Musculação para crianças e adolescentes
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tatiane-salvieri -
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Introduo Nos ltimos 10 anos o treinamento de fora para crianas tem tido grande aceitao entre os profissionais de Educao Fsica, mdicos e cientistas e uma tendncia maior a adeso de crianas e adolescentes sala de musculao. O motivo provvel para essa situao talvez seja a busca constante por qualidade de vida e a influncia esttica que permeia a prtica, pois nessa fase da vida, os indivduos sofrem grande influncia da mdia e padres sociais pr-estabelecidos, onde preconizado o corpo forte ao invs do corpo saudvel. As crianas esto amadurecendo constantemente, e o que no apropriado para um pr-pbere, pode ser apropriado para um adolescente. Por isso comum observar adolescentes obcecados por corpos fortes e bonitos, onde os mesmos no medem esforos e nem avaliam as conseqncias para alguns atos, como o uso de anabolizantes e suplementos alimentares no recomendados por mdicos ou nutricionistas. O treinamento de fora (musculao) para crianas e adolescentes ainda parece ser muito controverso para muitos profissionais da sade, como mdicos e educadores fsicos. A causa dessa controvrsia deve-se justamente ao fato de muitos desses profissionais estarem desatualizados a respeito do treinamento de fora, seus perigos e como ele pode ser adaptado para os jovens. ( Hamil, 1994, Kraemer e Fleck,1993), nos ltimos anos muitas pesquisas tem demonstrado os verdadeiros efeitos de um programa de fora para crianas e adolescentes. Os estudos mais antigos constantemente questionavam a segurana e eficincia de um treinamento de fora para essa faixa etria, mas novas evidncias tem indicado que tanto crianas quanto adolescentes podem aumentar a fora muscular em consequncia de um treinamento de fora (GUY & MICHELI, 2001; FAIGENBAUM et al, 1999). Os riscos de um treinamento de fora bem orientado e individualizado so praticamente nulos (BLINKIE, 1993), enquanto vrios benefcios podem ser obtidos mediante o treinamento com pesos. Alm disso, uma avaliao (mdica e fsica) prvia necessria para compor um programa de treinamento individual e eficiente, evitando danos sade, caso essa prtica seja conduzida inadequadamente. Segundo Campos (2000) as crianas se diferenciam dos adultos nas respostas metablicas, cardiovasculares, respiratrias, termorregulatria e perceptiva ao exerccio. Esportes como vlei, futebol so mais ldicos, mas desfavorecem quanto ao fator risco de leso a musculao orientada ainda a mais indicada.O treinamento de crianas deve, segundo os especialistas, ser de forma ldica do jeito que elas brincam. A brincadeira de pique-esconde, por exemplo, nada mais do que um intervalado, sem no entanto elas mesma perceberem. Quando cansam param determinando naturalmente o intervalo para descanso. Crianas, segundo Weineck 1986, tem baixa concentrao de lactato, fator limitante dos treinamentos anaerbios sistemticos. A produo do hormnio testosterona, hormnio ligado fora muscular, s comea a ser significativa na adolescncia, razo terica para o desaconselhamento de exerccios de fora na primeira e segunda infncia. As crianas tm dbito cardaco, volume sangneo e concentrao de hemoglobina menores. Hollman 1978 cita a variao dos nveis de lactato durante as diversas faixas etrias. Aos trs anos 1,8 mmoles, cinco anos 2,0 mmoles, sete anos 7 mmoles at atingir os 16 a 18 mmoles por volta dos 25 anos de idade.
Atravs dos programas de treinamento de fora as crianas conseguem ganhos na fora muscular, entretanto, a hipertrofia mais difcil de se alcanar em crianas do que em adultos. (FLECK & KRAEMER, 1999). Embora os aumentos na quantidade de msculos, isto , hipertrofia, possam no ocorrer em crianas de todas as idades, muitas outras mudanas nos msculos, nervos e tecidos conjuntivos sugerem um aumento na qualidade do tecido muscular e da unidade neuromuscular. A falta de conhecimento dos aspectos relacionados ao crescimento da criana por parte do educador fsico faz com que ele elabore um treinamento falho em vrios aspectos e que pode ser prejudicial criana. "O treinamento infantil e juvenil no um treinamento de adulto reduzido". (WEINECK, 1999), uma vez que crianas e jovens ainda encontram-se em crescimento e desenvolvimento de uma srie de alteraes fsicas, psquicas, sociais muito significativas ". Por isso, um treinamento de crianas e jovens consiste" de um processo sistemtico e longo prazo, com objetivos, programas e procedimentos diferentes de um treinamento de adultos, onde o crescimento e o desenvolvimento tm prioridade. No final da dcada de 1970 os opositores ao treinamento de fora para criana, deduziram que no havia ganho de fora ou aumento da massa muscular alm do normal nos pr-pberes ( pr-adolescncia ). Nos primeiros estudos realizados em crianas no ocorreu ganhos de fora ( Vrijens, 1978 ). Diligncias mais recentes fundamentadas em estudos cientficos, tornaram evidentes que possvel o treinamento de fora para crianas, incluindo os pr-pberes ( Blimkie, 1989; Freedson, Ward e Rippe, 1990, Sale, 1989 ). importante frisar tambm, que uma dieta bem elaborada essencial para a sade e principalmente para as demandas energticas solicitadas na musculao. Em que situaes se recomenda o trabalho de musculao Todas as atividades propostas para seu filho so indicadas, porm devem ser elaboradas visando desenvolver o condicionamento fsico de um modo geral. Objetivos do treinamento de fora para crianas e adolescentes : - Aumento da resistncia muscular - Diminuio das leses relacionadas com o esporte e atividades recreacionais - Melhoria da performance no esporte e atividades recreacionais - Melhoria da coordenao muscular - Manuteno de aumento da flexibilidade - Melhor controle postural - Aumento da densidade ssea - Aumento do condicionamento fsico - Melhoria da composio corporal - Aumento das condies bioqumicas O treinamento de fora tem sido adotado como forma segura e eficaz nos programas para reduo de peso em crianas e adolescentes (SCHWINGSHANDL et al, 1999). Em um estudo realizado na Universidade de Louisiana, os pesquisadores utilizaram a musculao num programa para reduo de peso corporal em crianas. Houveram mudanas significativa na composio corporal (reduo de peso e % de gordura) e nenhuma leso foi reportada nessa pesquisa (SOTHERN et al, 1999). O desenvolvimento
sseo das crianas tambm afetado positivamente em funo do treinamento com pesos. Quantidades aumentadas de fibras colgenas e sais inorgnicos so depositadas nos ossos como resposta a tenso muscular, coeficiente de tenso e compresso. Essa melhora da densidade ssea pode ser importantssima na preveno da osteoporose. Como realizar o treinamento Exerccios com peso livre (muito leves) e at com o peso do prprio corpo tambm so indicados, desde que sejam elaborados de forma a manter a ateno da criana quilo que ela est fazendo. Alguns aparelhos no so indicados pois no tm ajustes especficos para o tamanho das crianas. Exerccios abdominais exigem uma conscincia corporal que ainda no est bem desenvolvida, portanto, devem ser de fcil execuo e sempre supervisionados pelo professor. O treinamento convencional de musculao mais indicado para adolescentes a partir de quinze anos de idade, que j possuem uma estrutura corporal mais desenvolvida e tambm maior conscincia corporal. Outro ponto a observar se a criana ou adolescente apresente algum problema fsico que necessite ser considerado no planejamento de programas. No caso, alguns exerccios so contra indicados. A criana deve iniciar o programa de treinamento em que primeiro envolva todos os principais grupos musculares e o msculo em torno da articulao. Qualquer programa de treinamento requer individualizao, considerando as foras, fraquezas e objetivos de cada aluno e a maturidade fsica e emocional. Para qualquer criana o programa deve oferecer instruo, progresso gradual em relao ao esforo exigido pelo exerccio. Lembrando que uma criana precisar de 2 a 4 semanas para se adaptar ao esforo do treinamento de fora. O professor no deve se surpreender se alguma criana no aderir ao programa ou no gostar dele, pois o interesse, a maturidade e o entendimento contribuem para a viso da criana em relao ao treinamento, importante que elas entendam a razo de programa. Devemos sempre considerar que as necessidades so individuais. Crianas e adolescentes precisam desenvolver condicionamento cardiovascular, flexibilidade e habilidades motoras assim como fora, portanto, o treinamento de fora no deve consumir tanto tempo que chegue a ignorar estes outros aspectos de condicionamento no desenvolvimento de uma criana e interferir no seu tempo de lazer. A montagem de um programa de musculao para crianas/adolescentes deve ter os seguintes aspectos: na montagem da srie, deve-se optar por exerccios globais, evitando-se exerccios unilaterais, respeitando intervalos e perodos de recuperao mais prolongados do que para os adultos. O tipo de fora a ser treinado a RML. Consideraes gerais sobre o programa de musculao para crianas, segundo CAMPOS (2000) e FLECK & KRAEMER (1999): obrigatria a realizao de um exame fsico antes do incio da participao num programa de treinamento A nfase deve ser sobre as aes dinmicas concntricas.
Os exerccios devem ser escolhidos de acordo com a faixa etria da criana, com o nvel de condicionamento, com o nvel de conhecimento e coordenao, assim como a experincia prvia. O programa deve conter alongamentos e exerccios de aquecimentos no comeo da sesso. Na parte principal da aula os exerccios que envolvem grandes grupos musculares devem preceder os que envolvem menores msculos. Ao final da aula exerccios de volta a calma. Deve ter exerccios aerbios como complementos do programa de musculao A amplitude deve ser a mxima que a articulao permita, sem diminuir a segurana do exerccio. A sobrecarga aps o processo de adaptao deve ser tal que permita a criana realizar uma mdia de 10 a 15 repeties por srie. O nmero de repeties em mdia de 15 a 20 repeties na fase de adaptao. O nmero de sries pode variar entre 1 e 2 na fase de adaptao e entre 2 e 3 nas crianas j adaptadas. A freqncia deve ser em mdia de 3 a 4 vezes por semana para ganhos gerais de condicionamento. O descanso entre as sries no precisa ser muito grande, em torno de 30 segundos a 1 minuto. Exemplos de treinamentos: Exemplo 01 DOIS TIPOS DE PROGRAMAS PODEM SER REALIZADOS: Dois tipos de programas podem ser realizados, um envolvendo o uso do prprio corpo ou de uma outra criana como carga, o outro pode ser utilizado equipamento de treinamento de fora. O programa que usa o peso do corpo pode ser realizado como um circuito movendo-se de um exerccio para o outro, ou realizando serie - repetio de modo que seja feita todas as 3 series antes de mover-se para o prximo exerccio. Exemplo de programa de treinamento de fora peara crianas usando o peso do prprio corpo como resistncia: Flexo Plantar ---------------------------3 x 20-30 Agarramento paralelo------------------3 x 10-20 Extenses de dorsais--------------------3 x 10-15 Abdominais c/ pernas flexionadas-------------3 x 15-30 Exemplo 02 Treinamento de fora na infncia segundo WEINECK (1999): Idade pr-escolar - nesta fase do treinamento de fora empregado diferente do comumente utilizado. Basta a compulso das crianas se movimentarem todo o tempo, para que haja um desenvolvimento do aparelho motor ativo e passivo, e para que haja estmulo suficiente para o crescimento sseo e desenvolvimento muscular. Primeira idade escolar - nesta fase utiliza-se o treinamento dinmico, em funo da baixa
capacidade anaerbia apresentada pelo organismo infantil e das condies desfavorveis destes organismo para o trabalho esttico. Em primeiro plano deve estar o treinamento para fora rpida. Idade escolar tardia - nesta fase h um fortalecimento de diversos grupos musculares atravs de exerccios com cargas que superam o peso dos prprio corpo. Pubescncia - devido a um grande crescimento longitudinal seguido de uma fase desarmnica das propores corporais, nesta fase, a possibilidade de executar exerccios de alavanca sempre desproporcional ao potencial de desempenho da musculatura. Nesta faixa etria, a fora geral deve ser paralelamente desenvolvida com a fora especfica e os seus requisitos prprios do condicionamento. Sendo que a fora bsica geral treinada, atravs de circuitos, de lutar de empurrar e puxar e de exerccios com bola, corda, etc. Adolescncia - esta a fase de maior resposta ao treinamento de fora onde se observam os maiores aumentos de fora. Exemplo 03 Idade (anos)
Consideraes
Introduzir a criana aos exerccios bsicos com pouco ou nenhum peso; elaborar o conceito de uma sesso de treinamento; ensinar as tcnicas 7 ou menos dos exerccios; progredir de calistenia com utilizao de peso corporal; exerccios com parceiro e exerccios levemente resistidos; manter o volume baixo. Aumentar gradualmente o nmero de exerccios; praticar a tcnica do exerccio em todos os levantamentos; comear com uma carga progressiva e 8 - 10 gradual; proporcionar exerccios simples; aumentar gradualmente o volume do treino; monitorar com cuidado a tolerncia ao estresse do exerccio. Ensinar todas as tcnicas bsicas dos exerccios; prosseguir com a 11 - 13 carga progressiva de cada exerccio; enfatizar as tcnicas dos exerccios; introduzir exerccios mais avanados com pouca ou nenhuma resistncia. Progredir para programas mais avanados; acrescentar componentes 14 - 15 especficos para cada desporto; enfatizar as tcnicas do exerccio; aumentar o volume. Conduzir a criana para programas adultos de nvel inicial depois que 16 ou mais todo o conhecimento bsico foi dominado e que foi conseguido um nvel elementar de experincia com o treinamento. Fonte: Katch e McArdle (2003). Exemplo 04 Montagem do programa De acordo com JUNIOR (1998) a montagem de um programa de musculao para crianas deve ter os seguintes aspectos: na montagem da srie, deve-se optar por exerccios globais, evitando-se exerccios unilaterais, respeitando intervalos e perodos de recuperao mais prolongados do que para os adultos. O tipo de fora a ser treinado a RML. - Tempo: 20-30 min (adaptao) 20-40 (adaptados) - Freqncia: 3-4 x por semana - Mdia de sries e repeties: 1 e 2 (adaptao) e 3 e 4 (adaptados) x 15- 20 (adaptao) e 10-15 repeties (adaptados)
Devem ser evoludos com o tempo de crescimento da criana. Treinamento de msculos antagnicos e agnicos, direito e esquerdo, superiores e inferiores. Deve conter aquecimento e alongamentos no incio da sesso . Exerccios aerbios para complementar o programa de fora. Primeiro os grandes grupos musculares e depois os pequenos e finalizar com a volta calma. Exemplo 05 Normas de procedimento (diretrizes bsicas para a progresso de exerccios de fora para crianas) 11 a 13 = Ensino de todas as tcnicas bsicas de treinamento; aumento gradual da carga de cada exerccio; reforo nas tcnicas de treinamento; introduo de exerccios mais avanados com pouca ou nenhuma resistncia. 14 a 15 = Adotar programas mais avanados de treinamento de fora para jovens, incluso de elementos especficos prtica esportiva, dando nfase a prtica de treinamento, aumento, do volume muscular. O treinamento de fora deve ser uma complementaro de um programa , visando um condicionamento fsico. Os benefcios para um programa, ser a persistncia, disciplina e trabalho rduo, lembrando que no se devem impor definies adultas para um a criana , a medida que ela cresce e amadurece, vai se adaptando ao treinamento, procurar no fazer comparaes com outras crianas, e deixar que ela obtenha a satisfao, o seu prprio progresso. Na adolescncia, os melhores mtodos no desenvolvimento da fora, a princpio, so o alternado por segmento e o duplo recrutamento. Enquanto persistir a fase de crescimento deve-se evitar as sobrecargas longitudinais que o sentido de crescimento sseo mais importante, mas tudo deve seguir a ordem da conjugao do conhecimento com o bom senso. Alguns especialistas alegam, e de certa forma se apressam em condenar, certas atividades ditas de impacto advogando que as cartilagens e as cabeas dos ossos (epfises), sendo as partes mais vulnerveis do esqueleto podem sofrer leso ocasionando a parada no crescimento. Entretanto, no existe registros mdicos e ou cientficos suficientes para se afirmar isso. Quase sempre se referem e condenam a musculao. Entretanto, outras atividades talvez com mais impacto ainda, tais como o futebol, o vlei, o basquete e os movimentos envolvendo saltos, a criana pratica sem problema nenhum. De mais a mais, as propores corporais, os braos de alavancas e a fora relativa de um corpo em desenvolvimento no podem ser comparados ao do adulto. Portanto, deve-se ter muito cuidado ao afirmar que determinadas modalidades no so compatveis com a criana ou a determinadas idades. Devem ser levados em conta para o treinamento: - A idade - Nvel de condicionamento - Coordenao - Experincia Benefcios
De acordo com FLECK & KRAEMER (1999) o treinamento de meninos e meninas pr-pberes pode causar aumentos significativos em fora muscular. Tanto SANTARM quanto CAMPOS (2000), sendo corroborado com o posicionamento da National Strength and Conditioning Association, da American Orthopedic Society for Sports Medicine, e da American Academy of Pediatrics relatam inmeros benefcios de um programa adequado do treinamento de fora (musculao), em pr-puberes e adolescentes: Aumento da fora muscular, potncia e resistncia muscular localizada (a capacidade de um msculo ou msculos de realizar mltiplas repeties contra uma dada resistncia) (Ozmum et al., 1994; Ramsay et al., 1990 ; Brown et all.,1992 ; DeRenne, 1996 ; Faigenbaum,1993, 1996,2003 e 2005). Diminuio de leses nos esportes e nas atividades recreativas (preveno) (Smith et al., 1993). Melhora do desempenho nos esportes e nas atividades recreativas. Evidncias cientficas demonstram tambm, ganhos na densidade mineral ssea de crianas e adolescentes que praticam a musculao, evitando assim o surgimento posterior de doenas sseas, como exemplo a osteoporose, melhorando assim problemas posturais gerais. Melhora da composio corporal, com diminuio da gordura corporal, podendo dessa forma prevenir e tratar a obesidade infantil (Sothern et al., 2000). Aumento da densidade mineral ssea (Morris et al., 1997). Aumento da capacidade cardiorespiratria (Weltman et al., 1986). Diminuio de lipdios sanguneos (Weltman et al., 1987). Melhoria do bem estar psico-social atravs da prtica do lazer e da convivncia social(Holloway et al., 1988). Pouca ou nenhuma mudana do tamanho do msculo em crianas. Melhoria do equilbrio de fora em torno das articulaes. Melhoria da coordenao muscular. Manuteno de aumento da flexibilidade. Aumento do condicionamento fsico. Pouca ou nenhuma mudana do tamanho do msculo em crianas. Aumento das condies bioqumicas. O combate ao sedentarismo e conseqente promoo da sade geral. Exerccios teraputicos para vrias afeces msculo-esquelticas e reabilitao fsica. Vantagens do treinamento de fora para crianas e adolescentes: 1) complementao do treinamento esportivo, j que pode haver um desequilbrio funcional prejudicando o desempenho e ocasionando leses musculares em um treinamento esportivo muito especfico. 2) Um bom programa de fora para crianas, h uma melhoria da movimentao em todas as modalidades esportivas. O aumento da fora torna o movimento mais dinmico, fluentes e precisos. (WEINECK,1999). 3)Aumento da fora muscular que no s melhora a capacidade funcional da criana como
tambm protege as articulaes pelas quais estes msculos passam protegendo-os de leses. A maioria das crianas pode se beneficiar com os programas de treinamento de fora, no que diz respeito melhora do condicionamento fsico e desempenho nos esportes ou para reduzir a probabilidade de leses em atividades esportivas ou recreativas (FLECK & KRAEMER, 1997). Um programa de exerccio eficiente e seguro necessrio para tratar doenas crnicas (ex. obesidade) na infncia (SOTHERN et al, 2000). O treinamento de fora tem sido adotado como forma segura e eficaz nos programas para reduo de peso em crianas e adolescentes (SCHWINGSHANDL et al, 1999). Em um estudo realizado na Universidade de Louisiana, os pesquisadores utilizaram a musculao num programa para reduo de peso corporal em crianas. Houve mudanas significativas na composio corporal (reduo de peso e % de gordura) e nenhuma leso foi reportada nessa pesquisa (SOTHERN et al, 1999). O desenvolvimento sseo das crianas tambm afetado positivamente em funo do treinamento com pesos. Quantidades aumentadas de fibras colgenas e sais inorgnicos so depositados nos ossos como resposta a tenso muscular, coeficiente de tenso e compresso. Essa melhora da densidade ssea pode ser importantssima na preveno da osteoporose, j que um aumento na ordem de apenas 5% da densidade mineral ssea pode diminuir os riscos de fraturas em idades avanadas em at 25%., acarretando assim a preveno de leses sseas em jovem e atletas (Hejna et al, 1982). Dentro dos benefcios do treinamento de fora na musculao, este, deve ser bem planejado e orientado por profissionais qualificados ( Hamil, 1994 ), pois, tcnicos e professores bem formados sabem que o excesso de treinamento deve ser evitado, pois um programa bem elaborado de exerccios consiste em ( sries, repeties, cargas e intervalos ) nutrio e repouso, para que assim possa ocorrer o ANABOLISMO ( aumento da massa muscular ). Riscos Embora haja inmeros benefcios, h tambm perigos relacionados ao treinamento de fora na infncia. WEINECK (1999) cita alguns como a menor tolerncia do aparelho motor de crianas em relao aos adultos e o enrijecimento de tecidos conectivos. Porm, CAMPOS (2000) deixa claro que a maioria dos problemas esto ligados tcnica precria de execuo dos exerccios, intensidade dos exerccios incompatvel com a idade da criana, falta de orientao e acompanhamento de um profissional competente. O aparelho motor passivo (ossos, cartilagens, articulaes e ligamentos) requer um longo perodo de adaptao precisando, por isso, de uma progresso lenta dos estmulos, para que haja tempo suficiente para adaptao, e para evitar uma carga excessiva dentro do treinamento. Segundo o American College Sports of Medicine mostra que 50% das leses sofridas por crianas nos esportes organizados poderiam ser evitados pela ateno s tcnicas adequadas de treinamentos com procedimentos e equipamentos de segurana. A literatura cientifica no confirma as hipteses de prejuzo sade ou ao desenvolvimento de crianas e adolescentes em treinamento com pesos. prudente tcnicos e educadores fsicos qualificados concordarem em evitar grande sobrecarga tensional e volumes de treinamento.
- prudente que educadores fsicos qualificados concordem em evitar grande sobrecarga tensional e volumes de treinamento. - Os exerccios devem ser isotnicos, as amplitudes do movimento adequadas flexibilidade e as cargas adequadas fora do indivduo. - Levantamentos mximos ou prximos da mxima (1 RM) no so indicados. - Ateno aos movimentos respiratrios evitar bloqueios. As crianas precisam de tempo para se adaptar ao treinamento de fora. Deve-se salientar o uso correto dessa tcnica, porque muitas leses em exerccios de fora esto relacionados a tcnicas e programas de treinamento no adequado. Devendo-se levar em conta a individualidade biolgica de cada um, cabe ao educador fsico, fazer a prescrio individualizada. No treinamento com pesos so raras as leses agudas, que danificam a cartilagem de crescimento ocorrendo fraturas sseas. Distenses musculares so freqentes devido falta de aquecimento correto antes de uma sesso de treinamento, devendo realizar a cada exerccio uma repetio com peso leve e o restante das repeties com as cargas acentuadas. Algumas precaues devem ser levadas em conta no programa de treinamento de fora para crianas e adolescentes. Deve-se pr em evidncia para os jovens praticantes de treinamento de forca a forma correta de todos os exerccios (particularmente levantamentos sobre a cabea), pois o modo incorreto contribuir para as leses. Levantamentos mximos ou prximos da mxima (1 RM) no devem dar destaque para pr-pberes, especialmente sem acompanhamento de um profissional qualificado. Os exerccios com pesos so os mais indicados. As barras e os halteres so os mais usados para o treinamento com crianas. No treinamento de fora os movimentos da respirao so relativamente livres, os exerccios so isotnicos, as amplitudes do movimento adequadas flexibilidade e as cargas adequadas fora do indivduo. O treinamento vigoroso no afeta o crescimento, nem o desenvolvimento infantil, ao contrrio, fato que a atividade fsica necessria para o crescimento e desenvolvimento normal. A Associao de Fora e Condicionamento, a Sociedade Ortopdica Americana para a Medicina do Esporte e a Academia Americana de Pediatria fazem uma advertncia aos profissionais, pois embora tenham apoiado o uso do treinamento de fora para crianas eles advertem aos pais, professores e treinadores sobre a necessidade de programas adequados e planejados por professores qualificados e o ensino correto das tcnicas de exerccio. Leses mais comuns Perigos do treinamento de fora para crianas e adolescentes, segundo CAMPOS (2000) so: - Fraturas no disco epifisrio - mais comum de acontecer pela execuo de movimentos acima da cabea e com cargas prximas da capacidade mxima da criana. Na fase de crescimento o disco epifisrio no ossificado e assim no possui a mesma capacidade de
suportar os estresses mecnicos impostos sobre o osso. A melhor maneira de prevenir estas leses seria no utilizar os exerccios com movimentos acima da cabea durante a fase de crescimento e no elevar demais as sobrecargas; - Fraturas sseas - na fase do crescimento, h maior suscetibilidade de fraturas entre 12 a 14 anos em meninos e 10 a 13 anos para meninas. As sobrecargas altas nesta fase aumentam o risco de fraturas; - Distenses musculares - muito comum entre crianas que praticam musculao. Para preveni-las deve-se sempre fazer alongamento e aquecimento prvio e no tentar levantar uma sobrecarga muito alta para um dado nmero de repeties. - Leses causadas por desequilbrio muscular - o desequilbrio de foras entre os pares de msculos antagnicos de uma articulao afeta sua integridade, principalmente na fase de crescimento. Um programa de musculao equilibrada, com a mesma proporo de estmulos entre os msculos antagnicos e agnicos e a execuo de alongamentos, a melhor maneira de evitar o problema. - Fratura por avulso: Ruptura de fragmento sseo por um ligamento ou tendo. De acordo com JUNIOR (1998) o fator negativo da musculao para crianas so os traumas-que podem prejudicar as articulaes e ossos. Mas, ele ressalta que estes traumas aparecem com maior freqncia em outras modalidades esportivas que na musculao e os traumas ocorridos em sala de musculao, quando o programa bem orientado so insignificantes. Especificamente no que se refere ao trabalho de fora com crianas e adolescentes, h uma idia geral de que este tende a acarretar uma srie de leses steo-mio-articulares, que poderiam favorecer a inibio do crescimento, prejudicando a estatura final (SILVA, 2002). Para Katch e McArdle (2003), devido natureza formativa do sistema esqueltico das crianas em crescimento, surgem preocupaes acerca da possibilidade de ocorrerem leses em virtude da sobrecarga msculo-esqueltica excessiva. Alm disso, o perfil hormonal de uma criana carece do desenvolvimento pleno, particularmente o hormnio testosterona. Assim, poder-se-ia questionar se o treinamento resistido em crianas seria capaz de induzir aprimoramentos significativos da fora muscular. Damsgaard et al (2001), sustentam que o treinamento de fora intenso em adolescentes parece acarretar decrscimo nos nveis de IGF-I (fator de crescimento para insulina), sugerindo que esse treinamento pode reduzir o crescimento e comprometer a estatura final (GOLDBERG et al, 2003). Nesse contexto, Oliveira et al (2003) alertam que so necessrios cuidados com a sobrecarga ao relacionar o treinamento com o crescimento sseo, pois este ainda no se encontra em sua formao final. Para Fleck e Kraemer (2006), os problemas nas costas podem ser uma das leses mais comuns em adolescentes e pr-pberes que realizam treinamento de fora, causados normalmente pelo levantamento de cargas mximas ou prximas da mxima, e pela execuo incorreta de exerccios. Assim, grupos musculares adicionais so recrutados, a coluna vertebral alinhada de forma inadequada, principalmente com arqueamento da regio lombar, o que coloca uma sobrecarga nessa regio (KATCH, 1996, apud JESUS e MARINHO, 2006). Nesse sentido, Weineck (2003) alerta para a importncia do uso da tcnica correta para o levantamento de uma carga, especialmente durante a juventude.
Entretanto, alguns preconceitos esto sendo derrubados em relao ao treinamento de fora muscular em crianas (Oliveira; Gallagher, 1999), como o comprometimento do crescimento cartilaginoso, fraturas, leses crnicas e problemas lombares. A utilizao de exerccios contra resistncia, se realizado de forma adequada, proporciona um excelente meio de fortalecimento dos msculos do abdome e da regio lombar, de modo a sustentar e proteger a coluna vertebral (JESUS e MARINHO, 2006). Em se tratando de densidade mineral ssea, o treinamento de fora pode apresentar um efeito favorvel em pr-pberes e adolescentes em ambos os sexos (NATIONAL STRENGHT AND CONDITIONING ASSOCIATION, 1996; NAUGHTON et al, 2000, citados por FLECK e KRAEMER, 2006). De acordo com Khan et al (2000), essa uma considerao importante para a sade ssea a longo prazo, j que estudos de ex-atletas e de atletas em destreinamento mostram que, aqueles que aumentam sua densidade mineral ssea na adolescncia podem apresentar menor perda ssea nos anos seguintes, apesar da reduo na atividade fsica (FLECK e KRAEMER, 2006). Portanto, qualquer aumento na densidade mineral ssea acima do crescimento normal durantes os anos da pr-puberdade e adolescncia pode ajudar a prevenir uma osteoporose futura. Para Nordstrm et al (1995) apud Goldberg et al (2003), existe forte associao entre massa ssea e fora dos msculos adjacentes. Assim, incremento da massa muscular reflete-se em aumento da massa ssea, ou seja, os msculos, uma vez estimulados, iro desencadear aumento osteoblstico na regio ssea prxima do local onde se inserem. Krahl et al, (1994) afirmam que o estresse contnuo provocado pelo exerccio fsico resulta em adaptaes morfolgicas, tais como: aumento da espessura cortical e maior contedo sseo na insero musculotendnea (GOLDBERG et al, 2003). Devido ao profundo interesse na rea de mineralizao ssea na infncia e adolescncia, Goldberg e Silva (2004) conduziram investigao com adolescentes do sexo masculino, e os resultados indicaram intenso anabolismo sseo entre as faixas etrias de 14 a 16 anos e quando os mesmos atingiam o estgio de maturao sexual G4. Estudos de khan et al (2001) sugerem que os estgios II e III de Tanner, quando associados com atividades esportivas, promovem aumento significativo na densidade mineral ssea da grande maioria de adolescentes (GOLDBERG et al, 2003). J Haapasalo et al (1998), estudaram os efeitos do treinamento de tnis e da maturao sexual, e o seu impacto na densidade ssea dos membros superiores. Foram utilizados os critrios de Tanner para o sexo feminino. Os resultados indicaram que, no estgio I de Tanner, o ganho na densidade mineral das tenistas s ocorria quando o treinamento era muito intenso e que o aumento mais pronunciado era nos estgios III e IV. Os autores propuseram que, em estgios iniciais da puberdade, a repercusso ssea ao estmulo da sobrecarga pouco significativa, enquanto que, em fases mais avanadas da maturidade sexual, o padro hormonal conjugado atividade esportiva conduz a maior deposio de massa ssea nos locais especficos dos estmulos musculares. Weltman et al (1986) estudaram a segurana e eficincia do treinamento de fora em 26 crianas pr-pberes. Esses autores no encontraram evidncias de leso epfise, ossos ou msculo aps um programa de 14 semanas de treinamento de fora com superviso. Blimkie et al (1989), na Universidade de McMaster em Ontrio, Canad, tambm avaliaram a segurana e eficincia do treinamento de fora em meninos prpberes. A segurana foi monitorada por um mdico que avaliava antes, durante, e aps o treinamento. Os resultados dessa pesquisa no acusaram nenhuma evidncia de leso ao
sistema msculo-esqueltico aps o treinamento de fora, e encontraram significativos ganhos de fora e melhor desempenho esportivo (ROBERGS, ROBERTS, 2002). Portanto, tem-se verificado que, com uma adequada superviso da sobrecarga, a incidncia de leso praticamente nula (OLIVEIRA et al, 2003). Da a importncia do treinamento de fora nessa faixa etria ser planejado e orientado por profissionais de Educao Fsica qualificados. Pollock (1986) citado por Biazussi [s/d] ainda acrescenta, apontando outros benefcios proporcionados pelo treinamento resistido aos adolescentes: hipertrofia muscular, nveis de fora e resistncia muscular elevados, aumento da secreo de hormnios anablicos, reduo da dor em pacientes que sofrem de dores lombares e melhora da mobilidade, melhora do metabolismo da glicose e da sensibilidade insulina, e metabolismo basal elevado. Entretanto, para que os objetivos e benefcios dos programas de treinamento de fora sejam alcanados, eles devem ser apropriadamente elaborados e progressivos, ensinados corretamente e supervisionados de forma competente (FLECK e KRAEMER, 2006). Concluso O objetivo do trabalho de fora na musculao para crianas e adolescentes no levantar a mxima carga possvel, nem desenvolver grande massa muscular, apenas melhorar o condicionamento, evitar leses e aumentar o desempenho do organismo, reduzindo o risco, ou mesmo evitando as fraturas e outros traumas, to comuns entre crianas durante as atividades esportivas, de lazer e de recreao. Claro, no significa que agora as crianas e adolescentes possam sair por a fazendo musculao de qualquer jeito e alguns critrios so estabelecidos a saber: em primeiro lugar avaliao mdica. Estar fsica e psicologicamente preparadas. Os equipamentos devem ser adequados ao tamanho das crianas. Tcnica de execuo correta. Procedimento de segurana aplicado. Programa de fora periodizado com evoluo lenta, gradual e progressiva alm de mesclado de forma equilibrada com outras atividades a fim de proporcionar maior oferta de movimentos e habilidades motoras. Os ganhos com a prtica da musculao so muitos, porm o treinamento de fora no deve enfatizar o levantamento de cargas mximas ou sub-mximas, e sim salientar a perfeita realizao tcnica do movimento. Portanto podemos ver como esse grupo especial pode beneficiar-se do treinamento de fora, que por se tratar de crianas e adolescentes, necessitam de um maior acompanhamento de um profissional habilitado, para a orientao e monitoramento das atividades, deixando de fora os possveis riscos aliados ao treino mal orientado, dando assim nfase apenas aos benefcios que a prtica pode trazer, que no so poucos. Existe tambm uma orientao bsica de evoluo de treinamento de fora por faixa etria: de 5 a 7 anos, deve prevalecer o domnio do peso do prprio corpo ou companheiro. De 8 a 10 anos a tcnica de levantamentos deve ser priorizada. De 11 a 13 anos o peso deve ser aumentado de forma gradual com incremento da tcnica correta inclusive ao montar e desmontar acessrios. Entre 14 e 15 anos o programa j pode ser mais avanado, para aos 16 anos comea a ficar mais prximo dos adultos. importante frisar que nenhuma etapa deve ser, por assim dizer, "queimada". Elas podem, caso a caso, at durar pouco, mas no devem ser ignoradas.
Referencia Segundo WEINECK, Jrgen. Biologia do Esporte 9 Ed. So Paulo: Ed. Manole, 1991, os graus desenvolvimento da seguinte forma: - Lactante - at um ano - Beb - de 1 a 3 anos - Pr-escolar - de 3 a 6/7 anos - Primeira infncia escolar - 6/7 a 10 anos - Infncia escolar tardia - aproximadamente 10 anos - Pubescncia - entre 11 a 14 anos para meninas e entre 12 a 15 anos para meninos - Adolescncia - entre 13 a 18 anos para meninas e entre 14 a 19 anos para meninos CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO DA CRIANA E DO ADOLESCENTE FAIXAS ETRIAS Criana = 7 aos 11 anos. Pr-adolescncia = 11 aos 13 anos . Fase da puberdade para adolescncia = 14 aos 15 anos . Adolescncia = 13 aos 17 anos. Adulto = 17 aos 25 anos. Apenas acrescentando: Segundo o Prof. GALLO, a Gongorra Hormonal Masculina fica asssim: Os nveis de testosterona ao longo da vida de um homem: 1. (0-10 anos) Do nascimento a puberdade, as taxas de testosterona, o hormnio sexual masculino, por excelncia crescem lentamente. 2. (10-20 anos) Na puberdade, os nveis sobem vertiginosamente. Os plos crescem, a voz engrossa, e os rgos sexuais se desenvolvem e se tornam aptos para a reproduo. 3. (20-50 anos) Ao redor dos 20 anos, a produo de testosterona atinge o mximo. O desejo sexual manifesta-se com mais intensidade. Ao longo dos 30, as taxas se mantm estabilizadas - l no alto. 4. (50-70 anos) Aos 50 anos, h uma discreta baixa na produo hormonal. Na andropausa, essa queda assentuada. Alguns homens sofrem de falta de libido, distrbio erteis, irritao, lapsos de memria, insnia, depresso, entre outros problemas. DESENVOLVIMENTO DA FORA MUSCULAR DA CRIANA E DO ADOLESCENTE: HIPERTROFIA, FORA E RML Fora a capacidade de exercer tenso contra uma resistncia que ocorre por meio de diferentes aes musculares. ( Valdir J. Barbanti ) Hipertrofia quando o msculo aumenta de tamanho aps um treinamento de musculao contra resistncia. ( Valdir J. Barbanti ). quando o msculo aumenta de tamanho em resposta ao treinamento de fora. ( Steven J. Fleck ) RML ( Resistncia Muscular Localizada ) a capacidade do msculo de exercer tenso durante perodo de tempo, que pode ser
constante ou varivel, tentando manter o movimento por tempo prolongado ou fazendo muitas repeties ( Susan J. Male ). Aumento da fora muscular e resistncia muscular localizada ( RML ) a capacidade de um msculo ou mais de um msculo de realizar repeties mltiplas contra uma dada resistncia. Fora, resistncia e RML so qualidades de aptido, inseparveis para o aumento em volume dos msculos esquelticos. Crescimento e desenvolvimento Ossos - a maior parte comea a se desenvolver no incio da vida fetal, a partir da cartilagem ilaca. O crescimento sseo cessa variando de cada osso, mas geralmente ele termina em torno dos 18, 20 anos de idade. Tendes - tm suas propriedades mecnicas e sua composio muito influenciada pela idade. Antes da maturidade do esqueleto, os tendes e ligamentos so mais viscosos e mais complacentes. Msculos - Desde o nascimento at a adolescncia, o tecido muscular est em contnuo aumento. A fase de pico do desenvolvimento muscular a puberdade. O aumento da massa muscular com a idade devido ao aumento dos miofilamentos e miofibrilas. O aumento do comprimento do msculo resultado do aumento no nmero de sarcmeros e aumento do comprimento dos sarcmeros j existentes. Sistema nervoso endcrino - apresenta uma estreita relao com o crescimento, o desempenho motor e tambm com a composio corporal. Os trs grupos principais de hormnios que participam destas funes (os hormnios adrenais, tireoideanos e gonadais) administram o crescimento e desenvolvimento por estmulos de anabolismo protico, o que resulta na reteno de substncias necessrias construo dos tecidos. Hipertrofia / Questo hormonal Hipertrofia segundo BARBANTI (1994) quando o msculo aumenta de tamanho aps um treinamento de musculao contra resistncia. Nos homens, da puberdade para adolescncia h influncia da testosterona; e aps a puberdade, com o treinamento de fora, pode ocorrer o aumento da massa muscular alm do crescimento normal. Sabe-se que no possvel em crianas pequenas o crescimento alm do normal da massa muscular devido imaturidade do sistema hormonal, por isso importante que no seja prescrito hipertrofia muscular como objetivo. As mudanas nas secrees hormonais so responsveis por muitas das alteraes expressivas, tanto nos meninos como nas meninas, durante a pubescncia. Os nveis de testosterona nos homens so de 10 a 20 vezes maiores do que nas mulheres e provocam enormes diferenas de tamanho e fora muscular entre os sexos.