Mundo Geo 76

62

Transcript of Mundo Geo 76

Page 1: Mundo Geo 76
Page 2: Mundo Geo 76
Page 3: Mundo Geo 76
Page 4: Mundo Geo 76
Page 5: Mundo Geo 76
Page 6: Mundo Geo 76

Painel OGC Diretor do Open Geospatial Consortium apresenta os projetos do OGC

57

SUMÁRIO

Colaboraram nesta edição:André Luiz dos Santos Furtado, Arlete Aparecida Correia Meneguette, Célia Regina Grego, Cristina Aparecida Gonçalves Rodrigues, Floriano Peixoto, João Francisco Galera Monico, José Augusto Sapienza Ramos, Louise Friis-Hansen, Rovane Marcos de França, Trevor Taylor, Wilson Anderson Holler

Acesse artigos complementares na revista online

Editorial

Web

Seção do Leitor

Navegando

Lançamentos

Location Intelligence

VANTs & Drones

OnLine

Guia de Empresas

81416182236405860

www.mundogeo.com

Entrevista Ryan Johnson, Presidente e CEO da BlackBridge

10

Latitude O fator humano: da Universidade para o Mercado

12

Capa Três dias imperdíveis em São Paulo!

De 7 a 9 de maio será realizado o MundoGEO#Connect LatinAmerica 2014, com quase 30 atividades. Conheça as vantagens em participar de cursos, debates, seminários e workshops presenciais e defina sua agenda!

24

Agropecuária Mapeamento da pecuária e a pastagem no oeste do Estado de São Paulo

48

Laser Scanner 3D A Nuvem de Pontos em arquivo - Parte 2

52

Painel FIG Conheça a Federação Internacional de Agrimensores (FIG)

56

TI+GEO A crise da informação geográfica

38

GeoQuality Landsat 8 comemora um ano de vida

42

VANTs Saiba como diferenciar os tipos de veículos aéreos não tripulados disponíveis no mercado

44

Alta Acurácia RTK: Infraestrutura para avaliação da qualidade em diversas condições

46

GeoIncra Fragmentação desordenada da zona rural e suas consequências

54

EntrevistaRyan Johnson,

Presidente da

BlackBridge

VANTs & Drones

Conheça as opções

de veículos e

escolha o seu

FavelizaçãoA fragmentação

desordenada das

zonas rurais

Laser Scanner 3D

A exportação de

dados e a limitação

de hardware

Por que participar do

MundoGEO#Connect?

Comparar produtos e serviços

Ampliar conhecimentos e rede

de contatos

Conhecer as tendências do

mercado

Qualificar a tomada de decisão

Três dias imperdíveis

em São Paulo!

RTK POSTO À PROVA

Avaliação da

qualidade dos dados

em diversas

condiçõesTI+GEOA crise em que

se encontra a

Informação

Geográfica

PASSO A PASSO

Integração:

Google Maps

Engine Lite e novo

Google Maps

AGROPECUÁRIA

Dados emapeamento

para a tomada

de decisão

EDIÇÃO 76 | ANO 16 | JANEIRO E FEVEREIRO DE 2014

LatinAmerica 2014

Adquiraduas atividades

no evento eganhe a terceira.Vagas limitadas!

Edição 76 | Ano 16 | Janeiro & Fevereiro | R$ 25,00

13 Cursos e Treinamentos,

7 Seminários e diversos

eventos especiais e workshops:

você define sua agenda!

Visitação gratuitana feira!

Passo a Passo Integração entre o Google Maps Engine Lite e o Novo Google Maps

34

Page 7: Mundo Geo 76

skydrones

Page 8: Mundo Geo 76

8 MundoGEO 76 | 2014

Revista MundoGEOPublicação bimestral - ano 16 - Nº 76Diretor e Publisher | Emerson Zanon Granemann | [email protected] Editor | Eduardo Freitas | [email protected] Editorial | Alexandre Scussel | [email protected]ários | Ivan Leonardi | [email protected] | Fabricio Hein [email protected] de TI | Guilherme Vinícius Vieira | [email protected] | Jarbas Raichert Neto | [email protected] | Bruno Born | [email protected] e assinaturas | Thalita Nishimura | [email protected] Dienifher Gonçalves | [email protected]ção | Eloísa Stoffel Eisfeld Rosa | [email protected] Gráfico e Editoração | O2 Design | [email protected] e Impressão | Maxigráfica

MundoGEOwww.mundogeo.com | Fone/Fax (41) 3338-7789Rua Doutor Nelson Lins d’Albuquerque, 110 - Bom RetiroCuritiba – PR – Brasil – 80520-430

Todas as edições da Revista MundoGEO estão online no Portal MundoGEO. O material publicado nesta revista só poderá ser reproduzido com autorização expressa dos autores e da MundoGEO Ltda. Todas as marcas citadas nesta publicação pertencem aos respectivos fabricantes. O conteúdo dos anúncios veiculados é de responsabilidade dos anunciantes. A editora não se responsabiliza pelo conteúdo dos artigos assinados. Edições avulsas da Revista MundoGEO estão disponíveis para compra no Portal MundoGEO.

A máxima de que o Facebook “aproxima quem

está longe e afasta quem está perto” vale também

para os congressos, workshops, feiras e similares.

Hoje, tecnologias como webinars, teleconferências,

hangouts e – quem sabe num futuro próximo – en-

contros em ambientes de realidade virtual nos aju-

dam a ter contato com um número cada vez maior

de pessoas e obter conhecimento de forma mais

rápida e ágil, porém ainda não inventaram nada que

substitua o “olho no olho” de um encontro pessoal.

Algumas vezes já ouvi – nos vários eventos que já

participei – frases do tipo “achei que você era mais

alto” ou “no vídeo você parece mais extrovertido”,

o que me deixa cada vez mais convencido de que

os encontros presenciais ainda são – e serão por

vários anos - a principal forma de fortalecer nossa

rede de contatos e conhecer de perto as novidades

tecnológicas. Afinal, de que outra forma podemos

tomar um chopp com os colegas de profissão e co-

mentar tudo que foi visto no fim de um longo dia de

palestras, workshops e visita a uma feira do setor?

Outra grande vantagem dos encontros presen-

ciais é o foco. Afinal, no dia a dia é possível participar

de eventos virtuais, mas geralmente isto é feito du-

rante o expediente, no próprio ambiente de traba-

lho, o que gera distrações. Por outro lado, quando

saímos de nossa rotina e viajamos – mesmo que seja

dentro da nossa própria cidade – para participar de

um evento, nossa atenção se volta totalmente para

aquela atividade e – finalmente – conseguimos focar

naquilo que estamos interessados.

CONECTE-SE! EXPERIMENTE!Em 2014, o grande encontro de geotecno-

logia vai acontecer de 7 a 9 de maio no Centro

de Convenções Frei Caneca, em São Paulo (SP).

O MundoGEO#Connect LatinAmerica vai contar

com mais de 30 atividades - entre os mini-cursos,

seminários, fóruns e encontros de usuários -, além de

uma feira de serviços e produtos com as principais

empresas e marcas do setor. Além disso, pela primei-

ra vez na América Latina será realizado um evento

voltado exclusivamente para os jovens talentos do

setor. O MundoGEOXperience vai contar com um

espaço para a apresentação de trabalhos científicos

e o Geo Hackathon, que receberá desenvolvedores

para uma competição de ideias geográficas.

Nos vemos lá?

NADA SUBSTITUI O “OLHO NO OLHO”

EDITORIAL

EDUARDO FREITASEngenheiro cartógrafo, técnico em edificações Editor da revista [email protected]

Fale

con

osco

[email protected]

Marketing e [email protected]

[email protected]

[email protected]

[email protected]

Page 9: Mundo Geo 76

geosoft

Page 10: Mundo Geo 76

MundoGEO 76 | 201410

RYAN JOHNSONENTREVISTA

Presidente e CEO da BlackBridge

No dia 20 de fevereiro a BlackBridge - operadora global da constelação de satélites RapidEye - aumen-tou seus investimentos no Brasil e anunciou a aquisi-ção de uma participação na empresa brasileira San-tiago & Cintra Consultoria (SCC).

A BlackBridge é focada em prover soluções do iní-cio ao fim da cadeia de valores geoespaciais. Isso inclui operações de satélites, serviços de estações terrestres, data center e soluções geocloud, e distribuição de ima-gens de satélite de todo o mundo através dos mais de 100 parceiros BlackBridge, combinados à criação de produtos de valor agregado e serviços. Já a Santiago & Cintra Consultoria é uma empresa brasileira de con-sultoria especializada em soluções geoespaciais e uma das maiores fornecedoras de imagens de satélite no Brasil. Tem desenvolvido soluções Web-GIS, servindo diversos mercados como meio ambiente, agricultura, governo, florestal, mineração, defesa, óleo e gás, edu-cação ou telecomunicação.

MundoGEO: O mercado geoespacial tem so-frido muitas mudanças, aquisições e fusões nos últimos anos. Como a indústria de imagens tem reagido a estas mudanças?

Ryan Johnson: Como parte do mercado geoes-pacial, a indústria de imageamento não é uma ex-ceção e também passou por mudanças nessas áreas que você menciona. Todas estas mudanças, direta ou indiretamente, são a resposta do mercado ao que os clientes precisam. É verdade que o setor de imagem tem ficado um pouco atrás de outras áreas da indústria geoespacial, e como os investimentos em plataformas de imagem são muito grandes, os prazos desde a con-cepção até o início das operações são muito longos em comparação com outros segmentos da cadeia de valor geoespacial. Esses fatores fazem claramente essa parte da indústria se mover de forma mais lenta. Dito isto, há sempre espaço para a inovação. Nossas solu-ções de nuvem geoespaciais são um bom exemplo. Enquanto ainda estamos entregando nossos produtos principais de imageamento, alavancando nosso centro de dados e infraestrutura de redes, somos capazes de oferecer aos nossos clientes um acesso muito mais fácil e rápido às suas bases de dados, bem como as capaci-dades de processamento. Os produtos essenciais são basicamente os mesmos, mas a solução que vem da combinação de tecnologias de imagens e nuvem cria toda uma nova gama de soluções que respondem a al-gumas das mudanças e novas tendências do mercado.

MG: Que razões levaram a BlackBridge a adqui-rir a constelação de satélites RapidEye? Além do nome e logotipo, quais foram as principais mudan-ças na transição da RapidEye para BlackBridge?

Os clientes não só precisam

de imagens de satélite sobre as

suas áreas de interesse. Eles

também querem produtos de valor

agregado que estão prontos para usar [...]

RJ: As características e capacidades únicas da cons-telação RapidEye tiveram um ajuste perfeito para a estratégia da empresa e representaram uma boa opor-tunidade para expandir nossa presença no mercado mundial. Em relação à transição da RapidEye para BlackBridge, muito pouco mudou para os nossos par-ceiros e clientes. Continuamos a oferecer os mesmos produtos e soluções que eles têm adquirido de nós todo esse tempo, a equipe que tornou isso possível também é a mesma e o foco da empresa vai continu-ar sendo a indústria geoespacial. Dito isto, a integra-ção das diferentes empresas em uma única estrutura operacional, estratégia de negócios compartilhados e objetivos, amplia o mercado, traz uma nova gama de oportunidades de negócios e permite novos serviços. A combinação de capacidades e recursos cria sinergias claras que nos permitem entrar em novos mercados e conquistar novos clientes.

MG: Na sua opinião, quais são as principais ten-dências para o mercado de imagem nos próximos anos? Em que tipo de produtos e serviços a Black-Bridge vai colocar mais esforço?

RJ: A indústria de imagens tem se transformado, de apenas um provedor de imagens de satélite em um ator mais maduro, que fornece soluções de pon-ta a ponta. Os clientes não só precisam de imagens de satélite sobre as suas áreas de interesse. Eles tam-bém querem produtos de valor agregado que estão prontos para usar ou que envolvam o mínimo possível de manipulação adicional, bem como os serviços de

Page 11: Mundo Geo 76

11 MundoGEO 76 | 2014

Nossa recente aquisição de uma participação de 50% na Santiago & Cintra Consultoria, líder de mercado no país, demonstra que o Brasil é um mercado-chave para nós, onde vemos um forte benefício a longo prazo para trabalharmos juntos.

infraestrutura necessários para armazenar, acessar e gerenciar seus conjuntos de dados de grandes e cres-centes fontes. Fornecer esse tipo de soluções exige re-cursos e conhecimentos adicionais e novos modelos de negócios para apoiá-los.

Quanto aos nossos novos produtos e soluções, es-tamos em processo de construção e integração de um novo banco de dados mundial de controle de solo, fei-to com pontos em solo de alta precisão e uma melhora significativa global de 30 metros no Modelo Digital de Superfície (DSM). Nossos testes internos preliminares têm mostrado que essas melhorias irão fornecer uma precisão sub-pixel para imagens RapidEye recolhidas ao longo de muitas áreas do mundo.

Este ano, também estamos lançando oficialmente nossos novos serviços em nuvem geoespacial. Quere-mos dar um passo adiante com o lema “delivering the world”, permitindo que nossos parceiros possam des-cobrir, visualizar e analisar imagens RapidEye mais fácil e eficientemente. Com as nossas soluções de cloud computing, seremos capazes de hospedar as imagens adquiridas, reduzindo os custos de infraestrutura e manutenção e fornecendo ferramentas poderosas de gerenciamento de dados, diferentes opções de stre-aming e capacidades de processamento on- the-fly, tudo em um ambiente altamente seguro. Desta forma, os clientes serão capazes de visualizar, compartilhar, gerenciar e processar os seus produtos de imagens de qualquer lugar com uma conexão à internet.

Dentro da nossa unidade de redes de negócios, nós também criamos uma infraestrutura em nuvem básica como serviço (IaaS) para o mercado de geoinformação. Este serviço foi adaptado para o caso de uso de aplica-ções geoespaciais e processamento de imagens. Nós consideramos que este serviço vai ser muito interes-sante para os nossos clientes que possuem requisitos de computação para o trabalho baseado em projetos.

Também neste ano, depois de projetos-piloto de sucesso na América do Norte, estamos lançando nos-sos programas de imagem para a agricultura em todo o mundo, inclusive no Brasil. Aproveitando-se da capa-cidade de arrecadação extraordinária da constelação RapidEye, podemos coletar as imagens várias vezes, em áreas tão grandes quanto o Cinturão do Milho, nos EUA (1,4 milhão de quilômetros quadrados), ou em áreas menores em outras partes do mundo. Então, através de nossa infraestrutura de nuvem, concede-mos aos nossos clientes o acesso a esses conjuntos de dados, e também às empresas, principalmente de agronegócio, com intervalos muito curtos de tempo entre coleta e entrega. Isto faz uma diferença real para nossos clientes em termos da quantidade de imagens multi-temporais que recebem, essencial para muitas aplicações de agricultura de precisão.

MG: Em 2013, a empresa fez doações para aju-dar as pessoas desabrigadas após o furacão nas Filipinas. A BlackBridge irá continuar com esta política para os próximos anos? Como você vê o pa-pel das empresas de imagem nesta função social?

RJ: Sim, vamos continuar este tipo de contribuição no futuro. A BlackBridge tem uma importante fun-ção social, não só na área de resposta a emergências. Nossa empresa está envolvida em muitos projetos e programas ambientais, fornecendo dados que são fundamentais para monitorar e avaliar as diferentes variáveis ambientais e tomar decisões baseadas em informação. Um usuário muito importante dos nossos produtos e serviços é o Ministério do Meio Ambien-te do Brasil. Nos últimos dois anos, juntamente com Santiago & Cintra Consultoria, temos fornecido a eles uma cobertura anual completa do país. O Ministério não tinha essa fonte de informação antes, mas agora tornou-se essencial para tomar decisões que, de uma forma ou de outra, terão um impacto positivo no meio ambiente, não só a nível nacional, mas em escala glo-bal, dado o tamanho do país.

A participação de BlackBridge no programa REDD + da ONU (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal), como provedor de imagens de satélite, é outro bom exemplo de como a nossa em-presa está contribuindo para um ambiente melhor. Nós nos tornamos o principal fornecedor de imagens de satélite comercial no apoio a programas nacionais do REDD +.

MG: Qual é a estratégia de negócios da Black-Bridge a partir de agora? Haverá investimentos em um segmento específico? Quais são os próximos passos para BlackBridge na indústria de imagens de satélite na América Latina?

RJ: Nós fundamentalmente acreditamos em re-lações locais, em investimento e conhecimento local para sermos bem-sucedidos em qualquer mercado, e é isso que vamos continuar fazendo através de nossa notável rede de parceiros de vendas. Nossa recente aquisição de uma participação de 50% na Santiago & Cintra Consultoria, líder de mercado no país, de-monstra que o Brasil é um mercado-chave para nós, onde vemos um forte benefício a longo prazo para trabalharmos juntos. Para nós, esta é uma oportuni-dade muito interessante para expandirmos nossas ofertas de produtos e soluções no país, aumentando nossa base de clientes, e nós estamos realmente an-siosos para todas as novas oportunidades que vamos criar juntos.

Page 12: Mundo Geo 76

12 MundoGEO 76 | 2014

LATITUDE

Estamos num momento positivo de valorização do uso da geoinformação no planejamento da

gestão pública no Brasil. Coordenadas pelo Minis-tério do Planejamento, iniciativas como o recém--criado Fórum Intergovernamental de Gestores Públicos da Geoinformação (FIGG) vêm abrindo espaços importantes.

A criação deste fórum foi uma alternativa interes-sante para “driblar” as ações burocráticas da Comis-são Nacional de Cartografia (Concar) que, ao longo de décadas, não tem conseguido promover significa-tivos avanços na integração da comunidade do setor.

A meta principal desse fórum é acelerar as dis-cussões para a construção de uma Política Nacional de Geoinformação, objetivo atual da Concar. Nota--se, nesses movimentos, um maior dinamismo nas discussões e um maior envolvimento dos represen-tantes dos diversos setores governamentais federais e estaduais. As universidades, apesar de envolvidas nas Jornadas Inde Academia, não têm participado de forma mais efetiva no FIGG. Tampouco a iniciati-va privada e a comunidade de profissionais do setor têm presença marcante nessas discussões.

A Associação Nacional de Empresas de Aerole-vantamento (Anea) já foi convidada, mas ela repre-senta uma pequena parcela do setor. Espera-se que o recém-criado Instituto Brasileiro de Empresas de Geomática e Soluções Geoespaciais (IBG), que con-grega empresas de toda a cadeia produtiva do setor, também seja convidado.

As associações de profissionais das áreas de Geo-grafia, Cartografia e Agrimensura também deveriam participar destas discussões do FIGG, assim como se espera uma participação mais efetiva das universidades que oferecem cursos na área.

Enfim, neste momento importante de mudança de paradigmas, o governo muda não só a palavra “cartografia” para “geoinformação”, mas muda tam-bém seu posicionamento em relação à importância do planejamento como pré-requisito para a gestão pública inteligente. Desta forma, a geoinformação e a análise geoespacial se fortalecem como ferramentas essenciais para auxiliar na modernização dos proces-sos decisórios no país nas esferas federal e estadual e, por inspiração, na municipal.

POLÍTICA NACIONAL DE GEOINFORMAÇÃOGoverno federal avança, mas precisa ouvir mais

EMERSON ZANON GRANEMANN Engenheiro cartógrafo, diretor e publisher do [email protected]

Page 13: Mundo Geo 76

topomig

Page 14: Mundo Geo 76

14 MundoGEO 76 | 2014

WEB

O MundoGEO conta, desde o ano pas-sado, com um estúdio próprio para a pro-dução constante de conteúdo áudio-visual, complementando os demais canais de con-teúdo (portal, revista, webinars, cursos on-line e evento MundoGEO#Connect Latin- America). O canal conta com entrevistas, séries de vídeos, principais destaques da semana, opiniões, entre outros, abordando diversos temas dentro das geotecnologias.

Para 2014 estão programadas novas sé-ries de vídeos, além de entrevistas com pro-fissionais de destaque no setor e da con-tinuação do programa semanal, no qual são comentados os assuntos que tiveram mais destaque no setor. O programa tam-bém conta com comentários de leitores e agenda dos próximos eventos.

Aguarde!

TV MUNDOGEO

+LidasDezembroIBGE abre processo seletivo simplificado com 7.825 vagas

Satélite mostra como terremoto alterou a gravidade da Terra

Satélite Cbers-3 falha no lançamento

JaneiroInpe promove curso de sensoriamento remoto a distância

IBGE lança nova edição do Manual Técnico de Uso da Terra

Tutorial: aprenda a exibir coordenadas e altitudes no Google Earth

EntrEvista

No mês de fevereiro foi realizada uma entrevista

com Margarete Maria José Oliveira, que atua na montagem de processos de Georreferenciamento e Reserva Legal, falando sobre os novos métodos implementados recentemente pelo Incra, com o Sistema de Gestão Fundiária (Sigef ), com objetivo de agilizar a certificação de imóveis rurais no país. Além disso, durante o bate-papo foi abordado o curso sobre Montagem de Processos para Georreferenciamento e Certificação de Imóveis Rurais, realizado pela MundoGEO em parceria com a TGR Treinamentos, e que já teve quase 150 participantes em três turmas. Acesse a TV MundoGEO em www.youtube.com/mundogeo e fique por dentro das novidades!

#FACTS• O GeoConnectPeople é a rede social global de pessoas envolvidas com solu-

ções geoespaciais• Esta plataforma está aberta a todos os usuários e produtores de geoinformação

que desejam criar grupos e encontrar colegas para trocar experiências, tirar dúvidas e debater temas relevantes

• Os conteúdos postados no GeoConnectPeople são ligados às tecnologias de geo- processamento, Sistemas de Informação Geográfica (SIG), cartografia, agrimensura, fotogrametria, observação da Terra, geodésia, Sistemas Globais de Navegação por Satélites (GNSS), Serviços Baseados em Localização (LBS), Infraestruturas de Dados Espaciais (IDE) e suas diversas relações e aplicações

• Esta rede está pautada pelo debate de ideias e a construção colaborativa de conteúdos que tenham como objetivo fazer o mercado geoespacial crescer de for-ma sustentável

• A rede GeoConnectPeople é um projeto social sem fins lucrativos, criado e mantido pelo MundoGEO

Acesse http://geoconnectpeople.org e conecte-se!

WEBINAR EM INGLÊS BATE RECORDEDesde 2012 o MundoGEO está realizando seminários online em espanhol e inglês,

aumentando assim o alcance de divulgação das geotecnologias em diversas partes do mundo. Recentemente, o webinar “Nasa World Wind Virtual Globe Technology”, rea-lizado em parceria com a ICA-OSGeo Lab Network, bateu o recorde de participantes para os seminários em inglês. No total foram 789 inscritos e quase 400 participantes, conectados em diversas partes do mundo. Durante o evento foi apresentada a tecno-logia Nasa World Wind, um geobrowser que fornece infraestrutura para a criação de soluções geoespaciais.

WEBTREINAMENTOSO MundoGEO inaugurou, no final de 2013, um novo método de capacitação a dis-

tância. Trata-se do WebTreinamento, um evento semelhante um webinar - de forma totalmente online e interativa - porém com uma carga horária maior e discussões mais aprofundadas. No dia 27 de fevereiro foi realizado o WebTreinamento Georreferencia-mento e Certificação de Imóveis Rurais, mostrando o que mudou com a nova Norma Técnica do Incra e o Sigef.

Acesse www.mundogeo.com/webinar para conhecer a agenda completa e também para adquirir os materiais (arquivos pdf e vídeos) de eventos anteriores.

Page 15: Mundo Geo 76

trimble

Page 16: Mundo Geo 76

16 MundoGEO 76 | 2014

LICITAÇÕES E PREGÕES

É muito frequente encontrar compras públicas de engenharia em geral e de geoprocessamento em particular, na modalidade de pregão, muitas vezes impulsionado pela busca de preço baixo ou pela pressão do Tribu-nal de Contas. Os potenciais fornecedores nestes casos sempre podem exercer o seu direito legítimo de impugnação do processo licitatório para impedir que a contratação seja efetivamente realizada, sem antes eliminar este erro de procedimento. A decisão do CONFEA apontada (PL-2467/2012) deveria ser mais que suficiente para sensibilizar a unidade contratante do erro cometido.Jose Valdivia

WEBINARS

Muchas gracias por su gentil comunicación y envío del certificado cor-respondiente al seminario sobre Novedades de gvSIG 2.1. Además de desearle un muy buen año 2014 que seguramente lo tendrá en todos los aspectos. Quiero destacar su predisposición, receptividad, responsabili-dad y dedicación al trabajo..Alfredo Derlys Collado | San Luis - Argentina

OPINIÃO

Sou assinante há cerca de 3 anos e quero parabenizá-los pela qua-

lidade mantida.

Leandro Letti da Silva

Aprovecho para enviar mis felicitaciones por los productos que

ustedes desarrollan en MundoGEO, son de gran interés en nuestro

ámbito de trabajo.

Franco Schiffmacher | Buenos Aires - Argentina

VANTS

Ótima iniciativa. Um projeto de grande valor para os cidadãos. Só estou

vendo um problema relacionado ao projeto. Por que a USP não deu valor

a um produto nacional que possui as mesmas características técnicas?

Muito bem, vamos estimular a alta tecnologia alemã! Procurem por

Gyrofly, empresa brasileira que nasceu no ITA e agora está alocada no

Parque tecnológico de São José dos Campos. Não há sinergia entre as

instituições de pesquisa no Brasil. Como vamos evoluir nossa indústria

de alta tecnologia se não conseguirmos coordenar esforços no ambiente

de pesquisa e desenvolvimento?

André Carvalho | São José dos Campos (SP)

SEÇÃO DO LEITOR

Envie críticas, dúvidas e sugestões para [email protected]. Por uma questão de espaço, as mensagens poderão ser editadas.

Landsat 8

Fabricio Barbosa

Já estou usando com muito

sucesso o Landsat 8. Excelente as

imagens!

Google na Sala de Aula

Wesley Brito

Excelente ferramenta para aulas de

geografia!! O futuro é esse mesmo!

VANTs

Felix Glez

Debemos copiar estas cosas,

aunque regiones como Andalucía

hacen estas cosas hace tiempo.

Kyle Felipe Vieira Roberto

Fizemos um voo de teste nele aqui

na CAMG no ano passado. Muito

bacana esse VANT.

Entrevista com Margarete OliveiraJefe Rodolfo AA P SilvaInovação, conhecimento, credibilidade e confiança é o que iniciativas como essa proporciona à sociedade. Parabéns MundoGEO.

@Rod_GuerreroEgracias por el seminario y por el certificado @MundoGEO

Entrevista com Margarete OliveiraYodi nakamuraAssisti a entrevista pude notar que estão a frente do tempo, buscando atualizar os profissionais do georreferenciamento, e que neste novo tempo teremos realmente uma linguagem única para todas as Superintendências Regionais, ou seja, uma padronização definitiva.

@JucianeBsWebinar #MundoGeo #Bomdia. — ouvindo Usos de informações de trânsito com dados históricos e em tempo real

@jjsuniagaMuy bueno estuvo el webinar sobre "Infraestructura de Datos Espaciales de Bogotá" @Idebogota via @MundoGEO puedes descargar el video.

@geoboliviaide#Mapa Mes de Febrero: #Mapa Red de Operaciones Continuas #IGM #Bolivia http://goo.gl/p23LmJ @MinAutonomias @ministero_obras @MundoGEO

@_brunorpradoBaixando e instalando a versão #free trial do software ArcGIS 10.2 | by @MundoGEO http://sco.lt/79H0IT #ArcGIS #geotecnologia #sig #geo

@sadeckgeoÓtima entrevista de Fábio Andreotti diretor do Google maps na @MundoGEO

Page 17: Mundo Geo 76

furtado

Page 18: Mundo Geo 76

18 MundoGEO 76 | 2014

IMAGENS SPOT DISPONÍVEISO governo francês concordou recentemente em disponibilizar seus dados de ob-

servação da Terra dos satélites Spot e distribuir, de forma gratuita para os usuários não-comerciais, imagens com no mínimo cinco anos de idade. O anúncio foi feito pela Agência Espacial Francesa no dia 17 de janeiro, durante uma reunião em Genebra, en-tre os 80 governos que compõem o Grupo de Obervação da Terra (GEO, na sigla em inglês). Segundo a Agência, a decisão foi tomada juntamente com a Airbus Defence and Space - anteriormente denominada Astrium Services – que, desde 2008, comer-cializa dados Spot. Ainda, a Agência afirmou que a disponibilização destes dados é a primeira grande contribuição do setor privado para a construção do Sistema Global de Observação da Terra (GEOSS, na sigla em inglês).

Em 2014 será disponibilizada a primeira parcela das 100 mil imagens do acervo. A decisão do governo francês segue outra semelhante, feita em 2013 pela Comissão Europeia, para liberar grande parte dos dados ópticos e de radar obtidos pela cons-telação Copernicus de observação da Terra.

MAPEAMENTO DO CERRADOMapear e monitorar a dinâmica de uso e cobertura da terra no Cerrado brasileiro é

o objetivo do projeto multi-institucional “Políticas para o Cerrado e Monitoramento do Bioma”, que vai detalhar as formações naturais remanescentes e as áreas antrópicas. Pesquisadores da Embrapa Informática Agropecuária estão elaborando um mapea-mento chamado TerraClass Cerrado, que identificará as áreas de vegetação natural e as alteradas, delimitando as áreas de produção de grãos e de culturas perenes, pas-tagens, silvicultura, entre outras. O projeto já reúne cinco instituições e conta com apoio financeiro do Banco Mundial. O Cerrado é o segundo maior bioma da América do Sul, ocupando cerca de 25% do território nacional.

ÍNDICE DE VEGETAÇÃO DO SEMIÁRIDOComo resultado de uma parceria entre o Instituto Nacional do Semiárido (Insa/

MCTI) e o Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites (Lapis) da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), foi disponibilizado o Índice de Vegetação por Diferença Normalizada (NDVI, na sigla em inglês) da região semiárida brasileira. O NDVI do Semiárido brasileiro permite não apenas mapear a vegetação, mas também medir sua quantidade e condição em determinada área. Com a ferramenta é possível baixar os mapas e visualizar sua sequência temporal.

INFO www.insa.gov.br/ndvi

NAVEGANDO

A Spatial EnErgy, fornecedora de imagens digitais e serviços relacionados à indústria

de energia, foi adquirida pela DigitalglobE

A blackbriDgE, operadora global da constelação de satélites RapidEye,

aumentou seus investimentos no Brasil e adquiriu uma posição de participação

na empresa brasileira Santiago & cintra conSultoria

A aStrium passou a integrar o grupo Airbus e alterou seu nome para airbuS DEfEncE anD SpacE. A divisão de geoinformação, aStrium gEo, se tornará o programa de

GeoInteligência da Airbus

A HExagon adquiriu a fabricante de Drones aibotix, sediada na Alemanha

aStor VaSquES lopES Júnior é o novo presidente da braDar inDúStria S.a.,

empresa controlada pela EmbraEr DEfESa & SEgurança

Com o aporte da intEl capital, a gEofuSion aumentou 45% seu faturamento em 2013

O satélite lanDSat 8 completou um ano em órbita, coletando 550 imagens por dia, que

são distribuídas publicamente

Dan noVaiS é o novo Vice-Presidente da pitnEy bowES na América Latina

A comiSSão EStaDual DE cartografia de Pernambuco foi instituída no dia 24

de dezembro e irá elaborar e coordenar a política cartográfica do estado

A agência ESpacial braSilEira (aEb) terá 300 milhões de reais do Orçamento da

União em 2014

Após a falha no lançamento do Cbers-3, o Brasil quer lançar o satélite cbErS-4 ainda

em 2014

Com 16 satélites em órbita, a cHina planeja expandir o seu sistema de navegação bEiDou, que terá 30 satélites até 2020

DADOS ABERTOS DE SÃO PAULOA Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano (SMDU) da Prefeitura

de São Paulo lançou a página “Dados Abertos“, que permite a qualquer pes-soa encontrar e utilizar informações em formato aberto. Ao todo são 4,6 GB de informações distribuídos em 25 bases, divididas entre estatísticas geor- referenciadas e bases geoespaciais, cada uma delas acompanhadas por metadados e dicionário.

INFO http://goo.gl/S3eQZ9

Page 19: Mundo Geo 76

DOUTRINA DE GEOINFORMAÇÃO

O Exército Brasileiro publicou no início deste ano a Doutrina de Geoinformação, um documento que apresenta conceitos básicos e a concepção de em-prego da geoinformação no âmbito do Exército. Na publicação, disponível em formato digital, são encontradas definições, componentes, modos de

representação, tecnologias, processos de produ-

ção, produtos, serviços, capacidades e aplicações

das informações geográficas, além de um glossário

e termos geográficos. Também é possível compre-

ender a Infraestrutura de Geoinformação do Exécito

(IGE), composta pela Infraestrutura Nacional de Da-

dos Espaciais (Inde), Diretoria de Serviço Geográfico

(DSG) e o Sistema Cartográfico Nacional (SCN). A

publicação está disponível em http://goo.gl/rxvFKt.

| INFRAESTRUTURAS DE DADOS ESPACIAIS | GERENCIAMENTO DA INFORMAÇÃO GEOESPACIAL |IDE#Connect

GOVERNO VAI ABRIR REGISTRO DE PREÇOS

O Ministério do Planejamento (MP) vai abrir consulta pública, em breve, para aquisição de produtos de sen-soriamento remoto, entre eles imagens de satélite. Isso permitirá, além de padronização das especificações de bens e serviços, mais transparência e economia de recursos públicos nas compras de um dos insumos fun-damentais para a execução de políticas públicas que utilizam dados geoespaciais. A proposta de comprar imagens de satélite pelo Registro de Preços permitirá atender ao conjunto dos órgãos, evitando pulveriza-ção e compras em duplicidade. O entendimento é o de que fazer uma grande compra, em vez de com-pras individualizadas, vai propiciar economia e mais transparência, pois passa a ter o acompanhamento dos órgãos de controle, das empresas participantes e da sociedade. A expectativa é que o edital seja lançado durante o primeiro semestre de 2014. Hoje, 11 órgãos federais já estão integrados à Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais (Inde), mas existem mais de 30 em processo de adesão.

INFO www.inde.gov.br

PRÊMIO GEOSURComo parte da 20ª Assembleia Geral do Instituto

Panamericano de Geografia e História (IPGH), foi reali-zado o VI Encontro do Programa GeoSUR e a entrega do Prêmio GeoSUR, que reconhece anualmente pro-jetos e iniciativas inovadoras na aplicação de dados geoespaciais no desenvolvimento de geosserviços na América Latina e no Caribe. Em 2013 o Prêmio foi entregue ao projeto "Terra-i", pela criação do primeiro sistema de monitoramento da diminuição de habitats

GEO LANÇA PLANO PARA 10 ANOS

O Grupo de Observação da Terra (GEO) teve apro-

vada por unanimidade a proposta de prosseguimen-

to das atividades por mais dez anos. A decisão foi to-

mada durante sua 10ª Sessão Plenária e a 3ª Reunião

Ministerial, em Genebra, de 15 a 17 de janeiro. O GEO

é formado por 90 países, a Comissão Europeia e mais 77 organizações do mundo. O novo plano decenal

contemplará ações que, até 2025, devem auxiliar polí-

ticas públicas nas áreas de agricultura, biodiversidade,

clima, desastres, ecossistemas, energia, saúde e água.

O Brasil foi um dos primeiros participantes do GEO e

o primeiro a liberar dados orbitais de média resolução.

INFO http://earthobservations.org

na região, apresentado pelo Centro Internacional de Agricultura Tropical (Ciat), da Colômbia.

INFO www.geosur.info

Page 20: Mundo Geo 76

mundogeo cursos online

Page 21: Mundo Geo 76

mundogeo cursos online

Page 22: Mundo Geo 76

22 MundoGEO 76 | 2014

LANÇAMENTOS

MANUAL DE USO DA TERRAO IBGE disponibilizou a terceira edição do “Manual Técnico de Uso da Terra”, uma obra de refe-rência para mapeamento da cobertura e uso da terra e para análises da dinâmica da ocupação e uso do território do Brasil, em escala exploratória. Esta nova edição oferece normas para a produção e armazenamento de informações em banco de dados, atendendo às necessida-des de especificações técnicas exigidas pela Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais (Inde).A publicação introduz inovações como a possibilidade de combinação em banco de dados de até três tipos dos usos até hoje identificados no país; representação iconográfica das classes como forma de oferecer retratos dos padrões de uso da terra; entre outras.

INFO www.ibge.gov.br

ATLAS DA AMÉRICA LATINA E CARIBEO serviço científico da Comissão Europeia lançou o Atlas de Solos da América Latina e do Caribe. Através de mapas e ilustrações coloridas, a publicação mostra de forma clara e simples a diversidade dos solos na região. A publicação também destaca a enorme importância deste recurso natural não renovável, fornecendo alimentos para cerca de 580 milhões de pessoas na região.

INFO www.eusoils.jrc.ec.europa.eu

A ESri anunciou o novo cityEnginE 2013, a mais recente versão do seu

software para design urbano em 3D

O inStituto curitiba DE informática

anunciou o lançamento do software

S3igEo, nova plataforma de

mapeamento em tempo real

O ibgE disponibilizou o mapeamento

das águas superficiais e subterrâneas

do Nordeste

O segundo nanossatélite brasileiro,

nanoSatc-br1, será lançado no

primeiro semestre de 2014

A naStEk tEcnologia anunciou o

lançamento do yon bikE lamp, um

rastreador para bicicletas

O satélite Sul Coreano kompSat 5,

lançado em agosto de 2013, adquiriu

suas primeiras imagens

A SupErgEo lançou oficialmente o

software SupErgiS DESktop 3.2

A aSSociação gVSig anunciou a

versão 2.1 bEta do software livre

A SiSgrapH lançou o intErgrapH mobilE mapworkS, uma ferramenta

para realizar atualizações de

informações geoespaciais em campo

O ibgE disponibilizou, no portal da

Infraestrutura Nacional de Dados

Espaciais (Inde), os gEoSSErViçoS de

acesso à baSE cartográfica contínua Do braSil na escala de 1:250.000

SPIKEA GeoDesign Internacional anun-ciou o pré-lançamento do Spike, um acessório a laser para smartphones que permite ao usuário capturar, medir, mapear, modelar, comparti-lhar e imprimir em 3D qualquer obje-to a uma distância de até 200 metros, apenas tirando uma fotografia com o seu smartphone. Com um simples sistema de apontar-e-clicar, é possí-vel tirar uma foto, sobrepor e gravar medições precisas e compartilhá-las.

INFO www.geodesign.com.br

Suscetibilidade e riscos geotécnicos, modelagem e gestão ambiental, além de serviços de mapeamento que apoiam empresas e governos na superação de grandes e atuais desafios. Estas são al-gumas soluções apresentadas no novo website da Geoambiente.

INFO www.mapainteligente.com.br

MAPA INTELIGENTE

Page 23: Mundo Geo 76

23

MAPAS TEMÁTICOS DO BRASILO IBGE disponibilizou um novo conjunto de informações geo-espaciais temáticas e tabelas sobre a geologia, a geomorfolo-gia, os solos e a vegetação de diversas localidades, na escala 1:250.000, de todo o Brasil.

INFO www.ibge.gov.br

GLOBAL MAPPER 15.1A Blue Marble anunciou o lançamento do software Global Mapper 15.1. Esta nova versão possui suporte de leitura e gravação para bancos de dados MS SQL Server Spatial, além de atualizações nas ferramentas de trajeto de perfil, calculadora raster e no módulo de edição Lidar.

INFO www.bluemarblegeo.com

ANÁLISE ESPACIAL PARA TOMADA DE DECISÃOA Embrapa Gestão Territorial lançou o “Serviço de Análise Espacial para Tomada de Decisão Estratégica”. O site busca reunir informações sobre o serviço, que surgiu em 2012, e tem como objetivo compre-ender a dinâmica da agropecuária nacional, visando uma produção agrícola, pecuária e florestal mais sustentável, no tempo, para todo o território nacional.

INFO www.sgte.embrapa.br/SAE

FME 2014A Safe Software anunciou o lançamento do FME Desktop 2014 e do FME Server 2014, além da ferramenta FME Cloud. A nova versão do FME inclui ferramentas que facilitam a configuração, testes e a utilização de vários serviços na web através de uma abordagem visual e sem a necessidade de manusear códigos. A plataforma inclui melhorias na manipulação de dados 3D e nuvens de pontos, com suporte aos softwares Autodesk Revit, Trimble Sketchup, AutoCAD Civil 3D, etc.. A plataforma FME ofe-rece agora suporte a mais de 315 formatos e aplicações.

INFO www.safe.com/fme2014

INPHO 5.6A Alezi Teodolini anunciou no Brasil a nova versão do software fotogramétrico de Drones, o Inpho 5.6, desenvolvido pela Trim-ble. Esta versão teve melhorias significativas em seu desempe-nho, fluxo de trabalho, ferramentas e controle de qualidade dos resultados, levando a uma maior produtividade geral.

INFO www.aleziteodolini.com

ARCGIS 10.2.1A Esri anunciou a versão 10.2.1 do software ArcGIS. Segun-do a companhia, foram acrescentadas novas ferramentas no Arctoolbox, além de opções para trabalhar com redes geométricas (Geometric Networks).

INFO www.esri.com

A revista MundoGEO traz as principais novidades em padrões e serviços disponibilizados pelo Consórcio Geoespacial Aberto (OGC, na sigla em inglês), um gru-po internacional que reúne mais de 450 companhias, agências governamentais e universidades com o obje-tivo comum de desenvolver padrões.

SERVIÇO GEOESPACIAL MÓVELO OGC anunciou que adotou o OGC GeoPackage 1.0

(GPKG) como um novo padrão de codificação. O padrão GeoPackage foi desenvolvido para facilitar o compar-tilhamento, em plataformas móveis, de informações geoespaciais entre diferentes aplicativos, aplicações e serviços web em todo mundo.

LOCALIZAÇÃO INDOORO OGC firmou uma parceria com a Small Cell Forum

para oferecer suporte aos serviços de localização móveis baseados em pequenas células. O serviço proporcionará suporte para navegações indoor como em aeroportos, shoppings, hospitais, armazéns, etc..

OGCOGC

Page 24: Mundo Geo 76

24 MundoGEO 76 | 2014

CAPA

Em 2014, não se fala mais em outra coisa no país. Com os grandes eventos se aproximando - e o pon-

tapé inicial da Copa do Mundo a ser dado no dia 12 de junho - o país vive um momento de ansiedade e incer-tezas. No centro das atenções do mundo todo, seja pela realização dos eventos ou pelos problemas e atrasos já conhecidos por todos, o Brasil receberá visitantes de di-ferentes nações, e o compartilhamento e intercâmbio de conhecimentos e culturas estarão mais perto dos cidadãos latino-americanos.

O MundoGEO#Connect iniciou em 2011 com o ob-jetivo de ser um evento diferenciado, que tem como foco principal a interação e a conectividade. Desde sua primeira edição anual, mais de 10 mil especialistas, pes-quisadores, usuários e empresários do setor de geo-

TRÊS DIAS IMPERDÍVEIS EM SÃO PAULO. MUNDOGEO#CONNECT 2014 VEM COM TUDO!Quarta edição acontecerá de 7 a 9 de maio no Centro de Convenções Frei Caneca. Interatividade, atualização de conhecimentos e novas tecnologias são foco da feira de produtos e serviços. Cursos, seminários e workshops para profissionais e um novo evento voltado ao público jovem completam o maior evento de geotecnologias da América Latina

Por alExandrE scussEl, Eduardo FrEitas E

EmErson GranEmann

tecnologias já participaram dos encontros, seminários e cursos, e acompanharam de perto as tendências do setor na feira de produtos e serviços de geomática e soluções geoespaciais.

POR QUE PARTICIPAR DE UM EVENTO PRESENCIAL?

Apesar da facilidade na obtenção de informações so-bre produtos e serviços, que existe hoje com a internet, da proliferação dos seminários online, web-conferên-cias e cursos online, e do estreitamento da relação entre empresas e clientes do setor de geo, existem vantagens únicas em participar de eventos presenciais como o MundoGEO#Connect LatinAmerica, que acontecerá em São Paulo de 7 a 9 de maio.

Page 25: Mundo Geo 76

25

Podemos avaliar as razões sobre três aspectos: Pri-meiramente pela oportunidade de participar em cursos, treinamentos, debates, workshops e seminários, pois em um curto espaço de tempo é possível se atualizar com palestras, debates e casos de sucesso, através de espaços interativos que contam com a presença de es-pecialistas e usuários do setor. Além disso, esta “imer-são” permite absorver mais informações de forma única, gerando conhecimentos novos ao participante que, por sua vez, está fora da sua rotina habitual de trabalho e, assim, totalmente focado nas atividades do evento.

Outra questão essencial são as inúmeras opções da feira de produtos e serviços de geomática e so-luções geoespaciais, que tradicionalmente reúne as principais empresas e marcas atuantes nos mercados global e local. Em 2014 serão cerca de 50 estandes e mais de 70 marcas brasileiras e internacionais. Reu-nir num mesmo espaço e em apenas três dias todos estes grandes “players mundiais” permite melhor avaliação dos produtos e comparação das soluções em exposição, além da negociação direta com for-necedores e desenvolvedores.

E, por último, este ambiente focado na inovação e no intercâmbio de experiências proporciona condições essenciais para o sucesso de qualquer profissional que participa de eventos presenciais, através da ampliação da rede de contatos, troca de ideias nos auditórios e cor-redores, desenvolvimento de parcerias nos corredores, pausas para os cafézinhos e refeições, e também nos estandes da feira. Estes podem ser fatores decisivos para o surgimento de inspirações, para a criação de novas soluções, para a mudança - às vezes muito bem-vinda - de estratégias em projetos e, também, para qualificar a tomada de decisão no dia-a-dia do profissional da geoinformação. E o MundoGEO#Connect LatinAme-rica 2014 é o local perfeito, onde todos estes fatores estão reunidos.

Nesta matéria você pode conhecer um pou-co sobre os principais elementos que fazem do MundoGEO#Connect o maior e mais importante evento de geotecnologias da América Latina, e de tudo que está sendo preparado para que, ano após ano, o evento se torne melhor e mais completo, capaz de atender as demandas dos profissionais e usuários das informações geoespaciais.

FEIRA DE GEOTECNOLOGIAS: NOVIDADES E TENDÊNCIAS

Além da grade de atividades, o MundoGEO#Connect promove uma feira de produtos e serviços com as maiores empresas do setor. “Este ano temos mais insti-tuições públicas, universidades e empresas internacio-nais participando da feira, fruto de um maior interesse

dos profissionais de ensino com os conteúdos apresen-tados e da maior visibilidade do evento no exterior”, declarou Emerson Granemann, diretor e publisher da MundoGEO, organizadora do evento.

“Para 2014 as nossas expectativas são ainda maio-res do que tudo o que acabamos de concretizar. Nesse sentido, vamos repetir a aposta que fizemos na última edição do MundoGEO#Connect, cujo patrocínio nos trouxe muitos resultados comerciais e grande reco-nhecimento do mercado de geotecnologia”, declarou Felipe Seabra, Gerente de Marketing da Geoambiente, empresa que participará como expositora.

A feira de produtos e serviços do MundoGEO- #Connect 2014 contará com a presença de multina-cionais e dos mais importantes desenvolvedores de tecnologias geoespaciais, como a Trimble e Hexagon, grupos que atuam em vários segmentos da indústria geoespacial. Também estará presente a Esri, desenvol-vedora de soluções para geoprocessamento, entre elas o software ArcGIS, e a Bentley, companhia que fornece soluções e softwares de arquitetura, engenharia, de-sign e topografia ao mercado mundial.

Segundo Leonardo Barros, Diretor da HEX Tec-nologias Geoespaciais Inovadoras, o evento será um importante ponto de encontro e de divulgação. "O evento MundoGEO#Connect representa uma

Grandes empresas estão confirmadas na feira do MundoGEO#Connect LatinAmerica 2014. A feira tem acesso li-vre a todos os profissionais do setor, e vai contar com mais de 50 expositores e 70 marcas mundiais, entre elas: Autodesk, Bentley, Aibotix, Applanix, Autodesk, Autogeo, Carlson, chc, Comnav, Cst, Datageosis, Erdas, Esri, Foif, Garmin, Gatewing, Geodetic, Geogra-phic Imager, Geomax, Blue Marble, HERE, HEX, Hi-target, Horizon, Javad, Kolida, Leica, Hexagon, Maptek, Mavinci, MDA, Nikon, Op-tech, Pentax, Pix4d, RapidEye, Riegl, Ruide, Smartplanes, SatLab, SenseFly, South, SpaceEyes 3D, Spectra Precision, Stonex, Super-GEO, Syqwest, Techgeo, Topcon, TopoEVN, Trimble, XMobots. A lista completa de empresas e marcas pode ser vista em: mundo-geoconnect.com/2014/expositores.

Page 26: Mundo Geo 76

26 MundoGEO 76 | 2014

importante oportunidade para que a nossa empresa, brasileira e focada exclu-sivamente em geoprocessamento e em atividades de sensoriamento remoto, divulgue as nossas experiências diante da indústria especializada", afirmou.

Várias outras prestadoras de serviços e representantes das principais mar-cas mundiais do setor de geotecnologias estarão expondo na feira do evento. “Estas empresas globais fortalecem o evento, pois garantem a presença de lançamentos de produtos e serviços em primeira mão aos profissionais pre-sentes na feira”, afirmou Jarbas Raichert, Gerente Comercial da MundoGEO.

Para Rubem Silveira, Dire-tor Presidente da Tecnoma-pas, a feira do evento é muito aguardada: "Acreditamos que o MundoGEO#Connect 2014 seja o lugar ideal para apresentarmos os novos recursos e planos de venda online de nossa solução de geo-processamento em nuvem, o Geo- cloud, uma vez que este evento reúne as pessoas mais influentes do mercado de geoprocessamen-to do Brasil e do mundo", afirmou.

CURSOS E TREINAMENTOS: CAPACITE-SE!A grade de atividades do MundoGEO#Connect 2014 contará com 13 cursos, aten-

dendo à uma demanda existente no setor de geotecnologias. Conheça os cursos que serão oferecidos no MundoGEO#Connect 2014, com duração média de 6 horas: • Bancos de Dados Geográficos: Este mini-curso vai ensinar ao aluno a estruturar

conceitualmente bancos de dados geográficos por meio das técnicas de mode-lagem OMT-G e UML-Geoframe. Destinado a profissionais envolvidos em geren-ciamento, modelagem e programação de aplicativos geográficos. O instrutor será José Augusto Sapienza Ramos, professor do Labgis Extensão – UERJ.

• Cadastro Ambiental Rural: Serão abordados os principais aspectos desse novo instrumento de regularização ambiental rural, com destaque para os desafios técnicos e às oportunidades. O instrutor será Valmir Gabriel Ortega, Geógrafo pela UFMS que atua como consultor em projetos associados à gestão ambien-tal e áreas protegidas.

• Cadastro Territorial Multifinalitário: Apresentará os conceitos e desafios para implantação do CTM. A instrutora será Andrea Flávia Tenório Carneiro, professora da UFPE.

• Geomarketing e Aplicações: Este mini-curso vai focar em exemplos de usos reais de empresas que atuam no mercado brasileiro, abordando definições; exemplos de aplicações em diversos setores e portes de empresas; conceitos de Áreas de influência, Territórios, Escalas geográficas, Consultas espaciais, Mapas temáticos. As instrutoras serão Susana Figoli, professora de Geomarketing do Instituto Bra-sileiro de Inteligência de Mercado, e Valéria Duarte, administradora de Empresas com MBA pela EAESP FGV.

• Estatística Espacial e Negócios: Irá apresentar sobre Geomarketing e Geoinfor-mação; Principais Fontes de Dados Geográficos; Exploração de Dados; Análises Geográficas e Estatística Espacial; Regressão; etc.. O instrutor será Eduardo de Re-zende Francisco, professor de Estatística Espacial e Geomarketing na FGV-EAESP.

• Geo na Gestão Ambiental: Mostrará as possibilidades e aplicações do SIG e do sensoriamento remoto para a gestão ambiental. O instrutor será Antonio Morelli Arruda Júnior, Consultor na Área Agroambiental.

• Geo na Gestão Municipal: Este mini-curso visa pro-porcionar uma visão global e resumida dos desa-fios encontrados na implantação de um SIG em prefeituras, mesclando assuntos que vão desde tecnologia até metodologias usadas em projetos municipais. O instrutor será George Serra, Consul-tor em Geotecnologias.

• Georreferenciamento de Imóveis Rurais: Neste mini-curso com 6 horas de duração serão abor-dados conceitos indispensáveis para o Georre-ferenciamento de Imóveis Rurais segundo a 3ª Norma Técnica, de modo a garantir a Certifica-ção sem problemas no futuro, e será demons-trado como acessar o site do Sigef para reque-rer a Certificação, enviar as planilhas e gerar a planta e o memorial descritivo. A instrutora será Margarete Maria José Oliveira, Sócia da empresa TGR Treinamentos.

• Produtos Google Geo: Será ofertado no dia 9 de maio e terá dois momentos. Durante a manhã será demons-trado o Google Earth Pro, uma ferramenta que for-nece um conjunto de recursos avançados direciona-dos especificamente a profissionais que precisam de uma ferramenta ágil para análises geoespaciais. No período da tarde será apresentado sobre integração com outros produtos Google Geo e sobre o Google Maps Engine Platform. Os instrutores serão Arlete Me-neguette, Professora Adjunta na Unesp, Mapeadora Voluntária e Revisora Especialista Regional do Google Map Maker; e Luis Costa, responsável por Projetos Es-peciais na Maplink.

• Infraestrutura de Dados Espaciais: Apresentará as vantagens dos dados do seu projeto seguirem os pa-drões da Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais (Inde), além de mostrar conceitos envolvidos na in-teroperabilidade e exemplos práticos no Brasil e em outros países. O instrutor será Luis Cavalcanti Bahiana, Doutor em Geografia e Pesquisador em Informações Geográficas do IBGE.

• Laser Scanner Terrestre: Este mini-curso visa a ca-pacitação e aperfeiçoamento de profissionais para o conhecimento teórico dos sistemas Laser Scanner 3D Terrestre, entendimento das operações de campo e demonstração de processamentos e extrações de dados. O instrutor será Rovane França, Consultor da Vector Geo4D.

• VANTs e Drones: Apresentará as aplicações, as arquiteturas, os tipos de testes aplicáveis e a re-gulamentação sobre aeronaves não tripuladas. O instrutor será Luiz Alberto Cocentino Munaretto, da Gerência de Programas e Ensaios em Voo da Organização Brasileira para o Desenvolvimento da Certificação Aeronáutica (DCA).

Page 27: Mundo Geo 76

27

TREINAMENTO PADRÕES OGCA MundoGEO anuncia a realização de uma parceria com o Open Geospatial Consor-

tium (OGC), um consórcio internacional que conta com mais de 450 companhias, agências governamentais e universidades, que participam de um processo de consenso com o objetivo de desenvolver padrões e interfaces. Esta aliança inédita irá oferecer a empresas e instituições brasileiras a oportunidade de se associarem ao Consórcio, além da partici-pação em um treinamento exclusivo, promovido durante o MundoGEO#Connect 2014.

O OGC desenvolve padrões internacionais, apoiando soluções de interope-rabilidade que permitem aos desenvolvedores de tecnologia fazer com que informações e serviços espaciais complexos sejam acessíveis e úteis a vários tipos de aplicações.

Ao participar do Treinamento Padrões OGC de Dados Geoespaciais, ,represen-tantes de universidades; agências locais, regionais e governos de Estado; institutos de pesquisa; e organizações não-governamentais ganharão uma associação sem custos ao OGC. No caso de participantes representando empresas privadas ou agên-cias federais, será fornecido um cupom de desconto (no valor de U$ 250,00) para a associação ao Open Geospatial Consortium.

Este Treinamento de 6 horas será realizado no dia 8 de maio, no Centro de Con-venções Frei Caneca em São Paulo (SP), e abordará os conceitos básicos dos padrões de dados e serviços do Consórcio Geoespacial Aberto. O instrutor do treinamento será Luis Bermudez, Diretor de Certificação de Interoperabilidade do OGC. Para mais informações e inscrições, acesse a página Padrões OGC de Dados Geoespaciais. As vagas são limitadas!

As vagas para participar dos cursos são limitadas. Para mais informações, programação completa e inscrições, acesse mundogeoconnect.com/2014/grade/cursos.

SEMINÁRIOS: FORMATOS E USOS DOS DADOS GEOESPACIAISA conferência do MundoGEO#Connect 2014 terá ao todo sete seminários sobre os

diferentes formatos e usos das informações geoespaciais. Cada um terá duração de um dia inteiro e contará com palestras e debates sobre as novidades tecnológicas, além do compartilhamento de experiências pelos usuários, com amplo espaço para interação en-tre os participantes e palestrantes.

Conheça os temas dos seminários que serão oferecidos no MundoGEO#Connect 2014:• Automação Topográfica: Este seminário vai contar com especialistas que vão debater as

tecnologias para levantamentos e o futuro da topografia. Conheça os resultados dos proje-tos desenvolvidos pelos novos sensores terrestres a laser que estão revolucionando a área de agrimensura e cartografia.

• Geoinformação em São Paulo: Gestores públicos vão debater os desafios dos projetos en-volvendo geotecnologias no estado de São Paulo. Este seminário conta com a coordenação da Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano (Emplasa).

Page 28: Mundo Geo 76

28 MundoGEO 76 | 2014

• Gestores Públicos de Geoinformação: Segunda edição do seminário, que reunirá representantes das principais instituições globais ligadas à geoinformação para apresentar projetos e soluções geoespaciais para governos. Estarão presentes especialistas da Secretária de Meio Ambiente de São Paulo, Ministério do Planejamento/Concar e IBGE, e ainda palestrantes de empresas e instituições internacionais como Blue Marble, Associação gvSIG, IPGH, GeoSUR, Google, HERE, Esri, BlackBridge, OGC, Ministério do Ambiente do Peru, Presidência da República do Uruguai, IDECA Bogotá – Colômbia e INEGI – México/GGIM-Américas. Este evento terá tradução simultânea para Portu-guês, Inglês e Espanhol.

• Geo na Gestão de Municípios: Representantes de empresas e insti-tuições estarão presentes para compartilhar experiências, projetos realizados e casos de sucesso em cidades do Brasil e de outros países, debatendo o uso das geotecnologias para a gestão de cidades mais inteligentes e sustentáveis.

• Imagens de Satélite e Aéreas: A cada ano surgem novos sensores e softwares de processamento e representação das informações obtidas por aviões e satélites. Toda esta transformação, num ritmo acelerado, vem promovendo profundas alterações no modelo de negócios e nos processos deste setor. Debata com vários especia-listas sobre o mercado de sensoriamento remoto orbital e aerofo-togrametria.

• Sistemas de Informação Geográfica: Cloud, 3D, móvel, tempo real: o GIS evolui em variedade de opções e, ao mesmo tempo, está cada vez mais acessível para qualquer tipo de usuário. Este seminário irá reunir especialistas para apresentar e debater as tendências do GIS, abordando os diversos aspectos da tecnologia e seus avanços na sociedade da informação.

• VANTs e Drones: Neste seminário especialistas vão debater o avanço desta tecnologia, no Brasil e no mundo, além de discutir as caracte-rísticas de cada veículo, sensor e solução de pilotagem. O seminário também vai mostrar resultados concretos de utilização, além de um panorama do estágio atual da legislação de homologação interna-cional e no Brasil dos equipamentos e projetos.

Para mais informações, programação completa de cada seminário e inscrições, acesse mundogeoconnect.com/2014/grade/seminarios.

INTELIGÊNCIA GEOGRÁFICA PARA DEFESA E SEGURANÇA

Segurança de fronteiras, combate ao tráfico de drogas e armas, prevenção e resposta ao crime, monitoramento de grandes mul-tidões. A incorporação de conceitos e ferramentas de Geointeli-gência vêm se tornando imprescindível em processos e projetos de apoio à decisão em situações críticas. Em vista desta crescente importância, o MundoGEO#Connect 2014 realizará a terceira edi-ção do Evento Geointeligência para Segurança e Defesa.

Programado para o dia 7 de maio, o Fórum tem a proposta de apresentar as principais novidades e aplicações das informações e ferramentas geoespaciais que podem ser usadas pelo Exército, Marinha, Aeronáutica, Polícias Federal, Militar, Civil e Municipal.

EVENTOS PARALELOS: ATUALIZAÇÃO AO ALCANCE DE TODOS

Ao longo do MundoGEO#Connect LatinAmerica 2014 seis eventos paralelos serão promovidos por empresas e instituições, para demonstrar as novidades e projetos em desenvolvimento no setor de geotecnologias. Estes eventos, gratuitos e abertos ao público, serão uma oportunidade para toda a comunidade conhecer o estado da arte de projetos e produtos do setor.

Workshop Embrapa Monitoramento por Satélite: Este evento especial visa apresentar temas relacionados à geoin-teligência na agricultura e meio ambiente por pesquisadores e instituições parceiras da Embrapa, proporcionando um am-biente de debate técnico-científico ao público.

Workshop Calibra: A Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCT) da Universidade Estadual Paulista (Unesp) - campus Pre-sidente Prudente - participa do Projeto Countering GNSS high Accuracy applications Limitations due to Ionospheric distur-bances in Brazil (Calibra). O objetivo deste Workshop é apresen-tar aos participantes uma visão geral, resultados e perspectivas futuras do Projeto Calibra, bem como de seu predecessor, o Projeto Cigala.

II Encontro Nacional de Engenheiros Agrimensores e Car-tógrafos: Segunda edição do evento, que discutirá sobre le-gislação e formação profissional. Este encontro contará com o apoio e a coordenação da Associação Profissional dos En-genheiros Agrimensores no Estado de São Paulo (APEAESP) e também da Associação Brasileira de Engenheiros Cartógrafos de São Paulo (ABEC-SP).

I Encontro Nacional de Geógrafos - Formação, Legislação e Mercado de Trabalho: Evento terá o apoio e coordenação da Associação Profissional de Geógrafos no Estado de São Pau-lo (Aprogeo-SP), e discutirá os aspectos mais importantes na atuação do Geógrafo.

Workshop ANEA: Evento da Associação Nacional de Empresas de Aerolevantamento.

Para participar dos eventos paralelos do MundoGEO#Connect 2014, basta se cadastrar para participar da feira de produtos e serviços, que terá acesso livre. Faça seu registro antecipa-do para garantir seu lugar e evitar filas: mundogeoconnect.com/2014/registre-se-na-feira.

NOVA FORMA DE PARTICIPAÇÃOEm 2014 o participante do MundoGEO#Connect pode-

rá escolher exatamente quais os temas e dias que deseja participar. Além disso, ao se inscrever em duas atividades, é possível escolher mais um curso, seminário ou evento especial sem custos. “Este ano adotamos uma nova for-ma de inscrição, na qual o participante pode estruturar a sua agenda e se registrar apenas nas atividades que tem interesse, otimizando assim seu investimento e seu tempo”, explica Eduardo Freitas, coordenador técnico do MundoGEO#Connect LatinAmerica.

Page 29: Mundo Geo 76

29

JORNADAS GVSIGAtravés de uma parceria entre a MundoGEO e a Associação

gvSIG, responsável por um dos softwares livres de Sistemas In-formações Geográficas (GIS) mais utilizados no mundo todo, se-rão realizadas no Brasil as 6as Jornadas gvSIG da América Lati-na e do Caribe (LAC). O evento acontecerá em conjunto com o MundoGEO#Connect 2014, entre os dias 7 e 9 de maio.

As Jornadas gvSIG da América Latina e do Caribe têm como objetivo proporcionar um local de encontro onde os técnicos, pesquisadores, desenvolvedores, especialistas e a comunidade latino-americana em geral, possam se reunir um ambiente com debates em torno da geomática livre e do software gvSIG.

“Para a Associação gvSIG é uma satisfação poder comunicar esta aliança com a MundoGEO. A celebração conjunta das Jornadas gvSIG da América Latina e do Caribe e do MundoGEO#Connect 2014 permite afirmar, sem nenhuma dúvida, que nestes dias em São Paulo terá lugar o evento mais importante de Geomática de 2014 da América Latina”, declarou Álvaro Anguix, Diretor Geral da Associação gvSIG.

O período de inscrições para as 6as Jornadas gvSIG já está aberto. As inscrições são gratuitas e as vagas limitadas. Para se inscrever basta preencher o formulário correspondente. Acesse www.gvsig.org/web/community/events/jornadas-lac/2014 para sa-ber tudo sobre o evento!

PRÊMIO MUNDOGEO#CONNECT 2014Com votação aberta pela internet, o Prêmio

MundoGEO#Connect é realizado desde 2011, reconhecendo pessoas, instituições, empresas, marcas, equipamentos e sis-temas que se destacaram e contribuíram para o desenvolvi-mento do mercado de geotecnologias. Todo o processo de votação tem contribuição da comunidade, que escolhe desde as categorias até os ganhadores.

A cerimônia de premiação será realizada no dia 8 de maio, durante o MundoGEO#Connect LatinAmerica 2014.

Entenda o processo de votação e indicação das catego-rias e vencedores:• Primeira etapa (realizada em novembro) – a comunidade

do setor escolheu, através de pesquisa online, as categorias para a premiação no próximo ano;

• Segunda etapa (dezembro de 2013 a 14 de fevereiro de 2014) – indicação de quem devem ser os finalistas para cada categoria;

• Terceira e última etapa (17 de fevereiro a 18 de abril) – es-colha do vencedor para cada categoria, a partir de uma lista com os cinco mais votados na fase anterior.

O Prêmio MundoGEO#Connect 2014 é patrocinado pela Garmin - fabricante global de navegadores GPS. Conheça os finalistas em cada categoria e vote nos melhores:

spars

Page 30: Mundo Geo 76

30 MundoGEO 76 | 2014

Instituição Pública de Maior Destaque• Diretoria do Serviço Geográfico do Exército (DSG)• Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)• Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra)• Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe)• Ministério do Meio Ambiente (MMA)

Melhor Instituição de Ensino e Pesquisa• Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe)• Universidade de São Paulo (USP)• Universidade Estadual Paulista (Unesp)• Universidade Federal da Bahia (UFBA)• Universidade Federal de Viçosa (UFV)

Melhor Curso de Engenharia de Agrimensura e/ou Cartográfica• Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)• Universidade Estadual Paulista – Presidente Prudente (Unesp)• Universidade Federal da Bahia (UFBA)• Universidade Federal do Paraná (UFPR)• Universidade Federal de Viçosa (UFV)

Melhor Curso de Geografia• Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)• Universidade Estadual Paulista – Rio Claro (Unesp)• Universidade de São Paulo (USP)• Universidade Federal do Paraná (UFPR)• Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

Associação profissional mais atuante• Associação Profissional de Geógrafos no Estado de São Paulo (Aprogeo-SP)• Associação Brasileira de Engenheiros Cartógrafos – Regional São Paulo (Abec-SP)• Associação Brasileira de Engenheiros Cartógrafos – Regional Paraná (Abec-PR)• Associação Profissional dos Engenheiros Agrimensores no Estado de São Paulo (Apeaesp)• Federação Nacional dos Engenheiros Agrimensores (Fenea)

Empresa mais lembrada de Desenvolvimento de Soluções• Geoambiente• Imagem• Notoriun Tecnologia

• Santiago & Cintra Consultoria• Sisgraph

Empresa mais lembrada de Mapeamento• Base• Engefoto• Engemap• Esteio• Topocart

Empresa mais lembrada: Distribuidora de Imagens de Satélites• Digibase• Engesat• Geoambiente• Santiago & Cintra Consultoria• Satmap

Empresa mais lembrada: Distribuidora de Software de GIS• Geoambiente• Geograph• Imagem• Santiago & Cintra Consultoria• Sisgraph

Empresa mais lembrada: Distribuidora de Software para Processamento de Imagens• Imagem• Santiago & Cintra Consultoria• Sisgraph• Sulsoft• Threetek

Empresa mais lembrada: Distribuidora de Equipamentos de Geodésia e Topografia• Alezi Teodolini• CPE Tecnologia• Furtado, Schmidt• Leica Geosystems• Santiago & Cintra Geotecnologia

Melhor Empresa para Trabalhar• CPE Tecnologia• Engemap• Geoambiente• Santiago & Cintra Geotecnologia• Topocart

Melhor Empresa Júnior no Setor de Geotecnologia• EJECart – Empresa Júnior de Engenharia Cartográfica da Unesp Presidente Prudente• Ejeag – Empresa Junior de Engenharia de Agrimensura da UFV• Geoplan Jr – Empresa Júnior de Geografia da Unesp Rio Claro• Labgis Jr – Empresa Júnior de Geotecnologias da UERJ• Mensurar – Associação Júnior de Engenharia de Agrimensura e Cartográfica da UFRRJ

Melhor Profissional de Marketing• Felipe Seabra (Geoambiente)• Fernanda Ribeiro (CPE Tecnologia)• Fernando Schmiegelow (Hexagon)• Kleber Bartolomeu (Furtado, Schmidt)• Marcel Rodrigues (Alezi Teodolini)

Marca mais lembrada de Estações Totais• Geodetic• Leica• Nikon• Ruide• Topcon

Marca mais lembrada de Receptores GNSS• Ashtech• Javad• Leica• Topcon• Trimble

Marca mais lembrada de Laser Scanner Terrestre• Faro• Leica• Riegl• Topcon• Trimble

Marca mais lembrada de Software Topográfico• Datageosis• GeoOffice• Posição• TopoEVN• topoGRAPH

Marca mais Lembrada de VANTs• AGX• Gatewing (Trimble)• Sensefly• Smartplanes• Xmobots

Marca mais lembrada de Imagens de Satélite• Astrium (Airbus Defence & Space)• DigitalGlobe• DMC• Eros (Imagesat)• RapidEye (BlackBridge)

Marca mais lembrada de GIS• ArcGIS (Esri)• Geomedia (Hexagon)• Global Mapper (Blue Marble)• Google• Mapinfo (Pitney Bowes)

Marca mais lembrada de Software de Processamento de Imagens• ArcGIS (Esri)• eCognition (Trimble)• Envi (Exelis)• Erdas (Hexagon)• Pix4D

Melhor Provedor de Bases de Dados Geoespaciais• Digibase• Google• Here (Nokia)• Imagem• Maplink

Profissional do Ano• Antônio Santana Ferraz – UFV• Arthur Caldas – UFBA• Cesar Antonio Francisco – Engemap• Eduardo Oliveira – Santiago & Cintra• Elifas Valim Neto – Metrica• Izabel Cecarelli – Geoambiente• João Francisco Galera Monico – Unesp• Moema José de Carvalho Augusto – IBGE• Rogério Herschel – CPE TecnologiaWilson da Silva Junior – Incra

Vote agora e escolha quem deve ganhar o Prêmio MundoGEO#Connect 2014: http://bit.ly/MgEuUx.

Page 31: Mundo Geo 76

31

MUNDOGEOXPERIENCEMARATONA DE IDEIAS GEOGRÁFICAS

IMAGEM XPERIENCE.JPG

Em 2014 a MundoGEO anuncia um novo evento, voltado ao desenvolvimento de soluções para a sociedade através da utili-zação de informações geoespaciais. O MundoGEOXperience – Maratona de Ideias Geográficas - acontecerá entre os dias 7 e 9 de maio, em paralelo à 4ª edição do MundoGEO#Connect 2014, e será um espaço de integração, competição e desenvolvimen-to de soluções inovadoras para atender às demandas da socie-dade, utilizando atributos de localização e análise geográfica. O evento será co-realizado pela Emplasa, e patrocinado pelas em-presas Garmin, Santiago & Cintra Geo-Tecnologias e Santiago & Cintra Consultoria. Várias instituições e órgãos apoiarão o Mun-doGEOXperience, como IBGE, Prefeitura de São Paulo, Embrapa Monitoramento por Satélite, ABEC-SP, Apeaesp, entre outras. O evento terá duas atividades principais e três paralelas, todas com participação gratuita.

Geo Academia: Entre as atividades deste novo evento está o Geo Academia, uma oportunidade para que estudantes de gra-duação e pós apresentem seus projetos e resultados de pesquisa aplicada. O objetivo desta iniciativa é aproximar a comunidade acadêmica e a indústria de geotecnologias, propondo soluções inovadoras para os usuários de informações geoespaciais. O Geo Academia tem como objetivo oferecer uma nova oportunidade para que estudantes e recém formados apresentem seus traba-lhos – em andamento ou finalizados – de uma forma inovadora, com foco em pesquisa aplicada e resultados práticos. Para isto, o Geo Academia propõe duas formas de apresentação:• Geo Talks: trabalhos acadêmicos/científicos, apresentados

oralmente de forma rápida, com 10 minutos no máximo, seguidos de 5 minutos para perguntas e respostas.

• e-Posters: trabalhos acadêmicos/científicos, utilizando um modelo inovador de apresentação, no qual os posters serão mostrados de forma dinâmica em grandes moni-tores digitais.

Para divulgar trabalhos e projetos no GEO Academia, tanto no formato Geo Talks quanto no e-Poster, os interessados deve-rão submeter seus trabalhos utilizando um formulário específico presente no site do MundoGEOXperience. Os trabalhos aprova-dos pela comissão avaliadora deverão realizar as apresentações durante o evento, em um horário previamente agendado. A comissão avaliadora do Geo Academia é coordenada para Clo-doveu Augusto Davis da UFMG e Silvana Camboim da UFPR, e conta ainda com representantes das universidades, governo, empresas usuárias e atuantes no setor de geotecnologias, com

o objetivo de formar um grupo heterogêneo e que contemple

todas as áreas ligadas à geoinformação.

Geo Hackathon: Outra atividade do MundoGEOXperience

é o Geo Hackaton, um encontro baseado na solução de proble-

mas urbanos, com foco na Região Metropolitana de São Paulo,

no qual serão apresentados desafios e dados geoespaciais para

o desenvolvimento de soluções criativas e inovadoras para a

sociedade. O Geo Hackathon permitirá acesso a dados oficiais

sobre a Região Metropolitana de São Paulo para a criação de

ferramentas visando uma melhor compreensão e gestão dos

problemas urbanos. Ao participar, os desenvolvedores farão

parte de um amplo debate sobre os problemas em uma grande

região metropolitana e as possíveis soluções. Como é um even-

to multidisciplinar, o Geo Hackathon será uma grande oportu-

nidade para combinar, misturar e trocar dados e informações

de diferentes áreas de conhecimento que tratam das questões

urbanas. Os participantes contarão com dados (fornecidos pelo

governo e empresas), softwares (proprietários ou livres), suporte

de mentores (Universidades), local e infraestrutura (MundoGEO).

Duas instituições já confirmaram a disponibilização de dados:

Emplasa (e órgãos conveniados) e IBGE. Os dados serão disponibi-

lizados em bancos de dados (Oracle, PostgreSQL) e também em

formato shapefile. Antes do início do Hackathon será feita uma

palestra dos apoiadores, para apresentação dos dados disponí-

veis, critérios de avaliação, comissão julgadora e briefing sobre

os desafios encontrados.

Encontro de Empresas Júnior e StartUps: Espaço para

interação entre instituições de fomento ao empreendedorismo,

Universidades, representantes de empresas juniores, empresas

incubadas e startups. Evento baseado em apresentação e debate

sobre boas práticas e desafios para os empreendedores.

II Encontro de Integração Governo, Universidades e Em-presas: Espaço de apresentação de resultados de pesquisas fei-

tos em parceria entre universidades e empresas privadas. Este

evento tem como um dos objetivos apresentar as diversas fontes

de recursos governamentais de incentivo a pesquisa e desenvol-

vimento no setor.

Como participar?A participação no Geo Hackathon será gratuita e aberta a

estudantes e desenvolvedores das áreas de Ciência da Compu-

tação, Engenharia de Agrimensura e Cartográfica, Geografia,

Design, Arquitetura/Urbanismo, e áreas afins. Não é necessário

ser programador para participar, pois serão formadas equipes

multidisciplinares durante a realização do Hackathon.

Para mais informações e inscrições acesse www.mundogeox-

perience.com e saiba tudo sobre este novo evento!

Page 32: Mundo Geo 76
Page 33: Mundo Geo 76
Page 34: Mundo Geo 76

MundoGEO 76 | 201434

Integração entre o Google Maps Engine Lite e o Novo Google Maps

Neste artigo demonstramos a integração entre o Google Maps Engine Lite e o novo Google Maps, to-mando como área de estudo a Unesp - Câmpus de Presidente Prudente (SP). Os produtos Google Geo dis-ponibilizam gratuitamente tanto mapas de ruas, quanto mapas do terreno, assim como imagens de satélite e panoramas imersivos 360° ao nível da rua. Para fazer-mos uso do Google Maps Engine Lite, basta entrar em https://mapsengine.google.com e fazer login com sua conta do Gmail. Ao clicar em “Criar um Novo Mapa” são mostrados alguns dos recursos, um dos quais permite fazer uma pesquisa pelo nome de um lugar. Para exem-plificar os procedimentos, digite o nome da Unidade Universitária “Unesp – Câmpus de Presidente Pruden-te” e pressione Enter no teclado. Sendo assim, pode--se visualizar a área urbana na vista de mapa, na qual aparece um marcador verde indicando o Câmpus. Para alterar para a vista de imagem de satélite, basta clicar em “Mapa Básico” no painel à esquerda. Um mosaico contendo várias opções é mostrado e pode-se escolher a opção correspondente à imagem de satélite. Depois de ter escolhido a opção desejada basta clicar em X no canto superior direito do mosaico de opções. A imagem de satélite é exibida na tela e no canto superior esquer-do é possível clicar em “Mapa sem Título”, para então digitar o nome e uma breve descrição do mapa. Neste caso, digite o título “Localização da Unesp – Câmpus de Presidente Prudente” e a descrição “Este mapa mostra a localização da Unesp – Câmpus de Presidente Pruden-te. Foi elaborado por (seu nome), em (data atual)”. Em seguida, clique em “Salvar”.

O marcador verde indica a entrada principal da Uni-dade Universitária e pode-se clicar sobre ele para se-lecioná-lo e em seguida clicar em “Adicionar ao Mapa” na caixa de informação.

PASSO A PASSO

ARLETE APARECIDA CORREIA MENEGUETTEEngenheira cartógrafa (Unesp), PhD em fotogrametria (University College London). Docente e pesquisadora do Departamento de Cartografia da Unesp - Campus de Presidente [email protected]

POR DENTRO DOS PRODUTOS GOOGLE GEO

Como pode-se observar no painel à esquerda, o marcador agora faz parte dos elementos de uma ca-mada sem nome. Se clicar em “Camada sem Título” você pode editar o nome da camada, por exemplo: “Entrada principal da Unesp”, e em seguida clicar em “Salvar”. O marcador não é mais mostrado em verde e sim em vermelho.

Pode-se visualizar mais detalhes, inclusive a posição ocupada pelo marcador vermelho, aplicando zoom na imagem e navegando até a área da Unesp - Câmpus de Presidente Prudente.

O mapa pode ser customizado, para que os marca-dores tenham a aparência que desejarmos, por exem-plo, ao clicarmos em “Estilo” pode-se escolher para os marcadores: estilo uniforme; sequência de cores e le-tras; estilos individuais; ou estilo por coluna de dados.

No caso dos estilos individuais, pode-se definir a cor de preenchimento e o formato do marcador. Ao passar o cursor sobre o marcador vermelho que representa a Unesp no painel à esquerda, nota-se que é mostrado um “balde de cor”. Clicando no balde, uma paleta é exi-bida na qual pode-se escolher outra cor para o marca-dor, além disso, pode-se alterar a forma do marcador. Mas se clicarmos em “Mais ícones”, tem-se acesso a muitos ícones diferenciados por modalidade, que en-riquecerão o mapa.

Page 35: Mundo Geo 76

35 MundoGEO 76 | 2014

Tendo escolhido o ícone desejado, só é preciso cli-car em OK e o mesmo será exibido tanto no painel à esquerda quanto no mapa personalizado.

É possível fazer o upgrade para o Google Maps Engi-ne Pro para ter mais ícones do Google e usar seus pró-prios ícones. Tendo finalizado o mapeamento, pode-se clicar em “Compartilhar” e definir as configurações de compartilhamento que desejar.

Este mapa personalizado está disponível para visu-alização e edição em http://bit.ly/1cW3306. Finalmente, pode-se clicar em “Arquivo” e escolher a opção “Expor-tar para KML”, a qual permite exportar o mapa inteiro ou cada uma das camadas em separado. É preciso indicar o caminho onde o arquivo será salvo em seu computador para ser utilizado posteriormente. Neste caso, escolha salvar o arquivo como “Unesp_PresPrudente.kml”, o qual pode ser importado no Google Maps Clássico ou aberto no Google Earth.

Pode-se visualizar o mapa recém criado no Goo-gle Maps Engine Lite, fazendo uso de um recurso do Novo Google Maps. Basta entrar em www.google.com.br/maps/preview e fazer login com sua conta do Gmail. Em seguida, clique na caixa de pesquisa e escolha a op-ção “Meus Mapas Personalizados” para ver uma lista

dos cinco mapas mais recentes criados ou compartilha-dos com você no Google Maps Engine Lite. Ao clicar no primeiro dos mapas listados, pode-se visualizar aquele que foi acabado de criar no Google Maps Engine Lite.

O mapa exibido é somente uma prévia, pois para visualizar ou editar o mapa completo é necessário clicar em “Abrir o mapa original”, o que levará você de volta ao Google Maps Engine Lite. Tendo dúvidas, pode-se acessar http://bit.ly/1fKz5fJ.

Um aspecto interessante dos produtos Google Geo é que eles favorecem o empoderamento dos neo- cartógrafos, que podem contribuir com seu conhe-cimento local através do mapeamento colaborativo e participativo.

SUA PUBLICIDADE AQUI!

MAIS DE

50 MILLEITORES

[email protected]@mundogeo.com+55 41 3338 7789+55 41 3338 7789

Page 36: Mundo Geo 76

36 MundoGEO 76 | 2014

APP DO MCDONALD’S LOCALIZA RESTAURANTES

A rede McDonald’s acaba de lançar o aplicativo McDonald’s BR. Com ele, o usuário pode encontrar o restaurante mais próximo de sua localização, em todo território nacional, além de conferir a distância e a melhor rota para o destino. Disponível gratui-tamente na APP Store (para iOS) e na Google Play (versão Android), a nova ferramenta também apre-senta os serviços disponíveis em cada restaurante.

LOCATION INTELLIGENCE

PITNEY BOWES E TWITTER FIRMAM ACORDO

A Pitney Bowes deu início à um acordo de li-cenciamento com o Twitter, a fim de fornecer so-luções em inteligência de localização para a sua plataforma móvel. As soluções em inteligência de localização da Pitney Bowes oferecem ser-viços de geocodificação para plataformas mó-veis e soluções em mapeamento aos setores de seguros, serviços financeiros, varejo e públicos. A construção da geocodificação precisa ocorrer a partir de endereços cuidadosamente verifica-dos e validados antes da atribuição das coor-denadas de latitude e longitude. Desenvolvida em uma interface API consistente, a solução de geocodificação da Pitney Bowes vem a ser par-ticularmente adequada para plataformas mó-veis. O Twitter usará a tecnologia para sustentar o compartilhamento de localização em tuítes.

TECTOTAL USA INTELIGÊNCIA GEOGRÁFICA

A TecTotal anunciou que adquiriu o TourSol-ver, uma ferramenta de inteligência geográfica oferecida pela Geograph. Segundo a empresa, a implantação da solução ajudou a reduzir cus-tos com pessoal interno e de campo, além de deslocamento, combustível, pedágio, manu-tenção, etc.. O TourSolver viabiliza a roteirização de centenas de atendimentos diariamente, com rapidez e assertividade”, afirma Dario de Faria, gerente de operações da TecTotal.

ESRI FORNECE ANÁLISE DE LOCALIZAÇÃO À SIGNAL DATA

A Esri anunciou que a empresa Signal Data incorporou a solução Esri Location Analytics à sua plataforma de inteligência geográfica, chamada de Signal Retail. Com a solução, a partir de agora a Signal Data pode oferecer análises de localização, permitindo com que seus clientes do setor de varejo possam au-mentar a competitividade baseando-se em atividades econonômicas, demografia, etc..

INFOwww.esri.com/software/location-analytics

WEBINAR SOBRE INTELIGÊNCIA GEOGRÁFICA NO TRÂNSITO

No dia 12 de fevereiro a MundoGEO e a HERE realizaram o seminário online “Usos de infor-mações de trânsito com dados históricos e em tempo real”, apresentando os diferentes tipos de aplicações de inteligência geográfica no trânsito.

Com participantes de várias partes da Amé-rica Latina, Portugal e outros países, o webinar abordou o cenário atual no Brasil e como a utilização de ferramentas e dados para análise e verificação de trânsito podem facilitar e trazer mais eficiência a várias tarefas, como no despacho de equipes, tan-to em rotas planejadas como emergenciais, além de permitir uma melhor análise e diagnóstico para investimentos em novas rotas (rodovias) e projetos de integração de meios de transporte alternativos.

Os materiais dos webinars realizados pela Mun-doGEO podem ser acessados em www.mundogeo.com/webinar.

Page 37: Mundo Geo 76
Page 38: Mundo Geo 76

MundoGEO 76 | 201438

Sem a confiança sobre os dados geográficos, eles são descartados

TI+GEO

A CRISE DA INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA

Peço a licença ao leitor de interromper a sequência de textos técnicos sobre banco de dados geográficos para escrever sobre um tema que me angustia como profissional há tempos (na próxima edição desta re-vista retomaremos a sequência).

O aprendizado no campo das Geotecnologias é muito baseado no ato de agir: quando há uma deman-da e motivação para um objetivo, o conhecimento ne-cessário muitas vezes é construído durante a busca por este objetivo. Não raramente, o conhecimento cons-truído possui lacunas, que já jogaram a área das Geo-tecnologias no Brasil no que eu entendo ser uma crise.

Deixe-me definir a crise: informações geográficas já existentes estão sendo deixadas de escanteio pe-los seus potenciais usuários. O autor do livro How to Lie With Maps, Mark Monmonier, na década de 90 se referenciava ao termo “cartofobia” para definir um ceticismo no uso de mapas, que é oriundo da igno-rância de como os mapas são gerados ou por experi-ências anteriores ruins. Talvez, para os dias de hoje, a palavra ceticismo não seja a melhor, uma vez que as pessoas geralmente ficam maravilhadas com adere-ços tecnológicos como mapas digitais coloridos. To-davia, se alastra um conjunto de experiências ruins que, no mínimo, atrasa o progresso da incorporação das informações do espaço geográfico nos processos produtivos e educacionais.

Para ilustrar a crise que me refiro, cito dois exem-plos. Uma empresa forneceu imagens de satélite e mapeamentos de uso e cobertura de uma enorme região ao poder público, porém a qualidade da or-torretificação dos produtos ficou a desejar. O órgão ambiental responsável não quer divulgar os dados atualizados de área total de cobertura vegetal, pois entende que a área calculada estaria distorcida devi-do ao problema da ortorretificação. Outro exemplo é uma prefeitura que realiza processos de licenciamento ambiental utilizando poucos e desatualizados dados geográficos, entretanto há um mapeamento recente disponível por outro órgão governamental. A justi-ficativa da prefeitura em não utilizar a base nova é que foram encontrados alguns erros sobre este novo mapeamento.

JOSÉ AUGUSTO SAPIENZA RAMOSCoordenador Acadêmico do Sistema Labgis. Professor do Departamento de Geologia Aplicada da Faculdade de Geologia da UERJ. Formação na área de Engenharia e Ciência da Computação, atua há mais de 12 anos na área de Geotecnologias com pesquisa, ensino e [email protected]

Deixe-me definir a crise:

informações geográficas

já existentes estão sendo deixadas de

escanteio pelos seus potenciais

usuários.

Se o leitor - nos exemplos citados - entendeu que a fonte do problema é o erro dos dados, está equivocado. Como já defendi nesta revista em um artigo anterior, não há informação geográfica sem erro. O problema está na falta de confiança sobre a informação, que nos faz descartar ou diminuir a im-portância na aplicação desses dados. Só que a res-ponsabilidade em instaurar e manter essa confiança é de quem constrói, de quem contrata a construção e de quem utiliza o dado geográfico.

Pragmaticamente, começamos a colecionar fon-tes de dados e a construir legados de informações geográficas dentro dos setores de geotecnologias que se espalham nas estruturas organizacionais. O problema é que não são realizadas métricas para aferição da qualidade da informação geográfica e ainda são muito aquém do necessário a documen-tação com o detalhamento técnico, os metadados. Ressalta-se que, como a noção de qualidade é sub-jetiva a quem utiliza os dados, não cabe apenas ao produtor criar essas métricas, pois o consumidor também é corresponsável.

Infelizmente a literatura sobre o tema qualidade de dados geográficos no Brasil é muito reduzida. Recomendo leitura de textos relacionados ou das próprias normas ISO 19113, ISO 19114 e ISO 19115 e também dos capítulos iniciais do Plano de Ação para Implantação da Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais (Inde), disponíveis no site da Comissão Nacional de Cartografia (Concar).

Como eu brinco em sala de aula: quando utili-zamos ou mesmo produzimos um dado geográfico sem realizar uma avaliação da qualidade, estamos cometendo um ato de fé. Nós simplesmente acredi-tamos que o dado possui acurácia posicional, com-pletude e outras características necessárias para gerar resultados com a qualidade que precisamos. Não adianta apenas se preocupar com a qualida-de, temos que efetivamente medi-la e divulgá-la. Caso contrário, continuaremos descartando as informações que se espalham por aí. É uma crise de confiabilidade.

Page 39: Mundo Geo 76
Page 40: Mundo Geo 76

40 MundoGEO 76 | 2014

VANTS & DRONES

ANAC APRESENTA PROPOSTA DE REGULAÇÃO

MAPTEK INVESTE EM DRONES

MONITORAMENTO DE FLORESTAS

HEXAGON ADQUIRE A AIBOTIXO Grupo Hexagon adquiriu recentemente a

Aibotix, fabricante de sistemas inteligentes para aplicações aéreas de alta eficiência. Com sede na Alemanha, a empresa é a fabricante do Aibot X6, uma nova geração de Veículos Aéreos Não Tripu-lados (VANTs) com decolagem e pouso na verti-cal, lançada no início de fevereiro. O novo drone permite integração com diferentes instrumentos de medição e outros sensores, tais como RTK e receptores GNSS, para maior precisão.

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) en-cerrou o ciclo de debates sobre a regulamentação dos Sistemas de Aeronaves Remotamente Pilotadas (RPAS) – mais conhecidos como VANTs ou Drones – apresentando proposta de norma durante o 2° workshop sobre o tema, promovido nos dias 19 e 20 de fevereiro, em São José dos Campos (SP). O even-to foi destinado ao público externo e contou com a participação de entes governamentais envolvidos com o assunto.

O workshop teve como objetivo a apresenta-ção, pelas áreas técnicas da Agência, da proposta de norma para operações não-experimentais de aeronaves remotamente pilotadas e a discussão

da proposta junto aos interessados do setor, com a finalidade de aprimorar a regulamentação. O nor-mativo proposto ainda será submetido a audiência pública, oportunidade na qual qualquer interessado poderá encaminhar contribuições.

A proposta da Anac apresentou uma classificação para os Drones, conforme critérios relacionados às características da operação (altitude, operação ao alcance da visão ou além dela, operação noturna, operação em áreas confinadas, entre outras): clas-se I: 150kg em diante; classe II: 25 a 150kg; e classe III: 0 a 25kg.

A previsão, de acordo com a Anac, é que regula-mentação entre em vigor até o fim de 2014.

A empresa chilena Maptek, fornecedora de tecnologia para mineração, anunciou um acordo com a DroneMetrex, empresa australiana atuan-te na área de tecnologia para mapeamento fo-togramétrico com VANTs. A aeronave oferecida

pela DroneMetrex se chama TopoDrone-100 e permite aos usuários coletarem grandes quan-tidades de dados digitais de terreno e imagens de alta qualidade.

Desde 2013 a Eldorado Brasil realiza testes com Veículos Aéreo Não Tripulados, sobrevo-ando plantações de eucalipto. Atualmente, os VANTs estão plenamente operacionais e apre-sentando resultados altamente eficientes. A em-presa já conta com três aeronaves, que podem operar com três níveis de altura, chegando a 130 metros e com precisão que permite contar e captar detalhes desde o plantio das mudas até o desenvolvimento das árvores. A tecnologia re-gistra hectare por hectare e, para armazenar os

mapas gerados com a precisão de detalhes que a nova tecnologia exige, foi instalado um “super-computador” com capacidade para processar e arquivar os registros e também foi contratado um especialista em GIS. “Para se ter uma ideia da qualidade da imagem, são feitas em média quatro fotos por quadrante com resolução de 4 a 6 centímetros por pixel”, explica Marcio Bernar-di, coordenador de planejamento e mensuração florestal da Eldorado.

Page 41: Mundo Geo 76

41

ANAC CERTIFICA MINI-VANT PRIVADO

A Anac emitiu o primeiro Certificado de Autorização de Voo Experimental (Cave) para um mini-drone (categoria até sete quilos) privado e de uso civil. O Echar 20A, desenvolvido pela XMobots, empresa sediada em São Carlos (SP), é o segundo veículo não tripulado fabricado pela companhia a receber da Agência a autorização para realizar voos em território nacional com objetivo de pesquisa e desenvolvimento. Em maio de 2013, o Cave havia sido emitido para o VANT Nauru 500A, primeiro drone privado do país a receber o Certificado.

VANT REALIZARÁ MAPEAMENTO NA BAHIA

O Instituto Federal Baiano (IF Baiano) recebeu autorização de uso do espaço aéreo pelo Ministério da Defesa, através do Comando da Aeronáutica, para realizar o mapeamento multi-finalitário de alguns campi com o VANT Nauru 500, no período de janeiro a abril de 2014. Com a liberação das Notam, o Insti-tuto, por meio da Pró-Reitoria de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação (Propes), dará continuidade à execução da segunda etapa do projeto do Atlas Digital em 3D, que será disponibili-zado na internet.

MERCADO BRASILEIRO EM ALTA

Os drones, militares ou civis, já estão presentes em mais de 75 países, segundo um relatório de 2012 do Congresso dos Estados Unidos. Em 2005, apenas 40 países detinham esse tipo de equi-pamento. O Brasil está entre os países que mais utilizam drones sem armamentos para missões militares e civis. Recentemente, a Embraer anunciou um acordo com a empresa israelense Elbit Systems para produzir estas aeronaves no Brasil. A parceria será feita por meio da empresa de defesa Avibras, que integra a Har-pia Sistemas, criada pela Embraer em 2011 em conjunto com uma subsidiária da Elbit, a AEL Sistemas.

A parceria pode ser representativa para o Brasil, pois Israel é um dos líderes no desenvolvimento de tecnologias para drones. “Israel e EUA são os países com grandes vantagens comparativas em tecnologia neste setor. Israel tem vários casos de sucesso ao colocar drones no mercado público. O país tem vendido drones para várias nações e arrebatado, na prática, mais mercado de vendas externas que os EUA”, explica Michael J. Boyle, professor--assistente de Ciências Políticas da Universidade de La Salle (EUA) e analista de política externa norte-americana.

Segundo o Ministério da Defesa, as Forças Armadas usam dro-nes em missões de reconhecimento, aquisição de alvos, apoio a direção de tiro, avaliação de danos e vigilância terrestre e marítima de fronteiras, especialmente na Amazônia. Na área civil, os drones já foram usados como apoio em casos de desastres naturais, como incêndios florestais e enchentes. A Marinha brasileira utiliza pe-quenos aviões não tripulados desde os anos 90 para treinamen-to de tiro a partir de navio. Os fuzileiros navais também usam os aparelhos em missões de observação desde 2006, além de um VANT nacional. Já a Polícia Federal utiliza os drones na elucidação de crimes, em varreduras antibomba, e em perícias de obras de engenharia civil, como terraplanagem e meio ambiente.

FAB RECEBE VANTS DA ESPANHA

O Instituto Nacional de Técnica Aeroespacial

(Inta), órgão vinculado ao Ministério da Defesa es-

panhol, informou que entregou para a Força Aérea

Brasileira (FAB) dois VANTs chamado de “Diana”,

como parte de um acordo com a empresa brasilei-

ra Equipaer Indústria Aeronáutica para a transfe-

rência de tecnologia. Estas aeronaves são usadas

para aplicações de defesa, e capazes de embarcar

vários sistemas de armas. Por meio do acordo, o

Inta fornece ao governo brasileiro duas unidades,

compostas por um sistema de controle em terra e

um segmento terrestre, além de um lançador co-

mercial e um carro adaptador.

assine agora

50%D E D E S C O N T O *

A S S I N A T U R A C O M

DE VERÃO

de R$150 mu

nd

og

eo

.co

m/l

oja

*PR

OM

ÃO

LID

A A

3

1/0

3/1

4

Page 42: Mundo Geo 76

42 MundoGEO 76 | 2014

PARABÉNS!Landsat 8 comemora um ano de vida

WILSON ANDERSON HOLLER Engenheiro Cartógrafo, Esp. (UFPR), Supervisor de equipe na Embrapa Gestão Territorial [email protected]

Desde o lançamento do Landsat 1, em 1972, os satélites da série tornaram-se parte integrante

de muitas atividades direcionadas à gestão do território. O programa Landsat permitiu que os cientistas e analis-tas pudessem observar o mundo além do poder da vi-são humana, monitorando mudanças na terra e detec-tando tendências nas condições de recursos naturais.

A série Landsat representa a maior coleção contínua de imagens de média resolução espacial para todo o globo. Mais de quatro décadas de imagens ofere-cem um recurso único para aqueles que trabalham na agricultura, geologia, silvicultura, planejamento do território, educação, mapeamento e pesquisa em mu-danças globais.

Todo o acervo de imagens Landsat tornou-se dis-ponível online e sem custo, no final de 2008. O gráfico mostra o crescimento da distribuição das cenas nesses pouco mais de cinco anos de disponibilização do acervo Landsat. Até o dia 4 de janeiro, mais de 15 milhões de cenas haviam sido descarregadas.

Recentemente o Serviço Geológico dos EUA (USGS, na sigla em inglês) divulgou o relatório de uma pes-quisa realizada no início de 2012 com mais de 40 mil indivíduos que acessaram e descarregaram imagens Landsat através do USGS Earth Resources Observation and Science (EROS) Center. Mais de 13 mil usuários res-ponderam a pesquisa.

O relatório conclui que os entrevistados utilizaram as imagens em 38 diferentes aplicações. A maioria dos usuários (78%) usaram cenas obtidas por sensores do Landsat durante duas ou mais épocas de tempo de cinco anos e mais da metade (57%) usaram cenas de três ou mais épocas, indicando que a maioria dos usuá-rios estão trabalhando em projetos de monitoramento temporal. Em torno de 60% dos usuários responde-ram que teriam que suspender metade de seus tra-balhos se as imagens Landsat - e acervo - não estives- sem disponíveis.

Com base nos resultados da pesquisa, os economis-tas estimaram que os benefícios, a partir de imagens Landsat, da distribuição direta pelo USGS em 2011, pode ser um pouco mais de 1,79 bilhão de dólares para os usuários dos Estados Unidos, e quase 400 milhões de dólares para usuários internacionais, resultando em um benefício econômico anual total de 2,19 bilhões de dólares. Essa estimativa não contempla os bene-fícios decorrentes da utilização de produtos de valor agregado derivados das imagens Landsat. O relatório pode ser acessado em http://pubs.usgs.gov/of/2013/1269.

Landsat 8Construído para ampliar o registro de mais de 40

anos da série, o Landsat 8 foi projetado para uma missão

de cinco anos de vida útil, com combustível suficiente

para 10 anos de operação.

Ele carrega dois instrumentos, o Observational Land

Imager (OLI) e o Thermal Infrared Sensor (Tirs) que, juntos,

observam os mesmos comprimentos de onda de luz

que os satélites Landsat anteriores, e adicionam duas

novas bandas. Essas bandas observam novos recortes

do espectro eletromagnético que melhoram a detec-

ção de nuvem e a percepção de clorofila no oceano

próximo à costa. A banda 1 (deep-blue) para estudos em

zonas costeiras, onde há muito material em suspensão e

para aerossóis como poeira e fumaça, e a banda 9 para

a detecção de nuvens. Existem duas bandas térmicas

para ajudar a melhorar a sensibilidade à temperatura da

superfície. O Tirs coleta as imagens dessas duas bandas,

e foi adicionado para continuar o acervo de imagens

termais, atendendo aplicações como a modelagem

da evapotranspiração para monitorar o consumo de

água sobre áreas irrigadas. Também houve a melhora

da qualidade radiométrica das imagens, aumentando

o número de bits utilizados para representar cada valor

de pixel (de 8 para 12 bits). Em testes de classificação de

cobertura da terra realizados por Curtis Woodcock, da

Universidade de Boston, os resultados com imagens

Landsat 8 foram 19,5% mais precisos do que utilizando

as do Landsat 7.

O relatório do USGS informa que os usuários das

imagens irão ampliar seus trabalhos com o uso de ima-

gens do Landsat 8. A continuidade das observações e

as melhorias tecnológicas garantem que o Landsat 8

atenda às necessidades de muitos usuários por muitos

anos ainda.

Muitos anos de vida para o Landsat 8!

GEOQUALITY

A série Landsat representa a

maior coleção contínua

de imagens de média resolução

espacial para todo o globo.

landsat.gsfc.nasa.govACESSE EM:

Page 43: Mundo Geo 76
Page 44: Mundo Geo 76

MundoGEO 76 | 201444

SISVANTS

Saiba como diferenciar os mais diversos tipos de veículos aéreos não tripulados disponíveis atualmente no mercado

QUERO UM VANT: E AGORA? PARTE 2

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) está trabalhando para estabelecer um novo regulamen-to para os Sistemas de Veículos Aéreos Não Tripu-lados (SisVANTs). Neste projeto da Anac, o termo utilizado para se referir a eles passa a ser Remotely Piloted Aircraft Systems (RPAS) ou Remotely Piloted Air Systems, sigla tirada do termo em inglês. Para nós significa Sistema de Aeronave Remotamente Pilotada. Diante disso, passamos a utilizar o termo RPAS para todo o sistema e RPA para a aeronave.

Para um operador de RPA, é muito importante que se conheça o básico da dinâmica de voo de uma aeronave. Isso irá ajudá-lo a escolher um RPAS, pla-nejar sua missão e evitar acidentes por má operação.

O que faz um avião voar é a passagem do ar pelas suas superfícies aerodinâmicas.

Nas figuras a seguir podemos ver como isso acontece.

Para um operador de RPA, é muito

importante que se conheça o básico

da dinâmica de voo de uma aeronave.

Na maioria dos perfis, com ângulo de ataque posi-tivo (a asa inclinada para cima), forma-se uma zona de baixa pressão na parte superior da asa e uma de alta pressão na parte de baixo. É essa diferença de pressão que resulta na força de sustentação. Quanto maior o ângulo de ataque, maior a força de sustentação. Mas este ângulo tem um limite e varia de perfil para perfil. Atingido este limite, o ar não consegue mais escoar pela parte de cima do perfil de maneira uniforme e, quando isso acontece, acaba a sustentação e ocorre o que cha-mamos de stall. A aeronave pode mergulhar ou entrar em parafuso. Dependendo da altura do voo e das carac-terísticas aerodinâmicas do avião, o stall pode ser fatal.

Temos então o ângulo de stall. Ele acontece sempre no mesmo ângulo. O que varia é a velocidade de stall, que aumenta com o peso da aeronave. Quanto mais pesada, maior a velocidade de stall. Ou seja, quanto mais pesada nossa RPA, mais pista ela vai precisar para decolar e pousar.

Se nossa aeronave estola com 60 quilômetros por hora, temos que manter uma velocidade relativa ao vento (não importa em relação ao solo) sempre acima disso. O resultado é que com vento de frente nosso avião voará com uma velocidade menor em relação ao solo e com vento de cauda, uma velocidade maior. Isto deve ser levado em conta ao se planejar uma operação de aerofotogrametria. Se o tempo de disparo da má-quina for constante, quando ele estiver voando contra o vento terá uma sobreposição de imagens maior do que quando estiver voando com vento de cauda, o que vai interferir em todo o trabalho.

Outro cuidado é uma condição que, para muitos, é óbvia e para outros não. Os aviões devem decolar e pousar sempre contra o vento. Para se ter uma ideia da importância disso, a companhia americana Southwest estabelece que a intensidade máxima para pouso com vento de cauda de um Boeing 737 – que pesa em torno de 70 toneladas e pousa com velocidade perto dos 240 quilômetros por hora – é de apenas 18 quilômetros por hora em pista seca.

Os aviões podem ter várias formas de asas. No de-senho a seguir, as formas em planta das mais comuns.Cada uma delas tem suas características.

FLORIANO PEIXOTOPesquisador responsável pelo projeto de pesquisa e desenvolvimento de Sis VANTs Albatroz Aerodesign, pré incubado no NINE – Núcleo de Inovação, Negócios e Empreendedorismo da UNISANTA – Universidade Santa Cecília, em Santos – [email protected]

Com o deslocamento da aeronave, temos o que chamamos de vento relativo. É o mesmo que acon-tece quando colocamos a mão para fora da janela de um carro. Se não houver vento nenhum, com o carro parado também não temos vento relativo. Quando o carro se movimenta, sentimos o vento em nossa mão, na direção contrária ao deslocamento do carro e na velocidade em que ele está se movendo.

Vamos supor que temos um vento de 20 quilôme-tros por hora atingindo a frente do nosso carro quando estamos com ele parado. Se nos movimentarmos com este vento de frente, a 60 quilômetros por hora, teremos na nossa mão um vento relativo de 80 quilômetros por hora. Se o vento estiver vindo por trás do carro - em avia-ção chamado vento de cauda -, ao movimentarmos o carro a 60 quilômetros por hora teremos na nossa mão um vento relativo de 40 quilômetros por hora.

Num avião, este vento relativo forma um ângulo em relação à asa, chamado de ângulo de ataque. Ao passar pela asa, o ar se divide, parte para cima e parte para baixo.

Page 45: Mundo Geo 76

45 MundoGEO 76 | 2014

Se tivermos todo critério em operar um RPAS com segurança, poderemos desfrutar de todos os benefícios que esta ferramenta nos trará. Eles vieram para ficar. Agora só depende de nós!

assine agora

50%D E D E S C O N T O *

A S S I N A T U R A C O M

DE VERÃO

de R$150 mu

nd

og

eo

.co

m/l

oja

*PR

OM

ÃO

LID

A A

3

1/0

3/1

4

A mais eficiente é a elíptica, mas sua construção é muito trabalhosa. A menos eficiente é a retan-gular, enquanto a asa mista acaba sendo a melhor opção. Outro fator importante é seu alongamento, a relação entre a envergadura - distância de ponta a ponta - de uma asa e a sua área.

Asas com grande alongamento têm maior razão de planeio. Um avião com razão de planeio de 10:1 significa que sem motor ele deverá voar 10 vezes a altura em que está até chegar ao solo. Para se ter uma ideia, um planador de alta performance tem razão de planeio de incríveis 50:1. Eles são as aero-naves com maior eficiência aerodinâmica, pois voam horas sem o uso de motores.

Ter uma boa razão de planeio é muito importan-te. Gasta-se menos energia para voar e, em caso de pane, cobre-se uma distância maior em busca de uma área de pouso segura.

Também temos que considerar a envergadura de nosso RPA. Aviões com pequena envergadura são mais instáveis. A instabilidade é boa quando se pretende uma aeronave rápida em manobra, mas se queremos uma aeronave que voe o mais nivelada possível, devemos optar pelas de maior envergadura. Para os trabalhos de aerofotogrametria, a estabilida-de é fator primordial. No gráfico a seguir podemos ver o que acontece com o enquadramento das imagens quando nosso avião se desestabiliza. Neste exemplo utilizamos uma lente com abertura de 40 graus. As linhas em preto mostram a área imageada com o avião nivelado, as linhas em vermelho mostram a área imageada quando o avião está inclinado 10, 15 e 20 graus respectivamente.

Baixo alongamentoMédio alongamento

Grande alongamento

A sobreposição das imagens planejadas ficará to-talmente prejudicada pela inclinação do avião de um lado para o outro. Uma solução para este problema é que o suporte de câmera utilizado tenha um sistema giro estabilizado. Desta forma, a câmera estará sempre perpendicular ao solo, independentemente da incli-nação da RPA.

Ao planejar uma missão temos que levar em consi-deração as previsões climáticas para o horário preten-dido de voo. Assim, não corremos o risco de colocar nossa RPA no meio de uma tempestade ou enfrentar um vento de frente acima dos seus limites.

Vejamos o que acontece com o ar ao passar por obstáculos.

Seu movimento cria áreas de ar ascendente à fren-te deles e áreas de turbulência atrás. Voar nessas áreas de turbulência pode provocar a queda da aeronave.

Sempre devemos observar os obstáculos que por ventura existam no final da pista e ao lado dela. Ob-servando a direção do vento, podemos evitar que nossa RPA passe dentro das áreas perigosas. Também devemos tomar o máximo cuidado ao planejarmos uma rota de voo quando temos regiões de relevo muito acidentado.

Outro fator importante é conhecer os limites ope-racionais de nossa RPA. Tentar colocá-la numa razão de subida superior aos seus limites pode provocar um stall indesejado. Da mesma maneira, uma des-cida muito rápida irá aumentar sua velocidade em demasia, podendo causar danos estruturais à RPA. Além disso, velocidade excessiva na aproximação para o pouso fará com que nosso avião percorra um espaço muito maior de pista, coisa que nem sempre temos a disposição.

Se tivermos todo critério em operar um RPAS com segurança, poderemos desfrutar de todos os benefí-cios que esta ferramenta nos trará. Eles vieram para ficar. Agora só depende de nós!

Page 46: Mundo Geo 76

46 MundoGEO 76 | 2014

ALTA ACURÁCIA

RTK POSTO À PROVAPosicionamento Cinemático em Tempo Real: Infraestrutura para avaliação da qualidade em diversas condições

Um dos trabalhos precursores do posicionamen-to cinemático com GPS foi desenvolvido pelo Dr. Remondi, que defendeu sua Tese de Doutorado na Universidade do Texas (Austin) em 1985. Deste en-tão, o método foi sendo aprimorado e, hoje, é de uso comum. Ele passou a ser denominado de Real Time Kinematic (RTK), quer seja na sua forma original, com apenas uma estação base, ou em rede (RTK em rede). No último caso, um conjunto de estações GNSS com coordenadas conhecidas propicia o cálculo de correções para os efeitos atmosféricos. Um sistema de comunicação é necessário para que as correções sejam transmitidas para os usuários, diretamente ou na forma de um arquivo virtual de uma estação próxima ao interessado.

A Unesp em Presidente Prudente dispõe de dois sistemas desta natureza: um comercial, denomina-do Pivot, desenvolvido pela Trimble, e um de cunho científico, denominado Unesp-VRS, resultado de uma Tese de Doutorado e Pós-Doutorado realizadas nesta Universidade. Ambos os sistemas se encontram em fase de testes e desenvolvimento, devendo tornar--se disponíveis aos usuários em breve. Na figura a seguir é apresentada a distribuição das estações no estado de São Paulo, rede esta denominada GNSS--SP, desenvolvida dentro de um projeto Temático financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), sendo que várias des-sas estações estão incorporadas à Rede Brasileira de Monitoramento Contínuo dos satélites GNSS (RBMC).

JOÃO FRANCISCO GALERA MONICOÉ graduado em engenharia cartográfica pela Universidade Estadual Paulista, com mestrado em ciências geodésicas pela Universidade Federal do Paraná e doutorado em engenharia de levantamentos e geodésia espacial pela Universidade de Nottingham. Professor e líder do Grupo de Estudo em Geodésia Espacial da Unesp. Autor do livro Posicionamento pelo GNSS [email protected]

tores GNSS no modo RTK em várias condições: li-vre de obstruções, com pouca e forte obstrução e em regiões com vegetação. Além disso, objetiva-se avaliar os sistemas sob a presença de moderada e forte cintilação ionosférica, um requisito para o pro-jeto Countering GNSS High Accuracy Applications Limitation due to Ionospheric Disturbance in Brazil (Calibra), ora em desenvolvimento. A figura a seguir mostra a distribuição da área teste localizada dentro do Campus da Unesp em Presidente Pudente, com sete circuitos (tracks).

Rede GNSS-SP inserida no PivotOs testes iniciais de ambos os sistemas têm pro-

porcionado bons resultados. Um desafio que se apresentou agora foi o desenvolvimento de uma área teste para avaliar o desempenho de recep-

Área teste para avaliar desempenho de receptores GNSSA área teste é composta de 79 estações com co-

ordenadas conhecidas, determinadas por GNSS no modo relativo estático integrado com estação total e nivelamento de precisão. Trata-se de um trabalho em conjunto da Unesp e da empresa ConsulGEL. O desempenho dos receptores será analisado em ter-mos de acurácia (efeitos sistemáticos e aleatórios).

Em breve essa área teste poderá ser utilizada por aqueles que tiverem interesse em avaliar sua meto-dologia de trabalho, quer seja no modo RTK , Stop & Go ou qualquer outro método rápido de posiciona-mento. Ela também será útil para o desenvolvimen-to de trabalhos práticos pelos alunos de Engenharia Cartográfica da Unesp de Presidente Prudente. Re-sultados preliminares serão apresentados durante o Workshop denominado Calibra Day, que faz parte da programação do MundoGEO#Connect LatinAme- rica 2014: http://bit.ly/1oNBIFH.

Page 47: Mundo Geo 76

garmin

Page 48: Mundo Geo 76

MundoGEO 76 | 201448

AGROPECUÁRIA

Mapeamento da pecuária e a pastagem no oeste do Estado de São Paulo

DADOS AGROPECUÁRIOS PARA TOMADA DE DECISÃO

ANDRÉ LUIZ DOS SANTOS FURTADOBiólogo, Dr. Pesquisador da Embrapa Monitoramento por Satélite

A relevância, influência e aplicação dos sensores re-motos espaciais são muitas vezes percebidas de forma subjetiva por uma significativa parcela da população. Contudo, as geotecnologias assumem importância cada vez maior no contexto das relações econômicas, políticas e sociais e no conhecimento, apesar de saber-mos das restrições tecnológicas atuais, que oportu-namente serão superadas pela capacidade inovadora do homem.

Por várias décadas, o oeste do Estado de São Paulo foi uma região tradicional para a pecuária. No entanto, observamos acentuada mudança nesse cenário. Esta região foi foco do projeto de pesquisa Sustentabilidade e Recuperação de Pastagens: Aspectos Técnicos, Am-bientais e Econômicos com Transferência de Tecnologia e Tomada de Decisão (Mapastore), aprovado no final de 2008 pela Embrapa Monitoramento por Satélite em edi-tal competitivo do CNPq, que teve por objetivo mapear as pastagens, identificar seus níveis de degradação e levantar dados de campo relacionados à sua ecologia.

De forma a possibilitar a obtenção de informações que subsidiassem a elaboração de um diagnóstico da região, utilizamos como modelo as áreas de três micro-bacias - Córrego Frutal, Córrego Barra Grande, Córrego Nove de Abril - situadas na região rural do Município de Guararapes (SP). Foram obtidas informações de campo sobre os níveis de degradação e as condições das pasta-gens (cobertura vegetal, composição botânica, plantas invasoras) e do solo (compactação, riscos de erosão, atividade e diversidade de microrganismos).

Inicialmente, avaliamos as mudanças no uso e na co-bertura do solo. Para tanto, foram utilizadas fotos aéreas do ano de 1972, imagens do satélite Spot 2 de 1990 e do satélite Alos de 2009. A partir da análise das imagens, foi possível traçar um padrão histórico da agropecuária local, configurada pelo cenário do mercado nacional e mundial e integrado às forças produtivas residentes.

Em 1972, as principais classes definidas foram: cafei-cultura, canavicultura, heveicultura, mata (vegetação arbórea primária ou secundária), pastagem, silvicultura, solo exposto e uso misto, caracterizado por pequenas áreas de cultivo variado como pomares, hortas domés-ticas, plantação de tomate e outras pequenas áreas com outra cultura na época. Essas classes citadas ocu-pavam 97,3% dos 11 mil hectares das três microbacias.

Observamos o predomínio da classe pastagens (77,2%), seguida pela classe mata (13,9%). Somente 0,4% da área analisada era ocupada com a cultura da cana-de-açúcar.

Uso e cobertura das terras nas sub-bacias Córrego Frutal, Cór-rego Barra Grande e Córrego Nove de Abril, na região rural do Município de Guararapes, no ano de 1972 (somente foram consideradas classes com representatividade superior a 0,4% da área analisada)

Dezoito anos depois, a área de pastagem ainda era predominante. Contudo, observamos redução de apro-ximadamente 20% em sua área de ocupação. Isso signi-fica que 1,7 mil hectares estavam ocupados com outras classes em 1990, o que demonstra uma mudança acen-tuada na dinâmica da agropecuária regional, resultado da estratégia dos pecuaristas em relação às oportuni-dades e incertezas econômicas do mercado durante esse período, mesmo considerando-se a complexidade e diversidade do ambiente rural nacional. Se conside-rarmos a área de pastagem em 1972 e a área estimada em 2009, houve redução de aproximadamente 42%.

Uso e cobertura das terras nas sub-bacias da mesma área, no ano de 1990

É evidente a importância da cultura da cana-de-açú-car para o novo cenário de 1990. Em 1972, esta cultura era encontrada em apenas 39 hectares, ou seja, em me-nos de 0,5% da área estudada. Em 1990, 2,2 mil hectares eram ocupados com cana-de-açúcar. Culturas ante-

CRISTINA APARECIDA GONÇALVES RODRIGUESZootecnista, Dra. Pesquisadora da Embrapa Monitoramento por Satélite

CÉLIA REGINA GREGOEngenheira Agrônoma, Dra. Pesquisadora da Embrapa Monitoramento por Satélite

www.cnpm.embrapa.br

Page 49: Mundo Geo 76

49 MundoGEO 76 | 2014

riormente tradicionais, como o café, cederam lugar ao plantio da cana-de-açúcar, e uma considerável área de pastagem foi utilizada para a sua expansão. Duas décadas depois, a área reservada para as pastagens perdeu mais 1,8 mil hectares. Paralelamente, observamos que a cana-de-açúcar cresceu somente 0,4 mil hectares, portanto não ocorreu transferência direta da pastagem para a cana-de-açúcar.

Do ponto de vista conservacionista, é inte-ressante destacarmos que as áreas ocupadas com mata cresceram de 1,5 mil hectares em 1972 para 2,1 mil hectares em 2009. Embora deva ser analisado com cautela, este fato é im-portante, porque representa um indicativo de restauração ambiental no município, mesmo que em pequena escala. Nossos cálculos fo-ram baseados na interpretação de fotografias aéreas ou imagens de satélite, seguindo pro-tocolos estabelecidos na literatura científica, e foram realizadas visitas para correção de erros de interpretação. Entretanto, a relação entre a resposta espectral da vegetação e sua composição é complexa. Não podemos tecer afirmativas sobre a composição, destruição espacial dentro dos fragmentos e estrutura das espécies vegetais que se estabeleceram entre os anos de 1972 e 2009, e nem podemos afirmar, no momento, que esses fatos corres-pondam a um plano de restauração que obte-ve sucesso. O certo é que a adição de espécies arbóreas exóticas ou nativas contribuiu para reduzir a erosão do solo e para melhorar a fertilidade do solo.

O projeto Mapastore disponibilizou na in-ternet um WebGIS com a dinâmica de uso

Uso e cobertura das terras nas sub-bacias da mes-ma área, no ano de 2009

Por vezes, áreas ocupadas com pastagem tornaram-se solo exposto ou foram toma-das por vegetação secundária. Embora ainda pouco significativa, verificamos a introdução do cultivo da seringueira (30,1 hectares), en-tretanto houve aumento de áreas destinadas a culturas anuais, como o milho (193,9 hecta-res), superando a silvicultura.

das terras e aspectos do solo, como risco de erosão. Essas e outras informações sobre o projeto, como a metodologia empregada e publicações técnicas, podem ser acessadas no endereço: www.cnpm.embrapa.br/pro-jetos/mapastore.

Imagem digital da área de estudo, obtida pelo sen-sor Advanced Visible and Near Infrared Radiometer (Avnir), instalado no satélite Alos (2009). 1=Área de pastagem; 2=Cana-de-açúcar; e 3=Mata.

SUA PUBLICIDADE AQUI!

MAIS DE

50 MILLEITORES

[email protected]@mundogeo.com+55 41 3338 7789+55 41 3338 7789

Page 50: Mundo Geo 76
Page 51: Mundo Geo 76
Page 52: Mundo Geo 76

LS3D

52 MundoGEO 76 | 2014

LASER SCANNER 3DA Nuvem de Pontos em Arquivo - Parte 2

A limitação de hardware, tanto para arma-zenamento quanto para processamento, hoje é uma realidade. Enquanto nos últimos anos os equipamentos de Laser Scanner 3D terrestre aumentaram a frequência de coleta de alguns milhares de pontos por segundo para 1 milhão de pontos por segundo, os computadores conti-nuam como padrão sendo comercializados com discos rígidos lentos e ainda pequenos para ar-mazenar tanta informação.

Vimos na edição 74 que os arquivos de nuvem de pontos são gigantes e que os fabricantes vêm desenvolvendo formatos proprietários de arqui-vos para ganhar em performance e, logicamente, buscar fidelidade ao uso de seu software.

A exportação de dados de um formato para outro pode ser um verdadeiro pesadelo, pois além de exigir hardware robusto, consome um tempo precioso de profissionais que devem ser qualificados para tratamento destes dados. A virada de noite de um computador trabalhan-do numa exportação é atividade rotineira para quem faz registro das cenas num software e ex-trai informações em outro.

Mas porque exportar de um software para outro software? A resposta é porque os sistemas de processamento e de tratamento de nuvem de pontos não são autossuficientes, com alta produtividade em todas as necessidades de ex-tração de dados.

A realidade de quem trabalha com Laser Scanner é utilizar vários softwares no dia a dia, em busca de ganho de produtividade. A busca de produtividade no escritório é constante. Ain-da é inconcebível que façamos um levantamen-to em campo num dia e levemos 10 ou até 100 dias no escritório extraindo as informações das nuvens de pontos. A melhoria dos softwares é uma necessidade, tanto em ferramentas como em desempenho.

Um formato de arquivo que vem sendo am-plamente usado pela sua performance e tama-nho, é o Laser File Format Exchange Activities (LAS). Desenvolvido desde 2003 pela Sociedade

ROVANE MARCOS DE FRANÇAProfessor de geodésia e georreferenciamento do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina (IFSC) e consultor da Vector Geo4D. Engenheiro civil, técnico em geomensura e Estradas. Experiência em levantamentos com laser scanner há três anos em várias aplicações, usando diversos softwares de processamento e modelagem de nuvem de [email protected]

Americana de Fotogrametria e Sensoriamento Remoto (ASPRS, na sigla em inglês), o forma-to LAS busca padronizar arquivos para uso em softwares de laser scanning num formato pú-blico. Além de menor e mais ágil, ele também armazena informações adicionais das medições. Uma evolução do formato LAS é o LAZ, que é compactado e permite que softwares o utilizem com performance muito similar ao LAS, sendo significativamente reduzido.

A Sociedade Americana de Testes e Materiais (ASTM, na sigla em inglês) desenvolveu o forma-to E57 que, além de ser bastante reduzido, arma-zena não somente dados de nuvem de pontos, mas também imagens em 3D.

Arquivos binários permitem maior rapidez nos processamentos e maior capacidade de ar-mazenamento de informações por byte. Já os arquivos de texto são lentos e gigantescos, con-sumindo grande tempo no seu tratamento.

Veja na tabela a seguir alguns formatos co-muns de uso associados a alguns desenvolve-dores de equipamentos e softwares:

Fabricante Formato

Autodesk RCS, PCG

Bentley POD

Faro FLS, FWS, XYB

Leica PTS, PTX, PTG, PCG

Riegl RXP, 3DD

Topcon CLR, CL3

Z+F ZFS, ZFC

Públicos LAS, LAZ, PCD, E57, ASCII

Cada arquivo possui particularidades que o torna interessante para alguma finalidade. Al-gumas características que podemos ter nestes arquivos são: coordenadas 3D do ponto; cor RGB do ponto medido; intensidade de retorno do laser; ângulo de incidência do laser; posição e orientação do scanner origem para os pontos; fotografias obtidas pelo scanner; fotografias 3D; e targets identificados para registro.

A realidade de quem trabalha

com Laser Scanner é utilizar vários softwares no dia a dia, em

busca de ganho de produtividade.

Page 53: Mundo Geo 76
Page 54: Mundo Geo 76

54 MundoGEO 76 | 2014

GEOINCRA

LOTEAMENTO DE CHÁCARAS – PARTE 1

É extremamente preocupante a onda de loteamen-tos irregulares que estão se proliferando em proprie-dades na zona rural de diferentes cidades dos estados de Goiás, São Paulo e outros, onde esses imóveis têm passado por uma fragmentação ilegal de suas terras e tal ilegalidade – que fere diretamente a Lei 4.504/64 que dispõe sobre o Estatuto da Terra (ET) – abre caminhos largos para vários outros tipos de ilegalidades.

De fato algumas das cidades que têm sofrido este tipo distorcido de especulação imobiliária na zona rural vêm já sentindo o peso das consequências da “picota-ção” de terras rurais, e alguns dos instrumentos para se medir tais consequências são as patrulhas rurais, os conselhos tutelares e as secretarias da educação, de assistência social e do meio ambiente dessas mesmas cidades, além das delegacias onde normalmente se registram os boletins de ocorrência e dos meios de co-municação que divulgam crimes em geral.

O Ministério Público, o Incra - responsável pelo Ca-dastro dos Imóveis Rurais (CCIR) -, a Secretaria do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh), a Celg – empresa de distribuição de energia de Goás - e o Con-selho Regional de Corretores de Imóveis (Creci) tam-bém são importantes instrumentos em que, direta ou indiretamente, são registrados dados e fatos que com-provam o quanto a febre de venda ilegal de pedaços de terra em zona rural tem se tornado cada vez mais alarmante, sinalizando inúmeros problemas atuais e muitos outros por vir.

A história, tanto quanto a ciência, demonstra que o uso ilegal do solo – inclusive através de vendas e posses ilegais – abre precedentes para vários outros tipos de ilegalidades e, quando isto se dá no entorno de grandes centros urbanos, as consequências tendem a ser mais dramáticas e acabam propiciando um campo fértil e minado para rápidos processos de favelização. E nunca é demais lembrar que os processos de favelização têm custos altíssimos e crescentes para toda a sociedade.

Diversos são os exemplos de favelas que surgiram a partir de apropriação indevida do solo e consequente queda na qualidade de vida da população, e a Roci-nha, maior favela do Brasil, é o exemplo mais vivo que hoje temos de uma área rural - era a Fazenda Quebra--Cangalha - que foi dividida em chácaras que, por sua vez, foram redivididas e redivididas e redivididas sem planejamento, por conta de uma miopia que não con-segue enxergar além de demandas imediatas e nem sequer vislumbra alguma relação entre causa e efeito a médio e longo prazo.

ROBERTO TADEU TEIXEIRA Engenheiro Agrimensor – Incra-SP. Especialista em Georreferenciamento de Imóveis Rurais, formado pela Feap – Pirassununga. Professor do Curso de Pós Graduação em Georreferenciamento de Imóveis Rurais, disciplina de Normas e Legislação aplicada ao Georrreferenciamento de Imóveis das Universidades: Fundação Educacional de Fernandópolis (SP), União Educacional do Norte - Rio Branco (AC) e Universidade do Vale do Itajaí (SC). Instrutor do curso EAD Legislação e Georreferenciamento da Universidade Santiago e [email protected]

Fragmentação desordenada da zona rural e suas sérias consequências ambientais, sociais e econômicas

Veja a continuação deste artigo na próxima edição da revista MundoGEO

A história e a ciência também mostram que as am-pliações das saídas e entradas dos grandes centros ur-banos tendem a se tornar portas escancaradas para muitos processos de favelização, com a duplicação de várias estradas simultaneamente – a tendência deve ser a mesma a não ser que várias forças contrárias a tal tendência entrem em co-operação como prevenção.

Bela Vista, Bonfinópolis, Caldazinha, Hidrolândia, Senador Canedo, Silvânia e Trindade são algumas das várias cidades de Goiás e, no estado de São Paulo, as cidades de Atibaia, Ibiuna, São Roque, Itu, entre outras, têm sido atacadas pela febre quase convulsiva dos “lo-teamentos de chácaras”.

A própria expressão “loteamento de chácaras” pa-rece depor contra si mesma – já que loteamento é um processo mais associado a áreas urbanas que rurais – e aponta uma espécie de doença sócio-econômica-cul-tural que tem degradado o meio ambiente, afrontado as leis de diferentes formas e desafiado a administra-ção pública.

O fato é que a Fração Mínima de Parcelamento (FMP), ainda chamada de “módulo rural”, é uma unidade de medida agrária e é a dimensão mínima de um imóvel rural caracterizado como propriedade familiar (nos ter-mos do Artigo 4º da Lei 4.504/64).

A medida do módulo rural é expressa em hectares e é variável, sendo que nas regiões metropolitanas a extensão do módulo rural é geralmente bem menor do que nas regiões mais afastadas dos grandes centros urbanos. Dois hectares - ou vinte mil metros - é a medi-da do módulo rural nas cidades do entorno de Goiânia.

A indivisibilidade em divisão inferior à do módulo é prevista no artigo 65 do ET. Os cartórios de notas não podem lavrar escrituras de imóveis com áreas inferiores à do módulo e os cartórios de registros também não podem registrá-las. E, caso registrem, o ato é nulo de pleno direito, “sob pena de responsabilidade adminis-trativa, civil e criminal de seus titulares ou prepostos” (Leis 5.868/1972 e 10.267/2001).

Como a venda e aquisição de áreas na zona rural menores que a fração mínima de parcelamento (mó-dulo rural) é ilegal, a aquisição de chácaras menores que 20 mil metros quadrados não pode ser registrada em cartórios e, portanto, os novos proprietários de tais chácaras são de fato pseudo-proprietários, isto é, têm a posse da terra, mas não a têm legalmente e isto não lhes dá autonomia em relação ao bem adquirido.

Os cartórios de notas não podem

lavrar escrituras de imóveis com áreas inferiores

à do módulo e os cartórios de

registros também não podem

registrá-las.

Page 55: Mundo Geo 76

oficina de textos

Page 56: Mundo Geo 76

56 MundoGEO 76 | 2014

PAINEL FIG

BEM-VINDO AO MUNDO DA FIGNeste painel a Federação Internacional de Agrimensores (FIG) tem o prazer de trazer artigos sobre o campo internacional da agrimensura

LOUISE FRIIS-HANSENFIG [email protected]

www.fig.net

O que é a FIG?FIG é a principal organização internacional que

representa os interesses dos agrimensores em todo o mundo. É uma federação das associações-mem-bro nacionais e abrange toda a gama de campos profissionais dentro da comunidade global de agri-mensura, cartografia e topografia. Ela fornece um fórum internacional para discussão e desenvolvi-mento, com o objetivo de promover padrões para a prática profissional.

A FIG foi fundada em 1878, em Paris, e era co-nhecida como “Fédération Internationale des Géo- mètres”, correspondendo a “International Federa-tion of Surveyors”, em seu termo globalizado. É uma organização não governamental reconhecida pela ONU, representando mais de 120 países em todo o mundo. Seu objetivo é garantir que, nas disciplinas de Topografia e Levantamentos, seus profissionais atendam às necessidades dos mercados e das co-munidades em que servem.

Quem são os membros da FIG?Os profissionais associados à FIG trabalham com

os setores público e privado, e são representados pelas comunidades científica, de pesquisa e aca-dêmica, bem como das tecnologias espaciais e de serviços. A FIG funciona através da boa vontade, de recursos e da contribuição de seus membros e do seu corpo de voluntários de todo o mundo.

Os membros da FIG consistem em: Federações membros; Afiliados (grupos de agrimensores ou organizações que realizam atividades profissio-nais); membros corporativos; membros acadêmi-cos , membros correspondentes (um indivíduo pode ser nomeado mesmo quando não se encaixa em nenhuma associação ou grupo de agrimensores elegível para participar como membro da FIG).

Congresso em 2014A cada quatro anos a FIG organiza um congres-

so onde milhares de agrimensores, topógrafos e demais profissionais de todo o mundo reúnem-se para adquirir novas inspirações, em especial sobre os desenvolvimentos e contribuições atuais que permitam a esta profissão continuar atrelada ao conhecimento e às melhores práticas.

O Congresso FIG de 2014 será realizado de 16 a 21 de junho em Kuala Lumpur, Malásia. O evento será uma mistura de sessões plenárias e workshops téc-nicos, contendo uma exposição comercial e vários eventos paralelos e funções sociais, configurando uma oportunidade única para discutir as melhores práticas dentro da atividade profissional. Leia mais em www.fig.net/fig2014.

Nos próximos artigos iremos trazer novidades e notícias sobre a FIG e o Mundo da Topografia e Agrimensura.

Page 57: Mundo Geo 76

57

PAINEL OGC

Somos gratos à MundoGEO por oferecer ao Open Geospatial Consortium (OGC, na sigla em inglês)

a oportunidade de chegar aos seus leitores através de um artigo bimestral. Este é o primeiro dos artigos OGC na revista MundoGEO.

Uma região do mundo com uma economia em desenvolvimento e uma necessidade urgente de construir infraestrutura física, a América Latina tem muito a ganhar com um esforço conjunto para me-lhorar a capacidade de compartilhar informações geográficas. Se fosse mais fácil se comunicar, com-binar e analisar informações espaciais desenvol-vidas e utilizadas por planejadores, empresas de engenharia civil, empresas de imagem de satélite, funcionários da saúde pública, etc., todos seriam beneficiados. Ambos, órgãos públicos e empresas privadas, quase que imediatamente poderiam se tornar mais eficientes, mais rentáveis e melhorar a tomada de decisão.

Uma "Infraestrutura de Dados Espaciais" exige muito mais do que Sistemas de Informação Geo-gráfica (SIG). Também requer acordos entre parcei-ros de compartilhamento de dados, e que incluam um acordo sobre normas técnicas. Ao tornarem-se membros da OGC, instituições internacionais sem fins lucrativos, usuários e fornecedores de tecnolo-gias geoespaciais se tornam parte da organização líder mundial em padrões geoespaciais. O OGC, ao longo de 20 anos, desenvolveu um processo aberto e neutro, feito de forma consensual, projetado para

desenvolver e promover padrões de interface de software e de codificação de dados. Os softwares OGC são gratuitos e abertos.

O OGC une usuários de tecnologia geoespacial e fornecedores na realização de testes, projetos--piloto e experiências de interoperabilidade, bem como em grupos de trabalho de padrões. Nessas atividades, os associados podem conhecer e con-versar com outros membros da indústria, governos e academia, além de pessoas de todo o mundo que estão focadas em problemas semelhantes. Não há melhor maneira de se manter atualizados sobre temas como redes de sensores, compartilhamento de dados geoespaciais em modelagem e simulação, dados de localização em realidade aumentada, ou ainda manter um banco de dados espacial sempre atualizado, quando milhares de usuários estão for-necendo atualizações de dispositivos móveis que são intermitentemente ligados à internet. O OGC é um centro dinâmico de atividades onde novos desenvolvimentos em tecnologia da informação se transformam em novos produtos geoespaciais.

Nós convidamos você a aprender mais através da participação em um curso de capacitação, com duração de um dia, a ser realizado no dia 8 maio, durante a conferência MundoGEO#Connect Latin- America 2014. O treinamento será em português e será liderado por Luis Bermudez, diretor do Pro-grama de Conformidade OGC. Saiba mais em http://mundogeoconnect.com/2014/grade/cursos.

PARCERIA OGC E MUNDOGEO É AMPLIADA

TREVOR TAYLOR Director, Member Services-

Americas and [email protected]

Consórcio Geoespacial Aberto oferece treinamento e associação gratuíta, além de bônus para empresas latino-americanas

www.opengeospatial.org

Page 58: Mundo Geo 76

58 MundoGEO 76 | 2014

As seguintes empresas, presentes no Portal MundoGEO, convidam-no para visitar seus sites com informação atualizada sobre negócios, produtos e serviços.

Para participar desta seção, entre em contato pelo email [email protected] ou ligue +55 (41) 3338-7789

ONLINE

ÍNDICE DE ANUNCIANTES

Anunciante Página

Alezi Teodolini 32

CPE Tecnologia 17

Garmin 47

Geosoft 9

Instituto Brasileiro de Geomática - IBG

43

Manfra 50

Oficina de Textos 55

OGC 53

SkyDrones 7

SPARS 29

Topomig 13

Trimble 15

BENTLEY

www.bentley.com/pt-BR www.cpetecnologia.com.br

CPE TECNOLOGIA GEOAMBIENTE

www.geoambiente.com.br

www.santiagoecintra.com.br

SATMAP

www.satmap.com.br www.sulsoft.com.br

SULSOFTSANTIAGO & CINTRA GEOTECNOLOGIAS

www.runco.com.ar

RUNCO

www.santiagoecintraconsultoria.com.br

SANTIAGO & CINTRA CONSULTORIA

www.geosoft.com/pt

GEOSOFT

Page 59: Mundo Geo 76
Page 60: Mundo Geo 76

60 MundoGEO 76 | 2014

GUIA DE EMPRESAS

O Guia MundoGEO é a lista mais completa do Brasil de empresas do setor de geotecnologias, divididas em prestadoras de serviços e fornecedoras de produtos e equipamentos. Acesse www.mundogeo.com/empresa e saiba mais.

EMPRESA SITE CIDADE SERVIÇOS PRODUTOS

Mapea-mento

Georrefe-renciamento Outros Dados e

ImagensEquipa-mentos Softwares VANTs

Agência Verde www.agenciaverde.com.br São Paulo (SP) • •

Aerocarta www.aerocarta.com.br São Paulo (SP) • • • • •

Aeromapa www.aeromapa.com.br Curitiba (PR) • • •

Agrobio www.agrobio.agr.br Altinópolis (SP) • •

Agrosatélite www.agrosatelite.com.br Florianópolis (SC) • •

Atlântica Geo [email protected] Apiaí (SP) • •

Base Aerofoto-grametria www.base.eng.br São Paulo (SP) • • •

Bradar www.bradar.com.br São José dos Campos (SP) • • •

Bentley www.bentley.com/pt-BR São Paulo (SP) • •

CGI Brasil www.cgi.com/en/brasil São Paulo (SP) • •

Codex Remote www.codexremote.com.br/ Porto Alegre (RS) • •

Coffey www.coffey.com Belo Horizonte (MG) • •

Cognatis www.cognatis.com São Paulo (SP) • •

CPE Tecnologia www.cpeltda.com.br Belo Horizonte (MG) • •

EGL Engenharia www.egl.eng.br Brasília (DF) • •

Engefoto www.engefoto.com.br Curitiba (PR) • • •

Engemap www.engemap.com.br Assis (SP) • • • •

Englevel www.englevel.com.br Curitiba (PR) • •

Fototerra www.fototerra.com.br São Paulo (SP) • • •

Furtado, Scmidt www.furtadoschmidt.com.br São Paulo (SP) • • •

Geoambiente www.geoambiente.com.br

São José dos Campos (SP) • • • •

Geocursos www.geocursos.com.br Florianópolis (SC) • •

Geofusion www.geofusion.com.br São Paulo (SP) • •

GeoJá www.geoja.com.br São Paulo (SP) • • •

Geomat www.geomat.com.br Belo Horizonte (MG) •

Geopixel www.geopx.com.br São J. dos Campos (SP) • •

Page 61: Mundo Geo 76

61

Inclua sua empresa no guia online do Portal MundoGEO e na tabela abaixoInformações: (41) 3338 7789 | [email protected] | @mundogeo

EMPRESA SITE CIDADE SERVIÇOS PRODUTOS

Mapea-mento

Georrefe-renciamento Outros Dados e

ImagensEquipa-mentos Softwares VANTs

Geosaber www.geosaber.com.br São Paulo (SP) • •Geovoxel www.geovoxel.com.br Rio de Janeiro (RJ) •Imagem www.img.com.br São J. dos Campos (SP) • • •

IPNET Soluções www.ipnetsolucoes.com.br Rio de Janeiro (RJ) • • •

Jatobá Enge-nharia

www.atobaengenharia.com.br Nova Parauapebas (PA) • • • •

K2 Sistemas www.k2sistemas.com.br Rio de Janeiro (RJ) • •

Leica Geosystems www.leica-geosystems.com.br São Carlos (SP) • • •

Lo Carraro www.locarraro.com.br Bananal (SP) • • •Medral www.medralgeo.com.br São Paulo (SP) • • •

Metalocation www.metalocation.com.br São Paulo (SP) • •

Metro Cúbico www.metrocubicoenge-nharia.com.br Rio de Janeiro (RJ) • • •

Mirante Topo-grafia

www.mirantetopografia.com.br Belo Horizonte (MG) • • •

Notoriun Tecno-logia www.notoriun.com.br Brasília (DF) •

Novaterra www.novaterrageo.com.br Rio de Janeiro (RJ) • •

NWSOFT www.nwsoft.com.br São Luis (MA) • •Santiago & Cintra Consultoria www.sccon.com.br São Paulo (SP) • • • •

Santiago & Cintra Geotecnologias

www.santiagoecintra.com.br São Paulo (SP) • • • • •

Sisgraph www.sisgraph.com.br São Paulo (SP) • •Sitech www.sitechcb.com Barueri (SP) • • •Sitech Sul www.sitechsul.com.br Curitiba (PR) • • •SkyDrones www.skydrones.com.br Porto Alegre (RS) • • •Solution Sof-twares www.solsoft.com.br Matão (SP) • •

Sovis Sistemas www.sovis.com.br Cascavel (PR) • •

SP Geosistemas www.spgeosistemas.com.br São Carlos (SP) • • •

Topocart www.topocart.com.br Brasilia (DF) • • •Topomapa www.topomapa.com.br Ourinhos (SP) • • •TotalSOFT www.totalsoft.com.br São Paulo (SP) • •Trimble Brasil www.trimble.com.br Campinas (SP) • • •Vanucci www.vanucci.com.br Belo Horizonte (MG) •

* Outros = Consultoria, Geomarketing e Sistemas

Page 62: Mundo Geo 76