXI”, 638 páginas. Dele destacamos o seguinte trecho: “No fim dos anos 1970, o novo bebop se tornou uma execução dominante e, no classicismo dos anos 1980 e 1990, ele se tornou tão determinante que passou a ser confundido com o jazz em geral. As composições de Charlie Parker são mais tocadas pelos jovens músicos de hoje do que nos anos de 1950. Desde o fim dos anos de 1980, vem ocorrendo um renascimento do bebop por meio de inúmeros relançamentos. Por mais que esses jovens músicos se diferenciem em seu fraseado, todos estão de acordo com o que disse Steve Reich sobre Charlie Parker - É como se perguntassem o que se acha de Johann Sebastian Bach = ele é simplesmente o padrão com o qual todos têm de medir.”

vii. THE MAKING OF JAZZ - A COMPREHENSIVE HISTORY, James Lincoln Collier, USA, 1978, com

capítulo “Charlie Parker - An Erratic Bird In Flight” (páginas 362-376) é tão real quanto humanamente emocionante.

viii. GRAN ENCICLOPEDIA DEL JAZZ, Editora SARPE, Espanha, 1980, verbete de 07 páginas sobre a

vida e a música de Parker, um dos melhores constantes de enciclopédias. ix. PARKERIANA, Ross Russell, França, 1980, artigo para o número de março da revista “Jazz

Magazine”, importante pelos detalhes e entristecedor pelas trágicas fotos de um Parker terminal.

x. TO BIRD WITH LOVE, Francis Paudras / Chan Parker, USA, 1981 (reeditado em 1994), edição

luxuosa com panorama fotográfico da vida de Parker. Lembramos que o Autor Francis Paudras (suicidou-se em 27/11/1997, aos 62 anos), foi o grande apoio pessoal de Bud Powell na França, devidamente historiado no também clássico e luxuoso livro “LA DANSE DES INFIDÉLES”, 1986, desse Autor, obra prima em preto-e-branco que deu a partida para o roteiro do filme “Round Midnight” de Bertrand Tavernier, indicação de Oscar de Melhor Ator (Dexter Gordon) e Oscar de Trilha Sonora (Herbie Hancock) em 1986.

xi. A HISTÓRIA DO SAX, Roberto Muggiati, Brasil, 1982, encarte da revista “Somtrês”, traça perfil

de Parker (páginas 17-21), com referências precisas a alguns de seus clássicos (“Ko-ko” e “Warming Up A Riff”). O Autor aproveitou o texto em livro com maior fôlego (“Jazz - Uma História Em Quatro Tempos”, 1985).

xii. O QUE É O JAZZ, Roberto Muggiati, Brasil, 1983, fornece nas páginas 71-84 um bom e conciso

roteiro do “Bebop”, de Parker e da época. xiii. OBRAS PRIMAS DO JAZZ, Luiz Orlando Carneiro, Brasil, 1986, tem suas páginas 52-56 como

leitura obrigatória. . xiv. CELEBRATING BIRD: THE TRIUMPH OF CHARLIE PARKER, Gary Giddins, USA, 1987, editado em

conjunto com vídeo de mesmo título. Vida, obra e mini-discografia de Parker, com bom material fotográfico, seguramente fonte de inspiração para Clint Eastwood costurar o roteiro do longa-metragem “Bird” (Malpaso Productions, 1989, com soberbo trabalho de Lennie Niehaus na trilha sonora).

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xv. DICTIONNAIRE DU JAZZ, Philippe Carles / André Clergeat / Jean-Louis Comolli, França, 1988,

contem verbete muito bem elaborado sobre Parker (páginas 919-921): vida, bibliografia, discografia.

xvi. DIZZY GILLESPIE - LIFE & TIMES, Barry McRae, Inglaterra, 1988, é importante e, logicamente

multiplica em suas páginas as referências a Parker, enquanto “parceiro” de Gillespie. Especial destaque para os capítulos 2 (“Up On Teddy’s Hill”, páginas 22-33) e 3 (“52nd Street Theme”, páginas 34-41).

xvii. JAZZ HOT ENCYCLOPÉDIE - BEBOP, Jacques B. Hess, França, 1989, é obra bem estruturada,

com capítulo especial sobre Parker (páginas 58-67). xviii. HISTORIA SOCIAL DO JAZZ, Eric J. Hobsbawn, Brasil (original inglês), 1990, aborda muito bem

no capítulo “Transformação” (páginas 85-101) a transição “pós-swing”. Infelizmente a edição nacional não contem todo o original (melhor consultar a edição italiana “Storia Sociale Del Jazz”, Itália, 1982).

xix. OS GRANDES CRIADORES DO JAZZ, Gérald Arnaud / Jacques Chesnel, Portugal (original

francês), 1991, é material importante. Parker é focado (páginas 112-114) com maestria e com o reconhecimento devido a um mestre maior.

xx. MILES DAVIS, A AUTOBIOGRAFIA, Miles Davis / Quincy Troupe, Brasil (original americano),

1991 - Em 28/09/91 e após o lançamento da edição nacional Miles Davis faleceu. Há que descartar-se do texto o excesso gratuito de palavrões, assim como o esforço da página 104 ao afirmar que, realmente, Miles participou das trocas de solos de trumpete com Gillespie e Fats Navarro na gravação de “Overtime” (gravação no início de 1949, destinada aos ganhadores do “Metronome Pool” de 1948). Não há dúvida de que Miles sola no início da faixa (“ensemble”), mas o que se ouve na troca de “choruses” são músicos de possantes registros agudos (Dizzy e Fats). Ainda assim e com certeza o livro é importante, pelos detalhes do relacionamento com Parker e pelo quadro da época.

xxi. O MUNDO DO JAZZ, Jim Godbolt, Portugal (original inglês), 1992, traz no capítulo “A Revolução

do Bebop” (páginas 118-135) um bom quadro de época com ênfase para a clara importância de Parker no movimento iniciado nos anos 40 e que permanece vivo pela influência parkeriana nos músicos posteriores.

xxii. JAZZ, HISTORY / INSTRUMENTS / MUSICIANS / RECORDINGS, John Fordham, Inglaterra, 1993, é

livro digno da importância da “arte popular maior do século XX”. O capítulo 3 (“Jazz Giants”) é aberto com homenagem fotográfica a Parker, que recebe ainda capítulo especial às páginas 110-111 com indicação de sua importância na definição do estilo, com o autor afirmando com bastante razão que “sua influência sómente pode ser comparada à de Louis Armstrong”.

xxiii. CANTINHO DO JAZZ, coluna semanal de Pedro Cardoso no “Caderno de Cultura” do Jornal

Hoje em Dia, Belo Horizonte/MG, edições de 22/06, 29/06 e 06/07/1994, com resumo sintético sobre vida / obra de Parker.

xxiv. THE COMPLETE CHARLIE PARKER ON VERVE, Phil Schaap, USA, livreto que acompanha o

estojo com 10 CD’s da série de mesmo título, introdução de Dizzy Gillespie e biografia resumida de Parker.

xxvi. MASTERS OF JAZZ, Alain Tercinet, França, cujos encartes da coleção de CD’s iniciada em 1995

com o volume 1-2(CD duplo) “Young Bird”, francês/inglês, são preciosidades de texto. xxvi. ELS 25 GRANS DEL JAZZ, Miguel Jurado, Espanha (texto em catalão), 1995, páginas 157-162

com resumo direto e preciso sobre Parker.

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xxvii. CHARLIE PARKER - 40 ANNI DOPO, Stefano Zenni, Itália, 1995, ótimo encarte (como sempre) da revista italiana “Musica Jazz”, muito importante como documento do músico, do “Bebop” e da época.

xxviii. CHARLIE PARKER, Esther Bubley (texto de Hank O’Neal), França, 1995, notável trabalho

fotográfico em 159 luxuosas páginas sobre a sessão de gravação para a Verve/Norman Granz na 1ª quinzena de junho/1952 (vide CD n° 8 do estojo “The Complete Charlie Parker On Verve”). O “time” de astros na ocasião por sí justificaria um poster eterno, mas o trabalho de Esther Bubley é antológico e perpetua Parker / Benny Carter / Johnny Hodges (03 saxes-alto), Joe “Flip”Phillips / Ben Webster (02 saxes-tenor), Charlie Shavers (trumpete), Barney Kessell (guitarra), Oscar Peterson (piano), Ray Brown (contrabaixo) e J. C. Heard (bateria).

xxix. BIRDS’ DIARY - THE LIFE OF CHARLIE PARKER 1945/1955, Ken Vail, Inglaterra, 1996, é o que

há de melhor sobre o dia-a-dia de Parker, com documentos, fotos e informações de época. Na mesma linha o Autor preparou os “diários” de Miles Davis e de Billie Holiday.

xxx. OS GRANDES DO JAZZ, Ediciones del Prado, Brasil (original espanhol), 1996, 3° Volume, páginas

61-84, é um bom roteiro biográfico e discográfico de Parker, apesar da péssima tradução. xxxi. THE CHRONICLE OF JAZZ, Mervyn Cooke, Inglaterra, 1997, é obra de fôlego e requintada,

leitura obrigatória das páginas 108 a 125 (com um final bem apresentado “1950 - Parker In Scandinavia”).

xxxii. A CENTURY OF JAZZ - A HUNDRED YEARS OF THE GREATEST MUSIC EVER MADE, Roy

Carr, Inglaterra, 1997, dedica capítulo especial ao “Bebop” (páginas 58-73), com luxo e belo trabalho iconográfico.

xxxiii. CHARLIE PARKER, Christian Gauffre / Jean-Louis Chautemps, França, 1997, coleção VADERETRO

(associada à revista Jazz Magazine), 112 páginas ricas em detalhes da vida e da música de Parker. Excelente material fotográfico e mini-discografia acompanhados por 01 CD (gravações 1944/46).

xxxiv. TRIBUTO AO SÉCULO XX - JAZZ, Luiz Carlos Antunes, Brasil, 1999, com narração

escorreita e direta da revolução do Bebop, nas páginas 180-182.

xxxv. CHARLIE PARKER, Carlos Calado, Brasil, 2007, volume 4 da “Coleção Folha Clássicos do Jazz”, total de 60 páginas e CD com 09 faixas.

xxxvi. JAZZ - LA HISTORIA COMPLETA, 16 autores, Espanha, 2007, obra com 528 páginas, das quais destaque para Parker como “Artista Chave” (paginas 180 a 183) dentro do capítulo “El Bebop y el Nacimiento del Cool”.

xxxvii. HISTORIA DEL JAZZ MODERNO (sequência da obra do mesmo autor HISTÓRIA DEL JAZZ CLASICO), Frank Tirro, Espanha, 2007, tradução de original americano de 1993, 300 páginas, com destaque para Parker em diversos capítulos, mas com texto definitivo nas páginas 40/41 em que cita Leonard Feather: “Charlie Parker es uno de los escasos jazzmen que há aportado dignidade y significado a la palavra gênio, vocablo del que tanto se há abusado. Parker optó por dedicar su existência a la traducción de todo cuanto veia y oia a términos de beleza musical. Si bien fueron sua inspiración, su alma y su calidez las que le convertieron em celebridade internacional, y a pesar de que era um musico de escasa educación formal, Bird fue tambén un artista de apabullante capacidade técnica, un rápido lector de musica y un compositor y arreglista de envergadura...........Al dotar a la improvisación de nuevas cotas de madurez, Parker ejerció una influencia inestimable sobre los músicos de jazz en general, con indiferencia del instrumento que tocasen. A partir de la segunda mitad de los años cuarenta, ningún jazzmen del mundo pudo obviar por entero su influencia; sua obra estableció nuevos parâmetros a todos los niveles: armónicos, tonales, rítmicos y melódicos. En sus grabaciones, Bird sigue vivo.

xxxviii. GIGANTES DO JAZZ, Josep Ramon Jove, Espanha, 2012, com longo e especial capítulo sob o título “Charlie Parker” (dividido em “Infancia en Kansas City”, “Al Borde del Drama”, “Um Lugar

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en la Scena del Jazz”, “Volviendo a las Jam Sessions”, “Las Nuevas Ideas de Bird, “La Desesperación y la Tristeza”, “Instabilidad Familiar” e “La Última Sonrisa”), nas páginas de 126 até 151 que incluem algum material fotográfico.

xxxix. CHARLIE PARKER, Ken Driden, Brasil, 2012, volume 12 da série “Mitos do Jazz” da “Abril Coleções”, total de 42 páginas e CD com 15 faixas.

23. FILMES E VÍDEOS

O material disponível sobre Parker é escasso, considerando-se que apenas 02 (dois) “takes” ao vivo foram preservados: (a) um deles em New York a 24/02/1952 (Dumont TV Network, programa apresentado por Earl Wilson e tendo como “Mestre de Cerimônias”, naquela ocasião, Leonard Feather), com a entrega do prêmio “Down Beat” de 1951 (Parker mais Gillespie e “cozinha”, composta por Dick Hyman / piano, Sandy Block / contrabaixo e Charlie Smith / bateria), repetido à exaustão em tantos e tantos documentários; (b) o outro é parte do filme-documentário idealizado por Norman Granz (1950), com Coleman Hawkins / sax-tenor, Hank Jones / piano, Ray Brown / contrabaixo e Buddy Rich / bateria. Todavia, as gravações de Parker foram largamente aproveitadas em trilhas sonoras de filmes. Para esse trabalho buscamos relacionar o que há de mais representativo e, mais uma vez, os interessados terão que possuir férrea disposição para garimpar o mercado. i. JIVIN’ IN BE-BOP, USA, 1947, Leonard Anderson, trilha sonora com Parker em “Shaw’ Nuff” e

“Ornithology”. ii. JATP (“Jazz At The Philharmonic”), USA, 1950, Gjon Mili, trilha sonora com Parker executando

diversos temas. Esse foi o filme que Norman Granz idealizou, mas que não chegou a ser realizado, sendo preservado sómente algum material (o “take” referido acima que pode ser visto via internet, negativos, fotos e as 02 faixas indicadas em 1950, 2º semestre). Da mesma forma essa atuação de Parker pode ser apreciada no DVD duplo, Norman Granz, 2007, “IMPROVISATION”, com essa sessão de 1950 (Parker e Coleman Hawkins), seguida de diversos filmes (Lester Young, Duke Ellington, Count Basie, Joe Pass, Ella Fitzgerald, Oscar Peterson e outros). É documento imperdível, tanto pelo que nos delicia com Charlie Parker quanto pelas presenças de diversos ícones do Jazz, em plena forma, além das entrevistas sobre Charlie Parker.

iii. STAGE ENTRANCE, USA, 1951, Bill Seasman, é o filme que contem a entrega do “Down Beat”,

descrito anteriormente. Parker / Gillespie e “cozinha” executam “Hot House” (paráfrase de “What In This Thing Called Love?”).

iv. THE CONNECTION, USA, 1961, Shirley Clarke, trilha sonora com Parker em “Marmaduke”. v. AM RANDE / ON THE BRINK, Suissa, 1963, Ferry Radax, trilha sonora com temas de Parker. vi. LE SOUFFLE AO COER / DEAREST LOVE, França / Itália / Alemanha, 1971, Louis Malle, trilha

sonora com Parker em temas. vii. THE LAST OF BLUES DEVILS, USA, 1974/1979, Bruce Ricker, extraordinário vídeo com

participações de Jay McShann, Count Basie e outros, que além de relembrarem muito da história dos JAZZ em Kansas, passeiam por etapas da vida de Parker.

viii. NEXT STOP, GREEWICH VILLAGE, USA, 1975, Paul Mazursky, tema de Parker, “Confirmation”. ix. SOURCERER / WAGES OF FEAR, USA, 1977, William Friedkin, Parker na trilha sonora com o tema

“I’ll Remember April”. x. PASSING THROUGH, USA. 1977, Larry Clark, temas de Parker na trilha sonora. xi. MASK, Inglaterra, 1981, Ernesto Rimoch, composições de Parker.

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xii. A COR DO DINHEIRO (The Color Of Money), USA, 1986, Martin Scorsese, 120 minutos, longa metragem com Paul Newman (“Oscar”) e Tom Cruise vivendo o mundo da “sinuca” (modalidade “Bola 9”); Parker na trilha sonora com o clássico “I’ll Remember April” de Don Raye / Gene De Paul / Pas Johnston. Este longa metragem é continuação de outro, “Desafio à Corrupção (“The Hustler”), USA, 135 minutos, também com Paul Newman (indicado para o “Oscar”), 1961, Robert Rossen na direção, então com destaque para Phil Woods na trilha sonora. xiii. CELEBRATING BIRD: THE TRIUMPH OF CHARLIE PARKER, USA, 1987, Gary Giddins, vídeo

lançado com o livro do mesmo nome e trilha sonora com Parker em vários temas. xiv. THE BIRD - CHARLIE PARKER, França, 1987, Jan Horne, participação da 4ª esposa, Chan Parker

e filmado quase que inteiramente no interior da França (Champmotleux). Distribuido no Brasil pela Vídeo Cultura (TV-Cultura/São Paulo), com 56 minutos de duração.

xv. BIRD, USA, 1988, Clint Eastwood, é o já clássico longa-metragem da Malpaso (produtora de

Clint), roteiro não-linear como no JAZZ (tema, improvisação, volta ao tema etc) e trabalho extraordinário de Lennie Niehaus na trilha sonora – permanente parceiro musical de Clint Eastwood como em outros longas para a Malpaso. Niehaus “isolou” os solos de Parker e adicionou-lhes a companhia de músicos atuais.

xvi. DIZZY GILLESPIE, curta de 24 minutos dirigido por

Janice Sutherland para a série “Jazz Heroes”, 1998, com participação de diversos músicos (entre eles Jon Faddis) e do escritor / musicólogo James Lincoln Collier. Nesse filme é repetida a cena de Parker / Gillespie recebendo o “Down Beat” em 1952, incluida também nos filmes / vídeos iii, vii, xiii e xiv indicados anteriormente, mas aquí com excelente exposição dos músicos sobre como a dupla desenvolve o tema, improvisa e “liga” os solos.

O mais importante e didático dos documentários é a abordagem sobre o ponto de vista musical.

xvii. JAZZ, série de Ken Burns, 2000, bastante centrada na figura de

Parker nos episódios “7” (“Swinging With Change”), “8” (“Dedicated To Chaos”) e “9” (“Risk”). Mesmo tendo a série algumas graves lacunas (a visão do Autor é a de um magnífico “Historiador”, nem por isso um versado em JAZZ), louve-se o que é dedicado a Parker.

xviii. THE FOUNDING FATHERS OF BE BOP, filme da EFOR FILMS na série “Stars Of Jazz”, 2004,

Espanha, sem informações sobre a produção. Cerca de 30 minutos com Parker e Gillespie recebendo o “Down Beat” de 1952 (vide iii, vii, xii, xiii e xv) mais 08 faixas com Gillespie e sua orquestra e 01 faixa com Gillespie em quinteto.

Na próxima “Revista Mensal do Jazz” nº103, dezembro/2014,

prosseguiremos com a XIª Parte da série “Charlie Parker - Glória Musical, Abismo Pessoal”.